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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.456


Jovem ajuda família em produção de leite e mostra resultados de sucessão bem planejada

Com um rebanho de cerca de 80 animais, a família produz em torno de 1.400 litros de leite por dia

No pequeno município de Ibiraiaras, na região nordeste do Rio Grande do Sul, a rotina do jovem Fabrício Daros, de 16 anos, já envolve ajudar a família na produção de leite. “Cada um fica com uma tarefa. Meu pai trabalha mais com a alimentação dos animais, minha mãe tira o leite, e eu colaboro nas lavouras e faço a limpeza dos estábulos”, conta.O apoio dos pais é um incentivo para que Fabrício queira permanecer na atividade rural, um desejo que é diferente do da maioria dos jovens da sua região. “Muitos querem sair, acham o trabalho muito estressante. Mas eu tenho sorte de, na minha família, escutarem minhas ideias e me incentivarem”, relata.A propriedade da família, de 45 hectares, é voltada para a produção de leite e o plantio de lavouras para silagem. Com um rebanho de cerca de 80 animais — dos quais 40 em lactação —, a família produz em torno de 1.400 litros de leite por dia, que são vendidos para a cooperativa Coasa.Cursando o ensino médio, Fabrício pensa em seguir para o curso técnico em agropecuária na sede de Sertão (RS) do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, já investe em sua qualificação fora das salas de aula. O jovem integra o programa Gestores do Futuro, da cooperativa CCGL.A iniciativa, que é voltada para sucessores rurais, oferece ferramentas de gerenciamento e aprimoramento da produtividade e da sustentabilidade nas propriedades leiteiras. “Eu penso em ficar no campo. A minha ideia é aumentar a produção e ser um grande pecuarista no ramo de leite”, afirma. (Globo Rural)

Iogurtes sem refrigeração ganham espaço com foco em praticidade e saúde

Indústria asiática aposta em iogurtes de longa duração com culturas probióticas ativas, alinhando tecnologia e conveniência ao estilo de vida moderno.

A busca por praticidade, saúde e produtos com maior vida útil está impulsionando o desenvolvimento de iogurtes estáveis em temperatura ambiente, especialmente nos mercados asiáticos. Esse formato oferece conveniência ao consumidor moderno, permitindo armazenamento e consumo sem necessidade de refrigeração, sem abrir mão dos benefícios dos probióticos. Culturas vivas após tratamento térmico
Na China, o mercado de iogurte segue em forte expansão, com projeções de crescimento anual composto (CAGR) de 8,52%. O segmento específico de iogurtes estáveis à temperatura ambiente acompanha essa tendência, com um CAGR de 3,6%. Atentas a esse movimento, indústrias têm investido em tecnologias que garantem a presença de culturas vivas mesmo após processos térmicos, adicionando os probióticos após a esterilização ou após a fermentação, assegurando viabilidade microbiana e manutenção do sabor e textura característicos.Evitando a pós-acidificação
Outro avanço interessante explora o uso de bactérias lactose-negativas em combinação com Lactobacillus rhamnosus para controlar a fermentação e a acidez. O objetivo é evitar a fermentação excessiva durante o armazenamento e, assim, ampliar a vida útil do produto sem comprometer suas características funcionais.Adaptações climáticas e culturais
Na Índia, o cenário é semelhante. O mercado de iogurtes deve atingir US$ 50,45 bilhões até 2029, com um crescimento projetado de 8,97% ao ano. A maior consciência em relação à saúde, aliada à demanda por alimentos prontos para consumo, tem favorecido o avanço dos iogurtes probióticos de longa duração. Grandes multinacionais  já atuam no desenvolvimento de formulações adaptadas ao clima local e aos hábitos de consumo indiano, promovendo iogurtes que combinam estabilidade, benefícios funcionais e conveniência.

Esses movimentos mostram como o setor lácteo asiático está se reinventando para acompanhar as transformações nos padrões de consumo. A integração entre inovação tecnológica, microbiologia aplicada e marketing nutricional promete abrir novas fronteiras para os lácteos funcionais — agora, prontos para o consumo a qualquer hora e em qualquer lugar.

As informações são da GrayB, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Proteínas lácteas bioativas: aliadas contra a sarcopenia no envelhecimento

Com alto valor biológico e peptídeos funcionais, proteínas lácteas bioativas ajudam a preservar a massa muscular e a saúde na terceira idade.

As proteínas lácteas bioativas estão ganhando destaque como ingrediente-chave para o envelhecimento saudável, especialmente no combate à sarcopenia — perda de massa e força muscular comum após os 60 anos.

Com a expectativa da OMS de que a população mundial acima dessa idade dobre até 2050, superando 2 bilhões de pessoas, cresce a necessidade de soluções nutricionais que mantenham a funcionalidade, a independência e a qualidade de vida.

Reconhecidas como padrão ouro em nutrição proteica, as proteínas lácteas oferecem alto valor biológico, excelente digestibilidade e um perfil de aminoácidos que atende ou excede as necessidades humanas.

A composição inclui caseínas (80% do total proteico do leite bovino), que liberam aminoácidos de forma lenta, e proteínas do soro (whey protein), de digestão rápida e ricas em leucina — aminoácido que ativa a via mTORC1, essencial para estimular a síntese de proteínas musculares, cuja eficiência tende a diminuir com a idade.

Além de fornecerem todos os aminoácidos essenciais, as proteínas lácteas apresentam peptídeos bioativos com propriedades fisiológicas específicas.

Entre eles, compostos derivados da caseína, como IPP e VPP, demonstraram efeito anti-hipertensivo ao inibir a enzima conversora de angiotensina. Já peptídeos antioxidantes ajudam a neutralizar radicais livres, reduzindo danos oxidativos associados à perda muscular e ao envelhecimento precoce.

Outros, como lactoferrina e lactoperoxidase, exibem ação imunomoduladora, fundamental para idosos que sofrem com a imunossenescência.

Essa combinação de benefícios é particularmente relevante diante do fenômeno chamado inflammaging, caracterizado por inflamação crônica de baixo grau que acelera a perda de massa magra e aumenta a resistência à insulina.

Estudos indicam que certos peptídeos lácteos podem reduzir citocinas pró-inflamatórias como IL-6 e TNF-α, ajudando a frear esse processo.

No contexto da sarcopenia, a whey protein se destaca pela rapidez de absorção e alta concentração de leucina, que ajudam a superar a resistência anabólica típica do envelhecimento.

A ingestão adequada de proteína — especialmente de alta qualidade — é apontada pelo European Working Group on Sarcopenia in Older People como um dos fatores de risco modificáveis mais importantes.

Para a indústria de alimentos, o potencial dessas proteínas impulsiona o desenvolvimento de iogurtes proteicos, bebidas lácteas enriquecidas, sobremesas funcionais e suplementos em pó direcionados a públicos sênior e esportivo.

Cresce também o uso de whey protein hidrolisada, com melhor digestibilidade, solubilidade e liberação controlada de peptídeos bioativos — solução ideal para bebidas ready-to-drink.

Blends que combinam proteínas lácteas, fibras prebióticas e micronutrientes como cálcio, vitamina D e magnésio vêm se consolidando como formulações completas para suporte ao envelhecimento saudável, aproximando o conceito de “alimento como medicina”.

No entanto, ainda existem desafios tecnológicos, como manter estabilidade em pH ácido, evitar sabor residual e preservar a bioatividade durante a pasteurização.

Do lado regulatório, alegações funcionais como “auxilia na manutenção da massa muscular” exigem comprovação científica robusta, e o reconhecimento dessas claims varia conforme a jurisdição.

O mercado está aquecido: segundo a Grand View Research, o setor global de whey protein superou US$ 10 bilhões em 2023, impulsionado não apenas pelo consumo esportivo, mas também pela demanda crescente do público idoso.

Europa e Japão já registram forte penetração de bebidas e suplementos voltados a essa faixa etária, enquanto políticas públicas incentivam dietas que previnam a sarcopenia, reduzindo custos com saúde.

Diante desse cenário, as proteínas lácteas bioativas não apenas alimentam, mas também atuam como ferramenta estratégica para preservar a autonomia e a vitalidade de uma população que envelhece mais — e quer envelhecer melhor.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Ciência do Leite


Mapa publica edital para credenciamento de laboratórios em áreas estratégicas da defesa agropecuária
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicou nesta quarta-feira (23) o Edital SDA/MAPA nº 1/2025, que abre seleção pública para o credenciamento de laboratórios nas áreas de físico-química de produtos de origem animal e vegetal, microbiologia de alimentos e água, resíduos e contaminantes em alimentos, físico-química de alimentos para animais e físico-química de vinhos, bebidas e fermentados acéticos. A medida está alinhada à Portaria nº 747/2024, que modernizou os critérios para credenciamento e fiscalização de laboratórios, conforme as diretrizes da Lei do Autocontrole (Lei nº 14.515/2022). O novo modelo estabelece credenciamentos por meio de editais públicos, tornando o processo mais transparente e alinhado às prioridades nacionais da defesa agropecuária. Na mesma data, foi publicada a Portaria nº 819/2025, que altera o art. 43 da Portaria nº 747/2024, permitindo a alteração dos responsáveis técnico, pela direção e pela qualidade nos credenciamentos ainda vigentes sob a Instrução Normativa nº 57/2013. A medida visa adequar a dinâmica das relações de trabalho, assegurando a continuidade adequada da operação dos laboratórios até o prazo limite previsto no art. 42 da Portaria nº 747/2024. Segundo Fabrício Pedrotti, coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários da SDA, “o novo processo de credenciamento é mais dinâmico, prioriza demandas estratégicas da defesa agropecuária e incorpora avanços legais dos últimos anos e a exigência de critérios técnicos mais robustos”. Com a nova regulamentação, o credenciamento passa a ter validade de 10 anos, e os laboratórios interessados deverão atender aos requisitos técnicos, operacionais e legais definidos no edital e na legislação aplicável. Os credenciamentos atualmente em vigor, com base na Instrução Normativa nº 57/2013, continuarão válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação. Com a nova regulamentação, o credenciamento passa a ter validade de 10 anos, e os laboratórios interessados deverão atender aos requisitos técnicos, operacionais e legais definidos no edital e na legislação aplicável. Os credenciamentos atualmente em vigor, com base na Instrução Normativa nº 57/2013, continuarão válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação. A publicação do edital representa um marco na modernização do sistema laboratorial que apoia as atividades oficiais de defesa agropecuária no Brasil. (MAPA)


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Porto Alegre, 11 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.455


Dinâmica das Exportações de Leite do Uruguai

Exportações uruguaias de leite ganham força no 1º semestre, após estoques formados no 2º. Veja como essa dinâmica afeta o mercado lácteo brasileiro.As importações são tema bastante popular e recorrente no mercado lácteo brasileiro. Mesmo com crescimento expressivo da produção brasileira este ano, a balança comercial do setor está constantemente atenta aos volumes provenientes de países como Uruguai e Argentina. Neste contexto, é importante monitorar a produção destes países, parceiros do Brasil no Mercosul para entender a pressão externa sobre o mercado interno e os possíveis impactos sobre preços e oferta. Assim, vamos explorar neste artigo como funciona a dinâmica de exportação do Uruguai e a formação de seus estoques, elementos fundamentais para compreender o comportamento das exportações uruguaias e seus possíveis efeitos no mercado brasileiro.Por que analisar Uruguai e Argentina ?
O Uruguai integra o Mercosul, assim como o Brasil, e por isso as importações de produtos lácteos uruguaios entram no mercado brasileiro com alíquota zero de importação. Isso garante aos países do bloco, como Uruguai e Argentina, acesso preferencial ao mercado brasileiro, em comparação a exportadores de fora do Mercosul, como Nova Zelândia e Estados Unidos, que enfrentam tarifas de importação mais elevadas (de forma geral, a alíquota de importação de fora do Mercosul é de 28%).  

Como funciona a dinâmica de produção e exportações lácteas no Uruguai?
O Uruguai exporta porcentagem do volume de leite que produz e a sua pecuária leiteira é predominantemente baseada em sistemas a pasto. Por conta disso, a disponibilidade de alimento para os animais no Uruguai depende fortemente da sazonalidade e da qualidade das pastagens, que variam ao longo do ano. 

Essa característica determina uma curva de produção marcadamente sazonal: a produção é menor no primeiro semestre e mais elevada no segundo semestre. No semestre, fatores como calor excessivo, menor crescimento das pastagens e o possível estresse térmico nos animais limitam significativamente o potencial produtivo. Já no 2º semestre, o pico de produção costuma ocorrer entre setembro e novembro, período em que a qualidade e a quantidade de pasto são maiores, impulsionando o volume produzido de leite. 

