Pular para o conteúdo

08/03/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de março de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.417


A vez delas no comando

As mulheres deixam de ser coadjuvantes, conquistando espaços como protagonistas em suas atividades. Qualificadas e preparadas, começam a vencer também as barreiras no caminho da liderança.

A coluna conversou com três profissionais que estão hoje em posições de comando no agronegócio gaúcho. E pediu que contassem um pouco das suas trajetórias, além de destacarem como veem a participação feminina, no presente e no futuro da atividade.

Foi no mês de março de 2020, que Helena Pan Rugeri se tornou a primeira mulher a assumir o comando da superintendência do Ministério da Agricultura no Estado. Natural de Constantina, no Norte, mudou-se aos 12 anos para a Capital e, para matar a saudade, lia as notícias do campo. Na hora de escolher a profissão, optou pela Engenharia Agronômica e em 2002 ingressou no ministério.

Acredita que, embora ainda sejam poucas as mulheres em altos cargos, no agro estão mais fortes, determinadas, participativas e positivas.

Há quase 21 anos na Secretaria da Agricultura, Rosane Collares ocupa hoje o cargo de diretora do Departamento de Defesa Agropecuária. Ela assumiu a posição em maio de 2020 e vem trabalhando na linha de frente na busca do novo status sanitário do RS, de livre de aftosa sem vacinação. Passou a infância e boa parte da juventude acompanhando o trabalho do avô e depois auxiliando o primo em uma fazenda em Bagé. Na hora de escolher o que fazer, a Medicina Veterinária foi a opção que ela sempre quis.

É com a percepção de que a mulher "coloca a mão na massa" que Maribel Costa Moreira assumiu em 2020 a coordenação da Comissão Estadual de Mulheres da Fetag-RS - uma mudança no estatuto determinou que elas fossem metade da diretoria. Filha de produtores familiares, começou a trajetória como representante em 2012, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pinheiro Machado. Pedagoga e pós-graduada em Educação e Diversidade Cultural, entende que ainda há uma "invisibilidade do trabalho da mulher no meio rural". (Zero Hora)


Importações continuam a cair!

Segundo dados divulgados nessa sexta-feira (05/03) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -102 milhões de litros em equivalente leite no mês de fevereiro, uma queda de 28% quando comparada a jan/21. Cenário este puxado, principalmente, pela queda nas importações neste início de ano.

Vale ressaltar que apesar de menores importações, vemos ainda um valor 54% maior de produtos importados, quando comparado a fev/20. Já para as exportações, apesar da queda (-8%) em relação ao mês anterior, se compararmos com o mesmo período do ano passado vemos um valor 42% maior. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos (2017 -2021).

 
 
 

Fonte: elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Os preços do mercado internacional estão subindo e, com uma taxa de câmbio também com alguma elevação, temos um produto importado cada vez menos competitivo no mercado interno — o que refletiu em uma queda de 27% do volume importado, em relação a jan/21.

O impacto deste novo cenário (preços internacionais altíssimos) no mercado brasileiro pode ser bastante significativo. Além de novas contratações de importações serem cada vez mais difíceis, o Brasil aparece neste momento, com preços bastante competitivos no mercado internacional.

Peguemos o leite em pó integral como exemplo: nossos preços internos giram em torno de US$ 3.400/ton, valor extremamente competitivo quando comparamos com o US$ 4.364/ton — do último leilão GDT. Há então, uma excelente janela para exportação do produto, e neste mês de fevereiro já pudemos notar um aumento de 42,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Entre os produtos exportados, os cremes de leite, queijos, leite condensado e UHT foram aqueles com maior participação na pauta exportadora em fevereiro, que juntos representam 79%. Dentre eles apenas o leite condensado apresentou uma variação negativa (-66%) em relação a janeiro de 2021. Vale destacar que tivemos um forte aumento das exportações de leite em pó integral (+ 897%), confirmando um cenário favorável dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Em relação as importações, os produtos que tiveram maior participação no total importado foram ainda o leite em pó integral (50%), leite em pó desnatado (11%) e os queijos (17%), sendo que o leite em pó desnatado e os queijos apresentaram queda em relação a jan/21, com uma variação negativa de 59% e 26%, respectivamente. Vale destacar que produtos como iogurte e manteiga apresentaram um aumento significativo de importações.

Na tabela 1, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de fevereiro desse ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em fevereiro de 2021

 

Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

Produtividade do milho fica abaixo da esperada

Colheita avançou para 55% da área cultivada e mostrou que em diversas regiões do Estado há perdas provocadas pela estiagem

Mais da metade da área plantada de milho já foi colhida no Rio Grande do Sul, segundo levantamento da Emater. O índice registrado até o momento é de 55%, próximo ao observado no mesmo período da safra passada (54%). Já a produtividade de algumas regiões preocupa os agricultores. 

Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), Ricardo Meneghetti, a colheita tem andado dentro do previsto, porém o rendimento obtido fica abaixo do esperado em diversas áreas do Estado. 

O problema decorre da estiagem ocorrida no final do ano passado. “Tivemos problemas sérios no florescimento do milho e na polinização. Além disso, algumas áreas enfrentaram um problema maior de falta de água no enchimento do grão. Isso acabou ocasionando uma quebra”, lamenta Meneghetti. A estimativa do dirigente é de uma perda de cerca de 40%, o que deve levar a uma colheita de 3,5 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. Apesar disso, ainda não há uma estimativa de produção do milho plantado mais tarde. 

Como a lavoura de milho é mais sensível ao estresse hídrico do que a soja, alguns produtores chegaram a remover o cereal para plantar a oleaginosa na mesma área. Entre as regiões mais impactadas pelo clima estão o Noroeste e o Norte do Estado. Segundo Meneghetti, as lavouras em áreas de pivô obtiveram produtividades maiores, na faixa de 200 sacas, mas nestes casos os custos de produção também foram maiores. 

Quanto à remuneração, que hoje está na faixa de R$ 80,00 por saca, Meneghetti pondera que muitos agricultores fizeram fixação de preço quando o valor ainda estava em cerca de R$ 50,00. Para a próxima safra, há a preocupação com um possível aumento nos custos, o que pode reduzir as margens da cultura. Outro fator que pode influenciar na área de milho é o atual patamar de preço da soja, já que os dois cultivos são semeados no verão. “O custo para se fazer um hectare de milho é bem maior do que para se fazer um hectare de soja”, compara Meneghetti, que prevê um impacto grande na economia do Estado provocado pela necessidade de trazer milho de fora para abastecer a cadeia da proteína animal. 

Segundo a Emater, a colheita encontra-se bastante adiantada na região de Ijuí, onde chega a 95% da área cultivada, e percebe-se aumento de produtividade em áreas colhidas nesta reta final. O rendimento médio tem sido de 6,9 mil quilos por hectare, com boa qualidade. Porém, nas lavouras em enchimento de grãos e maturação há sintomas de enfezamento das plantas causados por microrganismos patogênicos transmitidos pela cigarrinha Dalbulus maidis. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Gadolando quer apoio à produção
A Gadolando pediu apoio do Ministério da Agricultura para um projeto de fomento técnico para aumentar a qualificação dos animais e a produção de leite, ontem, em reunião com o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo da pasta, Fernando Schwanke. Participaram o presidente da entidade, Marcos Tang, o superintendente técnico, José Luiz Rigon, e o deputado estadual Edson Brum. (Correio do Povo)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *