Pular para o conteúdo

20/05/2015

financas empresariaisApós pressão de empresas e bancos, o governo cedeu e recuou da taxação do PIS/COFINS sobre as receitas obtidas pela variação cambial de exportações, empréstimos e obrigações no exterior, incluindo operações de proteção ("hedge"). Ao mesmo tempo, abriu a possibilidade de as companhias mudarem o regime de tributação ao longo do ano, caso a oscilação do câmbio seja superior a 10% em um determinado mês.

Os ajustes na medida que restituiu a cobrança do imposto sobre receitas financeiras das empresas saíram ontem no Diário Oficial. As alíquotas, que foram zeradas em 2004, passarão para 0,65%, no caso do PIS, e 4% na COFINS, a partir de 1º de julho deste ano. A elevação continua valendo, por exemplo, sobre o rendimento obtido por uma empresa na aplicação do caixa em um certificado de depósito bancário (CDB).

A principal preocupação das empresas, contudo, era a incidência dos tributos sobre a receita com variação cambial em empréstimos externos ou operações de hedge, sem a previsão de compensação em caso de perda. O problema era ainda mais grave para as companhias que apuram os tributos pelo regime de competência, no qual o cálculo do imposto é feito mensalmente.

O decreto mobilizou empresas e bancos, que recorreram ao governo em busca uma revisão das medidas. A principal alegação é que o imposto levaria a um aumento nos custos de captação, em um momento de alta nas taxas de juros e de estagnação da economia. Ao mesmo tempo, a medida não representaria um ganho fiscal relevante para o governo, já que as empresas se preparavam para liquidar as operações antecipadamente para escapar da cobrança.

Além dos empréstimos, o governo recuou do aumento da alíquota do PIS/COFINS sobre operações de hedge (proteção) contra a oscilação cambial. Segundo o coordenador de tributos sobre a produção e comércio exterior da Receita Federal, Roni Peterson Bernardino de Brito, todas as formas de hedge (proteção) estão contempladas, mas "as receitas financeiras de operações especulativas continuam tributadas"
Ainda de acordo com o coordenador, as mudanças não alteram a previsão de aumento de arrecadação de R$ 2,7 bilhões com a medida. Cerca de 80 mil empresas serão afetadas pelo decreto. "Foi verificada a necessidade de ajustes, a maioria levantada por empresas exportadoras", disse Brito. "A intenção foi blindar os exportadores."

A decisão do governo é "muito positiva" e deve melhorar a competitividade das companhias ao buscarem recursos no mercado internacional, segundo Fabio Zenaro, gerente executivo de desenvolvimento de produtos e negócios da Cetip, que concentra o registro de operações de hedge no mercado brasileiro. "O governo assim deixa de desincentivar o hedge, o que é um sinal muito importante do ponto de vista de gestão de risco", afirma.

Para Rafael Guedes, diretor executivo no Brasil da agência de classificação de risco Fitch, a decisão de cobrar "um pedágio tributário" nas operações de hedge deveu-se ao sentimento de um movimento mais forte de especulação, de investidores apostando contra o real. "No momento atual de correção no câmbio, as empresas precisam se proteger", diz.

Junto com o recuo na cobrança do PIS/COFINS sobre empréstimos externos, o governo permitirá que as empresas alterem a estratégia de reconhecimento de tributos entre os regimes de caixa e competência toda a vez que o dólar apresentar uma variação mensal superior a 10%. Anteriormente, as companhias só podiam optar uma vez no ano a forma de tributação.

O decreto prevê que as empresas façam a opção por troca de regime agora em 2015 em junho, considerando variações cambiais que ocorreram de janeiro a maio. No entanto, apenas em março, o dólar teve variação superior a 10%.

