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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.423


Importação de leite perdeu força nos últimos meses

Alvo de reclamação dos produtores de leite, a importação de lácteos perdeu força nos últimos meses como consequência da elevação da taxa de câmbio. Segundo dados do Ministério da Economia compilados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o volume total de importações feitas pelo Brasil caiu de 22 mil toneladas em dezembro de 2020 para 14,6 mil toneladas em fevereiro deste ano. O cálculo inclui a importação de leite em pó integral, leite em pó desnatado, iogurtes, soro de leite em pó, manteiga e queijo.

“As importações ocorrem muito mais por uma oportunidade de diminuição de custos, não porque tenham qualidade superior”, justifica o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Para março é aguardada uma nova queda das importações, já que, além do dólar alto, há a valorização expressiva do produto nos leilões da plataforma Global Dairy Trade (GDT). O dirigente ressalta ainda que os impactos dos preços do milho e do farelo de soja, utilizados na alimentação animal, começam a ser sentidos em todo o mundo, de modo que produzir lácteos a um custo baixo torna-se cada vez mais difícil. “Esse reajuste de preços provavelmente consiga reverter um quadro que o Brasil vinha enfrentando muito forte de concorrência com as importações no mercado interno”, analisa.

Em 2020, o pico das importações foi percebido entre outubro e dezembro. No período, registrou-se a elevação das aquisições de leite em pó desnatado e leite em pó integral, principalmente. A maior parte do leite importado pelo Brasil nos dois primeiros meses deste ano veio da Argentina (49,3%) e Uruguai (40,2%). Paraguai, Estados Unidos, Nova Zelândia e França também realizaram embarques para o território brasileiro. (Correio do Povo)


GDT 16/03/2021

(Fonte: GDT)

Ministério confirma VBP da agropecuária de R$ 1 trilhão

 
A manutenção do cenário positivo para produção e preços nas principais cadeias produtivas levou o Ministério da Agricultura a realizar um leve ajuste para cima em sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) da agropecuária brasileira em 2021. A Pasta confirmou que o VBP do campo (“da porteira para dentro”) deverá alcançar mesmo o patamar de R$ 1 trilhão, 12% a mais que o recorde de 2020.

Para o VBP das 21 lavouras que compõem o levantamento, a projeção subiu de R$ 668,4 milhões para R$ 708,3 milhões em 2021, um aumento de 15,4% ante 2020 (R$ 613,6 bilhões, 22,2% mais que em 2019). Com colheita recorde e preços nas alturas, a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, deverá alcançar um VBP de R$ 335,1 bilhões neste ano, 30,1% acima do valor de 2020.

Para o conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério elevou sua projeção para o VBP neste ano para R$ 323,9 bilhões, com incremento de 5,1% em relação a 2020 (R$ 307,3 bilhões, 7,9% mais que em 2020). O segmento é puxado pelos bovinos, cujo VBP deverá atingir R$ 147,8 bilhões este ano, 10,7% acima de 2020. Para o frango, a previsão é de alta de 2,4%, para R$ 84,6 bilhões, e para os suínos o montante calculado passou a ser de R$ 28 bilhões, 2,6% menor. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

Tempo seco e pancadas isoladas de chuva são previstos para os próximos dias
Os próximos sete dias deverão ter baixos volumes de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul, conforme aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 10/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga. Entre a terça (16) e quarta-feira (17), o deslocamento de uma frente fria deverá provocar chuva em todo o Estado, com chance de temporais isolados. Os volumes previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maior parte do território gaúcho. Somente na Fronteira Oeste e na Serra do Nordeste os totais deverão variar entre 20 e 35 mm. O boletim também avalia as condições atuais das culturas de soja, milho, olerícolas, banana, caqui, uva, maçã, oliveiras, fumo e arroz. O documento completo pode ser consultado em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Fonte: SEAPDR)


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Porto Alegre, 15 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.422


Associação para industrialização do leite é exemplo clássico no RS

Um dos exemplos clássicos de intercooperação ocorre no setor leiteiro do Rio Grande do Sul. A Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), com sede em Cruz Alta, surgiu em 1976 a partir da necessidade de 18 cooperativas de industrializar seu leite para aumentar a receita. “Não havia como cada cooperativa investir no processamento sozinha; era mais racional fazer um investimento coletivo”, argumenta Gelson Melo de Lima, superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, de Não-Me-Toque, que é uma das associadas.

Dos 1.280 funcionários da CCGL, 600 trabalham na unidade de laticínios. Eles são responsáveis por recepcionar os caminhões da organização e de empresas terceirizadas que coletam 1,5 milhão de litros por dia nas propriedades e pelo processamento do leite na unidade. Do volume que chega à unidade industrial, em Cruz Alta, 90% é transformado em leite em pó, 9% em creme de leite e 1% em achocolatados e leite UHT, que são vendidos com a marca CCGL. Cerca de 87% desse leite em pó é comercializado para grandes redes de supermercados do Norte e Nordeste, com entrega via cabotagem ou caminhão de terceirizados. “Transportar via navegação é viável em mercados assim, já que a maior densidade populacional está no litoral”, esclarece o diretor superintendente da CCGL, Guillermo Dawson.

A CCGL compra o leite de 21 cooperativas, localizadas majoritariamente na metade Norte do Estado, pelo valor de mercado, e vende os produtos, retendo uma parcela do lucro e distribuindo o restante às associadas e seus cooperados. A receita total da CCGL em 2020 foi de R$ 1,4 bilhões, com 81% dela vinda da área de laticínios.

Associado à Cotrijal há nove anos, Ezequiel Alan Weber entende que a participação em empreendimento cooperativo trouxe inúmeros benefícios à sua propriedade, localizada em Coqueiros do Sul, onde produz soja, milho, trigo e leite. “Além do retorno financeiro, nós recebemos uma série de descontos em produtos utilizados para a produção, adquiridos junto à Cotrijal”, justifica. Para ele, “diferentemente de outras empresas do setor, uma cooperativa se preocupa com o real desenvolvimento e crescimento dos seus cooperados”. Ao todo, a Cotrijal possui 7 mil cooperados das regiões do Alto Jacuí, Planalto Médio Gaúcho e parte da região Norte do Estado, que produzem leite e grãos, e 1.900 funcionários. (Correio do Povo)


USDA: previsão de baixa na produção de leite e alta nos preços de commodities

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) baixou a previsão de produção de leite para 2021 para 103 bilhões de quilos, queda de 45,35 milhões de quilos em relação ao mês passado, em seu último relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial divulgado esta semana.

A previsão de importação com base na gordura para 2021 foi reduzida devido às importações mais baixas de gordura da manteiga; as exportações de base gordurosa aumentaram à medida que os embarques mais elevados de gordura de manteiga mais do que compensaram as previsões de exportações de queijo, disse o USDA.

Em uma base de sólidos desnatados, a previsão de importação permanece inalterada devido às mudanças compensatórias nas importações de uma série de produtos lácteos. A previsão de exportação de sólidos desnatados foi reduzida, refletindo as expectativas de menores embarques de lactose que são parcialmente compensados por maiores exportações de leite em pó desnatado.

A previsão do preço anual do queijo está inalterada em relação ao mês passado em US $ 3,736 por quilo, já que os preços mais fracos na primeira parte de 2021 são compensados pela melhora na demanda no final do ano, disse o USDA.

As previsões de preços de manteiga, leite em pó desnatado e soro de leite aumentaram em relação ao mês passado, com melhorias esperadas na demanda doméstica e de exportação. O USDA agora prevê que a manteiga fique em uma média de US $ 3,56 por quilo, leite em pó desnatado em US $ 2,51 por quilo e soro de leite seco US$ 1,10 por quilo.

Esses preços mais altos de produtos são refletidos em previsões de preços mais altos do leite Classe III e Classe IV para 2021. A Classe III agora está prevista em uma média de US$ 36,92 por 100 quilos e a Classe IV de US$ 31,85 por 100 quilos. A previsão de todo o preço do leite para 2021 foi elevada para US $ 39,13 por 100 quilos no relatório deste mês. (As informações são do Cheese Market News, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai – As exportações de lácteos cresceram 10%

No primeiro bimestre do ano, as exportações de lácteos subiram 10%, totalizando US$ 105,3 milhões O principal produto vendido foi o leite em pó integral (WMP).

Segundo o último relatório do Instituto Nacional do Leite (Inale), as exportações acumuladas até fevereiro superaram em 10% as do primeiro bimestre de 2020. O que resultou em maior faturamento foi o WMP e a manteiga (com maiores vendas, apesar de preços piores) compensando a queda do queijo e leite em pó desnatado (SMP).

O WMP registrou US$ 70,7 milhões em divisas. Em seguida vieram os queijos com US$ 15,2 milhões, a manteiga, US$ 6,8 milhões e o SMP US$ 5,4 milhões.

Quanto aos volumes, o WMP representou 22.600 toneladas, os queijos 3.900 toneladas, o SMP e a manteiga foram responsáveis por 1.900 cada um. (Fonte: TodoElCampo - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Supermercados registram a 1ª deflação após um ano de alta

Após um ano de alta, o setor supermercadista conseguiu registrar uma deflação nos preços. A queda apontada pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, foi de 0,5% em fevereiro. E segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o principal motivo foi a ausência do Carnaval e a espera do consumidor por novos auxílios, além do aumento dos casos de Covid-19, que demandou os ajustes dos preços em toda a cadeia produtiva. Em fevereiro de 2021, as exportações suínas tiveram queda de 18% em relação ao mesmo período de 2020, e consequentemente o preço no mercado interno caiu pelo terceiro mês seguido (2,49%). Além disso, os preços das aves caíram 2,29%, após uma sequência de sete meses em alta. (Super Varejo)


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Porto Alegre, 12 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.421


Estados entram em consenso e renovação do Convênio 100 é aprovada no Confaz

O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) aprovou nesta sexta-feira (12), na 332ª Reunião Extraordinária, a renovação de diversos convênios de isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados. Entre os convênios renovados está o CV ICMS 100/97, que reduz a base de cálculo do ICMS nas saídas de insumos agropecuários comercializados entre os estados.

