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Porto Alegre, 01 de novembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.100

Audiência trata do Fundoleite

Uso dos recursos parados preocupa deputados estaduais e o governo, que busca consenso.

O Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite) será objeto de audiência pública, no dia 27, na Assembleia Legislativa. O fundo possui hoje R$ 603 mil depositados. Os recursos estão parados, sem destinação para o fomento do setor leiteiro. 

Proponente da audiência, o deputado Zé Nunes questiona por que os recursos não estão sendo repassados ao Instituto Gaúcho do Leite (IGL), entidade que foi conveniada para desenvolver projetos de apoio ao segmento. “Temos que abrir esta discussão com a sociedade”, defende. O parlamentar argumenta ainda que, enquanto os valores do Fundoleite não são utilizados, milhares de famílias encontram dificuldades para permanecer na atividade leiteira e estão obrigadas a se adequar às instruções normativas do Ministério da Agricultura, em vigor desde maio, sob ameaça de exclusão da cadeia. “O Rio Grande do Sul perdeu neste ano o posto de segundo maior produtor de leite do país para o Paraná”, destaca o deputado. “Isto evidencia o enfraquecimento da cadeia no Estado”, enfatiza. 

O secretário da Agricultura, Covatti Filho, relata que, nas últimas semanas, esteve reunido com entidades ligadas ao setor leiteiro para buscar um consenso sobre a utilização dos recursos do fundo. Ele lembra que, por discordarem da forma como este instrumento vinha sendo gerido nos últimos anos, muitas indústrias passaram a contestar o repasse de valores e têm feito os depósitos em juízo. “Estamos dialogando com todos, porque entendemos que o fundo é, sim, objeto de grande importância, só que a falta de consenso dificulta a execução de ações”. 

Desde 2017, um projeto de lei do Poder Executivo tramita na AL buscando modificar o Fundoleite. A proposta também divide o setor. (Correio do Povo)

Segunda etapa da vacinação contra febre aftosa começa nesta sexta-feira

Começa nesta sexta-feira (1º de novembro) a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. Até o próximo dia 30, devem ser imunizados bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses, o que contabiliza cerca de 4,3 milhões de animais em 240 mil propriedades. “Os pecuaristas gaúchos já deram forte demonstração de responsabilidade e preocupação com a sanidade de seus rebanhos na primeira etapa da vacinação, e agora precisamos manter a mobilização”, afirma o secretário da da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho.
 


Crédito: Fernando Dias

De acordo com o coordenador do Programa de Controle e Erradicação da Febre Aftosa da Seapdr, Fernando Groff, a meta nesta etapa de novembro é ultrapassar os 90% de animais imunizados e de 90% de propriedades cobertas. A primeira etapa, em maio, envolveu 288.875 propriedades rurais com 12,6 milhões de bovinos e búfalos. Foram imunizados 12,5 milhões de animais, correspondendo a 99% do rebanho, em 279.879 estabelecimentos, que representam 96,89% das propriedades no Estado.

Este ano, a vacina teve alterações na formulação, com redução na dosagem de aplicação, de 5 para 2 ml - a vacina passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido tipo C) e as apresentações comercializadas agora serão de 15 e 50 doses. A composição do produto também foi modificada com o intuito de diminuir os nódulos.

As vacinas podem ser adquiridas em uma das 600 casas agropecuárias credenciadas na Secretaria para a comercialização deste produto. Após imunizar seu rebanho, o produtor terá até 6 de dezembro para comprovar a vacinação junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária local, apresentando a classificação do rebanho, por sexo e idade, e a nota fiscal de compra das doses aplicadas.

Status sanitário
Atualmente, o Rio Grande do Sul, que é considerado zona livre de aftosa com vacinação, busca evoluir seu status sanitário. Em setembro, o Estado passou por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a retirada da vacinação. A Seapdr ainda aguarda a divulgação do relatório do ministério - enquanto a retirada não é confirmada, as etapas de vacinação ocorrem normalmente. (SEAPDR)

Conseleite/PR atualiza o valor de referência

Câmara técnica do Conselho atualizou parâmetros utilizados no cálculo do valor de referência que baliza as vendas de leite entre produtores e agroindústrias do Paraná. 

O valor de referência para o preço do leite no Paraná está sendo atualizado. No dia 22 de outubro, o Conseleite- -PR (conselho paritário que reúne produtores e indústrias de laticínios do Paraná) esteve reunido, na sede da FAEP, em Curitiba, para discutir a atualização dos parâmetros utilizados para o calcular o valor de referência do produto. Mensalmente, o Conseleite-PR divulga o valor do leite padrão, que serve como base nas negociações entre produtores e indústrias de laticínios. O sofisticado modelo de cálculo do Conseleite-PR, elaborada por professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não mudou, nem os itens analisados. A rigor, a mudança decore da atualização dos índices zootécnicos das propriedades modais (aquelas representativas para os cálculos nos quatro sistemas de produção característicos das propriedades paranaenses), dos custos de produção dentro da porteira e dos custos de captação e de comercialização de leite e derivados. Também os custos de fabricação dos derivados passaram por atualização. Vale lembrar que essa atualização deve ser feita naturalmente de tempos em tempos, para que o valor apresentado reflita a realidade diária das propriedades rurais e das agroindústrias. 

A medida tem como objetivo aproximar o valor de referência daquilo que é de fato praticado pelo mercado. “Esse modelo [do Conseleite-PR] tem dois conjuntos. O primeiro com variáveis que são os preços e volumes de vendas das indústrias, que mudam toda semana. O segundo conjunto são os parâmetros, que em geral, não mudam. Nesse caso, nós revisamos um destes parâmetros, que é a participação da matéria-prima”, explica a professora da UFPR Vânia Guimarães, responsável pelos trabalhos técnicos do Conseleite-PR. No dia 22 de outubro, o conselho divulgou nota técnica informando a aprovação dos estudos da Câmara Técnica do Conseleite-PR para a atualização dos parâmetros. “Essa revisão traz o valor de referência para mais próximo daquilo que é praticado no mercado. Então, ele está mais ‘colado’ aos preços efetivamente recebidos pelos produtores. Isso tem um aspecto de credibilidade, dá mais confiança”, pontuou Vânia. Segundo ela, a proposta é que futuramente estes parâmetros sejam atualizados a cada dois anos. De acordo com o presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi, a atualização é bem-vinda. “Traz bastante tranquilidade, melhora a credibilidade do Conselho. A Universidade continuou com o pilar importante que é a confiabilidade da indústria, no que se refere ao uso de dados sigilosos para estes cálculos”, afirma. O vice-presidente do Conselho, Wilson Thiesen, ratifica a atualização, além de destacar a necessidade de divulgar essas informações. “Seria importante promover uma ampla divulgação, para que o setor conheça a profundidade, a seriedade e a transparência deste trabalho que foi feito”, diz. 

