Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.178


Como ficou o texto da regulamentação da Reforma Tributária após aprovação na Câmara?

Aprovada em 20 de dezembro de 2023, a Emenda Constitucional Nº 132 (EC Nº 132) instituiu a Reforma Tributária Nacional trazendo novos contornos ao Sistema Tributário do nosso país. Porém, para que ela seja implementada de forma efetiva, o Governo agora precisa aprovar legislações específicas, que já estão em discussão no Congresso Nacional, e, também, regulamentar a operacionalização e fiscalização tributária, a serem publicadas pela Receita Federal do Brasil.O principal objetivo da Reforma Tributária é a simplificação do atual modelo de tributação existente em nosso país. A EC Nº 132 trouxe a extinção do PIS, COFINS, ICMS, ISS, IOF-seguro e do IPI (este passará a incidir apenas sobre os produtos que concorrem com os produzidos na Zona Franca de Manaus). Já no tocante ao IPVA, IPTU, ITCMD e COSIP ocorreu apenas a alteração de algumas de suas regras, além da criação de três novos tributos: IS (Imposto Seletivo), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços) que juntos formam o que ficou conhecido como IVA (Imposto sobre o Valor Agregado). Abaixo um resumo de como ficou esse sistema:Tendo como parâmetro tal moldura, compete ao Congresso Nacional a discussão e votação das medidas que regulamentam a Reforma Tributária, para, a partir de então serem publicadas tais medidas através de Leis Complementares.

No último dia 10/07/2024, a Câmara dos Deputados votou e aprovou a proposta da Lei Geral de IBS, CBS e Imposto Seletivo. A partir de agora, o texto segue para votação no Senado Federal, onde ainda poderá sofrer novas modificações. A expectativa é de que todo o processo seja concluído ainda este ano. A nova legislação entrará em vigor em etapas, entre 2025 e 2033. Abaixo trouxemos os principais pontos do texto aprovado na Câmara dos Deputados, que ainda pode ser modificado no Senado, e que impactam a cadeia do leite:

Cesta Básica

Ficam reduzidas a zero as alíquotas do IBS e da CBS incidentes sobre as vendas de produtos destinados à alimentação humana relacionados no Anexo I do projeto, o qual especifica as respectivas classificações da NCM/SH, que compõem a Cesta Básica Nacional de Alimentos, criada nos termos do art. 8º da EC Nº 132. Dentre os produtos elencados neste anexo estão: manteiga, margarina, leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica.

A cesta básica estendida, terá redução de 60% das alíquotas de IBS e CBS, tendo sido elencados (após grande debate especialmente no que se refere à carne bovina) entre os produtos:

- Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto Foies gras), carne caprina e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos;

- Leite fermentado, bebidas e compostos lácteos;

- Queijos tipo mozarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino.

Produtor rural

O produtor rural pessoa física ou jurídica que auferir receita inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no ano-calendário e o produtor rural integrado não serão considerados contribuintes do IBS e da CBS. No entanto, o texto prevê que o produtor rural ou o produtor rural integrado poderá optar, a qualquer tempo, por se inscrever como contribuinte do IBS e da CBS no regime regular.

O produtor rural que tenha auferido receita igual ou superior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no ano-calendário anterior àquele da entrada em vigor desta Lei Complementar será considerado contribuinte a partir do início da produção de efeitos desta Lei Complementar, independentemente de qualquer providência.

Prestadores de serviço da cadeia láctea

Ficam reduzidas em 30% (trinta por cento) as alíquotas do IBS e da CBS incidentes sobre engenheiros e agrônomos, técnicos industriais e técnicos agrícolas, desde que o serviço seja prestado por pessoa física ou por pessoa jurídica e cumpridos os requisitos previstos na lei.

Produtos e Insumos Agropecuários

Precisamos acompanhar de perto as mudanças que estão por vir no texto do projeto. As normativas provenientes da reforma tributária são de fundamental importância para as empresas nacionais, podendo impactar significativamente na viabilidade e competitividade de diversos negócios. A inclusão de queijos e outros produtos lácteos deve ser comemorada, representando um grande passo para o setor lácteo.

As organizações devem estar preparadas para acompanhar e se adaptar às mudanças promovidas, revisando suas estratégias fiscais, processos operacionais e estrutura de custos para garantir que permaneçam lucrativas e em conformidade com a nova legislação tributária. (Milkpoint)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1823 de 11 de julho de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A maioria das áreas cultivadas ainda não está em condições de pastoreio. Contudo, a redução das chuvas diminuiu a umidade do solo, favorecendo o trânsito, o bem-estar e a sanidade dos rebanhos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens de inverno estão aumentando, permitindo que os animais permaneçam nos piquetes por mais tempo. 

Em São Gabriel e Manoel Viana, ainda estão sendo utilizadas forrageiras perenes, mas os produtores relatam queima das folhas altas devido às geadas intensas, que tem exigido compensar com silagem de milho e ração. 

Na de Caxias do Sul, o estado geral do rebanho e as condições corporais estão adequados, sem restrição alimentar. 

Na de Erechim, a redução das chuvas facilitou o manejo dos animais, reduzindo os riscos de lesões e mastites. Os rebanhos estão retornando às pastagens anuais de inverno e recebendo suplementos energéticos, como silagem de verão, feno e pré-secados. 

Na de Frederico Westphalen, as geadas recentes prejudicaram as pastagens perenes de verão. A produção de leite mantém ração e silagem como base para a alimentação. Estima-se redução de 20% na produção de leite, nos próximos dois meses, de produtores que usam pasto com suplementação. 

Na de Ijuí, apesar da baixa oferta de pastagens, a produção de leite continua aumentando devido ao incremento do número de animais em lactação. A umidade elevada aumenta a necessidade de rigorosa higienização para a ordenha, além de contribuir para maior incidência de doenças nos cascos e de infecções nos úberes e tetos dos animais. 

Na de Passo Fundo, a maioria dos rebanhos está em bom estado nutricional e sanitário, apesar das condições adversas de pastagem e oferta de volumosos. 

Na de Porto Alegre, em Cristal, alguns produtores  investiram em melhorias na estrutura de manejo, como na instalação de sala de alimentação e no planejamento de fossos para a coleta de dejetos e sua utilização na fertilização das lavouras, com investimento em tanques de distribuição. Também houve interesse no uso de inseminação com Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), especialmente em matrizes onde não se identifica cio. 

Na de Pelotas, há ainda relatos de problemas de trafegabilidade nas estradas, que afetam a coleta de leite, mas sem interrupção na coleta. 

Na de Santa Maria, os bovinos estão enfrentando déficit nutricional em função do vazio forrageiro no início do inverno, reduzindo a produtividade e o escore corporal. Alguns produtores recorrem ao pastoreio em restevas de soja ou a pastagens em estabelecimento, mas os animais ainda não estão suprindo suas necessidades nutricionais. 

Na de Santa Rosa, algumas áreas seguem com acúmulo de barro, exigindo cuidados extras, como a higiene de ordenha para prevenir mastites e contaminações. Houve uma redução significativa nas infestações de ectoparasitas e patologias parasitárias. (EMATER/RS adaptada pelo SINDILAT/RS)

Previsão meteorológica de 12 a 17/07/2024

A previsão para os próximos dias no Rio Grande do Sul (RS) indica o retorno das chuvas na maioria das regiões durante o fim de semana, seguido de tempo estável.

Na sexta-feira (12/07), o padrão de tempo estável se repetirá com o deslocamento do anticiclone migratório sobre o RS. Durante a madrugada, há uma pequena possibilidade de precipitação invernal, como grânulos de gelo, chuva congelada ou neve, em pontos isolados e mais altos da Serra do Sudeste (Pinheiro Machado, Canguçu, Caçapava do Sul), devido a temperaturas próximas a valores negativos associadas à umidade. Nas demais regiões, a ocorrência de geada deve se concretizar, principalmente nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. Durante o dia, as temperaturas seguirão a tendência de queda.

No sábado (13/07), um cavado em altos níveis atmosféricos atuará sobre o nordeste da Argentina, próximo à divisa com o RS, provocando instabilidade e precipitações de intensidade moderada na metade norte do Estado, principalmente nas regiões do Planalto Médio e Central, Norte e parte da Região dos Vales. A nebulosidade deve aumentar em todas as regiões, diminuindo o risco de geadas. Durante o dia, as temperaturas serão mais amenas.

No domingo (14/07), a precipitação abrangerá todo o RS, podendo ser observadas chuvas de intensidade elevada na Região Sul, próximo às cidades da Costa Doce, como São Lourenço do Sul e Pelotas. As temperaturas seguirão mais amenas durante o dia, em relação aos dias mais frios da semana.

A tendência para os próximos três dias no RS é de tempo estável. Na segunda-feira (15/07), o sistema de altos níveis se deslocará em direção ao Oceano Atlântico, provocando precipitação leve sobre a Região Metropolitana e Litoral Norte. Nas demais regiões, o tempo estável retornará gradativamente por influência do anticiclone migratório, com temperaturas mais amenas ao longo do dia.

Na terça-feira (16/07) e na quarta-feira (17/07), a tendência de tempo estável em todo o RS se concretizará, com temperaturas mais amenas entre as manhãs e tardes e nebulosidade sobre a Região Sul.

Para os próximos sete dias, os prognósticos indicam chuvas de volume mais intenso para o Norte, Nordeste e Litoral do RS, com volumes acumulados de até 100 mm. As regiões da Serra, dos Vales, Metropolitana, Campanha, Central, Noroeste e partes da região Sul podem esperar chuvas moderadas, entre 30 e 50 mm. Menores volumes de chuva (até 20 mm) ou ausência de precipitações são esperados na Fronteira Oeste e extremo Sul do RS. (SEAPI/EMATER)


Jogo Rápido

Evento na Unijuí marca o Dia do Produtor de Leite
Aconteceu na manhã desta sexta-feira, 12 de julho de 2024, um evento promovido pela Vice-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí em homenagem ao Dia do Produtor de Leite. A atividade, realizada no Centro de Eventos da universidade, contou com a parceria de órgãos públicos, entidades e empresas, e teve como principal objetivo avaliar e projetar o cenário da cadeia produtiva de leite para os próximos anos. O SINDILAT, entidade apoiadora do evento, foi representado pelo secretário executivo Darlan Palharini. O evento iniciou às 8h com um café colonial, seguido pela abertura oficial às 9h com a presença de autoridades. Às 9h20, foi realizado um painel sobre a cadeia do leite, discutindo a "Situação atual da cadeia produtiva de leite e proposições para qualificação". O painel contou com a participação da professora Denize da Rosa, médica veterinária, e de Sula Viecili Zardin, produtora e engenheira agrônoma. Às 11h, houve a entrega das premiações aos produtores de leite de Ijuí, e às 11h30, o encontro de técnicos e egressos da Unijuí que atuam na bovinocultura de leite. Para assistir ao evento na íntegra, clique no link do YouTube aqui. (SINDILAT/RS com informações da UNIJUI)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.177


Câmara aprova regulamentação da reforma tributária e inclui carnes, queijo e sal na cesta básica

Texto-base foi aprovado por 336 votos a favor, 142 contra e 2 abstenções; proposta vai para Senado

Quase sete meses após a promulgação da emenda constitucional da reforma tributária, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (10) o principal projeto de lei de regulamentação do novo sistema de impostos sobre o consumo. Na reta final da votação, os parlamentares decidiram incluir no texto a previsão de que carnes, queijo e sal entrem na lista da cesta básica desonerada, após um destaque apresentado pela oposição.A inclusão da carne era considerado um dos pontos mais polêmicos da proposta e, apesar de ser defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dividia o governo pela possibilidade do aumento da alíquota geral. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vinha se posicionando contra a medida e, nos bastidores, afirmou que a iniciativa representaria “uma loucura”.Nos últimos meses, integrantes da equipe econômica têm alertado que zerar o imposto sobre as carnes elevaria a alíquota padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Nesse sentido, os deputados também aprovaram um dispositivo para garantir que alíquota do novo tributo fique em, no máximo, 26,5%, valor de referênci calculado pela equipe econômica considerand o texto original.

A inclusão da carne na cesta básica ocorreu quando deputados votavam os destaques, propostas de mudanças do texto principal. Antes, o texto-base foi aprovado por 336 votos a favor, 142 contra e 2 abstenções. Somente o Novo, o PL, a Minoria e a oposição orientaram suas bancadas a votar contra ao projeto de lei. Após a conclusão da votação na Câmara.

