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O avanço na greve dos fiscais aduaneiros tem preocupado as autoridades ligadas ao setor industrial, especialmente aqueles que contratos de exportação e importação. Diante desse panorama, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), por meio do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (CONCEX), comunicou em reunião com associados, entre eles o Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), na segunda-feira (12/12), o ingresso na Justiça para tentar amenizar os transtornos aos empresários e a intensificação de contato junto ao governo federal.
A medida deve-se ao fato de que se a greve avançar poderá trazer reflexos econômicos e sociais grandes aos exportadores e importadores. Segundo o coordenador do CONCEX, Cezar Luiz Müller, a situação já tem causado alerta desde julho, quando os profissionais iniciaram mobilização fazendo operações padrões. “As informações que recebemos é que com a greve, todos os produtos entrariam diretamente no canal vermelho (onde a fiscalização é mais ampla e demorada). Se isso se confirmar, os impactos serão imensuráveis”, alertou.
Na reunião, foi aconselhado que as empresas que venham a ter prejuízos relacionados à greve dos auditores entrem em contato com o Conselho por e-mail concex@fiergs.org.br ou do telefone (51) 3347.8790. Com o objetivo de avaliar o impacto da greve dos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil e a consequente paralisação nas aduanas, a FIERGS, através do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior, também disponibilizou uma pesquisa online. O preenchimento pode ser feito até quarta-feira (14/12), às 17h, pelo link https://goo.gl/forms/jpMqMngTXDEuMBW22.

 

Dudu Leal

As indústrias de laticínios gaúchas pediram maior atenção do governo a políticas públicas que garantam a isonomia fiscal entre os estados, permitindo, assim, uma concorrência mais leal entre as diversas empresas que disputam o mercado nacional. A posição foi defendida pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante audiência pública realizada na manhã dessa quinta-feira (08/12) no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa. Convocada pelo deputado estadual Elton Weber (PSB), a discussão sobre o futuro do leite no Rio Grande do Sul reuniu indústrias, mais de 350 produtores, entidades e deputados em uma manhã de debate acirrado sobre a remuneração de atividade.  “Precisamos monitorar a importação, incentivar a exportação, ter compras governamentais para tirar o excesso da produção do mercado e criar ações conjuntas para melhorar a competitividade. Além disso, há a questão tributária que precisa ser enfrentada com seriedade”, afirmou Alexandre Guerra. Para seguir esse caminho, Guerra acredita ser essencial achar uma solução para os excedentes que, ano a ano, ocorre durante o pico da safra. “Precisamos ter condições reais para competir”, destaca.
 
Guerra argumentou que as importações de leite acontecem de forma generalizada porque a lei vigente permite e ampara esse procedimento, ação que não é exclusividade das indústrias gaúchas. “Há indústrias que não são associadas ao sindicato que fazem importação, e outras que são oriundas do Uruguai e têm base aqui só para importar. Somos favoráveis a uma legislação que abranja e regule todas elas”, sugeriu.  Quanto à polêmica sobre a reidratação do leite em pó, disse que a questão está resolvida. “Já foi definido que só o leite em pó nacional pode ser reidratado, e não o importado. Temos de levar o debate para outros âmbitos”, concluiu.
 
Sobre os rumos do Fundoleite, Guerra lembrou que o Sindilat, desde o início, não foi favorável à cobrança de contribuição nos moldes implementados. “Entendemos que o setor já tem entidades representativas suficientes. O Fundoleite se torna mais um custo que onera os produtores rurais”, pontua, dizendo que, se é necessário recolher fundos para fazer ações, o melhor é deixar a indústria fazê-lo para trabalhar direto com o produtor.
 
Representando os produtores, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, destacou que a crise que os laticínios atravessam “não vem de hoje”. Segundo ele, o setor não tem sustentabilidade própria e cobrou ações emergenciais de apoio. Durante a audiência, o deputado Elton Weber leu o documento com um compilado das reivindicações dos produtores, de proteção ao setor leiteiro, e obteve aprovação da plateia. Entre eles, Weber citou no âmbito nacional a questão do controle das importações, a compra governamental e a aplicação de uma política de preço. Entre as demandas estaduais, estão o debate sobre os incentivos fiscais, a taxação do leite, contrato com produtores, o Fundoleite e a prorrogação de empréstimos. 
 
A audiência contou ainda com as presenças do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o vice-presidente Guilherme Portella, o segundo vice-presidente Raul Amaral, além de representantes de empresas associadas, como o presidente da CCGL, Caio Viana, e o presidente da Languirú, Dirceu Bayer.

