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Carolina Jardine

O impacto da profissionalização da gestão dos tambos gaúchos foi o foco da apresentação da Emater durante o 3º Fórum Itinerante do Leite, realizado durante o Avisulat, na manhã desta quinta-feira (24/11). Segundo assistente técnico regional de Sistema de Produção Animal da Emater de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti, se o objetivo é ter uma família empreendedora, é preciso inclui todos na gestão. “Não podemos passar a propriedade para o filho quando o pai tiver com 80 anos. Filho nenhum vai querer ficar em casa se não tiver diálogo, participação de resultado”, aconselhou a um auditório lotado de produtores e estudantes. O especialista ainda pontuou que é preciso planejar a atividade. “Não posso dar ração para a vaca sem saber quanto ela está produzindo. Boas informações qualificam a tomada de decisão.”

Durante o fórum, produtores contaram sua experiência a campo. Histórias como a de Claudemar Fagundes, de 32 anos. Casado e pai de dois filhos, ele começou a investir no leite em substituição ao tabaco na propriedade de 3,8 hectares localizada no município de Palmitinho. Com a assistência da Emater nos últimos anos, conta ele, a produção por vaca dia saltou de 11,9 litros, em 2009, para 19 litros. Avanço conquistado com muito trabalho, planejamento e apoio de consórcio de produtores para uso de maquinários mais pesados.

Aumento de produtividade que também se refletiu em ganho de 96% na produção anual. Em 2014, a captação era de 43 mil litros, em 2015, saltou para 61 mil litros e, em 2016, chegou a 85 mil litros. “Para trabalhar com leite tem que gostar. É o nosso dia a dia. Tem sol, tem chuva, tem geada e nós estamos lá. Não desistimos, seguimos em frente”, pontuou Fagundes, lembrando que as decisões importantes da propriedade são tomadas na hora do chimarrão ao lado da esposa. Com os anos, a propriedade também ganhou uma nova cara, com melhoria das estruturas e, inclusive, na residência da família. O técnico da Emater de Palmitinho Luan Costa relatou que o trabalho é prestado a 22 propriedades que operam na atividade na regional.

O casal Élio Post e Élia Schossler, de Fazenda Vila Nova, também contaram sua história na produção de leite. Com apoio do técnico Maicon Berwanger, ressaltaram que o início da atividade começou com uma alternativa de renda extra com a produção de queijos. O movimento teve início quando Élia ficou desempregada após anos de trabalho na indústria calçadista. “Eram poucos animais e eu comecei a pegar leite para fazer queijos. Fiz alguns cursos e hoje sou muito feliz com o que faço. Foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida. Só me arrependo por não ter começado antes”, contou.

Carolina Jardine

Para profissionalizar o sistema e reduzir custo, a família investiu pesado na criação a pasto com base em sistema de irrigação. Atualmente, há 23 vacas de lactação na propriedade de 10 hectares com produção de 550 litros/dia. Há três anos, a captação era apenas de 120 litros/dia. “O erro dos produtores é investir em equipamentos desnecessários”, alerta Berwanger. Com orientação, os produtores focaram em itens que trazem significante avanço na produção: aquecedor solar, sala de ordenha, sistema de irrigação.

Os exemplos apresentados emocionaram o presidente da Emater, Clair Tomé Kuhn, que acompanhou a apresentação da plateia. “As pessoas sabem que o leite não vem da caixinha, mas não sabem como é sofrido colocar esse leite dentro da caixinha. Quanto custa de tempo, de dedicação e de gestão”, ressaltou. E garantiu apoio a quem precisar de ajuda. “A Emater está aí para ajudar na gestão. Busquem o escritório. O que precisamos é dar renda e qualidade de vida para manter pessoas como vocês no campo”. E aproveitou para a agradecer ao Sindilat pela iniciativa. “Parabéns por acreditarem nos agricultores, que são a força que move o Rio Grande do Sul. O melhor emprego do mundo é ser dono do próprio negócio”.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lançou oficialmente o livro “O Rio Grande do Sul e a Lei do Leite”, que traz o compilado dos projetos levantados durante o 1º Fórum do Leite, realizado no primeiro semestre, em Ijuí. Ao lado do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e dos colegas que contribuíram com a publicação, ele ressaltou os avanços propostos durante os debates com vista à melhoria constante da produção. “Em Ijuí, tivemos o avanço da sanção da Lei do Leite. Em Santa Maria, foi o momento de debater a necessidade de se buscar resultados e colocar em xeque as atividades desenvolvidas, rever nossos conceitos”, salientou Palharini. Emocionada, a professora da Inijuí Denize Fraga agradeceu a parceria do Sindilat na publicação da obra e ressaltou que os textos devem ser essenciais para construir uma produção voltada à excelência. O livro reúne 13 artigos técnicos.

