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19/05/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  19 de maio de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.468


Argentina vive nova crise entre governo e ruralistas 
 
Veto da Argentina às exportações de carne abriu nova crise entre o governo e o setor rural. Produtores anunciaram que deixarão de vender carne. Para analistas, a proibição tem eficácia questionável e motivações eleitorais
 
O veto da Argentina às exportações de carne por 30 dias deflagrou uma nova crise entre o governo e o setor rural. Na noite de segunda-feira, o presidente Alberto Fernández anunciou a suspensão da venda de carne bovina para o exterior com o objetivo de reduzir o preço no mercado interno. Produtores anunciaram que deixarão de vender carne. Segundo analistas, a proibição tem eficácia questionável e motivações eleitorais. “As relações entre o campo e o governo Fernández nunca foram boas, porque o setor rural vê o kirchnerismo com desconfiança”, diz Andrés Borenstein, da consultoria Econviews. “Mas esse é, sem dúvida, o pior momento da relação entre as partes.” Entre abril de 2020 e abril de 2021, o preço da carne subiu 100%, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca, enquanto a inflação ao consumidor foi de 46,3%. Mesmo assim, o veto às exportações é questionável como ferramenta para reduzir o preço no mercado interno, afirmam. “O veto não terá impacto significativo. Na lógica do governo, proibir as exportações aumentará a oferta no mercado local e fará os preços caírem. Mas os produtores vão paralisar as atividades”, diz Nicolás Alonzo, da consultoria Orlando J Ferreres & Asociados. Ontem representantes da Mesa de Enlace, grupo que reúne as principais entidades do agronegócio argentino, decidiram paralisar atividades por nove dias. A decisão de associações como Sociedade Rural Argentina (SRA) e Confederações Rurais Argentinas (CRA) deve reduzir a oferta e, consequentemente, pode elevar os preços. Esta não é a primeira vez que a Argentina proíbe exportações de carne. Em 2006, o governo da então presidente Cristina Kirchner vetou vendas ao exterior, o que levou à perda de mais de 10 milhões de cabeças de gado e elevou o preço no médio prazo. “Diante da medida, os produtores liquidaram estoques [as matrizes de reprodução] e passaram a se dedicar a outras produções, como soja e milho”, afirma Borenstein. Em comunicado, a Sociedade Rural de Rosário lembrou que à época houve não somente perda do estoque bovino, mas escassez de carne no mercado doméstico, o que fez o preço da carne subir novamente. Isso é explicado porque o processo de produção de carne leva cerca de dois anos. Representantes do setor agropecuário compararam a decisão do governo à resolução 125, de 2008, que estabelecia imposto às exportações de soja que variavam conforme o preço da commodity no mercado internacional. A medida resultou em quatro meses de enfrentamento entre Cristina Kirchner e o setor. “Não queremos chegar a esse ponto”, disse Jorge Chemes, presidente da CRA. O veto do governo às exportações de carne tem motivação eleitoral, afirma Gabriel Brasil, da consultoria Control Risks. “Com a inflação superando em muito a expectativa do governo, há risco de a aprovação de Fernández ser impactada, em um ano em que ele precisa de apoio nas eleições legislativas, em outubro”, argumenta. “Mas esse mecanismo não resolve a questão estrutural da inflação e terá custos políticos para o presidente junto aos governadores.” Ontem os governadores de Córdoba e de Santa Fé criticaram a medida - que seria como “tropeçar duas vezes na mesma pedra” - e afirmaram que mudar as regras do jogo prejudicam a produção no longo prazo. A proibição anunciada na segunda-feira mostra que sempre que a situação aperta, o governo se fecha, diz Borenstein. Indica ainda a preferência que Fernández tem dado a políticas heterodoxas, acrescenta Gabriel Brasil. “Essa abordagem econômica encabeçada pelo ministro de Produção, Matías Kulfas, tem se sobressaído em relação a alternativas mais moderadas, representadas pelo ministro da Economia, Martín Guzmán”, afirma. “Se olharmos os principais eventos de política econômica dos últimos dois anos, na maioria deles Fernández optou por medidas menos favoráveis aos negócios do que se acreditava que ele faria quando era candidato.” (Valor Econômico)

Tetra Pak Brasil tem novo diretor de vendas
A Tetra Pak anunciou Luis Kühl como novo diretor de Vendas no Brasil. O executivo ficará responsável pela estratégia de crescimento da companhia no país, junto com outros diretores que completam a equipe de vendas, e pelo posicionamento em novos mercados, sendo um dos nomes liderando a estratégia de diversificação da empresa. No Brasil, a estratégia de negócio da Tetra Pak está focada na diversificação de portfólio. Além das categorias tradicionalmente atendidas, como leites e sucos, a companhia tem focado esforços para ampliar a sua participação em novas categorias, oferecendo a todas elas soluções integradas e de ponta a ponta que que abrangem tecnologias de processamento, envase e serviços técnicos. Kühl possui mais de vinte anos de experiência no setor de alimentos e bebidas, tendo atuado na gestão de empresas, área comercial e desenvolvimento de novos negócios e há mais de dez anos trabalha com estratégias comerciais dentro da própria Tetra Pak. (Terra Viva)
 
 
Parceria piloto no crédito fundiário
Começa pelo Rio Grande do Sul ação considerada piloto para a execução do Programa Nacional de Crédito Fundiário - Terra Brasil. Será por meio da parceria firmada por Emater-RS, Agência Nacional de Extensão Rural e Ministério da Agricultura. O papel da Emater será o de auxiliar produtores na elaboração dos projetos. A estimativa é de que 400 famílias de agricultores familiares do Estado sejam beneficiadas nessa etapa. A parceria conta com aporte de R$ 1,49 milhão - R$ 1,18 milhão de Anater/Mapa e contrapartida de R$ 312,39 mil pela Emater-RS. (Zero Hora)
 
 
 
Custos sobem, mas preços mantêm cenário favorável
As perspectivas para a próxima safra de soja e de milho são positivas. Neste momento, trazem a melhor relação de troca (número de sacas necessárias para cobrir os custos) em uma década para o milho e em nove anos para a soja. É o que aponta o primeiro levantamento feito pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS). Reflexo da valorização dos grãos, que vai além do avanço das despesas. Feito nas cooperativas, que respondem por 50% da área plantada no Estado, o levantamento considera cotações e gastos no início de maio. E toma como base lavouras de soja com produtividade de 60 sacas por hectare e de milho com 160 sacas - na safra recém colhida, a média estadual foi de 55,43 na soja e 90,5 no milho. - É um cenário favorável porque os preços (dos grãos) aumentaram mais do que os custos. Mas temos de torcer para que os preços não caiam - pondera Paulo Pires, presidente da entidade.

Jogo Rápido  

Sindilat no Terraviva

Nesta quarta-feira (19/05), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) participou do programa Bem da Terra, do Canal Terraviva. Comandado pela jornalista Renata Maron, a entrevista com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, abordou a busca pelo diálogo permanente entre os Conseleites e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Confira a entrevista completa clicando aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)

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