Para que produtores e indústrias não sejam surpreendidos com esta atualização, a mudança será gradual. Nos últimos três meses do ano (outubro, novembro e dezembro) serão divulgados valores conforme os novos parâmetros e também de acordo com os parâmetros anteriores, para que aqueles que utilizam o valor de referência possam aos poucos se ajustar. A partir de janeiro de 2020, será divulgado apenas o valor atualizado. Segundo Vânia, a atualização é importante para corrigir algumas distorções que se agravam ao longo do tempo. “Nesses 10 anos, os custos do lado dos produtores rurais cresceram mais do que os das indústrias. Também colaborou para a entrada de novas empresas neste mercado”, observa. Estabilidade após queda Entre os meses de agosto e setembro, o valor de referência do leite no Paraná caiu 4 centavos. Esta queda foi puxada por três itens: o leite UHT, cujo valor sofreu queda de 5,6% em relação ao mês anterior; o leite em pó, que caiu 6,3% no período; e do queijo muçarela, cuja queda registrada foi de 1,6%. Já de setembro para outubro, o valor de referência ficou praticamente estável. O leite UHT caiu mais 3,2%, porém, o leite em pó se recuperou, subindo 2,2%, e o queijo prato também registrou alta de 2,3%, mantendo o valor de referência no nível da estabilidade. (FAEP)

Consulta
Foi publicada nesta sexta-feira (1º) do Diário Oficial da União a Portaria 220, que abre consulta pública, pelo prazo de 75 (setenta e cinco) dias, para elaboração de Instrução Normativa destinada a atualizar as diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa com vistas à execução do PNEFA.
A nova instrução deverá incluir as mudanças necessárias às atualizações realizadas no Código de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). As sugestões, tecnicamente fundamentadas, deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos - SISMAN, da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA/Mapa, por meio do link. Para ter acesso ao SISMAN, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - SOLICITA, do MAPA, por meio do link. (MAPA)

 

 

Porto Alegre, 31 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.099

Relator da Lei Kandir diz que agronegócio continuará isento de ICMS

Os produtos do agronegócio continuarão isentos de imposto sobre exportações, afirmou o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), que participou da reunião semanal da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em Brasília (DF). O parlamentar é o relator da Proposta de Emenda Constitucional 42/2019, que revoga a Lei Kandir.

Em nota, a FPA afirma que Vital do Rego explicou que apresentará uma emenda substitutiva em que retira os produtos primários e semielaborados do setor agropecuário da revogação da Lei Kandir. Desde 1996, a medida desonera de ICMS esses produtos, e a proposta em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado prevê o retorno da tributação.

“Tem sido o agronegócio, ao longo desses últimos anos, o viés com o qual a economia brasileira tem se salvaguardado, do ponto de vista dos números de sua balança comercial e também dos efeitos a todos aqueles que produzem. Onerar esse setor seria um retrocesso”, declarou Vital do Rego na nota, na qual afirma que o autor da PEC, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), também está comprometido com a retirada.

O presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), afirmou que a posição do colegiado é não permitir que seja cobrado nenhum imposto a mais sobre a produção rural brasileira. Segundo ele, a carga tributária que incide sobre o setor tira sua competitividade. E que o diálogo está aberto para discutir qualquer possibilidade de redução de impostos.

A FPA, juntamente com a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, vai realizar audiência pública no próximo dia 6 de novembro para discutir os impactos da revogação da Lei Kandir para o setor agropecuário brasileiro. Segundo o deputado Neri Geller (PPMT), autor do requerimento, a PEC 42/19 trouxe preocupação para o setor, por isso a realização do debate. (Valor Econômico)

UE: produção de leite aumenta 0,9% em agosto

As entregas de leite na União Europeia (UE) aumentaram 0,9% em agosto passado em comparação com o ano anterior, o que resultou em mais 116 mil toneladas de leite, de acordo com os dados mais recentes do Observatório de Lácteos da UE.

Os países com os maiores aumentos absolutos foram Polônia (+22.000t), Alemanha (+20.000t), França (+19.000t), Irlanda (+19.000t) e Bélgica (+15.000t). Em porcentagem, os maiores aumentos foram de Chipre, Luxemburgo e Letônia, acima de 5%. Na Espanha, as entregas em agosto aumentaram 2,5%, o que significou 14.000t a mais.

As entregas cumulativas de janeiro a agosto tiveram comportamentos variados, dependendo do país, como pode ser visto na figura abaixo. As maiores reduções foram registradas na Holanda, Áustria, Eslovênia e Croácia. Os maiores aumentos no Reino Unido e na Irlanda. Na Espanha, houve um aumento de 0,7%.

Figura 1 - Produção de leite na UE em comparação com o ano anterior (%) - (Jan-ago 2019/Jan-ago 2018) (Agrodigital tradução Equipe MilkPoint.)

Confiança volta a aumentar no campo

O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), subiu no terceiro trimestre deste ano em relação ao período imediatamente anterior e voltou a se aproximar do recorde do fim de 2018.

Segundo levantamento divulgado ontem, o indicador encerrou o período em 115,1 pontos, 3,8 a mais que entre abril e junho. A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.

“Cresceu o entusiasmo em todos os segmentos pesquisados. Pesaram para isso o ressurgimento de boas expectativas para a economia brasileira e fatores diretamente associados ao agronegócio, como o aumento nos preços das commodities e as melhores condições de crédito”, informaram Fiesp e OCB em nota. (Valor Econômico)

Terra Viva irá desenvolver um panorama por semana dos 10 primeiros estados produtores de Leite no Brasil
Já foram publicados dados da Bahia (clique aqui para acessar), com um panorama do leite do estado e com alguns dados específicos do Oeste Baiano e de Goiás (clique aqui para acessar), estado que está em 4° Lugar em produção de Leite no Brasil produzindo 9,1% do leite brasileiro e que tem uma taxa de informalidade de 18% menor do que a média do país e a produtividade anual de 1.597,5 L/Vaca. O panorama também mostra dados estaduais sobre assistência técnica, que durante essa série será possível verificar que é de suma importância à quantidade/produtividade de leite nos estados. Para os estudos foram analisados dados da Pesquisa da Pecuária Municipal - IBGE e Censo Agropecuário 2017 (IBGE). (Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 30 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.098

Senado aprova crédito de US$ 195 milhões para investimentos em defesa agropecuária

Ministra Tereza Cristina, que comemorou a notícia, anunciou a medida ao Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura 


Crédito: Antonio Araujo/Mapa

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou nesta quarta-feira (30), durante a reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), a aprovação pelo Senado de um empréstimo de US$ 195 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investimentos no sistema brasileiro de defesa agropecuária.

“Ontem eu tive a boa notícia, sofrida, suada, mas conseguimos finalmente aprovar um financiamento no Senado de US$ 195 milhões para ajudar a defesa sanitária brasileira”, informou aos secretários estaduais reunidos na sede do Mapa, em Brasília. “Não é a fundo perdido, mas é a juros baratos, e isso é importantíssimo para organizar o sistema sanitário como um todo”, completou a ministra. “Vamos agora lutar no Ministério da Economia para esse dinheiro vir (logo) para cá”. Tereza Cristina pediu aos secretários de Agricultura que alertem os  governadores sobre a importância da questão sanitária. “Precisamos  trabalhar na mesma régua. Não podemos ter dois Brasis em sanidade”, alertou a ministra.  “Está na nossa mão trazer renda e novos investimentos. Temos de pensar grande”, afirmou, referindo-se à possibilidade de todos os estados brasileiros exportarem seus produtos agropecuários, em especial para a China, hoje nosso principal parceiro comercial.

Crescer mais  
“Estamos montando aqui no Ministério um núcleo China que vai trabalhar num fuso meio de dia e meio de noite para atendê-los, para a gente ter o que entregar”, informou. Tereza Cristina relatou que, durante a reunião na semana passada, em Pequim, o presidente da China, Xi Jinping, pediu ao presidente Jair Bolsonaro para ajudar a resolver o problema deles (de abastecimento de proteína animal, causado pela dizimação de parte do rebanho atingido pela peste suína africana).