O Convênio 100 é importante porque impacta diretamente no mercado de insumos agrícolas e no setor agropecuário do país como um todo. A renovação foi aprovada por unanimidade, por quatro anos, até 2025, com uniformização da alíquota em 4% para fertilizantes, evitando o tratamento diferenciado que vinha sendo dado ao produto importado. A transição ocorrerá à base de 1 ponto percentual ao ano, a partir de 2022, totalizando os 4% em 2025, ficando uniforme com as internas e interestaduais. As alíquotas sobre defensivos e demais insumos permanecem inalteradas.

A renovação do convênio ocorre após amplo debate entre os estados e diálogo com entidades do setor agropecuário, e envolve uma meta de crescimento de 35% da produção da indústria nacional de fertilizantes até 2025. O referido convênio vinha sendo renovado ano a ano sem alteração. Em outubro de 2020, foi formado um grupo de trabalho no âmbito do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal) para estudar o assunto e elaborar uma proposta definitiva de alteração do convênio.

O grupo foi formado pelos estados do Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. O objetivo era conciliar todas as expectativas e interesses dos estados para que se estabelecesse um novo marco tributário nacional com potencial suficiente para estimular investimentos significativos da indústria nacional de insumos agrícolas. O estudo do grupo serviu de base para que os 26 estados e o Distrito Federal chegassem ao consenso quanto à renovação do convênio. (Fonte: Comsefaz)


Preço do leite em pó dispara no mercado internacional

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial de leite cresceu 1,5% em 2020, comparada ao ano anterior, mesmo diante de um cenário pandêmico, que afetou a produção e consumo de alimentos no mundo todo. O volume produzido foi de 642,4 bilhões de litros.

Na maior exportadora de produtos lácteos, a Nova Zelândia, a produção de leite foi de 22 bilhões de litros no ano passado, um crescimento de 0,4% frente a 2019, correspondendo a 3,4% da produção mundial.

Em 2020, foram exportados pelo país 2,9 bilhões de equivalente litro de leite na forma de leite em pó, manteiga, leite fluido e queijos, queda de 3,9% comparado ao ano anterior.

Apesar da queda das exportações neozelandesas, as importações mundiais tiveram incremento de 30,5% em 2020. Para suprir a demanda, tiveram destaque a União Europeia, a Argentina, a Austrália e os Estados Unidos, principais fornecedores leite em pó em 2020.

As restrições de funcionamento de comércio e food service em função da pandemia mudaram a dinâmica de consumo e, consequentemente, as refeições domésticas aumentaram, o que levou a um incremento mundial na demanda por lácteos, em 2,1% no ano passado.

Nesse cenário, a China, maior importadora de lácteos, aumentou em 28,7% suas importações em 2020, comparado ao ano anterior, num total de 690 mil toneladas de leite em pó.

O volume de leite fluido importado pela China da Nova Zelândia aumentou 9%. O país tem aumentado a importação de produtos lácteos nos últimos anos, mas o consumo per capita ainda é muito baixo. O chinês médio consome 35 kg/ano e o governo do país espera que esse consumo chegue pelo menos em 110 kg/ano.

Preços em alta
A produção de leite na Nova Zelândia vem diminuindo desde outubro, pico de produção, e se manterá em queda até junho (figura 1). Esse fato, aliado à forte demanda da China e do Sudeste Asiático por leite em pó integral e leite em pó desnatado, tem impulsionado o preço desses produtos no mercado internacional.

 
A Fonterra, cooperativa neozelandesa, considerada a maior empresa de laticínios do mundo, exporta cerca de 95% da sua produção e possui uma plataforma de comercialização através de leilões, principalmente para o leite em pó, a Global Dairy Trade. Os negócios realizados são determinantes para a formação de preços no mercado internacional de lácteos.

Os preços vêm aumentando desde novembro/20, no leilão 271, realizado em 3/11/20 (figura 2).

No último leilão, realizado em 2 de março deste ano, considerando a média de todos os produtos negociados, os preços subiram 12,9% frente ao leilão anterior. Foram negociadas 25,5 mil toneladas, queda de 4,9% frente ao leilão anterior (26,8 mil toneladas), cotadas em US$4.231,00/t.

O leite em pó integral ficou cotado em US$4.364,00 por tonelada, alta de 20,7% frente ao leilão anterior, ultrapassando a média dos preços dos demais produtos lácteos negociados.

A alta dos preços no leilão ocorreu em função da demanda chinesa firme neste início de ano.
 
Os preços futuros do leite em pó indicam aumento para os próximos meses, com a produção em queda na Nova Zelândia e demanda aquecida no mercado internacional, em especial pela China (tabela 1).

Considerações finais
As altas dos preços dos lácteos no leilão GDT refletem o aumento da demanda mundial pelos lácteos neozelandeses. Na Nova Zelândia, para 2021, é previsto um aumento de 0,9% na produção, o que pode ainda manter os preços firmes, a depender da demanda mundial por leite em pó.

Na China, em 2021, é esperado aumento de 3,6% nas importações, de acordo com o USDA. Porém, a produção no país tende a crescer em relação a 2020, e os estoques de lácteos chineses podem limitar as altas no primeiro semestre.

Na produção mundial, para 2021 é previsto aumento de 1,4% na produção de leite fluido e de 1,1% de leite em pó. Já as importações mundiais tendem a crescer 2,0%, comparado a 2020, o que pode significar uma oferta ajustada perante a demanda crescente. (Fonte: Scot Consultoria)

"Este momento é o mais crítico"

O cirurgião Marcos Tang vive hoje uma rotina diferente em meio ao recrudescimento da pandemia no Estado. Com a escalada de casos e internações, as salas de recuperação cirúrgica foram reorganizadas para dar conta da demanda, e ele passou a lidar diretamente no atendimento de pacientes com covid-19. Da mesma forma, o produtor rural, proprietário da Granja Tang, em Farroupilha, na Serra, segue com o trabalho. O rebanho leiteiro exige cuidados ininterruptos. "A vaca não tem botão de pause", disse, há um ano, na chegada do coronavírus.

- Qualquer tipo de confinamento (ficar em casa, sem sair) exige uma boa alimentação. Então, temos de continuar com a produção - completa o também presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês.

Em conversa com a coluna, Tang conta um pouco da sua rotina nas duas atividades. Confira trechos.

Na sua rotina de médico, o que mudou nesse ano de pandemia?
Agora estou na linha de frente mesmo, as salas de recuperação foram transformadas para atendimento de covid-19. Não achávamos que ia acontecer esse embaraço tão grande na saúde. Temos de manter a economia viva, mas este momento é o mais crítico, e que pensamos que talvez não fôssemos atingir. Aconteceu de superar a capacidade, saturou. Todo mundo trabalhando em cento e tantos por cento (de ocupação). Aquele percentual de pessoas que ficam em estado grave é um número absoluto muito alto.

E em relação ao trabalho na propriedade? O que mudou?
A produção continua. Porque qualquer tipo de confinamento (ficar em casa, sem sair) exige uma boa alimentação, então temos de continuar com a produção. Com todo o cuidado, com cuidado total, mas evidentemente que não pode parar. É preciso seguir produzindo.

A situação atual tem sido muito exaustiva, especialmente para profissionais da saúde. Como lidar com isso?
Isso está exigindo muito. Três coisas podem acontecer e só uma é boa. Pode-se ter ataque de pânico, desespero, ficar indiferente. Ou manter a razão, a ciência, capacidade de raciocínio em meio a tudo isso. Temos de achar o equilíbrio. É bem difícil manter essa linha. (Zero Hora)


Jogo Rápido
Pandemia leva América Latina a ser região em desenvolvimento mais endividada

A crise decorrente da pandemia levará a América Latina e Caribe a ser a região mais endividada do mundo em desenvolvimento, diz a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). Em relatório divulgado na noite de ontem, a Cepal alertou que o endividamento da região passou de 68,9% em 2019 para 79,3% em 2020. “Isso converte a América Latina e Caribe na região mais endividada do mundo em desenvolvimento e a que tem o maior serviço da dívida externa em relação às exportações de bens e serviços (57%)”, diz o documento. Segundo a Cepal, o aumento do desequilíbrio fiscal e do endividamento elevou a necessidade de liquidez nos países da região. Como a margem de manobra é limitada, a entidade defende, por exemplo, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) permita que os países usem seus direitos especiais de saque (SDRs, na sigla em inglês). (Valor Econômico)


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Porto Alegre, 11 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.420


Brasil tem parecer favorável da OIE para ampliar zonas livres de febre aftosa sem vacinação

A Ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou que o Brasil recebeu parecer favorável da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para reconhecimento dos estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso) como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. 

O Paraná também recebeu parecer favorável como zona livre de peste suína clássica independente. Em maio, o parecer será avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE.

A ministra informou os governadores e secretários de Agricultura dos estados em reunião virtual, na tarde desta quarta-feira (10), sobre o parecer técnico. “A fase mais difícil nós vencemos. Estamos praticamente aprovados. Quero cumprimentar todos vocês pelo esforço", diz a ministra. “Este foi um importante passo conquistado em direção ao reconhecimento internacional das zonas livres, resultado do empenho conjunto dos setores público e privado no País”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, José Guilherme Leal.

Participaram da reunião os governadores do Paraná, Ratinho Junior; de Rondônia, Marcos Rocha; do Amazonas, Wilson Lima; do Mato Grosso, Mauro Mendes; o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, e o secretário de Produção e Agronegócio do  Acre, Edivan Azevedo.