Como funciona a curva de exportação do UY ?
Esse é o tema central desta análise: embora o Uruguai produza mais leite no segundo semestre (H2), é no primeiro semestre do ano seguinte (H1) que as exportações ganham força. Ou seja, há uma formação de estoques no segundo semestre, que sustenta o ritmo de exportações no início do ano seguinte  — como demonstrado no gráfico 1 abaixo. 

Gráfico 1. Evolução semestral da produção e exportação de leite no Uruguai. 

Apesar de ser uma análise simples, o resultado é bastante interessante: em média, o volume exportado representa uma fatia maior da produção no primeiro semestre e uma participação menor no segundo. 

Outro ponto importante é a sazonalidade da produção. Historicamente, o volume produzido no segundo semestre é, em média, 30% superior ao do primeiro semestre. No entanto, embora as exportações também cresçam nesse período, seu avanço é proporcionalmente menor. Esse descompasso sazonal entre produção e exportação faz com que o segundo semestre assuma um papel de formação de estoques. Com base nestes dados podemos inferir que existe uma dinâmica na formação de estoques e exportação no Uruguai, sendo o segundo semestre mais propenso a esse comportamento de formar estoques. Os dados indicam que o país tende a apresentar um maior apetite por exportações no primeiro semestre do ano, o que pode indicar uma maior oferta de produto uruguaio no primeiro semestre do ano que vem.   (Milkpoint)


Consumo de leite | Leite e cultura alimentar brasileira: tradição, ciência e indústria
Com 116,7 litros por habitante ao ano, o leite segue vital na cultura alimentar brasileira, unindo tradição, nutrição e inovação.O leite na cultura alimentar brasileira não é apenas uma bebida: é um símbolo cultural, um elo histórico e um recurso estratégico para a nutrição e a indústria.Segundo o Censo Agropecuário do IBGE, cada brasileiro consome em média 116,7 litros por ano — um índice que reflete mais que preferência, revelando milênios de hábitos alimentares, evolução biológica e avanços tecnológicos.

Desde a Revolução Agrícola, há cerca de 10 mil anos, o ser humano passou a extrair leite de animais domesticados e se tornou a única espécie que mantém esse hábito na vida adulta.

Essa familiaridade é tamanha que até detalhes simples, como a cor do leite, despertam curiosidade.

A cor branca predominante está ligada principalmente à caseína, proteína que representa cerca de 80% do total presente no leite, explica a mestre em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia Mariana Munik.Ela ressalta que a alimentação dos animais, a espécie e as condições de armazenamento também influenciam a tonalidade, que pode ir de branco puro a levemente amarelado.

Importância do leite no crescimento de crianças e adolescentes
Entre os jovens, a importância do leite é respaldada por estudos científicos. Um artigo publicado no The Journal of Nutrition mostrou que, para cada 236 ml adicionais consumidos por dia durante a infância e adolescência, a estatura média aumentava 0,39 cm.

Esse dado reforça o papel do leite e dos derivados no desenvolvimento físico de crianças e adolescentes, especialmente em fases de crescimento acelerado.

Tecnologia UHT e o papel na cultura alimentar brasileira
No setor industrial, o leite longa vida processado por UHT (ultra-high temperature) se consolidou como padrão. Após a coleta, o produto passa por testes de qualidade e resfriamento antes de ser submetido a um choque térmico que alterna 140°C de calor e 1°C de frio.

Esse método elimina 99,9% das bactérias, garantindo segurança alimentar e maior prazo de validade, sem necessidade de refrigeração imediata.

O processamento UHT foi determinante para expandir a logística do leite no Brasil, permitindo que a bebida chegue a regiões remotas e fortalecendo a presença do produto nas gôndolas durante todo o ano.

Intolerância à lactose e APLV: diferenças que importam para o consumidor
No campo da saúde, é essencial distinguir intolerância à lactose e APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca).

A nutricionista Yumi Kuramoto explica que a intolerância à lactose ocorre quando há deficiência na produção de lactase, enzima responsável por digerir a lactose, o açúcar natural do leite.

Hoje, o mercado já oferece ampla variedade de produtos sem lactose, além de tratamentos específicos que permitem manter o consumo sem desconfortos.

Já a APLV exige cuidado redobrado: trata-se de uma reação imunológica à caseína e outras proteínas do leite, independentemente de conter ou não lactose.

Nessas situações, é necessário eliminar completamente o leite e seus derivados da dieta, pois mesmo versões sem lactose mantêm a presença da caseína.

O futuro do leite na cultura alimentar brasileira e na economia
O consumo de leite no Brasil está profundamente ligado à economia rural e à identidade nacional. Pequenos e grandes produtores alimentam um mercado que movimenta bilhões de reais por ano e gera empregos diretos e indiretos em toda a cadeia — da ordenha à prateleira.

O produto também é um aliado estratégico para a segurança alimentar, fornecendo cálcio, proteínas de alto valor biológico e micronutrientes essenciais.

A ciência e a indústria trabalham lado a lado para otimizar a produção, aumentar a qualidade e oferecer alternativas para diferentes perfis de consumidores, incluindo os com restrições alimentares.

O leite brasileiro carrega a tradição no sabor, a ciência no processamento e a força de um setor que, apesar dos desafios, continua a ocupar espaço central na mesa e na cultura alimentar do país.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O Hoje

Conseleite Minas Gerais
A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 07 de Agosto de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 
a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2025 a ser pago em Agosto/2025.
 
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.
 
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.  

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto. O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download. Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável. Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou. Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS CLICANDO AQUI. (Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 08 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.454


Queijos Maturados | Parmesão da RAR brilha no Prêmio Queijo Brasil 2025 com medalha de ouro 

O Parmesão da RAR Gastronomia foi eleito o melhor do país no principal concurso de queijos artesanais e industriais, consolidando a excelência do produto gaúcho.O Queijo Parmesão da RAR Gastronomia conquistou medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil 2025, o maior e mais prestigiado concurso nacional dedicado à produção artesanal e industrial de queijos.
O reconhecimento foi anunciado em julho, consagrando a unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, com sede em Vacaria (RS), como referência de qualidade no setor lácteo brasileiro.A premiação, realizada anualmente, reúne os melhores produtores, especialistas e entusiastas da gastronomia para avaliar e celebrar a diversidade dos queijos brasileiros.O júri técnico, composto por profissionais da cadeia láctea, elegeu o Parmesão da RAR Gastronomia como destaque absoluto entre centenas de amostras inscritas de todo o país.

Com maturação de seis meses, textura firme e sabor marcante, o Parmesão da RAR se posiciona entre os queijos de alta gastronomia com DNA nacional.

“Este reconhecimento é um testemunho da nossa incansável busca pela excelência. O prêmio reflete o cuidado com cada etapa: da escolha da matéria-prima até o processo de maturação”, destaca Sergio Martins Barbosa, presidente executivo da RAR Agro & Indústria.

Tradição italiana, qualidade brasileira
A RAR não é novata quando o assunto é inovação no mercado de queijos. Nos anos 1990, sob a liderança visionária do fundador Raul Anselmo Randon, a empresa foi pioneira na produção do queijo Tipo Grana fora da Itália, lançando a marca Gran Formaggio RAR, hoje considerada uma das mais sofisticadas do país.

Com mais de três décadas de trajetória na produção de queijos maturados de padrão internacional, a RAR Gastronomia alia tecnologia, respeito às tradições e um processo artesanal rigoroso que garante identidade e qualidade ao Parmesão agora premiado.

Um portfólio com sabor global
Além da produção própria, a RAR Agro & Indústria mantém um diversificado portfólio voltado à alta gastronomia. Entre os destaques estão:

Queijos e acetos balsâmicos italianos, presuntos e salames da Itália e Espanha
Azeites de oliva chilenos e azeite premium nacional, extraído de oliveiras próprias
Creme de leite fresco e manteiga
Vinhos e espumantes nacionais e importados, com 36 rótulos sob curadoria própria
 

Com sede em Vacaria, na Serra Gaúcha, a empresa também é uma das maiores produtoras e comercializadoras de maçã do Brasil — atividade que deu origem ao grupo na década de 1970. A expansão para os laticínios e derivados veio com o mesmo compromisso com a inovação e a sustentabilidade.

Reconhecimento que impulsiona o setor
A conquista da medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil 2025 reforça o posicionamento da RAR como uma das líderes em qualidade no segmento de queijos maturados.

Mais que um prêmio, o reconhecimento simboliza a capacidade do setor lácteo brasileiro de produzir alimentos com padrão internacional, preservando o terroir e o saber fazer local.

O Prêmio Queijo Brasil vem ganhando importância ano após ano e já é considerado uma vitrine estratégica para negócios, especialmente em um mercado que busca diferenciação, rastreabilidade e valor agregado.

Com um parmesão que rivaliza com os melhores da Europa, a RAR abre espaço para queijos brasileiros ganharem protagonismo não apenas nas mesas locais, mas também nos mercados internacionais. (Edairy News)


 

O leite como ativo estratégico global e regional

Futuro do leite no RS passa por consolidar essa vocação com políticas públicas eficazes, fortalecimento das cooperativas e estímulo à industrialização regional

Por Deniz Anziliero, diretor da Escola do Agronegócio da Atitus Educação

A produção de leite e seus derivados está em franca expansão no mundo. A previsão é de um crescimento de 17% na demanda global até 2034, impulsionada pela busca por proteínas de alta qualidade nutricional, de acordo com Organizações para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

Nos Estados Unidos, por exemplo, o soro de leite, antes considerado resíduo, tornou-se insumo valioso e hoje, move bilhões ao ser transformado em proteína em pó para suplementos e medicamentos.

No Brasil, embora o potencial produtivo seja alto, ainda importamos volumes expressivos de leite. Em 2024, as importações chegaram a 2,3 bilhões de litros (em equivalente-leite), enquanto as exportações foram pouco expressivas, sinalizando o desafio da competitividade e da valorização do produtor nacional.

É nesse contexto que, aproveitando minha participação na Agroleite, uma das maiores feiras do setor no país, realizada de 5 a 8 de agosto, em Castro (PR), compartilho uma reflexão sobre o papel estratégico do leite para o Rio Grande do Sul. 

O evento, promovido pela Castrolanda, mostra como o setor pode ser um motor de desenvolvimento quando apoiado por inovação, gestão e cooperação. E é nesse modelo que o RS pode se inspirar para se consolidar como protagonista.

Nosso estado é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com mais de 4,4 bilhões de litros anuais. A cadeia produtiva está presente em 493 dos 497 municípios gaúchos, gerando renda, fixando famílias no campo e movimentando R$ 6,6 bilhões por ano. A Região Noroeste se destaca como epicentro da produção: Ijuí, Santa Rosa e Passo Fundo lideram o envio de leite cru para industrialização.

A recente inauguração da Whey do Brasil, em Palmeira das Missões, é um marco que mostra o quanto podemos avançar na agregação de valor e industrialização local. A planta, formada por um consórcio de laticínios gaúchos, tem capacidade para processar 1,4 milhão de litros por dia, transformando-os em proteína de alto valor agregado.

O futuro do leite no RS passa por consolidar essa vocação com políticas públicas eficazes, fortalecimento das cooperativas e estímulo à industrialização regional. O leite já é essencial para a economia gaúcha, agora precisa ser reconhecido como ativo estratégico para o desenvolvimento sustentável de nosso estado.

As informações são de GZH

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1879 de 07 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em várias regiões, os rebanhos apresentam estado corporal e produtivo adequados, favorecidos pelo clima mais ameno, que proporcionou conforto, bem-estar animal e manutenção da produção. Em alguns locais, a elevação das temperaturas no início da semana também estimulou o aumento de produção. Por outro lado, em áreas com excesso de chuvas e baixa radiação solar, houve dificuldades de manejo, formação de barro e maior risco de mastites, exigindo suplementação. O retorno do frio e da umidade no final do período voltou a limitar o desempenho dos rebanhos, embora os aspectos sanitários tenham permanecido satisfatórios.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite se manteve estável, e as condições sanitárias e corporais dos animais estão ideais. Os campos de azevém e de aveia têm sido destinados às vacas em produção. 

Na de Caxias do Sul, as vacas em lactação pastejaram principalmente nas áreas de trigo, mas utilizaram também as de azevém e de aveia, além de terem sido beneficiadas com suplementação alimentar para conservar o escore corporal. A saúde e o bem-estar dos animais ficaram apropriados. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Padrão em Placas (CPP) permaneceram em conformidade com os padrões de qualidade exigidos.

Na de Erechim, os aspectos sanitários e nutricionais estão adequados, apesar de registros pontuais de perda de escore corporal em propriedades sem acesso à forragem de qualidade. De maneira geral, foi possível reduzir a quantidade de alimentação suplementar. A produção ficou estável.