O lançamento ocorreu durante a 3ª edição do evento, realizada durante o Avisulat, nesta quinta-feira (24/11), em Porto Alegre. O 4º Fórum Itinerante do Leite também já tem destino certo. Em 2017, o ciclo de palestras começará sua agenda por Palmeira das Missões.

Carolina Jardine

 

 

Profissionais da área da saúde reuniram-se com representantes do setor leiteiro na tarde desta quarta-feira (23/11) para debater a relação entre a qualidade nutricional e o processo produtivo e os mitos relacionados à intolerância à lactose. Ao abrir o evento, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou que a indústria está atenta às novas demandas da população e que os produtos funcionais lançados são reflexos de investimento em inovação. “Estamos aqui para debater um aspecto importante da produção. Que sejamos divulgadores desses assuntos de forma a gerar um efeito multiplicador”, pontuou. O evento, promovido pelo Sindilat e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), ocorreu no Centro de Eventos da Fiergs dentro da programação do 5º Avisulat.

Em sua palestra, a presidente da SBAN, Olga Amancio, salientou que se vive um modismo relacionado ao leite. Segundo ela, há diversas causas que ocasionam os mesmos sintomas relacionados à intolerância à lactose. Mesmo assim, citou ela, o que se vê é a exclusão do leite da dieta de muitos adultos. “A pessoa não se sente bem e faz um autodiagnostico de intolerância”, disparou.

Falando sobre as qualidades nutricionais do leite, ressaltou que o alimento é uma rica fonte de cálcio. Um exemplo é a comparação entre o leite e os vegetais com alto teor de cálcio. Segundo Olga, para obter a mesma quantidade de cálcio presente em um copo de 200 ml de leite, seria necessário ingerir 4 porções e meia de brócolis ou 1,3 quilo de espinafre. “Apesar do aumento do consumo de leite, ainda verificamos inadequação da ingestão de cálcio entre a população”, salientou.

Segundo o organizador do simpósio, médico nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, é fundamental unir academia e setor produtivo em debates como este. “Há pesquisas constantes que analisam a importância de determinados alimentos e a tolerabilidade de diferentes faixas etárias, especialmente em crianças. Portanto, há a necessidade de avaliação individual," enfatizou. O evento ainda reuniu autoridade do setor de saúde no RS. O chefe do serviço de Nutrologia do Hospital Ernesto Dornelles, Paulo Henkin, destacou a importância das gorduras na dieta. Apresentou dados que confirmam que não se pode estabelecer uma relação direta entre o consumo de gorduras saturadas e doenças cardiovasculares. “Há uma diferença enorme entre os estudos científicos e os protocolos, e não se fala nisso”.

O encontro teve ainda a apresentação das especialistas Márcia Terra, que abordou a questão das pesquisas e a relação entre a indústria e a academia; Ana Lúcia Barretto Penna, que falou sobre as propriedades nutricionais do leite pasteurizado e leite UHT; e Geórgia Castro, que destacou a questão dos lácteos fortificados.

O médico nutrólogo e coordenador do evento, Carlos Alberto Werutsky, abriu o primeiro painel do simpósio. Crédito: Carolina Jardine

A regularização de centenas de pequenas agroindústrias no Rio Grande do Sul esbarra na falta de apoio por parte dos municípios gaúchos. Sem recursos, as administrações públicas locais têm dificuldade em oferecer estrutura básica de pessoal para implementação do Sistema Municipal de Inspeção (SIM), pré-requisito para que as empresas possam aderir ao Sisbi/Suasa. O impasse foi abordado na manhã desta quarta-feira (23/11), durante encontro de lideranças municipais promovido pelo Sindilat no Avisulat, em Porto Alegre. “As agroindústria precisam de resposta rápida e os municípios querem desenvolver esse setor. O problema é que não há condições para contratação dos veterinários que o sistema exige”, pontuou o coordenador para a Agricultura da Famurs, Mário Nascimento.

Uma das alternativas para amplificar atendimento às agroindústrias pelo SIM é a adoção de sistemas de consórcios públicos que permitam contratação de veterinários privados pela CLT para realizar as inspeções em diferentes municípios. Nesse modelo, o veterinário público ficaria encarregado de fiscalização, com poder de polícia. Já a inspeção ficaria a cargo desses veterinários contratados por um conjunto de municípios. O modelo de consórcios é bem visto pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, que também participou do debate, as ações não avançam porque os municípios e o Estado têm pouca estrutura. “Temos muitos desafios pela frente”, concluiu. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância de debates como este para lançar novas ideias e projetos de desburocratização da cadeia produtiva em linha com o projeto Agro+.

A autorização de equivalência entre as inspeções municipal, estadual e federal também deve ajudar a estimular a expansão das agroindústrias. O PL 334/2015, que delega a estados e município a incumbência pala inspeção de produtos de origem animal, está em tramitação em Brasília e já foi aprovado pela Comissão de Agricultura da Câmara. A relevância dos diferentes tipos de inspeção foi tema da manifestação de Roberto Lucena, do Ministério da Agricultura, que também participou do debate.

A engenheira de alimentos e coordenadora do Programa Estadual de Agroindústria Familiar da Emater, Bruna Roldan, acrescentou que o importante na avaliação dos estabelecimentos é se estes garantem ou não a realização de processos e operações de fabricação seguros. De acordo com ela, é preciso enfatizar a “analise de perigos” como foco da inspeção, ao invés de se tratar com tanto afinco as questões relacionadas meramente às instalações das empresas que, na verdade, não é o que, ao fim, garante a sanidade dos processos. E destacou a força da produção da agroindústria familiar. “Queremos manter a agricultura familiar e a agroindústria familiar como uma maneira de manter a cultura alimentar. São alimentos carregados de tradição.”

Durante o painel, a fiscal da Secretaria da Agricultura, Karla Oliz, ainda falou sobre a Lei do Leite e a regulamentação que está em curso. “A gente sabe que ela necessitará ser aperfeiçoada e ainda podemos mudar alguns pontos. Meses de discussão é pouco”.

 

Crédito: Carolina Jardine

 

“Temos a convicção de que 2017 precisa ser um ano diferente. O mercado de leite não pode seguir a mercê das estratégias de outros países. Precisamos de uma legislação que resguarde a produção”. O apelo foi feito pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, durante a abertura do 5º Avisulat, na noite de terça-feira (22/11), na Fiergs. Ao lado de dirigentes do setor industrial e empresarial, Guerra ainda falou sobre o pacote de cortes anunciado pelo governador José Ivo Sartori. “Apesar da situação financeira do Estado, não há espaço para onerar o setor lácteo, pois o que temos hoje de incentivo é somente para concorrer com os demais estados”, ressaltou. Ao finalizar sua fala, destacou a ação conjunta do setor lácteo, avicultura e suinocultura na promoção do Avisulat. “Se estamos juntos no Avisulat, é porque sabemos que, juntos, somos mais fortes e temos mais voz. Sigamos assim, de mãos dadas por uma produção competitiva, que alavancará a economia do nosso Rio Grande para fora dessa crise e, sem dúvida, trabalhará por um Brasil melhor”. 

Com a presença do secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, as autoridades fizeram discursos de união e ressaltaram as dificuldades que o agronegócio deve ter pela frente. "Tivemos dificuldade, mas assumimos o compromisso de fazer mais um evento para promover os setores. Agradecemos todas as empresas que estão aqui, pois valorizam a parceria. O Avisulat é um evento estratégico porque ocorre no final do ano e muito do que será falado aqui é uma preparação para o próximo”, afirmou o coordenador Geral AVISULAT, José Eduardo dos Santos.

O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, também exaltou o conceito de união do Avisulat. "O evento é um belo exemplo da união dos setores, uma conjugação de interesses que deveria servir de exemplo para nossos políticos”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Fábio Branco, representou o governador José Ivo Sartori e parabenizou os organizadores pelos esforços em realizar o evento. Branco comentou a situação econômica do Estado e afirmou que é necessário, mesmo na crise, que o governo seja atuante junto ao setor para modernizar ainda mais a produção. "Eventos como esse são importantes para trazer sugestões, ideias, informações e oportunidade de conhecimento para o país multiplicar as ações em sanidade", afirmou.

O Avisulat segue até amanhã (24/11). Na agenda desta quinta-feira, destaca-se o 3º Fórum Itinerante do Leite, que debaterá os rumos da competitividade. Na área de exposição, há empresas de todo o Brasil, além de China e França. Os Encontros Internacionais de Negócios reúnem 9 países que vieram conhecer o mercado brasileiro.

Crédito: Carolina Jardine

 

 
Dentro do pacote de medidas anunciadas pelo governo do Estado, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) informa que não há espaço para medidas que aumentem a tributação no setor. A manifestação se refere a um dos projetos que prevê a redução de 30% nos créditos fiscais presumidos entre 2016 e 2018. Na avaliação do Sindilat, essa proposta é a volta do PL 214, apresentado pelo governo do Estado em 2015 e que não evoluiu na Assembleia Legislativa.
 

O Sindilat entende que o setor lácteo tem que ficar fora das medidas do pacote, uma vez que a situação financeira das indústrias e dos produtores é muito pior do que a do ano passado, quando o PL 214 foi apresentado pela primeira vez. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o setor passa por muitas dificuldades em virtude do crescimento das importações e da situação econômica geral do país. "Não há margem para tributar algo a mais no leite. Os benefícios fiscais que temos é simplesmente para poder ter condições de concorrer com os outros estados e não para ter vantagem sobre eles", explicou Guerra.

Empresários do agronegócio nacional deram início nesta terça-feira (22/11) ao Avisulat 2016, evento que reúne debates e exposição de maquinário e tecnologia para o setor leiteiro, suinocultura e avicultura. Já nesta tarde, os estandes de expositores estavam lotados de interessados em debater sobre os rumos da produção e realizar transações internacionais. Um dos estantes mais procurados era o Centro de Negócios Internacionais, onde comitivas negociavam a produção brasileira.

No estande do Sindilat, localizado no Centro de Evento da FIERGS, onde ocorre o 5º Avisulat, o presidente Alexandre Guerra recebeu fornecedores e conversou com autoridades. Entre as autoridades presentes neste primeiro dia de evento estavam o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, o superintendente regional do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Roberto Schroeder, e a diretora geral da Organização Mundial da Saúde Animal, Monique Eliott.

Nesta quarta-feira (23/11), o Sindilat promove encontro com lideranças municipais a partir das 8h45min. No turno da tarde, médicos, nutricionistas e engenheiros de alimentos se reunirão em um simpósio inovador para debater a importância do leite para o organismo humano. O "Simpósio Sobre Versatilidade dos Lácteos em Incorporar Mais Propriedades Funcionais ou de Saúde" começará às 14h.

Crédito: Carolina Jardine

Pioneiro no país, o Rio Grande do Sul lançou na tarde desta segunda-feira (21/11) o programa Agro+RS. Detalhado às lideranças de vários setores do agronegócio, o programa tem a finalidade de reduzir a burocracia dos processos ligados ao setor, assim como trazer maior competitividade à agricultura gaúcha. 

Presente na solenidade, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, parabenizou a iniciativa, uma vez que a colabora na redução da burocracia e traz maior competitividade ao setor lácteo. Para ele, essa é uma oportunidade para gerar as condições de crescimento do segmento de uma maneira mais ágil. “É um projeto que nasce de maneira aberta, permitindo o seu constante aperfeiçoamento. “Por exemplo, atualmente o produtor precisa encaminhar notas dos seus envios e, ao mesmo tempo, as indústrias também. Esse é um exemplo claro do que pode ser feito, se essa nota for unificada”, citou ele.
Segundo o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, até o momento foram recebidas 218 demandas, sendo que 73 foram internas (dentro do governo) e outras 145 externas (de entidades). Destas, 23 já foram solucionadas ou encaminhadas. O Sindilat colaborou com o projeto repassando demandas, como a simplificação de alguns procedimentos burocráticos. “Queremos o agronegócio mais ágil, mais produtivo e mais sustentável”, afirmou Polo. Atualmente, o setor representa 50% do PIB gaúcho. Ao parabenizar a iniciativa gaúcha, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, parabenizou o RS por ser o primeiro a avançar no projeto. Disse que outros 20 estados estão discutindo as suas versões do projeto nacional Agro+.