>> Veja abaixo nota do MAPA sobre o parecer favorável da OIE:
Os pleitos brasileiros para reconhecimento do Paraná, do Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso) como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, assim como do Paraná como zona livre de peste suína clássica independente, passaram pela avaliação técnica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e receberam parecer favorável.

Diante desse resultado, os pleitos brasileiros foram recomendados para avaliação durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, que ocorrerá no período de 22 a 28 de maio deste ano, no formato virtual.

Neste momento, de acordo com os trâmites de avaliação da OIE, todos os atuais 182 Delegados da Organização serão comunicados da decisão e terão o prazo de 60 dias para solicitar informações sobre os pleitos brasileiros, de forma a sustentar a votação durante a 88ª Sessão Geral.

Os caminhos para o reconhecimento
Em agosto de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a Instrução Normativa nº 52, reconhecendo os seis estados como livres de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento nacional pelo Mapa é um dos passos para alcançar o reconhecimento internacional junto à OIE.

Para realizar a transição de status sanitário, os estados e regiões atenderam requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.

O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).

Atualmente, apenas Santa Catarina possui a certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. (Fonte: MAPA)


Emater/RS-Ascar promove Dia de Campo Virtual na área de bovinocultura de leite

Com uma proposta de qualificação técnica para produtores, técnicos e lideranças envolvidas com a cadeia produtiva do leite, a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), através do Escritório Regional de Frederico Westphalen, realizará no dia 24 de março o primeiro Dia de Campo Virtual sobre Bovinocultura de Leite. O evento será transmitido no YouTube oficial da Emater/RS-Ascar, no canal Rio Grande Rural, com início às 13h45. 

O Dia de Campo Virtual está aberto para a participação de produtores rurais, técnicos e profissionais que trabalham com área da bovinocultura de leite. Entre as temáticas que serão apresentadas durante a atividade, destacam-se a ergonomia dos trabalhadores, bem-estar animal, uso de homeopatia na produção de leite e defesa sanitária animal.

"A realização do dia de campo virtual foi uma alternativa encontrada para dar continuidade ao trabalho da Emater na área de capacitação, repasse de conhecimento e informação às famílias assistidas na atividade leiteira, pela importância social e econômica que ela representa na região. Com isso, queremos levar ao maior número de participantes possível o conhecimento de temas que são importantes no desenvolvimento da atividade leiteira, como a sanidade animal, área quando se pensa na produção de leite de qualidade, buscando excelência na sanidade do rebanho, prospectando novos mercados e etc. Outro tema importante é o uso da homeopatia na atividade leiteira, uma alternativa de manejo para o controle de doenças e pragas. Na oportunidade, traremos exemplos da região, com resultados significativos desse trabalho", comentou o extensionista rural e coordenador regional de sistemas de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti.

Ainda durante o evento, serão tratados assuntos como o bem-estar animal, com um recorte especial para o uso do sistema silvipastoril (pasto, sombra e água), e também do bem-estar das pessoas, a ergonomia do trabalho. "Pessoas que trabalham no campo, que trabalham na atividade leiteira, tem possibilidade de trabalhar e produzir com melhores condições, em situações menos penosas, por isso traremos esse tema", completou Sangaletti, explicando o objetivo por trás da programação do evento.

 Interessados em participar do evento, acompanhem a Emater/RS-Ascar nas mídias sociais ou entre em contato com a equipe da Emater/RS-Ascar do seu município. Link de acesso no YouTube, CLIQUE AQUI. (Fonte: Emater/RS)

Rabobank espera aumento de 1% em volume na produção Brasileira de leite no 1º semestre

O crescimento da produção de leite estagnou no quarto trimestre de 2020, avançando apenas 0,6%, pois o tempo seco e os altos custos com ração reduziram a produção. Os preços agrícolas mantiveram-se em níveis elevados no início de 2021, em torno de R$ 2,00/litro (US$ 0,37 / litro), e são suficientes para que os produtores façam margens adequadas, apesar dos recordes dos preços domésticos dos grãos que continuam a ser impactados pela desvalorização do real.

A economia como um todo desacelerou depois que o auxílio emergencial do governo foi interrompido no quarto trimestre de 2020, e isso impactou a demanda por leite e outros produtos alimentícios no início de 2021.

A chegada tardia da estação chuvosa no final de 2020 foi insuficiente para evitar um declínio na disponibilidade de pastagem em algumas regiões, especialmente no Sudeste e Sul no início de 2021. A limitação de pastagens e os altos preços dos grãos aumentaram nos últimos meses, impactando negativamente a produção de leite nas fazendas do Brasil.

O Rabobank espera que a produção de leite avance apenas moderadamente no primeiro semestre do ano, cerca de 1% em termos de volume.

 A recuperação da economia brasileira permanece incerta nesta fase. O programa de vacinação teve algum progresso nas últimas semanas, mas a disponibilidade limitada de vacinas significou um ritmo mais lento do que o esperado. A pandemia continua forte e provavelmente causará mais restrições à mobilidade no segundo trimestre de 2021, impactando ainda mais a atividade econômica.

Enquanto isso, o programa de auxílio emergencial do governo deve ser estendido a partir de março, a soma real, o número de pessoas cobertas e a extensão ainda estão para ser decididos.

O efeito das transferências de renda para o mercado de laticínios em 2020 foi muito significativo e ajudou a sustentar as compras em níveis elevados por muitos meses. Portanto, uma extensão em 2021 deve fornecer algum suporte às vendas no varejo em um momento em que a recuperação econômica permanece fraca e os números de infecção são extremamente altos.

As importações avançaram 23% em 2020 em relação a 2019, apesar da desvalorização do real. Isso foi possível devido aos altos preços locais do leite e à demanda estável apoiada pelo programa de auxílio emergencial do governo.

No entanto, é improvável que se repita esse desempenho para as importações no primeiro semestre de 2021, haja vista que os preços internacionais aumentaram e o real brasileiro continuou apresentando desempenho inferior ao dólar norte-americano.

Além disso, a demanda doméstica mais fraca limitará o apetite do Brasil por leite importado por enquanto. Se os ganhos de recuperação econômica se fortalecerem no segundo semestre de 2021 e se a moeda se recuperar um pouco, as importações poderão ter outro ganho em 2021. (As informações são do Rabobank, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido
Cadeia leiteira sinaliza cautela
Nesta quarta-feira (10/03), o Sindilat amanheceu falando sobre os desafios do setor lácteo gaúcho no Programa Bem da Terra, do Canal Terra Viva. O secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, conversou com a jornalista Renata Maron sobre as expectativas das indústrias para o próximo mês. Para assistir a entrevista, CLIQUE AQUI. (Canal Terra Viva/Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

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Porto Alegre, 10 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.419


O Agro Brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas

Discussões sobre a importância do Agro Brasileiro para a segurança alimentar mundial têm levado a divergências quanto ao número de pessoas que o Brasil alimenta no mundo, variando de 1 bilhão a 1,5 bilhão. Ainda que pareça quase ufanismo apresentar números tão elevados, tem-se que manter credibilidade nas estimativas, derivadas de algum método para seus cálculos. Neste trabalho, partiu-se da produção de grãos, oleaginosas e carne bovina, alimentos básicos de amplas populações no mundo e insumos mais importantes para a produção de proteína animal e então quantificou-se quanto o Brasil contribuiu na alimentação de pessoas no Brasil e no mundo.

Este procedimento atende basicamente à classificação de “alimentos” por parte do Banco Mundial, elaborada para o Food Price Index. Para a construção deste Index, o Banco Mundial considerou os cereais: arroz, trigo, milho e cevada; óleos vegetais e tortas: soja, óleo de soja, torta de soja, óleo de dendê, de coco e de amendoim; outros alimentos: açúcar, banana, carne de boi, de aves e laranja.

No presente trabalho, foram calculadas duas alternativas básicas: a primeira baseada na produção física de grãos e a segunda agregando à produção física o seu respectivo valor monetário, a partir de preços internacionais. Agregou-se à segunda alternativa, a transformação da carne bovina exportada pelo Brasil em equivalente grãos. Para as duas alternativas básicas, calculou-se o número de pessoas que a produção brasileira alimenta no mundo, incluindo o Brasil. Para os autores, a segunda alternativa aproxima-se mais da resposta de quantos habitantes são alimentados pelo Brasil.

Na primeira alternativa, baseada na produção física, utilizaram-se dados do International Grains Council (IGC), subtraindo-se as importações de grãos feitas pelo Brasil. A partir dos dados de produção, estabeleceu-se o percentual da produção brasileira destes grãos em relação à mundial. Com dados da população mundial, foi possível quantificar o número de pessoas que o Brasil alimenta, com base na sua participação na produção mundial de grãos e oleaginosas.

No período considerado, a participação do Brasil na produção mundial de grãos cresce de 6% em 2011 para 8% em 2020. Assim, as pessoas alimentadas pelo Brasil no ano de 2020 são a população brasileira de 212,235 milhões de pessoas e mais 424,687 milhões de pessoas em outros países, pelas suas exportações de grãos, oleaginosas e carnes de aves e suínos (tabela 1).

Tabela 1 – População Alimentada pelo Brasil – Dados IGC:

Tomando-se como base os dados do IGC, estimaram-se também taxas anuais de crescimento. Os resultados indicam que entre 2011 a 2020, a produção mundial de grãos básicos (arroz, cevada, milho, soja e trigo) cresceu a 2,05% por ano, enquanto que a produção brasileira dos mesmos produtos cresceu 5,33% a.a., mais do que o dobro da produção mundial. O poder explicativo do modelo é de 85% para o mundo e de 91% para o Brasil.

A segunda alternativa de cálculo, estimou a população alimentada pelo Brasil não mais na quantidade de produção, mas a partir dos preços internacionais dos produtos, estabelecidos pelo FMI, multiplicados pela produção física, a cada ano. À esta alternativa, transformou-se a carne bovina exportada em equivalente grãos. Em seguida, fez-se a sua proporção em relação ao total, como realizado anteriormente.