Na de Frederico Westphalen, foi possível diminuir a quantidade de alimentos concentrados na dieta dos animais e consequentemente os custos de produção. Houve leve aumento na produção, resultado do maior tempo de pastejo e do conforto dos animais, situação também verificada na de Santa Maria.

Na de Ijuí, a produção de leite aumentou, sobretudo nas propriedades com sistema de criação a pasto, e observou-se melhora nos padrões de qualidade do leite. As condições climáticas na maior parte do período foram favoráveis ao manejo de alimentação e de ordenha dos animais. O rebanho apresentou condição corporal adequada. 

Na de Passo Fundo, as condições climáticas proporcionaram bem-estar aos rebanhos, e o escore dos animais aumentou. As vacas secas foram mantidas nas pastagens e receberam complementação com sal mineral.

Na de Porto Alegre, os custos de produção seguiram elevados devido à necessidade de suplementação alimentar do rebanho. 

Na de Soledade, nas propriedades onde houve atraso na semeadura das pastagens, e o rebanho não conseguiu pastejar plenamente, a dieta foi complementada com volumosos conservados, como silagem de milho. 

Na de Pelotas, algumas propriedades enfrentaram problemas de energia elétrica, o que prejudicou o manejo e a ordenha. De maneira geral, as condições climáticas contribuíram para o bem-estar animal e para a manutenção do volume de produção. Porém, também ocorreram precipitações no final do período, dificultando os manejos e aumentando o risco de ocorrência de mastites.

Na de Santa Rosa, a produção de leite aumentou, e houve redução da necessidade de suplementação alimentar. As condições climáticas foram benéficas para o bem-estar animal. Cresceu o interesse de produtores por sistemas intensivos como compost barn e free stall. (As Emater/RS adaptado pelo Sindilat/RS)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº  32/2025 – SEAPI
Os últimos sete dias alternaram períodos de temperatura alta, chuva e frio no RS.Na bovinocultura de leite, as temperaturas mais elevadas no início do período contribuíram com o conforto dos animais, favorecendo a manutenção ou o aumento da produção em várias regiões. A elevação das temperaturas estimulou o desempenho produtivo, especialmente nos sistemas a pasto. Por outro lado, o retorno do frio e da umidade ao final da semana limitou o desempenho dos rebanhos, embora os aspectos sanitários tenham permanecido satisfatórios.A próxima semana permanecerá com temperaturas baixas no RS. Nesta sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano manterá a nebulosidade em todas as regiões, com pancadas de chuva nos setores Leste e Norte. No sábado (9) e domingo (10), o ingresso de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas, e formação de geadas.Entre a segunda (11) e quarta-feira (13), o frio se intensificará, com mínimas próximas de 0°C e formação de geadas na maioria das regiões. Os volumes previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm nas faixas Leste e Norte, e poderão superar 40 mm no Noroeste Gaúcho. Na Metade Sul e Fronteira Oeste não há previsão de chuva significativa. (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação)


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Porto Alegre, 07 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.453


Balança comercial de lácteos apresenta recuos em julho
 
Déficit da balança de lácteos chegou a 166,4 mi de litros em julho. Exportações crescem 8%, mas seguem modestas frente às importações, que voltaram a subir. Saiba mais!
 
O saldo da balança comercial de lácteos apresentou recuo no mês de julho. Com um total de -166,4 milhões de litros em equivalente-leite, uma queda de 15,4 milhões de litros em relação ao mês anterior.
 
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Em julho, as exportações de lácteos somaram 5,4 milhões de litros em equivalente-leite, apresentando uma avanço de 8% em relação ao mês anterior, mas um recuo de 24,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Apesar do crescimento percentual mensal parecer alto, os volumes de importações seguem em patamares baixos.
 
Destaques para Exportações de lácteos – Julho:
 
● Leite condensado: Aumento de aproximadamente 405 toneladas. Variação de +97% em relação a junho
● Cremes de leite: Aumento de aproximadamente 182 toneladas.  Variação de +41% em relação ao mês anterior
● Leites em pó: Queda de aproximadamente 50 toneladas. Variação de -59% em relação a junho
 
Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As importações totalizaram 171,8 milhões de litros em equivalente-leite em julho, aumento mensal de 10,1%, próximo ao valor registrado em maio deste ano. Em relação a julho de 2024, a redução foi de aproximadamente 30%.
 
Importações de lácteos – Julho:
 
● Leite em pó desnatado: Aumento de aproximadamente 1.300 toneladas. Variação de +15% em relação ao mês anterior
● Soro de leite: Aumento de aproximadamente 266 toneladas. Variação de +21,2%
● Leite em Pó integral: Queda de 4%. Aproximadamente -330 toneladas
 
 
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de julho e junho de 2025.
 
Tabela 1. Balança comercial de lácteos em julho de 2025
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 
 
Tabela 2. Balança comercial de lácteos em junho de 2025
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 
 
O que podemos esperar para os próximos meses?
Os preços no mercado internacional, que vinham registrando quedas, passaram a indicar sinais de estabilidade nas últimas semanas — movimento evidenciado no 385º leilão do GDT, que apontou inclusive alta nos valores dos leites em pó. Esse cenário de preços mais firmes pode limitar as importações. Ainda assim, os preços do leite em pó oriundo do Mercosul continuam mais competitivos no mercado brasileiro. A expectativa de uma oferta elevada nos próximos meses, especialmente na Argentina e no Uruguai — principais parceiros comerciais do Brasil —, pode voltar a exercer pressão sobre os preços. Nesse contexto, o câmbio surge como fator decisivo: o dólar, oscilando próximo aos R$5,50, continua favorecendo as importações.
 
As informações são do Milkpoint 

Consumo global de laticínios deve disparar até 2035

Crescimento populacional e aumento da renda devem impulsionar a demanda por laticínios, com destaque para queijo, manteiga e leite em pó nos países em desenvolvimento.Os produtos lácteos são componentes-chave das dietas dos consumidores em todo o mundo. Espera-se que o aumento da renda e da população impulsione ainda mais o crescimento do consumo de produtos lácteos na próxima década.Como o consumo global de laticínios vai mudar

Gráfico 1. Consumo de produtos lácteos frescos e processados (ano-calendário)

Embora o processamento aumente a vida útil do leite, a maior parte dos laticínios é consumida na forma de produtos frescos, como leite líquido e iogurte (incluindo os fermentados e pasteurizados). Nos países em desenvolvimento, espera-se que o consumo per capita de produtos lácteos frescos aumente em 18%, enquanto nos países desenvolvidos se prevê uma pequena queda de 1% per capita.

O consumo per capita de produtos lácteos processados deve crescer tanto em países em desenvolvimento (+16%) quanto em países desenvolvidos (+6%).

Globalmente, espera-se que o queijo apresente o maior crescimento per capita entre os produtos lácteos processados, com 13% nos países em desenvolvimento e 8% nos desenvolvidos ao longo da próxima década. Manteiga, leite em pó integral (LPI) e leite em pó desnatado (LPD) também devem registrar aumentos significativos no consumo per capita em nível global.
 
Demografia e crescimento econômico são os principais impulsionadores
A população mundial deverá atingir 8,7 bilhões até 2033, em comparação com 8 bilhões em 2023. Em países de baixa renda, o crescimento populacional será um dos principais motores do aumento da demanda por laticínios (OCDE/FAO). 

Nos países em desenvolvimento, o aumento da renda é um fator mais influente do que nos países desenvolvidos na condução do consumo de laticínios. Globalmente, o crescimento econômico deverá se estabilizar em uma taxa média de 3,0% ao ano na próxima década, enquanto as economias em desenvolvimento devem crescer mais rapidamente. Níveis mais altos de renda estão correlacionados ao aumento da demanda por alimentos de maior valor e dietas mais ocidentais, incluindo produtos lácteos. A Ásia continuará a apresentar o crescimento mais forte na demanda por laticínios, mas o Oriente Médio e a África também devem experimentar um crescimento robusto.

Os laticínios continuarão a ser um componente essencial — e cada vez mais importante — da dieta dos consumidores, e a demanda tende a superar a produção em muitas regiões exportadoras. Segundo a IFCN, ao longo da próxima década, até 2035, a autossuficiência da Europa em laticínios cairá de 115% para 110%, com a demanda superando a oferta até 2030.

Mudanças nas preferências dos consumidores
Laticínios frescos: O consumo mundial per capita de produtos lácteos frescos deve crescer 11% na próxima década, impulsionado principalmente pela Índia e pelo Paquistão, devido ao crescimento da renda e da população. Enquanto isso, a demanda per capita por leite líquido, em particular, está em queda na Europa e na América do Norte.
 
Laticínios processados: O total de produtos lácteos processados deve apresentar forte crescimento tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Índia e Paquistão também são responsáveis pela maior parte do crescimento previsto no consumo de sólidos do leite, embora sejam em grande parte autossuficientes em suprimento de laticínios.
Os avanços globais na infraestrutura de processamento e logística vão acelerar esse crescimento. O consumo na China e no sudeste asiático ainda é muito menor do que na UE e América do Norte, o que abre espaço para crescimento, especialmente nos setores de food service e lanches. O consumo de queijo está fortemente relacionado à renda e, atualmente, a maior parte é consumida na Europa e América do Norte, onde se prevê aumento em ambas as regiões.

A demanda por manteiga vem se recuperando na América do Norte e sudeste asiático, embora seu uso seja, em sua maioria, como ingrediente. O crescimento significativo do consumo per capita de manteiga virá dos países em desenvolvimento, onde é considerada um produto mais luxuoso. No entanto, o consumo per capita de manteiga na UE deve se estabilizar ao longo da próxima década, devido à crescente preferência dos consumidores por dietas com menor teor de gordura. Contudo, essa tendência pode ser contrariada pelo interesse crescente em alimentos menos ultraprocessados.

A popularização dos medicamentos para emagrecimento com GLP-1 em países ocidentais pode impactar a demanda por laticínios com alto teor de gordura, ao mesmo tempo em que abre oportunidades para produtos com alto teor de proteína e baixo teor de gordura, como pós proteicos, iogurtes e leite.

O setor de manufatura continuará a dominar o uso de  leite em pó integral e leite em pó desnatado, especialmente para nutrição infantil e geriátrica, bem como como alternativa aos laticínios frescos. À medida que os mercados em desenvolvimento amadurecem e se tornam mais economicamente poderosos, a transição de pós lácteos com gordura vegetal (mais baratos) para leite em pó integral e outros produtos com gordura láctea pode aumentar a competição por essas gorduras com os mercados já estabelecidos, pressionando os preços.

A demanda global por proteína continuará crescendo, com as tendências de saúde e bem-estar impulsionando a demanda por soro de leite (whey) e produtos à base de whey.

As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Exportações de lácteos do Uruguai crescem 9% no 1º semestre 

Exportações de lácteos do Uruguai cresceram 9% em valor no 1º semestre de 2025, impulsionadas por melhores preços internacionais e foco em produtos premium.

As exportações de lácteos do Uruguai registraram um crescimento de 9% em valor no primeiro semestre de 2025, segundo dados divulgados pela consultoria Blasina y Asociados com base em informações das Aduanas.

Este resultado reflete uma recuperação do mercado internacional de lácteos e destaca a importância crescente dos produtos com maior valor agregado.

Leite em pó puxa alta no valor exportado
O principal responsável por esse avanço foi o leite em pó, que segue como carro-chefe nas exportações uruguaias. Com demanda aquecida especialmente em mercados estratégicos como China e Brasil, o produto respondeu por uma fatia significativa da receita total gerada pelo setor.

Apesar da volatilidade que caracteriza esses dois mercados, o desempenho do leite em pó confirma sua relevância para a balança comercial do setor lácteo.

Queijos ganham protagonismo e agregam valor
Os queijos aparecem em segundo lugar como destaque na pauta exportadora. A diversidade de tipos, formatos e usos permite aos exportadores maior estabilidade frente às oscilações do mercado de commodities.

Esse comportamento mais resiliente dos queijos favorece margens mais atrativas e consolida o produto como uma alternativa estratégica para diversificação.

Crescimento em valor, mas não em volume
Apesar dos bons resultados em valor, nem todos os indicadores são positivos. Alguns segmentos, como os produtos classificados como “confidenciais” — entre eles, lactose e caseína —, além de outros derivados, registraram queda em volume.

Isso demonstra que o avanço não foi uniforme e levanta a necessidade de ajustes estratégicos para garantir competitividade em toda a gama de produtos.

Exportações mês a mês: 2025 supera 2024 em início de ano
De acordo com o gráfico elaborado pela ByA com base em dados aduaneiros, as exportações de lácteos uruguaios em 2025 iniciaram o ano com desempenho superior a 2024.