O recuo do governo na cobrança deve evitar eventuais contestações das empresas na Justiça, segundo Carlos Eduardo Orsolon, sócio da área tributária do Demarest Advogados. "Quando as empresas optaram pelo regime de caixa ou competência no início do ano, não tinham como saber da elevação do PIS/Cofins", afirma o advogado, que também vê como positiva a revisão do decreto antes da entrada em vigor das medidas. (Valor Econômico)

21/05/2015

leiteee2A Lactalis está há pouco tempo no Brasil, mas já enfrentou algumas vicissitudes em sua trajetória por aqui. Em março, os empregados da unidade da Lactalis em Barra Mansa (RJ), adquirida da LBRLácteos Brasil, fizeram greve. E neste mês a francesa viu seu nome citado como empresa que adquiriu leite supostamente adulterado em mais uma etapa da Operação Leite Compen$ado no Rio Grande do Sul.

Patrick Sauvageot, o CEO da companhia para a América Latina, diz que o sentimento em relação à paralisação dos funcionários da unidade fluminense foi de "frustração", já que, segundo ele, a "greve foi por algo equivocado".

Os funcionários da planta pararam por 18 dias em março, reivindicando o dissídio coletivo da categoria e o depósito de parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em atraso. As obrigações tinham de ter sido pagas pela LBR. Mas, em recuperação judicial, a empresa deixou de fazê-lo. "

Quando chegamos, todas as pessoas que não foram pagas pela LBR caíram sobre nós dizendo: vocês têm que nos pagar. E a Lactalis foi bem clara: não vamos pagar o passivo [da LBR]", afirma o executivo. Na operação de venda de unidades da empresa de lácteos, dentro do processo de recuperação judicial, os compradores adquiriram unidades e marcas da LBR, sem os passivos da companhia, estimados em R$ 1 bilhão.

Depois da greve foi a vez da operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que investiga casos de adulteração de leite no Estado. Conforme a investigação, houve casos de adição de água e produtos como sal, açúcar e amido de milho no leite cru entregue pela Transportadora Odair à Coopasul, que fornecia, entre outros, para a unidade da Lactalis em Fazenda Vila Nova (RS).

Segundo Sauvageot, a cooperativa teve cargas de leite rechaçadas e não fornece mais para a Lactalis. "A obsessão da Lactalis é fazer tudo o que se pode fazer para lutar contra essas práticas".

A empresa está implantando no Brasil os mesmos protocolos de qualidade para recepção do leite que usa em outras regiões onde atua, conforme o executivo. Ele afirma, sem dar detalhes, que a companhia desenvolveu, junto com alguns fornecedores "equipamentos que nos dão algumas medidas que nos ajudam a reforçar o controle de qualidade, que não existiam no Brasil antes".

A política que a Lactalis adota em relação ao produtor pode evitar problemas como os registrados no Rio Grande do Sul. Nos países onde atua, a empresa prioriza as compras diretas do produtor. O volume atinge 80% do total comprado. "Há sempre interesse em desenvolver relação direta com o produtor porque é um compromisso", diz o executivo.

Trabalhando dessa forma, a empresa acompanha como o leite está sendo produzido e tem controle da qualidade do produto. As compras diretas não eram política da LBR, então será necessário tempo "para construir uma relação" com os produtores, diz. No caso da BRF, já existe política muito similar à da Lactalis.

A empresa está fazendo contratos com os produtores que formaliza as obrigações e o pagamento de bônus por qualidade do leite. No total, entre diretos e indiretos, a Lactalis deve ter 15 mil fornecedores, sendo 13 mil que entregam leite à BRF. (Valor Econômico)

20/05/2015

sebraeNa pecuária de leite, a implantação do sistema de produção ILPF (Integração lavoura-pecuária-floresta) tende a ampliar a competitividade e ainda contribuir com a preservação do planeta, recuperando áreas degradadas e aumentando a fertilidade do solo. Os sistemas ILPF integram o plantio de árvores, grãos e forragens, que resultam em aumento de produtividade do gado de leite, além da conservação de recursos naturais.

Seguindo esta perspectiva o Sistema de Inteligência Setorial do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas empresas) divulgou seu Boletim de Tendências Tecnologia Social - Integração lavoura-pecuária-floresta, que apresenta algumas estratégias de implementação do ILPF e as oportunidades de negócios nesse mercado.