A carne exportada pelo Brasil contém em grande medida os insumos milho e soja, principalmente a de suínos e aves, já incluídos na participação do Brasil na produção de grãos. Um ajuste necessário refere-se à carne bovina exportada, no caso do Brasil, produzida basicamente em pasto. A produção nacional consumida internamente está computada na alimentação dos 212,235 milhões de habitantes do Brasil. Assumiu-se que toda a carne bovina exportada tem origem na produção em pasto, embora alguma parte provenha de confinamento, e parte da alimentação contenha grãos, como soja e milho.

Os dados da Tabela 2 mostram que o Brasil, em 2020, alimentou 772,600 milhões de pessoas, sendo 212,235 da população brasileira e mais 560,365 milhões de outros países, via exportação de grãos e carne bovina convertida em grãos. A variação da população total alimentada pelo Brasil em 2019 de 809,472 milhões em relação a 2020 deve-se à variação de preços dos produtos nos dois anos considerados. Assim, pode-se afirmar que ao redor de 800 milhões de pessoas são alimentadas pelo Brasil, incluindo a população brasileira. Além do alto quantitativo de pessoas alimentadas, é importante também observar o crescimento do Brasil no período como um todo. De 2011 a 2020, o Brasil passou a alimentar mais 259,442 milhões de pessoas. Se o crescimento das exportações brasileiras continuar num ritmo próximo ao observado nos últimos anos, pode se afirmar que a produção do agro Brasileira em 10 anos alimentaria mais de 1 bilhão de pessoas.

Tabela 2 – População Alimentada pelo Brasil – Grãos valorados a preços internacionais e Carne Bovina Exportada, convertida em grãos:

(Fonte: Elisio Contini – Pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Adalberto Aragão – Analista da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)/Neo Mondo)


Alimentação: Qual a importância dos laticínios?

Para uma alimentação saudável e balanceada, é preciso investir em diferentes micronutrientes. Entre eles, está o cálcio – importante para os dentes e os ossos. 

Oconsumo de leite e derivados vem crescendo no país. É isso que aponta uma pesquisa realizada pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que ouviu mais de 5 mil consumidores. No levantamento foi possível constatar que apenas 3% dos entrevistados não consomem queijos, por exemplo.

Entre os derivados mais consumidos estão os queijos, preferidos por 97% dos entrevistados, como acima citado; a manteiga, preferência de 95%; creme de leite, que faz parte das receitas em 92% das casas e também o iogurte, que aparece como indispensável para 89% dos entrevistados.

Estabelecido culturalmente como parte da alimentação dos brasileiros, o leite é de suma importância nas dietas, uma vez que é rico em cálcio. Segundo recomendação da OMS, Organização Mundial da Saúde, a necessidade de cálcio varia no decorrer da vida, mas estará sempre entre 300 a 400 mg por dia.

Neste sentido, fica claro o papel do leite: cada copo da bebida possui, em média, 300 mg do nutriente essencial. Sendo assim, vale reforçar que o cálcio é significativo para evitar certas doenças, como, por exemplo, a osteoporose. Ainda assim, não são apenas os ossos que são beneficiados.

Hidratação
Sabe-se a importância da hidratação: o corpo humano é composto em grande parte pela água. Ainda assim, após exercícios físicos, muitas vezes a escolha para reidratação são os sucos de fruta.

Entretanto, o leite também se apresenta como uma opção. Devido à sua composição, alguns estudos sugerem a bebida como uma ótima alternativa para reidratação após atividades físicas. Como exemplo, uma pesquisa realizada pela Universidade Loughborough School of Sports and Exercise Sciences, do Reino Unido.

Alimento completo
A composição do leite é completa, nutricionalmente falando: rica em proteínas, lipídeos, carboidratos, vitaminas e minerais, é ótima opção para lanches e cafés, trazendo benefícios ao consumo e diversificação do cardápio diário.

O Diretor Administrativo e Financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, fala sobre a importância do trabalho desenvolvido desde a propriedade até a mesa do consumidor. «Todo o processo de produção do leite tem um acompanhamento rigoroso para que todos os nutrientes sejam preservados. Além disso, o corpo técnico dá suporte nas propriedades orientando os produtores», afirma.

Aliado contra a diabetes tipo 2
Dados do estudo «Proposed Role of Calcium and Dairy Food Components in Weight Management and Metabolic Health», realizado na Universidade do Tennessee, sugerem que o leite é uma ótima fonte de nutrientes para aqueles que possuem a enfermidade, diferente do que se acreditava.

Adicionando o leite à dieta
Diante dos dados expostos, fica claro que o leite pode agregar quando o assunto é diversificar a dieta e investir em bons nutrientes. Por esse motivo, a Cooperativa Santa Clara trabalha para entregar um portfólio com diferentes alimentos e bebidas derivadas do mesmo.

No mercado desde 1912, a Cooperativa Santa Clara, a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil, já foi reconhecida como Melhor Fornecedora de Laticínios e Queijos por diversos anos. (Fonte: Terra)

Com selo sustentável, Danone espera conquistar consumidor consciente

De olho no avanço de consumidores cada vez mais conscientes e engajados, que desejam saber sobre origem dos produtos que consomem, a Danone Brasil decidiu investir pesado em projetos de sustentabilidade, inclusão social e governança corporativa. 

Sustentabilidade: cada vez mais uma condição necessária para a cadeia láctea
Os planos envolvem toda a cadeia de fornecedores (leiteira e de água), inovação e criação de produtos e medidas de combate a mudanças climáticas — nesse último caso, as ações obedecem um plano global de 2 bilhões de euros de investimentos em três anos. O conjunto de projetos proporcinou a Danone o certificado B — um selo dado a companhias que adotam medidas mais inclusivas, equitativas e regenerativas.

O conceito foi criado em 2006, nos Estados Unidos, com o intuito de redefinir a noção de sucesso de uma empresa, deixando de olhar apenas o êxito financeiro, mas também a postura em relação ao bem estar da sociedade e do planeta. Hoje o Brasil tem 202 empresas B, a maioria de médio e pequeno porte. Entre as grandes corporações está a Natura e, agora, a Danone Brasil.

"Nos últimos três anos, passamos por um amplo processo de auditoria conduzido pela B Lab (organização que faz todo o processo de certificação), que tinha o objetivo de entender nossa relação com a sociedade e com o meio ambiente. A certificação é uma validação de tudo isso", disse o Presidente da Danone Brasil, Maurício Camara.

Ele espera que essa certificação, que coincide com o boom dos ESG (environmental, social and corporate governance), permita uma maior conexão com o novo consumidor que busca "marcas sérias e com propósitos" e eleve o volume de vendas.

Inicialmente, a empresa deve adotar algumas estratégias para chegar até a esse público por meio de divulgações internas e redes sociais. Numa próxima etapa, a companhia pretende considerar em seus processos de inovação a inclusão do selo nas embalagens, que devem seguir alguns parâmetros definidos.

"Mas, além do reflexo no consumo, há um benefício financeiro sobre o custo do crédito e de captação, que tende a ficar mais barato para empresas sustentáveis", pontuou Camara. Em sua avaliação, nessas companhias, o nível de risco é menor - uma vez que há maior transparência em toda a operação e nos números da empresa - e o retorno para o acionista tende a ser maior.

Pandemia
Nos últimos meses, a Danone teve que passar por grandes mudanças em virtude da Covid-19. Com o isolamento social no primeiro semestre do ano passado, houve uma mudança expressiva no perfil de consumo da população, que afetou as vendas da empresa.

O chamado consumo de rua e de academia, despencou. As vendas para restaurantes e hotéis praticamente zeraram. Entretanto, com mais gente dentro de casa, a aquisição de produtos em embalagens maiores aumentou.

Já o segundo semestre, com a reabertura do comércio, as vendas voltaram. O auxílio emergencial ajudou bastante na retomada, diz Camara. "Essa renda ajudou a evitar uma queda maior e acabamos crescendo 3% no ano." Para 2021, apesar das as incertezas, a expectativa é de crescimento de 5%."

Ele comentou que desde o ano passado, os funcionários do escritório estão em home office. Porém, a presença na empresa não está vetada. Quem quiser pode ir ao escritório, obedecendo uma taxa de ocupação de 15%. Para ele, dificilmente os espaços usados pelas empresas serão como antes. "Hoje o escritório está ocioso. É um espaço que precisa ser repensado", finalizou. (As informações são do Estadão, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido
Embrapa Gado de Leite promove pesquisa de percepção em relação à produção científica
Para apoiar o planejamento das estratégias de pesquisas e ações do setor leiteiro nos próximos anos, a Embrapa Gado de Leite lançou um formulário online de perguntas destinado a produtores, indústria e consumidores de laticínios. A iniciativa, que leva cerca de 10 minutos para ser concluída, ficará disponível para receber respostas até segunda-feira (15/3) por meio de um link, que você acessa CLICANDO AQUI. Conforme destaca o economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Carvalho, o formulário congrega perguntas sobre sanidade, bem estar animal, gestão, entre outros tópicos. Segundo ele, o apoio de toda a cadeia produtiva é fundamental para compor pesquisas de qualidade. "Hoje, ninguém faz nada sozinho. O mundo tem muitas questões complexas e precisamos de pessoas de diferentes áreas e visões para respondê-las", afirma o pesquisador. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


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Porto Alegre, 09 de março de 2021                                                     Ano 15 - N° 3.418


Aliança Láctea Sul Brasileira discute saídas para gargalos que pressionam o setor neste início de ano

A primeira reunião de 2021 da Aliança Láctea Sul Brasileira trouxe à tona os desafios de curto, médio e longo prazo que precisam ser enfrentados pelo setor. Gargalos como a expressiva alta dos custos de produção, a volatilidade nos preços do produto, a organização da cadeia com vistas à conquista de competitividade e a presença no mercado externo, além do enfrentamento de questões voltadas à sanidade animal.

