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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.460


Pesquisa: o papel da mulher nas fazendas leiteiras da América Latina

FEPALE promove pesquisa para dar visibilidade e fortalecer a atuação das mulheres na produção leiteira da América Latina. Participe e contribua!No contexto da declaração das Nações Unidas do “Ano Internacional da Mulher Agricultora”, que será celebrado em 2026, a FEPALE (Federação Pan-Americana de Leite), com o apoio do USDEC (United States Dairy Export Council), está desenvolvendo um trabalho voltado a dar visibilidade, compreender e valorizar o papel das mulheres que atuam nas fazendas leiteiras da América Latina.

Um componente central dessa iniciativa é uma breve pesquisa, totalmente anônima, destinada a mulheres proprietárias de fazendas, familiares de proprietários ou funcionárias.

O estudo é complementado por uma série de grupos focais, com a participação de mulheres líderes que atuam na cadeia leiteira regional. Ao final do trabalho, será elaborado um relatório regional, que também estará disponível para todos os participantes. O objetivo é avaliar o nível de participação, os desafios e as oportunidades das mulheres na pecuária leiteira da América Latina.

Desde já, agradecemos e contamos com vocês para unir esforços nessa ação coletiva, que busca reconhecer e fortalecer o papel das mulheres na produção leiteira de nossa região.

Participe da pesquisa clicando aqui.

As informações são do Milkpoint


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1880 de 14 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. A qualidade do leite permaneceu dentro dos parâmetros exigidos, apesar de ocorrências de mastite, problemas de casco e sujidades nos úberes. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados, foi frequente na maior parte das regiões. As condições climáticas impactaram o manejo e o conforto dos animais em função do excesso de umidade e de barro. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens contribuíram para o incremento de proteína na dieta das matrizes, e foi possível a redução desse nutriente nas rações fornecidas. As condições climáticas colaboraram para o conforto dos animais. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) apresentaram valores adequados. Na de Caxias do Sul, a produção e os aspectos nutricionais ficaram estáveis e adequados. Contudo, houve problemas de casco e de sujidades nos úberes devido à umidade e ao barro. A qualidade do leite foi afetada, mas permaneceu dentro dos parâmetros exigidos.Na de Santa Maria, o escore corporal dos animais está abaixo do ideal, apesar da complementação alimentar com ração e silagem de milho. Na de Ijuí, houve um leve aumento da produção, mas o volume total ficou inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da ocorrência de doenças, como mastites em alguns animais, a qualidade do leite atendeu aos parâmetros de qualidade exigidos.Na de Passo Fundo, as áreas com maior oferta de pastagem, e de mais qualidade, foram destinadas às vacas em lactação e, posteriormente, às vacas secas e novilhas. O escore corporal está adequado, e a produção de leite estável, assim como na de Erechim. Já na de Porto Alegre, a umidade remanescente no solo prejudicou os manejos dos animais, elevando o risco de mastites e de impacto negativo na CCS. 

Na de Pelotas, o rebanho está em época de parição. Há registros de produtores que desejam ampliar ou de ingressar na atividade leiteira. Os animais apresentam estado corporal apropriado. Em Pelotas, em Pedro Osório e em São Lourenço do Sul, a produção aumentou. 

Em Herval, os produtores realizaram melhorias nas instalações e renovação de plantel. Alguns municípios registraram limitações no período, como falta de energia elétrica, em Morro Redondo; excesso de umidade e de barro, em Pedro Osório e em Rio Grande; adubação deficitária, em Piratini; e oferta superior à demanda, em Turuçu.

Na de Santa Rosa, onde o rebanho conta com mais de 140 mil animais, a produção 
manteve-se estável. Contudo, a atividade enfrenta desafios devido à falta de sucessão rural. (As informações são da Emater/RS, editadas pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 33/2025 – SEAPI

A última semana permaneceu com temperaturas baixas no RS. Na quinta (7) e sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano mantiveram a nebulosidade em todo Estado com pancadas isoladas de chuva em diversas regiões. 

O desenvolvimento das pastagens de inverno variou entre as regiões, com bom avanço em áreas mais drenadas e atraso onde persistiram manejo inadequado de lotação, baixas temperaturas e precipitações recorrentes. Nessas condições, houve menor oferta de forragem e foi necessário manter pastejos controlados. Os campos nativos ainda enfrentam limitações, mas em algumas regiões, já iniciaram a rebrota. Seguiram os preparos das áreas para a semeadura de milho destinado à silagem e às forrageiras anuais de verão.

Na bovinocultura de leite, nas regiões com recorrência de precipitações, o excesso de umidade e de barro afetaram o manejo e o conforto dos animais, aumentando problemas de casco, mastites e sujidades nos úberes. A produção de leite manteve-se estável, com qualidade dentro dos padrões. A alimentação foi complementada com ração e silagem. O escore corporal dos animais foi, em geral, adequado, com exceções pontuais. 

Os próximos dias terão o retorno da chuva ao RS. Na sexta-feira (15), o tempo seco, com variação de nuvens e aumento da temperatura predominará em todas as regiões. No sábado (16) e domingo (17), o tempo firme com grande amplitude térmica vai predominar na maioria das regiões, e somente na Zona Sul a intensificação dos ventos em níveis baixos da atmosfera manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva.

Na segunda-feira (18), o tempo seco seguirá predominando e as temperaturas elevadas, com valores das máximas superiores a 25°C em diversas regiões. Entre a terça (19) e quarta-feira (20), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados.Os totais esperados deverão variar entre 5 e 10 mm na maioria das regiões e somente na Zona Sul e Campanha os volumes deverão superar 20 mm e alcançar 30 mm na Fronteira Oeste. (As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
RAR Agro & Indústria é premiada no 53º Prêmio Exportação RS
Pelo sétimo ano consecutivo, a Rasip Agro, unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, foi reconhecida como Destaque Setorial – Agro no 53º Prêmio Exportação RS, promovido pela ADVB/RS. A cerimônia, realizada na última quinta-feira (14), na Casa NTX, em Porto Alegre, reuniu empresas que representam a excelência da produção gaúcha no cenário internacional. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), a RAR Agro & Indústria leva há mais de 46 anos a qualidade de seus produtos a mercados estratégicos no Brasil e no exterior, mantendo o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o respeito à sua origem. O reconhecimento é fruto do trabalho de uma equipe comprometida e da confiança de parceiros e clientes. Para a organização do Prêmio, a conquista reflete a resiliência e a força das empresas gaúchas, que, mesmo após os desafios impostos pela enchente de 2024, movimentaram US$ 21,9 bilhões em exportações no último ano. A lista completa dos vencedores do 53º Prêmio Exportação RS está disponível no site da ADVB/RS: https://advbrs.com (As informações são de GZH e RAR, editadas pelo Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 15 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.459


Ordenha robotizada em pastagem integrada eleva a produção leiteira

Projeto pioneiro da Embrapa em São Carlos (SP) une ordenha robotizada e sistema ILPF, reduzindo mão de obra e elevando qualidade e rentabilidade.

A ordenha robotizada aplicada em sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) está transformando a produção leiteira no Brasil.

Desde 2021, a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), conduz um projeto inédito no país que combina inovação tecnológica, bem-estar animal e ganhos econômicos no manejo a pasto com árvores.

De acordo com André Novo, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Marco Aurélio Bergamaschi, chefe Administrativo, e a pesquisadora Teresa Alves, a iniciativa busca reduzir a dependência de mão de obra, ampliar a escala produtiva e aumentar a eficiência, adaptando uma tecnologia tradicionalmente usada em sistemas confinados para o ambiente ILPF.

Desafios para adaptar o robô ao pasto
A instalação exigiu planejamento detalhado para garantir que vacas, robô e infraestrutura funcionassem de forma integrada.

Foi preciso definir o posicionamento do equipamento, criar corredores de acesso e áreas de sombra. “Essa adaptação foi inédita no Brasil, pois exigiu repensar toda a logística de circulação das vacas”, explica Novo.

O custo inicial elevado e a necessidade de uma infraestrutura específica também representaram desafios. Além disso, houve a adaptação comportamental dos animais e da equipe.

Na ordenha robotizada, as vacas se dirigem voluntariamente ao equipamento, atraídas por incentivos como ração e água. O treinamento começou com o robô desligado, até que, em cerca de um mês, todo o rebanho passou a se ordenhar de forma autônoma.

Para os funcionários, o novo método exigiu capacitação e mudança de mentalidade, migrando de um processo manual e rígido para um modelo automatizado e mais flexível.

Benefícios técnicos e operacionais
O sistema robotizado permite controle rigoroso da produção e da saúde do rebanho, registrando dados como volume produzido por quarto da glândula mamária, tempo de ordenha, frequência de visitas e qualidade do leite, incluindo a contagem de células somáticas — indicador-chave no combate à mastite.

Segundo Teresa Alves, essas informações possibilitam decisões precisas, como ajustes na dieta, avaliação de eficiência reprodutiva e identificação de animais de baixo desempenho. Isso facilita o descarte e a reposição por novilhas mais produtivas.

Outro diferencial é o respeito ao ritmo natural do animal. Cada vaca é ordenhada quando deseja, e cada quarto da glândula mamária recebe tratamento individualizado, evitando sobre ordenha e favorecendo a saúde do úbere.

O sistema também separa automaticamente o leite de animais em tratamento ou recém-paridos, elevando a segurança alimentar e a qualidade do produto final.

Impactos na mão de obra e bem-estar
Para Marco Bergamaschi, a automatização libera os funcionários para outras atividades e reduz o esforço físico exigido pela ordenha manual. “A mudança melhora o bem-estar dos trabalhadores e otimiza o uso do tempo na propriedade”, afirma.

A flexibilidade de horários também é um ganho, já que a ordenha robotizada elimina a necessidade de horários fixos, permitindo maior organização das rotinas da fazenda.

Viabilidade econômica e retorno
O alto custo inicial ainda é o principal entrave para a adoção em larga escala. Para auxiliar os produtores, a Embrapa desenvolveu uma planilha que calcula o retorno do investimento com base em dados específicos de cada propriedade.

Segundo André Novo, apesar do investimento significativo, os benefícios incluem redução de gastos com mão de obra, menor incidência de mastite, aumento do valor do leite no mercado e prolongamento da vida produtiva das vacas. “O retorno financeiro ocorre, em média, entre seis e dez anos, dependendo da escala e do manejo”, explica.

Um modelo para o futuro
O projeto da Embrapa Pecuária Sudeste demonstra que a tecnologia pode ser aliada do sistema de produção a pasto no Brasil, conciliando produtividade, sustentabilidade e bem-estar animal.

A ordenha robotizada em pastagem integrada pode se tornar um modelo de referência para produtores que buscam eficiência e qualidade, especialmente em regiões onde o custo de mão de obra e as demandas de mercado exigem soluções inovadoras.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O Presente Rural e dados complementares da Embrapa.


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1880 de 14 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. A qualidade do leite permaneceu dentro dos parâmetros exigidos, apesar de ocorrências de mastite, problemas de casco e sujidades nos úberes. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados, foi frequente na maior parte das regiões. As condições climáticas impactaram o manejo e o conforto dos animais em função do excesso de umidade e de barro. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens contribuíram para o incremento de proteína na dieta das matrizes, e foi possível a redução desse nutriente nas rações fornecidas. As condições climáticas colaboraram para o conforto dos animais. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) apresentaram valores adequados. Na de Caxias do Sul, a produção e os aspectos nutricionais ficaram estáveis e adequados. Contudo, houve problemas de casco e de sujidades nos úberes devido à umidade e ao barro. A qualidade do leite foi afetada, mas permaneceu dentro dos parâmetros exigidos.Na de Santa Maria, o escore corporal dos animais está abaixo do ideal, apesar da complementação alimentar com ração e silagem de milho. 

Na de Ijuí, houve um leve aumento da produção, mas o volume total ficou inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da ocorrência de doenças, como mastites em alguns animais, a qualidade do leite atendeu aos parâmetros de qualidade exigidos.

Na de Passo Fundo, as áreas com maior oferta de pastagem, e de mais qualidade, foram destinadas às vacas em lactação e, posteriormente, às vacas secas e novilhas. O escore corporal está adequado, e a produção de leite estável, assim como na de Erechim. 

Já na de Porto Alegre, a umidade remanescente no solo prejudicou os manejos dos animais, elevando o risco de mastites e de impacto negativo na CCS. 

Na de Pelotas, o rebanho está em época de parição. Há registros de produtores que desejam ampliar ou de ingressar na atividade leiteira. Os animais apresentam estado corporal apropriado. Em Pelotas, em Pedro Osório e em São Lourenço do Sul, a produção aumentou. 