“Ele (o presidente chinês) pediu para o Brasil habilitar mais plantas para exportar carne para a China; nós conseguimos habilitar 25 frigoríficos; eles querem mais”, destacou. ”Nós podemos crescer muito mais, em outras cadeias, além de carne, soja, milho, algodão - e não só para a China”, acrescentou Tereza Cristina. A ministra informou ainda que os chineses querem importar café do Brasil. “Nos ajudem a trazer mais café para a China. Foi o que ouvi”, relatou.

“Está na nossa mão ser proativos”, alertou a ministra. “Não adianta pensar que os chineses precisam da nossa proteína animal e vegetal, se não tivermos sanidade. Não adianta ter boa produção e boa higiene, se não respondermos os questionários (sanitários, exigidos para exportação). Deixaremos espaço para outros que sabem preencher papel melhor do que nós; me ajudem nisso”, apelou aos secretários de Agricultura.

A autorização do Senado para o governo brasileiro contratar operação de crédito externo, no valor total de até US$ 195 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi publicada no Diário Oficial da União de hoje. Os recursos da operação de crédito destinam-se a financiar parcialmente o Programa de Modernização e Fortalecimento da Defesa Agropecuária - ProDefesa. (MAPA)

Preço-Cepea 
Após apresentarem reação em setembro, os preços do leite no campo voltaram a registrar tendência de queda em outubro. De acordo com a pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço pago ao produtor em outubro, referente ao leite captado em setembro, foi de R$ 1,3635/litro na “Média Brasil” líquida, ligeira queda de 0,68% em relação ao mês anterior, mas forte recuo de 7,6% em relação à de outubro/18, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/19).

De um modo geral, os preços do leite pagos ao produtor apresentam tendência sazonal de queda a partir de setembro, devido ao aumento da produção no Sul do País e ao retorno das chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste. No entanto, em 2019, o movimento do mercado está atípico para o período, tendo em vista a lenta retomada da produção nesta primavera – que se deve, em parte, ao atraso das chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste, mas também às incertezas dos produtores em realizar investimentos de médio e longo prazos.
 
De agosto para setembro, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) registrou alta de 2,9%, sendo que a expectativa, no início daquele mês, era de que essa variação fosse substancialmente maior. Por conta disso, os preços do leite spot (negociado entre indústrias) caíram e as indústrias cederam à pressão de atacadistas para reduzir as cotações dos derivados lácteos. Em Minas Gerais, o preço do leite spot caiu 6,3% de agosto para setembro, chegando a R$ 1,4433/l. O UHT e a muçarela negociados no atacado paulista se desvalorizaram 2,41% e 3,59%, respectivamente.
 
Mesmo com a queda nos preços de derivados e do spot em setembro, os laticínios não conseguiram impor quedas intensas no campo, por conta da competição por matéria-prima, já que os estoques estiveram justos em setembro.

É importante lembrar que os preços do leite no campo são influenciados pelos mercados de derivados e spot, com certo atraso de um mês nesse repasse de tendência. Dessa forma, os preços de novembro (captação do mês anterior) irão depender das negociações de spot e derivados de outubro.

Em outubro, o mercado de leite spot registrou alta de 1,7% em Minas Gerais, chegando a R$ 1,4306/litro. Já o leite UHT comercializado no atacado paulista registrou muita oscilação nas negociações de outubro, com queda de 0,75% no acumulado do mês, chegando a média de R$ 2,39/litro – recuo de 3,5% em relação ao preço médio de setembro. Agentes consultados pelo Cepea relataram dificuldades em negociar com atacadistas, que estão pressionando por cotações mais baixas para atrair consumidores.
 
Por outro lado, o queijo muçarela negociado no atacado paulista registrou alta acumulada de 4,56% em outubro, registrando média de R$ 17,10/kg, alta de 0,9% em relação à média de setembro. Os estoques da muçarela estiveram mais enxutos durante o mês (o que corrobora, inclusive, a perspectiva dos agentes de que a oferta de leite no campo seguiu controlada em outubro). Apenas nesta última semana do mês, colaboradores relataram que os estoques começaram a se elevar, em virtude do aumento da captação.
Levando-se em conta o retorno das chuvas em outubro, é possível que a captação seja favorecida e os preços de novembro caiam – mas a intensidade da queda vai depender, justamente, da capacidade de crescimento da produção.

NOTA: Cepea manterá a divulgação dos preços brutos e líquidos em 2020

Cumprindo sua missão de gerar conhecimento para apoiar decisões estratégicas que contribuam para o desenvolvimento da agropecuária brasileira, o Cepea atendeu aos pedidos do setor lácteo e continuará calculando os preços brutos do leite ao produtor em 2020.

O Cepea pretendia divulgar apenas os preços ao produtor líquidos, sem frete e impostos, a partir de janeiro de 2020, a fim de facilitar a comparação e análise das informações.

No entanto, cooperativas e indústrias de laticínios reiteraram que o cálculo do preço bruto é importante justamente para evidenciar a disparidade dos preços líquidos entre regiões, por conta da grande heterogeneidade nas condições de frete no Brasil. Assim, a captação em determinadas regiões é mais custosa que outras, o que influencia a formação do preço no campo. Desse modo, a informação do frete, embutida no preço bruto, é estratégica e necessária para as negociações com produtores. Nesse sentido, o Cepea manterá a divulgação dos preços brutos e líquidos, como o faz desde 2005.

De acordo com Natália Grigol, pesquisadora da Equipe Leite, “o episódio reforça a importância do Cepea para o setor lácteo. E também relembra que o compromisso do Cepea, firmado com a sociedade desde quando iniciou os estudos da cadeia do leite, em 1986, é de trabalhar com transparência, neutralidade e de portas abertas para aqueles que quiserem construir com essa instituição informações úteis”.
 
 

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de setembro/19) - “Média Brasil”
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
  

 
Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em outubro/19 referentes ao leite captado em setembro/19 nos estados que compõem a “Média Brasil”
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
  


Tabela 2. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em outubro/19 referentes ao leite captado em setembro/19 nos estados que não estão incluídos na “Média Brasil” – RJ, MS, ES, CE e PE
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
Nota 1: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.
Nota 2: O sinal * indica que há informações, mas que o dado não pode ser divulgado por questão de amostra limitada. O sinal - indica que não houve informação coletada. Para o cálculo da média estadual são consideradas todas as informações obtidas. (CEPEA)

Combate do desperdício
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Projeto de Lei 211/19, que incentiva o empresariado a doar alimentos com prazo de validade próximo, desde que estejam próprios para consumo. O texto altera o Código de Defesa do Consumidor (CDC) com o objetivo de evitar desperdícios. A proposta foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Enéias Reis (PSL-MG), ao texto original do deputado Roberto de Lucena (Pode-SP). O substitutivo refere-se apenas a alimentos, pois a comissão entendeu que a parte do projeto original sobre medicamentos deve ser tratada em separado, por meio de outra proposta. “A rejeição da parte relacionada à doação de medicamentos não significa carência de mérito, trata-se apenas de algo que decorre de normas legais e regimentais”, explicou Enéias Reis. “Assim, podemos dar celeridade à proposta relacionada à doação de alimentos, a fim de conseguir incentivar essas ações solidárias”, disse. O substitutivo em tramitação na Câmara dos Deputados refere-se a alimentos in natura, industrializados ou preparados e servidos, acondicionados ou embalados de forma adequada. Deverá ser informado do beneficiário o motivo da doação, e o doador deverá respeitar as obrigações legais relacionadas ao controle sanitário. O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário. (Agência Câmara)

 

Porto Alegre, 29 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.097

Acordo União Europeia/Mercosul pauta debate na Comissão de Agricultura da Câmara

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara realizou audiência pública ordinária na manhã desta terça-feira (29) sobre o tema 'O mercado chinês e o acordo comercial com a UE para o mercado lácteo'.  Diversos integrantes de entidades ligadas à cadeia produtiva láctea participaram do debate com mais de duas horas de duração sobre os impactos da abertura do mercado lácteo no Brasil. 