Abrindo a reunião virtual coordenada por Ronei Volpi, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, lembrou que o agronegócio vive um momento favorável, à exceção de alguns setores, como o leite. Segundo ele, os custos elevados vêm pressionando a atividade, sobretudo em função do desabastecimento de milho. Uma das saídas apontadas por ele é reduzir a dependência do setor produtivo pelo cereal. Para isso, a Farsul deve iniciar em breve um estudo que estimule a produção de grãos alternativos no inverno com teor nutritivo adequado (cevada, centeio e triticale, por exemplo) em áreas utilizadas por coberturas verdes. “Essa pode ser uma alternativa à importação de 4 milhões de toneladas de milho pelo Rio Grande do Sul, cujos custos se refletem em outras cadeias também, como a de suínos e a de frangos. No curto prazo não vamos resolver o déficit de milho por meio do plantio”, destacou Gedeão. O mesmo cenário deficitário com o milho foi relatado por representantes do Paraná e de Santa Catarina, estado esse que vem se deparando com a necessidade de compra de até 6 milhões de toneladas para dar conta de suas cadeias produtivas.

O momento delicado pelo qual atravessa o setor lácteo foi confirmado pelo 1° vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. “A única certeza que temos é o aumento do custo ao produtor e indústria, com muitos atuando sem margem e outros no negativo”, afirmou. De acordo com ele, no front estão incertezas sobre a sustentação do mercado como reflexo do auxílio emergencial que deve ser liberado em breve, e como será o comportamento do consumidor diante dos novos cenários, além dos novos custos provocados pelo aumento do preço do combustível, que gera inflação para todos os elos da cadeia. Ele ainda pontuou que o momento pede ações que busquem reduzir a pressão dos custos sobre a cadeia, citando como alternativas, além da importação de produtos ligados à agricultura sem imposto e a taxa de importação, projetos e políticas voltados ao fomento da irrigação.

“Os custos em nível industrial estão absurdos, junto a isso, vemos queda no poder de compra dos consumidores'', arrematou Valter Brandalise, do Sindileite (SC). O estado, segundo o secretário da Agricultura, Altair Silva, tem o desafio de buscar no mercado uma quantidade ainda maior de milho neste ano. “Vamos produzir apenas 2 milhões de toneladas, o que exigirá uma compra de 5 milhões de toneladas. De onde sairá tanto milho?”, questionou.  O secretário entende que, diante do quadro, a Conab deveria focar sua atuação de forma a manter uma pauta comum que atenda às necessidades de abastecimento de todos os estados. Já o secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, reforçou que além da estiagem, dos custos e da disparada do dólar, o setor ainda concorre com a área de combustíveis, já que 7 milhões de toneladas do cereal são direcionadas para a fabricação de etanol.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, elencou alguns pontos que precisam ser trabalhados para garantir eficiência, competitividade e resultados. Entre eles está a necessidade de políticas diferenciadas para os diversos níveis de produtores hoje em atuação no país, além de uma política de automação tanto para o produtor como para a indústria. Outro ponto se refere ao conhecimento sobre a qualidade da matéria-prima utilizada. “Há 20 anos o setor lácteo ganhou expressividade nacional em termos de mercado, a qualidade melhorou muito. Há dificuldades de entendimento sobre a importância de políticas para o leite, assim como há dificuldade de haver uma coordenação maior entre as cadeias”, destacou Martins, reforçando que o setor é carente de políticas públicas, algo que se perdeu em 1980.  

Martins defendeu a ideia de que o setor passe a apostar ainda mais na inovação por meio da entrega de serviços/produtos/tecnologias de startups. “Precisamos colocar os jovens juntos nesse processo, caso contrário, não teremos a velocidade necessária para encontrar as soluções que buscamos”, disse. Para Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, o setor precisa buscar o equilíbrio para fazer frente a um potente mercado internacional - são cinco países que detêm 90% do mercado de exportação de leite. “Como não há como tributar as importações, o setor deve ir em busca de soluções que garantam esse equilíbrio'', disse, referindo-se a aspectos como aumento de produtividade e custo competitivos tanto no mercado doméstico como no mercado internacional.  

Já o consultor para a cadeia leiteira Airton Spies lembrou que a volatilidade é algo frequente no preço do leite brasileiro. Em 2020, o preço saiu de R$ 1,40 o litro em maio para algo próximo a R$ 2,20 em outubro, uma variação de 53% segundo dados do CEPEA. "Os anos anteriores também tiveram a mesma flutuação, onde certamente predominaram margens muito estreitas em boa parte desse período, o que torna a atividade vulnerável a qualquer tipo de planejamento e investimento”, disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

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Kantar: termômetro da crise no Brasil e análise de consumo em 2020

A mais recente edição do estudo Consumer Insights, produzido pela multinacional Kantar, líder em dados, insights e consultoria, aponta que o último trimestre de 2020 foi o pior momento da pandemia para o consumo fora do lar no Brasil, enquanto o dentro do lar teve saldo positivo, impulsionado pelos gastos das classes CDE que receberam auxílio emergencial. Segundo analistas da Kantar,  a suspensão do auxílio emergencial, a indefinição sobre sua retomada, a alta do desemprego e dos preços e o aumento dos níveis de pobreza devem impactar diretamente o consumo no Brasil em 2021.

Apesar de ter havido crescimento no curto prazo, graças à flexibilização das medidas restritivas e ao consumo de refeições e cervejas, o consumo fora do lar caiu entre outubro e dezembro de 2020 em todos os cenários: 5,8% em comparação com o trimestre anterior e expressivos 28,8% considerando o mesmo período do ano anterior. A retração é puxada por diversas categorias: água mineral, bebidas quentes, água de coco, energético, sucos, sanduíches frios e quentes, incluindo hambúrgueres, salgados diversos , iogurtes, bolos, chocolates, outros doces, biscoitos e barras de cereal. E atribuída especialmente às classes sociais mais baixas.

A alta dos preços foi uma das responsáveis. Comparando com o último trimestre de 2019, refeições subiram 16%, bebidas quentes 15% e doces 14%. Entre outros fatores estão a suspensão do auxílio emergencial, fornecido a 58% das famílias brasileiras, a indefinição sobre sua retomada, a alta do desemprego e o aumento dos níveis de pobreza.

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Enquanto isso, o que se observou no consumo dentro do lar foi  uma expansão de gastos com todas as cestas de consumo entre as famílias que receberam auxílio emergencial. Essas cestas apresentaram o dobro de crescimento nos primeiros meses de pandemia e houve mais acesso a categorias de consumo massivo. No primeiro e segundo trimestres do ano a classe DE, que representa ¼ dos domicílios brasileiros, foi a que registrou maior percentual de variação de gastos — respectivamente 9% e 14% —, graças ao fato de que 72% de seus membros receberam a ajuda do governo. Mas isso não se sustentou após junho: no terceiro trimestre caiu para 8% e no quarto para 6%. Já as classes AB e C conseguiram sustentar o crescimento ao longo do ano.

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As cestas mais beneficiadas pela injeção do montante foram mercearia doce, perecíveis e higiene & beleza. Já as cestas de bebidas e de mercearia salgada tiveram um desempenho melhor entre os domicílios que não receberam o auxílio.

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O auxílio também permitiu mais acesso a itens de maior valor agregado entre os domicílios que o receberam. Houve crescimento de marcas premium nos dois grupos, porém, para os que não o receberam, foi importante recorrer a promoções.

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O consumo dentro do lar alavancado pelo auxílio emergencial aconteceu principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Grande Rio de Janeiro.

Categorias
Entre os produtos mais consumidos durante os meses da pandemia em 2020, o cloro foi a principal categoria dentro do lar em todas as classes sociais. Devido à necessidade de redobrar os cuidados com a limpeza e higiene, ganhou 18,3 pontos de penetração de 2019 para 2020. O aumento na classe AB foi ainda maior, da ordem de 20,6 pontos. Já na classe C foi de 17,7 e na DE de 17%.

Outras categorias que cresceram nas mais variadas rendas familiares durante 2020 foram azeite (11,7 pontos de penetração), presuntaria (11,6), pão industrializado (8,1) e ketchup (7,9).  Nas classes AB, destaque  para aumento de consumo de batata congelada (8,2) e manteiga (7,3) e na classe DE, empanados (11,3).  Houve retração nas categorias de bebida à base de soja (-3,8), bolo pronto (-2,9), escova dental (-2), leite aromatizado (-2) e bronzeador (-1,6).

“O ano de 2020 terminou com saldo positivo dentro do lar graças aos gastos maiores das classes CDE. Para 2021, o desafio é sustentar isso, já que a frequência de compras tem uma tendência orgânica de queda e o volume médio por compra cai. Sem o auxílio emergencial será necessário atacar mercados mais vulneráveis, minimizando os riscos de desaceleração”, declara David Fiss, Diretor de Serviços ao Cliente & Novos Negócios da Kantar.

O estudo Consumer Insights avaliou 11.300 lares em todo o Brasil, que estatisticamente representam 58 milhões de lares. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Kantar)

Frente Parlamentar - Weber assume Agropecuária
 

O deputado estadual Elton Weber foi empossado ontem na presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha na Assembleia Legislativa. Weber, que até então era vice, assumiu no lugar de Edson Brum, convidado para ser secretário do Desenvolvimento Econômico no governo estadual.

A gestão de Brum foi marcada por conquistas no combate aos efeitos da estiagem, como a destinação de recursos para a perfuração de poços artesianos, prorrogação de dívidas, criação de linhas de crédito emergenciais e anistia nos programas Troca-Troca Safrinha e Safra.

