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Fevereiro 2017
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Em dia de lançamento de Plano de Exportações, leite importado produz nova dor de cabeça para o governo
25/06/2015
Números considerados alarmantes de compra no exterior de produtos lácteos provoca atrito
Assim que lançou, nesta quarta-feira (24), o Plano Nacional de Exportações por meio do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), o governo federal vê na escalada das importações de leite pelo Brasil verificada nos primeiros cinco meses do ano o surgimento de mais um problema nas relações com o Congresso Nacional.
Deputados de vários partidos ameaçam convocar ministros e pedir explicações sobre o fenômeno, que acontece ao mesmo tempo em que as exportações dos produtos lácteos despencam.
Segundo dados do Sindicato dos Produtores de Leite do Rio Grande do Sul, em 2015 o Brasil já importou 52 milhões de quilos de produtos lácteos (leite in natura e em pó), 14 milhões a mais do que no mesmo período do ano passado.
Já as exportações caíram 41% no mesmo período, ou seja, 22 milhões de quilos. O saldo negativo, de 29 milhões, representa a produção de 33 dias de leite provenientes das vacas gaúchas. Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), há uma exagerada importação dos produtos. O parlamentar, oriundo do Estado que é o maior produtor de leite do País, articula a criação da Frente Parlamentar em Apoio aos Produtores de Leite e pediu, junto com colegas do PP e do DEM, a realização de uma reunião conjunta de produtores e deputados com os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, das Relações Exteriores, Mauro Viera e do MDIC, Armando Monteiro. A primeira agenda da Frente é cobrar explicações do governo para o problema.
Já as exportações caíram 41% no mesmo período, ou seja, 22 milhões de quilos. O saldo negativo, de 29 milhões, representa a produção de 33 dias de leite provenientes das vacas gaúchas.
Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), há uma exagerada importação dos produtos. O parlamentar, oriundo do Estado que é o maior produtor de leite do País, articula a criação da Frente Parlamentar em Apoio aos Produtores de Leite e pediu, junto com colegas do PP e do DEM, a realização de uma reunião conjunta de produtores e deputados com os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, das Relações Exteriores, Mauro Viera e do MDIC, Armando Monteiro. A primeira agenda da Frente é cobrar explicações do governo para o problema.
O Plano Nacional de Exportações, apresentado em cerimônia no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff, unifica as ações e estratégias do governo para ampliar as exportações, consideradas tímidas e desorganizadas. Enquanto o Plano era lançado, a Comissão de Agricultura da Câmara aprovava requerimento de autoria do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) para o envio de documentação aos ministros da Agricultura e do MDIC com dados da importação e exportação de leite.
- Queremos que eles [os ministros] tomem ciência do que está ocorrendo e que ameaça a empregabilidade no campo. Vamos provocar providências para deter as importações, cujo volume está chegando ao limite estabelecido pela regulação do setor.
Para deputados da Comissão de Agricultura, há uma contradição entre o discurso da presidente Dilma no encerramento da cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Exportações e a realidade. O deputado Onix Lorenzoni (DEM¬RS) pediu ao governo olhos mais atentos aos produtores de leite brasileiros.
A presidente afirmou que há o equivalente a 32 Brasis fora do nosso País que podem ser alcançados por meio de exportações. Seria bom, portanto, que ela olhasse para o problema de um produto que distribui renda e do qual dependem milhares de famílias no interior dos Estados produtores e que estão sofrendo não por não poder exportar, mas por sofrer o desajuste da importação.
A importação de leite sem a contrapartida na exportação de lácteos vai provocar uma oferta muito grande do produto no país e a queda no preço principalmente junto aos atacadistas. Essa é a avaliação de produtores de leite do Rio Grande do Sul, o segundo maior exportador do país. Para eles, a falta de ação do governo para equilibrar a balança dos lácteos prejudicará principalmente o produtor rural.
O assunto é o mais novo ponto de atrito do governo no Congresso Nacional onde deputados de vários partidos querem ouvir três ministros para que eles expliquem a política adotada para o setor, que segundo eles, está premiando produtores de países vizinhos e prejudicando os nacionais. Os números ruins do leite foram divulgados no dia em que a presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Exportação, a fim de incrementar a venda de produtos nacionais para o exterior.
O presidente do Sindilat (Sindicato dos Produtores do Rio Grande do Sul), Alexandre Guerra, explicou que o setor caminha "para um ano muito ruim para o setor industrial lácteo e consequentemente para os produtores de leite. Estamos falando em mais de 1 milhão de famílias"
Para os produtores, o resultado negativo na balança comercial de lácteos provavelmente não irá contribuir para a queda da inflação e sim para uma queda da renda no campo com menor movimento financeiro nos municípios, que, por sua vez, terão a arrecadação comprometida.
O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo e em 2014 consumiu cerca de 13 milhões de quilos de queijo e outros 6,6 milhões de litros de leite do tipo longa vida. Cada brasileiro bebe em média 178 litros por ano, consumo abaixo dos uruguaios e argentinos. (Portal R7)
Assessoria de Imprensa
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Exportação de leite gaúcho está na pauta do governo e do mercado
“O Rio Grande do Sul tem um dos melhores leites do Brasil, quiçá o melhor”, afirmou o secretário da Agricultura, Ernani Polo, na abertura do 11º Fórum Estadual do Leite, realizado nesta quarta-feira (11/03), na Expodireto, em Não-Me-Toque. Ele disse que o governo quer ajudar o setor a exportar o produto para outros países, repetindo a linha de pensamento expressada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, na inauguração da feira. Um dos painelistas do fórum, o agrônomo paulista Marcelo Pereira de Carvalho, do MilkPoint, um dos principais analistas do mercado de leite no país, projetou que para continuar crescendo o Brasil terá de se tornar exportador para grandes contingentes populacionais do mundo. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, presente ao evento, disse ver como iminente e viável a conquista de mercados externos com o emprego de eficiência e qualidade na cadeia leiteira. Entre os potenciais mercados na mira do Brasil estão Rússia, China e África. Polo destacou que a fiscalização continuará rigorosa no Estado, fato que leva Guerra a considerar que o leite gaúcho é o mais controlado do país. Para Carvalho, os produtores gaúchos já estão conscientes de que precisam trabalhar com tecnologia para ter eficiência e qualidade. O outro painelista do fórum, o veterinário mineiro Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, deu exemplo de tecnologia que permite registrar a quantidade de alimento e de água que a vaca consome, sua produção e aspectos fisiológicos e comportamentais. “Temos de buscar sustentabilidade baseados em métrica. Há demanda mundial por alimentos e o Brasil não pode desperdiçar a oportunidade”, declarou Pereira. Os países europeus estão pondo fim ao regime de cotas que os limitava na produção de leite. A partir de agora, principalmente Alemanha, Holanda, Dinamarca, Inglaterra, Irlanda e Polônia, serão concorrentes na disputa por mercados. A globalização, presente no setor, atraiu ao Brasil (Bahia) projetos empresariais de produção de leite de holandeses e neozelandes. O Brasil, quinto produtor mundial, produziu 36,8 bilhões de litros de leite em 2014 (o Rio Grande do Sul respondeu com 4,8 bilhões). O consumo per capita brasileiro é de 178 litros por pessoa/ano. Os gaúchos já vendem 60% de sua produção para outros Estados, consumindo internamente 40%. O Fórum Estadual do Leite, promovido pela CCGL e Cotrijal, teve o patrocínio do Sindilat e Senar. (ComEfeito Comunicação Estratégica)
Dolar fecha nova alta e beira R$2,98
A piora da percepção de risco em relação ao Brasil diantes da tensão política entre o governo e a base aliada, que aumenta o risco da implementação do ajuste fiscal, somada ao movimento de fortalecimento do dólar no exterior levou a moeda americana a enconsar em R$3 hoje, fechando no maior patamar desde 19 de agosto de 2004.O avanço também foi impulsionado pela apreensão dos investidores com o futuro da Petrobras e com as mudanças na diretoria do Banco Central brasileiro. Na avaliação de alguns analistas, a nova diretoria do BC sinaliza uma política monetária menos austera no futuro. A moeda norte-americana avançou 1,34 por cento, a 2,7782 reais na venda, após atingir 2,7852 reais na máxima da sessão. A cotação de fechamento é a maior desde 9 de dezembro de 2004 (2,781 reais). Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 900 milhões dólares. A criação de empregos nos EUA acelerou de forma sólida e superou as expectativas do mercado no mês passado, enquanto a renda média mostrou forte recuperação.O resultado jogou um balde de água fria sobre as apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, poderia elevar os juros mais tarde do que o esperado."O mercado vinha trabalhando com alguma possibilidade de o Fed postergar o início do aperto monetário para a segunda metade do ano. Hoje veio um dado extremamente bom, então o mercado está caminhando na direção contrária", disse o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flavio Serrano. Juros mais altos tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro. Esse movimento pode se intensificar se a nova composição do BC brasileiro realmente se traduzir em menos altas da Selic, como alguns investidores temem. O BC anunciou na véspera que Luiz Awazu substituirá Carlos Hamilton Araújo, de perfil mais austero, na diretoria de Política Econômica, que naturalmente tem forte influência sobre a condução da política monetária. Awazu acumulava as diretorias de Assuntos Internacionais e de Regulação. "A impressão é que o BC vai ter uma composição menos rígida, mais tolerante", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. O