Foto: Vinícius Loures / Agência Câmara 

A abertura do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros e o acordo comercial com a União Europeia estabeleceu cotas para entrada de produtos lácteos do bloco europeu no Brasil com isenção de tarifas de importação. O debate atendeu a pedido dos deputados Celso Maldaner (MDB-SC) e Jerônimo Goergen (PP-RS).

Maldaner explica que informações dão conta que os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. "Essa abertura pode gerar impacto positivo para a cadeia produtiva do leite, que atualmente passa por um momento de enormes dificuldades, e envolve, aproximadamente, 1,2 milhão de pequenos produtores", avalia. No entanto, o parlamentar acrescenta que o acordo com a União Europeia vai facilitar a entrada de produtos lácteos europeus no País e "exigir da cadeia de produção brasileira um salto de qualidade e competitividade jamais visto, e poderá demandar um grande investimento em tecnologia e desenvolvimento de novas técnicas de produtivas", afirma.

Em sua apresentação, Alexandre Peña Ghisleni, diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, lembrou que o acordo foi anunciado em junho deste ano e haverá, no mínimo, o prazo de um ano para a revisão jurídica desse texto. A partir do momento em que a revisão estiver concluída, vamos passar para a assinatura, o que deve ocorrer no segundo semestre de 2020. A ratificação do acordo, no entanto, deve levar em torno de dois anos. "Precisará ser ratificado por todos os 4 parlamentos dos países do Mercosul, pelo Parlamento Europeu e por todos membros da UE no que diz respeito à parte política", afirmou.  De acordo com o diretor, depois de ratificado vamos passar pelo processo de 10 anos de desgravação, com redução de tarifas e ampliação das cotas. "Na hipótese de nada dar errado, não haverá uma transformação radical no comércio entre os blocos no prazo de até 15 anos", informou. 

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, destacou que o Brasil apresenta características positivas em relação ao leite, especialmente no que toca ao consumo, e que ainda possui grande potencial de crescimento no mercado interno, enquanto na outra ponta, estão volatilidade de preços e custo de produção como entraves. Segundo ele, o tempo perdido no passado com ausência de políticas para proteger e dar competitividade ao setor precisa agora ser recuperado com essa perspectiva de abertura do mercado ao produto do Brasil, o terceiro maior produtor de leite do mundo. 

Fernando pinheiro, analista técnico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), reforçou que a China constitui uma grande oportunidade ao leite brasileiro, por ser um mercado em constante expansão e demandando cada vez mais fontes de proteína. "Precisamos estudar esse mercado e neste processo, ganhar confiança do chinês é fundamental. Para isso, também será necessária uma adequação àquele mercado. Sem isso, não entraremos lá", disse. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS) 

Rússia e Quênia passam a fazer parte da Federação Internacional de Lácteos

A Federação Internacional de Lácteos (IDF), representante do setor global de laticínios e fonte de conhecimento científico nessa área, recebeu a Rússia e o Quênia como seus mais novos membros oficiais, elevando o número total de estados da federação para 43.Segundo a IDF, a associação agora representa mais de 75% da oferta mundial de leite, indicando a crescente conscientização dos países sobre a sua importância e valor.

Desde 1903, a IDF fornece um mecanismo para o setor de lácteos alcançar consenso global a respeito de políticas, práticas e regulamentos para garantir que os laticínios do mundo sejam seguros e sustentáveis.

Como membros da IDF, o Quênia e a Rússia se beneficiarão por fazer parte da rede de especialistas em lácteos colaborando com os demais países em questões e oportunidades importantes que a indústria global de laticínios enfrenta, promovendo parcerias e o diálogo sobre políticas.

O comitê nacional da IDF na Rússia será liderado por Belov Artyom, CEO da União Nacional de Processadores de Lácteos da Rússia, enquanto Margaret Kibogy, diretora-gerente do Conselho de Lácteos do Quênia, chefiará o comitê nacional no Quênia.
Kibogy disse: "A indústria de laticínios do Quênia é uma importante atividade socioeconômica que beneficia uma ampla gama de partes interessadas. Com essa associação, o país se beneficiará do engajamento e do compartilhamento de conhecimento por meio da plataforma global. Também desempenharemos um papel ativo na discussão na plataforma, juntamente com outros players do setor."

A presidente da IDF, Dra. Judith Bryans, disse: "Estamos muito felizes em receber a Rússia e o Quênia na associação. Esperamos trabalhar com eles nas principais questões que o setor de laticínios global enfrenta atualmente. Ter esses países é incrivelmente importante e acrescenta ainda mais força à nossa voz, conhecimento e experiência globais".

Bryans acrescentou: "Ao acolher esses dois novos membros em sua comunidade, a IDF está demonstrando ainda mais seu valioso e crescente alcance, ambição e influência no setor global de lácteos". (FoodBev.com tradução Equipe MilkPoint)

Espanha: Lactalis assina contrato de energia renovável com a Engie

O Grupo Lactalis assinou um acordo com a fornecedora de energia Engie Espanha, para que suas fábricas, armazéns e escritórios sejam supridos com energia renovável.  O acordo entrará em vigor em 1 de janeiro de 2020 e a Engie fornecerá cerca de 70 GWh de eletricidade por ano, cobrindo pelo menos 50% da demanda de eletricidade da Lactalis na Espanha. 

A Lactalis estima que isso reduzirá as emissões de carbono em suas fábricas em aproximadamente 10%, cerca de 26.950 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a remover 11.000 veículos da estrada por um ano. Ignacio Elola, CEO do Grupo Lactalis, disse: "Este acordo representa mais um passo em nossa estratégia de reduzir o impacto de nossa atividade no meio ambiente e contribui com os esforços que já realizamos em termos de consumo de água, gestão de resíduos e sustentabilidade de nossas embalagens".  Loreto Ordóñez, CEO da Engie Espanha, acrescentou: "Nossos serviços têm grande valor agregado ao ajudar cada cliente a desenvolver sua própria estratégia de descarbonização, fazendo isso ser rentável e consistente com suas ambições sustentáveis. 

Portanto, esse desafio nos envolve nos mais diversos aspectos das empresas, de acordo com as necessidades de cada cliente, tanto no fornecimento de energia financeira, como operacional, tecnológica ou renovável". (FoodBev.com, tradução Equipe MilkPoint)

CNA discute avanços para a erradicação da febre aftosa

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (25), de uma reunião do Grupo Gestor do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A CNA é integrante do colegiado. O encontro tratou das ações definidas para o setor privado desenvolver dentro do PNEFA e discutiu a possibilidade de se adequar a análise dos serviços veterinários estaduais. 