Durante a votação do destaque sobre as carnes, diante da expectativa de aprovação, o relator do texto, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), foi à tribuna para defender a medida.

“Quero pedir a todos os nossos líderes que possamos juntos fazer de maneira simbólica essa grande votação do Parlamento, que sabe e reconhece que é fundamental colocar a carne no prato dos brasileiros”, acrescentou em seguida. A fala de Lopes foi seguida de aplausos efusivos em plenário.

Antes do início da votação, Lira destacou o fato de que a versão final do projeto não agradaria a todos, mas defendeu que houve debate suficiente para tratar da matéria.

“Quero ressaltar que ninguém, em um tema como esse, agrada a todo mundo. É muito difícil. Mas a Câmara dos Deputados não pode, independente do resultado, sair arranhada com fala de parlamentares dizendo que não houve debate, discussão, tempo de amadurecimento, diálogo”, discursou o parlamentar. (Valor Econômico)


Alternativas de transporte para a Expointer são discutidas

A organização da 47ª Expointer debate alternativas para o transporte do público para a feira que acontece de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil (PEEAB), em Esteio. Com algumas estações da Trensurb sem operação desde maio por motivo da calamidade pública instalada no RS, a possibilidade de criação de uma linha de ônibus direta de Porto Alegre para a Expointer foi aventada pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).

A reunião, nesta quarta-feira (10/7), contou com a participação do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, do presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, e do diretor superintendente da Metroplan, Francisco Hörbe.

O secretário Kuhn destacou a importância da feira e de sua realização para a retomada econômica do Estado, após a catástrofe climática, e mencionou a necessidade de “reforçarmos o transporte durante o período da feira, tendo em vista a quantidade de público que se desloca até a Expointer, muitos vindos da Capital e de cidades da região Metropolitana. Queremos construir alternativas conjuntas para atender melhor as pessoas”.

Atualmente a Trensurb está operando as linhas de Novo Hamburgo até a estação Canoas com intervalos entre trens de 18 minutos. A meta da empresa, segundo o presidente, é retomar a operação até a estação Farrapos, em Porto Alegre, até o dia 20 de setembro, período posterior à feira. Como solução emergencial, Fagundes destacou que a Trensurb está fazendo a contratação de ônibus que vão atender os passageiros, a partir do próximo sábado (13/7), fazendo a integração da estação Mathias Velho até o centro da Capital, e vice-versa, sem custo adicional para os usuários do metrô . “A Expointer é nosso maior evento, nosso período de maior arrecadação, mas no momento, em razão das subestações de energia não estarem todas em operação, não conseguimos diminuir o intervalo das viagens, que hoje é de 18 minutos. Vamos contratar ônibus enquanto não estivermos em operação plena, para completar a viagem no trecho entre Mathias Velho e Centro de Porto Alegre e não penalizar os usuários”, destacou.

A Trensurb garante o atendimento para a Expointer dentro da situação de emergência e com incremento de ônibus, se necessário, para o período da feira.

O diretor superintendente da Metroplan, Hörbe, salientou durante a reunião a possibilidade de criação de uma linha de ônibus reforço para atender especificamente a Expointer, saindo de Porto Alegre e indo direto para o Parque Assis Brasil. Uma nova reunião será marcada entre a Seapi e a Metroplan para discutir as necessidades e detalhes técnicos. (SEAPI)

Comitiva gaúcha reforça demandas do Rio Grande do Sul no Congresso Nacional

Agendas foram realizadas com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

Uma comitiva gaúcha liderada pelo vice-governador Gabriel Souza reforçou, em Brasília, a pauta de reivindicações do Rio Grande do Sul em reuniões com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Os encontros ocorreram nesta terça-feira (9/7) e contaram com as presenças dos secretários a Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn, e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, além de representantes de entidades ligadas às atividades econômicas das bancadas estadual e federal.

O documento entregue aos presidentes tinha como as principais pautas o aumento do valor disponível do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); a liberação das linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com maior volume de recursos de capital de giro e ampliação dos critérios, excluindo a obrigatoriedade de localização na chamada mancha alagada; pausa nos financiamentos por 12 meses; isenção de impostos federais por seis meses, entre outras medidas.

“Não é bom para o Brasil deixar o Rio Grande do Sul na inação de recursos financeiros, sem a sua economia voltar a atingir patamares anteriores à calamidade, porque isso vai piorar a balança comercial. Somos um Estado exportador, a quarta maior economia do país, e as dificuldades gaúchas também vão impactar negativamente no Produto Interno Bruto, nos índices de empregabilidade e, principalmente, no índice de desenvolvimento humano do país”, enfatizou o vice-governador.

Em resposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acenou de forma positiva ao pleito e informou que em reunião já agendada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levará também a pauta gaúcha. “Nesta reunião vamos discutir a realidade da disponibilidade financeira e orçamentária para atender com mais rapidez as demandas do Rio Grande do Sul com todas as observações feitas pela comitiva gaúcha”, comprometeu-se.

A delegação do RS também acompanhou a audiência pública da Comissão Externa para avaliar os danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, na Câmara dos Deputados.

Senado

Na audiência com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que também teve a presença do senador Hamilton Mourão, o vice-governador pontuou o senso de urgência das demandas do RS. Dentre as citações, está a insuficiência do subsídio para pagamento de salário a empregados de empresas por dois meses. Gabriel ainda compartilhou sugestão para aplicação dos R$ 7 bilhões, valor inicialmente previsto pelo governo federal para o leilão de arroz. “Esse recurso já disponível poderia financiar uma nova linha de crédito para o agronegócio que tanto precisa”, disse.

Pacheco endossou o pleito gaúcho. “Importante este apoio da bancada para dar soluções e, no caso do Rio Grande do Sul, chamar atenção para as iniciativas que devem ser tratadas com a particularidade que o momento exige”, afirmou o presidente do Senado Federal.Kuhn afirmou que os encontros foram importantes para colocar em pauta no Congresso Nacional as necessidades do agronegócio, um dos principais motores da economia gaúcha. "Conseguimos expor as dificuldades dos agricultores e principalmente do acesso a crédito. São pedidos que precisam ser atendidos com urgência e que vamos acompanhar até a resolutividade da situação”, frisou. 

“As reivindicações que levamos aos presidentes da Câmara e do Senado são necessárias, uma vez que o Rio Grande do Sul sempre contribuiu para a economia brasileira e tem papel de liderança em vários setores. O nosso Estado sofreu imensamente e precisa da União para complementar as medidas que o governo estadual já está tomando para reestruturar o RS”, ressaltou Polo.

BNDES

Dando continuidade ao tratamento dos temas discutidos em Brasília, o vice-governador participará de uma reunião virtual na quarta-feira (10/7) com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e com o Ministro-Chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, para dar sequência ao debate sobre as linhas de crédito oferecidas pelo governo federal e sobre o atendimento às demandas dos empresários gaúchos. (SEAPI)


Jogo Rápido

No Fórum MilkPoint Mercado, associados do Sindilat têm 10% de desconto nas inscrições
Para acompanhar a discussão por especialistas dos temas predominantes na atualidade do mercado brasileiro de lácteos, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Programada para o dia 13 de agosto, a atividade antecede o Interleite Brasil 2024, e será realizada no formato híbrido. A parte presencial acontece na cidade de Goiânia (GO), com transmissão ao vivo. A programação está distribuída em três blocos principais: Os cenários de mercado; As novas fronteiras de mercado: o Nordeste brasileiro; e Investimentos e financiamento da cadeia láctea brasileira. O cronograma completo pode ser conferido abaixo e no site: https://www.forummilkpointmercado.com.br. (SINDILAT)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.176


Oferta menor e custo maior ao leite

A redução na oferta de leite e o aumento dos custos de produção amargados após a enchente começam a ser percebidos nos supermercados. A alta é evidenciada, principalmente, nos itens beneficiados.Conforme último Boletim de Preços do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa (Cileite), só a muçarela, em nível nacional, subiu 6,3% em junho, ante o mesmo mês do ano passado. Já o leite UHT subiu 3,7% no período.“No mercado consumidor, os repasses seguem ocorrendo, com varejistas buscando melhores margens", destaca o documento, que atribui parte do cenário à tragédia climática gaúcha.

Pasto não germina e insumos demoram a chegar ao campo

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Carlos Joel da Silva, relata que muitas vias seguem sem condições de trafegabilidade, tanto para a chegada dos insumos às propriedades como para a coleta da matéria-prima.

O custo ainda é onerado pela falta de estoques de comida para alimentar os planteis.

“A enchente levou o milho da silagem e a silagem que já estava pronta para esta época do ano”, diz Carlos Joel.

Com a terra encharcada tanto pela catástrofe como pela continuidade das chuvas, as novas pastagens, por sua vez, não germinam. E as que brotam não recebem luminosidade suficiente para crescer.

“O produtor não é o culpado. Tem que comprar alimento para o gado e isso tá saindo muito caro. Há uma dificuldade enorme para tratar os animais”, compartilha Silva.

Momento coincide com entressafra de leite no Brasil

Segundo o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, o conjunto de desafios começa com a entressafra de leite no resto do país.

Como terceiro maior produtor nacional da matéria-prima, o Estado contribui com o abastecimento de regiões que, de maio a outubro, enfrentam a seca e a diminuição na oferta de leite e de lácteos.

“Esse período seria, justamente, o ápice da produção leiteira do RS, de Santa Catarina e do Paraná”, lembra o secretário-executivo.

Para os laticínios, os percalços logísticos ainda ampliam o tempo das viagens ao interior e aos centros de distribuição de lácteos. Entre os municípios que ainda apresentam dificuldades, o executivo cita Serafina Corrêa, Casca e os localizados no Vale do Taquari.

“Têm, ainda, muitas pontes ou estradas que estão intransitáveis, fazendo com que a gente tenha que aumentar a rota”, explica Palharini. (Correio do Povo)


Como a análise do solo vai ajudar na recuperação da terra fértil no RS

Equipes do Senar-RS estão a campo coletando amostras que vão apontar os caminhos para a reconstrução das áreas produtivas levadas pela água. Em propriedade no interior de Estrela, no Vale do Taquari, inundação deixou acúmulo de areia, lodo e matéria orgânica

Dentre as frentes que trabalham pela recuperação das áreas devastadas pela enchente no Rio Grande do Sul, uma força-tarefa de mais de 300 profissionais está a campo para elaborar um raio X da condição das terras produtivas no Estado. O objetivo é que o diagnóstico dos solos ajude no processo de reconstrução de áreas que tiveram suas camadas férteis totalmente arrancadas pela água.

Mais de 10 mil análises devem ser coletadas até o fim dos trabalhos, liderados por equipes do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e com apoio de técnicos do país todo. As amostras serão analisadas em laboratório da Universidade de Caxias do Sul (UCS), na Serra.

— É como um exame de sangue. Primeiro se faz a coleta, depois a análise laboratorial, a interpretação deste exame e então a recomendação do que precisará ser reposto — compara o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, sobre o trabalho que está sendo feito.

Com base na mancha de inundação identificada pela Embrapa, foram mapeados os 120 municípios com a piores condições de solo para se aprofundarem os estudos, integrando a chamada emergência em rota, onde os trabalhos estão concentrados.

São mais de 6 mil locais com dificuldades de solo identificados — estes os “no olho do furacão”, ou seja, onde as águas afetaram desde as lavouras até as casas dos produtores e todas as demais estruturas produtivas desses locais.

Em grande parte das áreas, além do que foi lavado pela água, há acúmulo de matéria orgânica e de sedimentos que vieram de outras regiões, represando nos locais.

O trabalho será fundamental para marcar o recomeço dos produtores na atividade, diz o coordenador da equipe de solos do Senar-RS, Diego Coimbra. Junto com colegas de equipe, o coordenador é um dos que percorre as áreas afetadas para demonstrar não só apoio técnico, mas também suporte emocional aos agricultores:

— Vamos interpretar (os resultados) com os nossos agrônomos e dar uma devolutiva para já providenciar alguma ajuda de correção. Enquanto pudermos, nós vamos ajudar. O que nos interessa é o produtor permanecer aqui.

“Coisa de filme”

Fincada no Vale do Taquari, epicentro das enchentes, a propriedade de Jorge Dienstmann, 52 anos, é uma das mais afetadas pelos últimos episódios climáticos. Em abril, a água acabou por arrastar o que recém havia sido recuperado das inundações de setembro e de novembro do ano passado. No evento mais recente, porém, o impacto sobre solos se mostrou ainda mais severo.