Em janeiro, os embarques somaram cerca de US$ 78 milhões, acima do mesmo mês do ano anterior.

Embora fevereiro tenha mostrado leve queda, os meses seguintes mantiveram uma trajetória de recuperação, com destaque para junho, quando as exportações superaram novamente os US$ 70 milhões.

Essa recuperação parcial mostra que, além da valorização dos preços, houve esforços para manter ou aumentar o volume exportado de produtos-chave.

Ainda assim, o desempenho anual dependerá do comportamento dos mercados internacionais no segundo semestre.

Abertura de mercados e eficiência são essenciais
Especialistas consultados reforçam que, para manter a trajetória positiva, a indústria láctea uruguaia precisa continuar investindo em eficiência produtiva e na diversificação da oferta.

A abertura de novos mercados e a consolidação de parcerias comerciais com países como México, Argélia e países do Sudeste Asiático podem ser determinantes.

Além disso, o acompanhamento contínuo das tendências de consumo global — como a preferência por produtos com origem rastreável, naturais e com propriedades funcionais — poderá orientar o desenvolvimento de produtos de maior valor agregado e abrir novas frentes comerciais.

Perspectivas para o segundo semestre
Com o segundo semestre em andamento, as expectativas giram em torno da manutenção da demanda nos principais destinos.

Brasil, que continua sendo um dos maiores importadores de leite em pó uruguaio, pode enfrentar oscilações em função da produção interna e do câmbio.

Já a China, apesar de ter reduzido parte de suas compras em anos anteriores, segue como um mercado estratégico.

O desafio, portanto, será aproveitar as janelas de oportunidade mantendo competitividade e qualidade. Para isso, o papel dos acordos comerciais e das certificações sanitárias será cada vez mais relevante.

*Adaptado para eDairyNews BR, com informações de eDairyNews ES


Jogo Rápido

Leite destaca a Expointer como palco da superação do Rio Grande do Sul durante lançamento em Brasília
O atual momento que passa o Brasil, o endividamento dos produtores e a grandeza da Expointer como o maior palco do agronegócio gaúcho foram temas em destaque durante o lançamento inédito da 48ª Expointer em Brasília, nesta quarta-feira (6/8), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O evento contou com a presença do governador Eduardo Leite, do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, e de diversas lideranças políticas, reunindo cerca de 200 pessoas. "Estamos lançando a Expointer, pela primeira vez, em Brasília, no coração político do país, para mostrar a força do agro gaúcho e chamar a atenção do governo federal e do Congresso para a necessidade de medidas concretas de apoio aos nossos produtores. Depois de uma sequência de estiagens e das enchentes de 2024, que tanto impactaram o setor, esta feira simboliza a capacidade de reação do Rio Grande e será um palco de diálogo para defender quem empreende e gera riqueza no campo", afirmou Leite. "Mesmo diante de todos os desafios, temos uma grande expectativa para esta edição da Expointer. No ano passado, superamos obstáculos e alcançamos resultados históricos; agora, com mais de 450 expositores da agricultura familiar e um volume de negócios que deve ultrapassar R$ 8 bilhões, a feira será novamente um motor de ânimo para os gaúchos e uma vitrine para lembrar ao Brasil que apoiar a nossa produção rural é investir no desenvolvimento de todo o país", acrescentou o governador. Lançada pela primeira vez fora do Estado - nesta terça-feira (5/8) ocorreu em São Paulo -, a Expointer ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a Expointer reúne milhares de pessoas em nove dias de evento. Em 2024, fechou com R$ 8,1 bilhões em negócios. (As informações são da Secom editadas pelo Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 06 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.452


GDT 385: estabilidade de preços no mercado internacional
 
Preços do leite em pó voltam a subir no GDT e sinalizam possível retomada da demanda global. Veja como isso pode influenciar as importações no Brasil.
 
No 385º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 5 de agosto, o preço médio dos produtos negociados foi de US$4.249 por tonelada, refletindo um mercado ainda estável, como visto no último evento. O Price Index registrou alta de 0,7%, impulsionado pelo expressivo aumento no volume negociado.
 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O leite em pó integral, principal item negociado e referência de preços no GDT, registrou sua segunda valorização consecutiva após quatro quedas seguidas, sinalizando uma possível recuperação da demanda internacional, que é reforçado pelo aumento no volume negociado. O produto teve alta de 2,1%, com preço médio de US$4.012 por tonelada. Já o leite em pó desnatado também apresentou avanço, embora mais moderado, de 0,4%, fechando a US$2.085 por tonelada.
 
Gráfico 2. Preço médio LPI

Além dos leites em pó, também foi registrada alta para Gordura Anidra de Leite (+1,2%), encerrando o evento com preço médio de US$ 7.081 por tonelada. A Lactose, por sua vez, não foi ofertada neste leilão.
 
Entre os produtos que apresentaram queda, a Manteiga recuou 3,8%, com o preço fechando em US$ 7.214 por tonelada. Apesar da retração, os preços ainda se mantêm elevados. O Leitelho em pó também teve queda, de 2%, encerrando o evento com preço médio de US$ 3.050 por tonelada.
 
Para o queijo cheddar, o movimento foi praticamente estável, com leve ajuste de -0,6%, resultando em US$ 4.575 por tonelada. A muçarela também mostrou estabilidade, com recuo de apenas 0,1%, encerrando o evento a US$ 4.690 por tonelada.
 
A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.
 
Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 05/08/2025.

Volume negociado mostra certo padrão
O volume negociado neste leilão totalizou 37 mil toneladas, representando um aumento de 52,5% em relação ao evento anterior. Embora o crescimento seja expressivo, esse tipo de variação é recorrente nessa época do ano, conforme observado em anos anteriores. Ainda assim, em comparação com o primeiro leilão de agosto de 2024, o volume atual é 3% superior.
 
Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NDX apresentaram valorização consistente até o final do ano, quando comparados aos fechamentos de julho. No entanto, o movimento de queda gradual entre os meses ainda se mantém, indicando um mercado com tendência de acomodação nos preços ao longo do tempo.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
A estabilidade observada nos dois últimos leilões do GDT pode representar um sinal positivo para o mercado brasileiro. Como os preços praticados no Mercosul, principal origem das importações do Brasil, tendem a acompanhar as tendências desse indicador, a interrupção nas quedas nos preços pode limitar um eventual avanço das importações. Esse movimento tende a favorecer a competitividade do produto nacional no curto prazo, contribuindo para manter o cenário atual de preços.
 
Onde se atualizar sobre o mercado lácteo?
Quer entender melhor como essas dinâmicas globais influenciam o mercado interno e o que esperar dos próximos meses? Esses e outros temas centrais para a tomada de decisão na cadeia do leite estarão em debate no Fórum MilkPoint Mercado 2025, que acontece em 19 de agosto, em Goiânia e também no formato online. Com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, o evento reunirá os principais especialistas e agentes do setor para discutir cenários, tendências e estratégias diante das mudanças que impactam a competitividade e a rentabilidade da produção no Brasil. (Milkpoint)


Argentina lidera o crescimento global de laticínios

Segundo o USDA, a Argentina vai liderar o crescimento global na produção de leite em 2025, alcançando 11,4 bilhões de litros. Entenda!A Argentina está emergindo como líder indiscutível no crescimento da produção de laticínios entre as potências exportadoras para 2025, de acordo com projeções recentes do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O país deve experimentar um aumento impressionante de produção de 4,5%, equivalente a um volume total de 11,4 bilhões de litros. Este aumento significativo, em linha com as estimativas do Observatorio de la Cadena Láctea (OCLA), marca uma sólida recuperação econômica para o setor. Comparativamente, os Estados Unidos e a Nova Zelândia também estão experimentando crescimento, embora em um ritmo mais moderado de 1,1% e 1%, respectivamente. Em contraste, a União Europeia enfrenta uma ligeira contração devido às regulamentações ambientais, e a Austrália é afetada por secas severas. Este contexto global oferece à Argentina oportunidades significativas, já que o consumo de laticínios deverá crescer 10% a médio prazo, segundo pesquisa da Federação Internacional de Laticínios , com queijo e manteiga como os produtos mais dinâmicos. Analistas enfatizam a necessidade de o setor se concentrar na sustentabilidade ambiental, no bem-estar animal e na promoção do valor nutricional para garantir a liderança a longo prazo.

As informações são do DairyNews.today, traduzidas pela equipe MilkPoint

Leite reforça a importância do agronegócio gaúcho durante lançamento da 48ª Expointer em São Paulo

Evento reuniu empresários e representantes do setor no escritório da Invest RS na capital paulista

O governador Eduardo Leite reforçou, nesta terça-feira (5/8), a importância e o potencial do agronegócio gaúcho durante o lançamento da 48ª Expointer em São Paulo (SP), no escritório da Invest RS. Em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o evento foi realizado de forma inédita na capital paulista e reuniu cerca de 50 empresários e representantes do setor.

"Fazer o lançamento da Expointer aqui em São Paulo, no coração econômico do país, é uma oportunidade de mostrar para todo o Brasil a força do agronegócio gaúcho e de tudo o que o nosso Estado tem a oferecer. Mesmo depois de enfrentar o maior desastre climático da nossa história, estamos de pé, nos reconstruindo com resiliência e preparados para exibir ao país um Rio Grande do Sul que inspira confiança e oportunidades", afirmou Leite.

Maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina

Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a Expointer ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Este ano tem como slogan “Nosso futuro tem raízes fortes”, trazendo o conceito de legado, algo de valor que é transmitido, uma missão que é confiada. A campanha traz um olhar para o futuro honrando a história dos gaúchos.

"Estamos prontos para receber todos os visitantes, em um parque ainda mais bonito e preparado para ser palco de grandes negócios, conexões e experiências culturais. A Expointer é muito mais do que uma feira, é a celebração da nossa capacidade de superar desafios e de projetar o Rio Grande do Sul para o futuro, unindo o campo e a cidade em um só ambiente", acrescentou o governador.

O titular da Seapi, Edivilson Brum, destacou que, mais do que uma feira agropecuária, a Expointer é um símbolo da inovação, da resiliência e da excelência do agronegócio gaúcho. “A Expointer é uma grande feira que reúne tecnologia, inovação, o melhor da genética animal, discussões de temas relevantes para o agro, possibilidades de grandes negócios. Mas, acima de tudo, reúne pessoas que convergem para o mesmo objetivo, que é o crescimento e o desenvolvimento do agro gaúcho. É onde a tradição se encontra com a tecnologia, o campo se conecta com a cidade e o passado se transforma em futuro”, disse Brum.

Escritório da Invest RS 

Além de realizar uma apresentação sobre a agência, o vice-presidente da Invest RS, Eduardo Lorea, reforçou o papel do escritório em São Paulo para ampliar a competitividade do Estado na disputa por investimentos. “Esse escritório tem a intenção justamente de ser essa ponta de lança, um posto avançado do Rio Grande do Sul, no centro econômico do país, nos lugares onde são tomadas as decisões. Não tem lugar melhor para que a gente possa fincar nossa bandeira e trazer negócios para o Estado, principalmente em setores mais basilares como a agricultura e a pecuária, que são parte da nossa história desde o começo da atividade econômica do estado”, afirmou Lorea.

Inaugurado no final de junho deste ano, o espaço funciona como um hub de conexão e pode ser utilizado por secretarias, parceiros e empresas que tenham interesse, em ações associadas ao propósito de atuação da agência, em promoção comercial e atração de investimentos, como no caso do lançamento da Expointer.

Durante o evento, Lorea também falou sobre a missão que a Invest RS participará no Nebraska, estado norte-americano que tem uma experiência positiva com tecnologias de irrigação, que podem colaborar com o agronegócio gaúcho. A iniciativa busca trazer condições para que esse setor econômico seja ainda mais estável e produtivo.

O lançamento em São Paulo se soma ao evento em Brasília (DF), também inédito, que ocorrerá na quarta-feira (6/8), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A iniciativa marca a ampliação do alcance institucional da feira e reforça sua relevância como uma das principais vitrines do agronegócio brasileiro. 

Localização estratégica

A apenas 25 km de Porto Alegre, a Expointer acontece em Esteio, em uma região privilegiada, com acesso facilitado pelas rodovias BR-116 e BR-448 (Rodovia do Parque), além da proximidade com o Aeroporto Internacional Salgado Filho. 