"Vamos também fazer uma proposta de capacitação do produtor em relação à notificação de doença e diagnóstico de febre aftosa para apresentar na próxima reunião. Seria uma ação conjunta entre CNA e Senar", disse a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo. Durante o encontro também foi debatida a criação de um plano de comunicação nacional que atenda produtores rurais, profissionais e transportadores. (CNA)

Queijo Gruyère Santa Clara ganha versão fatiada
Já está à disposição dos consumidores nos supermercados, a nova versão do Queijo Gruyère Santa Clara. O produto nobre ganha a versão fatiada, em embalagem prática, com 120 gramas. O Queijo Gruyère Santa Clara é vendido atualmente na versão forma, de aproximadamente 4,5kg, e fracionado em embalagem Skin Pack, com cerca de 180g. (Assessoria de Imprensa da Santa Clara)
 

 

Porto Alegre, 28 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.096

Leite: Brasil precisa investir para ganhar competitividade no mercado externo

A produção de leite no Brasil é mais do que suficiente para atender a demanda interna. Mesmo assim, no ano passado, o país importou 150 mil toneladas de lácteos, principalmente da Argentina e do Uruguai. A explicação está no preço do produto: enquanto o litro custa cerca de R$ 1,50 no mercado interno, nos nossos vizinhos sai por R$ 1.

“Na maioria das vezes, as importações não atendem o anseio do consumidor, mas de grupos que fazem esse comércio visando oportunidades. Importam para comercializar, o que é normal em um país capitalista”, diz o coordenador da Câmara de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira.

Os produtores brasileiros se sentem prejudicados desde o fim da tarifa antidumping, em fevereiro. A tributação estava em vigor desde 2001 e abrangia as compras de leite em pó, integral ou desnatado da União Europeia e Nova Zelândia. “Tem que ter uma política mais protecionista para os nossos produtos. A gente importa leite do Uruguai e do Paraguai, e isso prejudica a cadeia”, afirma o pecuarista César Oliveira Junior.

O volume de exportações brasileiros, por sua vez, é muito pequeno: não chega a 1% da produção nacional. Nogueira diz que não é fácil conquistar espaço no mercado internacional, principalmente no caso de lácteos. “É um mercado pequeno. De todo o leite produzido no mundo, apenas 5% ou 6% é comercializado entre os países”, conta.

Recentemente, a China, um dos países que mais consomem leite no mundo, decidiu abrir mercado para lácteos brasileiros. Apesar de ser uma boa notícia, os produtores sabem que precisam investir em genética, nutrição e infraestrutura para ter qualidade e preço competitivo.

“A agricultura deu um salto enorme nos últimos anos e a pecuária de corte vem dando esse salto também, mas o leite ainda está engatinhando”, diz o pecuarista Caio Rivetti. (Canal Rural)

Cadeia láctea/AR

A participação do produtor no total do sistema foi, em setembro, de 33,3%, inferior aos meses anteriores. A indústria piorou sua performance de participação no mercado interno.

A análise realizada mensalmente pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (IAPUCo) que estabelece a referência da cadeia sobre o valor por litro de leite equivalente (VLE), é mostrada no gráfico a seguir. 

 

Cabe destacar que o governo ajustou a alíquota do Imposto de Valor Agregado (IVA) para certos produtos da cesta básica de alimentos. A medida vigente zerou, a partir de sua publicação no Diário Oficial, o IVA sobre alguns produtos lácteos, leite fluido -integral, desnatado ou aromatizado – e iogurte integral ou desnatado, com validade de 16 de agosto de 2019, até 31 de dezembro de 2019.

Participação do setor primário 


 
A participação do produtor no total do sistema em setembro, 33,3%, foi inferior aos meses anteriores (máximo da série em junho de 2019 com 36%), mas, ainda bastante acima da média histórica de 29,7%. Uma situação similar se dá para a participação dos valores finais do mercado interno e da saída de fábrica. Cabe lembrar que a série histórica da Saída de Fábrica é um ano mais longa que as outras.

Participação do setor industrial 


 
O desempenho da participação industrial piora no mercado interno, no total do sistema, e inclusive está menor que a média nas duas análises. Cabe lembrar que a indústria vem apresentando o menor nível de participação na série, no mês de junho passado (23,3%). No mercado externo, a participação industrial melhorou, 21,9%, mas, ainda está 2,6 pontos abaixo da média.
O faturamento por litro equivalente em dólares para a indústria chegou a US$ 0,51/litro, perdendo em relação ao mês anterior, e muito abaixo da média histórica de US$ 0,61/litro. (TodoAgro – Tradução livre: Terra Viva)

Produção/EU

A captação de leite na União Europeia (UE) aumentou 0,9% em agosto passado em relação ao mesmo mês de 2018, o que representou 116.000 toneladas a mais de leite, de acordo com os últimos dados do Observatório lácteos da UE.

Os países com os maiores aumentos absolutos foram Polônia (+22.000 toneladas), Alemanha (+20.000 toneladas), França (+19.000 toneladas), Irlanda (+19.000 toneladas) e Bélgica (+15.000 toneladas). Percentualmente os maiores crescimentos foram no Chipre, Luxemburgo e Letônia, acima de 5%. Na Espanha o incremento em agosto foi de 2,5%, aproximadamente 14.000 toneladas a mais.

A captação acumulada de janeiro a agosto teve comportamento variável segundo o país, como pode ser visto no quadro. As maiores quedas foram registradas na Holanda, Áustria, Eslovênia e Croácia. Os maiores crescimentos no Reino Unido e Irlanda. Na Espanha foi registrado aumento de 0,7%. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

Comissão de Agricultura debate impactos da abertura do mercado lácteo no Brasil
A Comissão de Agricultura debate nesta terça-feira (29) a abertura do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros e o acordo comercial com a União Europeia, que estabeleceu cotas para entrada de produtos lácteos do bloco europeu no Brasil com isenção de tarifas de importação.  O debate atende a pedido dos deputados Celso Maldaner (MDB-SC) e Jerônimo Goergen (PP-RS). Maldaner explica que informações dão conta que os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. "Essa abertura pode gerar impacto positivo para a cadeia produtiva do leite, que atualmente passa por um momento de enormes dificuldades, e envolve, aproximadamente, 1,2 milhão de pequenos produtores", avalia. No entanto, o parlamentar acrescenta que o acordo com a União Europeia vai facilitar a entrada de produtos lácteos europeus no País e " exigir da cadeia de produção brasileira um salto de qualidade e competitividade jamais visto, e poderá demandar um grande investimento em tecnologia e desenvolvimento de novas técnicas de produtivas", afirma. O objetivo do debate, segundo o parlamentar, é tomar conhecimento das diretrizes, metas e estratégias governamentais e privadas, com o objetivo otimizar os benefícios a esse importante setor da economia brasileira. Foram convidados representantes de ministérios; da Apex-Brasil); da Embrapa; de cooperativas; da CNA; e de produtores de leite. O debate será realizado no plenário 6 às 10 horas. (Agência Câmara)
 
 

 

Porto Alegre, 25 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.095

Produção brasileira de lácteos crescerá 2% em 2020, estima USDA

A produção brasileira de lácteos deve aumentar 2% em 2020, impulsionada por maiores exportações e pelo aumento na demanda doméstica, estimou o adido do Departamento de Agricultura dos Estado Unidos (USDA) no Brasil, em relatório.

De acordo com o USDA, as perspectivas para a economia brasileira em 2020 são cautelosamente otimistas após um período de recessão. Nesse cenário, o aumento de produção de lácteos será impulsionado pela alta demanda de leite fluido usado para produtos lácteos, como leite condensado e queijos.

Neste ano, a produção de leite no Brasil deverá totalizar 24,4 milhões de toneladas, aumento de 3% em relação a 2018. Em 2020, a estimativa é de que a produção chegue a 24,9 milhões de toneladas, estimulado pela perspectiva de exportação recorde de produtos lácteos, especialmente para a China, no ano que vem, e pela recuperação do mercado doméstico.