São pelo menos três situações visíveis no terreno da propriedade. Além das destruições em infraestrutura de galpões e aviários, há partes das lavouras que foram tomadas por areia depositada do Rio Taquari, outras com acúmulo denso de lodo e outras em que o solo foi totalmente lavado.

Técnico de campo do Senar, André Makio Kusano veio do Mato Grosso do Sul para auxiliar nas coletas de solo. Enquanto retirava as amostras de terra na área de Dienstmann, relatava com espanto o que via pelas propriedades visitadas:

— O impacto foi absurdo, coisa de filme. Só vendo de perto para acreditar.

Na quarta-feira (3), mais 15 colegas vindos de Estados como Mato Grosso, Alagoas e Goiás se juntaram ao grupo. Ao todo, 35 profissionais de fora do RS vão atuar no trabalho.

A esperança de recuperar a terra é para reerguer a produção. Antes da cheia, o local produzia 500 mil litros de leite e 500 mil aves ao ano. Com a devastação, Dienstmann diz que vai abandonar as atividades pecuárias e focar somente na agricultura. Ele espera estar com as terras prontas já para a próxima safra de verão, que começa a ser preparada ainda na primavera.

— A gente optou por parar (a pecuária) e tocar só com o grão. Somos a quarta geração nesta propriedade. Não era desta forma que era para parar... — lamenta o produtor.

O impacto sobre os solos

Estudo feito por pesquisadores da UFRGS e membros da Associação de Conservação de Solo e Água estima prejuízo de R$ 6 bilhões nas áreas devastadas.

Os danos calculados se dão em solos e nutrientes. A enxurrada atingiu, principalmente, a camada que concentra o maior acúmulo de matéria orgânica, e, portanto, a parte mais fértil desses terrenos. Recuperação das áreas vai exigir correção de solo e adaptação dos modelos produtivos. (Zero Hora)

 

Linha de R$ 15 bilhões do BNDES para empresários do RS será aprimorada, diz Nelson Barbosa

Crédito foi disponibilizado para empresas que estão localizadas em áreas diretamente afetadas pelas inundações, mas empreendedores do Estado reivindicam o atendimento estendido para os negócios afetados indiretamente

O diretor de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta-feira (10) que os critérios para concessão do crédito emergencial de R$ 15 bilhões para o Rio Grande do Sul serão aprimorados.

O BNDES disponibilizou nesta quarta-feira as primeiras contratações do crédito emergencial para empresas gaúchas de todos os tamanhos, desde que localizadas em áreas diretamente afetadas pelas inundações. Empreendedores gaúchos, porém, reivindicam que o financiamento seja estendido para os negócios afetados indiretamente pela queda de arrecadação no Estado.

Segundo Barbosa, o critério geográfico segue mantido. Ele não descartou, porém, uma revisão por parte do governo federal. “A linha foi restrita inicialmente à mancha azul da inundação para priorizar os mais afetados. Isso é decisão de governo que vai ser monitorada e aprimorada com as demandas da população”, afirmou.

Barbosa conversou com jornalistas após uma reunião com governadores do Consórcio Brasil Verde, na sede da instituição, no Rio de Janeiro. Ele lembrou que a linha de R$ 15 bilhões, anunciada em 29 de maio, é destinada para a reconstrução do Estado.

O diretor do banco de fomento destacou que o BNDES já adotou outras medidas em prol do Sul, como a suspensão completa de pagamentos por 12 meses e o alongamento, pelo mesmo prazo, dos financiamentos para clientes de cidades gaúchas atingidas.

O crédito emergencial conta com três linhas de financiamento que oferecem condições especiais para os beneficiados. As taxas de juros variam de 0,6% a 0,9% e os prazos de pagamento são de até dez anos com previsão de períodos de carência. (Valor Economico)


Jogo Rápido

Reforma tributária: Relator fará novo parecer com trava para manter alíquota em 26,5%
Reginaldo Lopes (PT-MG) reitera que continuará de fora do texto a inclusão de carne na cesta básica. O relator do principal projeto de regulamentação da reforma tributária, Reginaldo Lopes (PT-MG), confirmou nesta quarta-feira (10) que apresentará um novo parecer com mudanças no texto. Ele, contudo, não quis cravar o horário que o novo documento será apresentado. A previsão é que o texto-base seja votado ainda hoje, no plenário da Câmara dos Deputados. Lopes confirmou que vai incluir no parecer uma trava para garantir que a alíquota padrão de referência da reforma fique em, no máximo, 26,5%, informação revelada pelo Valor nessa terça-feira (9). Ele disse que o dispositivo ainda está sendo desenhado, mas o Valor apurou que a intenção é que o governo faça um corte em itens se a alíquota ficar maior Com isso, a alíquota ficaria sempre em 26,5% ou menos, nunca maior que isso. O Valor apurou também que o valor da alíquota deverá constar no texto, ao contrário do projeto encaminhado pelo governo, que continha somente a metodologia de cálculo. Com isso, caso algum futuro governo queira aumentar a alíquota padrão, terá de aprovar no Congresso Nacional um projeto de lei complementar. O relator também confirmou que não vai atender ao pedido da bancada ruralista para incluir as carnes na cesta básica desonerada, que não paga imposto. Com isso, o tema será apreciado por meio de destaque. Pelo texto do governo, as carnes terão alíquota de 40% da padrão. (Valor Econômico)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.175


No Fórum MilkPoint Mercado, associados do Sindilat têm 10% de desconto nas inscrições

Para acompanhar a discussão por especialistas dos temas predominantes na atualidade do mercado brasileiro de lácteos, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Para se inscrever, acesse:https://register.jalanlive.com/forummercado2024?ticket=cpDn

Programada para o dia 13 de agosto, a atividade antecede o Interleite Brasil 2024, e será realizada no formato híbrido. A parte presencial acontece na cidade de Goiânia (GO), com transmissão ao vivo.A programação está distribuída em três blocos principais: Os cenários de mercado; As novas fronteiras de mercado: o Nordeste brasileiro; e Investimentos e financiamento da cadeia láctea brasileira. O cronograma completo pode ser conferido abaixo e no site: https://www.forummilkpointmercado.com.br.

Programação:

Bloco 1 – Os cenários de mercado
09:00 às 09:20 - Cenários para o mercado de grãos - milho e soja
Leonardo Machado, IFAG

09:20 às 09:40 - Como estará a economia brasileira até dezembro e em 2025?
Luis Otávio Leal, Economista-chefe e sócio da G5 Partners

09:40 às 10:00 - Como anda a rentabilidade da produção de leite em Goiás?
Gustavo Lourenzo, Supervisor de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Senar Goiás

10:00 às 10:10 - Espaço Patrocinador

10:10 às 10:40 - Perguntas e Debate
Leonardo Machado, Assessor Técnico Agricultura, FAEG
Luis Otávio Leal, Economista-chefe e sócio da G5 Partners
Gustavo de Lourenzo, Supervisor de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Senar Goiás

10:40 às 11:10 - Milk Break

11:10 às 11:30 - Quais as perspectivas de oferta e exportação de leite do Uruguai e da Argentina no restante de 2024?
Vitor Augusto Vieira, Commodity Trader na Interfood Group

11:30 às 11:50 -Demanda de lácteos: como caminhou em 2024 até aqui e o que deve acontecer até o final do ano?
Thais Lordelo Castro, Gerente de Inteligência de Mercado na Scanntech

11:50 às 12:10 - Qual será o cenário de mercado até o final de 2024 e quais as primeiras impressões sobre 2025?
Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

12:10 às 12:40 - Perguntas e Debate
Vitor Augusto Vieira, Commodity Trader na Interfood Group
Thais Lordelo Castro, Gerente de Inteligência de Mercado na Scanntech
Matheus Napolitano, Analista de Mercado na MilkPoint Ventures

12:40 às 14:00 - Almoço

Bloco 2 – As novas fronteiras de mercado: o Nordeste brasileiro

14:00 às 14:30 - Os recentes números de crescimento da produção e consumo no Nordeste
Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures

14:30 às 15:15 - Mesa redonda: para onde caminha o mercado lácteo no Nordeste?
Bruno Girão, CEO da Alvoar
Cláudio Rezende, CEO da Damare Alimentos
Arthur Vasconcellos, CEO Ducamp e Presidente do Sileal (Sindicato das Indústrias de Laticinios do estado de Alagoas)

15:15 às 15:45 - Perguntas e Debate
Valter Galan, Diretor Técnico e de Novos Negócios na MilkPoint Ventures
Bruno Girão, CEO da Alvoar
Cláudio Rezende, CEO da Damare Alimentos
Arthur Vasconcellos, CEO Ducamp e Presidente do Sileal (Sindicato das Indústrias de Laticinios do estado de Alagoas)

15:45 às 16:15 - Milk Break

Bloco 3 – Investimentos e financiamento da cadeia láctea brasileira

16:20 às 16:40 - Novas ferramentas para investimento da produção de leite e o caso da Leitíssimo
Octaciano Neto, Diretor de Agronegócio da Suno

16:40 às 17:00 - Espaço Patrocinador

17:00 às 17:40 - Mesa redonda: principais demandas de financiamento do leite brasileiro e como fazer este sistema acontecer?
Danilo Rezende, Fazenda Céu Azul
Craig Bell, Leite Verde/Leitíssimo
Ananias Jayme, Citale

17:40 às 18:10 - Perguntas e Debate

18:10 às 18:20 - Encerramento

Assessoria de imprensa SINDILAT/RS


Evento na Unijuí marcará o Dia do Produtor de Leite

Na próxima sexta-feira, 12 de julho, a Vice-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí promoverá, a partir das 8h, um evento alusivo ao Dia do Produtor de Leite. A atividade, que contará com a parceria de órgãos públicos, entidades e empresas, terá o intuito de homenagear os produtores de leite e, principalmente, avaliar e projetar o cenário da cadeia produtiva para os próximos anos. O encontro, aberto à comunidade, ocorrerá no Centro de Eventos.“A cadeia do leite é importante no mundo inteiro e, no Brasil, tem uma grande relevância. O País é o sexto maior produtor de leite no mundo e o Estado de Minas Gerais ocupa o primeiro lugar no ranking brasileiro, seguido pelos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, que dividem o segundo e terceiro lugares. A nossa região Noroeste, inclusive, tem destaque nacional. Isso porque somos a microrregião que mais produz leite. Então, nada melhor do que celebrarmos esta data”, destacou o professor Emerson Pereira.

O evento, conforme destacou a professora Denize da Rosa, terá início às 8h, com café colonial. Na sequência, às 9h, será realizada a abertura oficial com as autoridades e, às 9h20, terá início o painel sobre a cadeia do leite, com o tema “Situação atual da cadeia produtiva de leite e proposições para qualificação”. O painel contará com a participação da professora Denize da Rosa, que também é médica veterinária, e de Sula Viecili Zardin, produtora e engenheira agrônoma. Às 11h, ocorrerá a entrega das premiações aos produtores de leite de Ijuí e, às 11h30, o encontro de técnicos e egressos da Unijuí que atuam na bovinocultura de leite.

“Nós queremos apresentar a situação atual, os desafios da cadeia produtiva, mas também fazer proposições. Queremos colocar como a Universidade pensa o futuro e como pretende auxiliar a região, para que a cadeia do leite se fortaleça ainda mais. Nós não vamos precisar começar do zero, como muitos produtores que foram afetados pelas enchentes, mas vamos ter que compensar o que eles não vão conseguir produzir. Logo, os próximos anos vão ser decisivos para a região, e vão contar com muito crescimento para a agricultura e para a pecuária”, destacou a professora Denize. O evento conta com o apoio do SINDILAT/RS. (Unijuí adaptado pelo SINDILAT/RS)

AR – Previsão de um segundo semestre com maior produção de leite

Produção/AR – Perspectivas para o Segundo Semestre do Setor Lácteo: Segundo a Caprolecoba, a organização que representa os produtores de leite da Bacia Oeste de Buenos Aires, deverá melhorar a produtividade das fazendas no segundo semestre. 

Estima-se que a produção aumentará, mas também fazem um alerta. Quem irá absorver este maior volume de leite produzido e se isto se traduzirá em um impacto negativo no preço que recebem os agricultores.

Entre janeiro e maio, a produção de leite acumulou uma queda interanual de 14,3%, mas em maio a redução interanual foi de -10,8%.