Em Herval, os produtores realizaram melhorias nas instalações e renovação de plantel. Alguns municípios registraram limitações no período, como falta de energia elétrica, em Morro Redondo; excesso de umidade e de barro, em Pedro Osório e em Rio Grande; adubação deficitária, em Piratini; e oferta superior à demanda, em Turuçu.

Na de Santa Rosa, onde o rebanho conta com mais de 140 mil animais, a produção 
manteve-se estável. Contudo, a atividade enfrenta desafios devido à falta de sucessão rural. (As informações são da Emater/RS, editadas pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 33/2025 – SEAPI

A última semana permaneceu com temperaturas baixas no RS. Na quinta (7) e sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano mantiveram a nebulosidade em todo Estado com pancadas isoladas de chuva em diversas regiões. 

O desenvolvimento das pastagens de inverno variou entre as regiões, com bom avanço em áreas mais drenadas e atraso onde persistiram manejo inadequado de lotação, baixas temperaturas e precipitações recorrentes. Nessas condições, houve menor oferta de forragem e foi necessário manter pastejos controlados. Os campos nativos ainda enfrentam limitações, mas em algumas regiões, já iniciaram a rebrota. Seguiram os preparos das áreas para a semeadura de milho destinado à silagem e às forrageiras anuais de verão.

Na bovinocultura de leite, nas regiões com recorrência de precipitações, o excesso de umidade e de barro afetaram o manejo e o conforto dos animais, aumentando problemas de casco, mastites e sujidades nos úberes. A produção de leite manteve-se estável, com qualidade dentro dos padrões. A alimentação foi complementada com ração e silagem. O escore corporal dos animais foi, em geral, adequado, com exceções pontuais. 

Os próximos dias terão o retorno da chuva ao RS. Na sexta-feira (15), o tempo seco, com variação de nuvens e aumento da temperatura predominará em todas as regiões. No sábado (16) e domingo (17), o tempo firme com grande amplitude térmica vai predominar na maioria das regiões, e somente na Zona Sul a intensificação dos ventos em níveis baixos da atmosfera manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva.

Na segunda-feira (18), o tempo seco seguirá predominando e as temperaturas elevadas, com valores das máximas superiores a 25°C em diversas regiões. Entre a terça (19) e quarta-feira (20), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados.Os totais esperados deverão variar entre 5 e 10 mm na maioria das regiões e somente na Zona Sul e Campanha os volumes deverão superar 20 mm e alcançar 30 mm na Fronteira Oeste. (As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
RAR Agro & Indústria é premiada no 53º Prêmio Exportação RS
Pelo sétimo ano consecutivo, a Rasip Agro, unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, foi reconhecida como Destaque Setorial – Agro no 53º Prêmio Exportação RS, promovido pela ADVB/RS. A cerimônia, realizada na última quinta-feira (14), na Casa NTX, em Porto Alegre, reuniu empresas que representam a excelência da produção gaúcha no cenário internacional. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), a RAR Agro & Indústria leva há mais de 46 anos a qualidade de seus produtos a mercados estratégicos no Brasil e no exterior, mantendo o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o respeito à sua origem. O reconhecimento é fruto do trabalho de uma equipe comprometida e da confiança de parceiros e clientes. Para a organização do Prêmio, a conquista reflete a resiliência e a força das empresas gaúchas, que, mesmo após os desafios impostos pela enchente de 2024, movimentaram US$ 21,9 bilhões em exportações no último ano. A lista completa dos vencedores do 53º Prêmio Exportação RS está disponível no site da ADVB/RS: https://advbrs.com (As informações são de GZH e RAR, editadas pelo Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 14 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.458


Prévia da captação de leite: pela primeira vez na história, 2º trimestre registra crescimento frente ao anterior

Captação de leite cresce no 2º trimestre de 2025, contrariando a entressafra e marcando um feito histórico. Entenda!

De acordo com dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, a captação formal de leite no Brasil atingiu 6,5 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, um aumento de 9,3% na média trimestral em relação ao mesmo período de 2024.

O resultado chama atenção já que, historicamente, o segundo trimestre coincide com a entressafra e tende a registrar retração na produção. Apesar do aumento ter sido modesto (0,1%), esta foi a primeira vez, desde o início da série histórica, que o segundo trimestre apresentou crescimento frente ao anterior.

Gráfico 1. Evolução do 2º trimestre da Captação de leite no Brasil 

Desempenho mensal
Tabela 1. Captação total mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

A prévia indica que o primeiro semestre de 2025 registrou 12,98 bilhões de litros de leite, reforçando a tendência de crescimento observada desde o primeiro trimestre, apresentando crescimento de 6,2% em relação ao primeiro semestre de 2024. 

Gráfico 2. Captação brasileira de leite

A viabilização desse cenário justifica-se, em parte, pela maior rentabilidade do produtor. Os valores permanecem acima da média registrada entre 2019 e 2023.

(Observação: os dados apresentados referem-se à prévia divulgada pelo IBGE. A publicação definitiva, prevista para o próximo mês, poderá sofrer revisões.)

Fonte: Milkpoint editado pelo Sindilat/RS


Minhas vacas estão sadias, porque devo testar para tuberculose?

Doença crônica e silenciosa, a tuberculose bovina exige vigilância. Entenda os riscos e a importância da testagem periódica no controle sanitário do rebanho.A doença com relatos mais antigos na humanidade afeta também os bovinos, em especial os que vivem em criação intensiva como na produção leiteira, e coloca em risco trabalhadores, produtores e os consumidores. A tuberculose bovina continua sendo um problema sanitário e econômico no Brasil.

Os dados sobre a ocorrência e distribuição da doença no Brasil são bastante claros quanto a sua maior prevalência nas áreas de produção leiteira, tendo maior risco as propriedades de maior produção, sem rotina de testagem no rebanho e entrada de animais sem a realização da tuberculinização. 

Como a tuberculose se manifesta nos animais
A tuberculose em humanos é caracterizada pela tosse e catarro com sangue, mas será que em bovinos também é assim? A literatura científica nos mostra que não. A tuberculose bovina se caracteriza por uma doença de evolução crônica que demora muito para ter manifestação clínica, ou seja, ter sinais clínicos nos animais doentes.

Quer ver um cenário comum? Você decide enviar alguns animais de descarte para o abate, aquelas vacas que já não estão tão produtivas. Imagina que vai receber um dinheiro pelo que o animal pesa e de repente a surpresa. Não recebe nada, pois durante o abate o frigorífico descobre lesões sugestiva de tuberculose em toda carcaça do animal.

Já passou por isso? Conhece alguém que ficou bravo com o frigorífico por conta de uma condenação? Sabe porque isso ocorre? A bactéria que causa a doença bovinos, Mycobacterium bovis, entra no organismo do animal pelas vias respiratórias ou pela ingestão de leite ou alimento contaminado e inicia uma multiplicação local e assim pode ficar por semanas, meses e até anos.

A importância da testagem
Nesse sentido, a tuberculose bovina pode ser comparada a condições crônicas em humanos, como o diabetes ou a hipertensão, que muitas vezes se desenvolvem de forma silenciosa, sem sinais aparentes por longos períodos. Mas por que essa comparação é importante? Assim como monitoramos a glicemia e a pressão arterial para cuidar da saúde e evitar complicações futuras, o monitoramento sanitário do rebanho é fundamental para prevenir e controlar doenças como a tuberculose.

Quando o animal infectado não apresenta sintomas por muito tempo, ele continua atuando como transmissor da bactéria, mesmo sem aparentar estar doente. Isso faz dele um elo invisível no ciclo da doença dentro da propriedade. Identificar e manejar precocemente esses casos é essencial para proteger o rebanho e garantir a produtividade, evitando surpresas que possam comprometer a saúde animal e os resultados da fazenda.

É melhor fazer o diagnóstico precoce, descartar um animal doente a deixar a doença se espalhar silenciosamente perder várias vacas, ou mesmo todas, por causa da doença.

Referências bibliográficas
FERREIRA NETO, J. S., SILVEIRA, G. B. DA, ROSA, B. M., GONÇALVES, V. S. P., GRISIFILHO, J. H. H., AMAKU, M., … LAGE, A. P. (2016). Avaliação de 15 anos do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3385–3402. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3385

LAGE, A. P.; ROXO, E.; MÜLLER, E.; POESTER, F.; CAVALLÉRO, J. C. M.; FERREIRA NETO, J. S.; MOTA, P.M.P.C.; GONÇALVES, V.S.P. Programa nacional de controle e erradicação da brucelose e da tuberculose animal (PNCEBT). Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2006. 184p. (Manual técnico).

MEGID, J., RIBEIRO, M.G., PAES, A.C. Doenças Infecciosas em Animais de Produção e de Companhia. Editora Roca, 1ª Ed., 2016.

SKUCE, R. A.; ALLEN, A. R.; MCDOWELL, S. W. J. Herd-level risk factors for bovine tuberculosis: a literature review Herd-level risk factors for bovine tuberculosis: a literature review. Veterinary Medicine International, v. 2012, Article ID 621210, p.1-10, 2012. Available at: http://www.hindawi.com/journals/vmi/2012/621210/abs/

Leite/Europa: O preço do leite ao produtor na UE está acima da média dos últimos 5 anos

A União Europeia (UE) publicou o relatório sobre as perspectivas de curto para os mercados agrícolas em 2025. O relatório observou que o preço do leite cru está acima da média dos últimos cinco anos, impulsionado pela forte demanda do varejo e dos serviços de alimentação. 

O relatório observa que a expectativa é de que a produção de leite na região aumentará ligeiramente este ano, apesar do declínio do rebanho leiteiro. A tendência, em relação ao ano passado, é de que a produção de queijo e de soro de leite continuará aumentando, inclusive no segundo semestre. 

No entanto, a produção de leite em pó, tanto integral como desnatado seguirá em queda na comparação 
interanual e a expectativa é de que continuará declinando, em meio às condições desfavoráveis do mercado. 

A Casa Branca e a Comissão da União Europeia (UE) anunciaram, recentemente, um novo acordo comercial estabelecendo tarifas de 15% dos Estados Unidos sobre a maioria dos produtos vendidos pela UE. Esse tratado inclui uma cláusula para trabalhar na redução de barreiras não tarifárias que afeta os produtos agrícolas. O anúncio da Casa Branca estabelece que isso implica a redução dos requisitos de certificados sanitários para os produtos lácteos.  O Comitê para o Desenvolvimento da Agricultura e Horticultura do Reino Unido (AHDB) divulgou um relatório sobre as expectativas do setor lácteo. Os analistas projetam que o setor lácteo deverá ser o segmento pecuário global com crescimento mais rápido de 2025 a 2034: cerca de 0,7%. O relatório ressalta que o número de fazendas leiteiras declinará 17% de 2024 a 2035 e os rebanhos terão redução de 8%, no mesmo período. A volatilidade de preços, a escassez de mão de obra e os surtos de doenças serão os maiores desafios para o segmento lácteo, diz o relatório. 

No Leste Europeu, os dados sobre da Ucrânia, em junho de 2025, mostraram que houve declínio de 4% na produção de leite cru em relação ao mês anterior, e de 7% na comparação interanual. O volume de leite produzido de janeiro a junho de 2025 é 5% menor em relação ao 1º semestre de 2024. A redução acumulada do ano ocorreu principalmente no setor privado, já que a produção de leite empresarial aumentou 4% na mesma comparação. Um grupo industrial destacou que os baixos preços do leite ao produtor e as incertezas dos mercados estão impedindo uma recuperação significativa da produção de leite do país. 