Números da Expointer

2.500 expositores
120 expositores no setor de máquinas e implementos agrícolas
456 agroindústrias familiares (recorde de participantes)
5.000 animais em exposição
Mais de 500 atividades e eventos ao longo de nove dias de feira

As informações são da Secom


Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: Dólar e firme demanda impulsionam preços
Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos da soja subiram na última semana, refletindo, além da crescente disputa entre compradores brasileiros (sobretudo para processamento interno) e internacionais, também a valorização cambial (US$/R$). Em julho (até o dia 28), o Brasil escoou 10,44 milhões de toneladas de soja, com a média diária de embarques superando em 12,4% a de julho/24. Os dados, divulgados pela Secex e analisados pelo Cepea, evidenciam a demanda externa firme, diante da necessidade de tradings completarem cargas nos portos brasileiros. Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário elevou os prêmios de exportação para os maiores patamares em três anos. Além disso, o aumento das tarifas dos Estados Unidos para vários países pode impulsionar a procura estrangeira pelo complexo soja brasileiro. (CEPEA)


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Porto Alegre, 05 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.451


GDT - Global Dairy Trade

​Fonte: GDT editado pelo Sindilat 


CEPEA: Média Brasil fecha junho a R$ 2,6474/litro
 
Leite fecha junho a R$ 2,6474/litro. Oferta maior que demanda pressiona cotações e derivados também recuam, mostram Cepea e pesquisa do MilkPoint Mercado
 
Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em junho fechou a R$ 2,6474/litro na “Média Brasil”.
 
Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de maio/2025)
 
 
No momento, a oferta de leite continua maior que a demanda, o que tem pressionado os preços pagos ao produtor. Em junho, a captação de leite subiu 3,31% em relação a maio, segundo o ICAP-L do Cepea, reflexo dos investimentos feitos pelos produtores nos últimos meses.
 
Mesmo com uma leve alta de 0,55% no custo de produção (COE) em junho, os gastos com nutrição do rebanho caíram 0,37%, ajudando a manter a atividade viável.
 

Apesar disso, a demanda por derivados ainda não acompanha o aumento da produção. De acordo com pesquisas do MilkPoint Mercado, os preços de venda de alguns dos principais derivados lácteos pela indústria têm recuado nas últimas semanas, frente a um mercado que tem se mostrado menos comprador. (Milkpoint)

 
 
O agro precisa se comunicar melhor

Recentemente, tive a oportunidade de visitar a Nova Zelândia como parte do programa da Nuffield, do qual sou uma das bolsistas de 2025. A Nuffield International Farming Network nasceu em 1947, no Reino Unido, fruto de um ato filantrópico, para estimular produtores a buscar conhecimento e inovação fora de seus países de origem, em um momento extremamente crítico do pós-guerra. O fundador foi Mr. William Morris, empresário e filantropo, que começou a proporcionar viagens internacionais aos agricultores britânicos com o objetivo de identificar boas práticas agrícolas e abrir novos mercados para estimular a produção de alimentos e a economia.

Todos os integrantes selecionados entram com um tópico de pesquisa que, na essência, deve trazer soluções, inovações e transformações para o setor agrícola em um mundo em constante mudança. Minha pesquisa está relacionada à comunicação e visa à melhoria da imagem do agronegócio no Brasil. Como podemos romper a bolha, deixar de converter aqueles que já estão convertidos e acessar verdadeiramente o público urbano? As pessoas perderam a conexão entre o produto que consomem e sua respectiva origem, e eu acredito que é parte da responsabilidade do setor restabelecer essa ponte por meio do acesso à informação.

Durante meus dias por lá, fiz algumas visitas interessantes:

● conheci uma fazenda de leite com cerca de 600 vacas em lactação em Matamata;
 
● participei de uma experiência de agroturismo que recebe entre 400 e 1.000 pessoas diariamente na região de Rotorua;
 

● uma produção integrada e verticalizada de leite de ovelha, que se transforma em fórmula infantil com altíssimo valor agregado e é exportada para a Ásia.

Também fui mais ao sul da Ilha Norte para visitar produtores de abóbora que enxergaram uma imensa oportunidade de mercado ao desenvolver branding na categoria de frutas e vegetais (algo na mesma linha do que a Zespri fez), além de promoverem um estreitamento na relação com o varejo no Japão por meio de ações inovadoras. Na mesma região, tive ainda a chance de conhecer a única produção de frango orgânico do país e, enquanto via os animais ciscando entre macieiras e oliveiras, ouvia da responsável pelo marketing os desafios de posicionamento de marca.

Foram muitos aprendizados e insights sobre a imagem do setor, as dificuldades enfrentadas pelos diferentes segmentos e o papel da indústria no elo entre produtor e consumidor. Acontece que, no caminho entre Auckland e Rotorua, enquanto eu me concentrava para dirigir na mão inglesa e me distraía com as paisagens idílicas, fiquei impressionada com a quantidade de vacas. Logo ali, na beira da estrada. De uma ponta a outra.

A Nova Zelândia é rural. Transborda natureza. Campo e mata nativa andam juntos. Essa ilha pequena, com 5,3 milhões de habitantes, exporta entre 80% e 90% de sua produção agropecuária e, mesmo com apenas 15% da população vivendo na área rural, carrega o campo em sua essência. Ouvi de uma das pessoas com quem conversei que o agroturismo definitivamente não é uma das melhores ferramentas de marketing para aproximar o campo da cidade — justamente porque o neozelandês já está acostumado com essa realidade.

Acredito que um dos principais problemas da imagem deturpada do agronegócio no Brasil é o abismo que se formou entre o campo e a cidade. Crescer vendo vacas pastando à beira da estrada ajuda a materializar a realidade. Aproxima. Naturaliza. E, se já é difícil associar o leite à vaca, imaginem a soja à carne.

Vejo esse como um dos maiores obstáculos para o nosso país, tão cheio de vida, jovens, recursos, terras, energia e um potencial produtivo gigante: é essencial integrarmos a cadeia e contarmos a história do pasto ao prato, da soja à carne, do algodão à camiseta, do fertilizante ao queijo da pizza.

É verdade que a Nova Zelândia tem uma vantagem: é mais fácil falar, para leigos, de vaca feliz quando ela está no pasto, e não dentro do estábulo. Em tempos de transparência radical, especialmente quando se trata de sustentabilidade e bem-estar animal, o storytelling da produção de leite do país já nasce pronto e é extremamente valorizado na Ásia, seu principal mercado de exportação.

Por outro lado, existe também um enorme aprendizado em relação à educação da população. A maioria dos habitantes do país, justamente por estarem tão próximos da vivência das fazendas, entende a importância do setor para a sustentabilidade econômica, desde a geração de empregos e a produção de alimentos para o país inteiro até o papel fundamental na economia por meio das exportações.

Para mim, fica o enorme aprendizado de como é essencial termos um setor unido. Falar sobre vaca feliz no pasto é mais fácil, mas definitivamente não é a única solução, especialmente quando falamos de contextos diferentes da Nova Zelândia ou da Irlanda, por exemplo. Funciona para algumas realidades, mas não para outras. Simples assim.

É desafiador explicar a um consumidor habituado a imagens bucólicas que, na maioria das vezes, para não dizer sempre, existe mais conforto animal dentro de um compost barn do que em um pasto no maior país da América do Sul.
 
A importância da educação
É difícil explicar toda a diversidade e os 6 biomas que cabem dentro de um país cerca de 32 vezes maior que a Nova Zelândia, com diversos microclimas, sem estações bem definidas, quente e com chuvas “fora de época” para quem não vive essa realidade. O Brasil transborda diversidade e realidades bastante específicas que exigem muito esforço para que a mensagem chegue até o consumidor, rompendo com ideias que importamos de outros países. Precisamos ser nossa própria referência.
 

Por lá, ainda na escola, as crianças e jovens aprendem sobre agricultura e agroindústria. Existem diversos projetos, desde o Farmer Time for Schools, no qual turmas são conectadas a fazendeiros reais para conversar sobre a realidade da produção de alimentos, até iniciativas integradas nas disciplinas de ciências e estudos sociais, como o Garden to Table, Wool in Schools e Soil, Food and Society.

O acesso à informação dentro do ambiente escolar reforça a importância de a população compreender o impacto do agronegócio na economia de um país inteiro, contribuindo para uma imagem horizontal, com senso de comunidade, e não carregada de superioridade. Não vejo outra saída além do investimento em educação. Não existe comunicação sem educação. É urgente a criação de acessos.
 
Emissões de GEEs
A discussão sobre emissão de metano é a mais latente, no momento, dentro da pecuária na Nova Zelândia. As empresas de genética falam sobre isso, os líderes classistas falam sobre isso, o consumidor fala sobre isso. Todos, de alguma forma, estão transformando suas realidades para se adequar ao que o novo mundo pede. Afinal, sustentabilidade deixa de ser uma vantagem competitiva e passa a ser obrigatória para sobreviver no mercado.
 
O protagonismo da indústria

Dentro dessa realidade, não vejo melhor resolução senão a indústria assumindo o protagonismo no elo entre produtor e consumidor, possibilitando visão de futuro, bancabilidade, investimento alinhado à demanda e pagamento de prêmios por uma produção de alimentos diferenciada, que atenda ao novo consumidor.

É papel da indústria se encarregar de contar a melhor e mais verdadeira história, para que o consumidor esteja disposto a pagar por tudo isso e o produtor seja estimulado a se diferenciar e a fazer mais pelo meio ambiente. Não se trata mais apenas de práticas sustentáveis: trata-se do que devolvemos à terra e de como o agronegócio, especialmente a pecuária, seja de leite ou de corte, possui um enorme potencial e uma grande oportunidade de ser um dos únicos setores capazes de ir além, contribuindo para a redução das emissões do planeta.

O mundo está repleto de bons exemplos quando se trata de comunicação. Torço para que o Brasil seja um país que saiba se inspirar, sem jamais esquecer de ser protagonista e contar suas incríveis histórias, que nascem em um território único. Sem comparações. Nós somos o que somos. (Diana Jank/MilkPoint/Forbes)

Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Cotações voltam a recuar
Após um leve movimento de fato, as cotações domésticas do milho voltaram a cair na última semana, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão veio sobretudo da ausência de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com os avanços da colheita de segunda safra. Além disso, as exportações estão menores em relação ao ano passado e ainda muito distantes do estimado pela Conab. Apesar do atraso frente ao ano anterior na média nacional, algumas praças dos estados de Mato Grosso e Goiás têm apresentado bom ritmo de colheita e produtividades elevadas, aumentando de forma pontual a oferta disponível para negócios, ainda conforme explicam pesquisadores. Quanto às exportações, dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que, de fevereiro até a quarta semana de julho, o volume embarcado limitou-se a 4,3 milhões de toneladas, ante os 7 milhões enviados no mesmo período de 2024 e ainda bem distante das 34 milhões projetadas pela Conab até janeiro/26. (CEPEA)


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Porto Alegre, 04 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.450


A demanda global por carne e laticínios continuará a crescer até 2034

O documento, intitulado Perspectivas Agrícolas OCDE-FAO 2025-2034, publicado em julho, projeta que, até 2034, o consumo per capita global de produtos de origem animal crescerá em média 6%. O crescimento mais significativo é esperado em países de renda média-baixa, onde o consumo pode aumentar até 24%.

O Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu, descreveu isso como evidência da melhoria da alimentação nos países em desenvolvimento. No entanto, ele observou que essas mudanças positivas não estão alcançando a todos. Em países com altas taxas de pobreza, o consumo diário de produtos de origem animal permanecerá extremamente baixo — cerca de 143 kcal por dia, o que representa metade do nível recomendado. Isso evidencia as persistentes desigualdades no acesso a alimentos nutritivos e a necessidade de esforços contínuos para alcançar a segurança alimentar.
 
Crescimento da Produção e Riscos Ambientais
Para atender à crescente demanda, a produção agrícola e pesqueira global deve aumentar em 14% até 2034. O crescimento mais ativo é esperado no setor de carnes e laticínios: a produção de carne, leite e ovos deverá crescer em 17%, enquanto o número total de gado e aves deverá aumentar em 7%.

No entanto, esse aumento na produção acarretará custos ambientais. De acordo com a previsão, as emissões diretas de gases de efeito estufa da agricultura crescerão 6% — apesar da redução na intensidade das emissões devido ao aumento da produtividade. Isso significa que, mesmo com uma produção mais eficiente, o volume total de emissões continuará a aumentar, a menos que medidas adicionais sejam tomadas para reduzir a pegada de carbono do setor.
 
Um cenário alternativo
O relatório também descreve um cenário alternativo: com a implementação de tecnologias modernas e maior investimento no setor agrícola, a agricultura global poderia não apenas fornecer alimentos mais nutritivos até 2034, mas também reduzir as emissões em 7% em comparação aos níveis atuais.

Este cenário depende da adoção generalizada de práticas avançadas, como:

  • Agricultura de precisão,
  • Ração animal especializada que reduza as emissões em ruminantes,
  • Métodos aprimorados de gestão de nutrientes.
Exigiria decisões políticas coordenadas, inovação tecnológica e investimentos direcionados — especialmente em países onde a insegurança alimentar permanece elevada.