BC também indicou Tony Volpon, atualmente no banco Nomura, para a diretoria de Assuntos Internacionais. O nome não convenceu os mercados financeiros, que entendem que as últimas projeções sobre a inflação publicadas por ele são "otimistas demais". A pressão sobre o câmbio foi corroborada pela indicação de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras, envolvida em esquema bilionário de corrupção. A indicação do executivo, que atualmente preside o Banco do Brasil, aumentou ainda mais a desconfiança dos investidores sobre o rumo que será dado à estatal."Não vejo um choque de gestão com essa nomeação", disse o estrategista de uma corretora nacional. Nesta manhã, o BC deu continuidade às atuações diárias e vendeu a oferta total de até 2 mil swaps, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 1 mil contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1 mil contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 98 milhões de dólares. O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a 10,438 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 30 por cento do lote total. (Valor Economico)
Desafios para 2015: apesar do custo de produção ser a maior preocupação, clima aparece em destaque, diz pesquisa MilkPoint
Desde o final de 2011, o MilkPoint pergunta aos seus leitores qual é o maior desafio para a produção leiteira no próximo ano. A pesquisa é baseada em um trabalho realizado anualmente pela entidade Australian Dairy Farmers, que avalia a percepção dos produtores australianos a respeito dos principais desafios da atividade. A intenção é fazê-la a cada ano e avaliar as mudanças ao longo dos tempo. A pesquisa do MilkPoint deste ano foi realizada em janeiro, colhendo respostas de todas as regiões do Brasil, com a participação de produtores de leite, profissionais da área industrial, consultores, veterinários, zootecnistas e outros agentes atuantes no setor, oferecendo uma fotografia da percepção a respeito do que espera o setor neste 2015. Com 34,1% dos votos, o Custo de Produção segue, desde a primeira pesquisa, como item de maior preocupação para o setor. As opções Preço do Leite e Clima subiram significativamente em porcentagem e posição, ficando empatadas no segundo lugar. “Chama a atenção a questão climática que, pela primeira vez, teve um volume considerável de indicações e superou as preocupações com qualidade do leite e mão-de-obra”, surpreende-se Marcelo P. Carvalho, Coordenador do MilkPoint. Com efeito, a adequação da qualidade do leite se manteve como o 4º maior desafio, ao passo que a mão-de-obra, que em 2014 ocupou o segundo lugar, em 2015 ficou apenas como a 5º preocupação do setor. A questão climática surge em um cenário de seca em parte do país, notadamente no Sudeste, ocupando as manchetes dos noticiários. Pela primeira vez desde que o trabalho começou a ser realizado, ficou evidente que a preocupação com o clima chegou ao campo, tendo a mesma relevância da variável preço. “A ideia de fazer a pesquisa a cada ano, com os mesmos itens, é justamente captar como a conjuntura do momento afeta a percepção sobre os desafios a enfrentar. Os dados não querem dizer que a questão da mão-de-obra perdeu relevância, mas sim que surgiram, no cenário, fatores mais agudos neste momento, como o preço (que caiu fortemente) e o clima”, explica Marcelo. O gráfico abaixo ajuda a visualizar as mudanças, trazendo a variação das respostas a partir dos “Desafios de 2012”. Apesar do Custo de Produção ter sido votado como o maior desafio, esta variável apresentou este ano a menor porcentagem já registrada, tendo diminuído quase 10 pontos percentuais em relação à pesquisa mais recente. Mão-de-obra, Adequação ambiental e Importações de produtos lácteos também verificaram queda nos valores. Já o Preço do leite, Clima e Outros fatores cresceram 8, 16,6 e 9 pontos percentuais, respectivamente. Preço do leite e Clima foram pautas muito abordadas pelo MilkPoint nos últimos meses. Ao se analisar as respostas por estratos de produção, é possível inferir se há diferenças de percepção sobre os desafios dependendo da categoria produtiva. A tabela abaixo apresenta as respostas dos produtores de leite divididos por estratos produtivos. Pela tabela é possível perceber que os produtores de menor escala distribuem de forma praticamente homogênea a preocupação com preço, custos e clima. A partir de 1000 litros diários, o clima passa a ter porcentagem expressiva, enquanto custo mantem valores relativamente altos. É interessante notar que, à medida que aumenta o volume diário, a indicação do preço como desafio principal vai diminuindo, provavelmente porque os bônus por volume e a possível menor oscilação de preços nas faixas mais altas de produção fazem com que proporcionalmente esse item não seja o mais relevante como desafio, dando lugar aos custos de produção e outros fatores. Apenas 9,1% dos produtores acima de 3.000 litros/dia apontaram o preço como principal desafio para 2015. Participaram da pesquisa deste ano 123 pessoas. (Milkpoint)