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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.450


A demanda global por carne e laticínios continuará a crescer até 2034

O documento, intitulado Perspectivas Agrícolas OCDE-FAO 2025-2034, publicado em julho, projeta que, até 2034, o consumo per capita global de produtos de origem animal crescerá em média 6%. O crescimento mais significativo é esperado em países de renda média-baixa, onde o consumo pode aumentar até 24%.

O Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu, descreveu isso como evidência da melhoria da alimentação nos países em desenvolvimento. No entanto, ele observou que essas mudanças positivas não estão alcançando a todos. Em países com altas taxas de pobreza, o consumo diário de produtos de origem animal permanecerá extremamente baixo — cerca de 143 kcal por dia, o que representa metade do nível recomendado. Isso evidencia as persistentes desigualdades no acesso a alimentos nutritivos e a necessidade de esforços contínuos para alcançar a segurança alimentar.
 
Crescimento da Produção e Riscos Ambientais
Para atender à crescente demanda, a produção agrícola e pesqueira global deve aumentar em 14% até 2034. O crescimento mais ativo é esperado no setor de carnes e laticínios: a produção de carne, leite e ovos deverá crescer em 17%, enquanto o número total de gado e aves deverá aumentar em 7%.

No entanto, esse aumento na produção acarretará custos ambientais. De acordo com a previsão, as emissões diretas de gases de efeito estufa da agricultura crescerão 6% — apesar da redução na intensidade das emissões devido ao aumento da produtividade. Isso significa que, mesmo com uma produção mais eficiente, o volume total de emissões continuará a aumentar, a menos que medidas adicionais sejam tomadas para reduzir a pegada de carbono do setor.
 
Um cenário alternativo
O relatório também descreve um cenário alternativo: com a implementação de tecnologias modernas e maior investimento no setor agrícola, a agricultura global poderia não apenas fornecer alimentos mais nutritivos até 2034, mas também reduzir as emissões em 7% em comparação aos níveis atuais.

Este cenário depende da adoção generalizada de práticas avançadas, como:

  • Agricultura de precisão,
  • Ração animal especializada que reduza as emissões em ruminantes,
  • Métodos aprimorados de gestão de nutrientes.
Exigiria decisões políticas coordenadas, inovação tecnológica e investimentos direcionados — especialmente em países onde a insegurança alimentar permanece elevada.

O Secretário-Geral da OCDE, Mathias Cormann, enfatizou que a comunidade global possui as ferramentas necessárias para erradicar a fome. No entanto, ressaltou a importância de manter os mercados agroalimentares abertos e garantir o desenvolvimento sustentável da agricultura.
 
O comércio como pilar do sistema alimentar
A previsão dá atenção especial ao comércio internacional. Especialistas estimam que, até 2034, cerca de 22% de todos os produtos agrícolas cruzarão as fronteiras nacionais antes de chegar aos consumidores finais. Um sistema de comércio multilateral baseado em regras claras continua sendo uma ferramenta crucial para redistribuir excedentes e escassez, estabilizar preços e fortalecer a resiliência alimentar global.

O relatório ressalta que, sem comércio ativo, o setor agroalimentar global não será capaz de lidar com os desafios enfrentados pelo sistema alimentar. (As informações são do Dairy News Today, traduzidas pela equipe MilkPoint)


Interior do Brasil: o novo campo de batalha para o consumo de lácteos

O mercado consumidor brasileiro passa por uma mudança silenciosa, mas profunda. De acordo com dados do IPC Maps 2025, o interior do Brasil já concentra 55% do consumo nacional, enquanto as capitais e regiões metropolitanas, antes protagonistas, perdem espaço.

Para o setor lácteo, que tradicionalmente tem sua base produtiva nessas regiões, essa tendência traz uma mensagem clara: o futuro do crescimento está fora dos grandes centros urbanos.

Interior: de berço produtor a potência consumidora
Enquanto as grandes marcas disputam prateleiras e atenção em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte, um consumidor cada vez mais exigente cresce nas cidades médias do interior. São municípios entre 50 mil e 150 mil habitantes, com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), economia ativa e forte presença do agronegócio e da indústria – exatamente o perfil onde a cadeia láctea está enraizada. Esse consumidor, segundo a análise do CEO da TXC, Rubens Inácio, não quer apenas produtos, quer relacionamento e reconhecimento.

O varejo local já percebeu isso, oferecendo experiências diferenciadas que aumentam a fidelização. Para as marcas de lácteos, especialmente as que disputam espaço nas gôndolas, esse comportamento é uma oportunidade de ouro para reposicionar estratégias.

Oportunidade para lácteos: do básico ao premium
A demanda no interior não se limita a produtos de primeira necessidade como leite UHT. Há espaço para linhas premium, artesanais, funcionais e de origem controlada, categorias que crescem quando o consumidor se sente valorizado e quando há conexão com a cultura local. Além disso, a menor saturação de marcas em relação às capitais permite construir presença com menor custo competitivo e maior margem.

Cooperativas e pequenas indústrias regionais podem explorar melhor seu vínculo com a comunidade, enquanto multinacionais e grandes processadoras precisam adaptar seu marketing para não perder terreno.

Distribuição e relacionamento: as chaves para conquistar esse mercado
A pesquisa mostra que no interior, as lojas físicas são mais que pontos de venda; são pontos de encontro. Isso muda o jogo para a indústria láctea, que pode investir em ações de degustação, storytelling de marca e parcerias com varejistas locais para criar experiências de consumo.

Além disso, o fortalecimento de canais digitais – e-commerce, marketplaces e entregas diretas – deve acompanhar essa expansão, garantindo que o consumidor do interior também tenha acesso facilitado a produtos diferenciados.

Reflexão final
O varejo brasileiro já virou a chave. Quem continuar concentrando esforços apenas nas capitais corre o risco de ficar para trás. Para o setor lácteo, essa tendência é ainda mais estratégica: o interior não é apenas o celeiro da produção, agora também dita o ritmo do consumo. Ignorar esse movimento não é uma opção; é perder o jogo antes de começar. (Adaptado para eDairyNews, com informações de Minuto Rural)

 
Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto.

O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download.

Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou.

Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS, CLICANDO AQUI.

 


Jogo Rápido

Fundesa orienta sobre contribuição para reprodutores
O Fundesa-RS divulgou essa semana novo material de orientação para produtores de todas as cadeias que trabalham com material genético. Os reprodutores, diferentemente dos animais de produção, precisam contribuir uma vez ao ano, geralmente junto à declaração anual de rebanho. Esses animais podem ter, em caso de emergência sanitária, indenizações diferenciadas conforme a categoria, se registrados em suas associações de raça. O material está disponível em vídeo, PDF e também nas redes sociais. Para baixar e compartilhar clique nos links. Vídeo: CLIQUE AQUI. PDF: CLIQUE AQUI. (Fonte: Fundesa)


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Porto Alegre, 01 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.449


Por que o leite produzido no Brasil tem pouca gordura?

Atualmente vemos um interesse crescente pela produção de leite com maior teor de sólidos no Brasil. Historicamente, nosso país nunca valorizou devidamente a produção de leite com mais gordura e proteína; durante décadas fomos um mercado de leite fluído, onde o volume de leite é o grande direcionador do preço pago ao produtor, além das óbvias questões sanitárias.

Porém, há movimentos recentes de alguns laticínios em estabelecer programas de pagamento que valorizam, de fato, a produção de gordura e proteína do leite, o que certamente é muito benéfico para a cadeia produtiva, pois estimula a busca e adoção de práticas que promovam a melhora na composição do leite. As melhores fazendas já apresentam teores de gordura e proteína do leite comparáveis aos dos EUA ou Europa, mas quando olhamos para o cenário geral do país, ainda estamos longe.

As figuras abaixo mostram a variação mensal nos teores de gordura e proteína verdadeira do leite produzido nos EUA, segundo o levantamento Dairy Market Update de Fevereiro de 2025 do Serviço Nacional de Estatística do Departamento de Agricultura dos EUA (NASS-USDA), e a evolução de 2020 a 2024.

O foco deste artigo é a questão da gordura do leite, e quando vemos os números médios do rebanho norte americano, fica nítido quanto temos a evoluir. Por aqui pouquíssimas fazendas conseguem manter o teor de gordura do leite acima de 4,0 o ano todo, especialmente em rebanhos de alta produção. Sim, a genética pode ter um peso nisso, mas com as ferramentas que temos por aqui (genómica, etc.), a genética dos bons rebanhos brasileiros é muito parecida com a dos rebanhos americanos. Onde está a diferença?

É disso que vamos tratar a partir de agora. Muitos são os fatores que afetam o teor de gordura do leite. Vamos nos ater às questões nutricionais e de manejo que, em nosso entendimento, são as mais relevantes. Na verdade, há uma interação bem ampla entre a nutrição (qualidade dos alimentos e formulação da dieta) e as práticas de manejo nas fazendas, tanto o manejo alimentar em si, quanto questões do conforto das vacas. 
 
Fatores que influenciam a gordura no leite
Fisiologicamente, o principal responsável pela limitação a síntese de gordura no leite é a presença de um ácido graxo (AG) específico, o t10,c12 CLA, um dos isômeros do ácido linoléico, um ácido graxo polinsaturado de cadeia longa (C18:2), comumente presente nas dieta vacas leiteiras. Esse t10,c12 CLA reduz a atividade de enzimas lipogênicas indispensáveis, como a acetil-CoA carboxilase e a ácido graxo sintase, que são responsáveis pela síntese de ácidos graxos de cadeia curta e média na glândula mamária (GM).

Sempre que houver quantidades significativas de t10,c12 CLA chegando na GM, o teor de gordura do leite será limitado, ou reduzido. Além disso, o t10,c12 CLA também afeta a captação de ácidos graxos preformados (aqueles derivados da dieta ou das reservas corporais da vaca) da corrente sanguínea para a GM, essenciais para a concentração de AG de cadeia longa no leite (C16 e acima). E que condições contribuem para o aumento na quantidade de t10,c12 CLA que chega na GM? Duas coisas principais, o pH do rúmen e a concentração de ácidos graxos polinsaturadas na dieta (AGPI), principalmente do C18:2.

É de conhecimento geral que a acidose ruminal prolongada está diretamente relacionada à redução no teor de gordura do leite. O efeito não é do pH em si, mas do fato de que baixo pH ruminal leva ao aumento na presença do t10,c12 CLA no rúmen. Nessa condição, esse composto chega em maior quantidade na GM, causando redução no teor de gordura do leite. Isso não acontece apenas em vacas que apresentam acidose ruminal clínica, mesmo em animais com acidose subclínica, que não apresentam sintomas visíveis do problema, a concentração do t10,c12 CLA aumenta, afetando a gordura do leite.