Crédito: Vinicius Reis | Agência ALRS

Os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram conhecidos na noite desta quinta-feira (1º/12), durante jantar de confraternização, realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Foram premiados os melhores trabalhos jornalísticos em quatro categorias: eletrônico, online, fotografia e impresso. Neste ano, foram recebidos mais de 50 trabalhos. A distinção busca valorizar o trabalho da imprensa especializada. Na ocasião, o Sindilat/RS homenageou mais uma vez personalidades e entidades que colaboraram para impulsionar o setor com o prêmio Destaques do Agronegócio 2016.
O presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, fez um discurso otimista. Disse que o período é de desafios, mas que eles fazem parte da rotina do setor. Ele destacou que 2016 foi um ano importante, citando a Lei do Leite e o projeto do Fórum Itinerante do Leite. “O leite é o caminho para o desenvolvimento. O Estado tem 13% da produção nacional e 105 mil famílias envolvidas”, disse, lembrando que o RS ocupa a terceira posição na produção, atrás apenas de Minas Gerais e Paraná.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, que falou em nome dos homenageados, parabenizou o Sindilat/RS por sua estrutura organizacional e observou que a celebração "nos honra e compromete para um futuro melhor".
O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, enalteceu a concretização da Lei do Leite, que foi o resultado de um trabalho integrado com a equipe do setor e da secretaria. “Estamos no caminho certo”.

Os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo são:

CATEGORIA IMPRESSO
1º Caio Cezar Cigana – Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
2º Cristiano Dias Vieira – Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
3º Solano Alexandre Linck – Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale
CATEGORIA ELETRÔNICO
1º Alessandra Bergmann – SBT - Trabalho: Programa Leitec
2º Carine Massierer – Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
3º Dulciana Sachetti- RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal
CATEGORIA FOTO
1º Samuel Maciel – Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade
2º Luis Tadeu Vilani – Zero Hora – Mais Alimento, Mais Leite
3º Diogo Zanatta – Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
CATEGORIA ON LINE
1º Naiara Silva– Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
2º Bruna Karpinski – Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
3º Naiara Silva– Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses.

Destaques do Agronegócio 2016:

DESTAQUE AGRONEGÓCIO NACIONAL
Ana Amélia Lemos

AGRONEGÓCIO ESTADUAL
Fabio Branco

SETOR PÚBLICO
Roberto Lucena

DESTAQUE INOVAÇÃO
Lei do Leite

RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMATER

PESQUISA
Neila Richards – UFSM

INDUSTRIAL
COTRILAC

LIDERANÇA POLÍTICA
Alceu Moreira

PERSONALIDADE
Jerônimo Goergen

SERVIDOR PÚBLICO
Roberto Schroeder

Crédito das fotos: Dudu Leal

 

 

Os laticínios gaúchos precisam apresentar à sociedade e aos deputados a realidade fiscal e tributária da indústria de forma a conscientizar sobre a inviabilidade de cortes nos créditos presumidos. O assunto foi abordado pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante assembleia geral realizada com as empresas associadas na tarde desta quinta-feira (1/12) no Hotel Plaza São Rafael. “É preciso deixar claro que não recebemos incentivos. Os créditos que temos são só uma ferramenta para nos equiparar a outros estados”, salientou. Nesta tarde, o diretor-financeiro do Sindilat, Angelo Sartor, também participou de reunião com o secretário da casa Civil, Márcio Biolchi, para tratar do assunto. A reunião foi capitaneada pelo deputado Elton Weber e integrou outros setores do agronegócio, com a presença de lideranças da Asgav, Sips e Sicadergs.

Durante a reunião de associados, o Sindilat ainda contou com a presença da senadora Ana Amélia Lemos. Guerra destacou o empenho da senadora com relação às pautas do setor, como recentemente ao agendar audiência pública para tratar do impacto das importações do leite no mercado nacional. “A OMC proíbe a formalização de cotas, mas os países podem negociar informalmente. O que eu levantei é que é importante verificar a relação entre a produção interna, o consumo interno e o volume de leite exportado pelo Uruguai. Pode haver triangulação, o que é proibido pela OMC. Ai temos autoridade para questionar essa prática”, sugeriu a senadora. E garantiu: as portas do meu gabinete estão sempre abertas ao setor.

Senadora Ana Amélia Lemos é homenageada em assembleia geral dos associados do Sindilat. Crédito: Carolina Jardine

 

As tendências de mercado e as alternativas para 2017 foram apresentadas pelo diretor da Tetra Pak, Claudio Righi, durante o encontro dos associados do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), na tarde desta quinta-feira (01º/12). Segundo ele, o consumo de leite não se retrai com a crise, mas enalteceu a importância da diversificação de produtos. E sugeriu a ‘agregação de valor ao conceito origem’. 

