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04/11/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.534


Santa Clara recebe certificação pela utilização de energia renovável
 
Nesta semana, a Cooperativa Santa Clara recebeu a certificação da Ludfor Energia Ltda, pelo investimento na utilização de energia limpa e totalmente renovável.
 
Em 2020, foram reduzidas 1.688,342 tCO2 totalizando 14.584,026 tCO2 nos últimos 11 anos. Os dados dos cálculos de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) seguem as reconhecidas metodologias internacionais para essa finalidade. Os índices referentes ao período certificado representam:
 
● 46.652 mudas de árvores conservadas por 20 anos;
● 16.777 veículos leves à gasolina, percorrendo 500km;
● 4.203 transportes rodoviários de 1 toneladas de carga por 500km e 718 toneladas de papel/papelão enviadas para aterro sanitário.
 
A entrega da certificação ocorreu no dia 26 de outubro ao diretor Administrativo e Financeiro da Cooperativa, Alexandre Guerra, pelo presidente da Ludfor Energia Ltda Valdir Ludwig e pela diretora Financeira Inês Ludwig.
 
Para Guerra, “a partir da política de sustentabilidade é possível adquirir energia renovável atendendo o propósito da Cooperativa. Esta é a nossa essência que se soma a importância socioeconômica de manter mais de 2.500 famílias na produção de leite junto ao campo, além dos 2.200 colaboradores em todas as nossas operações, e assim contribuir na satisfação das pessoas de uma forma mais sustentável”.
 
Atualmente, Cooperativa Santa Clara utiliza energia proveniente de usinas de fontes incentivadas pelo Governo Federal seja eólica, solar, biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétrica (PCH) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), com o objetivo de obter uma matriz energética ambientalmente limpa e sustentável. (As informações são da assessoria de imprensa da Cooperativa Santa Clara)

A persona do leite

Com a revolução industrial que é uma das bases do capitalismo, surgiu também o marketing. Mas, o avanço da internet trouxe o marketing digital, que se popularizou ainda mais durante a pandemia. Com o isolamento social, a principal forma de comunicação e venda de muitas empresas foi a internet e as redes sociais.

Dentro do marketing digital um dos principais conceitos que se tornou muito conhecido nos últimos tempos é o termo “persona”. Persona é a representação do perfil de um cliente relevante. Ele pode ser fictício ou real. Mas é com base neste perfil de consumidor que o marketing digital vai traçar todas as estratégias de comunicação e vendas.

Para definir a persona, a empresa precisa definir características sociodemográficas e comportamentais do consumidor. Essa persona é um cliente típico, com todas as características de um verdadeiro comprador.

Geralmente, a persona é definida para uma empresa. Mas, pode-se também definir a persona para um produto ou setor. Empregando dados de consumo de leite da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e aplicando análises estatísticas foi possível definir a persona do leite brasileiro, ou seja, aquele perfil de consumidor que melhor representa os consumidores de leite no Brasil.

O modelo considerou apenas o consumo de leite puro, visto que o leite consumido junto com outros alimentos (ex: café, achocolatado etc) é considerado pelo IBGE em outra categoria. Além disso, no modelo consideraram-se apenas os dados obtidos no primeiro dia de pesquisa, seguindo o molde de publicações do IBGE realizadas. Vale ressaltar que, na pesquisa do IBGE, os respondentes são orientados a listar tudo o que eles consomem, independentemente se é comprado ou produzido no domicílio.

As variáveis escolaridade, localização geográfica (região) e raça não foram significativas. As variáveis significativas no modelo foram: gênero, geração, classe de renda e local de moradia (zona urbana ou rural). Quando se analisa cada uma dessas variáveis individualmente, observa-se que o gênero feminino consome mais leite fluido do que o gênero masculino. No entanto, a diferença de consumo médio de leite fluido entre os dois gêneros é pequena, de 2,6%.

Em termos de geração, tem-se que a geração silenciosa (aqueles acima de 71 anos) consome muito mais leite que as demais. O consumo médio de uma pessoa da geração silenciosa é de 12,9 kg por ano. A segunda geração que mais consome leite no Brasil é a Z (entre 6 e 25 anos), com média de 7,7 kg por ano, ou seja, 40% a menos que a geração silenciosa. No entanto, a geração Z é a mais numerosa, representando cerca de 36% da população brasileira, enquanto a geração silenciosa corresponde a apenas cerca de 6% dos brasileiros.

A classe de renda que apresenta maior consumo de leite puro no Brasil é a classe AB, com média de consumo de 7,7 kg por ano, seguida pela classe C. Ambas representam 78,9% do consumo de leite puro no País.

Já, com relação ao local de moradia, observa-se grande diferença entre os níveis de consumo da zona urbana e rural no Brasil. Os moradores da zona urbana consomem 7,1 kg de leite por ano, enquanto na zona rural se consome, em média, 5,5 kg de leite puro por ano.

Analisando todas essas variáveis em conjunto, tem-se a persona do leite puro no Brasil. Os resultados dos primeiros colocados no ranking são apresentados na Tabela 1.

         

Com as variáveis geração, gênero e região, o modelo indicou que a persona para o mercado de leite fluido puro no Brasil é homem, da geração silenciosa, pertencente à classe AB e residente na zona rural. Isso evidencia que os maiores consumidores de leite no Brasil, são os produtores rurais.

Não se pode afirmar que sejam produtores de leite, mas são grandes fazendeiros, visto que vivem no meio rural e dispõem de renda elevada. Assim, esse resultado nos mostra que as pessoas que conhecem da produção de leite e, muito provavelmente, dos benefícios do produto, são os seus maiores consumidores. Essa informação é extremamente relevante para se entender o perfil do consumidor e orientar campanhas de marketing do setor.

Na Tabela 1, pode-se observar que o nível de consumo médio de um homem, da geração silenciosa, pertencente à classe AB e residente na zona rural é muito superior aos demais grupos. Além disso, como a diferença de consumo médio entre os grupos é pequena entre o segundo e o quarto colocados, não se pode afirmar que essa diferença é significativa. Portanto, apenas o primeiro colocado se destaca.

Outra informação interessante da tabela é que a geração que a pessoa pertence parece ser a variável mais importante em termos de decisão de consumo de leite puro. Todas as primeiras posições evidenciadas pelo nosso modelo são de indivíduos da geração silenciosa, ao passo que as demais variáveis (gênero, classe social e local de moradia) se alternam.

O próximo passo agora é estudar porque o nível de consumo de leite puro desses indivíduos é tão diferente do restante da população. Mas, considerando que a geração silenciosa está diminuindo, assim como, a população da zona rural, há indícios de que o consumo de leite puro no Brasil pode caminhar para o declínio, se nada for feito para mudar os hábitos dos outros segmentos da população. Esse é um trabalho para o marketing, tanto das empresas privadas, quanto do setor como um todo. (Kenya Siqueira para Milkpoint)






Na COP26, Ministério da Agricultura e Embrapa apresentam mapas de estoque de carbono orgânico do solo

Material é importante ferramenta para subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa

o segundo dia de debates da agenda brasileira na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), nesta terça-feira (2), em Glasgow (Escócia), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Embrapa participaram do painel “Carbono Orgânico no Solo - Oportunidades e Desafios”. O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, apresentou o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), criado em 2018 para consolidar a integração de dados e colaborar com o avanço do conhecimento dos solos no país.

“O Brasil, apesar de ser uma potência agroambiental, não conhece detidamente o seu solo. Com o Pronasolos, vamos mapear detidamente o solo brasileiro pelos próximos 30 anos”, disse Camargo. Com esse conhecimento, será possível fazer no Brasil uma agricultura de precisão, ou seja, utilizar os dados para colocar adubos e fertilizantes certo em um determinado local, de acordo com as características do solo, por exemplo.

O secretário informou que, na semana passada, o Mapa apresentou os novos mapas de estoque de carbono orgânico dos solos brasileiros. O material é uma importante ferramenta para subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEEs), com gestão eficiente dos recursos naturais. 

O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destacou a pesquisa da Embrapa Solos, que resultou no lançamento recente dos mapas de carbono orgânico dos solos brasileiros. “Trata-se de mais uma contribuição da ciência para a agricultura brasileira, de fundamental importância para a mitigação das mudanças climáticas. O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os 15 países que detêm potencial para estocar carbono em nível global. Investir em estudos do solo é fundamental para a descarbonização da agricultura”, disse. 

Os novos mapas permitem identificar áreas degradadas, quando a matéria orgânica não está mais presente e gerar mapas de potencial de sequestro de carbono, entre outras funções. “O Brasil tem 36 bilhões de toneladas de carbono orgânico armazenados em seus solos, o que corresponde a 5% do estoque global. Entender esse processo é parte da solução das mudanças climáticas”, destacou, lembrando que o carbono orgânico no solo contribui para a estruturação física desse recurso natural. Os solos com maior teor de matéria orgânica têm maior capacidade de fertilização e retenção de água, entre outros benefícios.  “Os mapas permitem, portanto, também identificar áreas com solos degradados”, acrescentou.

O painel foi  mediado pelo secretário-adjunto Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marcelo Freire.

Recuperação de pastagens: O secretário Fernando Camargo também falou sobre as metas do  Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, que prevê a adoção de tecnologias sustentáveis em mais de 72 milhões de hectares de áreas degradadas e a mitigação de 1,1 bilhão de toneladas de CO² equivalente, superando o recorde alcançado pela fase anterior do plano ABC.

A recuperação de mais de 30 milhões de hectares de pastagens degradadas vai possibilitar melhorias na produção agropecuária, além de benefícios ambientais. 

“Você recupera a pastagem, pode ter a produtividade maior de produção animal por hectare e fixa o carbono no solo, além de combater a erosão, a perda de qualidade do solo”, disse Camargo. (MAPA)

 Jogo Rápido

Em 2020, arrecadação teve aumento de 6%
da pandemia de Covid-19, em função das restrições econômicas, o relatório aponta aumento real de mais de 6%. No período de análise (2013 e 2020), o crescimento foi de aproximadamente 20%. Segundo o diagnóstico, esse resultado é consequência de transferências realizadas no ano passado. “Na sua maior parte, entre 2013 e 2019, o incremento (receita) vinha sendo impulsionado pelo aumento da arrecadação de impostos, taxas e contribuição de melhoria, em ritmo maior do que o das transferências recebidas do Estado e da União. Todavia, em 2020, verificou-se uma redução no montante arrecadado de receitas próprias; ao mesmo tempo, foi observado aumento expressivo das transferências federais como apoio ao combate à pandemia de Covid-19”, aponta o relatório. Pela análise do período, os municípios vinham ampliando sua participação na carga tributária até 2019, com uma maior taxa de crescimento de arrecadação do que a União Federal e os Estados. Essa evolução pode ser atribuída, entre outros, “às iniciativas dos próprios municípios em estruturar suas administrações fazendárias e tributárias”. Assim, é preciso destacar que a composição das receitas varia entre os municípios, influenciado pela matriz econômica local. Por exemplo, municípios com vocação agropecuária concentram a arrecadação em tributos que incidem sobre a produção agrícola e sobre a pecuária. Já os industrializados terão maior base relativa à indústria e aos serviços. O relatório aponta ainda que as prefeituras, normalmente, estimam uma arrecadação maior do que a efetivada em seus orçamentos. (Correio do Povo)

 

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