Baixo pH ruminal é causado por muitos fatores, mas alguns merecem destaque:

  • Dieta mal formulada, contendo excesso de amido degradável (ADR) no rúmen e ou falta de fibra fisicamente efetiva (FDNfe). Manter relação FDNfe:ADR entre 1,2 e 1,4, mantendo o teor total de ADR abaixo de 20% da MS total da dieta é um bom parâmetro para manter o pH ruminal em valores adequados, sem limitar a eficiência fermentativa. A qualidade e/ou disponibilidade dos volumosos tem impacto decisivo nesse ponto.
  • Qualidade da mistura da dieta total. Misturas mal feitas facilitam a seleção de alimentos pelas vacas, favorecendo maior ingestão de concentrados, que por sua vez contribui decisivamente para o abaixamento do pH ruminal.
  • Tamanho de partículas dos alimentos volumosos. Partículas muito grandes são facilmente selecionadas pelas vacas, e se isso acontecer a ingestão de concentrados será maior e o pH do rúmen será mais baixo.
  • Estresse por calor. Uma das consequências diretas dessa condição é a ocorrência de acidose ruminal, seja por maior seleção no cocho, seja por menor ruminação. Sempre que estão sofrendo com o calor as vacas usam estratégias para produzir menos calor interno, e uma delas é reduzir a ingestão de fibra, pois a fermentação de alimentos fibrosos produz grande quantidade de calor. Ao ingerir menos fibra, naturalmente vão ruminar menos, com menor produção de saliva, de forma que haverá menos tamponamento do líquido ruminal, e o pH será mantido em valores mais baixos, por mais tempo.
  • Falta de espaço no cocho, levando as vacas a fazerem menor número de refeições, de maior tamanho. Quando isso acontece, após cada refeição o pH do rúmen sofre quedas mais intensas, de forma que os animais passar mais tempo com o pH ruminal baixo.
  • Falta de espaço para descanso (superlotação). Isso também altera o comportamento das vacas, que por passarem mais tempo em pé vão ruminar por menos tempo, o que leva a menor produção de saliva, como destacado anteriormente. 
  • Falhas no manejo dos tratos, fazendo com que os cochos fiquem vazios. Isso também resultará em menor número de refeições, de maior tamanho, com consequências semelhantes à falta de espaço no cocho.
A outra condição que leva ao aumento na presença do t10,c12 CLA no rúmen é a concentração excessiva de ácidos graxos polinsaturados na dieta. Esses compostos são comuns na dieta de ruminantes, principalmente por serem os principais constituintes da fração gordurosa das forragens e grãos de oleaginosas, como milho, soja e algodão. Também é bem conhecido o fato de que é preciso atenção com o teor de gordura nas dietas de vacas leiteiras, sendo altamente recomendável que este não passe de 6% da MS total ingerida. A principal razão para isso é justamente a presença desses AGPI, que se estiverem em quantidades excessivas prejudicam o crescimento de bactérias fibrolíticas. Além disso, quanto maior a concentração de C18:2, maior a presença do t10,cis12 CLA. 

Para minimizar o risco nutricional de redução no teor de gordura do leite recomendamos observar com atenção a carga total de AGPI na dieta (RUFAL), que deve ser mantida abaixo de 3% da MS total. Mas também é importante monitorar especificamente o C18:2, pois o t10,cis12 CLA é um dos seus isômeros. Importante destacar, que mesmo dietas em que não haja adição de alimentos com teor significativo de gordura, como caroço de algodão, soja tostada, DDG de alto óleo, dentre outros, a carga de RUFAL vinda apenas de silagem de milho e milho moído e/ou reidratado pode passar de 1,5% da MS total!

Além disso, atualmente temos diversas “ferramentas” nutricionais adicionais para ajudar a melhorar o teor de gordura do leite, que são economicamente viáveis. Diversos aditivos alimentares se mostram efetivos em ajudar nesse sentido, como as culturas de levedura, o HMTBa (análogo de metionina) e os biopeptídeos. Logicamente que o básico, o arroz com feijão, deve estar muito bem feito antes de pensar em utilizar outras ferramentas, mas essas podem ser auxiliares importantes para quem faz corretamente o trabalho de base.

Agora vamos tentar responder a pergunta no título do artigo. Por que em nosso país o teor médio de gordura do leite é tão mais baixo do que nos EUA, mesmo nas fazendas em que o sistema de produção é semelhante ao de lá? Nossa experiência de trabalho, aqui no Brasil e nos EUA, mostra que de maneira geral por aqui ainda falta a motivação para investir nas práticas necessárias para que o risco de queda na gordura do leite seja mínimo, isso é claro.

Os mercados são bastante diferentes. No entanto, também é preciso entender que as mesmas práticas que levam a produzir leite com mais gordura, também levam a maior produção total e maior eficiência produtiva. Já se foi o tempo em que se acreditava que buscar mais gordura no leite significava reduzir o volume total de leite. E à medida que vemos iniciativas de laticínios valorizando efetivamente a produção de sólidos, faz mais sentido caminhar nessa direção. (Alexandre M. Pedroso e Ricardo O. Rodrigue/Milkpoint)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1878 de 31 de julho de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE  

A produção de leite apresentou estabilidade na maior parte das regiões. Em algumas áreas beneficiadas pela oferta de forragens de qualidade e pelas melhores condições climáticas, houve incremento. Nas criações a pasto, foi oferecida suplementação com concentrados energéticos, como silagem e feno. O estado corporal e sanitário dos rebanhos está satisfatório. As condições climáticas favoreceram o conforto térmico e o bem-estar dos animais, reduzindo problemas de casco e facilitando a ordenha.   

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção apresentou leve aumento, e o estado corporal dos animais está apropriado.  

Na de Caxias do Sul, a produção de leite foi beneficiada pela luminosidade e pela umidade do solo adequadas, que possibilitaram o pastejo das vacas em lactação e garantiram boa produtividade. Nos sistemas intensivos, como free stall e compost barn, a base forrageira foi a silagem de milho, complementada com concentrados proteicos. As temperaturas mais amenas proporcionaram conforto térmico e bem-estar e facilitaram o pastejo. Já a ausência de barro em corredores e áreas de ordenha diminuiu os problemas de casco e as contaminações nos úberes. Os índices de qualidade do leite, como Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Padrão em Placas (CPP), ficaram dentro dos padrões exigidos. 

Na de Erechim, a oferta de forragem de qualidade impulsionou a produção. As condições de pastejo melhoraram bastante, permitindo a redução gradual do uso de silagens de inverno e de verão, pré-secados e feno. As condições sanitárias e nutricionais dos rebanhos foram satisfatórias. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite continuou estável, beneficiada pela melhora das pastagens. 

Na de Ijuí, a produção de leite ficou estável, e os padrões de qualidade foram considerados excelentes. Nos sistemas de produção a pasto, devido à oferta e ao valor nutricional das forragens, foi possível diminuir a suplementação com volumosos conservados.

Na de Passo Fundo, o estado geral do rebanho ficou regular, e a produção e o escore corporal das vacas em lactação estáveis. Houve aumento na CCS do leite, demandando maior atenção aos manejos sanitários.  

Na de Porto Alegre, os produtores relataram aumento dos custos de produção devido ao maior uso de suplementação compensatória na dieta dos rebanhos. 

Na de Soledade, os lotes de animais que não tiveram acesso à quantidade suficiente de forragem receberam suplementação com volumosos conservados, como silagem, pré-secado e feno.

Na de Pelotas, a condição sanitária dos rebanhos está satisfatória. Os dias ensolarados e as temperaturas mais altas contribuíram com o bem-estar animal. 

Na de Santa Rosa, o número de animais reduziu cerca de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a produção aumentou 8,24%. As condições sanitárias dos rebanhos ficaram ideais. (Fonte: Emater/RS)

Leite é seguro e nutritivo para a maioria da população, aponta especialista

Mesmo com as dúvidas que ainda cercam o consumo de leite, o alimento segue amplamente reconhecido como seguro, nutritivo e recomendado para a maioria da população. Rico em proteínas de alto valor biológico, cálcio, vitaminas B2, B12 e D, o leite desempenha um papel fundamental na formação e manutenção da saúde óssea, muscular e metabólica, sendo parte importante da alimentação equilibrada ao longo da vida.

De acordo com um consenso técnico elaborado pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), o produto lácteo continua sendo um dos alimentos mais relevantes do ponto de vista nutricional. O documento visa esclarecer equívocos que levam à retirada do leite da dieta sem necessidade clínica comprovada, o que pode resultar em deficiências nutricionais evitáveis.

A seguir, a nutricionista Dra. Aline David, mestre e doutora em Ciências pela USP, destaca os principais pontos que ajudam a desfazer mitos e orientar o consumo consciente:

1. O leite é seguro para a maioria das pessoas
Não há evidências científicas que justifiquem a exclusão do alimento de pessoas saudáveis. Casos como alergia à proteína do produto lácteo ou intolerância à lactose são específicos e requerem avaliação clínica profissional. Segundo a especialista, a exclusão baseada apenas em autodiagnóstico pode comprometer a ingestão adequada de nutrientes essenciais. “Muitos excluem o leite por autopercepção de intolerância, sem confirmação médica, o que prejudica a nutrição”, alerta a Dra. Aline.

2. APLV e intolerância à lactose são condições diferentes
A APLV é uma resposta imunológica às proteínas do produto lácteo e exige retirada completa do alimento e de seus derivados. Já a intolerância à lactose é uma condição fisiológica comum, causada pela redução da enzima lactase, podendo provocar desconforto digestivo. No entanto, muitas pessoas diagnosticadas conseguem tolerar pequenas quantidades ou utilizar alternativas como o leite sem lactose, conforme orientação profissional.

3. APLV é rara e geralmente desaparece na infância
Estudos indicam que cerca de 5,4% das crianças até 2 anos são afetadas pela APLV. No entanto, 87% superam a condição até os 3 anos, e 97% até os 15 anos. A Dra. Aline reforça a importância do acompanhamento médico: “O diagnóstico e a reintrodução do leite devem ser conduzidos por profissionais capacitados, evitando restrições prolongadas desnecessárias.”