Segundo a Caprolecoba “as condições de produção são boas, e deverá haver um segundo semestre promissor, superando a curva de 2023, embora encerre o ano com menor produção interanual”.

No entanto, além do aumento no volume produzido, os produtores avaliam as ameaças como a possibilidade de um novo fenômeno La Niña e o contínuo aumento dos custos de insumos e serviços. “O quadro de hoje é bom, mas precisamos ser prudentes”, advertiram.

A Caprolecoba reconheceu que “a produção vai crescer acima do consumo”, o que constitui um sinal de advertência, já que o mercado interno é o que atualmente pressiona o preço. Para evitar oferta em excesso que afete a rentabilidade das fazendas leiteiras, será necessário sustentar as vendas internas e incrementar as exportações.

Isto representa um desafio, já que o leite necessário para exportação “ainda não está disponível”, criando tensão no mercado. Em maio, a inflação foi de 4,2%, o dólar oficial aumentou 2,6% e o preço do leite ao produtor cresceu 9,7%.

Na Bacia Oeste, a faixa de preço ao produtor passou de AR$ 342,4-AR$ 367,4 por litro em abril, para AR$ 372-AR$ 398,2 em maio, o que representa melhora mensal média de 8,5% e 297,2% na comparação interanual.Fonte: Portalechero Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Embrapa alerta para mudança de cenário no mercado nacional de lácteos
Após altas consecutivas iniciadas em janeiro de 2024, pesquisadores afirmam que mercado perdeu força. O Centro de Inteligência do Leite da Embrapa apontou em seu boletim de preços para o mês de junho que o mercado nacional de lácteos está passando por uma “mudança de cenário” após a forte alta dos preços nos últimos dois meses. “Maio foi marcado por forte elevação nas cotações devido às enchentes no Rio Grande do Sul, menor importação, entressafra e demanda firme, segurando os preços. Já em junho a situação se inverteu, com demanda um pouco mais fraca e importações voltando a subir”, afirmam os pesquisadores. Em para julho, o preço de referência do preço pago ao produtor de leite pelo leite captado em junho calculado pelos Conselhos Paritários de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite) apontaram alta em todos os Estados. No Rio Grande do Sul, o indicador indicou aumento de 3,3% e, em Minas Gerais, de 2,5%. A maior valorização foi registrada no Paraná, com 7,1%. “Após altas consecutivas iniciadas em janeiro de 2024, o mercado perdeu força, sobretudo na segunda quinzena de junho. Os preços médios de junho ainda ficaram acima de maio, mas o cenário mudou”, explica a Embrapa. No varejo, os pesquisadores destacam que os repasses de preços ao consumidor continuam, com as redes de supermercados buscando melhores margens. Em junho, o preço médio do leite longa-vida (UHT) no atacado paulista teve alta de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado e de 3,3% quando comparado a maio. (Globo Rural)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.174


Definida a comissão julgadora da etapa Cases de Sucesso do 3º Prêmio Referência Leiteira
 
Já estão definidos os 18 jurados que terão a missão de avaliar as propriedades inscritas no 3º Prêmio Referência Leiteira. Ao todo, na categoria de Cases de Sucesso concorre 22 iniciativas em seis categorias: Inovação (2), Sustentabilidade Ambiental (4), Bem-estar Animal (2), Protagonismo Feminino (5), Sucessão Familiar (5) e Gestão da Atividade Leiteira (4).
 
Entre os critérios que os jurados vão analisar para determinar as iniciativas vencedoras, estão a abrangência e relevância da ação, o grau de consolidação da experiência e a replicabilidade, e a possibilidade de a solução ser adotada por outras propriedades. 
 
Os jurados foram divididos em quatro grupos. O Grupo 1 avaliará as  categorias Inovação e Gestão da Atividade Leiteira e é composto por Carlos Alberto Machado, coordenador da Comissão das Indústrias de Equipamentos para a Pecuária de Leite (Ciepel) do  Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers); Sandro Fávero, jornalista, apresentador e editor de Agro da Rádio Guaíba, Carlos Magno, engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR); Alberi Noronha, analista da Embrapa; e Letícia Vieira, médica veterinária e consultora da área da qualidade do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS).
 
Os avaliadores do Grupo 2 das categorias Sustentabilidade e Bem-Estar Animal são Jackson Brilhante, pesquisador do Laboratório de Microbiologia Agrícola da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi); Ana Esteves, médica veterinária e jornalista de agronegócio do Jornal do Comércio; Emerson Pereira, secretário de Desenvolvimento Rural de Ijuí; Rogério Dereti, analista da área de pesquisa e transferência de tecnologia em leite da Embrapa; e por Marcelo Camardelli, secretário adjunto da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA).
 
A categoria Protagonismo Feminino, Grupo 3, terá como juradas Denize da Rosa, professora de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; Saionara Araújo Wagner, professora pesquisadora da faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Gisele Loeblein, jornalista e colunista de agronegócio na Zero Hora; e Aline Balbinoto, analista de Competitividade Setorial do Sebrae/RS. 
 
Por fim, no Grupo 4, que avaliará as iniciativas em Sucessão Familiar, estão os jurados Andreia Meira, agente técnica da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/SC); Jonas Wesz, engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR); Sergio Bender Supervisor da Embrapa; e Nereida Vergara, jornalista e editora de rural do Correio do Povo. 
 
O resultado dos vencedores será divulgado durante a Expointer 2024 e os ganhadores receberão notebook, certificado e troféu. A premiação é realizada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a EMATER/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). (Assessoria de Imprensa SINDILAT/RS)

CONSELEITE MINAS GERAIS CONSELHO PARITÁRIO DE PRODUTORES E INDÚSTRIAS DE LEITE DE MINAS GERAIS

RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE JUNHO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 5 de Julho de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Junho/2024 a ser pago em Julho/2024.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

Balança comercial de lácteos: importações voltam a apresentar avanço

Durante o mês de junho as importações de lácteos voltaram a crescer, gerando um recuo no saldo da balança comercial de lácteos. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês chegou a -173 milhões de litros em equivalente-leite, registrando um recuo mensal de 31 milhões de litros em relação a maio, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações de lácteos voltaram a crescer no último mês. Com 4,6 milhões de litros em equivalente-leite exportados em junho, o avanço mensal foi de 3%, porém, ficando abaixo do resultado obtido em junho de 2023, conforme mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações de junho voltaram a apresentar alta mensal, retornando ao patamar que estava sendo observado anteriormente. Ao todo, foram importados 177,9 milhões de litros em equivalente leite, registrando um aumento mensal de 21,6%, no entanto, ficando abaixo do obtido no mesmo período em 2023, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às categorias importadas no último mês, diversos produtos apresentaram avanço em seus volumes importados, entre eles se destacam os leites em pó integral e desnatado, que avançaram 31% e 56% respectivamente.

Outros produtos de menor relevância dentro das importações recuaram durante o mês de junho, como os iogurtes, os leites modificados e o grupo de outros produtos lácteos.

Sobre as exportações, os maiores volumes ficaram com os grupos de queijos, creme de leite e leite condensado.

Dentre os produtos de menor relevância nas exportações, o leite em pó semi-desnatado e o leite em pó desnatado, apresentaram fortes avanços percentuais, de 72% para o semi-desnatado e 97% para o desnatado.

Enquanto as exportações de iogurtes (-11%), manteigas (-15%) e queijos (-23%) apresentaram recuos no último mês.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de junho e maio de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em junho de 2024

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em abril de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?

Até o momento, os principais produtos lácteos importados seguem mais competitivos em preço do que os produtos locais, gerando assim expectativas de que as importações se mantenham em níveis elevados no curto prazo, seguindo a tendência observada até junho.

Além disso, ao avaliar a disponibilidade de exportação por parte de nossos fornecedores, é relevante notar que, apesar da queda na produção de leite na Argentina e Uruguai nos últimos meses, ambos os países estão agora entrando em seu período de safra do leite, implicando em um aumento progressivo em suas respectivas produções de leite nos próximos meses, garantindo disponibilidade para exportações ao Brasil.

Quanto aos preços, é importante destacar que o Brasil ainda compra em valores acima do mercado praticado no Global Dairy Trade (GDT) por esses produtos importados. Portanto, uma estratégia que pode ser adotada por nossos exportadores é de considerar a redução de preços como uma medida para manter a competitividade e continuar a fornecer para o mercado brasileiro.

Seguiremos acompanhando e relatando quais fatores estarão estimulando ou limitando as importações brasileiras no restante de 2024. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Prazo para Declaração Anual do Rebanho termina em 31 de julho
Faltam 25 dias. O prazo para os produtores fazerem a Declaração Anual do Rebanho termina em 31 de julho, prazo este já prorrogado em função das enchentes no Rio Grande do Sul. Até sexta-feira (05/07), 53,8% dos produtores já declararam o documento. Todos os produtores de animais devem fazer a declaração, não apenas de bovídeos, caprinos, equídeos, ovinos e suídeos, mas também os de abelhas, coelhos e peixes, entre outros.De acordo com Eduardo Zart, chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) “todos os produtores possuidores de animais de peculiar interesse do estado, ou seja, animais de produção e os que podem estar envolvidos em transmissão de enfermidades a estes e a humanos devem fazer a declaração anual”. A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária. Para fazer a declaração acesse: www.produtoronline.rs.gov.br/declaracaorebanho ou procure as Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária da Seapi para fazer de forma presencial. Para mais informações: www.agricultura.rs.gov.br/declaracao

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.173


Movimentos seguros pavimentam a caminhada de crescimento de cooperativa da Serra Gaúcha

Com 113 anos, a Santa Clara tem hoje um mix de 391 itens. E, sem abrir mão do planejamento estratégico, adota o conservadorismo em suas ações, levando adiante somente projetos com viabilidade econômica, além de metas segmentadas de faturamento e resultado.

"Cuidamos muito do caixa e dos indicadores econômicos, trabalhando sempre com liquidez positiva, buscando manter nossos compromissos em dia. Com isso, zelamos por uma cooperativa saudável financeiramente, fazendo com que todos os elos que se relacionam com a Santa Clara estejam seguros em trabalhar com a cooperativa, tanto produtores, colaboradores, fornecedores, instituições financeiras e nossos clientes", diz Alexandre Guerra, diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara.

Embora estruturada, a empresa também enfrenta desafios devido às enchentes e condições climáticas adversas, somadas às diversas estiagens. Subiu o custo da logística. É preciso buscar rotas alternativas na captação e entrega do leite, já que há acessos bloqueados por queda de pontes e deslizamentos na rota da unidade de industrialização do leite UHT, no município de Casca.

Outro ponto é a crescente inadimplência, uma vez que muitos clientes perderam seus negócios devido aos impactos das enchentes. Além disto, o excesso de chuva lavou o solo e terminou com as pastagens de grande parte das propriedades dos produtores de leite. O desafio é recuperar este solo e voltar a obter a alimentação necessária do gado leiteiro.

Guerra acredita que, diante desse cenário de necessidade de reconstrução e recuperação do Rio Grande do Sul pós-enxurradas, a receita é manter o foco nos negócios, trabalhar ainda mais prezando pelos valores do cooperativismo e entender que sempre existem oportunidades. Para isso, a Santa Clara manteve a meta traçada, de crescer 10% em 2024, mesmo com o impacto das chuvas sobre a economia gaúcha.

"Os desafios passam a ser maiores, e a meta mais desafiadora, principalmente na produção de leite. Apesar de os índices estarem abaixo do projetado, estamos mantendo a meta como uma forma de nos desafiar ainda mais, procurando transformar desafios em oportunidades."

Para ele, será o foco no trabalho a melhor contribuição do setor cooperativo agropecuário para a recuperação do Rio Grande do Sul. (Jornal do Comércio)


Reforma tributária: entenda as principais mudanças sugeridas por deputados 

Grupo de trabalho na Câmara apresentou projeto de regulamentação na manhã desta quinta-feira. Jogos de azar e carros elétricos foram incluídos na cobrança do Imposto Seletivo, que têm alíquota maior, enquanto caminhões foram retiradosO grupo de trabalho criado pela Câmara dos Deputados para tratar da regulamentação da reforma tributária apresentou o relatório final nesta quinta-feira (4), com alterações no texto.Entre as mudanças estão a inclusão dos carros elétricos e dos jogos de azar em geral na cobrança do Imposto Seletivo, que têm alíquota maior e será aplicado em produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.Outra novidade foi a criação de uma nova categoria, a do nanoempreendedor, que não terá cobrança de imposto. O texto tem 335 páginas e 511 artigos.