Weber disse que dará prosseguimento ao trabalho que vem sendo feito. O deputado adianta que um dos primeiros debates a serem encaminhados é o do Projeto de Lei 2.963/2019, em tramitação na Câmara dos Deputados, que permite a venda de terras a estrangeiros no Brasil. (Correio do Povo)


Jogo Rápido
Desperdício de Alimentos - Perda chegou a 17%em 2019
Um total de 17% do total de alimentos disponíveis no mundo, equivalente a 931 milhões de toneladas, foi desperdiçado em 2019. É o que revelou o Índice de Desperdício de Alimentos, apurado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório considerou 152 unidades de observação em 54 países. Em nota, a ONU lembrou que, em 2019, eram 690 milhões de pessoas afetadas pela fome, número que deve aumentar acentuadamente devido à pandemia de Covid-19. Os indicadores da pesquisa vão apoiar grupos de trabalhos regionais para reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030. (Correio do Povo)


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Porto Alegre, 08 de março de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.417


A vez delas no comando

As mulheres deixam de ser coadjuvantes, conquistando espaços como protagonistas em suas atividades. Qualificadas e preparadas, começam a vencer também as barreiras no caminho da liderança.

A coluna conversou com três profissionais que estão hoje em posições de comando no agronegócio gaúcho. E pediu que contassem um pouco das suas trajetórias, além de destacarem como veem a participação feminina, no presente e no futuro da atividade.

Foi no mês de março de 2020, que Helena Pan Rugeri se tornou a primeira mulher a assumir o comando da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado. Natural de Constantina, no Norte, mudou-se aos 12 anos para a Capital e, para matar a saudade, lia as notícias do campo. Na hora de escolher a profissão, optou pela Engenharia Agronômica e em 2002 ingressou no ministério.

Acredita que, embora ainda sejam poucas as mulheres em altos cargos, no agro estão mais fortes, determinadas, participativas e positivas.

Há quase 21 anos na Secretaria da Agricultura, Rosane Collares ocupa hoje o cargo de diretora do Departamento de Defesa Agropecuária. Ela assumiu a posição em maio de 2020 e vem trabalhando na linha de frente na busca do novo status sanitário do RS, de livre de aftosa sem vacinação. Passou a infância e boa parte da juventude acompanhando o trabalho do avô e depois auxiliando o primo em uma fazenda em Bagé. Na hora de escolher o que fazer, a Medicina Veterinária foi a opção que ela sempre quis.

É com a percepção de que a mulher "coloca a mão na massa" que Maribel Costa Moreira assumiu em 2020 a coordenação da Comissão Estadual de Mulheres da Fetag-RS - uma mudança no estatuto determinou que elas fossem metade da diretoria. Filha de produtores familiares, começou a trajetória como representante em 2012, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pinheiro Machado. Pedagoga e pós-graduada em Educação e Diversidade Cultural, entende que ainda há uma "invisibilidade do trabalho da mulher no meio rural". (Zero Hora)


Importações continuam a cair!

Segundo dados divulgados nessa sexta-feira (05/03) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -102 milhões de litros em equivalente leite no mês de fevereiro, uma queda de 28% quando comparada a jan/21. Cenário este puxado, principalmente, pela queda nas importações neste início de ano.

Vale ressaltar que apesar de menores importações, vemos ainda um valor 54% maior de produtos importados, quando comparado a fev/20. Já para as exportações, apesar da queda (-8%) em relação ao mês anterior, se compararmos com o mesmo período do ano passado vemos um valor 42% maior. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos (2017 -2021).

 
 
 

Fonte: elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Os preços do mercado internacional estão subindo e, com uma taxa de câmbio também com alguma elevação, temos um produto importado cada vez menos competitivo no mercado interno — o que refletiu em uma queda de 27% do volume importado, em relação a jan/21.

O impacto deste novo cenário (preços internacionais altíssimos) no mercado brasileiro pode ser bastante significativo. Além de novas contratações de importações serem cada vez mais difíceis, o Brasil aparece neste momento, com preços bastante competitivos no mercado internacional.

Peguemos o leite em pó integral como exemplo: nossos preços internos giram em torno de US$ 3.400/ton, valor extremamente competitivo quando comparamos com o US$ 4.364/ton — do último leilão GDT. Há então, uma excelente janela para exportação do produto, e neste mês de fevereiro já pudemos notar um aumento de 42,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Entre os produtos exportados, os cremes de leite, queijos, leite condensado e UHT foram aqueles com maior participação na pauta exportadora em fevereiro, que juntos representam 79%. Dentre eles apenas o leite condensado apresentou uma variação negativa (-66%) em relação a janeiro de 2021. Vale destacar que tivemos um forte aumento das exportações de leite em pó integral (+ 897%), confirmando um cenário favorável dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Em relação as importações, os produtos que tiveram maior participação no total importado foram ainda o leite em pó integral (50%), leite em pó desnatado (11%) e os queijos (17%), sendo que o leite em pó desnatado e os queijos apresentaram queda em relação a jan/21, com uma variação negativa de 59% e 26%, respectivamente. Vale destacar que produtos como iogurte e manteiga apresentaram um aumento significativo de importações.

Na tabela 1, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de fevereiro desse ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em fevereiro de 2021

 

Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

Produtividade do milho fica abaixo da esperada

Colheita avançou para 55% da área cultivada e mostrou que em diversas regiões do Estado há perdas provocadas pela estiagem

Mais da metade da área plantada de milho já foi colhida no Rio Grande do Sul, segundo levantamento da Emater. O índice registrado até o momento é de 55%, próximo ao observado no mesmo período da safra passada (54%). Já a produtividade de algumas regiões preocupa os agricultores. 

Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), Ricardo Meneghetti, a colheita tem andado dentro do previsto, porém o rendimento obtido fica abaixo do esperado em diversas áreas do Estado. 

O problema decorre da estiagem ocorrida no final do ano passado. “Tivemos problemas sérios no florescimento do milho e na polinização. Além disso, algumas áreas enfrentaram um problema maior de falta de água no enchimento do grão. Isso acabou ocasionando uma quebra”, lamenta Meneghetti. A estimativa do dirigente é de uma perda de cerca de 40%, o que deve levar a uma colheita de 3,5 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. Apesar disso, ainda não há uma estimativa de produção do milho plantado mais tarde. 

Como a lavoura de milho é mais sensível ao estresse hídrico do que a soja, alguns produtores chegaram a remover o cereal para plantar a oleaginosa na mesma área. Entre as regiões mais impactadas pelo clima estão o Noroeste e o Norte do Estado. Segundo Meneghetti, as lavouras em áreas de pivô obtiveram produtividades maiores, na faixa de 200 sacas, mas nestes casos os custos de produção também foram maiores. 

Quanto à remuneração, que hoje está na faixa de R$ 80,00 por saca, Meneghetti pondera que muitos agricultores fizeram fixação de preço quando o valor ainda estava em cerca de R$ 50,00. Para a próxima safra, há a preocupação com um possível aumento nos custos, o que pode reduzir as margens da cultura. Outro fator que pode influenciar na área de milho é o atual patamar de preço da soja, já que os dois cultivos são semeados no verão. “O custo para se fazer um hectare de milho é bem maior do que para se fazer um hectare de soja”, compara Meneghetti, que prevê um impacto grande na economia do Estado provocado pela necessidade de trazer milho de fora para abastecer a cadeia da proteína animal. 

Segundo a Emater, a colheita encontra-se bastante adiantada na região de Ijuí, onde chega a 95% da área cultivada, e percebe-se aumento de produtividade em áreas colhidas nesta reta final. O rendimento médio tem sido de 6,9 mil quilos por hectare, com boa qualidade. Porém, nas lavouras em enchimento de grãos e maturação há sintomas de enfezamento das plantas causados por microrganismos patogênicos transmitidos pela cigarrinha Dalbulus maidis. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Gadolando quer apoio à produção
A Gadolando pediu apoio do Ministério da Agricultura para um projeto de fomento técnico para aumentar a qualificação dos animais e a produção de leite, ontem, em reunião com o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo da pasta, Fernando Schwanke. Participaram o presidente da entidade, Marcos Tang, o superintendente técnico, José Luiz Rigon, e o deputado estadual Edson Brum. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 05 de março de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.416


 
Próxima semana pode ter volumes expressivos de chuva na Metade Norte do Estado

A próxima semana poderá ter volumes expressivos de chuva na Metade Norte do Rio Grande do Sul. É o que indica o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 09/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga.

Entre a quinta (4) e a sexta-feira (5), a passagem de uma área de baixa pressão atmosférica e uma frente fria deverão provocar chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados, sobretudo entre o Centro e o Norte do Estado. No sábado (6), a circulação de umidade do mar para o continente ainda deverá provocar chuvas fracas e isoladas no Litoral Norte, enquanto nas demais regiões o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e manterá o tempo firme. No domingo (7), o tempo seco, com temperaturas amenas, predominará em todo o Rio Grande do Sul.

Entre a segunda (8) e quarta-feira (10), o tempo firme e com grande amplitude térmica seguirá prevalecendo, com temperaturas amenas durante a noite e valores elevados no período diurno.

Os totais de precipitação esperados deverão oscilar entre 15 e 30 mm na maior parte das localidades da Metade Sul. No restante do Estado, os valores deverão variar entre 35 e 50 mm, mas poderão superar 60 mm em alguns municípios do Alto Uruguai, Planalto e dos Campos de Cima da Serra.

O boletim também avalia as condições atuais das culturas de soja, feijão primeira safra, milho, batata, moranga Cabotiá, citros, figo, morango, bovino de corte, ovinos, mel e arroz. O documento completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)

 

 
Emater/RS: Informativo Conjuntural - Bovinocultura De Leite 

A oferta satisfatória de pastagens, especialmente de forragens cultivadas perenes e anuais de verão, tem proporcionado a redução dos custos da atividade leiteira devido à menor necessidade de insumos comprados, cujos preços seguem altos. Com a redução na frequência das precipitações, as condições higiênicas dos locais de circulação dos animais melhoraram, diminuindo a incidência de problemas na qualidade do leite e de casos de mastites ambientais. 

Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, os produtores seguem realizando a confecção de silagem de milho da safra; porém, em algumas propriedades houve a necessidade de elevar a altura de corte do milho, como forma de reduzir o nível de toxina. 

Na de Pelotas, em Rio Grande, o milho silagem sofreu perdas significativas na maioria das propriedades leiteiras, devido ao volume de chuvas de fevereiro. 

Na de Frederico Westphalen, apesar da sobra de pasto nas lavouras, os produtores enfrentaram problemas de ataque de pragas como pulgão, cigarrinha, lagarta, e foi necessária intervenção para controle. 

Na de Santa Maria, em Nova Palma e Restinga, a produção de leite sofreu uma leve queda, principalmente nos rebanhos que estão em campo nativo, mesmo sendo suplementados com rações específicas. 

O Informativo Conjuntural foi produzido e divulgado nesta quinta-feira (04/03), pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Clique aqui e acesse o informativo na íntegra. (Seapdr)

Leite/América do Sul

No início de março, chuvas adicionais ajudaram no crescimento das pastagens. Há relatos de aumento da produção de leite no sul do Brasil, na Argentina e Uruguai. Existem relatos sobre a redução do rebanho leiteiro em algumas regiões. 

O custo da ração afeta a produção, dizem analistas. As indústrias estão preferindo o empacotamento do leite para atender a demanda do varejo. As fábricas estão recebendo menos leite para secagem. 

Algumas fábricas de chocolate pressionam a produção para atender a demanda sazonal de páscoa. A demanda de manteiga se mantém firme competindo com o creme de leite destinado às fábricas de sorvetes e sobremesas congeladas. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

Jogo Rápido

Produção/Chile
A produção do leite que é enviado para as indústrias de laticínios subiu 6,1% durante 2020, e chegou a 2.275,3 milhões de litros, o que representa 130 milhões a mais em relação ao registrado em 2019, segundo dados elaborados pela Federação Nacional de Produtores de Leite (Fedeleche), com base nos dados publicados pelo Departamento de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa). O crescimento veio das regiões de maior produção de leite do país, Los Lagos e Los Ríos, cujo volume em conjunto, representou 82,9% do leite produzido no país, e foi uma resposta à condições favoráveis do mercado que estimularam a atividade dos produtores de leite. Entre janeiro de 2020 e dezembro de 2020, o preço real do leite ao produtor aumentou 13,2% em relação ao ano anterior, subindo, nacionalmente, de $ 259,05, [R$ 2,00/litro], para $ 293,2, [R$ 2,26/litro], pesos chilenos por litro. (Fonte: Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de março de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.415


Protein + Whey é a novidade da Piracanjuba para incrementar a ingestão diária de proteína
Novidade Piracanjuba - As proteínas são grandes aliadas na alimentação, afinal, cumprem importantes funções no organismo, pois atuam na defesa do corpo, na formação dos músculos, na coagulação sanguínea e, ainda, na composição dos hormônios. 
 
 
É por tudo isso que a ingestão diária, recomendada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla, em inglês), indica que o consumo mínimo é de 0,8 gramas de proteína por quilo de peso. 

Na correria do dia a dia, nem sempre é possível realizar refeições completas e que resultem nesse total de consumo diário de proteínas. Para facilitar a vida dos consumidores e proporcionar praticidade, a Piracanjuba acaba de lançar o Protein + Whey, com 10 gramas de proteínas por porção de 200 ml.

O produto une saudabilidade à sustentabilidade e à inovação, uma vez que será vendido em embalagens Tetra Stelo™ Aseptic Edge da Tetra Pak de 1L, inédita no mercado brasileiro. O novo formato é ergonômico e arredondado, o que facilita o manuseio junto a um design moderno, prático e funcional. 

Inclusive, a inovação está presente na tampa também, desenvolvida com tecnologia para garantir aderência e um ponto de abertura que fica facilmente identificável, sendo uma característica que reforça a visibilidade de que a embalagem está com seu conteúdo protegido. Assim como todas as embalagens cartonadas da Tetra Pak, a Tetra Stelo é reciclável e composta por materiais renováveis.

“O Protein + Whey chegou para contribuir com o aporte diário de proteínas. É rico em cálcio, zero lactose, sem adição de açúcares, livre de gordura trans e com proteína de alto valor biológico”, ressalta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

O produto chega ao mercado com dois sabores: Coco, que é uma excelente fonte de energia e proporciona saciedade e Pasta de Amendoim, que possui capacidade antioxidante, além de inúmeros benefícios para a saúde, como fibras, gorduras boas, vitaminas, minerais e compostos funcionais.

“Indispensáveis para a formação de muitas estruturas do corpo, são as proteínas que nos ajudam a manter a pele, a unha, o cabelo e os músculos saudáveis. Também pode servir como uma importante fonte de energia para o metabolismo celular. O cálcio, por sua vez, participa da estruturação dos ossos e dentes e auxilia no funcionamento muscular e neuromuscular. Juntar esses dois ingredientes, em um produto prático, é a aposta da Piracanjuba para nutrir com sabor e muito mais saudabilidade” reforça Lisiane.

A partir de março, consumidores de todo o Brasil poderão escolher o sabor preferido do Piracanjuba Protein + Whey nas gôndolas dos principais pontos de vendas, além das opções de compra pelos sites
de e-commerce parceiros.

A identidade visual do produto foi idealizada pela Pande, agência de design especializada na gestão de marcas, que priorizou um layout com forte presença da cor branca, assegurando uma comunicação eficaz para todas as faixas etárias de público, aproximando-o à categoria Leite, sem deixar de destacar os benefícios da proteína. (Assessoria de Imprensa Piracanjuba)

 

PIB do setor agropecuário apresentou crescimento de 2% em 2020

PIB do Agro - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (3) os dados do Produto Interno Bruto (PIB) referentes a 2020. Segundo o Instituto, a Agropecuária registrou alta de 2,0%, aumentando a participação no PIB de 5,1% em 2019, para 6,8% em 2020.

A partir dos dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), e das pesquisas da Pecuária, o IBGE destacou que contribuições positivas para o crescimento do PIB foram dadas principalmente pela soja, cuja produção cresceu 7,1% em 2020, café, 24,3% e milho, 2,7%. Contribuição negativa foi observada na laranja, que teve uma redução de 10,6% na produção em relação a 2019, fumo (-8,4), e queda do desempenho de bovinos.

“Apesar das variações na produção, devido a problemas climáticos que afetam a Agropecuária, mesmo assim, em 24 anos, tivemos apenas três anos com redução do PIB”, aponta o  coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques.

Taxas anuais de crescimento da Agropecuária

Outros setores apresentaram queda no PIB, como a Indústria (-3,5%) e os Serviços (-4,5%). O PIB totalizou R$ 7,4 trilhões em 2020, a Agropecuária 439,8 bilhões, a Indústria 1,3 trilhão, e Serviço R$ 4,7 trilhões. Segundo o IBGE, tendo em vista os efeitos adversos da pandemia de Covid-19 em 2020, o PIB caiu 4,1% frente a 2019. (MAPA)

FPA debate infraestrutura e logística do agro com Poder Executivo
  
Em reunião com o ministro Tarcísio Freitas, deputado Arnaldo Jardim aponta os gargalos a serem superados para expansão do agro no Brasil

 Com o intuito de estreitar ainda mais os laços entre a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Poder Executivo, por meio de uma parceria da bancada e o Ministério de Infraestrutura, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) - coordenador da Comissão de Infraestrutura e Logística da FPA -, se reuniu com o chefe da Pasta, Tarcísio Freitas, na última quarta-feira (3).

O encontro teve como pauta temas sensíveis ao agro brasileiro, com assuntos ligados à logística de transporte, questões relacionadas a hidrovias, o desafio rodoviário e de cargas no país, e os projetos de leis que tratam destes temas no Congresso Nacional. 

Arnaldo Jardim explica que além das questões ligadas ao alto custo fiscal existente no Brasil e problemas relacionados ao crédito, há os desafios de estrutura e a logística de escoamento e armazenamento da produção no país a contribuir para a premissa de que o agricultor brasileiro é campeão dentro da porteira e muitas vezes perde o jogo fora dela. 

O parlamentar conta que a pauta discutida com o ministro Tarcísio Freitas vai no sentido de resolver esses gargalos do agronegócio do país. “É a busca por uma parceria para que os planos do governo tenham coerência com as demandas, os desafios e as tendências de crescimento do agro”, detalha do deputado.

O intuito é que os pontos apresentados pelo parlamentar aos membros do ministério gere respostas importantes para melhoria da infraestrutura e da logística atrelada ao agronegócio brasileiro. A tendência é que coordenadores de outras comissões da FPA também se reúnam com os chefes das respectivas pastas para alinhar os interesses de expansão do setor no país. (Assessoria de imprensa FPA)

 

Jogo Rápido

Produção/AR
De acordo com o boletim do Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla), no mês de janeiro de 2021 a produção de leite foi de 931,3 milhões de litros de leite, o que representa 8% menos que no mês anterior, mas 7,7% a mais que no mesmo mês do ano passado.  A produção total de leite de 2020 alcançou 11.113 milhões de litros, ou seja, 7,44% superior ao ano anterior. Pelos dados oficiais disponíveis de janeiro de 2021 e de consultas a indústrias para fevereiro, “pode se dizer que continua o efeito inercial em relação aos últimos meses do ano passado, na comparação interanual”, destacou o Ocla.  Sazonalmente, a produção cai a uma taxa média mensal de 5,5% do pico de produção que ocorre em outubro, até março/abril (tomando-se a média diária de produção, para que não tenha influência a quantidade de dias do mês), quando recomeça o novo ciclo de crescimento, até chegar novamente ao pico em outubro. Por outro lado, a média ponderada das estimativas de umas 20 indústrias que captam e processam entre 50 e 60% do leite da Argentina, havia uma projeção para crescimento de 6,3% no mês de janeiro de 2021.  No entanto, a realidade superou em 1,4% a produção esperada. Os dados indicam que a produção  de janeiro de 2021 está acima da de janeiro do ano passado, mas também acima de janeiro dos últimos anos (só sendo superada por dezembro de 2015, lembrando, no entanto, que em tal ano houve mudança na metodologia de cálculo da produção nacional).  Quanto ao comportamento dos denominados “sólidos úteis” (matéria gorda e proteína), cresceram em 7,8% acompanhando de perto o crescimento da produção medida em litros de leite. (Fonte: CampoLitoral- Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de março de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.414


Um produtor de leite argentino recebe 10% menos por seus produtos do que um uruguaio.