4. Intolerância à lactose não exige exclusão total do produto lácteo
Pessoas diagnosticadas com intolerância geralmente toleram até 12g de lactose por dia, o equivalente a um copo do alimento (200 ml), que contém cerca de 8 a 10g. “É possível manter o produto lácteo na alimentação com estratégias como fracionamento das porções, consumo de derivados com menor teor de lactose ou uso de enzimas”, explica a especialista.

5. A retirada do leite deve ser sempre orientada por profissionais
A exclusão do leite sem critério técnico pode levar a deficiências de proteínas, cálcio, vitamina D e vitaminas do complexo B, sobretudo em fases como infância, gestação e envelhecimento. O leite e seus derivados representam fontes acessíveis e eficazes desses nutrientes.

O papel do leite na alimentação ao longo da vida
Com variedade crescente de versões disponíveis — integral, desnatado, sem lactose, tipo A2, entre outros —, o leite pode ser facilmente adaptado às necessidades de cada fase da vida. “O produto lácteo é um alimento versátil, acessível e altamente nutritivo. Seu consumo deve ser mantido sempre que não houver contraindicações. Ele cumpre papel essencial na alimentação infantil, adulta e da população idosa”, destaca a Dra. Aline.

Além disso, a especialista ressalta que o leite materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida e complementar até os dois anos ou mais, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O leite segue como um dos pilares da segurança alimentar no Brasil, sendo importante reforçar seu papel na saúde pública com base em evidências científicas e orientação profissional. A divulgação de informações corretas, como as do consenso ABRAN/SBAN, é fundamental para combater mitos e garantir escolhas alimentares mais seguras e eficazes para a população.

O leite é essencial na dieta equilibrada e deve ser considerado em todas as fases da vida. (Fonte: Revista Balde Branco)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 31/2025 – SEAPI
Os próximos dias alternarão períodos de temperatura alta, chuva e frio no RS. No sábado (02) e domingo (03), a passagem de uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na segunda (04) e terça-feira (05), ainda ocorrerão pancadas isoladas de chuva nos setores Leste e Norte, enquanto no restante do Estado o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio manterá a diminuição da nebulosidade e o declínio das temperaturas, com mínimas inferiores a 5°C em diversas regiões. Na quarta-feira (06), o a presença do ar seco garantirá o tempo firme em todo RS.  Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maioria das regiões. Em parte das Missões e no Planalto os volumes acumulados deverão variar entre 50 e 70 mm e poderão superar 80 mm em algumas localidades. (Fonte: Seapi)


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Porto Alegre, 31 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.448


Sem medidas mágicas

Terceiro maior produtor mundial de leite, com estimativa de captação de 37 bilhões de litros neste ano, o Brasil reúne condições para se tornar um grande exportador, segundo especialistas. Essa perspectiva tem mobilizado alguns dos maiores players desse mercado nos últimos anos, em um movimento que envolve principalmente qualificação dos produtores e melhoria da qualidade e da produtividade média dos rebanhos, hoje de 2.280 litros por vaca/ano, baixa em relação à média global, de 2.660 litros, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Por enquanto, o país está longe da meta de vender ao exterior e ainda importa leite. No ano passado, foram 6,348 milhões de litros/dia, de acordo com o Centro de Inteligência do Leite (CILeite), da Embrapa, vindos principalmente da Argentina e do Uruguai, que têm produção mais eficiente, preços mais baixos e ainda são isentos de tarifa por integrarem o Mercosul. As exportações foram de apenas 179 mil litros/dia, dada a falta de competitividade do país no mercado externo. Após forte alta dos preços, o litro pago ao produtor chegou, em média, a R$ 3,19 em julho de 2022, recuando para R$ 2,77 em julho de 2023 com aumento das importações, conforme dados do CILeite. Neste ano, a média tem oscilado em torno de R$ 2,70.

Embora esteja em queda, o preço ao produtor no Brasil é, segundo Guilherme Portella, diretor de ESG da Lactalis, o quinto mais alto do mundo. “É preciso melhorar a produtividade, de modo que o preço baixe e, ainda assim, remunere bem o produtor”, diz Portella. Uma das companhias que primeiro enxergaram o potencial leiteiro do Brasil, a francesa Lactalis projeta transformar o país em um hub de exportação de lácteos. A empresa consolidou sua presença no Brasil há cerca de dez anos, ao comprar os ativos de laticínios da BRF, que incluíram as marcas Batavo e Elegê e, em seguida, a fábrica e a marca Itambé, da mineira Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR), a maior cooperativa de captação de leite do Brasil. Hoje, a Lactalis é líder em captação, com 2,7 bilhões de litros em 2024, quando faturou R$ 17 bilhões. 

A companhia adquiriu nos últimos anos várias outras marcas, algumas da suíça Nestlé, e 21 plantas fabris, instaladas em oito Estados, que produzem de compostos lácteos, leite UHT e requeijão a queijos especiais, que já exporta para vários países da América Latina e Estados Unidos. A meta agora é dobrar as vendas em cinco anos, apostando que o setor leiteiro passará por movimento semelhante ao que consolidou o Brasil como grande exportador de aves e suínos nas últimas décadas. Um dos pilares daquele movimento foi a organização de pequenos e médios produtores em cooperativas, que também vem caracterizando a cadeia produtiva do leite. Entre os maiores fornecedores da Lactalis, a CCPR vende exclusivamente para a companhia os cerca de 90 milhões de litros/mês que consegue captar, segundo a empresa.

Após a venda da Itambé, há oito anos, a CCPR concentrou-se em captação, além de nutrição animal, em suas cinco fábricas em Minas Gerais, que produzem cerca de 300 mil toneladas por ano. Neste ano, a companhia desenvolve um projeto de originação de grãos para integração lavoura-pecuária, com apoio da Embrapa e do governo do Estado de Minas Gerais.

O projeto deve ser iniciado ainda neste ano e se consolidar em cerca de dez anos, na expectativa de Marcelo Candiotto, presidente da CCPR. Ao verticalizar a produção, a tendência, ele diz, é garantir empregabilidade, recuperar terras degradadas, ser mais sustentável e reduzir custos. Já a Cooperativa Central Aurora Alimentos, a Aurora Coop, terceiro maior grupo agroindustrial de proteína animal do Brasil, começou a operar com lácteos em 2004, por meio de cooperativas que produziam leite já nos anos 1980. Neste ano, adquiriu a Gran Mestri, ingressando no segmento de queijos especiais. Do faturamento da Aurora Coop, de R$ 24,9 bilhões em 2024 (36,4% no mercado externo), 12% referem-se a lácteos.

A Aurora Coop compra a maior parte do leite (80%) de produtores do oeste de Santa Catarina, onde estão localizadas 70% das três mil cooperativas associadas ao sistema, com captação de aproximadamente 450 milhões de litros de leite/ano, segundo Selvino Giesel, gerente de captação da companhia. Ele conta que aqueles produtores vendiam no mercado spot pelo preço mais baixo de todo o país até serem integrados à Aurora Coop, que passou a comprar toda a produção das cooperativas singulares e dos demais associados. O resultado, relata, foi a melhoria da qualidade do leite e dos preços pagos ao produtor. Como diz Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), não há medidas mágicas e isoladas para melhorar a competitividade da cadeia do leite: “É um processo lento, inclusive pela heterogeneidade dos produtores e dos laticínios/cooperativas. Mas estamos avançando, com melhores tecnologias, eficiência, escala de produção e qualidade”. (Valor Econômico)


SC fortalece leite local com nova política fiscal

Para assegurar a competitividade da cadeia produtiva do leite em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello decidiu prorrogar por mais 12 meses a suspensão dos incentivos fiscais voltados à importação de leite e derivados. A medida entrou em vigor em julho do ano passado, junto de outras ações do Programa Leite Bom, e foi renovada por decreto nesta quarta-feira, 30.

Com a prorrogação até 31 de julho de 2026, as importações desses produtos continuarão sujeitas ao pagamento integral do ICMS, com alíquotas que variam de 7% a 17%, dependendo da mercadoria. Antes da suspensão, o benefício fiscal fazia com que a carga tributária média sobre essas operações fosse de apenas 1,4%, o que favorecia a entrada de produtos estrangeiros a preços mais baixos.

"Quem trabalha no campo merece respeito e apoio do governo. A gente sabe o quanto é difícil acordar cedo, enfrentar sol, chuva e ainda competir com o produto que vem de fora. Essa medida é pra proteger o nosso leite e garantir que o esforço dos nossos produtores tenha valor e mercado justo aqui em Santa Catarina", destacou o governador Jorginho Mello.

A decisão adotada pelo Governo de Santa Catarina corrigiu um desequilíbrio de mercado que vinha prejudicando os produtores catarinenses, especialmente diante da concorrência de países como Argentina e Uruguai, onde a produção é fortemente subsidiada. Um dos casos mais críticos era o leite em pó integral: a importação em Santa Catarina cresceu 249% nos dois anos que antecederam o decreto estadual.
 
Reflexos positivos na indústria catarinense
A suspensão dos incentivos voltados à importação de leite e derivados teve reflexos positivos para a indústria catarinense. Indicadores monitorados pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC) mostram que o volume de importações de leite e derivados caiu quase 75% no primeiro semestre deste ano comparado ao mesmo período do ano passado: baixou de R$ 512,5 milhões para R$ 135,2 milhões. 

Já a produção catarinense teve um salto de 26% no mesmo período, subindo de R$ 5,4 bilhões no primeiro semestre de 2024 para R$ 6,8 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. 

"Os números confirmam que a suspensão dos incentivos fiscais para a importação surtiu efeito: reduzimos expressivamente a entrada de leite importado e, ao mesmo tempo, impulsionamos a produção local. Essa é uma resposta concreta a um pleito antigo dos produtores de leite catarinenses, que vinham enfrentando dificuldades para competir com o excesso de subsídios governamentais concedidos pelos países exportadores", analisa o secretário Cleverson Siewert (Fazenda).
 
Incentivo ao produtor local 
Além de frear a entrada de produtos lácteos importados, que geravam um cenário de concorrência desleal com a produção catarinense, o Governo do Estado também garantiu uma série de incentivos fiscais à agroindústria leiteira de Santa Catarina por meio do Programa Leite Bom.

A partir de um projeto aprovado na Assembleia Legislativa (Alesc) em agosto do ano passado, a indústria catarinense passou a contar com benefícios similares aos praticados no Paraná e no Rio Grande do Sul, aumentando o equilíbrio competitivo entre os Estados.