Principais mudanças sugeridas

Alterações propostas pelo grupo de trabalho

Jogos de azar
Os jogos de azar de qualquer espécie (concursos de prognósticos) e fantasy games foram incluídos no Imposto Seletivo.

Veículos elétricos
No caso dos carros, foi retirada a possibilidade de alíquota zero para veículos que emitem pouco dióxido de carbono. Neste caso, entram os veículos elétricos. Segundo o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), um dos integrantes do grupo de trabalho, "o (elétrico) é um carro que do berço ao túmulo polui, principalmente no túmulo, diferente dos carros a combustão". As alíquotas ainda serão definidas por critérios de sustentabilidade.

Caminhões
Foram retirados do Imposto Seletivo. Segundo o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), o transporte de carga no país é basicamente rodoviário e por isso foi poupado da sobretaxa.

Nanoempreendedores
Pequenos produtores independentes que faturem até R$ 40,5 mil por ano não serão contribuintes do IBS e da CBS.

Cesta básica
A cesta que terá isenção tributária permanece a mesma com 15 produtos, mas foi acrescentado óleo de babaçu com o óleo de soja.

Medicamentos
O prazo de revisão das listas de remédios isentos e com redução de 60% na alíquota caiu de um ano para quatro meses.

Saúde menstrual
Os produtos de higiene menstrual passaram de redução de 60% das alíquotas e passou para alíquota zero.

Viagra
Remédios com citrato de sildenafila, um dos ativos centrais do viagra, saem da lista de isentos e entram na de produtos com redução de 60% da alíquota.

Carros para PcD
O valor do carro com redução de tributação passa de R$ 120 mil para R$ 150 mil sem considerar custos de adaptação.

Split payment
O split payment é um mecanismo no qual o valor pago do IBS e CBS por um comprador é dividido entre o vendedor e as autoridades fiscais. Para garantir que as empresas serão creditadas do imposto pago pelos fornecedores, o creditamento deverá ser automático, no momento do pagamento. Mas o projeto prevê um crédito presumido quando isso não for possível.

Créditos acumulados
Nos casos em que o crédito da empresa não seja compensado imediatamente, o prazo para ressarcimento foi reduzido de 60 para 30 dias.

Fundos
Os fundos de investimento imobiliário e o Fiagro (fundo da agroindústria) poderão optar em serem contribuintes do IBS e da CBS para poderem receber créditos de suas aquisições.

Produtor rural
O produtor integrado a uma cadeia produtiva não ficará sujeito ao limite de faturamento anual de R$ 3,6 milhões para optar em ser ou não contribuinte dos novos tributos.

Construção civil
Entra no regime diferenciado e haverá redução de alíquotas de operações com bens imóveis de 40%, e de aluguéis, de 60%. O redutor social, que antes era de apenas R$ 100 mil para a aquisição de imóveis residenciais, também será aplicado à aquisição de lotes em R$ 30 mil. Para aluguéis, o redutor será de R$ 400.

Bares e restaurantes
Tem direito a regime diferenciado, mas, agora, poderão também ter créditos de IBS e CBS e poderão excluir os custos com serviços de delivery. Antes, o texto mencionava apenas as gorjetas.

Aviação regional
O regime diferenciado para a aviação regional, com redução de alíquota de 40%, vai beneficiar apenas as rotas com 600 assentos.

Contratos públicos
O contribuinte poderá aguardar o pagamento pelo poder público para quitar os tributos.

Algumas polêmicas

Armas
Ficaram de fora do Imposto Seletivo neste primeiro relatório, o que foi criticado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou que a decisão sobre a inclusão de armas no Imposto Seletivo ficará para o colégio de líderes ou para o plenário da Câmara.

Alimentos ultraprocessados
Esses alimentos ficaram de fora do Imposto Seletivo, como foi indicado no relatório do governo em abril. Mas há deputados e parcelas da sociedade que defendem a sobretaxa devido aos malefícios à saúde.

Carnes
O grupo não incluiu a carne entre os itens previstos para ter alíquota zero. A justificativa é que a inclusão da proteína poderia causar impacto no aumento de cerca de 0,57% na alíquota média de 26,5%. Também foi destacado que o projeto do governo não previa a inclusão da carne na cesta básica com alíquota zerada, a despeito de recentes comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa de alíquotas diferenciadas para carnes mais consumidas pela população. Com isso, pelo relatório, as carnes terão o imposto reduzido em 60% da alíquota média.

O caminho da reforma
O texto geral da reforma tributária foi aprovado e promulgado pelo Congresso em dezembro de 2023. Em abril deste ano, o governo federal enviou ao parlamento propostas para regulamentar diversos itens da reforma. A Câmara dos Deputados criou dois grupos de trabalho para tratar do assunto

Nesta quinta-feira, o grupo de trabalho que analisa o texto principal da regulamentação da reforma tributária apresentou seu relatório. Essa proposta institui a lei geral do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo (IS) e contém a maior parte das regras que regulamentam a reforma.

Na próxima semana, deverá ser votado um requerimento de urgência para o texto ir direto ao plenário. Até ser apreciado pelos deputados, o projeto ainda poderá ser alterado, em meio a pressões e negociações.

Após a Câmara, a reforma terá de ser votada pelo Senado e, se aprovada sem alterações, seguir para sanção do presidente da República. Se o Senado fizer mudanças, terá de voltar aos deputados.

Há ainda um outro grupo de trabalho na Câmara, que trata da atuação do Comitê Gestor do IBS e da distribuição das receitas do IBS entre os entes federativos. Essa proposta terá de passar por similar tramitação (Fontes: Agência Câmara de Notícias e Agência Estado via GZH)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1822 de 04 de julho de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em razão da melhoria na oferta forrageira e da redução das infestações de ectoparasitas, proporcionada pelas baixas temperaturas e geadas, as matrizes leiteiras têm demonstrado aumento na produtividade de leite e melhorias no manejo reprodutivo. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, apesar do excesso de frio, o período foi positivo para os produtores de leite devido ao baixo volume de chuvas e à boa radiação solar, que estimularam o desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém. 

Na de Caxias do Sul, desafios sanitários, como infestações de ectoparasitas estão sob controle, porém a presença de barro, nas áreas de descanso e próximo à ordenha, prejudicou a qualidade do leite, aumentando as sujidades nos úberes e tetas. 

Na de Erechim, os animais puderam retornar às pastagens em função da redução das chuvas, diminuindo consequentemente os custos de produção. 

Já na de Frederico Westphalen, ainda há problemas causados pelo retorno das chuvas, como solo encharcado, o que aumenta os riscos de mastite. 

Na de Ijuí, os animais do sistema a pasto se recuperam gradualmente do déficit outonal de pastagem. Já nos sistemas confinados, a redução de temperatura tem sido benéfica, apesar das preocupações referentes à umidade da cama dos animais. 

Nas de Passo Fundo, Porto Alegre e Pelotas, segue a necessidade do uso intensivo de silagem e de concentrados na alimentação dos animais. A escassez de alimentos continua afetando significativamente a produtividade leiteira em decorrência da falta de pastagens e de campo nativo. 

Na de Santa Maria, o déficit nutricional compromete a produtividade e o escore corporal dos bovinos de leite. 

Na de Santa Rosa, a alta umidade segue dificultando o manejo dos rebanhos. 

Já na de Soledade, o tempo mais seco permitiu a conclusão da semeadura das pastagens de inverno, melhorando a oferta de forragem, especialmente em áreas com melhor drenagem. (EMATER/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Previsão meteorológica para o RS na semana de 04 a 10 de julho de 2024
Na sexta-feira, 05 de julho de 2024, a frente fria vinda da Argentina causará chuvas volumosas, especialmente nas regiões da Fronteira Oeste, Central e Metropolitana, com uma queda acentuada nas temperaturas na metade sul, enquanto a metade norte ainda registrará temperaturas amenas. No sábado, 06 de julho, a frente fria se deslocará para o Nordeste do Estado, provocando chuvas moderadas a fortes, com volumes entre 20 mm a 100 mm, nas regiões da Serra Gaúcha, Planalto Central e Médio. As temperaturas cairão ao longo do dia devido ao avanço do anticiclone migratório. Na metade sul, pode haver geada ao amanhecer nas regiões da Campanha e Sul, seguido de aumento da nebulosidade à tarde. No domingo, 07 de julho, o deslocamento da frente fria continuará provocando chuvas moderadas a fortes, entre 10 mm e 50 mm, na Serra Gaúcha, Campos de Cima da Serra e Região Norte. Na metade sul, a probabilidade de geada aumenta com a entrada de uma massa de ar polar, principalmente nas regiões Sul e Campanha. Na segunda-feira, 08 de julho, o anticiclone migratório se expandirá sobre todo o Rio Grande do Sul, trazendo queda nas temperaturas e tempo estável. A probabilidade de geada será maior nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste, e à tarde pode haver aumento da nebulosidade nas regiões Sul e Campanha. Na terça-feira, 09 de julho, um cavado em níveis médios provocará aumento da nebulosidade em grande parte do Estado, com precipitação moderada, de 10 mm a 50 mm, na Região Metropolitana e Litoral Norte. Na quarta-feira, 10 de julho, uma área de baixa pressão se formará entre o litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, resultando em um ciclone extratropical. Isso causará chuvas moderadas a fortes, entre 10 mm e 100 mm, nas regiões da faixa entre a Região Metropolitana, Central e Litoral Norte. Os prognósticos para os próximos sete dias indicam chuvas mais intensas nas regiões Nordeste do Estado. Na Região Metropolitana, Vales, Serra e Campos de Cima da Serra, os volumes devem variar entre 50 mm e 150 mm, podendo chegar a 300 mm no Litoral Norte. Para o Norte, Centro-Oeste e Centro-Sul, são esperados volumes entre 20 mm e 100 mm. Na Fronteira Oeste e na divisa com o Uruguai, os acumulados serão menores, de até 30 mm. No extremo sul do Estado, não há previsão de chuvas significativas nos próximos sete dias. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.172


GDT: queda nos preços internacionais

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram diminuições no 359º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 02/07. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.782/tonelada, como mostra o gráfico 1, com uma queda de 6,9% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
 
As principais categorias acompanhadas e negociadas durante o evento apresentaram quedas em suas cotações. Nesse cenário, o destaque ficou para a categoria da manteiga, que após uma forte valorização no último evento (+7%), voltou a recuar, obtendo uma diminuição de 10,2% e sendo negociada na média de US$ 6.546/tonelada.

O leite em pó desnatado também registrou baixa, sendo negociado na média de US$ 2.586/tonelada, representando uma queda de 6,1%; da mesma forma, o leite em pó integral apresentou uma queda de 4,3% sendo negociado na média de US$ 3.218/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 02/07/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
 
No primeiro leilão de julho, o volume negociado apresentou forte aumento. Com um total de 24.138 toneladas sendo negociadas, foi gerado uma alta de 43,8% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
 
No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam uma queda nos preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais, conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.
           
O expressivo aumento do volume ofertado no último leilão colaborou para a mudança do equilíbrio entre oferta x demanda, refletindo no recuo dos preços observados. Além disso, para os próximos meses, as perspectivas são de que o mercado mundial deve seguir mais abastecido, apesar da produção dos países exportadores do Mercosul (Argentina e Uruguai) estarem mais fraca nos últimos meses.

Do lado da demanda, espera-se um mercado pouco comprador, especialmente com continuidade do ritmo mais lento das aquisições da China, o que tende a manter os preços em níveis baixos, conforme evidenciado no gráfico 3 de preços futuros.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

As importações futuras brasileiras continuarão sendo influenciadas principalmente pela competitividade de preços entre os produtos importados e os produtos locais, além da disponibilidade dos nossos fornecedores internacionais de lácteos (Argentina e Uruguai).

Em relação à competitividade de preços, mesmo com o forte e recente aumento da taxa de câmbio, o produto importado deve permanecer competitivo, pois, para os vendedores do Mercosul, será mais vantajoso reduzir os preços de venda ao Brasil do que vender a outros mercados a valores próximos aos praticados no leilão GDT.