Relatório USDA: 
https://www.ams.usda.gov/marketnews/individual-dairy-market-news-commodityreports#International
Tradução livre: www.terraviva.com.br


Leite: um aliado para o emagrecimento saudável
A obesidade é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, mais da metade da população adulta brasileira está com excesso de peso, e cerca de 24,3% são considerados obesos. O tratamento desse quadro é complexo e exige uma combinação de fatores: mudanças de hábitos, apoio psicológico, acompanhamento médico e, principalmente, uma alimentação adequada com acompanhamento nutricional. Nos últimos anos, as chamadas canetas emagrecedoras, como a semaglutida e a liraglutida, análogos do hormônio GLP-1, ganharam espaço nas prescrições médicas por atuarem diretamente no controle do apetite. No entanto, seu uso requer atenção e cuidados especiais. Como alerta o nutricionista, mestre pela Faculdade de Medicina da USP e membro do American College of Sports Medicine, Pedro Perim, esse tipo de tratamento também traz riscos nutricionais importantes se os usuários não realizarem um acompanhamento adequado. “A perda de peso rápida pode comprometer a massa muscular e aumentar a chance de deficiências nutricionais se a alimentação não for bem estruturada.” Estudo recente com pessoas que usam análogos do hormônio GLP-1 revelou que muitos participantes estavam consumindo menos nutrientes do que o recomendado. Entre eles, estão fibras, cálcio, ferro, magnésio, potássio, colina, vitaminas A, C, D e E, além de proteínas. É nesse contexto que o leite volta aos holofotes como um potencial aliado nas estratégias de emagrecimento saudável. “É prático, versátil, nutritivo e pode ajudar tanto na saciedade quanto na preservação da massa magra, além de agregar valor nutricional à dieta por ser um alimento fonte de diversos nutrientes”, destaca Pedro Perim. Segundo o nutricionista, trata-se de uma excelente opção para quem busca emagrecer com saúde, especialmente em fases de redução da ingestão alimentar. “As proteínas do leite ajudam a manter a saciedade por mais tempo e são fundamentais para preservar a massa muscular, algo essencial para evitar o efeito sanfona”, explica. Veja os principais benefícios do leite no processo de emagrecimento: Mais saciedade: as proteínas e gorduras presentes no leite promovem maior sensação de saciedade, o que pode ajudar no controle do apetite (ideal para evitar beliscos fora de hora) Preserva a massa magra: o leite contém caseína e whey protein, proteínas de alta qualidade, o que ajuda a evitar a perda de massa muscular comum em dietas restritivas e no uso de medicamentos que diminuem o apetite Fonte de nutrientes: além das proteínas, o leite é fonte de cálcio, vitaminas B2, B12, D e niacina, essenciais para o metabolismo e a saúde óssea Praticidade: o leite UHT pode ser armazenado fora da geladeira antes de aberto, não precisa ser fervido e está pronto para o consumo a qualquer momento Seguro e sustentável: o leite UHT não contém conservantes, não é reprocessado, e suas embalagens são recicláveis e protegem o alimento sem interferir em seu valor nutricional  Fonte de compostos bioativos: são substâncias presentes em alimentos que têm um efeito sobre a saúde do organismo, além de seu valor nutricional básico. O leite é fonte de compostos que têm potencial anti-inflamatório, antioxidante, anti-hipertensivo e benéfico para saúde intestinal. Com tantos benefícios e ampla versatilidade no preparo de smoothies, shakes e receitas saudáveis, o leite se confirma como um alimento completo e acessível para integrar dietas bem orientadas. “A perda de peso é mais eficaz e segura quando acompanhada de uma nutrição adequada. Não basta apenas comer menos, é preciso comer bem. E o leite pode, sim, fazer parte dessa estratégia”, finaliza o nutricionista. As informações são do Estado de Minas via Milkpoint


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Porto Alegre, 13 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.457


Alimentos funcionais lácteos ganham espaço com foco em saúde

Mercado global de lácteos cresce com probióticos, peptídeos e proteínas do leite, impulsionando inovação e transparência nos rótulos.

O mercado de alimentos funcionais vive um crescimento acelerado — e o setor lácteo está no centro dessa transformação.
A demanda por produtos com benefícios específicos, como melhora da digestão, suporte imunológico, foco cognitivo e energia sustentável, impulsiona inovações que unem ciência, tecnologia e transparência.

Segundo o relatório da Grand View Research, o mercado global de alimentos e bebidas funcionais movimentou US$ 231,5 bilhões em 2023 e deve alcançar cerca de US$ 418,9 bilhões até 2030, com crescimento anual superior a 8%.

Dentro desse cenário, os derivados do leite — como iogurtes probióticos, leites enriquecidos e bebidas com proteínas de soro — se destacam como protagonistas.

Benefícios que conquistam o consumidor
Entre os ingredientes mais procurados estão fibras prebióticas, probióticos, peptídeos bioativos e proteínas de alta qualidade — todos com forte ligação ao setor lácteo.

O uso de culturas vivas específicas em iogurtes, por exemplo, oferece suporte à saúde intestinal, enquanto peptídeos derivados do leite têm efeito potencial na redução da pressão arterial e no fortalecimento da imunidade.

A chamada “nutrição emocional” também cresce. Compostos como L-teanina, triptofano e magnésio, combinados com proteínas lácteas, aparecem em bebidas prontas e snacks funcionais voltados para bem-estar mental e controle do estresse.

Mudança geracional e novos nichos
A Geração Z e os millennials buscam produtos funcionais com identidade clara e rótulo limpo, valorizando embalagens sustentáveis e ingredientes de origem rastreável.

Já o público sênior aposta em fórmulas enriquecidas com vitamina D, K2, cálcio biodisponível e proteínas de alto valor biológico para prevenção de doenças e manutenção da massa muscular.

No segmento infantil, cresce a oferta de lácteos com prebióticos, vitaminas e minerais adaptados às necessidades do desenvolvimento, mantendo sabor e textura agradáveis para o público jovem.

Desafios e oportunidades para o setor lácteo
Para atender à nova demanda, a indústria investe em ingredientes multifuncionais que combinam benefícios fisiológicos com estabilidade sensorial.

Tecnologias como a microencapsulação permitem unir probióticos e fibras sem comprometer sabor ou textura, enquanto blends de proteínas e enzimas digestivas agregam valor nutricional.

A comprovação científica também é essencial: consumidores confiam mais em produtos que apresentam estudos clínicos claros para sustentar alegações de saúde. No caso dos lácteos funcionais, pesquisas robustas sobre a atuação de culturas probióticas específicas ou sobre os efeitos dos peptídeos bioativos fortalecem a credibilidade das marcas.

Transparência como diferencial competitivo
Com o avanço da rotulagem limpa, a clareza das informações é prioridade.

Marcas líderes já adotam pictogramas, QR codes e comunicação em camadas — simples e direta na embalagem, mas detalhada e técnica nos canais digitais — para conquistar a confiança de um público cada vez mais informado.

Perspectivas
Combinando tradição e inovação, o setor lácteo tem potencial para liderar o crescimento dos alimentos funcionais, unindo benefícios cientificamente comprovados à praticidade que o consumidor moderno exige.

E, diante da valorização da saúde integral e da prevenção, produtos como iogurtes enriquecidos, bebidas lácteas probióticas e suplementos de proteínas derivadas do leite tendem a se consolidar como aliados indispensáveis de uma vida mais saudável.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Portal A|I


Comemorando 70 anos, Piracanjuba conquista 1º selo GPTW, como um excelente lugar para trabalhar 
 
- Com aprovação de mais de 70% dos colaboradores que participaram da pesquisa de clima organizacional, companhia é reconhecida pelo excelente ambiente de trabalho.
- Empresa também recebeu o selo de Saúde Mental com duas estrelas, refletindo um índice de bem-estar emocional acima da média.
 
No ano em que sua principal marca, a Piracanjuba, completa 70 anos, o Grupo Piracanjuba comemora duas novas conquistas: a certificação Great Place to Work (GPTW) 2025 como um excelente lugar para trabalhar e o selo de Saúde Mental com duas estrelas, pelo índice de bem-estar emocional acima da média. A companhia obteve esses reconhecimentos após a primeira pesquisa de clima aplicada por meio da consultoria global GPTW.
 
“A certificação GPTW vem coroar as práticas da empresa voltadas para o cuidado e valorização do nosso ativo principal: as pessoas. Por aqui, priorizamos a oferta de um ambiente de trabalho acolhedor, com atitudes responsáveis e inovadoras, e ações de desenvolvimento e reconhecimento profissional. A credibilidade conquistada ao longo dessas sete décadas é um reflexo desse compromisso”, destaca o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo. 
 
Com unidades fabris em oito estados brasileiros, do Sul ao Nordeste do país, o Grupo Piracanjuba reúne mais de 4 mil colaboradores, nas mais diversas áreas de atuação. Entre aqueles que responderam a pesquisa de clima GPTW, 71% reconheceram a companhia como um ótimo lugar para trabalhar. 
 
“Esse resultado reflete tudo que a companhia tem feito no intuito de cuidar das pessoas, de ter um ambiente agradável e satisfatório para trabalhar, incluindo as variadas iniciativas de desenvolvimento contínuo do time”, destaca o diretor de Gente e Gestão, Edilson Vieira dos Anjos. 
 
Conforme apontado pela pesquisa, no Grupo Piracanjuba, os colaboradores são motivados pelo aprendizado e alcance de resultados coletivos. Além disso, o crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida, são os principais motivos de permanência na empresa. 
 
Ações nesse sentido são as mais variadas. Exemplo recente é a Universidade Grupo Piracanjuba. A estrutura de educação corporativa foi criada este ano, passando a abrigar todos os programas de desenvolvimento da companhia, sejam técnicos, comportamentais, ou de lideranças.
 
Entre as iniciativas que já estavam em curso e passaram a ser abrigadas pela universidade corporativa estão o Programa de Desenvolvimento de Líderes (PDL), focado na preparação de gestores alinhados à cultura organizacional, e o Programa Instruir que, desde 2007, viabiliza auxílio financeiro para formação em cursos técnicos, superiores e/ou de qualificação profissional.
 
No quesito atração de talentos, o Grupo Piracanjuba também tem alcançado reconhecimento no mercado, especialmente a partir da implementação do Programa de Estágio, em 2023. Ano passado, a iniciativa conquistou o primeiro lugar em duas premiações: da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Goiás (ABRH-GO), e do Prêmio IEL de Talentos, na categoria Empresa Inovadora para grandes empresas. Também em 2024, registrou um percentual de 50% de efetivação dos estagiários. 
 
Em outra frente, para reconhecer e valorizar aqueles profissionais que há mais de cinco anos contribuem na construção da história da companhia, ano passado foi criado o programa ReconheSER. “Celebrar o tempo de casa é reconhecer a entrega, o talento e o comprometimento das pessoas que fazem o Grupo Piracanjuba ser o que é”, ressalta Edilson.
 
Saúde emocional
Em sua primeira pesquisa de clima realizada via GPTW, o Grupo Piracanjuba também se destacou no índice de bem-estar emocional, alcançando nota 83, ante nota média de 81, das “Top 175 Empresas”. Com o resultado, a companhia conquistou o selo de Saúde Mental (Great People Mental Health), com duas estrelas. 
 
Conforme dados da consultoria global, o índice de bem-estar emocional é uma métrica que se ancora em neurociência. A quantificação do estado emocional dos times ocorre a partir de comentários abertos, que são analisados por um algoritmo de inteligência artificial com curadoria de especialistas. 
 
O resultado retrata as percepções e sentimentos dos colaboradores dentro da organização e reflete o nível de desenvolvimento emocional das pessoas olhando para elas de maneira integral. Ou seja, é uma certificação que não está relacionada unicamente às práticas de saúde mental que a empresa possui, apesar dessas ações também gerarem impacto.
 
“Ter um time com elevado índice de bem-estar emocional, para além de uma conquista de selo, evidencia que o propósito do Grupo Piracanjuba, ‘Cuidado que alimenta a vida’, não se prende ao discurso, mas é vivenciado por quem diariamente dá continuidade a essa história de sucesso iniciada em 1955: os colaboradores. São várias gerações profissionais que, juntas, fazem o negócio prosperar e nos motiva a entregar sempre o melhor, dentro e fora da empresa”, cita Luiz Claudio. 
 
Hoje, entre os benefícios oferecidos pelo Grupo na área de bem-estar e saúde para os colaboradores, além de plano de saúde, estão consultas psicológicas gratuitas, via plataforma Wellz, e convênio com o Welhub, antigo Gympass, que possibilita práticas de atividades físicas, relaxamento e adoção de hábitos saudáveis. 
 
A relação completa de benefícios e vagas abertas na companhia podem ser conferidas na página do Grupo Piracanjuba na Gupy. 

As informações são da Piracanjuba.

Leite/América do Sul: A produção de leite na América do Sul está firme

Temperaturas mais amenas no inverno contribuem positivamente para o conforto das vacas. Preços moderados da alimentação animal melhoraram as margens. Fontes da indústria indicam que os volumes da produção de leite de maio 2025 na comparação interanual, e também no acumulado do ano, estão em alta nos países da América do Sul. A produção de leite da Argentina vem crescendo em percentuais de dois dígitos, nos dois indicadores: interanual e no acumulado do ano. O preço do leite ao produtor argentino, no mês de junho, aumentou na comparação com o preço de maio. As precipitações estão em volumes normais na maior parte da América do Sul. A demanda por leite em pó desnatado e por leite em pó integral varia. Políticas comerciais instáveis impactam nas vendas. As disponibilidades exportáveis das duas modalidades de leite em pó estão em bons níveis, mas os compradores estão focados em atender às necessidades de curto prazo. Observadores do mercado indicam que a demanda brasileira por queijo muçarela caiu. 