O Secretário-Geral da OCDE, Mathias Cormann, enfatizou que a comunidade global possui as ferramentas necessárias para erradicar a fome. No entanto, ressaltou a importância de manter os mercados agroalimentares abertos e garantir o desenvolvimento sustentável da agricultura.
 
O comércio como pilar do sistema alimentar
A previsão dá atenção especial ao comércio internacional. Especialistas estimam que, até 2034, cerca de 22% de todos os produtos agrícolas cruzarão as fronteiras nacionais antes de chegar aos consumidores finais. Um sistema de comércio multilateral baseado em regras claras continua sendo uma ferramenta crucial para redistribuir excedentes e escassez, estabilizar preços e fortalecer a resiliência alimentar global.

O relatório ressalta que, sem comércio ativo, o setor agroalimentar global não será capaz de lidar com os desafios enfrentados pelo sistema alimentar. (As informações são do Dairy News Today, traduzidas pela equipe MilkPoint)


Interior do Brasil: o novo campo de batalha para o consumo de lácteos

O mercado consumidor brasileiro passa por uma mudança silenciosa, mas profunda. De acordo com dados do IPC Maps 2025, o interior do Brasil já concentra 55% do consumo nacional, enquanto as capitais e regiões metropolitanas, antes protagonistas, perdem espaço.

Para o setor lácteo, que tradicionalmente tem sua base produtiva nessas regiões, essa tendência traz uma mensagem clara: o futuro do crescimento está fora dos grandes centros urbanos.

Interior: de berço produtor a potência consumidora
Enquanto as grandes marcas disputam prateleiras e atenção em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte, um consumidor cada vez mais exigente cresce nas cidades médias do interior. São municípios entre 50 mil e 150 mil habitantes, com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), economia ativa e forte presença do agronegócio e da indústria – exatamente o perfil onde a cadeia láctea está enraizada. Esse consumidor, segundo a análise do CEO da TXC, Rubens Inácio, não quer apenas produtos, quer relacionamento e reconhecimento.

O varejo local já percebeu isso, oferecendo experiências diferenciadas que aumentam a fidelização. Para as marcas de lácteos, especialmente as que disputam espaço nas gôndolas, esse comportamento é uma oportunidade de ouro para reposicionar estratégias.

Oportunidade para lácteos: do básico ao premium
A demanda no interior não se limita a produtos de primeira necessidade como leite UHT. Há espaço para linhas premium, artesanais, funcionais e de origem controlada, categorias que crescem quando o consumidor se sente valorizado e quando há conexão com a cultura local. Além disso, a menor saturação de marcas em relação às capitais permite construir presença com menor custo competitivo e maior margem.

Cooperativas e pequenas indústrias regionais podem explorar melhor seu vínculo com a comunidade, enquanto multinacionais e grandes processadoras precisam adaptar seu marketing para não perder terreno.

Distribuição e relacionamento: as chaves para conquistar esse mercado
A pesquisa mostra que no interior, as lojas físicas são mais que pontos de venda; são pontos de encontro. Isso muda o jogo para a indústria láctea, que pode investir em ações de degustação, storytelling de marca e parcerias com varejistas locais para criar experiências de consumo.

Além disso, o fortalecimento de canais digitais – e-commerce, marketplaces e entregas diretas – deve acompanhar essa expansão, garantindo que o consumidor do interior também tenha acesso facilitado a produtos diferenciados.

Reflexão final
O varejo brasileiro já virou a chave. Quem continuar concentrando esforços apenas nas capitais corre o risco de ficar para trás. Para o setor lácteo, essa tendência é ainda mais estratégica: o interior não é apenas o celeiro da produção, agora também dita o ritmo do consumo. Ignorar esse movimento não é uma opção; é perder o jogo antes de começar. (Adaptado para eDairyNews, com informações de Minuto Rural)

 
Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto.

O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download.

Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou.

Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS, CLICANDO AQUI.

 


Jogo Rápido

Fundesa orienta sobre contribuição para reprodutores
O Fundesa-RS divulgou essa semana novo material de orientação para produtores de todas as cadeias que trabalham com material genético. Os reprodutores, diferentemente dos animais de produção, precisam contribuir uma vez ao ano, geralmente junto à declaração anual de rebanho. Esses animais podem ter, em caso de emergência sanitária, indenizações diferenciadas conforme a categoria, se registrados em suas associações de raça. O material está disponível em vídeo, PDF e também nas redes sociais. Para baixar e compartilhar clique nos links. Vídeo: CLIQUE AQUI. PDF: CLIQUE AQUI. (Fonte: Fundesa)


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Porto Alegre, 01 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.449


Por que o leite produzido no Brasil tem pouca gordura?

Atualmente vemos um interesse crescente pela produção de leite com maior teor de sólidos no Brasil. Historicamente, nosso país nunca valorizou devidamente a produção de leite com mais gordura e proteína; durante décadas fomos um mercado de leite fluído, onde o volume de leite é o grande direcionador do preço pago ao produtor, além das óbvias questões sanitárias.

Porém, há movimentos recentes de alguns laticínios em estabelecer programas de pagamento que valorizam, de fato, a produção de gordura e proteína do leite, o que certamente é muito benéfico para a cadeia produtiva, pois estimula a busca e adoção de práticas que promovam a melhora na composição do leite. As melhores fazendas já apresentam teores de gordura e proteína do leite comparáveis aos dos EUA ou Europa, mas quando olhamos para o cenário geral do país, ainda estamos longe.

As figuras abaixo mostram a variação mensal nos teores de gordura e proteína verdadeira do leite produzido nos EUA, segundo o levantamento Dairy Market Update de Fevereiro de 2025 do Serviço Nacional de Estatística do Departamento de Agricultura dos EUA (NASS-USDA), e a evolução de 2020 a 2024.

O foco deste artigo é a questão da gordura do leite, e quando vemos os números médios do rebanho norte americano, fica nítido quanto temos a evoluir. Por aqui pouquíssimas fazendas conseguem manter o teor de gordura do leite acima de 4,0 o ano todo, especialmente em rebanhos de alta produção. Sim, a genética pode ter um peso nisso, mas com as ferramentas que temos por aqui (genómica, etc.), a genética dos bons rebanhos brasileiros é muito parecida com a dos rebanhos americanos. Onde está a diferença?

É disso que vamos tratar a partir de agora. Muitos são os fatores que afetam o teor de gordura do leite. Vamos nos ater às questões nutricionais e de manejo que, em nosso entendimento, são as mais relevantes. Na verdade, há uma interação bem ampla entre a nutrição (qualidade dos alimentos e formulação da dieta) e as práticas de manejo nas fazendas, tanto o manejo alimentar em si, quanto questões do conforto das vacas. 
 
Fatores que influenciam a gordura no leite
Fisiologicamente, o principal responsável pela limitação a síntese de gordura no leite é a presença de um ácido graxo (AG) específico, o t10,c12 CLA, um dos isômeros do ácido linoléico, um ácido graxo polinsaturado de cadeia longa (C18:2), comumente presente nas dieta vacas leiteiras. Esse t10,c12 CLA reduz a atividade de enzimas lipogênicas indispensáveis, como a acetil-CoA carboxilase e a ácido graxo sintase, que são responsáveis pela síntese de ácidos graxos de cadeia curta e média na glândula mamária (GM).

Sempre que houver quantidades significativas de t10,c12 CLA chegando na GM, o teor de gordura do leite será limitado, ou reduzido. Além disso, o t10,c12 CLA também afeta a captação de ácidos graxos preformados (aqueles derivados da dieta ou das reservas corporais da vaca) da corrente sanguínea para a GM, essenciais para a concentração de AG de cadeia longa no leite (C16 e acima). E que condições contribuem para o aumento na quantidade de t10,c12 CLA que chega na GM? Duas coisas principais, o pH do rúmen e a concentração de ácidos graxos polinsaturadas na dieta (AGPI), principalmente do C18:2.

É de conhecimento geral que a acidose ruminal prolongada está diretamente relacionada à redução no teor de gordura do leite. O efeito não é do pH em si, mas do fato de que baixo pH ruminal leva ao aumento na presença do t10,c12 CLA no rúmen. Nessa condição, esse composto chega em maior quantidade na GM, causando redução no teor de gordura do leite. Isso não acontece apenas em vacas que apresentam acidose ruminal clínica, mesmo em animais com acidose subclínica, que não apresentam sintomas visíveis do problema, a concentração do t10,c12 CLA aumenta, afetando a gordura do leite.

Baixo pH ruminal é causado por muitos fatores, mas alguns merecem destaque:

  • Dieta mal formulada, contendo excesso de amido degradável (ADR) no rúmen e ou falta de fibra fisicamente efetiva (FDNfe). Manter relação FDNfe:ADR entre 1,2 e 1,4, mantendo o teor total de ADR abaixo de 20% da MS total da dieta é um bom parâmetro para manter o pH ruminal em valores adequados, sem limitar a eficiência fermentativa. A qualidade e/ou disponibilidade dos volumosos tem impacto decisivo nesse ponto.
  • Qualidade da mistura da dieta total. Misturas mal feitas facilitam a seleção de alimentos pelas vacas, favorecendo maior ingestão de concentrados, que por sua vez contribui decisivamente para o abaixamento do pH ruminal.
  • Tamanho de partículas dos alimentos volumosos. Partículas muito grandes são facilmente selecionadas pelas vacas, e se isso acontecer a ingestão de concentrados será maior e o pH do rúmen será mais baixo.
  • Estresse por calor. Uma das consequências diretas dessa condição é a ocorrência de acidose ruminal, seja por maior seleção no cocho, seja por menor ruminação. Sempre que estão sofrendo com o calor as vacas usam estratégias para produzir menos calor interno, e uma delas é reduzir a ingestão de fibra, pois a fermentação de alimentos fibrosos produz grande quantidade de calor. Ao ingerir menos fibra, naturalmente vão ruminar menos, com menor produção de saliva, de forma que haverá menos tamponamento do líquido ruminal, e o pH será mantido em valores mais baixos, por mais tempo.
  • Falta de espaço no cocho, levando as vacas a fazerem menor número de refeições, de maior tamanho. Quando isso acontece, após cada refeição o pH do rúmen sofre quedas mais intensas, de forma que os animais passar mais tempo com o pH ruminal baixo.
  • Falta de espaço para descanso (superlotação). Isso também altera o comportamento das vacas, que por passarem mais tempo em pé vão ruminar por menos tempo, o que leva a menor produção de saliva, como destacado anteriormente. 
  • Falhas no manejo dos tratos, fazendo com que os cochos fiquem vazios. Isso também resultará em menor número de refeições, de maior tamanho, com consequências semelhantes à falta de espaço no cocho.
A outra condição que leva ao aumento na presença do t10,c12 CLA no rúmen é a concentração excessiva de ácidos graxos polinsaturados na dieta. Esses compostos são comuns na dieta de ruminantes, principalmente por serem os principais constituintes da fração gordurosa das forragens e grãos de oleaginosas, como milho, soja e algodão. Também é bem conhecido o fato de que é preciso atenção com o teor de gordura nas dietas de vacas leiteiras, sendo altamente recomendável que este não passe de 6% da MS total ingerida. A principal razão para isso é justamente a presença desses AGPI, que se estiverem em quantidades excessivas prejudicam o crescimento de bactérias fibrolíticas. Além disso, quanto maior a concentração de C18:2, maior a presença do t10,cis12 CLA. 

Para minimizar o risco nutricional de redução no teor de gordura do leite recomendamos observar com atenção a carga total de AGPI na dieta (RUFAL), que deve ser mantida abaixo de 3% da MS total. Mas também é importante monitorar especificamente o C18:2, pois o t10,cis12 CLA é um dos seus isômeros. Importante destacar, que mesmo dietas em que não haja adição de alimentos com teor significativo de gordura, como caroço de algodão, soja tostada, DDG de alto óleo, dentre outros, a carga de RUFAL vinda apenas de silagem de milho e milho moído e/ou reidratado pode passar de 1,5% da MS total!

Além disso, atualmente temos diversas “ferramentas” nutricionais adicionais para ajudar a melhorar o teor de gordura do leite, que são economicamente viáveis. Diversos aditivos alimentares se mostram efetivos em ajudar nesse sentido, como as culturas de levedura, o HMTBa (análogo de metionina) e os biopeptídeos. Logicamente que o básico, o arroz com feijão, deve estar muito bem feito antes de pensar em utilizar outras ferramentas, mas essas podem ser auxiliares importantes para quem faz corretamente o trabalho de base.