Em termos de disponibilidade, a Argentina e o Uruguai iniciam o período de crescimento sazonal das suas produções, aumentando a oferta nesses países. (Milkpoint)


OMS adverte sobre os problemas de saúde gerados pela substituição do leite por bebidas vegetais
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Rede Mundial de Iodo (IGN) advertiram sobre as deficiências de iodo apresentadas pela população europeia por novos hábitos de alimentação.
 
Segundo o estudo elaborado pelos dois organismos, a crescente popularidade de alternativas vegetais frente às principais fontes de iodo, como leite, produtos lácteos e pescado, vem provocando ingestão insuficiente de iodo nos países da União Europeia (UE).
 
O leite e os produtos lácteos são fontes importantes de iodo em muitos países da Europa Ocidental e Central, especialmente para as crianças. De fato, muitos alimentos animais e suplementos de uso animal são enriquecidos com iodo para melhorar a saúde destes e a produção de leite.
 
O consumo de produtos lácteos vem diminuindo entre os adolescentes e os adultos, enquanto aumenta o consumo de bebidas vegetais em substituição ao leite. Esta mudança na alimentação aumenta o risco de deficiência de iodo.
 
A deficiência de iodo põe em risco a saúde das pessoas, especialmente das mulheres grávidas, que têm maior necessidade deste mineral.
 
A iodação do sal faz parte da estratégia europeia para garantir uma ingestão adequada de iodo, mas que vem sendo afetada pela mudança da dieta e do estilo de vida.
 
Para que serve o Iodo?
 
O corpo precisa de iodo para produzir hormônios da tireoide, encarregados de controlar o metabolismo do corpo e muitas outras funções importantes. O corpo também precisa de hormônios da tireoide para o desenvolvimento apropriado dos ossos e do cérebro durante a gravidez e a infância. O consumo de iodo em quantidade suficiente é importante para todos, mas, em especial, para os bebês, antes e durante a gravidez para o desenvolvimento do cérebro do bebê.
 
O que provoca a falta de iodo?
 
Nas mulheres grávidas, a deficiência grave de iodo pode ocasionar danos permanentes ao feto, como atraso no crescimento, incapacidade intelectual e desenvolvimento sexual tardio.
 
Uma deficiência de iodo menos grave pode dar lugar a um coeficiente intelectual inferior ao normal em bebês e crianças e reduzir a capacidade dos adultos para trabalhar e pensar com clareza.
 
Nas pessoas mais velhas, o bócio, um aumento do tamanho da glândula tireóide, surge como o primeiro sinal visível da deficiência de iodo.
 
Quais alimentos possuem iodo?
 
Inúmeros alimentos são fontes importantes de iodo, mas destacam:
 
● - Pescados (como bacalhau e atum), algas marinhas, camarões e outros mariscos
● - Produtos lácteos como leite, iogurte e queijo
● - Ovos
● - Sal iodado
 
Quem tem que tomar mais iodo?
 
A população em geral, consome quantidades suficientes de iodo com a alimentação normal. Mas existem grupos de pessoas que devem ter cuidado especial para chegar a um mínimo.
 
Entre elas estão as mulheres grávidas, que precisam em torno de 50% a mais de iodo do que o resto das mulheres.
 
Outro grupo de risco são os que possuem uma dieta vegana ou não consomem produtos lácteos, ovos e mariscos.
 
As pessoas que vivem em regiões cujo solo não contém iodo e consomem principalmente alimentos procedentes de regiões que apresentam carência deste mineral. Entre as regiões com o solo pobre em iodo se encontram zonas montanhosas, como o Himalaia, os Alpes e os Andes, assim como vales dos rios do sul e do sudeste asiático.
 

Por último, devem tomar suplementos de iodo as pessoas que consomem quantidades mínimas deste mineral e que além disso ingerem alimentos goitrogênicos. Estes se encontram presentes em vegetais, como soja e crucíferas (repolho, brócolis, couve flor e de Bruxelas).   Fonte: TodoElCampo Tradução livre: www.terraviva.com.br

 

Em Brasília, Leite reforça demanda por recomposição de receitas e renegociação da dívida

O governador Eduardo Leite (PSDB) cumpriu nesta quarta-feora (3) uma série de agendas em Brasília para reforçar, junto ao governo federal, demandas de interesse do Rio Grande do Sul. As principais pautas tratadas ao longo do dia foram a necessidade de recomposição das perdas de receitas do Estado e dos municípios, em razão das enchentes de abril e maio, e a renegociação da dívida do RS com a União.
No início da manhã, Leite esteve no plenário Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, participando de encontro com prefeitos e representantes de mais de 400 cidades gaúchas que foram à capital federal na Marcha pela Reconstrução dos Municípios do RS.

No evento, promovido pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o governador destacou a urgência da regulamentação do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) com a amplitude necessária para permitir investimentos em todas as ações de restabelecimento e reconstrução. Leite também agradeceu os prefeitos pelo esforço conjunto para demonstrar à União que a recomposição das perdas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é essencial para retomar a normalidade.

"Viemos defender o que a nossa população merece. Se queremos que o recurso do Funrigs seja de fato para reconstrução do Estado, precisamos ter a recomposição das perdas para pagar as despesas ordinárias. Do contrário, vamos viver uma situação inusitada, de ter dinheiro para ações de reconstrução, mas não para pagar as despesas do final do mês", disse Leite, destacando que, apenas em relação a maio e junho, a perda de ICMS do Estado foi de R$ 1,8 bilhão.
"É a força dessa nossa união, todos nós por todos nós, que irá garantir o apoio e o suporte que nosso povo aguerrido precisa para reerguer um Rio Grande ainda mais forte", acrescentou o governador, que, à tarde, a participou de uma entrevista coletiva de imprensa com prefeitos e deputados no Salão Verde da Câmara. Ainda pela manhã, Leite participou da reunião do Conselho da Federação, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), além de ministros e governadores de outros estados. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Secretaria da Agricultura publica regulamento geral da 47ª Expointer
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta quarta-feira (3/7), o Regulamento Geral da 47ª Expointer, que ocorrerá no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil (PEEAB), em Esteio, de 24 de agosto a 1º de setembro. Acesse aqui (SEAPI)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.171


Nota de conjuntura do mercado lácteo

Mercado lácteo - No mercado mundial a oferta de leite segue com baixo crescimento. A fraca demanda mundial por lácteos, especialmente com a redução das importações chinesas, tem contribuído para manter os preços de leite em pó relativamente mais baixos.

Segundo o International Farm Comparison Network (IFCN), em 2023 o indicador global de preço ao produtor oscilou ao redor do seu valor histórico de US$ 0,40/kg. A média de 2023 foi 25% inferior ao ano de 2022. Dentre as consequências dos preços mais baixos, houve redução de volumes produzidos nas principais regiões tradicionais exportadoras a partir do mês de julho de 2023, comparativamente a 2022.

Para 2024, observa-se uma recuperação nos preços das comodities lácteas. No período de novembro/2023 e junho/2024, o preço da manteiga teve aumento de 46%. Já no caso do leite em pó integral, essa elevação foi de apenas 15%. A expectativa é de que os preços internacionais continuem no ritmo moderado de crescimento nos próximos meses. No âmbito macroeconômico global, o cenário ainda segue adverso, com baixos crescimentos de PIB, altas taxas de inflação e juros, além de conflitos regionais.

No Brasil, em 2023 houve aumento de 2,9% na captação de leite. Da mesma forma, o primeiro trimestre de 2024 também registrou elevação na comparação com o mesmo período do ano passado.

O preço líquido do leite ao produtor (em valores corrigidos pelo IPCA para abril/2024), teve grande variação em 2023, com seu pico em abril, de R$ 3,00/L e seu ponto mais baixo, de R$2,02/L, em outubro. Desde então, houve importante valorização das cotações, atingindo R$ 2,46/L em abril/2024.

Em relação aos fatores de produção, os preços de insumos pagos pelos produtores, também têm registrado queda. O indicador de preço real da mistura com 70% de milho e 30% de farelo de soja, foi cotado a R$ 1,35/kg em abril, valor 24% abaixo de abril do ano passado. Nos últimos 12 meses até maio, o ICPLeite/Embrapa registrou queda de 3,5%, mostrando menor pressão de custo na comparação anual. Mas é importante ficar atendo, pois tanto a desvalorização cambial como encarecimento do frete internacional podem provocar alguma elevação nos custos.

Do ponto de vista do consumidor, embora os derivados lácteos tenham registrado aumento de preços nos últimos meses, as cotações ficaram abaixo da inflação. Os preços de lácteos no acumulado em 12 meses até maio/2024, recuaram 4,2%, enquanto a inflação, medida pelo IPCA, no mesmo período aumentou 3,9% (Figura 1). Portanto, o leite contribuiu para conter a inflação.

Um ponto de atenção refere-se às importações. Em 2024, de janeiro a maio, a importação total foi de 897 milhões de litros de leite equivalente, com alta de 5,5% sobre o mesmo período de 2023. Caso haja manutenção do volume de compras nos próximos meses, mais o início da safra de leite, o cenário pode se complicar um pouco.

Em síntese, as indicações para 2024 são de uma perspectiva um pouco melhor do que a observada no ano passado. O volume de captação de leite registrou elevação de 2,3% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, ajustado por dia útil. O preço ao produtor vem com tendência de recuperação nos últimos meses, possibilitando melhoria na rentabilidade das fazendas. Os custos de produção seguem mais baixos na comparação com o ano passado. Da mesma forma, os preços ao consumidor tiveram valorização inferior a inflação na comparação de 12 meses, contribuindo para melhores vendas. (Embrapa CILeite)


Agricultura familiar terá R$ 76 bilhões para produção de alimentos

Agricultura familiar terá R$ 76 bilhões para produção de alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quarta-feira (3), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, com R$ 76 bilhões destinados ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O valor é 6,2% superior ao anunciado na safra passada e o maior da série histórica.

“O plano safra exuberante pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pode fazer”, disse Lula em discurso durante o evento no Palácio do Planalto. O presidente garantiu que o governo vai cuidar para que os produtores não tenham prejuízo e disse que é preciso incentivar a produção para reduzir a inflação dos alimentos.

“[Os preços dos alimentos] aumentam em função de determinadas intempéries, quando tem seca, quando chove demais. Então, a gente tem que incentivar as pessoas a plantarem o máximo possível e garantir que, na hora da colheita, a gente não vai deixar eles terem prejuízo porque plantaram demais. O governo tem que garantir um pagamento correto pra que aquelas pessoas possam fazer os seus produtos chegaram no supermercado”, disse Lula.

“Se a gente fizer isso, se a gente comprar as máquinas, produzir mais leite, mais queijo, plantar mais tomate, mais pepino, mais chuchu, não vai ter inflação de alimento. A inflação de alimento ela se dá quando a gente produz menos do que a demanda, que começa a ter escassez no supermercado e aí cada pessoa pede o preço que quiser. Mas a gente tiver produção correta, não faltará produto no supermercado, ninguém precisa aumentar o preço porque a gente vai ter excesso de comida nesse país”, acrescentou.

Segundo o governo, somadas outras ações anunciadas para a agricultura familiar, como financiamento de máquinas agrícolas de pequeno porte, a ampliação do microcrédito rural e a criação de fundos que ampliam o acesso ao crédito, o volume investido chega a R$ 85,7 bilhões.

O governo federal dará ainda mais incentivos a quem produzir alimentos que vão à mesa dos brasileiros e da biodiversidade. Cerca de dez linhas de financiamento de crédito rural do Pronaf tiveram redução de taxas. Para a produção orgânica, agroecológica e de produtos da sociobiodiversidade a taxa será de 2% no custeio e 3% no investimento. Quem produzir arroz, por exemplo, também encontrará juros reduzidos para o custeio, de 3%, no caso do convencional, e 2% no orgânico.

Neste plano safra, o governo ainda vem com uma nova estratégia nacional para ampliação da produção de arroz da agricultura familiar. São sete eixos principais: crédito, acompanhamento técnico, sementes, beneficiamento, comercialização e contratos de opção com o estabelecimento de um preço mínimo do produto.

O presidente pediu ainda que os sindicatos e organizações orientem os produtores sobre a existência dos créditos e programas e alertou que é preciso fiscalização para garantir que o dinheiro chegue na ponta.

Programa Ecoforte
Outro destaque do evento foi o lançamento do edital do programa Ecoforte para apoiar projetos de 40 redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, cerca de 30 mil agricultores familiares. Serão destinados R$ 100 milhões para o programa, em projetos com valores entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões. O recursos são fruto de acordo de cooperação da Secretaria-Geral da Presidência e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) com o BNDES e a Fundação Banco do Brasil.