Relatório USDA: 
https://www.ams.usda.gov/marketnews/individual-dairy-market-news-commodityreports#International
Tradução livre: www.terraviva.com.br


Novo indutor de ovulação da Embrapa reduz custo e amplia prenhez de vacas
Nove bezerros nascidos a mais a cada 200 vacas. Esse é o resultado do uso de um novo indutor de ovulação desenvolvido pela Embrapa Rondônia que foi testado em mais de 1.500 vacas com a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O indutor, que recebeu o nome de Promov, aumentou em até 9% a taxa de prenhez das vacas. Nos testes, a equipe de pesquisadores identificou uma taxa média de prenhez de 62% com a aplicação do Promov, contra 56% obtido com produtos convencionais da IATF. O novo insumo é resultado da combinação de dois hormônios já amplamente utilizados na reprodução bovina, a prostaglandina e o hormônio liberador de gonadotrofina, mais conhecido como GnRH. O Promov combina os dois hormônios em uma única dose a ser administrada por injeção intramuscular, mesmo modo de aplicação do GnRH, que é usado para melhorar a sincronização da ovulação das vacas, aumentando as chances de prenhez. Já a prostaglandina é aplicada antecipadamente, a fim de provocar a redução dos níveis de progesterona, hormônio inibidor da ovulação e da fecundação. Segundo o pesquisador Luiz Francisco Pfeifer, que coordenou o desenvolvimento do Promov, a aplicação convencional de prostaglandina continua sendo necessária em qualquer protocolo de IATF. “A diferença é que, além do uso convencional, agora ela foi incluída na formulação do Promov para ser utilizada como adjuvante na indução da ovulação.” No IATF convencional para 200 vacas teve um custo de R$ 10.200 e nasceram 114 bezerros, com custo unitário de R$ 91,07.No IATF com Promov, o valor subiu R$ 400, mas nasceram 123 bezerros, com custo unitário de R$ 86,89. A Embrapa já pediu a patente, mas, para licenciar e colocar o novo indutor de ovulação no mercado, está em busca de um parceiro privado. Pfeifer diz que ainda não é possível estimar o custo exato do novo insumo porque isso vai depender de questões de mercado que envolvem o futuro parceiro, mas, como se trata da combinação de dois produtos comerciais conhecidos, dificilmente, a formulação ficaria com preços muito acima dos já praticados no mercado. “Além disso, o impacto obtido na produção é relevante e um aumento de alguns reais nas doses aplicadas já seria compensado pelos bezerros a mais obtidos com o novo insumo,” afirmou o pesquisador em nota. Ele acredita que a chegada de um indutor de ovulação mais eficaz e de aplicação simplificada pode beneficiar diretamente milhares de produtores rurais, especialmente os que trabalham com sistemas de cria, em que a eficiência da reprodução é determinante para o sucesso da atividade. O Brasil tem o maior rebanho bovino do mundo com mais de 230 milhões de cabeças e a IATF é uma das principais ferramentas utilizadas para aumentar a produtividade e a qualidade genética dos animais. O Promov também será testado pela Embrapa em outras espécies de animais, como ovinos, caprinos e equinos. As informações são do Globo Rural.


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Porto Alegre, 12 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.456


Jovem ajuda família em produção de leite e mostra resultados de sucessão bem planejada

Com um rebanho de cerca de 80 animais, a família produz em torno de 1.400 litros de leite por dia

No pequeno município de Ibiraiaras, na região nordeste do Rio Grande do Sul, a rotina do jovem Fabrício Daros, de 16 anos, já envolve ajudar a família na produção de leite. “Cada um fica com uma tarefa. Meu pai trabalha mais com a alimentação dos animais, minha mãe tira o leite, e eu colaboro nas lavouras e faço a limpeza dos estábulos”, conta.O apoio dos pais é um incentivo para que Fabrício queira permanecer na atividade rural, um desejo que é diferente do da maioria dos jovens da sua região. “Muitos querem sair, acham o trabalho muito estressante. Mas eu tenho sorte de, na minha família, escutarem minhas ideias e me incentivarem”, relata.A propriedade da família, de 45 hectares, é voltada para a produção de leite e o plantio de lavouras para silagem. Com um rebanho de cerca de 80 animais — dos quais 40 em lactação —, a família produz em torno de 1.400 litros de leite por dia, que são vendidos para a cooperativa Coasa.Cursando o ensino médio, Fabrício pensa em seguir para o curso técnico em agropecuária na sede de Sertão (RS) do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, já investe em sua qualificação fora das salas de aula. O jovem integra o programa Gestores do Futuro, da cooperativa CCGL.A iniciativa, que é voltada para sucessores rurais, oferece ferramentas de gerenciamento e aprimoramento da produtividade e da sustentabilidade nas propriedades leiteiras. “Eu penso em ficar no campo. A minha ideia é aumentar a produção e ser um grande pecuarista no ramo de leite”, afirma. (Globo Rural)

Iogurtes sem refrigeração ganham espaço com foco em praticidade e saúde

Indústria asiática aposta em iogurtes de longa duração com culturas probióticas ativas, alinhando tecnologia e conveniência ao estilo de vida moderno.

A busca por praticidade, saúde e produtos com maior vida útil está impulsionando o desenvolvimento de iogurtes estáveis em temperatura ambiente, especialmente nos mercados asiáticos. Esse formato oferece conveniência ao consumidor moderno, permitindo armazenamento e consumo sem necessidade de refrigeração, sem abrir mão dos benefícios dos probióticos. Culturas vivas após tratamento térmico
Na China, o mercado de iogurte segue em forte expansão, com projeções de crescimento anual composto (CAGR) de 8,52%. O segmento específico de iogurtes estáveis à temperatura ambiente acompanha essa tendência, com um CAGR de 3,6%. Atentas a esse movimento, indústrias têm investido em tecnologias que garantem a presença de culturas vivas mesmo após processos térmicos, adicionando os probióticos após a esterilização ou após a fermentação, assegurando viabilidade microbiana e manutenção do sabor e textura característicos.Evitando a pós-acidificação
Outro avanço interessante explora o uso de bactérias lactose-negativas em combinação com Lactobacillus rhamnosus para controlar a fermentação e a acidez. O objetivo é evitar a fermentação excessiva durante o armazenamento e, assim, ampliar a vida útil do produto sem comprometer suas características funcionais.Adaptações climáticas e culturais
Na Índia, o cenário é semelhante. O mercado de iogurtes deve atingir US$ 50,45 bilhões até 2029, com um crescimento projetado de 8,97% ao ano. A maior consciência em relação à saúde, aliada à demanda por alimentos prontos para consumo, tem favorecido o avanço dos iogurtes probióticos de longa duração. Grandes multinacionais  já atuam no desenvolvimento de formulações adaptadas ao clima local e aos hábitos de consumo indiano, promovendo iogurtes que combinam estabilidade, benefícios funcionais e conveniência.

Esses movimentos mostram como o setor lácteo asiático está se reinventando para acompanhar as transformações nos padrões de consumo. A integração entre inovação tecnológica, microbiologia aplicada e marketing nutricional promete abrir novas fronteiras para os lácteos funcionais — agora, prontos para o consumo a qualquer hora e em qualquer lugar.

As informações são da GrayB, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Proteínas lácteas bioativas: aliadas contra a sarcopenia no envelhecimento

Com alto valor biológico e peptídeos funcionais, proteínas lácteas bioativas ajudam a preservar a massa muscular e a saúde na terceira idade.

As proteínas lácteas bioativas estão ganhando destaque como ingrediente-chave para o envelhecimento saudável, especialmente no combate à sarcopenia — perda de massa e força muscular comum após os 60 anos.

Com a expectativa da OMS de que a população mundial acima dessa idade dobre até 2050, superando 2 bilhões de pessoas, cresce a necessidade de soluções nutricionais que mantenham a funcionalidade, a independência e a qualidade de vida.

Reconhecidas como padrão ouro em nutrição proteica, as proteínas lácteas oferecem alto valor biológico, excelente digestibilidade e um perfil de aminoácidos que atende ou excede as necessidades humanas.

A composição inclui caseínas (80% do total proteico do leite bovino), que liberam aminoácidos de forma lenta, e proteínas do soro (whey protein), de digestão rápida e ricas em leucina — aminoácido que ativa a via mTORC1, essencial para estimular a síntese de proteínas musculares, cuja eficiência tende a diminuir com a idade.

Além de fornecerem todos os aminoácidos essenciais, as proteínas lácteas apresentam peptídeos bioativos com propriedades fisiológicas específicas.

Entre eles, compostos derivados da caseína, como IPP e VPP, demonstraram efeito anti-hipertensivo ao inibir a enzima conversora de angiotensina. Já peptídeos antioxidantes ajudam a neutralizar radicais livres, reduzindo danos oxidativos associados à perda muscular e ao envelhecimento precoce.

Outros, como lactoferrina e lactoperoxidase, exibem ação imunomoduladora, fundamental para idosos que sofrem com a imunossenescência.

Essa combinação de benefícios é particularmente relevante diante do fenômeno chamado inflammaging, caracterizado por inflamação crônica de baixo grau que acelera a perda de massa magra e aumenta a resistência à insulina.

Estudos indicam que certos peptídeos lácteos podem reduzir citocinas pró-inflamatórias como IL-6 e TNF-α, ajudando a frear esse processo.

No contexto da sarcopenia, a whey protein se destaca pela rapidez de absorção e alta concentração de leucina, que ajudam a superar a resistência anabólica típica do envelhecimento.

A ingestão adequada de proteína — especialmente de alta qualidade — é apontada pelo European Working Group on Sarcopenia in Older People como um dos fatores de risco modificáveis mais importantes.

Para a indústria de alimentos, o potencial dessas proteínas impulsiona o desenvolvimento de iogurtes proteicos, bebidas lácteas enriquecidas, sobremesas funcionais e suplementos em pó direcionados a públicos sênior e esportivo.

Cresce também o uso de whey protein hidrolisada, com melhor digestibilidade, solubilidade e liberação controlada de peptídeos bioativos — solução ideal para bebidas ready-to-drink.

Blends que combinam proteínas lácteas, fibras prebióticas e micronutrientes como cálcio, vitamina D e magnésio vêm se consolidando como formulações completas para suporte ao envelhecimento saudável, aproximando o conceito de “alimento como medicina”.

No entanto, ainda existem desafios tecnológicos, como manter estabilidade em pH ácido, evitar sabor residual e preservar a bioatividade durante a pasteurização.

Do lado regulatório, alegações funcionais como “auxilia na manutenção da massa muscular” exigem comprovação científica robusta, e o reconhecimento dessas claims varia conforme a jurisdição.

O mercado está aquecido: segundo a Grand View Research, o setor global de whey protein superou US$ 10 bilhões em 2023, impulsionado não apenas pelo consumo esportivo, mas também pela demanda crescente do público idoso.

Europa e Japão já registram forte penetração de bebidas e suplementos voltados a essa faixa etária, enquanto políticas públicas incentivam dietas que previnam a sarcopenia, reduzindo custos com saúde.

Diante desse cenário, as proteínas lácteas bioativas não apenas alimentam, mas também atuam como ferramenta estratégica para preservar a autonomia e a vitalidade de uma população que envelhece mais — e quer envelhecer melhor.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Ciência do Leite


Mapa publica edital para credenciamento de laboratórios em áreas estratégicas da defesa agropecuária
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicou nesta quarta-feira (23) o Edital SDA/MAPA nº 1/2025, que abre seleção pública para o credenciamento de laboratórios nas áreas de físico-química de produtos de origem animal e vegetal, microbiologia de alimentos e água, resíduos e contaminantes em alimentos, físico-química de alimentos para animais e físico-química de vinhos, bebidas e fermentados acéticos. A medida está alinhada à Portaria nº 747/2024, que modernizou os critérios para credenciamento e fiscalização de laboratórios, conforme as diretrizes da Lei do Autocontrole (Lei nº 14.515/2022). O novo modelo estabelece credenciamentos por meio de editais públicos, tornando o processo mais transparente e alinhado às prioridades nacionais da defesa agropecuária. Na mesma data, foi publicada a Portaria nº 819/2025, que altera o art. 43 da Portaria nº 747/2024, permitindo a alteração dos responsáveis técnico, pela direção e pela qualidade nos credenciamentos ainda vigentes sob a Instrução Normativa nº 57/2013. A medida visa adequar a dinâmica das relações de trabalho, assegurando a continuidade adequada da operação dos laboratórios até o prazo limite previsto no art. 42 da Portaria nº 747/2024. Segundo Fabrício Pedrotti, coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários da SDA, “o novo processo de credenciamento é mais dinâmico, prioriza demandas estratégicas da defesa agropecuária e incorpora avanços legais dos últimos anos e a exigência de critérios técnicos mais robustos”. Com a nova regulamentação, o credenciamento passa a ter validade de 10 anos, e os laboratórios interessados deverão atender aos requisitos técnicos, operacionais e legais definidos no edital e na legislação aplicável. Os credenciamentos atualmente em vigor, com base na Instrução Normativa nº 57/2013, continuarão válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação. Com a nova regulamentação, o credenciamento passa a ter validade de 10 anos, e os laboratórios interessados deverão atender aos requisitos técnicos, operacionais e legais definidos no edital e na legislação aplicável. Os credenciamentos atualmente em vigor, com base na Instrução Normativa nº 57/2013, continuarão válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação. A publicação do edital representa um marco na modernização do sistema laboratorial que apoia as atividades oficiais de defesa agropecuária no Brasil. (MAPA)


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Porto Alegre, 11 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.455


Dinâmica das Exportações de Leite do Uruguai

Exportações uruguaias de leite ganham força no 1º semestre, após estoques formados no 2º. Veja como essa dinâmica afeta o mercado lácteo brasileiro.As importações são tema bastante popular e recorrente no mercado lácteo brasileiro. Mesmo com crescimento expressivo da produção brasileira este ano, a balança comercial do setor está constantemente atenta aos volumes provenientes de países como Uruguai e Argentina. Neste contexto, é importante monitorar a produção destes países, parceiros do Brasil no Mercosul para entender a pressão externa sobre o mercado interno e os possíveis impactos sobre preços e oferta. Assim, vamos explorar neste artigo como funciona a dinâmica de exportação do Uruguai e a formação de seus estoques, elementos fundamentais para compreender o comportamento das exportações uruguaias e seus possíveis efeitos no mercado brasileiro.Por que analisar Uruguai e Argentina ?
O Uruguai integra o Mercosul, assim como o Brasil, e por isso as importações de produtos lácteos uruguaios entram no mercado brasileiro com alíquota zero de importação. Isso garante aos países do bloco, como Uruguai e Argentina, acesso preferencial ao mercado brasileiro, em comparação a exportadores de fora do Mercosul, como Nova Zelândia e Estados Unidos, que enfrentam tarifas de importação mais elevadas (de forma geral, a alíquota de importação de fora do Mercosul é de 28%).  