Um dos pontos levantados no boletim é que o sistema de Integração lavoura-pecuária-floresta possibilita uma rentabilidade financeira maior e mais segura ao pecuarista, pois aumenta a diversificação das atividades econômicas na propriedade, minimizando assim os riscos de perda de lucro por conta do clima ou por condições de mercado. Utilizando os princípios da rotação de culturas e consórcio, o sistema permite que a mesma propriedade produza grãos, carne ou leite e produtos madeireiros ao longo do ano. Estima-se que o pecuarista consiga elevar sua produção em 500% ao recuperar áreas degradadas ou inférteis.

O engenheiro agrônomo Rodrigo Paniago, concedeu recentemente uma entrevista a equipe da AgriPoint ressaltando que "apesar da necessidade maior investimento, o aumento de produtividade com redução de custos de produção é a grande vantagem do ILP, aliado a isto temos a diversificação da atividade, melhor distribuição de receitas x pagamentos ao longo do ano, redução de riscos, evolução técnica e de gestão do produtor rural e, por fim, uma produção mais sustentável."

O sistema ILPF é considerado uma tecnologia social porque produz benefícios abrangentes à sociedade, não apenas ao produtor. Ao recuperar áreas agrícolas deterioradas, devolve a capacidade produtiva dos pastos e dos solos, agregando benfeitorias agronômicas e zootécnicas, como a diminuição da demanda por agroquímicos e a melhoria da eficiência dos fertilizantes, que têm impactos positivos no ecossistema. Quem implanta o sistema observa o aumento de renda e a qualidade de vida do pecuarista, além do aumento da oferta de alimentos para a sociedade.

Existem diferentes maneiras de aplicar a ILPF, cada uma com um objetivo. Por exemplo, a Lavoura-Pecuária, ou Agropastoril, recupera o solo degradado, a fim de melhorar a qualidade da área para o plantio. A Lavoura-Floresta, ou Silviagrícola, utiliza a rotação de culturas para produzir cobertura morta de boa qualidade, o que irá beneficiar a próxima safra. A modalidade Lavoura-Pecuária-Floresta, ou Agrossilvipastoril, integra os componentes agrícola, pecuário e florestal, e é considerada a mais completa. (Milkpoint)

20/05/2015

jr01

A produção de leite na Europa ocidental continua menor em comparação com o ano passado. No entanto, o aumento semana a semana faz com que essa diferença diminua. O clima mais quente nas principais regiões produtoras está propiciando um bom crescimento das pastagens e a produção de leite aumenta mais rapidamente. O preço ao produtor continua baixo e não existe nenhum fato que estimule o a produção de leite. Muitas vacas paridas estão entrando em ordenha. Os preços das commodities lácteas para exportação declinam junto com a queda da demanda da Rússia, da China e de outros mercados que estão com as compras abaixo dos níveis do ano passado.

De acordo com as últimas estimativas da ZMB a produção de leite da União Europeia em março foi 1,8% menor que a de 2014.

No Leste Europeu a produção cresce lentamente rumo ao pico sazonal, que ainda demora algumas semanas. De acordo com a ZMB a produção de março na Polônia e Países Bálticos foi 1% e 2% menor que os níveis de um ano atrás, respectivamente. A queda é atribuída aos esforços dos produtores de manterem os níveis próximos às cotas, sem excedê-las. Na maioria dos países da Europa Oriental a produção acima das cotas não era uma preocupação, e a produção de março superou os níveis do ano anterior. Segundo a Eurostat, na Polônia ocorreram as seguintes alterações percentuais na produção de várias commodities lácteas, entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015: Manteiga (+21,6%); Leite em pó desnatado (+16,4%); e leite em pó integral (-50,6%). (Usda)

jr02

20/05/2015

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 19 de Maio de 2015 na sede FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Abril de 2015 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2015, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir de preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

conseleite parana

Os valores de referência indicados nesta resolução correspondem à matéria-prima leite denominada “Leite CONSELEITE IN62”, que se refere ao leite analisado que contém 3% de gordura, 2,9% de proteína, 600 mil células somáticas/ml e 600 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de abril de 2015 é de R$ 1,6917/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.sistemafaep.org.br/conseleite (Conseleite/Paraná)