A produção de leite em pó no país deve alcançar 597 mil toneladas neste ano, alta de 2,2%. Para 2020, a perspectiva é que o crescimento seja de 2%, para 610 mil toneladas. O aumento na demanda doméstica e o menor volume de importação de Argentina e Uruguai explicam a projeção. As importações devem alcançar 63 mil toneladas em 2020 e 65 mil toneladas em 2019, ante 68 mil toneladas de 2018.

A produção de queijo no país em 2019 está estimada em 775 mil toneladas, aumento de 1,97% em relação ao ano passado. O aumento é atribuído a uma maior demanda para consumo doméstico, especialmente por parte das indústrias de alimentos. A previsão para 2020 é de 790 mil toneladas, uma alta de 2%.

As importações de queijo pelo Brasil, em 2019, devem manter o mesmo nível de 2018 e alcançar 27,9 mil toneladas, volume que deve se manter em 2020, em razão da desvalorização do real em relação ao dólar. Já as exportações devem permanecer em 4 mil toneladas. No entanto, a abertura do mercado chinês para 34 plantas é motivo de entusiasmo para as indústrias brasileiras, destacou o USDA.  (Valor Econômico)

Leite/Europa

A produção de leite na União Europeia (UE) de janeiro a agosto de 2019, subiu 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Está havendo diferenças significativas na produção entre os países. Em agosto, na Alemanha houve queda de 0,5%, aumento de 2,6% no Reino Unido, queda de 0,9% na França, e crescimento de 9% na Irlanda.

Os fabricantes estão produzindo o máximo possível de queijos com o leite disponível. As vendas estão muito boas. Muitos industriais gostariam de ter mais produtos disponíveis além da demanda, para reconstruir estoques de maturação. A produção de queijo na UE, de janeiro a agosto de 2019, aumentou 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a Eucolait, as exportações de queijo pela UE, entre janeiro e agosto de 2019, subiram 3,3% em relação ao mesmo período de 2018. Os principais destinos foram: Estados Unidos 16,1%; Japão 13,4% e Suíça 7,4%.

No Leste Europeu a produção de leite da Bielorrússia de janeiro a agosto caiu 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Até agosto, as exportações tiveram os seguintes desempenhos: soro de leite (+5,3%); leite em pó desnatado (+27,4%); queijo (+15,7%); manteiga (-9,6%) e leite em pó integral (-37,4%). (USDA - Tradução Terra Viva)
 
 

Segunda etapa da vacinação contra aftosa começa em novembro

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa terá início em 1º de novembro, indo até o dia 30 do mesmo mês. Nesta fase, devem ser imunizados bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses, o que contabiliza cerca de 4,3 milhões de animais em 240 mil propriedades. "Os pecuaristas gaúchos já deram forte demonstração de responsabilidade e preocupação com a sanidade de seus rebanhos na primeira etapa da vacinação, e agora precisamos manter a mobilização", afirma o secretário da da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho.

De acordo com o coordenador do Programa de Controle e Erradicação da Febre Aftosa da Seapdr, Fernando Groff, a meta nesta etapa de novembro é ultrapassar os 90% de animais imunizados e de 90% de propriedades cobertas. A primeira etapa, em maio, envolveu 288.875 propriedades rurais com 12,6 milhões de bovinos e búfalos. Foram imunizados 12,5 milhões de animais, correspondendo a 99% do rebanho, em 279.879 estabelecimentos, que representam 96,89% das propriedades no Estado.

Este ano, a vacina teve alterações na formulação, com redução na dosagem de aplicação, de 5 para 2 ml - a vacina passou a ser bivalente, permanecendo a proteção contra os vírus tipo A e O (removido tipo C) e as apresentações comercializadas agora serão de 15 e 50 doses. A composição do produto também foi modificada com o intuito de diminuir os nódulos.

As vacinas podem ser adquiridas em uma das 600 casas agropecuárias credenciadas na Secretaria para a comercialização deste produto. Após imunizar seu rebanho, o produtor terá até 6 de dezembro para comprovar a vacinação junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária local, apresentando a classificação do rebanho, por sexo e idade, e a nota fiscal de compra das doses aplicadas.
Status sanitário

Atualmente, o Rio Grande do Sul, que é considerado zona livre de aftosa com vacinação, busca evoluir seu status sanitário. Em setembro, o Estado passou por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a retirada da vacinação. A Seapdr ainda aguarda a divulgação do relatório do ministério - enquanto a retirada não é confirmada, as etapas de vacinação ocorrem normalmente. (Secretaria da Agricultura / RS)

Comitê gestor define vencedores do Selo Mais Integridade
A lista com o resultado final será divulgada na segunda quinzena de novembro, quando ocorrerá a cerimônia de premiação (MAPA)

 

 

Porto Alegre, 24 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.094

5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat tem inscrições prorrogadas

Os interessados em concorrer ao 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat RS têm mais uma chance para inscrever seus trabalhos. Os mesmos deverão ser enviados para o e-mail imprensasindilat@gmail.com até o dia 01/11 (confira o regulamento). Os trabalhos inscritos devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios.

Serão recebidos trabalhos publicados em língua portuguesa em veículos com sede no Brasil, entre 28/10/2018 a 25/10/2019. Podem participar jornalistas devidamente registrados ou grupo de profissionais, sendo ao menos um jornalista. Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidato. 

Confira as categorias: 
1) Impresso: reúne trabalhos de veículos impressos a serem enviados em formato PDF;
2) Eletrônico: reúne trabalhos divulgados em veículos eletrônicos (rádio e televisão) a serem enviados mediante link;
3) Online: Reportagens ou série de reportagens veiculadas no período recomendado desde que apresentem indicação expressa da data de veiculação e fornecimento do link ativo;
4) Fotografia: Imagens alusivas à atividade leiteira veiculadas na imprensa, independentemente da plataforma dentro do período definido por este regimento e com comprovação de publicação expressa. Enviar a imagem original (em JPG) e PDF da publicação;

Os vencedores serão conhecidos na festa de fim de ano do Sindilat, no dia 05 de dezembro. Neste ano, a cerimônia ainda marcará os 50 anos de atividade do sindicato.

CONSELEITE – SANTA CATARINA - RESOLUÇÃO Nº 10/2019

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Outubro de 2019 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Setembro de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Outubro de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)

 


1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Agosto/2019: De 29/07/2019 a 01/09/2019
Mês de Setembro/2019: De 02/09/2019 a 29/09/2019
Decêndio de Outubro/2019: De 30/09/2019 a 20/10/2019

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Leite/América do Sul

A produção de leite continua subindo na América do Sul e está muito próxima do pico anual. O teor de matéria gorda e proteína do leite também estão continuamente melhorando. A oferta de ração e suplementos para o rebanho leiteiro é confortável, e a qualidade varia de boa a razoável. No Brasil, até agora, a produção de leite na fazenda é maior em comparação com os níveis dos dois anos anteriores, à medida que mais vacas vão entrando em ordenha. Ainda assim a captação de leite está abaixo das necessidades para atender a forte demanda da indústria de alimentos. Dessa forma, as importações de queijo e leite em pó permanecem ativas.