Como funciona a dinâmica de produção e exportações lácteas no Uruguai?
O Uruguai exporta porcentagem do volume de leite que produz e a sua pecuária leiteira é predominantemente baseada em sistemas a pasto. Por conta disso, a disponibilidade de alimento para os animais no Uruguai depende fortemente da sazonalidade e da qualidade das pastagens, que variam ao longo do ano. 

Essa característica determina uma curva de produção marcadamente sazonal: a produção é menor no primeiro semestre e mais elevada no segundo semestre. No semestre, fatores como calor excessivo, menor crescimento das pastagens e o possível estresse térmico nos animais limitam significativamente o potencial produtivo. Já no 2º semestre, o pico de produção costuma ocorrer entre setembro e novembro, período em que a qualidade e a quantidade de pasto são maiores, impulsionando o volume produzido de leite. 

Como funciona a curva de exportação do UY ?
Esse é o tema central desta análise: embora o Uruguai produza mais leite no segundo semestre (H2), é no primeiro semestre do ano seguinte (H1) que as exportações ganham força. Ou seja, há uma formação de estoques no segundo semestre, que sustenta o ritmo de exportações no início do ano seguinte  — como demonstrado no gráfico 1 abaixo. 

Gráfico 1. Evolução semestral da produção e exportação de leite no Uruguai. 

Apesar de ser uma análise simples, o resultado é bastante interessante: em média, o volume exportado representa uma fatia maior da produção no primeiro semestre e uma participação menor no segundo. 

Outro ponto importante é a sazonalidade da produção. Historicamente, o volume produzido no segundo semestre é, em média, 30% superior ao do primeiro semestre. No entanto, embora as exportações também cresçam nesse período, seu avanço é proporcionalmente menor. Esse descompasso sazonal entre produção e exportação faz com que o segundo semestre assuma um papel de formação de estoques. Com base nestes dados podemos inferir que existe uma dinâmica na formação de estoques e exportação no Uruguai, sendo o segundo semestre mais propenso a esse comportamento de formar estoques. Os dados indicam que o país tende a apresentar um maior apetite por exportações no primeiro semestre do ano, o que pode indicar uma maior oferta de produto uruguaio no primeiro semestre do ano que vem.   (Milkpoint)


Consumo de leite | Leite e cultura alimentar brasileira: tradição, ciência e indústria
Com 116,7 litros por habitante ao ano, o leite segue vital na cultura alimentar brasileira, unindo tradição, nutrição e inovação.O leite na cultura alimentar brasileira não é apenas uma bebida: é um símbolo cultural, um elo histórico e um recurso estratégico para a nutrição e a indústria.Segundo o Censo Agropecuário do IBGE, cada brasileiro consome em média 116,7 litros por ano — um índice que reflete mais que preferência, revelando milênios de hábitos alimentares, evolução biológica e avanços tecnológicos.

Desde a Revolução Agrícola, há cerca de 10 mil anos, o ser humano passou a extrair leite de animais domesticados e se tornou a única espécie que mantém esse hábito na vida adulta.

Essa familiaridade é tamanha que até detalhes simples, como a cor do leite, despertam curiosidade.

A cor branca predominante está ligada principalmente à caseína, proteína que representa cerca de 80% do total presente no leite, explica a mestre em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia Mariana Munik.Ela ressalta que a alimentação dos animais, a espécie e as condições de armazenamento também influenciam a tonalidade, que pode ir de branco puro a levemente amarelado.

Importância do leite no crescimento de crianças e adolescentes
Entre os jovens, a importância do leite é respaldada por estudos científicos. Um artigo publicado no The Journal of Nutrition mostrou que, para cada 236 ml adicionais consumidos por dia durante a infância e adolescência, a estatura média aumentava 0,39 cm.

Esse dado reforça o papel do leite e dos derivados no desenvolvimento físico de crianças e adolescentes, especialmente em fases de crescimento acelerado.

Tecnologia UHT e o papel na cultura alimentar brasileira
No setor industrial, o leite longa vida processado por UHT (ultra-high temperature) se consolidou como padrão. Após a coleta, o produto passa por testes de qualidade e resfriamento antes de ser submetido a um choque térmico que alterna 140°C de calor e 1°C de frio.

Esse método elimina 99,9% das bactérias, garantindo segurança alimentar e maior prazo de validade, sem necessidade de refrigeração imediata.

O processamento UHT foi determinante para expandir a logística do leite no Brasil, permitindo que a bebida chegue a regiões remotas e fortalecendo a presença do produto nas gôndolas durante todo o ano.

Intolerância à lactose e APLV: diferenças que importam para o consumidor
No campo da saúde, é essencial distinguir intolerância à lactose e APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca).

A nutricionista Yumi Kuramoto explica que a intolerância à lactose ocorre quando há deficiência na produção de lactase, enzima responsável por digerir a lactose, o açúcar natural do leite.

Hoje, o mercado já oferece ampla variedade de produtos sem lactose, além de tratamentos específicos que permitem manter o consumo sem desconfortos.

Já a APLV exige cuidado redobrado: trata-se de uma reação imunológica à caseína e outras proteínas do leite, independentemente de conter ou não lactose.

Nessas situações, é necessário eliminar completamente o leite e seus derivados da dieta, pois mesmo versões sem lactose mantêm a presença da caseína.

O futuro do leite na cultura alimentar brasileira e na economia
O consumo de leite no Brasil está profundamente ligado à economia rural e à identidade nacional. Pequenos e grandes produtores alimentam um mercado que movimenta bilhões de reais por ano e gera empregos diretos e indiretos em toda a cadeia — da ordenha à prateleira.

O produto também é um aliado estratégico para a segurança alimentar, fornecendo cálcio, proteínas de alto valor biológico e micronutrientes essenciais.

A ciência e a indústria trabalham lado a lado para otimizar a produção, aumentar a qualidade e oferecer alternativas para diferentes perfis de consumidores, incluindo os com restrições alimentares.

O leite brasileiro carrega a tradição no sabor, a ciência no processamento e a força de um setor que, apesar dos desafios, continua a ocupar espaço central na mesa e na cultura alimentar do país.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O Hoje

Conseleite Minas Gerais
A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 07 de Agosto de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 
a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2025 a ser pago em Agosto/2025.
 
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.
 
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.  

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto. O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download. Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável. Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou. Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS CLICANDO AQUI. (Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 08 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.454


Queijos Maturados | Parmesão da RAR brilha no Prêmio Queijo Brasil 2025 com medalha de ouro 

O Parmesão da RAR Gastronomia foi eleito o melhor do país no principal concurso de queijos artesanais e industriais, consolidando a excelência do produto gaúcho.O Queijo Parmesão da RAR Gastronomia conquistou medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil 2025, o maior e mais prestigiado concurso nacional dedicado à produção artesanal e industrial de queijos.
O reconhecimento foi anunciado em julho, consagrando a unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, com sede em Vacaria (RS), como referência de qualidade no setor lácteo brasileiro.A premiação, realizada anualmente, reúne os melhores produtores, especialistas e entusiastas da gastronomia para avaliar e celebrar a diversidade dos queijos brasileiros.O júri técnico, composto por profissionais da cadeia láctea, elegeu o Parmesão da RAR Gastronomia como destaque absoluto entre centenas de amostras inscritas de todo o país.

Com maturação de seis meses, textura firme e sabor marcante, o Parmesão da RAR se posiciona entre os queijos de alta gastronomia com DNA nacional.

“Este reconhecimento é um testemunho da nossa incansável busca pela excelência. O prêmio reflete o cuidado com cada etapa: da escolha da matéria-prima até o processo de maturação”, destaca Sergio Martins Barbosa, presidente executivo da RAR Agro & Indústria.

Tradição italiana, qualidade brasileira
A RAR não é novata quando o assunto é inovação no mercado de queijos. Nos anos 1990, sob a liderança visionária do fundador Raul Anselmo Randon, a empresa foi pioneira na produção do queijo Tipo Grana fora da Itália, lançando a marca Gran Formaggio RAR, hoje considerada uma das mais sofisticadas do país.

Com mais de três décadas de trajetória na produção de queijos maturados de padrão internacional, a RAR Gastronomia alia tecnologia, respeito às tradições e um processo artesanal rigoroso que garante identidade e qualidade ao Parmesão agora premiado.

Um portfólio com sabor global
Além da produção própria, a RAR Agro & Indústria mantém um diversificado portfólio voltado à alta gastronomia. Entre os destaques estão:

Queijos e acetos balsâmicos italianos, presuntos e salames da Itália e Espanha
Azeites de oliva chilenos e azeite premium nacional, extraído de oliveiras próprias
Creme de leite fresco e manteiga
Vinhos e espumantes nacionais e importados, com 36 rótulos sob curadoria própria
 

Com sede em Vacaria, na Serra Gaúcha, a empresa também é uma das maiores produtoras e comercializadoras de maçã do Brasil — atividade que deu origem ao grupo na década de 1970. A expansão para os laticínios e derivados veio com o mesmo compromisso com a inovação e a sustentabilidade.

Reconhecimento que impulsiona o setor
A conquista da medalha de ouro no Prêmio Queijo Brasil 2025 reforça o posicionamento da RAR como uma das líderes em qualidade no segmento de queijos maturados.

Mais que um prêmio, o reconhecimento simboliza a capacidade do setor lácteo brasileiro de produzir alimentos com padrão internacional, preservando o terroir e o saber fazer local.

O Prêmio Queijo Brasil vem ganhando importância ano após ano e já é considerado uma vitrine estratégica para negócios, especialmente em um mercado que busca diferenciação, rastreabilidade e valor agregado.

Com um parmesão que rivaliza com os melhores da Europa, a RAR abre espaço para queijos brasileiros ganharem protagonismo não apenas nas mesas locais, mas também nos mercados internacionais. (Edairy News)


 

O leite como ativo estratégico global e regional

Futuro do leite no RS passa por consolidar essa vocação com políticas públicas eficazes, fortalecimento das cooperativas e estímulo à industrialização regional

Por Deniz Anziliero, diretor da Escola do Agronegócio da Atitus Educação

A produção de leite e seus derivados está em franca expansão no mundo. A previsão é de um crescimento de 17% na demanda global até 2034, impulsionada pela busca por proteínas de alta qualidade nutricional, de acordo com Organizações para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

Nos Estados Unidos, por exemplo, o soro de leite, antes considerado resíduo, tornou-se insumo valioso e hoje, move bilhões ao ser transformado em proteína em pó para suplementos e medicamentos.

No Brasil, embora o potencial produtivo seja alto, ainda importamos volumes expressivos de leite. Em 2024, as importações chegaram a 2,3 bilhões de litros (em equivalente-leite), enquanto as exportações foram pouco expressivas, sinalizando o desafio da competitividade e da valorização do produtor nacional.

É nesse contexto que, aproveitando minha participação na Agroleite, uma das maiores feiras do setor no país, realizada de 5 a 8 de agosto, em Castro (PR), compartilho uma reflexão sobre o papel estratégico do leite para o Rio Grande do Sul. 