A garantia de crédito presumido para leite UHT, queijos e derivados do leite tem impacto financeiro escalonado de R$ 150 milhões em três anos: R$ 75 milhões (ano 1); R$ 50 milhões (ano 2) e R$ 25 milhões (ano 3). São mais de 100 empresas beneficiadas, que empregam cerca de 7,3 mil funcionários.

A indústria do leite é a 3º maior cadeia produtiva de SC, tem cerca de 80 mil produtores e faz do Estado o 4º maior produtor de leite do Brasil (atrás apenas de MG, PR e RS), com 3,2 bilhões de litros/ano.

“O Programa Leite Bom SC está fortalecendo toda a cadeia produtiva do leite. É mais uma demonstração concreta do compromisso do nosso Estado com a bovinocultura leiteira. Somos o quarto maior produtor de leite do país, e com esses investimentos criamos condições para que o produtor possa investir na propriedade, aumentar sua renda e continuar no campo. Ao mesmo tempo, estimulamos o crescimento e a competitividade da indústria leiteira”, destaca o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini. (As informações são da Secretaria de Estado da Fazenda)

Rabobank alerta: preço do leite deve cair com consumo fraco

O preço do leite no Brasil deve sofrer nova retração no terceiro trimestre de 2025, segundo análise do Rabobank, que projeta um cenário de pressão para o setor diante da combinação de alta na oferta e consumo interno estagnado.

A perspectiva é de um mercado mais competitivo e menos rentável para o produtor, mesmo com margens operacionais ainda positivas.

A captação industrial de leite subiu 4,5% no primeiro trimestre do ano, resultado direto de boas margens no campo.

Em maio, o indicador “receita menos custo de alimentação por vaca” chegou a R$ 37, valor acima dos R$ 34 registrados em maio de 2024.

Essa melhora é atribuída à queda nos custos de ração — impulsionada pela ampla oferta de grãos — e aos preços ainda elevados pagos ao produtor na primeira metade do ano.

No entanto, a demanda interna segue desaquecida. Embora o desemprego esteja em baixa, a renda real desacelerou em 2025, limitando o crescimento do consumo de lácteos no varejo. Com isso, o banco projeta uma leve queda nos preços pagos ao produtor, revertendo a tendência de alta observada nos trimestres anteriores.

Oferta global em expansão e importações pressionam ainda mais
No mercado internacional, a produção de leite cresce nos principais polos exportadores — Europa, Estados Unidos e América do Sul — com expectativa de avanço de 1,4% no volume produzido neste trimestre. Trata-se da maior expansão desde 2021.

Paralelamente, o consumo global permanece enfraquecido diante de juros altos e instabilidades econômicas e geopolíticas, o que limita o fôlego das commodities lácteas.
Outro fator de pressão vem do câmbio. A valorização do real frente ao dólar tem facilitado as importações.

Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil aumentou as compras externas de lácteos em 1% em volume e 9% em valor, tendência que deve se intensificar com a queda dos preços internacionais, prejudicando a competitividade do produto nacional — especialmente no caso das exportações.

Gestão de custos será crucial
Com margens mais apertadas no horizonte, o Rabobank recomenda que os produtores redobrem a atenção com a gestão dos custos.

A eficiência no uso dos insumos, a qualidade da alimentação e o controle de produtividade do rebanho serão cruciais para manter a viabilidade do negócio.
Embora o setor tenha se beneficiado recentemente de uma combinação favorável entre preços e custos, o cenário aponta para um ajuste de mercado que exigirá estratégias mais rigorosas por parte dos produtores e da indústria. (Adaptado para eDairyNews, com informações de Feed&Food)


Jogo Rápido

Webinar apresenta projeto de monitoramento de microrganismos resistentes e resíduos de antimicrobianos em alimentos
Na próxima segunda-feira (4/8), às 15h, a Anvisa irá realizar um webinar para apresentar o projeto-piloto do Programa Nacional de Monitoramento de Microrganismos Resistentes e Resíduos de Antimicrobianos em Alimentos. O encontro virtual tem como objetivo promover alinhamento técnico-operacional entre os participantes e fortalecer a articulação entre a Anvisa, os Laboratórios Oficiais de Saúde Pública e as Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais.  Para participar do webinar, basta CLICAR AQUI, no dia e horário agendados. Não é preciso fazer cadastro prévio. (Fonte: Anvisa)


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Porto Alegre, 30 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.447


Conseleite/PR - RESOLUÇÃO Nº 07/2025 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de julho de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.  

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2025 é de R$ 4,3167/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível www.conseleitepr.com.br.  (Conseleite/PR)


Rotulagem de alimentos: Anvisa realiza série de diálogos virtuais sobre revisão de normas

A Anvisa irá realizar, ao longo dos meses de agosto e setembro, uma série de Diálogos Setoriais Virtuais para discutir com a sociedade as propostas de atualização das normas sobre rotulagem geral, nutricional e de alimentos alergênicos. Os encontros serão conduzidos pela Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) e têm como objetivo apresentar o andamento dos processos regulatórios em curso, esclarecer dúvidas e qualificar a participação social nas futuras consultas públicas.

A participação nos eventos é aberta a todos os setores da sociedade e não requer inscrição prévia. As reuniões serão realizadas pela plataforma Microsoft Teams, a partir dos links de acesso divulgados abaixo.

Durante os diálogos, serão abordadas as principais alterações propostas nos regulamentos, incluindo temas em discussão no âmbito do Mercosul e recomendações do Codex Alimentarius. Além disso, a GGALI disponibilizará documentos técnicos de apoio aos participantes antes de cada encontro, a fim de subsidiar as discussões.

Confira a programação:
1) Diálogo setorial virtual sobre revisão dos regulamentos de rotulagem geral, nutricional e de alergênicos
6/8/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar o histórico das tratativas, o andamento dos processos de revisão, uma visão geral das alterações propostas, a publicação dos termos de abertura dos processos regulatórios e a previsão das etapas seguintes, incluindo os demais diálogos temáticos e as consultas públicas.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão dos regulamentos de rotulagem geral, nutricional e de alergênicos  

2) Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem geral de alimentos
4/9/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar as principais alterações acordadas no Mercosul para a revisão do regulamento de rotulagem geral de alimentos embalados e esclarecer dúvidas para estimular e qualificar a participação social na consulta pública.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem geral de alimentos

3) Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem de alimentos alergênicos
11/9/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar as alterações propostas para a rotulagem de alimentos alergênicos, com foco na convergência com as recomendações do Codex Alimentarius, e esclarecer dúvidas para qualificar a participação social na consulta pública.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem de alimentos alergênicos

4) Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem nutricional
18/9/2025 - 9h30 às 12h
Objetivo: Apresentar as alterações acordadas no Mercosul para a revisão do regulamento de rotulagem nutricional de alimentos embalados e esclarecer dúvidas sobre o tema, para qualificar a contribuição social na consulta pública.
Acesse o diálogo: Diálogo setorial virtual sobre revisão do regulamento de rotulagem nutricional
(Fonte: Anvisa)

China aumentará importações de leite em pó

O mercado internacional de laticínios está prestes a receber um impulso significativo. De acordo com projeções recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China deverá aumentar substancialmente suas importações de leite em pó integral (LPI) em 2025. Esse crescimento na demanda do gigante do Leste Asiático representa uma notícia extremamente positiva para os países produtores e exportadores de laticínios, visto que a China é um dos maiores compradores globais dessa commodity.

Os fatores que impulsionam a demanda chinesa por leite em pó integral estão historicamente ligados ao crescimento populacional urbano, ao aumento do poder aquisitivo e às mudanças na dieta, que levam a um maior consumo de proteínas e laticínios. Esse cenário sugere uma confiança renovada no consumo e uma recuperação econômica no país, o que se traduz diretamente em um maior apetite por leite em pó integral.

Um aumento nas importações de leite em pó integral da China tem o potencial de gerar um impacto positivo nos preços internacionais do leite. A magnitude do mercado chinês significa que um aumento em suas compras pode influenciar as cotações globais, beneficiando os produtores de leite e a indústria de laticínios como um todo.

Para investidores e analistas de mercado, essas projeções do USDA são cruciais para a tomada de decisões estratégicas na cadeia de valor do leite. Para os principais países exportadores de laticínios, como Nova Zelândia , Estados Unidos, União Europeia, Austrália e Argentina , essa previsão abre oportunidades significativas. Um aumento na demanda chinesa indica um volume adicional de vendas e a possibilidade de melhores margens de exportação.

O leite em pó integral é uma commodity estratégica na agroindústria global devido à sua versatilidade e longa vida útil, o que facilita o transporte e o armazenamento para abastecer mercados distantes. O aumento das importações chinesas não apenas impulsiona o comércio deste produto, como também reforça a importância da produção global de laticínios. A indústria internacional de laticínios deve acompanhar de perto essa dinâmica para se adaptar e capitalizar as oportunidades apresentadas por um mercado em constante evolução. (As informações são do Dairy News Today, traduzidas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Comissão aprova repactuação de dívidas
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou projeto que prevê repactuação de dívidas rurais não pagas entre janeiro e dezembro de 2023 por conta de atividades prejudicadas por eventos climáticos ou preço baixo de produtos. A medida é válida para dívidas contratadas no Pronaf e no Pronamp. A proposta será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça. (Correio do Povo)


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Porto Alegre, 29 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.446


Trabalhadores rurais têm alta de 5,5% na renda no 1º tri de 2025

O rendimento médio mensal dos trabalhadores e trabalhadoras da agropecuária brasileira teve um avanço expressivo de 5,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados fazem parte do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag).Segundo o levantamento, realizado em parceria com o Dieese, o salário médio no setor agropecuário passou de R$ 2.022 para R$ 2.133, considerando trabalhadores ocupados nas atividades de agricultura, pecuária, pesca, aquicultura e produção florestal. 
O crescimento representa uma recuperação em comparação à variação de apenas 0,2% registrada em 2024, no mesmo recorte. “O aumento do rendimento reforça que estamos no caminho certo na luta pela dignidade no meio rural, que passa necessariamente pela geração de renda e por um desenvolvimento rural sustentável”, afirma Vânia Marques Pinto, presidenta da Contag.
 
