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A Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) elegeu sua nova diretoria para o biênio 2018/2019 na manhã desta terça-feira (23/1), em Porto Alegre. A gestão será presidida no primeiro ano pelo secretário geral da Fetag, Pedrinho Signori, e terá o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, como vice-presidente. Em 2019, as posições se invertem. “Vivemos um momento crítico, mas esse espaço é um instrumento importante de construção da cadeia. Os problemas são nossos e estamos aqui para colaborar e construir juntos”, disse Signori, empossado no ato.

Durante a reunião, o Conseleite divulgou levantamento sobre o preço de referência do leite. Para janeiro, o valor ficou em R$ 0,9079, 1,68% abaixo do consolidado de dezembro de 2017, que fechou em R$ 0,9234. Importante lembrar que o Conseleite promoveu, em dezembro passado, ajuste na pesquisa, atualizando parâmetros de forma a considerar as mudanças tecnológicas registradas na produção nos últimos anos.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, os números refletem a sazonalidade da safra e uma pequena variação negativa de mercado. Além disso, lembra, reportam o reflexo da venda de leite ao governo dentro do Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), o que impactou o valor do leite em pó no período. Para o professor da UPF Eduardo Finamore, a tendência do valor de referência da matéria-prima leite é de recuperação gradual no longo prazo.

A posição é compartilhada pelo presidente do Sindilat, uma vez que o setor entra no período de menor produção do ano, entre os meses de fevereiro e março. “O produtor está ajustando suas contas, produzindo mais para compensar o impacto da redução de preço na sua receita. Para os próximos meses, a expectativa é que o leite tenha reação, principalmente em relação ao UHT, que vem tendo seus preços achatados no varejo”, frisou Guerra. Contudo, avalia que o consumidor está mais seletivo nas compras, buscando preços menores.

Finamore ainda apresentou os dados finais do Conseleite de 2017. Segundo o levantamento realizado pela UPF, o ano de 2017 foi o pior em 12 anos para o setor lácteo gaúcho. O estudo indica que o ano fechou com queda de -7,64% no valor de referência do leite recebido pelo produtor.

Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 LN 62, em R$ – Janeiro de 2018

Matéria-prima

Jan*/18

I – Maior valor de referência

1,0441

II – Valor de referência LN 62

0,9079

III – Menor valor de referência

0,8172

(1) Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência LN 62 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural.

Valores da Matéria-Prima de Referência, em R$ – Dezembro de 2017 e Janeiro de 2018.

 

Matéria-prima

Dez/17

Jan*/18

Variação percentual

II – Valor de referência LN 621

0,9234

0,9079

-1,68%

Foto: Carolina Jardine

O Fundesa divulgou nesta segunda-feira (15/01) a prestação de contas de 2017. Dos R$ 7,034 milhões aplicados durante o ano, mais da metade - R$ 4,73 foram destinados à pecuária leiteira, incluindo indenizações, projetos voltados a capacitação e outras iniciativas.

Os produtores de leite receberam R$ 3,87 milhões em indenização para eliminação de 2.770 animais positivos para brucelose e tuberculose. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, ressalta que, ao todo, mais de 30 mil vacas leiteiras foram testadas em 2017.

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, vê como positivo o crescente acesso dos produtores às indenizações pois tal fato demonstra que há preocupação com a sanidade do rebanho. "O controle da tuberculose e da brucelose no Estado é um importante passo para continuar crescendo no mercado interno e externo", comentou Palharini.

De 2009 a 2017, o Fundesa repassou R$ 12,29 milhões em indenização a produtores de leite do Rio Grande do Sul. Tal quantia foi destinada à eliminação de 11.862 animais durante o período.

Foto: Bruna Karpinski

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) informou que o ICMS do leite UHT, por se tratar de um item da cesta básica, será de 7% sobre a saída do produto da indústria para o varejo em operações dentro do Estado. O esclarecimento foi feito na manhã desta quinta-feira (11/01), em reunião com o secretário-adjunto da Fazenda, Luis Antônio Bins, e com o auditor-fiscal Paulo Amando Cestari, sub-secretário-adjunto da Receita Estadual.

“Isso acaba impactando menos ao consumidor”, destaca o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, que participou da reunião. Na ocasião, a Sefaz explicou que a queda dos 18% previstos inicialmente para os atuais 7% deve-se à redução da base de cálculo pelo qual passa o leite UHT por ser um item da cesta básica.

Segundo Palharini, as empresas que destacaram 18% devem fazer o ajuste e comunicado para os supermercados ou atacadistas. O consultor tributário Vinícius Barth Segala, que assessorou juridicamente o Sindilat e também participou da reunião, explica que o crédito presumido, que antes era de 15%, também acompanha a redução, ficando em 5,83% sobre a saída do leite UHT da indústria para o varejo dentro do Estado. 