O evento, promovido pela Castrolanda, mostra como o setor pode ser um motor de desenvolvimento quando apoiado por inovação, gestão e cooperação. E é nesse modelo que o RS pode se inspirar para se consolidar como protagonista.

Nosso estado é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com mais de 4,4 bilhões de litros anuais. A cadeia produtiva está presente em 493 dos 497 municípios gaúchos, gerando renda, fixando famílias no campo e movimentando R$ 6,6 bilhões por ano. A Região Noroeste se destaca como epicentro da produção: Ijuí, Santa Rosa e Passo Fundo lideram o envio de leite cru para industrialização.

A recente inauguração da Whey do Brasil, em Palmeira das Missões, é um marco que mostra o quanto podemos avançar na agregação de valor e industrialização local. A planta, formada por um consórcio de laticínios gaúchos, tem capacidade para processar 1,4 milhão de litros por dia, transformando-os em proteína de alto valor agregado.

O futuro do leite no RS passa por consolidar essa vocação com políticas públicas eficazes, fortalecimento das cooperativas e estímulo à industrialização regional. O leite já é essencial para a economia gaúcha, agora precisa ser reconhecido como ativo estratégico para o desenvolvimento sustentável de nosso estado.

As informações são de GZH

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1879 de 07 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em várias regiões, os rebanhos apresentam estado corporal e produtivo adequados, favorecidos pelo clima mais ameno, que proporcionou conforto, bem-estar animal e manutenção da produção. Em alguns locais, a elevação das temperaturas no início da semana também estimulou o aumento de produção. Por outro lado, em áreas com excesso de chuvas e baixa radiação solar, houve dificuldades de manejo, formação de barro e maior risco de mastites, exigindo suplementação. O retorno do frio e da umidade no final do período voltou a limitar o desempenho dos rebanhos, embora os aspectos sanitários tenham permanecido satisfatórios.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite se manteve estável, e as condições sanitárias e corporais dos animais estão ideais. Os campos de azevém e de aveia têm sido destinados às vacas em produção. 

Na de Caxias do Sul, as vacas em lactação pastejaram principalmente nas áreas de trigo, mas utilizaram também as de azevém e de aveia, além de terem sido beneficiadas com suplementação alimentar para conservar o escore corporal. A saúde e o bem-estar dos animais ficaram apropriados. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Padrão em Placas (CPP) permaneceram em conformidade com os padrões de qualidade exigidos.

Na de Erechim, os aspectos sanitários e nutricionais estão adequados, apesar de registros pontuais de perda de escore corporal em propriedades sem acesso à forragem de qualidade. De maneira geral, foi possível reduzir a quantidade de alimentação suplementar. A produção ficou estável.

Na de Frederico Westphalen, foi possível diminuir a quantidade de alimentos concentrados na dieta dos animais e consequentemente os custos de produção. Houve leve aumento na produção, resultado do maior tempo de pastejo e do conforto dos animais, situação também verificada na de Santa Maria.

Na de Ijuí, a produção de leite aumentou, sobretudo nas propriedades com sistema de criação a pasto, e observou-se melhora nos padrões de qualidade do leite. As condições climáticas na maior parte do período foram favoráveis ao manejo de alimentação e de ordenha dos animais. O rebanho apresentou condição corporal adequada. 

Na de Passo Fundo, as condições climáticas proporcionaram bem-estar aos rebanhos, e o escore dos animais aumentou. As vacas secas foram mantidas nas pastagens e receberam complementação com sal mineral.

Na de Porto Alegre, os custos de produção seguiram elevados devido à necessidade de suplementação alimentar do rebanho. 

Na de Soledade, nas propriedades onde houve atraso na semeadura das pastagens, e o rebanho não conseguiu pastejar plenamente, a dieta foi complementada com volumosos conservados, como silagem de milho. 

Na de Pelotas, algumas propriedades enfrentaram problemas de energia elétrica, o que prejudicou o manejo e a ordenha. De maneira geral, as condições climáticas contribuíram para o bem-estar animal e para a manutenção do volume de produção. Porém, também ocorreram precipitações no final do período, dificultando os manejos e aumentando o risco de ocorrência de mastites.

Na de Santa Rosa, a produção de leite aumentou, e houve redução da necessidade de suplementação alimentar. As condições climáticas foram benéficas para o bem-estar animal. Cresceu o interesse de produtores por sistemas intensivos como compost barn e free stall. (As Emater/RS adaptado pelo Sindilat/RS)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº  32/2025 – SEAPI
Os últimos sete dias alternaram períodos de temperatura alta, chuva e frio no RS.Na bovinocultura de leite, as temperaturas mais elevadas no início do período contribuíram com o conforto dos animais, favorecendo a manutenção ou o aumento da produção em várias regiões. A elevação das temperaturas estimulou o desempenho produtivo, especialmente nos sistemas a pasto. Por outro lado, o retorno do frio e da umidade ao final da semana limitou o desempenho dos rebanhos, embora os aspectos sanitários tenham permanecido satisfatórios.A próxima semana permanecerá com temperaturas baixas no RS. Nesta sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano manterá a nebulosidade em todas as regiões, com pancadas de chuva nos setores Leste e Norte. No sábado (9) e domingo (10), o ingresso de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas, e formação de geadas.Entre a segunda (11) e quarta-feira (13), o frio se intensificará, com mínimas próximas de 0°C e formação de geadas na maioria das regiões. Os volumes previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm nas faixas Leste e Norte, e poderão superar 40 mm no Noroeste Gaúcho. Na Metade Sul e Fronteira Oeste não há previsão de chuva significativa. (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação)


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Porto Alegre, 07 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.453


Balança comercial de lácteos apresenta recuos em julho
 
Déficit da balança de lácteos chegou a 166,4 mi de litros em julho. Exportações crescem 8%, mas seguem modestas frente às importações, que voltaram a subir. Saiba mais!
 
O saldo da balança comercial de lácteos apresentou recuo no mês de julho. Com um total de -166,4 milhões de litros em equivalente-leite, uma queda de 15,4 milhões de litros em relação ao mês anterior.
 
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Em julho, as exportações de lácteos somaram 5,4 milhões de litros em equivalente-leite, apresentando uma avanço de 8% em relação ao mês anterior, mas um recuo de 24,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Apesar do crescimento percentual mensal parecer alto, os volumes de importações seguem em patamares baixos.
 
Destaques para Exportações de lácteos – Julho:
 
● Leite condensado: Aumento de aproximadamente 405 toneladas. Variação de +97% em relação a junho
● Cremes de leite: Aumento de aproximadamente 182 toneladas.  Variação de +41% em relação ao mês anterior
● Leites em pó: Queda de aproximadamente 50 toneladas. Variação de -59% em relação a junho
 
Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As importações totalizaram 171,8 milhões de litros em equivalente-leite em julho, aumento mensal de 10,1%, próximo ao valor registrado em maio deste ano. Em relação a julho de 2024, a redução foi de aproximadamente 30%.
 
Importações de lácteos – Julho:
 
● Leite em pó desnatado: Aumento de aproximadamente 1.300 toneladas. Variação de +15% em relação ao mês anterior
● Soro de leite: Aumento de aproximadamente 266 toneladas. Variação de +21,2%
● Leite em Pó integral: Queda de 4%. Aproximadamente -330 toneladas
 
 
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de julho e junho de 2025.
 
Tabela 1. Balança comercial de lácteos em julho de 2025
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 
 
Tabela 2. Balança comercial de lácteos em junho de 2025
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 
 
O que podemos esperar para os próximos meses?
Os preços no mercado internacional, que vinham registrando quedas, passaram a indicar sinais de estabilidade nas últimas semanas — movimento evidenciado no 385º leilão do GDT, que apontou inclusive alta nos valores dos leites em pó. Esse cenário de preços mais firmes pode limitar as importações. Ainda assim, os preços do leite em pó oriundo do Mercosul continuam mais competitivos no mercado brasileiro. A expectativa de uma oferta elevada nos próximos meses, especialmente na Argentina e no Uruguai — principais parceiros comerciais do Brasil —, pode voltar a exercer pressão sobre os preços. Nesse contexto, o câmbio surge como fator decisivo: o dólar, oscilando próximo aos R$5,50, continua favorecendo as importações.
 
As informações são do Milkpoint 

Consumo global de laticínios deve disparar até 2035

Crescimento populacional e aumento da renda devem impulsionar a demanda por laticínios, com destaque para queijo, manteiga e leite em pó nos países em desenvolvimento.Os produtos lácteos são componentes-chave das dietas dos consumidores em todo o mundo. Espera-se que o aumento da renda e da população impulsione ainda mais o crescimento do consumo de produtos lácteos na próxima década.Como o consumo global de laticínios vai mudar

Gráfico 1. Consumo de produtos lácteos frescos e processados (ano-calendário)

Embora o processamento aumente a vida útil do leite, a maior parte dos laticínios é consumida na forma de produtos frescos, como leite líquido e iogurte (incluindo os fermentados e pasteurizados). Nos países em desenvolvimento, espera-se que o consumo per capita de produtos lácteos frescos aumente em 18%, enquanto nos países desenvolvidos se prevê uma pequena queda de 1% per capita.

O consumo per capita de produtos lácteos processados deve crescer tanto em países em desenvolvimento (+16%) quanto em países desenvolvidos (+6%).

Globalmente, espera-se que o queijo apresente o maior crescimento per capita entre os produtos lácteos processados, com 13% nos países em desenvolvimento e 8% nos desenvolvidos ao longo da próxima década. Manteiga, leite em pó integral (LPI) e leite em pó desnatado (LPD) também devem registrar aumentos significativos no consumo per capita em nível global.
 
Demografia e crescimento econômico são os principais impulsionadores
A população mundial deverá atingir 8,7 bilhões até 2033, em comparação com 8 bilhões em 2023. Em países de baixa renda, o crescimento populacional será um dos principais motores do aumento da demanda por laticínios (OCDE/FAO). 

Nos países em desenvolvimento, o aumento da renda é um fator mais influente do que nos países desenvolvidos na condução do consumo de laticínios. Globalmente, o crescimento econômico deverá se estabilizar em uma taxa média de 3,0% ao ano na próxima década, enquanto as economias em desenvolvimento devem crescer mais rapidamente. Níveis mais altos de renda estão correlacionados ao aumento da demanda por alimentos de maior valor e dietas mais ocidentais, incluindo produtos lácteos. A Ásia continuará a apresentar o crescimento mais forte na demanda por laticínios, mas o Oriente Médio e a África também devem experimentar um crescimento robusto.

Os laticínios continuarão a ser um componente essencial — e cada vez mais importante — da dieta dos consumidores, e a demanda tende a superar a produção em muitas regiões exportadoras. Segundo a IFCN, ao longo da próxima década, até 2035, a autossuficiência da Europa em laticínios cairá de 115% para 110%, com a demanda superando a oferta até 2030.

Mudanças nas preferências dos consumidores
Laticínios frescos: O consumo mundial per capita de produtos lácteos frescos deve crescer 11% na próxima década, impulsionado principalmente pela Índia e pelo Paquistão, devido ao crescimento da renda e da população. Enquanto isso, a demanda per capita por leite líquido, em particular, está em queda na Europa e na América do Norte.
 
Laticínios processados: O total de produtos lácteos processados deve apresentar forte crescimento tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Índia e Paquistão também são responsáveis pela maior parte do crescimento previsto no consumo de sólidos do leite, embora sejam em grande parte autossuficientes em suprimento de laticínios.
Os avanços globais na infraestrutura de processamento e logística vão acelerar esse crescimento. O consumo na China e no sudeste asiático ainda é muito menor do que na UE e América do Norte, o que abre espaço para crescimento, especialmente nos setores de food service e lanches. O consumo de queijo está fortemente relacionado à renda e, atualmente, a maior parte é consumida na Europa e América do Norte, onde se prevê aumento em ambas as regiões.

A demanda por manteiga vem se recuperando na América do Norte e sudeste asiático, embora seu uso seja, em sua maioria, como ingrediente. O crescimento significativo do consumo per capita de manteiga virá dos países em desenvolvimento, onde é considerada um produto mais luxuoso. No entanto, o consumo per capita de manteiga na UE deve se estabilizar ao longo da próxima década, devido à crescente preferência dos consumidores por dietas com menor teor de gordura. Contudo, essa tendência pode ser contrariada pelo interesse crescente em alimentos menos ultraprocessados.

A popularização dos medicamentos para emagrecimento com GLP-1 em países ocidentais pode impactar a demanda por laticínios com alto teor de gordura, ao mesmo tempo em que abre oportunidades para produtos com alto teor de proteína e baixo teor de gordura, como pós proteicos, iogurtes e leite.