Crescimento por região
A recuperação da renda foi impulsionada principalmente por duas regiões: o Norte, que avançou 21%, e o Sul, com alta de 9,7%. O Nordeste aparece na sequência, com 7,5%, seguido pelo Sudeste, com 1,7%.Já o Centro-Oeste foi a única região que registrou queda, com recuo de 7,9% na média salarial. Ainda assim, a região permanece no topo da renda nacional, com R$ 3.492 mensais — o maior valor entre todas as regiões. O Nordeste, por outro lado, segue com o menor rendimento médio, de R$ 1.081. As informações são do Estadão)


Leite no Brasil: escala não garante lucro, mostra estudo da Labor Rural

A rentabilidade da pecuária leiteira no Brasil não depende apenas da escala de produção. Essa é a principal conclusão de uma ampla análise conduzida pela consultoria Labor Rural, com dados de 2023 em Minas Gerais.

Mesmo entre produtores com menos de 500 litros diários, a eficiência técnica e a gestão criteriosa provaram ser mais determinantes para o sucesso financeiro do que o volume de leite produzido.

Segundo o Anuário do Leite 2025, publicado pela Embrapa Gado de Leite, o setor vive um momento de reestruturação acelerada: menos produtores, maior produtividade por vaca e concentração em médias e grandes propriedades. Mas a pergunta persiste — é possível ser lucrativo mesmo em pequena escala?

A resposta, com base nos dados da Labor Rural, é sim — desde que se adote uma gestão eficiente. No grupo dos pequenos produtores, os 25% mais rentáveis obtiveram uma remuneração do capital de 7,16% ao ano, que salta para 16,59% quando se exclui o valor da terra. A margem líquida mensal média foi de R$ 6.267, já incluindo o valor do trabalho familiar.

O segredo? Custos de produção 25,4% menores do que os colegas menos eficientes, mesmo vendendo o leite por apenas 2,8% a mais. Por outro lado, os menos rentáveis amargaram um prejuízo médio mensal de R$ 4.609.

Entre os produtores com mais de 4.000 litros por dia, a lógica se manteve. A diferença no preço do leite entre os mais e menos rentáveis foi de apenas 2,6%.

No entanto, os mais eficientes conseguiram cortar 22,3% dos custos, o que se traduziu em uma remuneração do capital de 19,9% ao ano — ou expressivos 30,82% sem considerar a terra.

A margem líquida por hectare chegou perto dos R$ 13 mil, valor considerado alto frente a outras atividades agropecuárias. Já os menos rentáveis dessa faixa mal ultrapassaram 1% de retorno sobre o capital investido.

A produtividade se destaca como fator decisivo. Em ambos os perfis — pequeno ou grande — os produtores mais lucrativos apresentaram melhores indicadores em produtividade animal, uso da terra, estrutura de rebanho e eficiência da mão de obra.

Ou seja, vender mais leite ou conseguir um preço melhor não basta: a chave está no uso inteligente dos recursos disponíveis.

O Anuário da Embrapa reforça essa visão ao apontar para uma profissionalização crescente do setor. Fazendas que investem em gestão, tecnologia e controle de custos vêm colhendo bons frutos — e isso independe do tamanho da operação.

Ainda que a escala traga vantagens como bônus por volume e diluição de custos fixos, os resultados demonstram que a rentabilidade nasce da porteira para dentro.

Produtores tecnicamente preparados, mesmo com volume modesto, têm plena capacidade de competir no mercado e alcançar resultados expressivos.

No cenário atual da pecuária leiteira brasileira, volume e preço continuam relevantes — mas não são determinantes isolados.

A sustentabilidade da atividade está diretamente ligada à soma de boa gestão, controle de custos e eficiência produtiva. Em um mercado cada vez mais exigente, é essa tríade que define quem prospera e quem fica para trás. (Adaptado para eDairyNews, com informações de O Presente Rural)

Forte previsão para o setor lácteo da Nova Zelândia na temporada 2025/2026 

Economistas do banco ANZ afirmam que a produção de sólidos do leite, no mês de junho, aumentou acentuadamente, o que leva à previsão de uma excelente primavera.  Junho, historicamente, é um mês fraco para a produção de leite em decorrência do inverno. No entanto, os números do mês passado são promissores para toda a temporada 2025/26.  “O início está compatível com uma forte primavera – de agosto a outubro – liderado pelo sinal do mercado de que o mundo precisa de mais leite”, disseram.

Isso ajudou a elevar os preços globais dos lácteos, o que incentiva os produtores a aumentar a produção em decorrência do preço de abertura da Fonterra que foi de NZ$ 10,00 por quilo de sólidos (kgMS), [R$ 2,56/litro], acima dos preços do ano passado, e bem distante dos NZ$ 6,69 de 2017 e 2018.  Os economistas do banco ANZ também ressaltam o forte crescimento das pastagens, o que foi possível pela recuperação das condições secas que atingiram Waikato e Taranaki de janeiro a março.  

Eles acrescentam que mais vacas estão prenhas dentro do prazo desejado de seis semanas, poucos animais foram descartados, ou serão enviados para corte no decorrer da temporada, e mais animais estão sendo retidos para a produção de leite, o que contribui para aumento da produção nas fazendas.  Um outro indicador para o aumento da produção é o crescimento de 34% nas importações do extrato de palma (PKE), uma torta resultante da trituração dos resíduos da extração do óleo de palma. Esse produto é exportado do Sudeste Asiático para a Nova Zelândia, que servirá de suplemento alimentar para as vacas leiteiras.  

Os analistas do banco ANZ disseram que a produção de leite da temporada 2024/2025 subiu 3% em relação ao ano anterior, e foi o maior percentual anual de aumento desde 2014/15. “É difícil obter grandes ganhos por dois anos consecutivos, mas ‘havendo alinhamento dos astros’, é muito provável que a temporada 2025/2026 cresça de 1 a 3%, principalmente se o tempo colaborar”, disseram os economistas. As perspectivas otimistas do setor lácteo se estendem à carne bovina. 

No entanto, o gado de corte está diante de potenciais problemas com o aumento das tarifas estadunidenses, um desafio que tem um impacto, relativamente pequeno na indústria de laticínios. “As exportações de lácteos da Nova Zelândia para os Estados Unidos da América (EUA) são de alto valor agregado, mas de baixo volume”, disse o economista Matt Dilly.  “Então, é um comércio resiliente a potenciais aumentos de tarifas, a menos que sejam exageradamente elevadas”.  Dilly acrescenta que outros fatores favorecem a indústria de laticínios da Nova Zelândia. A produção de outras regiões é insuficiente, criando uma escassez global.  

“Os preços dos lácteos estão elevados há pouco mais de um ano e os preços dos grãos, baixos. Isso é pouco relevante para a Nova Zelândia, mas de suma importância para sistemas de produção de leite em confinamento. Então, os preços baixos dos grãos indicam lucros que poderão levar todos a produzirem mais leite. 

No entanto, isso não ocorreu no último ano, em decorrência de outros fatores. E essas questões estão se acumulando, e as dificuldades enfrentadas por produtores de outros países acabam beneficiando a Nova Zelândia.  Na América do Sul, o clima tem sido bastante adverso. No ano passado, a gripe aviária afetou fazendas na América do Norte. E, na Europa, o surto do vírus da língua azul impactou fortemente a produção de leite.  Portanto, as fazendas leiteiras no exterior, encontram-se diante de grandes desafios para expandir a produção de leite, deixando a Nova Zelândia em uma boa situação, e com retornos acima do custo de produção”.  (Fonte: interest.co.nz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

FestiQueijo encerra com público total de 34 mil pessoas
O 33º FestiQueijo encerrou no domingo (27) com números que comprovam o sucesso de mais uma edição histórica. Em cinco finais de semana, o festival gastronômico reuniu mais de 34 mil pessoas, desde a abertura oficial, passando pelo FestiQueijo dedicado exclusivamente aos idosos, até o fechamento, no Centro Cultural Mãe de Deus, em Carlos Barbosa, que desfrutaram de sabores inigualáveis e de 72 atrações culturais. Outros destaques da edição deste ano foram os eventos paralelos ao festival, como a Feira Feito em Barbosa, com 32 expositores locais, e a Estação das Etnias, uma homenagem aos povos que colonizaram o município.  O presidente do 33º FestiQueijo, Francisco Guazzelli, enfatiza que o festival deste ano marcou uma retomada após um ano sem poder ser realizado em função das fortes chuvas ocorridas em maio de 2024. O presidente valorizou o espírito comunitário que se fortaleceu ainda mais nesta edição, contribuindo para que o festival seja um dos principais atrativos da Serra Gaúcha durante o inverno. (Jornal do Comércio)


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Porto Alegre, 28 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.445


Conseleite/MG - Resolução Julho/2025

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Julho de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:  

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2025 a ser pago em Junho/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2025 a ser pago em Julho/2025. 

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2025 a ser pago em Agosto/2025. 

 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite/MG)

Dia de Campo foca no uso dos cereais de inverno em Boa Vista do Cadeado

Com o objetivo de fortalecer a produção agropecuária familiar por meio do uso eficiente de forragens e tecnologias voltadas à conservação do solo, o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Boa Vista do Cadeado, em parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura, a Embrapa Trigo e a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) promoveu no dia 23 de julho o Dia de Campo de Cereais de Inverno e Produção de Pré-Secado.

Durante a manhã, as atividades iniciaram com uma palestra que destacou os benefícios do Programa de Sementes e Mudas Forrageiras, vinculado ao Programa Leite Gaúcho e Pecuária Familiar, apresentada por Jonas Wesz, chefe da Divisão de Sistemas Produtivos da SDR. A iniciativa tem contribuído anualmente com mais de dez mil agricultores familiares, incentivando o cultivo de espécies forrageiras como aveia, capim sudão, azevém e trigo duplo propósito, fundamentais na formação de pastagens e alimentação dos rebanhos.

Na sequência, a Operação 365 foi destaque, com um programa voltado à melhoria da qualidade química, física e biológica dos solos agrícolas. A proposta promove o uso de boas práticas agrícolas, como rotação de culturas e plantio direto, aliadas ao uso de plataformas digitais para o monitoramento e gestão das lavouras, com foco na sustentabilidade e rentabilidade. O painel foi conduzido pelo chefe-geral da Embrapa Trigo de Passo Fundo, engenheiro agrônomo Jorge Lemainski.

Representando a Emater/RS-Ascar, o médico veterinário e assessor técnico regional Oldemar Heck Weiller compartilhou resultados de trabalhos realizados com duas famílias de bovinocultores de leite da região de Ijuí e Quinze de Novembro, que adotaram cereais de inverno na dieta dos animais. Segundo ele, a parceria entre produtores, empresas e técnicos tem sido essencial para difundir práticas que garantem melhor desempenho produtivo e nutricional.