Na Argentina, o volume de leite captado é suficiente para cobrir a maioria das necessidades das indústrias de laticínios e de alimentos. No último mês o governo anunciou a eliminação de impostos de Valor Agregado (IVA) para produtos como leites e iogurtes para aumentar o consumo doméstico de produtos lácteos. Com essas medidas existe a expectativa de que o consumo no varejo aumente no quarto trimestre. As incertezas predominam sobre o futuro da indústria de laticínios e do mercado, diante das eleições presidenciais de 27 de outubro.  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Subsídios/UE
Em 2014-15 os preços do leite aos produtores da União Europeia (UE) sofreram quedas de 10 a 30 centavos por litro. A Comissão considerou que o mercado lácteo comunitário estava sendo afetado por um desequilíbrio mundial entre a oferta e a demanda, no qual o embargo russo desempenhou um papel fundamental. Em consequência, a Comissão Europeia (CE) adotou medidas excepcionais no valor de 740 milhões de euros. Os Estados Membros poderiam completar o subsídio com fundos nacionais. Agora o Tribunal de Contas da UE vai examinar se as medidas foram concebidas adequadamente, se mitigaram corretamente os efeitos das perturbações e se agora os Estados Membros estão melhor preparados para futuras perturbações do mercado de produtos lácteos. Analisarão a política da CE e os dados dos Estados Membros, coletarão informações dos agricultores, das entidades de classe e do setor lácteo. Também serão realizadas visitas à França, Itália, Irlanda e Finlândia para examinar como foram aplicadas as medidas na prática. A publicação do relatório da auditoria está prevista para o final de 2020. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 22 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.092

Valor de referência do leite cai no Rio Grande do Sul 


Crédito: Carolina Jardine
 
O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul estimado para o mês de outubro é de R$ 1,0609, 3,47% abaixo do consolidado de setembro (R$ 1,0991). Segundo dados divulgados nesta terça-feira (22/10) pelo Conseleite, a tendência reflete o período de safra, mas está mais amena em 2019 em relação a anos anteriores. A redução pontual da pesquisa de outubro foi puxada pela diminuição do leite UHT, carro chefe do mix do Estado, mas teve compensação parcial com a alta do leite em pó. 
 
A tendência de mercado é de estabilidade, uma vez que o volume de captação começa a reduzir com a diminuição da produção no campo nas próximas semanas. “Em 2019, o UHT apresentou estabilidade. Diferentemente de outros anos quando se registrou variações bruscas no preço, a curva do ano indica quedas e elevações suaves no preço do UHT”, disse o professor da UPF e responsável pelo estudo Eduardo Finamore. A reunião do Conseleite foi realizada na sede da Farsul, em Porto Alegre.  
 
Segundo o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, os números refletem uma mudança nos hábitos de consumo do brasileiro em um ano de crise e falta de recursos na economia. “As famílias estão buscando preço porque a crise impactou em cheio o poder de consumo”. Além disso, justificou ele, o que se viu em 2019 foi um aumento das vendas no atacado em detrimento do varejo, principalmente entre as classes A e B, que também estão buscando adquirir leite e outros alimentos básicos a preços mais competitivos. “Isso impacta o comércio e traz reflexo direto no setor industrial e no produtor porque estamos em um mesmo mercado. Os movimentos do consumidor interferem em todos os elos”.

IN 76 e 77
Durante a reunião, as entidades que integram o Conseleite ainda debateram o impacto das Instruções Normativas 76 e 77 no campo, principalmente com os resultados de médias geométricas de CBT, que já limitam a captação do leite de alguns produtores gaúchos. O colegiado entende que é preciso realizar alguns ajustes de metodologia que estimulem os produtores a seguir melhorando. “Em alguns casos, não valoriza o esforço que vem sendo feito no campo”, pontuou o gerente técnico adjunto da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries, que apresentou casos concretos de distorções que vêm ocorrendo.  


 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
 
Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Setembro de 2019.


(1)    Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 76/77 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 IN 76/77, em R$ – Outubro de 2019.


* Previsão

Sindilat debate INs 76 e 77      
 
     
Reunidos na sede do Sindilat na tarde desta terça-feira (22/10), representantes dos laticínios associados debateram a situação de adaptação às Instruções Normativas (INs) 76 e 77 no Rio Grande do Sul. Na ocasião, avaliaram as melhorias visíveis a campo e possíveis ajustes na metodologia que evitem a exclusão dos produtores que estão avançando em seus escores de CBT. As empresas ainda visualizaram os dados divulgados pelo Conseleite referentes ao mês de outubro e discutiram encaminhamentos de questões tributárias e planos de melhoria. Durante a reunião, também foi apresentado balancete do terceiro trimestre do Sindilat.
 
 

Conseleite/Paraná

Atenção: Na reunião do mês de outubro/2019, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite-Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de dezembro e a partir de janeiro de 2.020, apenas valores com revisão.

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 22 de Outubro de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/mi e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2019 é de R$ 2,4136/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima lei conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 
Nestlé
A Nestlé foi escolhida pelo consumidor brasileiro como a marca mais amada do país, de acordo com pesquisa desenvolvida pelo Centro de Inteligência Padrão em parceria com a ECGlobal. O levantamento apontou as marcas mais queridas em nove categorias, que englobam mais de 30 segmentos de mercado. Além da Nestlé, a Chocolates Garoto ficou na 7ª colocação entre as top 10. O resultado reitera a confiança dos consumidores na qualidade dos produtos da companhia, que está presente em 99% dos lares dos brasileiros, segundo o Kantar Worldpanel. Fundada há mais de 150 anos, com sede na Suíça, a Nestlé tem hoje presença em 190 países e conta com 308 mil colaboradores. Chegou ao Brasil há 98 anos, com a primeira fábrica de MilkMaid (que depois se tornou Leite Moça), instalada na cidade paulista de Araras. Para realizar o levantamento, foram ouvidas mais de 1.700 pessoas, entre homens e mulheres, de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, em todo o país. Os consumidores avaliaram de quatro a cinco categorias das nove incluídas no estudo. (Newtrade)
 

 

 

Porto Alegre, 21 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.091

Conseleite/MS – valores finais para setembro de 2019, e projeções para outubro de 2019

Preço/MS - A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul reunida no dia 18 de outubro de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de setembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de outubro de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul/Terra Viva)

 

Instrução Normativa estabelece regras para destinação de resíduos da pecuária

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou nesta sexta-feira (18), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa 48/2019, que estabelece as regras sobre o recolhimento, transporte, processamento e destinação de animais mortos e resíduos da produção pecuária como alternativa para a sua eliminação nos estabelecimentos rurais.

A IN estabelece regras que possibilitam a utilização de rotas tecnológicas para o os resíduos da produção pecuária de forma sanitariamente segura, alternativas às práticas até então adotadas.

De acordo com a Instrução Normativa, para destinar animais mortos e resíduos da produção pecuária para unidade de recebimento, de transformação ou de eliminação, o estabelecimento rural deve possuir cadastro atualizado junto ao Serviço Veterinário Oficial e dispor de um local exclusivo para o recolhimento, que deverá estar fora das áreas utilizadas para o manejo da exploração pecuária e afastado das demais instalações do estabelecimento rural.

Os veículos utilizados para o transporte de animais mortos e resíduos da produção pecuária devem ser de uso exclusivo para esta finalidade. Também devem ser vedados e identificados. É obrigatório o porte de Documento de Trânsito de Animais de Produção Mortos (DTAM) durante todo o percurso para o transporte de animais mortos e resíduos da produção pecuária.

O Serviço Veterinário Oficial de cada estado deverá estabelecer os controles necessários para a devida aplicação da IN.

A elaboração da norma contou com a participação das representações de toda cadeia produtiva de proteína animal e dos diversos órgãos governamentais, para ajustar as regras estabelecidas em consonância com a realidade observada na produção primária do país.