 

Evento reuniu lideranças do setor no Palácio Piratini Crédito: Daniela Barcellos/Palácio Piratini

 

Um grupo de especialistas da área da saúde, como médicos e nutricionistas, participará de simpósio sobre os benefícios dos produtos lácteos e irá desvendar alguns dos tabus relacionados ao leite. O encontro ocorrerá durante o 5º Avisulat, na próxima quarta-feira (23/11), a partir das 14h, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O "Simpósio Sobre Versatilidade dos Lácteos em Incorporar Mais Propriedades Funcionais ou de Saúde" é promovido pelo Sindilat e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) e tem o apoio da Farsul, Fetag, Mapa e Seapi. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o simpósio tem grande relevância, uma vez que busca esclarecer aos consumidores sobre os mitos ligados ao leite. “É uma oportunidade para ouvirmos especialistas e as suas análises sobre essas questões tão importantes para os consumidores”, afirmou.
A programação contará com a presença de profissionais da área da saúde e alimentos e que estarão distribuídos em dois grupos de discussão. No primeiro bloco, o médico nutrólogo e coordenador do evento, Carlos Alberto Werutsky, falará sobre as propriedades funcionais do leite, e a professora Ana Lúcia Barretto Penna mostrará as diferenças nutricionais do leite pasteurizado e do UHT.

Já a nutricionista e presidente da SBAN, Olga Amâncio, irá desmistificar o receio que muitos consumidores têm em relação à lactose. Após o milkbreak, a nutricionista Márcia Terra abordará os conflitos de interesses entre a academia e o mercado. Em seguida, está previsto o painel ‘Lácteos com baixos teores: sódio e gorduras saturadas’, sob o comando do médico nutrólogo Paulo Henkin. E para encerrar as discussões, a doutora em nutrição Geórgia Castro falará sobre os lácteos enriquecidos com micronutrientes de interesse.

O simpósio se destina a estudantes e profissionais da área da saúde preocupados com a qualidade, higiene e segurança dos componentes de uma alimentação saudável e integra a programação do 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios 2016 (5º Avisulat), que ocorre de 22 a 24 de novembro.

Após duas edições no Interior, o Fórum Itinerante do Leite será realizado pela primeira vez em Porto Alegre, tendo como foco o debate da competitividade. O evento ocorre durante o 5º Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat), nesta quinta-feira (24/11), no Centro de Eventos da Fiergs, a partir das 8h45min. Com realização do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Conselho Técnico Operacional da Pecuária Leiteira (CTOPL) e Emater, a 3ª edição dá continuidade ao ciclo iniciado em Ijuí, no primeiro semestre deste ano, e que também passou por Santa Maria. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acredita que a iniciativa é muito importante para o alinhamento das questões com as indústrias, agricultores e universidade acerca do setor lácteo.

Na oportunidade, a Emater vai apresentar o programa Gestão Sustentável da Propriedade Rural, que busca oferecer assistência técnica na administração das propriedades aos agricultores. Além disso, está previsto o lançado o livro 1º Fórum Estadual do Leite, que teve como pauta a Lei do Leite, sancionada pelo governador José Ivo Sartori, em junho deste ano. As mudanças provocadas pela medida aumentaram o compromisso das indústrias e principalmente dos transportadores de leite sobre a rastreabilidade do produto que chega aos consumidores. Aos produtores, a lei não tem mudança significativa, até porque o mesmo deve cumprir a legislação do Rispoa e a IN 62.

O evento contará ainda com o relato de produtores da realidade das pequenas propriedades rurais, assim como os desafios que enfrentam, além de cases de produtores assistidos. A programação contará com a apresentação do Leitec e de uma mesa redonda com a presença da Emater e do Senar.

Confira a programação completa

3º Fórum Itinerante do Leite - 24/11 (quinta-feira)

8h45min – Abertura
9h – Relato dos Fóruns Itinerantes
9h10min – Lançamento do Livro 1º Fórum Estadual do Leite
9h20min - Apresentação do Programa de Gestão Sustentável da Propriedade Rural – Emater-RS/SDR
10h – Relato de produtores – Como ter sucesso com o leite na pequena propriedade rural
10h40min – Apresentação Leitec – Senar
11h10min – Case de produtores assistidos
11h50min – Mesa redonda: Programa Emater/RS e Senar
12h30min – Encerramento

 
Carolina Jardine