No encontro, citou movimentos do consumidor, como o aumento de consumo de 36%, no mundo, do produto com apelo de ‘não ser orgânico’. Entre 2014 e 2015, houve um crescimento de 21% no consumo de leite branco ‘sem lactose’ na Europa. “Precisamos ficar atentos às necessidades do consumidor, e, nesta lógica, entra os leites especiais”, indicou Righi.
Ao analisar o panorama gaúcho, ele citou alguns dados, como o fato de o Rio Grande do Sul ter 5% da população nacional e o consumo atinge 7%, ao mesmo tempo, a produção é de 13%. “É uma demonstração de que o perfil do Estado é exportador. Assim é preciso investir nesta direção”, enfatizou.

 

Crédito: Carolina Jardine

 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve reunido na tarde desta quarta-feira (30/11) com a primeira-dama Maria Helena Sartori em visita para entrega oficial do convite da Festa de Confraternização de Final do Sindilat, que será realizada nesta quinta-feira (1/12) em Porto Alegre. No encontro, Maria Helena destacou o ano de construção de parcerias entre o governo do Estado e o sindicato, especialmente em relação a ações de responsabilidade sociais voltadas para as crianças da Fundação de Proteção Especial do RS (FPE). Juntos, o gabinete da primeira-dama e o Sindilat já trabalham na elaboração de projeto voltado para o Natal de 2016.

Durante a audiência, Palharini aproveitou para apresentar o projeto dos Fóruns Itinerantes do Leite, iniciado em 2016 e que já tem previsão de continuidade em 2017. Os eventos buscam unir os produtores que atuam no setor lácteo com o meio acadêmico em debates que visam novas soluções para os dilemas do campo. As ações - já realizadas em Ijuí, Santa Maria e Porto Alegre - têm apoio de diversos parceiros como Senar Farsul, MP, Emater e Canal Rural por exemplo.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) promove, nesta quinta-feira (01/12), às 20h, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), seu tradicional jantar de final de ano com entrega dos troféus Destaques do Agronegócio 2016. O prêmio é uma forma de reconhecer e valorizar pessoas e entidades que estiveram ao lado do setor lácteo brasileiro. Neste ano, serão dez agraciados, com destaque para a senadora Ana Amélia Lemos, na categoria Agronegócio Nacional. Também recebem o troféu Destaques o secretário de Desenvolvimento, Fábio Branco (Agronegócio Estadual); o deputado federal Alceu Moreira (Liderança Política); o deputado federal Jerônimo Goergen (Personalidade); o superintendente do Mapa/RS, Roberto Schroeder

(Servidor Público); o servidor Roberto Lucena (Setor Público); a Lei do Leite (Inovação); a Emater (Responsabilidade Social); a pesquisadora Neila Richards/UFSM (Pesquisa) e a Cotrilac (Industrial).

Durante o evento, o Sindilat ainda anunciará os vencedores do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo nas categorias Impresso, Eletrônico, Online e Foto. "O evento de final de ano do Sindilat vem se consolidando com mais do que um momento de confraternização.É quando as indústrias realizam uma reverência a aqueles profissionais que trabalharam o ano todo pelo bem do setor produtivo", salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Os trabalhos jornalísticos foram recebidos e avaliados por uma comissão julgadora composta pelo diretor da ARI, João Borges de Souza; pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas; pelo presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado (Arfoc), Marcelo Campos; pelo jornalista da Farsul Gerson Raugust e pelo assessor de imprensa da Fetag, Luiz Fernando Boaz. Pelo Sindilat, participaram o diretor Renato Kreimeier e a assessora de qualidade Letícia Cappiello. Todos os finalistas das quatro categorias receberão troféus, e os primeiros lugares serão contemplados com um Iphone 6.

Os finalistas do 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo são:

CATEGORIA IMPRESSO
• Caio Cezar Cigana – Zero Hora - Trabalho: Alimento Farto
• Cristiano Dias Vieira – Press Agrobusiness - Trabalho: Qualidade com mais Rigor
• Solano Alexandre Linck – Jornal O Alto Taquari - Trabalho: Condomínio Leiteiro: União do Vale

CATEGORIA ELETRÔNICO
• Alessandra Bergmann – SBT - Trabalho: Programa Leitec
• Carine Massierer – Emater - Trabalho: Especial para Programa Rio Grande Rural
• Dulciana Sachetti- RBSTV - Trabalho: Propriedades modelos e vacas premiadas em rendimento contribuem para o rebanho gaúcho ser campeão em produtividade média por animal

CATEGORIA FOTO
• Diogo Zanatta – Zero Hora - Trabalho: Tripé do Futuro
• Luis Tadeu Vilani – Zero Hora – Mais Alimento, Mais Leite
• Samuel Maciel – Correio do Povo - Trabalho: Foco na Qualidade

CATEGORIA ON LINE
• Bruna Karpinski – Correio do Povo- Trabalho: Estagnação do preço leva produtores a abandonarem atividade leiteira no RS
• Naiara Silva– Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: 6 Práticas essenciais para aprimorar a pecuária leiteira no Brasil
• Naiara Silva– Portal Successful Farming Brasil - Trabalho: Prepare o bolso: leite deve continuar caro nos próximos meses.