19/05/2015

Na reunião do Conseleite-RS (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul), realizada nesta terça-feira (19/05), na sede da Farsul, em Porto Alegre, o estudo realizado pela Universidade de Passo Fundo (UPF) indicou que a projeção do preço de referência do leite padrão em maio é de R$ 0,8305, representando uma queda de 0,74% em relação a abril passado.
Analisando os números, o presidente e o vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues (da Farsul) e Alexandre Guerra (do Sindilat), respectivamente, concluem que no momento está havendo uma manutenção dos preços e equilíbrio entre produção e mercado consumidor.

conseleite correto

Em abril, o preço de referência ficou em R$ 0,8366, contra a projeção que fora feita anteriormente, de R$ 0,8388, o que representou diferença a menor de R$ 0,0021, ou – 0,25%. Nos últimos três meses (março, abril e maio) os preços de referência do leite padrão apresentaram uma diminuição de 0,16%, levando em conta que o valor de maio é projetado.

O Conseleite reúne representantes da indústria láctea e produtores para estabelecer mensalmente o preço de referência leite padrão pago ao produtor. Esse sistema de valoração do produto, baseado em estudo técnico da Universidade Federal de Passo Fundo (UPF), premia, com melhor remuneração, a qualidade e a produtividade oferecida pelos produtores, que recebem da indústria de 10% a 20% a mais do valor. O preço pago ao produtor está condicionado ao valor que a indústria obtém na negociação com o varejo para os seus produtos. Esse preço é regido pela lei de oferta e procura. (ComEfeito Comunicação Estratégica)

19/05/2015

Tv com4O segmento lácteo foi o tema do programa Conversas Cruzadas apresentado pelo jornalista Cláudio Brito nesta segunda-feira (18/05) na TV Com. Participaram do debates o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini; o diretor da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e presidente do Conseleite/RS, Jorge Rodrigues; professora da Faculdade de Veterinária da UFRGS – Inspeção e tecnologia de leite, Andrea Troller Pinto e o diretor da Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura e Pecuária do RS, Fernando Groff.

Darlan Palharini lembrou a parceria do Sindilat com a Embrapa para adotar medidores de vazão e coleta automática de leite cru que serão colocados diretamente nos caminhões que transportam o produto a granel da propriedade rural às indústrias e cooperativas do setor lácteo. Esses equipamentos eliminam o manuseio do produto. “É um caminho natural para um setor que pretende exportar e, ao mesmo tempo, atender as especificações das instruções normativas 51 e 62 do Ministério da Agricultura e Pecuária que garantem a qualidade do produto. ” Acrescentou que os 40 mil litros de leite que apresentaram problemas, conforme investigações do Ministério Público ocorridas em maio, representam 0,015% do total de 13 milhões de litros produzidos diariamente no Estado. Outro fato ressaltado por Palharini é que a última operação do Ministério Público somente teve sucesso por contar com o apoio de escuta telefônica, o que demonstra a dificuldade de descobrir via exames de laboratório.

Ao conferir o site do Ministério Público, o apresentador Cláudio Brito leu que os produtos lácteos finais não apresentaram nenhuma inconformidade. Portanto, o consumidor não foi prejudicado e somente as indústrias tiveram prejuízo em adquirir uma matéria prima com alguns índices abaixo do padrão.