Confira as notas publicadas no site da Sefaz e do Governo do Estado

Em relação aos estoques dos supermercados em 31 de dezembro de 2017, quando o produto era isento de tributação, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ainda não tem uma definição sobre o crédito presumido.

Istock/VladimirFLoyd

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e seus associados lamentam o falecimento de Vitor Afonso Grings, que foi presidente da Cooperativa Piá durante 15 anos (1996-2010), nesta quinta-feira (4/1). Sempre muito espontâneo e alegre, demonstrava receptividade ao chamar cada um dos funcionários pelo nome. O velório ocorre a partir das 17 horas desta quinta-feira, na capela da localidade Linha Imperial, em Nova Petrópolis. O sepultamento será no mesmo local, às 9h30min desta sexta-feira (5/1).

Imagem: iStock/istockoatawa

Os laticínios gaúchos encerram o ano com saldo positivo de conquistas e boas perspectivas de exportação em 2018. Entre as ações capitaneadas pelo Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) ao longo de 2017, está a abertura de novos mercados para os produtos lácteos, objetivo este que será uma das prioridades do próximo ano. "Fizemos um trabalho representativo a partir das demandas solicitadas pelos associados. Em 2018, nosso foco será a exportação, entendimento este que é consenso entre os associados", afirma o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacando que o Brasil tem a possibilidade de exportar lácteos para 45 países.

Entretanto, avalia Palharini, uma das dificuldades para acessar estes mercados está ligada ao custo de produção, que ainda está acima em termos de competitividade se comparado a outros países. Uma das bandeiras para o próximo ano será buscar junto ao governo federal algum programa de incentivo à exportação. "Entendemos que existe espaço para que sejamos mais criativos para superar este momento de crise vivido nos últimos dois anos e fugir deste cenário que pode se repetir", afirma Palharini. Um dos caminhos é a busca de parceria com países com interesses em comum, como Uruguai e Argentina.

Outra iniciativa importante que o Sindilat esteve à frente foi articulação política, juntamente com entidades de produtores e sindicatos das indústrias de SC, PR, GO e MG, para abertura de compra governamental de leite em pó e leite UHT. Para tanto, representantes dos laticínios gaúchos foram diversas vezes à Brasília negociar e pressionar o governo federal. Na ocasião, a entidade conseguiu uma linha do Banco do Brasil para formação de estoque de leite e industrialização com juros de no máximo 12% ao ano, além de prorrogação das dívidas de investimento dos produtores de leite por um ano.

Foto: iStock/ClaudioVentrella

Entre as ações desenvolvidas neste ano, destaque para a criação do Criação do Pub do Queijo, que teve sua primeira edição na Fenasul, na casa da Farsul. A consolidação do projeto ocorreu na Expointer 2017, onde milhares de pessoas puderam degustar os produtos lácteos da indústria gaúcha em espaço próprio do Sindilat. Ao longo de 2017, a entidade também consolidou o Fórum Itinerante do Leite, que começou em 2016 e neste ano expandiu para outras regiões do Estado, chegando à 5ª edição. Os próximos eventos estão programados para os dias 10 de abril de 2018, em Três de Maio, e 7 de agosto, em Passo Fundo.

Outra concretização é a aplicação de recursos advindos de crédito do PIS/COFINS em projetos de assistência técnica por meio do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura. Além de capacitação em melhoria da qualidade do leite, melhoramento genético, educação sanitária e controle sanitário, por meio de testes de tuberculose e brucelose em animais de três mil propriedades. Com esta iniciativa, que tem como objetivo a melhoria da saúde pública, também será possível buscar a habilitação do RS para exportação de lácteos a mercados que exigem o controle dessas enfermidades.

É com tristeza que o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) recebeu, neste sábado (23/12), a notícia de falecimento do presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Carlos Rivaci Sperotto. Homem de fibra que sempre esteve ao lado da produção primária gaúcha, foi um exemplo de força e determinação. Lutou pelo agronegócio dentro do Rio Grande do Sul e fora dele, sempre representando os interesses do homem do campo e do setor laticinista.

No exterior, trabalhou pela abertura de mercados e pelos direitos comerciais da produção brasileira.

O Sindilat e seus associados agradecem por toda a dedicação desse líder nato.

Descanse e paz!

É com tristeza que o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) recebeu, neste sábado (23/12), a notícia de falecimento do presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Carlos Rivaci Sperotto. Homem de fibra que sempre esteve ao lado da produção primária gaúcha, foi um exemplo de força e determinação. Lutou pelo agronegócio dentro do Rio Grande do Sul e fora dele, sempre representando os interesses do homem do campo e do setor laticinista.

No exterior, trabalhou pela abertura de mercados e pelos direitos comerciais da produção brasileira.