Contexto
Nos últimos 30 anos, o segmento pecuário brasileiro implementou alterações significativas na criação de animais domésticos que ampliaram a capacidade de produzir produtos de origem animal, atendendo demanda crescente da população mundial.

Com isso, montantes significativos de resíduos passaram a ser gerados com a intensificação e concentração da produção por parte dessas cadeias, em curto espaço de tempo, impondo o desafio de encontrar um manejo adequado para mitigar os riscos que representam ao meio ambiente e ao status sanitário dessas cadeias.

Práticas até então rotineiramente utilizadas no interior dessas propriedades como o enterrio, a incineração e a compostagem passam a ser insuficientes para equacionar esta questão, ocasionando adversidades aos produtores e ao meio ambiente. (MAPA)
 
Cotrifred prepara sua primeira feira
A Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen (Cotrifred) vai promover a Feira em Campo – Agronegócio em foco no período de 12 a 14 de dezembro. O presidente da cooperativa, Elio Pacheco, diz que 70 empresas já confirmaram presença como expositoras. O evento marca o ingresso da Cotrifred na área de feiras para o agronegócio. (Correio do Povo)

 

 

 

Porto Alegre, 18 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.090

5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat recebe inscrições até 25/10

Jornalistas têm até a próxima sexta-feira (25/10) para participar do 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat RS. Os interessados deverão enviar os trabalhos para o e-mail imprensasindilat@gmail.com (confira o regulamento). Os trabalhos inscritos devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios.
Serão recebidos trabalhos publicados em língua portuguesa em veículos com sede no Brasil, entre 28/10/2018 a 25/10/2019. Podem participar jornalistas devidamente registrados ou grupo de profissionais, sendo ao menos um jornalista. Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidato. 

Confira as categorias: 

1) Impresso: reúne trabalhos de veículos impressos a serem enviados em formato PDF;
2) Eletrônico: reúne trabalhos divulgados em veículos eletrônicos (rádio e televisão) a serem enviados mediante link;
3) Online: Reportagens ou série de reportagens veiculadas no período recomendado desde que apresentem indicação expressa da data de veiculação e fornecimento do link ativo;
4) Fotografia: Imagens alusivas à atividade leiteira veiculadas na imprensa, independentemente da plataforma dentro do período definido por este regimento e com comprovação de publicação expressa. Enviar a imagem original (em JPG) e PDF da publicação;

Os vencedores serão conhecidos na festa de fim de ano do Sindilat, no dia 05 de dezembro. Neste ano, a cerimônia ainda marcará os 50 anos de atividade do sindicato.

Para se inscrever, leia atentamente o regulamento aqui.
Ficha de inscrição.
Termo de autorização de uso de imagem.

 

Conseleite/MG
Os valores de referência do leite – padrão, maior e menor – que estão sendo entregues em outubro de 2019 apresentaram leve queda na primeira quinzena.
A conjuntura econômica tem contribuído para o baixo consumo dos derivados. Foi registrada desvalorização nos preços dos leites UHT, spot e em pó. A recuperação das cotações dependerá do consumo, que pode estabilizar o valor do leite a ser pago ao produtor na segunda quinzena de outubro.
Rodrigo Alvim - vice-presidente do Sistema FAEMG
“A produção leiteira aumentou no Brasil e, principalmente, no Sul do país. Isso, naturalmente, estabelece uma concorrência, com queda nos preços. Acesse o site do Sistema FAEMG, entre no link do Conseleite MG para simular o seu preço, considerando o volume de produção e a qualidade.” (Faemg)
 
 
 
 

Decreto regulamenta lei sobre trabalho temporário

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) editou decreto que regulamenta a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário. O decreto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira e traz as regras sobre trabalho temporário, sua aplicação, período pelo qual pode ser contratado e direitos dos trabalhadores.

A reforma trabalhista, feita ainda pelo governo de Michel Temer (MDB), já havia alterado para 180 dias o prazo para o trabalho temporário, prorrogados por até mais 90 dias. O decreto agora publicado confirma esse prazo máximo de duração do contrato, e diz que, "comprovada a manutenção das condições que ensejaram a contratação temporária, o contrato poderá ser prorrogado apenas uma vez, por até 90 dias corridos, independentemente de a prestação de trabalho ocorrer em dias consecutivos ou não".
O trabalhador temporário somente poderá ser novamente contratado pela mesma empresa tomadora de serviços ou cliente em um novo contrato temporário após o período de 90 dias, contado do término do contrato anterior. A contratação antes desse prazo caracterizará vínculo empregatício entre o trabalhador a empresa.
Sobre a jornada de trabalho para os temporários, ela será de, no máximo, oito horas diárias, podendo ter duração superior na hipótese de a empresa tomadora de serviços ou cliente utilizar jornada de trabalho específica. Segundo o decreto, as horas que excederem à jornada normal de trabalho serão remuneradas com acréscimo de, no mínimo, 50%. Ainda será assegurado ao trabalhador temporário o acréscimo de, no mínimo, 20% da remuneração quando trabalhar no período noturno.
O decreto assegura, ainda, ao temporário o descanso semanal remunerado e afirma que a ele não se aplica o contrato de experiência. Os trabalhadores temporários deverão ser cadastrados junto ao Ministério da Economia, e a empresa de trabalho temporário fica obrigada a anotar, na carteira de trabalho ou em meio eletrônico que a substitua, a condição de temporário do trabalhador.
 
Com relação aos direitos do trabalhador temporário, além da remuneração equivalente à recebida pelos empregados da mesma categoria da empresa, está assegurado o pagamento de férias proporcionais no caso de: dispensa sem justa causa, pedido de demissão ou término normal do contrato temporário. Além disso, terá direito a FGTS, benefícios e serviços da Previdência Social, seguro de acidente de trabalho, anotação de sua condição de temporário na carteira de trabalho.
Segundo a presidente da Associação do Trabalho Temporário (Asserttem), Michelle Karine, a atualização do decreto era necessária para dar esclarecimentos importantes sobre a modalidade em discernimento à terceirização de serviços. "Essas atividades são completamente diferentes, mas frequentemente confundidas, uma vez que, em março de 2017, passaram a integrar o mesmo instrumento de regulamentação", afirma. "Assim, a atualização do Decreto do Trabalho Temporário dá maior clareza às especificidades deste regime especial de contratação de pessoal, deixando-o mais objetivo e seguro para todos os agentes envolvidos no regime, sendo os trabalhadores temporários, as agências integradoras e as empresas contratantes", completa. Com a publicação, a Asserttem espera melhora na geração de trabalho formal e renda. (Jornal do Comércio)
Produção/UR 
A captação de leite pela Conaprole teve bom comportamento em setembro e ficou somente 2% abaixo da produção de setembro de 2018, com captação diária em torno de 4,9 milhões de litros e em alguns dias pontuais acima de 5 milhões. “Creio que as chuvas são as responsáveis, porque estão faltando em muitas bacias” disse a Conexión Agropecuaria o vice-presidente da cooperativa, Alejandro Pérez Viazzi. Se houver uma boa primavera, o pico de produção deverá alcançar os volumes recordes do ano passado. “Estamos muito perto, mas, falta chuva, inclusive para preparar o plantio de verão”, lembrou. No acumulado do ano (janeiro a setembro) a produção de leite captada pela Conaprole caiu 3% em relação ao mesmo período de 2018. Observando os dados publicados pelo Instituto Nacional do Leite, que engloba todas as indústrias, em agosto as remessas de leite para as plantas totalizaram 178,7 milhões de litros, 3,7% menos do que os 185,6 milhões recebidos no mesmo mês do ano passado. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)