Segundo Jorge Rodrigues, a luta contra as fraudes deve ser com responsabilidade, respeitando quem produz com qualidade, que é a grande maioria. “Temos fiscalização e investigação eficiente e constante dos fiscais federais, estaduais e municipais, além do Ministério Público. Por isso, o leite gaúcho é um dos melhores do Brasil. A excepcionalidade é a fraude, enquanto a regra é a qualidade. Temos que deixar isso claro, pois 60% do leite gaúcho é exportado para outros estados. ”

Groff acrescentou que as fiscalizações são uma rotina na Secretaria da Agricultura e que isso garante um produto saudável. A professora Andrea Pinto disse que não tem a menor dúvida que o leite gaúcho e seus derivados tem qualidade. “Não devemos condenar toda a cadeia leiteira de forma irresponsável. O consumidor pode continuar consumindo leite e seus derivados tranquilamente. As ocorrências de fraude mostram que temos fiscalização e o volume é mínimo perto do total de leite produzido. ” Ela acrescentou, ainda, que a perda nutricional do leite acontece quando é fervido pelo consumidor e não na transformação do leite em UHT ou na pasteurização. (ComEfeito Comunicação Estratégica)

19/05/2015

A Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios – Cosulati está apta a fazer a exportação de produtos lácteos. A Unidade de Beneficiamento de Leite da cooperativa, em Capão do Leão (zona sul do Estado), obteve junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a habilitação para exportar produtos lácteos UHT, leite em pó e farinhas lácteas.

Unidade de Laticínios Capão do Leão

Com a habilitação, a unidade poderá exportar esses produtos para países do Mercosul e da chamada Lista Geral. Para o diretor-executivo da Cosulati, Raul Amaral, a obtenção da habilitação para exportação dos produtos soma-se aos esforços da cooperativa em agregar valor à produção dos cooperados através do alcance de novos mercados, com foco na qualidade e excelência. “Foi uma grande conquista de nossa cooperativa e de toda a equipe, planejada e almejada desde o primeiro tijolo da construção da nova fábrica.

Essa conquista irá nos propiciar o desenvolvimento de novos produtos que atendam esse fim e viabilizará a entrada em novos mercados”, afirma. De acordo com o gerente da Unidade de Laticínios, Airton Seyffert, a obtenção da habilitação para exportação “veio coroar um trabalho de longo tempo desenvolvido tanto na indústria como junto aos produtores”. Os processos foram focados nos programas de melhoria contínua em toda a cadeia produtiva. Isso assegurado, a planta obteve junto ao Mapa a classificação "A", pré-requisito básico para solicitação das auditorias visando à habilitação da planta industrial para o comércio exterior.

Os produtos hoje industrializados já estão presentes em todo o Brasil. Para o gestor adjunto da cooperativa, Jones Raguzoni, “a habilitação recebida permitirá a novos mercados e consumidores conhecerem a qualidade dos produtos da Cosulati, os quais os consumidores brasileiros estão acostumados a apreciar". (Viviane Vencato Kopereck Retzlaff – Jornalista - DRT/RS 16288 com participação ComEfeito Comunicação estratégica)