O setor de manufatura continuará a dominar o uso de  leite em pó integral e leite em pó desnatado, especialmente para nutrição infantil e geriátrica, bem como como alternativa aos laticínios frescos. À medida que os mercados em desenvolvimento amadurecem e se tornam mais economicamente poderosos, a transição de pós lácteos com gordura vegetal (mais baratos) para leite em pó integral e outros produtos com gordura láctea pode aumentar a competição por essas gorduras com os mercados já estabelecidos, pressionando os preços.

A demanda global por proteína continuará crescendo, com as tendências de saúde e bem-estar impulsionando a demanda por soro de leite (whey) e produtos à base de whey.

As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Exportações de lácteos do Uruguai crescem 9% no 1º semestre 

Exportações de lácteos do Uruguai cresceram 9% em valor no 1º semestre de 2025, impulsionadas por melhores preços internacionais e foco em produtos premium.

As exportações de lácteos do Uruguai registraram um crescimento de 9% em valor no primeiro semestre de 2025, segundo dados divulgados pela consultoria Blasina y Asociados com base em informações das Aduanas.

Este resultado reflete uma recuperação do mercado internacional de lácteos e destaca a importância crescente dos produtos com maior valor agregado.

Leite em pó puxa alta no valor exportado
O principal responsável por esse avanço foi o leite em pó, que segue como carro-chefe nas exportações uruguaias. Com demanda aquecida especialmente em mercados estratégicos como China e Brasil, o produto respondeu por uma fatia significativa da receita total gerada pelo setor.

Apesar da volatilidade que caracteriza esses dois mercados, o desempenho do leite em pó confirma sua relevância para a balança comercial do setor lácteo.

Queijos ganham protagonismo e agregam valor
Os queijos aparecem em segundo lugar como destaque na pauta exportadora. A diversidade de tipos, formatos e usos permite aos exportadores maior estabilidade frente às oscilações do mercado de commodities.

Esse comportamento mais resiliente dos queijos favorece margens mais atrativas e consolida o produto como uma alternativa estratégica para diversificação.

Crescimento em valor, mas não em volume
Apesar dos bons resultados em valor, nem todos os indicadores são positivos. Alguns segmentos, como os produtos classificados como “confidenciais” — entre eles, lactose e caseína —, além de outros derivados, registraram queda em volume.

Isso demonstra que o avanço não foi uniforme e levanta a necessidade de ajustes estratégicos para garantir competitividade em toda a gama de produtos.

Exportações mês a mês: 2025 supera 2024 em início de ano
De acordo com o gráfico elaborado pela ByA com base em dados aduaneiros, as exportações de lácteos uruguaios em 2025 iniciaram o ano com desempenho superior a 2024.

Em janeiro, os embarques somaram cerca de US$ 78 milhões, acima do mesmo mês do ano anterior.

Embora fevereiro tenha mostrado leve queda, os meses seguintes mantiveram uma trajetória de recuperação, com destaque para junho, quando as exportações superaram novamente os US$ 70 milhões.

Essa recuperação parcial mostra que, além da valorização dos preços, houve esforços para manter ou aumentar o volume exportado de produtos-chave.

Ainda assim, o desempenho anual dependerá do comportamento dos mercados internacionais no segundo semestre.

Abertura de mercados e eficiência são essenciais
Especialistas consultados reforçam que, para manter a trajetória positiva, a indústria láctea uruguaia precisa continuar investindo em eficiência produtiva e na diversificação da oferta.

A abertura de novos mercados e a consolidação de parcerias comerciais com países como México, Argélia e países do Sudeste Asiático podem ser determinantes.

Além disso, o acompanhamento contínuo das tendências de consumo global — como a preferência por produtos com origem rastreável, naturais e com propriedades funcionais — poderá orientar o desenvolvimento de produtos de maior valor agregado e abrir novas frentes comerciais.

Perspectivas para o segundo semestre
Com o segundo semestre em andamento, as expectativas giram em torno da manutenção da demanda nos principais destinos.

Brasil, que continua sendo um dos maiores importadores de leite em pó uruguaio, pode enfrentar oscilações em função da produção interna e do câmbio.

Já a China, apesar de ter reduzido parte de suas compras em anos anteriores, segue como um mercado estratégico.

O desafio, portanto, será aproveitar as janelas de oportunidade mantendo competitividade e qualidade. Para isso, o papel dos acordos comerciais e das certificações sanitárias será cada vez mais relevante.

*Adaptado para eDairyNews BR, com informações de eDairyNews ES


Jogo Rápido

Leite destaca a Expointer como palco da superação do Rio Grande do Sul durante lançamento em Brasília
O atual momento que passa o Brasil, o endividamento dos produtores e a grandeza da Expointer como o maior palco do agronegócio gaúcho foram temas em destaque durante o lançamento inédito da 48ª Expointer em Brasília, nesta quarta-feira (6/8), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O evento contou com a presença do governador Eduardo Leite, do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, e de diversas lideranças políticas, reunindo cerca de 200 pessoas. "Estamos lançando a Expointer, pela primeira vez, em Brasília, no coração político do país, para mostrar a força do agro gaúcho e chamar a atenção do governo federal e do Congresso para a necessidade de medidas concretas de apoio aos nossos produtores. Depois de uma sequência de estiagens e das enchentes de 2024, que tanto impactaram o setor, esta feira simboliza a capacidade de reação do Rio Grande e será um palco de diálogo para defender quem empreende e gera riqueza no campo", afirmou Leite. "Mesmo diante de todos os desafios, temos uma grande expectativa para esta edição da Expointer. No ano passado, superamos obstáculos e alcançamos resultados históricos; agora, com mais de 450 expositores da agricultura familiar e um volume de negócios que deve ultrapassar R$ 8 bilhões, a feira será novamente um motor de ânimo para os gaúchos e uma vitrine para lembrar ao Brasil que apoiar a nossa produção rural é investir no desenvolvimento de todo o país", acrescentou o governador. Lançada pela primeira vez fora do Estado - nesta terça-feira (5/8) ocorreu em São Paulo -, a Expointer ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a Expointer reúne milhares de pessoas em nove dias de evento. Em 2024, fechou com R$ 8,1 bilhões em negócios. (As informações são da Secom editadas pelo Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 06 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.452


GDT 385: estabilidade de preços no mercado internacional
 
Preços do leite em pó voltam a subir no GDT e sinalizam possível retomada da demanda global. Veja como isso pode influenciar as importações no Brasil.
 
No 385º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 5 de agosto, o preço médio dos produtos negociados foi de US$4.249 por tonelada, refletindo um mercado ainda estável, como visto no último evento. O Price Index registrou alta de 0,7%, impulsionado pelo expressivo aumento no volume negociado.
 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O leite em pó integral, principal item negociado e referência de preços no GDT, registrou sua segunda valorização consecutiva após quatro quedas seguidas, sinalizando uma possível recuperação da demanda internacional, que é reforçado pelo aumento no volume negociado. O produto teve alta de 2,1%, com preço médio de US$4.012 por tonelada. Já o leite em pó desnatado também apresentou avanço, embora mais moderado, de 0,4%, fechando a US$2.085 por tonelada.
 
Gráfico 2. Preço médio LPI

Além dos leites em pó, também foi registrada alta para Gordura Anidra de Leite (+1,2%), encerrando o evento com preço médio de US$ 7.081 por tonelada. A Lactose, por sua vez, não foi ofertada neste leilão.
 
Entre os produtos que apresentaram queda, a Manteiga recuou 3,8%, com o preço fechando em US$ 7.214 por tonelada. Apesar da retração, os preços ainda se mantêm elevados. O Leitelho em pó também teve queda, de 2%, encerrando o evento com preço médio de US$ 3.050 por tonelada.
 
Para o queijo cheddar, o movimento foi praticamente estável, com leve ajuste de -0,6%, resultando em US$ 4.575 por tonelada. A muçarela também mostrou estabilidade, com recuo de apenas 0,1%, encerrando o evento a US$ 4.690 por tonelada.
 
A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.
 
Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 05/08/2025.

Volume negociado mostra certo padrão
O volume negociado neste leilão totalizou 37 mil toneladas, representando um aumento de 52,5% em relação ao evento anterior. Embora o crescimento seja expressivo, esse tipo de variação é recorrente nessa época do ano, conforme observado em anos anteriores. Ainda assim, em comparação com o primeiro leilão de agosto de 2024, o volume atual é 3% superior.
 
Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NDX apresentaram valorização consistente até o final do ano, quando comparados aos fechamentos de julho. No entanto, o movimento de queda gradual entre os meses ainda se mantém, indicando um mercado com tendência de acomodação nos preços ao longo do tempo.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
A estabilidade observada nos dois últimos leilões do GDT pode representar um sinal positivo para o mercado brasileiro. Como os preços praticados no Mercosul, principal origem das importações do Brasil, tendem a acompanhar as tendências desse indicador, a interrupção nas quedas nos preços pode limitar um eventual avanço das importações. Esse movimento tende a favorecer a competitividade do produto nacional no curto prazo, contribuindo para manter o cenário atual de preços.
 
Onde se atualizar sobre o mercado lácteo?
Quer entender melhor como essas dinâmicas globais influenciam o mercado interno e o que esperar dos próximos meses? Esses e outros temas centrais para a tomada de decisão na cadeia do leite estarão em debate no Fórum MilkPoint Mercado 2025, que acontece em 19 de agosto, em Goiânia e também no formato online. Com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, o evento reunirá os principais especialistas e agentes do setor para discutir cenários, tendências e estratégias diante das mudanças que impactam a competitividade e a rentabilidade da produção no Brasil. (Milkpoint)


Argentina lidera o crescimento global de laticínios

Segundo o USDA, a Argentina vai liderar o crescimento global na produção de leite em 2025, alcançando 11,4 bilhões de litros. Entenda!A Argentina está emergindo como líder indiscutível no crescimento da produção de laticínios entre as potências exportadoras para 2025, de acordo com projeções recentes do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O país deve experimentar um aumento impressionante de produção de 4,5%, equivalente a um volume total de 11,4 bilhões de litros. Este aumento significativo, em linha com as estimativas do Observatorio de la Cadena Láctea (OCLA), marca uma sólida recuperação econômica para o setor. Comparativamente, os Estados Unidos e a Nova Zelândia também estão experimentando crescimento, embora em um ritmo mais moderado de 1,1% e 1%, respectivamente. Em contraste, a União Europeia enfrenta uma ligeira contração devido às regulamentações ambientais, e a Austrália é afetada por secas severas. Este contexto global oferece à Argentina oportunidades significativas, já que o consumo de laticínios deverá crescer 10% a médio prazo, segundo pesquisa da Federação Internacional de Laticínios , com queijo e manteiga como os produtos mais dinâmicos. Analistas enfatizam a necessidade de o setor se concentrar na sustentabilidade ambiental, no bem-estar animal e na promoção do valor nutricional para garantir a liderança a longo prazo.

As informações são do DairyNews.today, traduzidas pela equipe MilkPoint

Leite reforça a importância do agronegócio gaúcho durante lançamento da 48ª Expointer em São Paulo

Evento reuniu empresários e representantes do setor no escritório da Invest RS na capital paulista

O governador Eduardo Leite reforçou, nesta terça-feira (5/8), a importância e o potencial do agronegócio gaúcho durante o lançamento da 48ª Expointer em São Paulo (SP), no escritório da Invest RS. Em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o evento foi realizado de forma inédita na capital paulista e reuniu cerca de 50 empresários e representantes do setor.

"Fazer o lançamento da Expointer aqui em São Paulo, no coração econômico do país, é uma oportunidade de mostrar para todo o Brasil a força do agronegócio gaúcho e de tudo o que o nosso Estado tem a oferecer. Mesmo depois de enfrentar o maior desastre climático da nossa história, estamos de pé, nos reconstruindo com resiliência e preparados para exibir ao país um Rio Grande do Sul que inspira confiança e oportunidades", afirmou Leite.

Maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina

Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a Expointer ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Este ano tem como slogan “Nosso futuro tem raízes fortes”, trazendo o conceito de legado, algo de valor que é transmitido, uma missão que é confiada. A campanha traz um olhar para o futuro honrando a história dos gaúchos.

"Estamos prontos para receber todos os visitantes, em um parque ainda mais bonito e preparado para ser palco de grandes negócios, conexões e experiências culturais. A Expointer é muito mais do que uma feira, é a celebração da nossa capacidade de superar desafios e de projetar o Rio Grande do Sul para o futuro, unindo o campo e a cidade em um só ambiente", acrescentou o governador.

O titular da Seapi, Edivilson Brum, destacou que, mais do que uma feira agropecuária, a Expointer é um símbolo da inovação, da resiliência e da excelência do agronegócio gaúcho. “A Expointer é uma grande feira que reúne tecnologia, inovação, o melhor da genética animal, discussões de temas relevantes para o agro, possibilidades de grandes negócios. Mas, acima de tudo, reúne pessoas que convergem para o mesmo objetivo, que é o crescimento e o desenvolvimento do agro gaúcho. É onde a tradição se encontra com a tecnologia, o campo se conecta com a cidade e o passado se transforma em futuro”, disse Brum.