Segundo estudo privado, a diferença entre no preço do leite entre os dois países vizinhos se deve ao fato de que as margens na Argentina estão cada vez menores devido à alta carga tributária, a taxa de câmbio dupla e os programas de preços cuidados que regem o país.

Com a recente onda de pedidos de empresários e produtores para se mudarem para o Uruguai, algumas comparações de investimentos e rentabilidade empresarial entre os dois países também aumentaram.

Assim surge um estudo que coleta informações do Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (OCLA), INALE, Iapuco e Todo Lechería, que argumentam que os produtores de leite uruguaios obtêm melhores valores medidos em dólares por litro de leite em comparação aos argentinos. Portanto, a situação responderia não apenas a uma questão comercial ou tributária, mas também à taxa de câmbio real, entre outros fatores.

O Uruguai, com uma produção leiteira menor, paga seus produtores de leite melhor do que a Argentina. Segundo eles, para cada litro de leite um produtor de leite daquele país recebe 0,30 centavos de dólar por litro, enquanto na Argentina o produtor recebe 0,27 centavos. Enquanto isso, o preço de saída industrial para o mercado interno no Uruguai é de US $ 0,65 o litro, enquanto na Argentina esse valor cai para US $ 0,55, cuja média negativa para a indústria nacional é de 15,40%.

Nesse sentido, o diretor executivo da OCLA, Jorge Giraudo, ressalta que um dos assuntos que está sendo discutido em nível nacional é a baixa participação dos produtores no valor dos laticínios. “O problema não é a porção, é o bolo, que é pequeno. O Uruguai exporta 76% do que produz e a Argentina consome 75% da produção, exporta apenas 25% do total”, observa o especialista.

Segundo o relatório, a rentabilidade média de um produtor argentino é negativa em 0,5%, enquanto a indústria perde a uma taxa de 1 bilhão de pesos (US$ 11,13 milhões) na média geral. O estudo explica que a diferença entre o valor que os produtores uruguaios recebem do mercado externo é 18,2% superior ao da Argentina.

Nessa área, o preço no Uruguai é de 0,44 centavos, enquanto o preço argentino é de 0,36 centavos para os produtos sólidos de exportação. “As margens que eles recebem para exportar leite devem ser iguais às nossas, mas o problema é que eles cobram integralmente os preços e nos cortam com tarifas de exportação e outros impostos”, acrescenta o diretor da OCLA.

“O fato de que não podem repassar os aumentos de custos está matando a indústria; comprar o produto não é suficiente, porque há por trás um custo alto de mão de obra e o 20% ninguém cobre com este esquema perverso com os Precios Máximos y Cuidados. O problema não são os preços, mas sim, as receitas no país; O argentino não pode pagar uma caixa de um litro de leite.”

Por outro lado, a participação média do produtor uruguaio é de 59%, enquanto a do produtor argentino é de 54%, devido a uma maior preponderância em seus produtos de exportação. "Essa participação na Argentina se divide em 49% do valor de saída da fábrica para o mercado interno e 75% para o mercado externo (Uruguai 46% e 68%), superior em ambos os casos à obtida pelo produtor uruguaio", afirmam.

Nessa linha, Andrea Passerini, coordenadora da Comissão de Laticínios das Confederações Rurais da Argentina e da Carbap, acrescenta que o país está entre os seis maiores exportadores de laticínios, mas os integrantes desse ranking são grandes cooperativas, como é o caso do Uruguai, onde a processadora principal é justamente uma cooperativa, portanto, eles são os juízes e parte na fixação dos preços. “Eles tomam as decisões da empresa e participam do esquema de formação de preços, e em países que não têm cooperativas, como os Estados Unidos, existe um sistema de regras comerciais sem que seja o maior lance”, explica.

Além disso, garantiu que nesses países existe apenas uma forma de venda obrigatória que é a oral, pelo que não se aplica a uma classificação. “A melhor classificação legal para comercializar leite cru na Argentina seria por meio de um contrato de fornecimento, desde que oral ou escrito”, afirma. Nesse sentido, observa que se em vez de levar os preços dos lácteos para o dólar oficial fossem levados para o dólar solidário, CCL ou gratuito, os produtores dificilmente poderiam receber entre 10 e 15 centavos de dólar para cada litro do produto.

“Quando os industriais listam todos os custos que aumentaram em 2020, percebe-se que estavam todos acima da inflação e que 25% era a matéria-prima, que é onde eles ajustam o desacoplamento gerado pelo governo. Além disso, na Argentina há fixação de preços unilateral, mas temos distorções intra e extra-cadeia”, concluiu. (As informações são do Infobae)


Preços/NZ 

O resultado do último leilão da Fonterra, o Global Dairy Trade (GDT), é reflexo da demanda chinesa, distorcida pelas previsões de queda na produção do hemisfério Norte, e atraso das entregas. Os preços foram, nitidamente, mais elevados. ‘O que sobe, quase inevitavelmente volta a cair’, no caso dos preços dos lácteos, certamente, não é o caso, ainda.

O último GDT quebrou recordes recentes com o tamanho do aumento, 15% para o Índice geral e um colossal 21% para o leite em pó integral (WMP).

Isto levou a cotação do WMP para US$ 4.362/tonelada, o que em moeda local representa NZ$ 6.000/tonelada. O surpreendente foi a diferença em relação ao leite em pó desnatado (SMP), que subiu apenas 3,5%. Antes deste evento, o SMP estava no encalço do WMP.

A China, novamente, foi o principal impulsionador do aumento. O banco ASB avalia que eles podem estar com um desabastecimento pontual e precisavam refazer estoques. Se este for o caso, a correção virá no próximo leilão.

A Fonterra ficará sob pressão para rever seus indicadores. No entanto, é prudente aguardar por, pelo menos, um par de eventos.

Um dos efeitos inevitáveis é que quando o preço dos sólidos do leite sobe, torna-se mais difícil para a Fonterra adicionar valor às suas operações e apresentar ganhos similares, uma vez que o custo do leite cru irá impactar nos lucros. Portanto, se persistir o aumento do preço do WMP, será iniciada uma luta com a divisão de “Ingredientes” da Fonterra.

Os resultados da manteiga e do queijo refletiram os lockdowns do Covid-19. A manteiga subiu um pouco mais devido ao crescimento do consumo doméstico, com as pessoas cozinhando mais em casa, enquanto o queijo sofre as consequências do fechamento dos restaurantes.

O preço das ações da Fonterra também seguiu a tendência de alta, chegando a NZ$ 5,03 no início da semana, e agora se acomodando em NZ$ 4,99. Esta é a maior cotação desde agosto de 2018.

Vale a pena destacar a análise do banco ASB: “Acrescente outros fatores, como a temporada de produção do Hemisfério Sul indo para a baixa sazonal, o clima adverso no Hemisfério Norte reduzindo a previsão de produção, congestionamento em portos e atrasos de navios em todo o mundo, procedimentos demorados por medidas de proteção contra o Covid-19 para produtos enviados para a China, além do interesse chinês em manter estoques de segurança de alimentos em geral..., tudo isso junto torna mais compreensível a corrida para o GDT – cabendo destacar, no entanto, que pode ser o prenúncio de volatilidade. Melhor apertar os cintos”. (Fonte: interest.co.nz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Senado aprova projeto que cria fundos de investimento para agroindústria

Agroindústrias - O Senado aprovou nesta terça-feira o projeto de lei 5.191/2020, que cria os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). Os senadores não mudaram o texto que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados. O projeto prevê que os investidores possam comprar cotas dos fundos, a exemplo do que já ocorre como os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). A proposta segue agora para sanção do presidente da República. (Valor Econômico)

Produção/UR
O Instituto Nacional do Leite (Inale) informou que em janeiro a captação de leite pelas indústrias do Uruguai foi de 164,1 milhões de litros, 6,2% a mais que em janeiro de 2020, quando a captação totalizou 154,5 milhões de litros. Uma diferença de 9,6 milhões. Em relação a dezembro de 2020, quando foram 183,1 milhões de litros captados, houve queda de 19,0 milhões de litros. A queda de janeiro de 2021 em relação a dezembro se encontra dentro de parâmetros registrados nos meses anteriores. No acumulado dos últimos doze meses, de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021, o total de leite captado é de 2.093 milhões de litros, 6,2% a mais que entre fevereiro de 2019 e janeiro de 2020. A partir de março, com o fim do verão, e começo do outono, começa o aumento da captação, que deverá ter seu pico em outubro. (Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

 


Jogo Rápido

Parceria
A Confederação Nacional da Agricultura, junto com a Unisinos, elaborou um estudo que analisa oportunidades para o agronegócio brasileiro após o Brexit, que oficializou a saída do Reino Unido da União Europeia. O balanço aponta cenário positivo para negociação de produtos com o país europeu por conta da desgravação ou simplificação das tarifas de importação aplicadas sobre 563 produtos do agronegócio. (Zero Hora)