18/05/2015

leiteee2A ONU convocou o Brasil para ser o principal provedor de alimentos para o mundo nos próximos vinte anos. Atualmente, 70% dos alimentos consumidos aqui são produzidos por pequenos e médios Agropecuaristas. Esse grupo emprega 77% da mão de obra no meio rural e detém 90% das propriedades registradas. Em compensação, quando medimos a extensão territorial e o faturamento, as contas se invertem: os pequenos e médios produtores ocupam 24,3% da área rural e respondem por 40% do Valor Bruto da produção, segundo o IBGE.
Apesar das contradições, a participação desses produtores é essencial para que o país supere o desafio de ampliar em larga escala a produção de alimentos para os mercados interno e externo, como também para reduzir o impacto ambiental da atividade rural. Estima-se que a produção de alimentos precisa crescer 60% até 2030 para garantir o suprimento da população global.
Não será uma tarefa fácil. Para ocorrer esse aumento, alcançar bons níveis de produtividade e reduzir os impactos no meio ambiente, os pequenos e médios agricultores vão necessitar de aporte financeiro e acesso a novas tecnologias. Só assim serão capazes de vencer os desafios impostos, sobretudo nas condições ambientais adversas verificadas hoje: aumento na ocorrência de estiagens e inundações, quase sempre relacionadas às mudanças do clima; perda de polinizadores naturais em decorrência do Desmatamento; erosão e perda de fertilidade do solo. Se nada for feito, os impactos ambientais vão afetar os negócios, induzindo a fuga da mão de obra no campo e o aumento da pressão nos centros urbanos.
Os impactos negativos já são medidos. Segundo o Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, a produção agropecuária brasileira respondeu direta e indiretamente, entre 1990 e 2012, por cerca de 60% das emissões de CO2 e equivalentes do país. Como resultado de problemas climáticos, pesquisadores da Embrapa calculam que a agropecuária brasileira sofreu uma perda de R$ 10 bilhões apenas na safra 2013.
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento sustentável (CEBDS), com o apoio do Pacto Global da ONU, acaba de lançar a publicação "Financiamento para Pequenos e Médios Produtores Rurais". O estudo mostra aos pequenos e médios produtores opções de onde e como obter financiamentos para expandir sua produção, melhorar sua qualidade de vida, fazer a gestão ambiental de sua propriedade para se adequar às exigências legais e, ao mesmo tempo, contribuir para tornar o sistema produtivo menos impactante ao meio ambiente.
De acordo com a publicação, oportunidades não faltam para conduzir pequenos proprietários a dar um salto de qualidade, ingressando em nichos de mercado pouco conhecidos. Há financiamentos disponíveis para adoção de uma série de iniciativas no campo, como, por exemplo, implantação de tecnologias voltadas para a Agricultura e pecuária orgânicas, plantio de florestas comerciais, integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), sistemas de plantio direto, tratamento e aproveitamento de dejetos animais. São modalidades que fazem parte do que vem sendo chamado de Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
A publicação endereçada aos pequenos e médios produtores Rurais reforça o papel fundamental das instituições financeiras privadas e estatais, e destaca a importância do conhecimento técnico para fomentar e dar escala às iniciativas voltadas para a sustentabilidade. (Brasil Econômico)

18/05/2015

n507f47a9c5961A produção leiteira gaúcha é a segunda maior do país, perdendo apenas para a de Minas Gerais e seguida muito de perto pela do Paraná. Este é o resultado apontado em pesquisa divulgada na Carta de Conjuntura de maio, em que o economista e pesquisador da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Sérgio Fischer apresenta um estudo sobre a produção leiteira no Estado no período 2000-2013. A pesquisa analisa a participação do RS na produção nacional, o volume de leite produzido no Estado e a produtividade. Foram considerados também dados da Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE.

"Mais da metade da produção nacional é gerada por Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Em 2013, último dado disponível, Minas produzia 27,2%; Rio Grande do Sul, 13,2%; e Paraná, 12,7% do total do Brasil", explica Fischer. "Enquanto Minas Gerais vem perdendo participação, o Rio Grande do Sul e o Paraná têm tendência inversa. Em 2000, essas participações foram de 29,7%, 10,6% e 9,1% respectivamente."

Entre 2000 e 2013, o volume de leite produzido cresceu 114,5% no RS e 141,6% no Paraná, enquanto na média nacional e em Minas Gerais o aumento foi de 73,3% e 58,7%. "A mesma tendência é observada com relação ao número de vacas ordenhadas. O crescimento foi de 33,5% no Rio Grande do Sul, 48,5% no Paraná, 28,3% no Brasil e 32,5% em Minas Gerais. Estes valores refletem-se na grande diferença de crescimento da produtividade", diz Fischer.

No quesito produtividade, o RS manteve-se à frente, com crescimento de 1,80 (mil litros por vaca ordenhada), em 2000, para 2,90 em 2013. Para o autor do estudo, chama a atenção o fato de o crescimento da produtividade nos estados sulinos ser mais que o dobro do de Minas Gerais no período — 60,7% no RS, 62,7% no Paraná, 35,0% no Brasil e 19,8% em Minas.

Para Fischer, a reorganização das cooperativas sulinas, a instalação de novas indústrias — tais como a Nestlé, em Palmeira das Missões, e a BRFoods assumindo a Elegê — e os dados acima indicam uma alteração de estrutura produtiva entre regiões. (Governo do Estado do Rio Grande do Sul)