O Sindilat e seus associados agradecem por toda a dedicação desse líder nato.

Descanse e paz!

Foto: Tiago Francisco / Farsul

O Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) está aguardando resposta do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a respeito de pedido formalizado, esta semana, para que os supermercados possam adquirir leite UHT ainda neste mês de dezembro e garantir que, os estoques remanescentes na virada no ano, tenham direito a crédito tributário. A reivindicação deve-se ao fato de que, a partir de 1 de janeiro de 2018, o produto passará a ser tributado em 18% de ICMS. Até lá, o leite UHT segue isento do imposto. Sem o ajuste do Confaz, cargas adquiridas antes e estocadas ficariam sem o direito de reverso tributário, onerando o varejo que não poderá fazer a compensação fiscal.

O assunto foi debatido na manhã desta sexta-feira (22/12) em áudio-conferência que contou com a participação de representantes dos setores fiscais e tributário das empresas associadas ao Sindilat. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a Secretaria da Fazenda já se mostrou favorável à medida, que prevê a tomada de crédito pelos supermercados por meio de alteração da lei 14.988.

Imagem: iStock/tavan amonratanasareegul

Foi assinado na manhã desta quinta-feira (21/12), no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), o decreto que regulamenta a Lei 15.027, de 21 de agosto de 2017, que trata da modernização da inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal. A nova modalidade de inspeção e fiscalização dará mais velocidade ao setor de proteína animal com toda a segurança necessária para a qualidade do produto , conforme explicou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. “A modernização da fiscalização é um marco histórico para o Rio Grande do Sul, ela possibilitará que se alavanque os negócios das nossas indústrias e fará com que o Estado cresça ainda mais”, afirmou.

Segundo o decreto, a fiscalização fica separada da inspeção sanitária e industrial, sendo que as inspeções serão feitas por médicos veterinários habilitados pelo Estado. Além disso, o texto possibilita que todo o sistema seja auditado por órgãos independentes, aumentando a capacidade da vigilância sanitária e garantindo mais qualidade ao produto para o consumidor. O governador José Ivo Sartori afirmou que esse é apenas um primeiro passo e que o trabalho que será realizado no Estado contribuirá para o seu desenvolvimento e servirá de modelo para o país. “Acredito que essas medidas vão ajudar a gerar empregos, renda e receita para o Estado”, declarou Sartori.

O ato também contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e representantes de outras entidades civis e militares.

Foto: Felipe Lopes

A última reunião mensal dos associados em 2017 ocorreu na tarde desta terça-feira (19/12) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em Porto Alegre. Durante o encontro, os participantes falaram sobre qualidade do leite e discutiram sobre ações previstas para o primeiro semestre de 2018.

Na ocasião, o professor Carlos Bondan, coordenador do Serviço de Análise de Rebanho Leiteiro (Sarle) da Universidade de Passo Fundo (UPF), apresentou dados sobre coleta e análises de amostras. “Nos últimos seis anos, tivemos uma evolução fantástica na melhoria da qualidade microbiológica do leite”, afirmou Bondan, referindo-se aos índices de CBT e CPP. O avanço, explica o pesquisador, deve-se às melhorias na higiene durante a ordenha e no processo de armazenagem da matéria-prima na propriedade.

Entretanto, ainda é necessário conscientizar os produtores sobre a importância do controle leiteiro – estima-se que menos de 1% das propriedades gaúchas tem como hábito a prática, que consiste na coleta de uma amostra de leite por vaca uma vez por mês ao custo de R$ 1,60 cada. Segundo Bondan, nos países que já apresentam melhorias dos níveis de CCS, como Holanda e Canadá, 98% e 100% das propriedades, respectivamente, fazem o controle leiteiro.

“O monitoramento da qualidade, por meio do controle leiteiro, melhora a questão da competitividade”, comentou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Na reunião mensal, os representantes da indústria também falaram sobre pleitear mudança na nomenclatura do teste de álcool etílico. O setor defende que a análise, exigida pelo Ministério da Agricultura, mapeia outros tipos de substâncias além do álcool. “Precisamos protocolar no Ministério um documento para mostrar que a presença de álcool no leite, muitas vezes, pode ser falso positivo”, disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

O argumento está fundamentado em trabalho do veterinário Cristian Nied, mestrando da UFRGS, que está pesquisando o tema. Segundo ele, a presença de álcool no leite pode ser ocasionada por desequilíbrios nutricionais do rebanho ou ainda por problemas metabólicos de animais que apresentam má qualidade fermentativa da silagem. Nied coletou amostras de 50 animais de três propriedades. A defesa do trabalho, feito a partir da avaliação de mais de mil repetições de análises, está prevista para março.

Foto: Bruna Karpinski