Agora vamos tentar responder a pergunta no título do artigo. Por que em nosso país o teor médio de gordura do leite é tão mais baixo do que nos EUA, mesmo nas fazendas em que o sistema de produção é semelhante ao de lá? Nossa experiência de trabalho, aqui no Brasil e nos EUA, mostra que de maneira geral por aqui ainda falta a motivação para investir nas práticas necessárias para que o risco de queda na gordura do leite seja mínimo, isso é claro.

Os mercados são bastante diferentes. No entanto, também é preciso entender que as mesmas práticas que levam a produzir leite com mais gordura, também levam a maior produção total e maior eficiência produtiva. Já se foi o tempo em que se acreditava que buscar mais gordura no leite significava reduzir o volume total de leite. E à medida que vemos iniciativas de laticínios valorizando efetivamente a produção de sólidos, faz mais sentido caminhar nessa direção. (Alexandre M. Pedroso e Ricardo O. Rodrigue/Milkpoint)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1878 de 31 de julho de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE  

A produção de leite apresentou estabilidade na maior parte das regiões. Em algumas áreas beneficiadas pela oferta de forragens de qualidade e pelas melhores condições climáticas, houve incremento. Nas criações a pasto, foi oferecida suplementação com concentrados energéticos, como silagem e feno. O estado corporal e sanitário dos rebanhos está satisfatório. As condições climáticas favoreceram o conforto térmico e o bem-estar dos animais, reduzindo problemas de casco e facilitando a ordenha.   

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção apresentou leve aumento, e o estado corporal dos animais está apropriado.  

Na de Caxias do Sul, a produção de leite foi beneficiada pela luminosidade e pela umidade do solo adequadas, que possibilitaram o pastejo das vacas em lactação e garantiram boa produtividade. Nos sistemas intensivos, como free stall e compost barn, a base forrageira foi a silagem de milho, complementada com concentrados proteicos. As temperaturas mais amenas proporcionaram conforto térmico e bem-estar e facilitaram o pastejo. Já a ausência de barro em corredores e áreas de ordenha diminuiu os problemas de casco e as contaminações nos úberes. Os índices de qualidade do leite, como Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Padrão em Placas (CPP), ficaram dentro dos padrões exigidos. 

Na de Erechim, a oferta de forragem de qualidade impulsionou a produção. As condições de pastejo melhoraram bastante, permitindo a redução gradual do uso de silagens de inverno e de verão, pré-secados e feno. As condições sanitárias e nutricionais dos rebanhos foram satisfatórias. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite continuou estável, beneficiada pela melhora das pastagens. 

Na de Ijuí, a produção de leite ficou estável, e os padrões de qualidade foram considerados excelentes. Nos sistemas de produção a pasto, devido à oferta e ao valor nutricional das forragens, foi possível diminuir a suplementação com volumosos conservados.

Na de Passo Fundo, o estado geral do rebanho ficou regular, e a produção e o escore corporal das vacas em lactação estáveis. Houve aumento na CCS do leite, demandando maior atenção aos manejos sanitários.  

Na de Porto Alegre, os produtores relataram aumento dos custos de produção devido ao maior uso de suplementação compensatória na dieta dos rebanhos. 

Na de Soledade, os lotes de animais que não tiveram acesso à quantidade suficiente de forragem receberam suplementação com volumosos conservados, como silagem, pré-secado e feno.

Na de Pelotas, a condição sanitária dos rebanhos está satisfatória. Os dias ensolarados e as temperaturas mais altas contribuíram com o bem-estar animal. 

Na de Santa Rosa, o número de animais reduziu cerca de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a produção aumentou 8,24%. As condições sanitárias dos rebanhos ficaram ideais. (Fonte: Emater/RS)

Leite é seguro e nutritivo para a maioria da população, aponta especialista

Mesmo com as dúvidas que ainda cercam o consumo de leite, o alimento segue amplamente reconhecido como seguro, nutritivo e recomendado para a maioria da população. Rico em proteínas de alto valor biológico, cálcio, vitaminas B2, B12 e D, o leite desempenha um papel fundamental na formação e manutenção da saúde óssea, muscular e metabólica, sendo parte importante da alimentação equilibrada ao longo da vida.

De acordo com um consenso técnico elaborado pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), o produto lácteo continua sendo um dos alimentos mais relevantes do ponto de vista nutricional. O documento visa esclarecer equívocos que levam à retirada do leite da dieta sem necessidade clínica comprovada, o que pode resultar em deficiências nutricionais evitáveis.

A seguir, a nutricionista Dra. Aline David, mestre e doutora em Ciências pela USP, destaca os principais pontos que ajudam a desfazer mitos e orientar o consumo consciente:

1. O leite é seguro para a maioria das pessoas
Não há evidências científicas que justifiquem a exclusão do alimento de pessoas saudáveis. Casos como alergia à proteína do produto lácteo ou intolerância à lactose são específicos e requerem avaliação clínica profissional. Segundo a especialista, a exclusão baseada apenas em autodiagnóstico pode comprometer a ingestão adequada de nutrientes essenciais. “Muitos excluem o leite por autopercepção de intolerância, sem confirmação médica, o que prejudica a nutrição”, alerta a Dra. Aline.

2. APLV e intolerância à lactose são condições diferentes
A APLV é uma resposta imunológica às proteínas do produto lácteo e exige retirada completa do alimento e de seus derivados. Já a intolerância à lactose é uma condição fisiológica comum, causada pela redução da enzima lactase, podendo provocar desconforto digestivo. No entanto, muitas pessoas diagnosticadas conseguem tolerar pequenas quantidades ou utilizar alternativas como o leite sem lactose, conforme orientação profissional.

3. APLV é rara e geralmente desaparece na infância
Estudos indicam que cerca de 5,4% das crianças até 2 anos são afetadas pela APLV. No entanto, 87% superam a condição até os 3 anos, e 97% até os 15 anos. A Dra. Aline reforça a importância do acompanhamento médico: “O diagnóstico e a reintrodução do leite devem ser conduzidos por profissionais capacitados, evitando restrições prolongadas desnecessárias.”

4. Intolerância à lactose não exige exclusão total do produto lácteo
Pessoas diagnosticadas com intolerância geralmente toleram até 12g de lactose por dia, o equivalente a um copo do alimento (200 ml), que contém cerca de 8 a 10g. “É possível manter o produto lácteo na alimentação com estratégias como fracionamento das porções, consumo de derivados com menor teor de lactose ou uso de enzimas”, explica a especialista.

5. A retirada do leite deve ser sempre orientada por profissionais
A exclusão do leite sem critério técnico pode levar a deficiências de proteínas, cálcio, vitamina D e vitaminas do complexo B, sobretudo em fases como infância, gestação e envelhecimento. O leite e seus derivados representam fontes acessíveis e eficazes desses nutrientes.

O papel do leite na alimentação ao longo da vida
Com variedade crescente de versões disponíveis — integral, desnatado, sem lactose, tipo A2, entre outros —, o leite pode ser facilmente adaptado às necessidades de cada fase da vida. “O produto lácteo é um alimento versátil, acessível e altamente nutritivo. Seu consumo deve ser mantido sempre que não houver contraindicações. Ele cumpre papel essencial na alimentação infantil, adulta e da população idosa”, destaca a Dra. Aline.

Além disso, a especialista ressalta que o leite materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida e complementar até os dois anos ou mais, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O leite segue como um dos pilares da segurança alimentar no Brasil, sendo importante reforçar seu papel na saúde pública com base em evidências científicas e orientação profissional. A divulgação de informações corretas, como as do consenso ABRAN/SBAN, é fundamental para combater mitos e garantir escolhas alimentares mais seguras e eficazes para a população.

O leite é essencial na dieta equilibrada e deve ser considerado em todas as fases da vida. (Fonte: Revista Balde Branco)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 31/2025 – SEAPI
Os próximos dias alternarão períodos de temperatura alta, chuva e frio no RS. No sábado (02) e domingo (03), a passagem de uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na segunda (04) e terça-feira (05), ainda ocorrerão pancadas isoladas de chuva nos setores Leste e Norte, enquanto no restante do Estado o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio manterá a diminuição da nebulosidade e o declínio das temperaturas, com mínimas inferiores a 5°C em diversas regiões. Na quarta-feira (06), o a presença do ar seco garantirá o tempo firme em todo RS.  Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maioria das regiões. Em parte das Missões e no Planalto os volumes acumulados deverão variar entre 50 e 70 mm e poderão superar 80 mm em algumas localidades. (Fonte: Seapi)


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Porto Alegre, 31 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.448


Sem medidas mágicas

Terceiro maior produtor mundial de leite, com estimativa de captação de 37 bilhões de litros neste ano, o Brasil reúne condições para se tornar um grande exportador, segundo especialistas. Essa perspectiva tem mobilizado alguns dos maiores players desse mercado nos últimos anos, em um movimento que envolve principalmente qualificação dos produtores e melhoria da qualidade e da produtividade média dos rebanhos, hoje de 2.280 litros por vaca/ano, baixa em relação à média global, de 2.660 litros, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Por enquanto, o país está longe da meta de vender ao exterior e ainda importa leite. No ano passado, foram 6,348 milhões de litros/dia, de acordo com o Centro de Inteligência do Leite (CILeite), da Embrapa, vindos principalmente da Argentina e do Uruguai, que têm produção mais eficiente, preços mais baixos e ainda são isentos de tarifa por integrarem o Mercosul. As exportações foram de apenas 179 mil litros/dia, dada a falta de competitividade do país no mercado externo. Após forte alta dos preços, o litro pago ao produtor chegou, em média, a R$ 3,19 em julho de 2022, recuando para R$ 2,77 em julho de 2023 com aumento das importações, conforme dados do CILeite. Neste ano, a média tem oscilado em torno de R$ 2,70.

Embora esteja em queda, o preço ao produtor no Brasil é, segundo Guilherme Portella, diretor de ESG da Lactalis, o quinto mais alto do mundo. “É preciso melhorar a produtividade, de modo que o preço baixe e, ainda assim, remunere bem o produtor”, diz Portella. Uma das companhias que primeiro enxergaram o potencial leiteiro do Brasil, a francesa Lactalis projeta transformar o país em um hub de exportação de lácteos. A empresa consolidou sua presença no Brasil há cerca de dez anos, ao comprar os ativos de laticínios da BRF, que incluíram as marcas Batavo e Elegê e, em seguida, a fábrica e a marca Itambé, da mineira Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR), a maior cooperativa de captação de leite do Brasil. Hoje, a Lactalis é líder em captação, com 2,7 bilhões de litros em 2024, quando faturou R$ 17 bilhões. 

A companhia adquiriu nos últimos anos várias outras marcas, algumas da suíça Nestlé, e 21 plantas fabris, instaladas em oito Estados, que produzem de compostos lácteos, leite UHT e requeijão a queijos especiais, que já exporta para vários países da América Latina e Estados Unidos. A meta agora é dobrar as vendas em cinco anos, apostando que o setor leiteiro passará por movimento semelhante ao que consolidou o Brasil como grande exportador de aves e suínos nas últimas décadas. Um dos pilares daquele movimento foi a organização de pequenos e médios produtores em cooperativas, que também vem caracterizando a cadeia produtiva do leite. Entre os maiores fornecedores da Lactalis, a CCPR vende exclusivamente para a companhia os cerca de 90 milhões de litros/mês que consegue captar, segundo a empresa.

Após a venda da Itambé, há oito anos, a CCPR concentrou-se em captação, além de nutrição animal, em suas cinco fábricas em Minas Gerais, que produzem cerca de 300 mil toneladas por ano. Neste ano, a companhia desenvolve um projeto de originação de grãos para integração lavoura-pecuária, com apoio da Embrapa e do governo do Estado de Minas Gerais.

O projeto deve ser iniciado ainda neste ano e se consolidar em cerca de dez anos, na expectativa de Marcelo Candiotto, presidente da CCPR. Ao verticalizar a produção, a tendência, ele diz, é garantir empregabilidade, recuperar terras degradadas, ser mais sustentável e reduzir custos. Já a Cooperativa Central Aurora Alimentos, a Aurora Coop, terceiro maior grupo agroindustrial de proteína animal do Brasil, começou a operar com lácteos em 2004, por meio de cooperativas que produziam leite já nos anos 1980. Neste ano, adquiriu a Gran Mestri, ingressando no segmento de queijos especiais. Do faturamento da Aurora Coop, de R$ 24,9 bilhões em 2024 (36,4% no mercado externo), 12% referem-se a lácteos.