O extensionista Tiago Rafael Diello, do escritório da Emater/RS-Ascar em Boa Vista do Cadeado, detalhou o processo de implantação e manejo das culturas utilizadas na área demonstrativa do evento, abordando os desafios enfrentados durante o ciclo, como déficit hídrico, chuvas intensas, geadas e dificuldades logísticas. As cultivares avaliadas incluíram trigo, aveia preta, cevada e triticale.

Também participaram o técnico agrícola Paulo Cesar Keitel e o secretário municipal Sidinei Fracaro, que destacaram as ações da administração municipal em apoio aos produtores, como a aquisição recente de uma enfardadeira de alta tecnologia para a produção de pré-secado. O equipamento tem proporcionado agilidade e qualidade na prestação de serviços ao setor agropecuário local.

No turno da tarde, os participantes percorreram as estações técnicas conduzidas por profissionais da Embrapa Trigo, que abordaram temas como manejo do solo, produção forrageira e uso de cereais de inverno. A programação também contou com apresentação de cultivares pela Cotripal, demonstração de drones da empresa AgroDrones/RS e orientações sobre produção de sementes com representantes da iniciativa privada.

O evento reuniu técnicos, produtores e representantes de diversos municípios da região, como Ijuí, Quinze de Novembro, Pejuçara, Cruz Alta, Panambi, entre outros, consolidando-se como um espaço de troca de conhecimento, difusão de tecnologias e fortalecimento da agricultura familiar no Noroeste gaúcho. (Emater/RS)

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto.

O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download.

Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou.

Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS, CLICANDO AQUI.


Jogo Rápido

Lei para sucessão entra em vigor
Entrou em vigor a Lei 15.178, que institui a Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural. O objetivo da legislação é reduzir a migração de jovens para os centros urbanos e garantir a sua permanência, com qualidade de vida, nas comunidades rurais. A nova norma, de acordo com a Agência Senado, traz iniciativas ligadas à sucessão na propriedade da agricultura familiar. A lei foi sancionada pela Presidência da República com o veto de um artigo considerado inconstitucional. O público-alvo são jovens de 15 a 29 anos da agricultura familiar. A política atua em setores como acesso à terra, crédito rural e parcerias com instituições de ensino e pesquisa. Com a publicação da lei no Diário Oficial da União, na quinta-feira, 24, fica autorizada a criação de linhas de crédito específicas, com condições diferenciadas para reduzir riscos de empréstimos. (Correio do Povo)


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Porto Alegre, 25 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.444


Junto com o Estado, setor leiteiro busca tecnologias e políticas de inovação

Alinhado com o Governo gaúcho na busca por inovação e competitividade, o setor leiteiro do Rio Grande do Sul participou do início das discussões para a implementação de um plano de ações, por meio do Centro de Inteligência do Agronegócio, voltado à modelagem competitiva do agronegócio no Estado. O objetivo é que o setor se torne referência em inteligência e tecnologia até 2035.

Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), o secretário-executivo Darlan Palharini lembrou que a tecnologia já não é mais uma opção, mas uma condição para a permanência do produtor na atividade. “Quem quer seguir na atividade leiteira precisa apostar em inovação. Esses encontros e políticas construídas em parceria com o Estado são fundamentais para o crescimento das startups, a exemplo das que já atuam diretamente com soluções para o setor leiteiro”, afirmou.

O dirigente lembrou ainda que o Centro Agro vem sendo articulado desde 2023 para impulsionar o uso de tecnologias de ponta no campo. “Ele está formatando um ambiente de desenvolvimento para criar políticas públicas de incentivo, e o leite está incluído nesse processo, seja pelas tecnologias já apresentadas, seja pela necessidade permanente de tecnificação”, pontuou.

O encontro aconteceu em Esteio (RS), na quinta-feira, e foi articulado pelas secretarias de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e de Desenvolvimento Rural (SDR). (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Conseleite/SC - RESOLUÇÃO Nº 07/2025

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Julho de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Junho de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2025.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1877 de 24 de julho de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite se manteve estável na maioria das regiões em virtude da melhora nas pastagens e da suplementação e do manejo adequados, consequentemente reduzindo perdas de peso e problemas sanitários. O fornecimento de volumosos e concentrados se manteve, especialmente onde houve menor oferta de forragem. As condições sanitárias dos rebanhos estão, em geral, satisfatórias; houve apenas registros pontuais de aumento na Contagem de Células Somáticas (CCS), de tristeza parasitária e brucelose.  

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite se manteve estável, e o estado corporal dos rebanhos está adequado. Alimentos complementares continuaram a ser ofertados. Na de Caxias do Sul, a suplementação alimentar com silagem de milho e com concentrados tem sido utilizada, mas o retorno dos rebanhos para as forrageiras cultivadas possibilitou a manutenção do volume de produção. As condições de sanidade do rebanho e de bem-estar animal estão satisfatórias, bem como os parâmetros de qualidade, como a CCS e a Contagem Padrão em Placas (CPP). 

Na de Erechim, o estado corporal e sanitário dos animais está adequado. A produção leiteira segue estável ou em recuperação, especialmente em sistemas a pasto bem manejados. Nas propriedades com menor disponibilidade de volumosos, foram registrados casos pontuais de perda de peso. Seguem os nascimentos nas propriedades, exigindo atenção redobrada nos cuidados com bezerras, especialmente em relação à umidade e ao frio.  Na de Frederico Westphalen, a produção de leite apresentou um leve incremento em razão da melhora na qualidade das pastagens e do tempo disponível para pastejo. 

Na de Ijuí, a produção continua satisfatória, impulsionada pela disponibilidade de volumoso aos animais. A qualidade do leite está dentro dos parâmetros exigidos.  Na de Passo Fundo, o estado geral do rebanho está regular. A produção e o escore corporal das vacas em lactação ficaram estáveis. No entanto, foi observado aumento na CSS do leite, reflexo do último período chuvoso, o que exigiu maior atenção aos manejos sanitários. 

Na de Porto Alegre, para manter a qualidade da dieta do rebanho, foram utilizadas reservas de alimentos volumosos e intensificada a oferta dos concentrados. Mesmo assim, houve redução no volume de produção. Na de Soledade, ainda houve necessidade de suplementação com alimentos conservados.  

Na de Pelotas, em Pedras Altas, a produção segue aumentando em razão do bem-estar animal e da suplementação com silagem de milho. Em São Lourenço do Sul, a condição corporal dos animais melhorou em função dos manejos de lotação apropriados nos piquetes. Já em Jaguarão, em Morro Redondo e em Rio Grande, a produção se reduziu e/ou está abaixo do esperado. Em Pelotas, apesar da diminuição da infestação por carrapatos, ainda foram registrados casos de tristeza parasitária. 

Na de Santa Maria, o acúmulo de barro nas áreas de espera e nos corredores diminuiu, contribuindo para os manejos e para a diminuição de riscos de mastites. Em Júlio de Castilhos, houve registros de casos de brucelose. Na de Santa Rosa, as condições sanitárias dos rebanhos permaneceram satisfatórias, e a produção aumentou, resultado dos pastos de qualidade. 

Em Porto Mauá, através de um programa municipal de incentivo à atividade, 11 propriedades foram beneficiadas com concreto usinado para a implantação de pisos nos corredores e nas salas de espera.  (Fonte: Emater/RS)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 30/2025 – SEAPI  
A próxima semana terá o retorno de chuva forte ao RS. Na sexta-feira (25), a nebulosidade seguirá predominando, com chuvas fracas e isoladas nos setores Leste e Norte. Entre o sábado (26) e domingo (27), a passagem de uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados. Na segunda-feira (28), ainda ocorrerá grande variação da nebulosidade, com pancadas de chuva na Metade Leste e na faixa Norte. Entre terça (29) e quarta-feira (30), o ingresso de uma massa de ar seco e frio afastará as instabilidades e manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas em todo Estado.  Os volumes previstos deverão oscilar entre 30 e 50 mm na maioria das áreas. Nos setores Norte e Leste os totais esperados deverão variar entre 60 e 80 mm e poderão alcançar 100 mm em alguns municípios. (Fonte: Seapi)


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Porto Alegre, 24 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.443


Mercado do Leite: atualização de preços quinzenal 24/07

Com intuito de atualizar nossos leitores sobre o cenário do mercado do leite, o MilkPoint, em parceria com o MilkPoint Mercado, trará um panorama geral sobre os acontecimentos mais relevantes da quinzena no setor lácteo.
 
Confira abaixo a última atualização:

Leite Spot - Segundo dados do MilkPoint Mercado, na segunda quinzena de julho o preço do leite spot subiu R$0,01 em relação à quinzena anterior, alcançando R$2,78 por litro.

Preços Internacionais - No 384º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 15 de julho, o mercado apresentou certa estabilidade nos produtos comercializados, após quatro leilões indicando quedas nos preços. O preço médio dos produtos negociados ficou em US$4.380 por tonelada, refletindo uma melhora de 1,1% no GDT Price Index, em comparação com o evento anterior. 

Leite UHT - O preço médio do leite UHT em São Paulo ficou em R$4,44 por litro nesta semana, com apenas ajustes pontuais em relação ao período anterior. Segundo empresas consultadas, o mercado mostrou menor apetite de compra, o que limitou tanto os avanços nas cotações quanto o fechamento de volumes maiores de vendas.

Muçarela - O mercado de queijos manteve ritmo fraco nesta semana, com a muçarela sendo negociada a uma média de R$30,4 por quilo. De acordo com as empresas consultadas, houve muita especulação e dificuldades para fechar novos negócios. Algumas marcas precisaram reduzir os preços para conseguir maior giro e movimentar os volumes no mercado.

Leite em Pó - O mercado de leite em pó segue pressionado pela baixa no interesse comercial, refletindo também o cenário internacional. O leite em pó integral (LPI, 25 kg) teve média de R$27,70 por quilo, enquanto o desnatado (LPD, 25 kg) recuou mais fortemente, com média de R$24,60 por quilo. Já o leite em pó fracionado (LPF, 400 g) manteve preços estáveis, com média de R$32,80 por quilo, sustentado por uma demanda de varejo menos volátil.

Milho – O milho registrou nova queda nos preços, com a média parcial do mês girando em torno de R$ 63,6 por saca, cerca de R$4,50 a menos em relação à média final do mês anterior. Essa retração é atribuída, principalmente, à entrada da segunda safra no mercado, que elevou a oferta e intensificou a pressão sobre as cotações.