Ainda, o governo lançou a iniciativa do Campo à Mesa, um edital de R$ 35 milhões para selecionar organizações da sociedade civil que fomentem sistemas de produção agroecológica. Outros dois editais lançados visam o fomento da organização produtiva e econômica de mulheres rurais: Quintais Produtivos, no valor de R$ 30 milhões, e Mulheres Rurais, de R$ 30,2 milhões.

Taxas reduzidas
Este Plano Safra da Agricultura Familiar tem taxas que variam de 0,5% a 6%, com redução para duas linhas de financiamento de custeio e oito de investimento.

As linhas de custeio do Pronaf reduzidas são para produtos da sociobiodiversidade como babaçu, jambu, castanha do Brasil e licuri, de 3% para 2%; e para produção de alimentos como feijão, arroz, mandioca, leite, frutas e verduras, de 4% para 3%.

Já as linhas de investimento que tiveram redução de 4% para 3% são: Pronaf Floresta, Pronaf Semiárido, Pronaf Jovem, Pronaf Agroecologia, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Produtivo Orientado e Pronaf Mulher, para as agricultoras com renda familiar bruta anual de até R$ 100 mil.

O Pronaf Mais Alimentos ganhou uma sublinha de financiamento, com redução de 5% para 2,5% para compra de máquinas de pequeno porte. Também nessa linha, tiveram redução de 4% para 3% as atividades de aquisição e instalação de estruturas de cultivo protegido, inclusive equipamentos de automação, construção de silos, ampliação e construção de armazéns e câmaras frias destinados à guarda de grãos, frutas, tubérculos, bulbos, hortaliças e fibras, aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras, aquicultura e pesca.

Mecanização
Outro destaque é a linha de crédito para aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte, específicos para a agricultura familiar, no âmbito do Programa Mais Alimentos. Os juros serão de 2,5%, metade da taxa de juros praticada no programa, para financiamento de máquinas de até R$ 50 mil, como microtratores, motocultivadores e roçadeiras. A linha é destinada à família com renda anual de até R$ 100 mil.

Ao todo, o Mais Alimentos deve destinar R$ 12 bilhões entre recursos equalizados e dos fundos constitucionais para compra de máquinas para a agricultura familiar nesta safra.

Para as máquinas de maior porte, incluindo tratores de até 70 cavalos de potência, o limite será de R$ 250 mil com 5% de juros e 7 anos para pagar.

Microcrédito
As famílias agricultoras de baixa renda, com renda até R$ 50 mil por ano, poderão acessar até R$ 35 mil pelo Pronaf B (Agroamigo ou microcrédito rural), a linha com taxa de juros de 0,5% e desconto de até 40% para quem paga em dia. A ampliação de limite de crédito para as famílias passou de R$ 10 mil para R$ 12 mil e, para as mulheres, de R$ 12 mil para R$ 15 mil.

Uma novidade é a criação de um limite independente para jovens rurais no Pronaf B, no valor de R$ 8 mil. “Dessa forma, a juventude poderá desenvolver projetos produtivos específicos, incentivando a autonomia e a permanência do jovem no campo”, argumentou o governo.

Garantia e cooperativismo
A agricultura familiar também será incluída em três fundos garantidores da União. O governo enviará projeto de lei para apreciação do Congresso para permitir a inclusão dos agricultores familiares e suas cooperativas no Fundo de Garantia de Operações (FGO) para a cobertura das operações contratadas no âmbito do Pronaf.

O FGO é um instrumento financeiro para reduzir riscos para as instituições financeiras e facilitar o acesso ao crédito, especialmente para pequenos produtores que enfrentam dificuldades em oferecer garantias reais. O texto do projeto autoriza o aumento de aporte no fundo por parte da União, bem como explicita os detalhes de como o aporte adicional será implementado nos próximos anos.

No caso das cooperativas da agricultura familiar, elas já poderão contar com a garantia do Fundo de Amparo às Micros e Pequenas Empresas do Sebrae e do Fundo Garantidor para Investimentos do BNDES.

Além da nova cobertura pelos fundos garantidores, as cooperativas também passarão a contar com um programa de fortalecimento, o Coopera Mais Brasil. Para 2024, está previsto o investimento de R$ 55 milhões para o apoio à gestão de 700 cooperativas.

O objetivo principal do governo é fomentar a organização coletiva dos agricultores familiares por meio do fortalecimento das cooperativas, associações e empreendimentos solidários. Entre as principais ações do programa estão o crédito facilitado, o acesso aos fundos garantidores e a assistência técnica para melhoria da gestão das cooperativas e acesso aos mercados.

“O programa irá estruturar e modernizar a gestão dos grupos organizados da produção familiar, estimular a agroindustrialização e impulsionar as práticas de comércio justo e solidário e as redes e arranjos produtivos locais”, explicou o governo.

Acesso à terra
Ainda, o governo disponibilizou recursos para regularização fundiária de imóveis rurais, incluindo todas as etapas do processo, como despesas com serviços de georreferenciamento, tributos, emolumentos e custas cartoriais. O limite de financiamento será de R$ 10 mil, com taxa de juros de 6% e 10 anos para pagamento, com 3 anos de carência.

Durante o evento, Lula também assinou o decreto que institui o Programa Nacional de Florestas Produtivas. O objetivo é recuperar áreas que foram alteradas ou degradadas para fins produtivos, com vistas à adequação e à regularização ambiental da agricultura familiar e à ampliação da capacidade de produção de alimentos saudáveis e de produtos da sociobiodiversidade.

Rio Grande do Sul
Outro decreto assinado altera os limites de aquisição de agricultores familiares e suas organizações no PAA Compra Direta em situações de calamidade, inicialmente para atender o Rio Grande do Sul, e ampliado para outros casos de calamidade. A medida facilita a aquisição para atender demandas emergenciais, como as Cozinhas Solidárias.

Entre as alterações do regulamento estão os limites das modalidades de Compra com Doação e Simultânea e Compra Direta de R$ 15 mil para R$ 30 mil por unidade familiar, por ano, desde que por tempo determinado e para atendimento de situações especiais ou emergenciais, devidamente reconhecidas. No caso de organizações fornecedoras, os limites passarão de R$ 1,5 milhão para R$ 6 milhões.

A medida também faz a suspensão excepcional, até 31 de dezembro de 2024, da aplicação dos limites para a modalidade Compra Direta, nas aquisições de alimentos destinadas ao atendimento das famílias afetadas pela calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul.

Agronegócio
Complementando os valores para o setor rural, na tarde de hoje, Lula vai anunciar o Plano Safra 2024/2025 para o agronegócio, com R$ 400 bilhões para o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. (Agência Brasil)

 

La Niña deve chegar ao RS no fim do inverno e início da primavera

A tendência atual de esfriamento no Oceano Pacífico deve evoluir para um fenômeno La Niña nos próximos meses, especialmente a partir da segunda metade do inverno e decorrer da primavera. É o que prevê o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A previsão trimestral indica chuvas ainda acima da média em julho e agosto no norte e parte do centro-leste do Estado, especialmente na faixa nordeste, área mais provável à ocorrência de chuvas volumosas. Demais áreas do sul e oeste com chuva irregulares, próximas da média, com probabilidade de ficar ligeiramente abaixo da média entre o sul oeste, especialmente em agosto.

Para setembro, as chuvas ficam próximas da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul, podendo ficar ligeiramente abaixo no sul do Estado. Pontualmente, devido à passagem de sistemas frontais, ainda há risco de chuva forte localizada.

No trimestre, as entradas de massas de ar de origem polar devem ser frequentes, intercaladas com períodos de aquecimento. Portanto, ondas de calor se alternado com ondas de frio são prováveis. Em média, as anomalias de temperatura devem ficar ligeiramente abaixo do normal no sul e oeste, enquanto as anomalias ligeiramente acima da média devem se concentrar mais no extremo norte-nordeste do estado.

Há chance maior de geadas no Estado em todo o trimestre, tanto em julho e agosto, quanto em setembro, com a possibilidade de ocorrência de geada tardia.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período. (Seapi)


Jogo Rápido

Nigéria amplia comércio com o Brasil e favorece setor leiteiro
Após análise das questões sanitárias, a Nigéria autorizou a exportação de leite e derivados do Brasil. Uma outra boa notícia para a pecuária nacional é o embarque de bovinos e bubalinos vivos para reprodução por lá. Para analisar as oportunidades do setor com a abertura deste mercado internacional, ouvimos Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS. Assista aqui. (AgroMais via youtube) 

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.170


3º Prêmio Referência Leiteira recebeu 72 inscrições 

Com o fim do período de inscrições, o 3º Prêmio Referência Leiteira consolidou 72 inscrições. Na disputa de Propriedade Referência em Produção de Leite, foram 50 iniciativas inscritas. Já na categoria Cases de Sucesso, são 22 propriedades em seis categorias: Inovação (2), Sustentabilidade Ambiental (4), Bem-estar Animal (2), Protagonismo Feminino (5) , Sucessão Familiar (5) e Gestão da Atividade Leiteira (4).

Conforme o coordenador do Prêmio Referência Leiteira, Jaime Eduardo Ries, da Emater/RS, o próximo passo será a reunião que vai definir a Comissão Julgadora da etapa de Cases. “Entre os critérios que serão analisados, estão a abrangência e relevância da ação, o grau de consolidação da experiência e a replicabilidade, e a possibilidade de a solução ser adotada por outras propriedades”, indica. Já em Propriedade Referência em Produção de Leite (sistemas à base de pasto, semiconfinamento ou confinamento) foram avaliados ao longo do ano itens como: produtividade por hectare (litros/hectare/ano); produtividade por pessoa (litros/pessoa/ano); qualidade do leite, com bonificação para propriedades certificadas livres de tuberculose e brucelose. 

Apesar da tragédia climática e suas consequências no campo, a premiação foi mantida visando fortalecer a produção leiteira gaúcha. “O processo de recuperação do Rio Grande do Sul inclui a propagação de iniciativas que façam a diferença na produção, e esta é a missão do Referência Leiteira”, aponta o vice-coordenador da premiação, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. 

O resultado dos vencedores será divulgado durante a Expointer 2024.  A premiação é realizada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT - adaptado pelo SINDILAT/RS

Entenda pontos da reforma tributária, que chega à reta final na Câmara

Reforma tributária – Após dois meses de deliberação em grupos de trabalho (GTs), a regulamentação da reforma tributária se aproxima da reta final na Câmara dos Deputados. A expectativa é de que os deputados dos GTs divulguem relatórios sobre as propostas na quarta-feira (3).

A votação em plenário deve ficar para a segunda semana de julho, antes do recesso parlamentar – que começa no dia 18. Essa é a vontade do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que considera os projetos como a maior prioridade para os próximos dias.

A Emenda Constitucional que estabeleceu a reforma tributária foi promulgada em dezembro do ano passado. O principal efeito da mudança é a unificação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS) em duas cobranças: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), a nível federal; e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a nível estadual. A administração do IBS será coordenada por um comitê gestor.

Agora, os deputados trabalham em dois grupos de trabalho sobre a reforma: um sobre a regulamentação e o outro sobre o comitê gestor.

No domingo (30) e na segunda (1º), os membros do GT sobre a regulamentação realizam uma reunião fechada para definir os últimos pontos do relatório. À CNN, o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) afirmou que o grupo deve fazer uma série de alterações no texto que foi enviado pelo governo federal.

“Certamente haverá muitas mudanças em relação ao texto que foi apresentado pelo Governo. No início da próxima semana, iremos finalizar o teor do relatório. A expectativa é apresentá-lo até a quarta-feira, 3 de julho, deixando o parecer apto para a votação em plenário”, afirmou Coutinho.

O GT sobre o comitê gestor deve realizar, na próxima terça-feira (2), a última audiência pública do colegiado antes da divulgação do relatório. Governadores e representantes de todos os estados foram convidados para a sessão.

Além disso, a audiência também deve contar com a presença dos presidentes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

Após a divulgação dos relatórios, o presidente da Câmara deverá indicar relatores para as matérias. Depois, os textos serão votados em plenário. Se aprovadas, as matérias seguem para análise do Senado.

Veja os principais pontos da regulamentação da Reforma Tributária:

Imposto do Pecado
O imposto seletivo (IS), também chamado de Imposto do Pecado, será aplicado sobre a produção, extração, comercialização ou importação de produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

Segundo o texto enviado pelo governo, ficarão sujeitos ao imposto os seguintes produtos: veículos, embarcações e aeronaves, cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas e bens minerais extraídos.