A Aurora Coop compra a maior parte do leite (80%) de produtores do oeste de Santa Catarina, onde estão localizadas 70% das três mil cooperativas associadas ao sistema, com captação de aproximadamente 450 milhões de litros de leite/ano, segundo Selvino Giesel, gerente de captação da companhia. Ele conta que aqueles produtores vendiam no mercado spot pelo preço mais baixo de todo o país até serem integrados à Aurora Coop, que passou a comprar toda a produção das cooperativas singulares e dos demais associados. O resultado, relata, foi a melhoria da qualidade do leite e dos preços pagos ao produtor. Como diz Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), não há medidas mágicas e isoladas para melhorar a competitividade da cadeia do leite: “É um processo lento, inclusive pela heterogeneidade dos produtores e dos laticínios/cooperativas. Mas estamos avançando, com melhores tecnologias, eficiência, escala de produção e qualidade”. (Valor Econômico)


SC fortalece leite local com nova política fiscal

Para assegurar a competitividade da cadeia produtiva do leite em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello decidiu prorrogar por mais 12 meses a suspensão dos incentivos fiscais voltados à importação de leite e derivados. A medida entrou em vigor em julho do ano passado, junto de outras ações do Programa Leite Bom, e foi renovada por decreto nesta quarta-feira, 30.

Com a prorrogação até 31 de julho de 2026, as importações desses produtos continuarão sujeitas ao pagamento integral do ICMS, com alíquotas que variam de 7% a 17%, dependendo da mercadoria. Antes da suspensão, o benefício fiscal fazia com que a carga tributária média sobre essas operações fosse de apenas 1,4%, o que favorecia a entrada de produtos estrangeiros a preços mais baixos.

"Quem trabalha no campo merece respeito e apoio do governo. A gente sabe o quanto é difícil acordar cedo, enfrentar sol, chuva e ainda competir com o produto que vem de fora. Essa medida é pra proteger o nosso leite e garantir que o esforço dos nossos produtores tenha valor e mercado justo aqui em Santa Catarina", destacou o governador Jorginho Mello.

A decisão adotada pelo Governo de Santa Catarina corrigiu um desequilíbrio de mercado que vinha prejudicando os produtores catarinenses, especialmente diante da concorrência de países como Argentina e Uruguai, onde a produção é fortemente subsidiada. Um dos casos mais críticos era o leite em pó integral: a importação em Santa Catarina cresceu 249% nos dois anos que antecederam o decreto estadual.
 
Reflexos positivos na indústria catarinense
A suspensão dos incentivos voltados à importação de leite e derivados teve reflexos positivos para a indústria catarinense. Indicadores monitorados pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC) mostram que o volume de importações de leite e derivados caiu quase 75% no primeiro semestre deste ano comparado ao mesmo período do ano passado: baixou de R$ 512,5 milhões para R$ 135,2 milhões. 

Já a produção catarinense teve um salto de 26% no mesmo período, subindo de R$ 5,4 bilhões no primeiro semestre de 2024 para R$ 6,8 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. 

"Os números confirmam que a suspensão dos incentivos fiscais para a importação surtiu efeito: reduzimos expressivamente a entrada de leite importado e, ao mesmo tempo, impulsionamos a produção local. Essa é uma resposta concreta a um pleito antigo dos produtores de leite catarinenses, que vinham enfrentando dificuldades para competir com o excesso de subsídios governamentais concedidos pelos países exportadores", analisa o secretário Cleverson Siewert (Fazenda).
 
Incentivo ao produtor local 
Além de frear a entrada de produtos lácteos importados, que geravam um cenário de concorrência desleal com a produção catarinense, o Governo do Estado também garantiu uma série de incentivos fiscais à agroindústria leiteira de Santa Catarina por meio do Programa Leite Bom.

A partir de um projeto aprovado na Assembleia Legislativa (Alesc) em agosto do ano passado, a indústria catarinense passou a contar com benefícios similares aos praticados no Paraná e no Rio Grande do Sul, aumentando o equilíbrio competitivo entre os Estados.

A garantia de crédito presumido para leite UHT, queijos e derivados do leite tem impacto financeiro escalonado de R$ 150 milhões em três anos: R$ 75 milhões (ano 1); R$ 50 milhões (ano 2) e R$ 25 milhões (ano 3). São mais de 100 empresas beneficiadas, que empregam cerca de 7,3 mil funcionários.

A indústria do leite é a 3º maior cadeia produtiva de SC, tem cerca de 80 mil produtores e faz do Estado o 4º maior produtor de leite do Brasil (atrás apenas de MG, PR e RS), com 3,2 bilhões de litros/ano.

“O Programa Leite Bom SC está fortalecendo toda a cadeia produtiva do leite. É mais uma demonstração concreta do compromisso do nosso Estado com a bovinocultura leiteira. Somos o quarto maior produtor de leite do país, e com esses investimentos criamos condições para que o produtor possa investir na propriedade, aumentar sua renda e continuar no campo. Ao mesmo tempo, estimulamos o crescimento e a competitividade da indústria leiteira”, destaca o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini. (As informações são da Secretaria de Estado da Fazenda)

Rabobank alerta: preço do leite deve cair com consumo fraco

O preço do leite no Brasil deve sofrer nova retração no terceiro trimestre de 2025, segundo análise do Rabobank, que projeta um cenário de pressão para o setor diante da combinação de alta na oferta e consumo interno estagnado.

A perspectiva é de um mercado mais competitivo e menos rentável para o produtor, mesmo com margens operacionais ainda positivas.

A captação industrial de leite subiu 4,5% no primeiro trimestre do ano, resultado direto de boas margens no campo.

Em maio, o indicador “receita menos custo de alimentação por vaca” chegou a R$ 37, valor acima dos R$ 34 registrados em maio de 2024.

Essa melhora é atribuída à queda nos custos de ração — impulsionada pela ampla oferta de grãos — e aos preços ainda elevados pagos ao produtor na primeira metade do ano.

No entanto, a demanda interna segue desaquecida. Embora o desemprego esteja em baixa, a renda real desacelerou em 2025, limitando o crescimento do consumo de lácteos no varejo. Com isso, o banco projeta uma leve queda nos preços pagos ao produtor, revertendo a tendência de alta observada nos trimestres anteriores.

Oferta global em expansão e importações pressionam ainda mais
No mercado internacional, a produção de leite cresce nos principais polos exportadores — Europa, Estados Unidos e América do Sul — com expectativa de avanço de 1,4% no volume produzido neste trimestre. Trata-se da maior expansão desde 2021.

Paralelamente, o consumo global permanece enfraquecido diante de juros altos e instabilidades econômicas e geopolíticas, o que limita o fôlego das commodities lácteas.
Outro fator de pressão vem do câmbio. A valorização do real frente ao dólar tem facilitado as importações.

Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil aumentou as compras externas de lácteos em 1% em volume e 9% em valor, tendência que deve se intensificar com a queda dos preços internacionais, prejudicando a competitividade do produto nacional — especialmente no caso das exportações.

Gestão de custos será crucial
Com margens mais apertadas no horizonte, o Rabobank recomenda que os produtores redobrem a atenção com a gestão dos custos.

A eficiência no uso dos insumos, a qualidade da alimentação e o controle de produtividade do rebanho serão cruciais para manter a viabilidade do negócio.
Embora o setor tenha se beneficiado recentemente de uma combinação favorável entre preços e custos, o cenário aponta para um ajuste de mercado que exigirá estratégias mais rigorosas por parte dos produtores e da indústria. (Adaptado para eDairyNews, com informações de Feed&Food)


Jogo Rápido

Webinar apresenta projeto de monitoramento de microrganismos resistentes e resíduos de antimicrobianos em alimentos
Na próxima segunda-feira (4/8), às 15h, a Anvisa irá realizar um webinar para apresentar o projeto-piloto do Programa Nacional de Monitoramento de Microrganismos Resistentes e Resíduos de Antimicrobianos em Alimentos. O encontro virtual tem como objetivo promover alinhamento técnico-operacional entre os participantes e fortalecer a articulação entre a Anvisa, os Laboratórios Oficiais de Saúde Pública e as Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais.  Para participar do webinar, basta CLICAR AQUI, no dia e horário agendados. Não é preciso fazer cadastro prévio. (Fonte: Anvisa)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.447


Conseleite/PR - RESOLUÇÃO Nº 07/2025 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de julho de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.  

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2025 é de R$ 4,3167/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível www.conseleitepr.com.br.  (Conseleite/PR)


Rotulagem de alimentos: Anvisa realiza série de diálogos virtuais sobre revisão de normas

A Anvisa irá realizar, ao longo dos meses de agosto e setembro, uma série de Diálogos Setoriais Virtuais para discutir com a sociedade as propostas de atualização das normas sobre rotulagem geral, nutricional e de alimentos alergênicos. Os encontros serão conduzidos pela Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) e têm como objetivo apresentar o andamento dos processos regulatórios em curso, esclarecer dúvidas e qualificar a participação social nas futuras consultas públicas.

A participação nos eventos é aberta a todos os setores da sociedade e não requer inscrição prévia. As reuniões serão realizadas pela plataforma Microsoft Teams, a partir dos links de acesso divulgados abaixo.

Durante os diálogos, serão abordadas as principais alterações propostas nos regulamentos, incluindo temas em discussão no âmbito do Mercosul e recomendações do Codex Alimentarius. Além disso, a GGALI disponibilizará documentos técnicos de apoio aos participantes antes de cada encontro, a fim de subsidiar as discussões.

Confira a programação:
1) Diálogo setorial virtual sobre revisão dos regulamentos de rotulagem geral, nutricional e de alergênicos
6/8/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar o histórico das tratativas, o andamento dos processos de revisão, uma visão geral das alterações propostas, a publicação dos termos de abertura dos processos regulatórios e a previsão das etapas seguintes, incluindo os demais diálogos temáticos e as consultas públicas.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão dos regulamentos de rotulagem geral, nutricional e de alergênicos  

2) Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem geral de alimentos
4/9/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar as principais alterações acordadas no Mercosul para a revisão do regulamento de rotulagem geral de alimentos embalados e esclarecer dúvidas para estimular e qualificar a participação social na consulta pública.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem geral de alimentos

3) Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem de alimentos alergênicos
11/9/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar as alterações propostas para a rotulagem de alimentos alergênicos, com foco na convergência com as recomendações do Codex Alimentarius, e esclarecer dúvidas para qualificar a participação social na consulta pública.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem de alimentos alergênicos

4) Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem nutricional
18/9/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar as alterações acordadas no Mercosul para a revisão do regulamento de rotulagem nutricional de alimentos embalados e esclarecer dúvidas sobre o tema, para qualificar a contribuição social na consulta pública.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem nutricional
(Fonte: Anvisa)

China aumentará importações de leite em pó

O mercado internacional de laticínios está prestes a receber um impulso significativo. De acordo com projeções recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China deverá aumentar substancialmente suas importações de leite em pó integral (LPI) em 2025. Esse crescimento na demanda do gigante do Leste Asiático representa uma notícia extremamente positiva para os países produtores e exportadores de laticínios, visto que a China é um dos maiores compradores globais dessa commodity.

Os fatores que impulsionam a demanda chinesa por leite em pó integral estão historicamente ligados ao crescimento populacional urbano, ao aumento do poder aquisitivo e às mudanças na dieta, que levam a um maior consumo de proteínas e laticínios. Esse cenário sugere uma confiança renovada no consumo e uma recuperação econômica no país, o que se traduz diretamente em um maior apetite por leite em pó integral.

Um aumento nas importações de leite em pó integral da China tem o potencial de gerar um impacto positivo nos preços internacionais do leite. A magnitude do mercado chinês significa que um aumento em suas compras pode influenciar as cotações globais, beneficiando os produtores de leite e a indústria de laticínios como um todo.

Para investidores e analistas de mercado, essas projeções do USDA são cruciais para a tomada de decisões estratégicas na cadeia de valor do leite. Para os principais países exportadores de laticínios, como Nova Zelândia , Estados Unidos, União Europeia, Austrália e Argentina , essa previsão abre oportunidades significativas. Um aumento na demanda chinesa indica um volume adicional de vendas e a possibilidade de melhores margens de exportação.

O leite em pó integral é uma commodity estratégica na agroindústria global devido à sua versatilidade e longa vida útil, o que facilita o transporte e o armazenamento para abastecer mercados distantes. O aumento das importações chinesas não apenas impulsiona o comércio deste produto, como também reforça a importância da produção global de laticínios. A indústria internacional de laticínios deve acompanhar de perto essa dinâmica para se adaptar e capitalizar as oportunidades apresentadas por um mercado em constante evolução. (As informações são do Dairy News Today, traduzidas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Comissão aprova repactuação de dívidas
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou projeto que prevê repactuação de dívidas rurais não pagas entre janeiro e dezembro de 2023 por conta de atividades prejudicadas por eventos climáticos ou preço baixo de produtos. A medida é válida para dívidas contratadas no Pronaf e no Pronamp. A proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça. (Correio do Povo)