Escritório da Invest RS 

Além de realizar uma apresentação sobre a agência, o vice-presidente da Invest RS, Eduardo Lorea, reforçou o papel do escritório em São Paulo para ampliar a competitividade do Estado na disputa por investimentos. “Esse escritório tem a intenção justamente de ser essa ponta de lança, um posto avançado do Rio Grande do Sul, no centro econômico do país, nos lugares onde são tomadas as decisões. Não tem lugar melhor para que a gente possa fincar nossa bandeira e trazer negócios para o Estado, principalmente em setores mais basilares como a agricultura e a pecuária, que são parte da nossa história desde o começo da atividade econômica do estado”, afirmou Lorea.

Inaugurado no final de junho deste ano, o espaço funciona como um hub de conexão e pode ser utilizado por secretarias, parceiros e empresas que tenham interesse, em ações associadas ao propósito de atuação da agência, em promoção comercial e atração de investimentos, como no caso do lançamento da Expointer.

Durante o evento, Lorea também falou sobre a missão que a Invest RS participará no Nebraska, estado norte-americano que tem uma experiência positiva com tecnologias de irrigação, que podem colaborar com o agronegócio gaúcho. A iniciativa busca trazer condições para que esse setor econômico seja ainda mais estável e produtivo.

O lançamento em São Paulo se soma ao evento em Brasília (DF), também inédito, que ocorrerá na quarta-feira (6/8), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A iniciativa marca a ampliação do alcance institucional da feira e reforça sua relevância como uma das principais vitrines do agronegócio brasileiro. 

Localização estratégica

A apenas 25 km de Porto Alegre, a Expointer acontece em Esteio, em uma região privilegiada, com acesso facilitado pelas rodovias BR-116 e BR-448 (Rodovia do Parque), além da proximidade com o Aeroporto Internacional Salgado Filho. 

Números da Expointer

2.500 expositores
120 expositores no setor de máquinas e implementos agrícolas
456 agroindústrias familiares (recorde de participantes)
5.000 animais em exposição
Mais de 500 atividades e eventos ao longo de nove dias de feira

As informações são da Secom


Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: Dólar e firme demanda impulsionam preços
Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos da soja subiram na última semana, refletindo, além da crescente disputa entre compradores brasileiros (sobretudo para processamento interno) e internacionais, também a valorização cambial (US$/R$). Em julho (até o dia 28), o Brasil escoou 10,44 milhões de toneladas de soja, com a média diária de embarques superando em 12,4% a de julho/24. Os dados, divulgados pela Secex e analisados pelo Cepea, evidenciam a demanda externa firme, diante da necessidade de tradings completarem cargas nos portos brasileiros. Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário elevou os prêmios de exportação para os maiores patamares em três anos. Além disso, o aumento das tarifas dos Estados Unidos para vários países pode impulsionar a procura estrangeira pelo complexo soja brasileiro. (CEPEA)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.451


GDT - Global Dairy Trade

​Fonte: GDT editado pelo Sindilat 


CEPEA: Média Brasil fecha junho a R$ 2,6474/litro
 
Leite fecha junho a R$ 2,6474/litro. Oferta maior que demanda pressiona cotações e derivados também recuam, mostram Cepea e pesquisa do MilkPoint Mercado
 
Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em junho fechou a R$ 2,6474/litro na “Média Brasil”.
 
Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de maio/2025)
 
 
No momento, a oferta de leite continua maior que a demanda, o que tem pressionado os preços pagos ao produtor. Em junho, a captação de leite subiu 3,31% em relação a maio, segundo o ICAP-L do Cepea, reflexo dos investimentos feitos pelos produtores nos últimos meses.
 
Mesmo com uma leve alta de 0,55% no custo de produção (COE) em junho, os gastos com nutrição do rebanho caíram 0,37%, ajudando a manter a atividade viável.
 

Apesar disso, a demanda por derivados ainda não acompanha o aumento da produção. De acordo com pesquisas do MilkPoint Mercado, os preços de venda de alguns dos principais derivados lácteos pela indústria têm recuado nas últimas semanas, frente a um mercado que tem se mostrado menos comprador. (Milkpoint)

 
 
O agro precisa se comunicar melhor

Recentemente, tive a oportunidade de visitar a Nova Zelândia como parte do programa da Nuffield, do qual sou uma das bolsistas de 2025. A Nuffield International Farming Network nasceu em 1947, no Reino Unido, fruto de um ato filantrópico, para estimular produtores a buscar conhecimento e inovação fora de seus países de origem, em um momento extremamente crítico do pós-guerra. O fundador foi Mr. William Morris, empresário e filantropo, que começou a proporcionar viagens internacionais aos agricultores britânicos com o objetivo de identificar boas práticas agrícolas e abrir novos mercados para estimular a produção de alimentos e a economia.

Todos os integrantes selecionados entram com um tópico de pesquisa que, na essência, deve trazer soluções, inovações e transformações para o setor agrícola em um mundo em constante mudança. Minha pesquisa está relacionada à comunicação e visa à melhoria da imagem do agronegócio no Brasil. Como podemos romper a bolha, deixar de converter aqueles que já estão convertidos e acessar verdadeiramente o público urbano? As pessoas perderam a conexão entre o produto que consomem e sua respectiva origem, e eu acredito que é parte da responsabilidade do setor restabelecer essa ponte por meio do acesso à informação.

Durante meus dias por lá, fiz algumas visitas interessantes:

● conheci uma fazenda de leite com cerca de 600 vacas em lactação em Matamata;
 
● participei de uma experiência de agroturismo que recebe entre 400 e 1.000 pessoas diariamente na região de Rotorua;
 

● uma produção integrada e verticalizada de leite de ovelha, que se transforma em fórmula infantil com altíssimo valor agregado e é exportada para a Ásia.

Também fui mais ao sul da Ilha Norte para visitar produtores de abóbora que enxergaram uma imensa oportunidade de mercado ao desenvolver branding na categoria de frutas e vegetais (algo na mesma linha do que a Zespri fez), além de promoverem um estreitamento na relação com o varejo no Japão por meio de ações inovadoras. Na mesma região, tive ainda a chance de conhecer a única produção de frango orgânico do país e, enquanto via os animais ciscando entre macieiras e oliveiras, ouvia da responsável pelo marketing os desafios de posicionamento de marca.

Foram muitos aprendizados e insights sobre a imagem do setor, as dificuldades enfrentadas pelos diferentes segmentos e o papel da indústria no elo entre produtor e consumidor. Acontece que, no caminho entre Auckland e Rotorua, enquanto eu me concentrava para dirigir na mão inglesa e me distraía com as paisagens idílicas, fiquei impressionada com a quantidade de vacas. Logo ali, na beira da estrada. De uma ponta a outra.

A Nova Zelândia é rural. Transborda natureza. Campo e mata nativa andam juntos. Essa ilha pequena, com 5,3 milhões de habitantes, exporta entre 80% e 90% de sua produção agropecuária e, mesmo com apenas 15% da população vivendo na área rural, carrega o campo em sua essência. Ouvi de uma das pessoas com quem conversei que o agroturismo definitivamente não é uma das melhores ferramentas de marketing para aproximar o campo da cidade — justamente porque o neozelandês já está acostumado com essa realidade.

Acredito que um dos principais problemas da imagem deturpada do agronegócio no Brasil é o abismo que se formou entre o campo e a cidade. Crescer vendo vacas pastando à beira da estrada ajuda a materializar a realidade. Aproxima. Naturaliza. E, se já é difícil associar o leite à vaca, imaginem a soja à carne.

Vejo esse como um dos maiores obstáculos para o nosso país, tão cheio de vida, jovens, recursos, terras, energia e um potencial produtivo gigante: é essencial integrarmos a cadeia e contarmos a história do pasto ao prato, da soja à carne, do algodão à camiseta, do fertilizante ao queijo da pizza.

É verdade que a Nova Zelândia tem uma vantagem: é mais fácil falar, para leigos, de vaca feliz quando ela está no pasto, e não dentro do estábulo. Em tempos de transparência radical, especialmente quando se trata de sustentabilidade e bem-estar animal, o storytelling da produção de leite do país já nasce pronto e é extremamente valorizado na Ásia, seu principal mercado de exportação.

Por outro lado, existe também um enorme aprendizado em relação à educação da população. A maioria dos habitantes do país, justamente por estarem tão próximos da vivência das fazendas, entende a importância do setor para a sustentabilidade econômica, desde a geração de empregos e a produção de alimentos para o país inteiro até o papel fundamental na economia por meio das exportações.

Para mim, fica o enorme aprendizado de como é essencial termos um setor unido. Falar sobre vaca feliz no pasto é mais fácil, mas definitivamente não é a única solução, especialmente quando falamos de contextos diferentes da Nova Zelândia ou da Irlanda, por exemplo. Funciona para algumas realidades, mas não para outras. Simples assim.

É desafiador explicar a um consumidor habituado a imagens bucólicas que, na maioria das vezes, para não dizer sempre, existe mais conforto animal dentro de um compost barn do que em um pasto no maior país da América do Sul.
 
A importância da educação
É difícil explicar toda a diversidade e os 6 biomas que cabem dentro de um país cerca de 32 vezes maior que a Nova Zelândia, com diversos microclimas, sem estações bem definidas, quente e com chuvas “fora de época” para quem não vive essa realidade. O Brasil transborda diversidade e realidades bastante específicas que exigem muito esforço para que a mensagem chegue até o consumidor, rompendo com ideias que importamos de outros países. Precisamos ser nossa própria referência.
 

Por lá, ainda na escola, as crianças e jovens aprendem sobre agricultura e agroindústria. Existem diversos projetos, desde o Farmer Time for Schools, no qual turmas são conectadas a fazendeiros reais para conversar sobre a realidade da produção de alimentos, até iniciativas integradas nas disciplinas de ciências e estudos sociais, como o Garden to Table, Wool in Schools e Soil, Food and Society.

O acesso à informação dentro do ambiente escolar reforça a importância de a população compreender o impacto do agronegócio na economia de um país inteiro, contribuindo para uma imagem horizontal, com senso de comunidade, e não carregada de superioridade. Não vejo outra saída além do investimento em educação. Não existe comunicação sem educação. É urgente a criação de acessos.
 
Emissões de GEEs
A discussão sobre emissão de metano é a mais latente, no momento, dentro da pecuária na Nova Zelândia. As empresas de genética falam sobre isso, os líderes classistas falam sobre isso, o consumidor fala sobre isso. Todos, de alguma forma, estão transformando suas realidades para se adequar ao que o novo mundo pede. Afinal, sustentabilidade deixa de ser uma vantagem competitiva e passa a ser obrigatória para sobreviver no mercado.
 
O protagonismo da indústria

Dentro dessa realidade, não vejo melhor resolução senão a indústria assumindo o protagonismo no elo entre produtor e consumidor, possibilitando visão de futuro, bancabilidade, investimento alinhado à demanda e pagamento de prêmios por uma produção de alimentos diferenciada, que atenda ao novo consumidor.

É papel da indústria se encarregar de contar a melhor e mais verdadeira história, para que o consumidor esteja disposto a pagar por tudo isso e o produtor seja estimulado a se diferenciar e a fazer mais pelo meio ambiente. Não se trata mais apenas de práticas sustentáveis: trata-se do que devolvemos à terra e de como o agronegócio, especialmente a pecuária, seja de leite ou de corte, possui um enorme potencial e uma grande oportunidade de ser um dos únicos setores capazes de ir além, contribuindo para a redução das emissões do planeta.

O mundo está repleto de bons exemplos quando se trata de comunicação. Torço para que o Brasil seja um país que saiba se inspirar, sem jamais esquecer de ser protagonista e contar suas incríveis histórias, que nascem em um território único. Sem comparações. Nós somos o que somos. (Diana Jank/MilkPoint/Forbes)

Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Cotações voltam a recuar
Após um leve movimento de fato, as cotações domésticas do milho voltaram a cair na última semana, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão veio sobretudo da ausência de consumidores, que aguardam maiores desvalorizações com os avanços da colheita de segunda safra. Além disso, as exportações estão menores em relação ao ano passado e ainda muito distantes do estimado pela Conab. Apesar do atraso frente ao ano anterior na média nacional, algumas praças dos estados de Mato Grosso e Goiás têm apresentado bom ritmo de colheita e produtividades elevadas, aumentando de forma pontual a oferta disponível para negócios, ainda conforme explicam pesquisadores. Quanto às exportações, dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que, de fevereiro até a quarta semana de julho, o volume embarcado limitou-se a 4,3 milhões de toneladas, ante os 7 milhões enviados no mesmo período de 2024 e ainda bem distante das 34 milhões projetadas pela Conab até janeiro/26. (CEPEA)