 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) integrou a equipe de julgamento da etapa Porto Alegre do prêmio Ideas For Milk, coordenado pela Embrapa. A análise dos finalistas na capital gaúcha ocorreu na sexta-feira passada (25/11) na TecnoPUC. Os representantes do Sindilat foram o secretário-executivo, Darlan Palharini, e a consultora Letícia Cappiello. 
A competição busca selecionar empreendedores que buscam gerar negócios lucrativos relacionados à startups novas ou em desenvolvimento. O objetivo final dos empreendimentos deve ser a busca de soluções que ampliem a eficiência da cadeia produtiva do leite. Assim, o prêmio busca selecionar e estimular a inovação no setor lácteo. 
Ao todo, na primeira seleção, são indicados 40 projetos, distribuídos pelas oito finais locais, sendo uma delas a de Porto Alegre. Cada etapa local indica um projeto, totalizando oito que estarão na disputa da grande final, que será realizada na sede da Embrapa, em Brasília, no dia 13 de dezembro. Detalhes da premiação podem ser acessadas em www.ideasformilk.com.br.  
Foto: Julgamento ocorreu no TecnoPUC, em Porto Alegre
Crédito: Darlan Palharini 

O preço de referência projetado para o leite no mercado gaúcho em novembro deve ficar em R$ 0,9362, redução de 1,49% em relação a outubro, quando o valor consolidado ficou em R$ 0,9504. Os dados foram divulgados pelo Conseleite em reunião nesta quinta-feira (24/11), durante o Avisulat, em Porto Alegre (RS). Apesar do avanço da safra em outros estados do Brasil, a queda foi mais sutil este mês em relação aos anteriores. “A alta registrada no meio deste ano decorrente de uma entressafra severa não se mostrou sustentável, foi uma bolha, um bônus que o mercado deu ao setor. Agora, veio a queda do preço ao consumidor que foi repassada ao produtor e coloca o leite novamente na sua normalidade”, salientou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore. Apesar da queda, a maioria dos preços dos produtos lácteos está acima dos valores praticados em novembro de 2015, com exceção do leite UHT.

O presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, alertou que o setor vive um momento difícil, onde as indústrias operam sem margem, algumas até no negativo. “No mercado, os preços já pararam de cair, o que sinaliza uma retomada importante para atender à expectativa da indústria e dos produtores nos próximos meses”.

Crédito: Alexandre Guerra

Os avanços obtidos pelo programa Leitec, desenvolvido pelo Senar para levar Tecnologia aos tambos, foram apresentados com muito bom humor durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, no Avisulat. Para ilustrar os benefícios do projeto na vida do campo, foi apresentada a histórica do Tambo Lajeado, localizado no interior de Alegrete. Trabalhando com criação a pasto, a propriedade de Nelson Abreu tem 27 vacas em lactação. Assessorado pelos inspetores do Senar, o tambo superou dificuldades, reduziu custos e trouxe os filhos Angélica e Gilberto de volta à propriedade. A jovem de 24 anos pegou o microfone para expor as mazelas da atividade e arrancou gargalhadas da plateia. Com muito bom humor, ela salientou questões crucias para uma sucessão rural bem sucedida, a exemplo de divisão de tarefas, comprometimento e investimento. Angélica garantiu que a atividade se tornou lucrativa, o que garante o carro 0Km à família. “Há 15 anos atuamos na produção de leite, mas só há cinco deixamos de ser burros e permitirmos que a assistência técnica entrasse na propriedade”, pontuou ela, citando que lida com suas vacas pelo nome o que, garante, rende mais no tanque no final do dia. “Tenho orgulho e bato no peito para dizer que produzo comida, e comida de qualidade”, completou, contando que chegou a ir trabalhar na cidade, mas, vendo o pai doente, resolveu voltar para o tambo. “O que aprendemos é que temos que ter poucos animais, mas bons. Estamos trabalhando com novilhas de ponta em campo nativo. Estamos conseguindo melhorar a adubação do solo com a ajuda dos técnicos para que não falte comida”, relatou Nelson. 

Avaliando o resultado do encontro, o coordenador de programas especiais do Senar, Alexandre Prado, lembrou que foi um momento rico de interação. “O envolvimento familiar é o futuro da propriedade. A gente vê de cara a permanência do jovem no campo e que o setor vai poder se manter”.

 

 

Crédito: Carolina Jardine