Caberá à Receita Federal administrar e fiscalizar a aplicação do imposto. Ficam isentos da taxa os serviços de transporte público coletivo de passageiros, como ônibus e metrô.

Uma das discussões que podem render mudanças sobre o Imposto do Pecado é a inclusão de carros elétricos na lista de itens taxados, defendida pelo governo federal.

Outra sugestão do governo ao texto é a taxação de jogos de azar com o Imposto do Pecado. A ideia tem sido debatida entre membros da Fazenda e os deputados. Em junho, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a liberação de jogos como bingo, jogo do bicho e cassinos. Agora, o texto deve ser votado no plenário da Casa.

Cashback
O projeto enviado ao Congresso pelo governo também estabelece uma espécie de “cashback do povo” para quem recebe até meio salário-mínimo. A medida sugere a devolução de:

  • 50% da CBS e 20% da IBS para contas de água, luz, esgoto e gás encanado;
  • 100% da CBS e 20% da BS para botijão de gás;
  • 20% da CBS e da IBS nos demais produtos.

No caso das contas de energia, água, esgoto e gás natural, a devolução dos tributos será feita no momento da cobrança da operação.

Cesta básica
O projeto de lei complementar também cria a nova cesta básica nacional, com 15 produtos que serão isentos de impostos. Segundo a Fazenda, a lista conta com itens para privilegiar a alimentação saudável e ingredientes necessários para prepará-los.

Os produtos da cesta básica nacional serão:

  • arroz
  • leite e fórmulas infantis
  • manteiga
  • margarina
  • feijões
  • raízes e tubérculos
  • cocos
  • café
  • óleo de soja
  • farinha de mandioca
  • farinha e sêmolas de milho
  • farinha de trigo
  • açúcar
  • massas
  • pão
  • Apesar de não integrarem a cesta básica nacional, outros três produtos também serão isentos de impostos: ovos, frutas e produtos hortícolas.

Além disso, de acordo com o projeto, uma lista de alimentos terá alíquota reduzida em 60%, como carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves; peixes; crustáceos; e leite fermentado.

Audiências
Os dois GTs que discutem regulamentação da reforma tributária realizaram mais de 24 audiências públicas. De acordo com dados disponibilizados à CNN, os deputados ouviram mais de mil pessoas em mais de um mês de audiências públicas e reuniões internas.
As reuniões e audiências somam mais de 77 horas de debates. Foram ouvidos especialistas e entidades de diversos setores econômicos para ajudar na elaboração da proposta que deve ser apresentada pelos parlamentares. (CNN)


Jogo Rápido

Filó FestiQueijo e Feira Feito ocorrem em julho em Carlos Barbosa
O segundo Filó FestiQueijo e a terceira feira Feito em Barbosa voltam a ser realizados em Carlos Barbosa na Serra gaúcha. Nos dias 19 e 20 de julho, das 17h às 22h, a cidade recebe os eventos, na Rua Coberta e no pavilhão da Tramontina, que ficam lado a lado, próximo à igreja matriz. Com entrada franca, a realização visa estimular a retomada do comércio e do turismo regional, que ainda se recuperam dos impactos causados pelas chuvas no Estado. A 2ª edição do Filó FestiQueijo contará com 15 expositores participantes, dispostos na extensão da Rua Coberta, com uma ampla variedade de produtos da gastronomia típica da Serra gaúcha e de bebidas. Entre as opções estão polenta, grostoli, pão de queijo, pastéis, risoto, espetinho de frango com queijo, além de queijos, cervejas, vinhos e espumantes. Já a feira Feito em Barbosa, com produtos elaborados exclusivamente por empresas do município, também ocorre nos dias 19 e 20 de julho. Aberta ao público, a terceira edição da exposição será realizada no pavilhão da Tramontina, ao lado do Filó FestiQueijo. Nela, os visitantes encontrarão vestuário, acessórios, papelaria, utensílios, artesanato, agroindústrias, alimentação, entre outras variedades. O presidente do FestiQueijo, Francisco Guazzelli, salienta que, com o adiamento da 33ª edição do evento para 2025, a organização do festival buscou alternativas para ajudar no desenvolvimento econômico, movimentando o comércio local e o turismo regional. "Nos reunimos para encontrar ações que auxiliassem os empreendedores nesse momento de retomada. O Filó, que estava previsto para maio, e a feira Feito em Barbosa, que aconteceria concomitante com o 33º FestiQueijo, nos meses de junho e julho deste ano, precisaram ser adaptados e irão ocorrer em dois dias de programação. Queremos que eles movimentem a economia, aqueçam o comércio e estimulem os visitantes a conhecerem os atrativos turísticos", explica. (Jornal do Comércio)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 1º de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.169


Uruguai – Notória queda na captação de leite reflete o ânimo do produtor

Produção/UR – A queda da produção de leite nas fazendas e da captação nas indústrias lácteas do Uruguai é resultado de “uma série de eventos acumulados”, explicou a El Observador Juan Daniel Vago, presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale).

Vago disse que o ânimo no setor foi alterado porque não se pode aproveitar a baixa nos custos com mais faturamento, mas destacou que em um contexto mais amplo “as perspectivas são boas”.

Os dados divulgados no início desta semana mostram que a captação de leite caiu quase 12% no mês de maio, na comparação interanual.  

Vago lembrou que não estão longe e nem superados todos os impactos adversos da seca que começou na primavera de 2022 e se estendeu na maior parte de 2023.

Para minimizar os problemas da seca e sair dessa conjuntura da forma menos traumática possível foi necessário fazer investimentos o que gerou complicações que não são novas: endividamento e restrição financeira.

Além disso, com o ponto inicial em agosto do ano passado, houve queda de quase 40% nas cotações das commodities lácteas no mercado internacional, destino na maior parte de tudo o que é industrializado no Uruguai.    

Este ano, desde março, foram registrados episódios de chuvas muito frequentes e em alguns casos excessivas, com maior impacto negativo em algumas zonas do que em outras, “mas atingiu fortemente a bacia leiteira de Florida (onde continuou chovendo em junho). O gado leiteiro sofre muito mais quando há excesso de umidade do que quando falta água, desde que haja comida”, disse

Além da falta de conforto animal para produção, chuvas em excesso, criam barro, afetando os animais, atrasam os plantios para obtenção de comida e também existe mais incidência de enfermidades podais e aumenta o nível de células somáticas nos úberes.   

Apesar de tudo isso, “existem boas perspectivas para o setor”, afirmou Vago, “porque o preço das commodities lácteas no mercado internacional ficaram mais estáveis, houve queda significativa dos custos de herbicidas e fertilizantes, caiu o preço da ureia e sobretudo dos grãos, dos concentrados, então haverá margem, que pode não ser excelente, mas haverá”.

Lamento, mais uma vez, que a queda no volume de leite não tenha permitido aproveitar melhor a redução dos custos de produção, “porque menos leite produzido é menor faturamento”, existindo agora a expectativa de que na entrada da primavera a situação climática será normalizada e que não surjam novos contratempos.

Mas há uma realidade, que precisa ser levada em conta: ao produzir menos leite reduz a renda de muitos sistemas produtivos “e isso causa impacto no ânimo dos produtores”.

A captação de leite em maio de 2024 caiu 11,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, e alcançou 149,5 milhões de litros. Em maio de 2023 o volume foi de 170 milhões de litros.

Outro dado adverso divulgado pelo Inale foi de que houve queda de 2,3% no acumulado de 2024 (janeiro a maio) totalizando 718 milhões de litros, contra 734 milhões de litros nos cinco primeiros meses de 2023.

Em compensação, continua sendo positiva a evolução da captação nos últimos 12 meses (junho de 2023 a maio de 2024), com 2.097 milhões de litros, 0,9% a mais em relação ao ano móvel anterior.

Nos registros de 2024 a captação de janeiro (163 milhões de litros) foi a maior com base nas medições mensais, e o menor volume em fevereiro, 130 milhões de litros.

Na série histórica, a melhor captação mensal ocorreu em outubro de 2020 com 222 milhões de litros. (El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Conseleite MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 28 de Junho de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização
dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2024 a ser pago em Maio/2024.
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2024 a ser pago em Junho/2024.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2024 a ser pago em Julho/2024.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.

 

Dinamarca será 1º país do mundo a cobrar imposto de CO2 sobre as emissões da pecuária

A Dinamarca anunciou nesta terça-feira (25) que vai introduzir um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono provenientes de bovinos a partir de 2030, tornando-se o primeiro país do mundo a tomar uma medida do tipo.

O imposto, proposto pela primeira vez em Fevereiro por especialistas contratados pelo governo, deverá ajudar a Dinamarca a atingir a meta de redução das emissões de gases de efeito estufa em 70% até 2030 em relação aos níveis de 1990. Na noite de segunda-feira, o governo chegou a um compromisso com agricultores, indústria, sindicatos e grupos ambientalistas sobre políticas ligadas à agricultura, a maior fonte de emissões de CO² do país. Especialistas políticos esperam que o projeto de lei seja aprovado após amplo consenso, mas ele ainda está sujeito à aprovação do parlamento.

“Seremos o primeiro país do mundo a introduzir um verdadeiro imposto de CO² na agricultura. Outros países vão se inspirar nisso”, disse o ministro das Finanças dinamarquês, Jeppe Bruus.

O acordo propõe a taxação dos agricultores em 300 coroas dinamarquesas (cerca de R$ 234,00) por tonelada de CO² em 2030, aumentando para 750 coroas (R$ 585,00) até 2035. Os agricultores terão direito a uma dedução fiscal de Imposto de Renda de 60%, o que significa que o custo real por tonelada começará em 120 coroas (R$ 93,00) e aumentará para 300 coroas (R$ 234,00) até 2035, enquanto subsídios serão disponibilizados para apoiar ajustes nas operações agrícolas.

Segundo cálculos do jornal Financial Times, cada agricultor deverá pagar anualmente cerca de € 100 (R$ 582,00) pelas emissões de gases do efeito estufa de cada uma de suas vacas, por exemplo.

A Nova Zelândia cancelou neste mês os planos de introduzir um imposto semelhante após enfrentar críticas dos agricultores. Na Dinamarca, apesar de os agricultores expressarem preocupações de que as metas climáticas do país poderiam forçá-los a reduzir a produção e cortar empregos, a categoria disse que o acordo deve tornar possível manter seus negócios. As informações são de InfoMoney e Dairy Herd Management, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

AR – Exportações de lácteos são impulsionadas sem as retenções
Retenções/AR – As exportações de lácteos cresceram 7% este ano, graças à suspensão das retenções, que foram prorrogadas até 30 de junho de 2025. A retirada dos Direitos de Exportação (Retenções) impediu que as exportações caíssem, devido aos problemas de competitividade que tem este setor, e outros segmentos da economia argentina. Assim, as exportações foram responsáveis por 30% do faturamento do setor lácteo, enquanto o restante foi destinado ao mercado interno. A defasagem entre desvalorização cambial e inflação torna mais cara a produção de qualquer bem, seja medido em pesos ou em dólares, reduz a competitividade argentina e limita o acesso aos mercados internacionais. “Se as retenções estivessem em vigor, com a defasagem cambial existente, as exportações seriam inviáveis. Hoje temos o mesmo dólar de setembro do ano passado. A inflação consumiu toda a desvalorização. Sem a eliminação das retenções não seria possível exportar” analisou Jorge Giraudo do Observatório Argentino da Cadeia Láctea (OCLA) Junte-se a isso, a volatilidade das cotações do mercado internacional. No caso do Brasil, para onde vai a maior parte de tudo que a Argentina exporta, o valor médio é de US$ 3.800 a tonelada. Por isso a geração de divisas, que foi de US$ 560 milhões, caiu 3% em comparação com as exportações realizadas entre janeiro e maio de 2023. A suspensão dos Direitos de Exportação é pedida pelo setor agropecuário há bastante tempo. A medida foi adotada pelo governo atual e acalmou os produtores, que recuperaram a confiança. De qualquer forma eles sabem que suas necessidades são mais prementes do que os projetos políticos. As medidas setoriais e macroeconômicas são necessárias e urgentes para não continuar perdendo competitividade e rentabilidade nas exportações, especialmente em negócios como laticínios e carne bovina.Bichos de campo Tradução livre: www.terraviva.com.br