Soja – Já a soja registrou um acréscimo de aproximadamente R$2,2 por saca em relação ao mês anterior, com a média parcial alcançando cerca de R$136,6 por saca. Esse avanço é reflexo, principalmente, do encerramento da colheita e das movimentações nas cotações internacionais e na taxa de câmbio, fatores que impactam diretamente os preços da soja brasileira.

Oferta – No cenário de oferta, observa-se um aumento na produção de leite, tanto no Brasil quanto nos principais parceiros comerciais. Com o fim do período de entressafra, a sazonalidade passará a exercer menor pressão, o que favorece a recuperação gradual dos índices produtivos e, consequentemente, o avanço da oferta no mercado.

Demanda – Apesar de alguns indicadores econômicos, como a queda no desemprego e o avanço da massa salarial, sinalizarem uma possível melhora no consumo, outros fatores, como a taxa Selic elevada e o comportamento do IPCA, apontam para um cenário mais desafiador. Na prática, o mercado ainda relata movimento contido, com os produtos lácteos enfrentando uma demanda enfraquecida. (MilkPoint)


Entidades ligadas ao Fundesa manifestam preocupação com número de fiscais

Em reunião com o secretário da Agricultura Edivilson Brum nesta terça-feira (22), a diretoria do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS apresentou documento relatando preocupação com a redução do número de Fiscais Estaduais Agropecuários nos últimos anos.

"Sabemos do reconhecimento que o Serviço Veterinário Oficial do estado tem no Brasil e no mundo. Isso não quer dizer que não tenhamos que nos preocupar com os próximos anos", disse o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. O presidente pontuou que a formação de técnicos leva tempo e que a realização de um concurso para reposição é imprescindível. "Sentimos essa preocupação. Precisamos ter uma estrutura mínima e pelo que está posto já compromete o mínimo." Desde 2022 mais de 70 médicos veterinários do Serviço Veterinário Oficial se aposentaram ou exoneraram. Outros aprovados no Concurso do Ministério da Agricultura deverão sair nos próximos dias.

O secretário Edivilson Brum informou que tem conhecimento da demanda e que o assunto já está na pauta com a Secretaria de Planejamento para tratar sobre o tema. Conforme Brum, a realização de concurso para reposição não impactaria o regime de recuperação fiscal.

Homenagem
Ao final da reunião, o secretário Edivilson Brum entregou uma placa em homenagem ao Fundesa alusiva aos 90 anos da Secretaria da Agricultura, comemorados em junho. (Fundesa)

Anvisa promove diálogo setorial virtual sobre RDC 843/2024

A Anvisa convida os interessados a participar do diálogo setorial virtual sobre a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 843/2024. O evento será na quinta-feira (24/7), das 15h às 16h. A Resolução dispõe sobre a regularização de alimentos e embalagens sob competência do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), destinados à oferta no território nacional. 

O encontro tem como objetivo apresentar e fornecer esclarecimentos sobre a minuta de RDC que estará em pauta na reunião da Diretoria Colegiada (Dicol) da próxima segunda-feira, dia 28 de julho.

Como participar 
O evento é aberto ao público e não é necessário fazer inscrição. Os interessados só precisam acessar este link. Sua participação é muito importante!

Diálogo setorial virtual sobre a RDC 843/2024
Data: 24 de julho, quinta-feira.
Horário: 15h às 16h.
(Fonte: Anvisa)


Jogo Rápido

NO RADAR
Produtores interessad­os em participar da 2ª etapa do programa Irriga Mais têm até a próxima terça-feira para se inscrever. Conduzido pela Secretaria da Agricultura do Estado, concede um subsídio de 20%, com limite de R$ 100 mil por beneficiá­rio, para projetos de irrigação. Já foram re­cebidos, até agora, 1.121 propostas que somam juntas mais de 17 mil hectares. Mais detalhes podem ser acessados no site da Secretaria da Agricultura. O pra­zo para execução das propostas é de 12 meses após a aprovação. (Zero Hora)


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Porto Alegre, 23 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.442


Nova rotulagem para o leite Longa Vida

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) publicou a Portaria SDA/MAPA nº 1.330, de 21 de julho de 2025, estabelecendo critérios para o uso da expressão “Longa Vida” em rótulos de produtos lácteos que passam pelo tratamento térmico de Ultra Alta Temperatura (UAT ou UHT). A medida foi divulgada no Diário Oficial da União (edição 137, seção 1, página 4).

De acordo com a nova regulamentação, o uso da expressão “Longa Vida” é opcional, mas, quando adotado, deve seguir diretrizes específicas:

  • A expressão deve ser posicionada abaixo da denominação de venda do produto;
  • Pode ser incluída em painéis do rótulo que não o painel principal.
Além disso, o termo não pode:
  • Ter letras maiores que a denominação de venda do produto;
  • Estar em cor diferente da denominação;
  • Receber mais destaque que o nome do produto por meio de elementos gráficos.
As regras se aplicam a qualquer leite ou derivado lácteo submetido ao processo UHT e têm como objetivo garantir uniformidade e clareza nas informações ao consumidor.

A Portaria SDA/MAPA nº 1.330/2025 revoga a antiga Resolução DIPOA nº 2/2002 e já está em vigor desde a publicação. Para mais detalhes, CLIQUE AQUI acesse o texto completo no Diário Oficial da União. (As informações são do O Tempo)


Do tradicional ao funcional: a nova era do queijo

O queijo, muito além de um alimento saboroso, está passando por uma transformação estratégica. Impulsionado pela ciência, pela inovação da indústria de laticínios e pelas novas exigências do consumidor moderno, o queijo vem ganhando destaque não só pelo sabor e textura, mas também por suas propriedades nutricionais e benefícios à saúde.
 
A nova era dos queijos funcionais
Tradicional em diversas culturas, o queijo está deixando de ser visto apenas como um prazer culinário. Graças aos avanços em biotecnologia e pesquisas nutricionais, cresce a produção de queijos funcionais, desenvolvidos para oferecer compostos bioativos que contribuem para o bem-estar. Essa nova abordagem permite criar produtos com perfis nutricionais ajustados, como maior teor de proteínas, presença de probióticos, redução de lactose ou baixo teor de sódio.

Essa evolução representa um novo horizonte para a indústria de queijos. Empresas e produtores estão sendo desafiados a inovar, diversificar seus portfólios e adaptar seus processos. A demanda crescente por queijos saudáveis, funcionais e personalizados exige investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ao mesmo tempo que abre oportunidades para agregar valor a produtos tradicionais.

O mercado já sinaliza essa mudança. Consumidores buscam cada vez mais alimentos que unam prazer, nutrição e funcionalidade. O queijo, por sua versatilidade, ocupa um espaço privilegiado nesse cenário. De entrada a sobremesa, ele assume o papel de protagonista na gastronomia moderna, se destacando em diferentes culturas e estilos alimentares.
 
Um alimento ancestral com potencial para o futuro
Além disso, o setor lácteo observa uma revalorização do queijo como ativo estratégico: um produto com alta aceitação, enorme potencial de inovação e capacidade de atender às exigências de um mercado global cada vez mais competitivo.

Em resumo, o queijo está se reinventando. Seu futuro passa por inovação tecnológica, adaptação às tendências de consumo e entendimento profundo dos seus impactos nutricionais e sensoriais. Para a cadeia do leite, trata-se de um chamado à ação: transformar um alimento ancestral em um produto contemporâneo, saudável e alinhado às expectativas das novas gerações. (As informações são do Dairy News Today, traduzidas e adaptatas pela equipe MilkPoint)

SETOR INDUSTRIAL - Encontro debate formas de fortalecimento

A Fiergs realizou ontem a segunda edição do INDX, encontro com a indústria que tem o intuito de promover discussões estratégicas voltadas ao fortalecimento do setor no Estado. O encontro reuniu lideranças empresariais, autoridades e representantes de sindicatos no Salão de Convenções da Fiergs, em Porto Alegre. Entre os destaques da programação do INDX, estiveram as apresentações do presidente da Cotrijal, Nei César Manica, e do diretor-geral da CMPC, Antônio Lacerda.

A CMPC investirá R$ 27 bilhões no Estado. O projeto inclui uma nova planta industrial em Barra do Ribeiro, com capacidade de produção anual de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto, enquanto a Solis – associação entre Cotrijal, Cotripal e Cotrisal – investirá R$ 1,25 bilhão em uma indústria para processamento de soja e produção de biodiesel em Cruz Alta.

O diretor-geral da CMPC enfatizou que o projeto envolve mais do que uma nova fábrica, gerando melhorias também na infraestrutura portuária e rodoviária no RS. “Quando uma planta estima 6 mil novos empregos, é preciso treinarmos essas pessoas. Tudo isso está mapeado para que, a partir do ano que vem, essas pessoas sejam identificadas, formadas e contratadas. A ideia é dobrar a produção e fazer com que a fábrica comece a rodar em meados de 2029”, disse.

O presidente da Fiergs, Cláudio Bier, também destacou o empenho da entidade em garantir que parte significativa dos investimentos anunciados seja aplicada no RS. “Quando sentamos com a CMPC, com nosso trabalho conseguimos aumentar de R$ 700 milhões para R$ 2 bilhões o conteúdo gaúcho. Esperamos que, agora, a maioria desses R$ 27 bilhões também fique no Estado.”

O INDX marcou o primeiro ano de gestão Bier na Fiergs. Ao fazer um balanço, ele mencionou mudanças na estrutura interna. “A Fiergs saiu do seu castelo. Fizemos a interiorização, porque o Interior do Estado clamava por isso. Ainda não chegamos em todas as regiões, mas vamos chegar”, declarou. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Revacinação ajuda a conter doença que causa prejuízo de R$ 1 bilhão ao ano à pecuária
A brucelose bovina causa perdas estimadas em R$ 1 bilhão ao ano no Brasil, sendo, assim, considerada uma das doenças mais prejudiciais à pecuária nacional. Segundo o gerente técnico de Ruminantes da MSD Saúde Animal, Daniel Rodrigues, os maiores desafios do problema estão ligados às perdas reprodutivas. “O pecuarista investe em fazer uma boa reprodução na fazenda, só que quando chega na fase final da gestação, no terço final, o animal acaba tendo o aborto e isso prejudica a atividade tanto da pecuária leiteira quanto da pecuária de corte”, contextualiza. Para conter a brucelose, a vacinação é obrigatória, mas é a revacinação que tem se mostrado ainda mais eficaz. “No Brasil, temos duas vacinas que podem ser utilizadas, a B19, que é a vacina que aplicada nas fêmeas entre três e oito meses de idade e, agora, existe também uma grande oportunidade com a RB51, que é uma vacina que pode ser aplicada em fêmeas de três a oito meses de idade quando nas que estão acima dos oito meses de idade”, conta Rodrigues. CLIQUE AQUI e assista à reportagem. (Canal Rural)


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Porto Alegre, 22 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.441


Crise de mão de obra no leite dos EUA expõe necessidade de mudança e inovação

Segundo o relatório State of the Dairy Industry 2025 Report, publicado pela Farm Journal por meio das publicações Dairy Herd Management e Milk Business Quarterly, apesar de 97% das fazendas leiteiras dos EUA serem de propriedade e operação familiar, o setor possui uma dependência crítica da mão de obra imigrante, já que mais de dois terços das 9,36 milhões de vacas leiteiras do país são ordenhadas por trabalhadores imigrantes. Trata-se de uma questão urgente, entrelaçada com a estrutura da agricultura americana.Antes e depois da pandemia
Os desafios com a mão de obra não são novidade para os produtores de leite. A pandemia de COVID-19 apenas agravou essas dificuldades, e o debate em torno da deportação em massa adiciona mais complexidade à situação, afetando não apenas fazendas individuais, mas repercutindo em toda a economia dos EUA.Escassez de mão de obra sempre presente
Uma pesquisa recente destaca a crescente dependência da indústria leiteira por trabalhadores que não são da família, indicando que eles representam pelo menos 50% da força de trabalho para muitos entrevistados. Em resposta, muitos produtores têm recorrido à tecnologia para reduzir a dependência da mão de obra humana. Embora a contratação e retenção de trabalhadores continue desafiadora, houve mudanças notáveis nos aspectos relacionados à força de trabalho no último ano.

Aumento nos incentivos aos funcionários
O aumento nos custos de mão de obra agrava ainda mais as dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite. Um dos entrevistados comentou: “Os custos com mão de obra continuam subindo, e nosso estado não está nos permitindo competir com produtores de outros estados.”

Para enfrentar esses desafios, muitas fazendas têm introduzido incentivos para melhorar a retenção, como moradia para funcionários, jornadas flexíveis e salários acima da média do setor. Mais da metade dos participantes da pesquisa oferecem moradia como forma de garantir estabilidade e motivação.

Os desafios com a mão de obra no setor leiteiro são de longo prazo. Embora estratégias inovadoras e melhores benefícios ofereçam alívio temporário, mudanças mais profundas e sistêmicas são urgentes. À medida que o setor enfrenta essas dificuldades, o chamado é por ações coletivas e reformas que priorizem sustentabilidade e segurança, assegurando um futuro resiliente para a agricultura dos EUA. (As informações são do State of the Dairy Industry 2025 Report, Farm Journal, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Como vai a assistência técnica?

Um dos papéis que tenho assumido na consultoria em gestão é ajudar nas relações entre, direção, gerência e assistência técnica, por vários motivos na maioria das vezes estas relações são conflituosas, e não colaboram como deveriam para produtividade da empresa como um todo, e nas minhas experiências não há um culpado e sim a falta de uma condução dos trabalhos com maior sinergia e clareza.

Interessante como ações simples colaboram, para que a assistência se acerte e produza, mas alguns pontos básicos ainda não são tratados pelo técnico como padrão e acabam por interferir drasticamente nas relações e nos resultados, econômicos, zootécnicos, e do próprio trabalho. Vamos citar alguns pontos observados que, em alguns casos, ainda deixam de ser praticados;

Protocolos; em muitas fazendas eles inexistem documentados, com isto alguns procedimentos acabam sendo definidos pelo executor, alguns exemplos;

Curativos – em muitas fazendas o borrifar um repelente sobre uma ferida, ainda é sinônimo de curativo, com as assistências que convivi e aprendi, curativo passa por assepsia do local, cauterização se for necessário e depois o produto cicatrizante e repelente, com isto não há o retrabalho, e perdas.

Diagnóstico de mastite – há diferentes opiniões técnicas sobre diagnóstico de caso clínico de mastite e isto é aceitável, mas o problema é que em grande parte dos casos a opinião do técnico não está sendo praticado na ordenha, pois isto não está descrito, e a rotatividade de funcionários e esquecimento, fazem com que a recomendação verbal se perca facilmente.

Tratamento de mastite – dias atrás em uma fazenda, com a assistência técnica no quarto ano de atuação, o gerente relatou em uma reunião com direção e técnico que os tratamentos estariam definidos por ele mesmo a caminho da cidade, e os produtos usados eram escolhidos acordo com preço, percebemos então que os problemas enfrentados com a sanidade e falta de qualidade no leite não era por acaso. 

Estratégias para melhoria da qualidade de leite – na maioria das empresas não há uma estratégia de trabalho, com análises de CCS individual, cultura para identificação de patógenos, e acompanhamento das evoluções de melhoria, e o resultado são as perdas de produtividade e de recebimento por falta de qualidade leite. 

Protocolos das rotinas – em algumas fazendas não há um protocolo e treinamento das pessoas sobre as rotinas a serem desempenhadas por eles, como por exemplo de ordenha, chegando ao cúmulo de haver diferentes passos de rotinas na mesma fazenda, que tem dois grupos de ordenhadores.
 
Como transformar a recomendação técnica em ação efetiva
Alguns técnicos precisam se especializar mais em comunicação, dando a real importância à forma de se comunicar, linguagem e tom de voz, e assumindo a responsabilidade por ela, é mais do que informar, é fazer com que o assunto em questão cause o devido impacto nas pessoas que precisam assumir seu papel, ninguém quer agir negativamente, quer deliberadamente que suas ações ou até mesmo falta delas cause prejuízo, o que pode acontecer é que estas pessoas, não foram devidamente persuadidas, por falta de argumentos ou falhas de comunicação.

Além de uma comunicação eficiente, esta deve ser formalizada em uma reunião com os interessados, com informações e embasamentos suficientes para a tomada de decisão, seria apresentar em forma de projeto, com custos, consequências e possibilidades de resultados, e posteriormente acompanhamento e ajustes para se conseguir os resultados previstos, nada mais do que um PDCA, onde ele criaria e colocaria o gerente na condução.

Fizemos isto em uma fazenda para implantação de estratégias para melhoria da qualidade de leite, onde o técnico dizia que já solicitava isto a tempos e não era atendido, mas pelo visto devido à forma de comunicação, embasamento e consequentemente falta de poder de persuasão.

Os treinamentos técnicos devem ser vistos como processo, por isso constantes, vale a pena formar as pessoas, e a formação técnica é uma delas, o técnico reunir com os ordenhadores, sanitaristas e demais funcionários e ensinar, do básico ao mais profundo, muda a realidade. Quanto ao local, pode ser na farmácia, escritório ou debaixo de uma árvore, com um flip chart ou um quadro, no máximo 40 minutos para não ser cansativo, treinar para que as pessoas entendam a necessidade de se esforçarem para que o processo seja executado com excelência, a base é o conhecimento técnico, que nada mais é do que o porque fazer.

Por último ainda falta um bom relatório, detalhado, que seja lido e discutido, para que não fiquem dúvidas, o relatório deve ter o significado do “fale agora ou se cale para sempre e execute” para não haver desculpas pela não execução.

Convivo com bons técnicos, bons de serviço e comprometidos, que só precisam criar sua forma de trabalho, e entender que o conhecimento técnico sem uma base de conhecimento em relacionamento interpessoal, e metodologias e ferramentas para esta convivência dificilmente traduzirão seu trabalho em resultados efetivos. (Beto Carvalho/MilkPoint)

 

Frederico Westphalen reafirma força da bovinocultura com 20,6 milhões de litros de leite

Agricultores e agricultoras de Frederico Westphalen são protagonistas da marca histórica de 20,6 milhões de litros de leite produzidos em 2024, o maior volume já registrado no município. Por isso, estiveram reunidos para celebrar e confraternizar junto de extensionistas da Emater/RS-Ascar, estudantes e representantes do setor público e privado da região.

O encontro foi realizado no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frederico Westphalen, onde a Instituição promoveu a palestra "A Evolução da Bovinocultura de Leite", na quarta-feira (16/7), com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do leite e valorizar os resultados da atividade no município. O evento também reafirmou o compromisso das instituições com o fortalecimento da cadeia produtiva do leite e com o desenvolvimento da agricultura familiar em Frederico Westphalen.

A palestra foi conduzida pelo engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Jeferson Vidal Figueiredo, que apresentou um panorama sobre as principais transformações ocorridas na última década, como a introdução de tecnologias nas propriedades, a qualificação da mão de obra e o fortalecimento da assistência técnica.

Além do resgate histórico da bovinocultura de leite, a palestra abordou ainda os sistemas de produção e foi finalizada com uma mesa-redonda, onde foram debatidos temas como o futuro da cadeia leiteira em Frederico Westphalen, a sucessão familiar e a valorização da atividade como estratégia de sustentabilidade das propriedades rurais. (Emater/RS)


Jogo Rápido

Produção de leite chilena registra aumento de 8,3% em 2025
A indústria de laticínios chilena está vivenciando um crescimento significativo, com a produção de leite aumentando 8,3% nos primeiros quatro meses de 2025, segundo dados da Fedeleche e da Odepa. Esse aumento se traduz em 58,6 milhões de litros adicionais , elevando a produção total para 766,8 milhões de litros de janeiro a abril. As regiões de Los Lagos e Los Ríos foram fundamentais nesse aumento, respondendo coletivamente por mais de 80% da produção nacional. Los Lagos apresentou um aumento robusto de 10,6%, elevando a produção para 359,8 milhões de litros, o que representa 46,9% do total nacional. Da mesma forma, Los Ríos registrou um crescimento de 9,3%, atingindo 283,2 milhões de litros, ou 36,9% da produção total do Chile. Juntas, essas regiões do sul contribuíram com 83,8% da produção de leite do país. Somente em abril, a produção aumentou 9,4% em relação ao ano anterior, atingindo 185 milhões de litros. Neste mês, Los Ríos liderou com um aumento notável de 13,8%, enquanto Los Lagos viu um aumento de 9,4% na produção. Esse crescimento consistente destaca a importância estratégica de fortalecer a competitividade regional para aumentar a sustentabilidade e a produtividade do setor lácteo chileno. Os corredores de produção do sul, portanto, continuam sendo essenciais para o desenvolvimento nacional. (As informações são do Dairy News Today, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)