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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.123


Assembleia faz nova rodada de discussão sobre corte de benefícios e aumento do ICMS

Entidades que apoiam elevação da alíquota de 17% para 19% confirmaram presença

Apesar de não ser dia de votação, a quarta-feira (10) será movimentada na Assembleia Legislativa. A Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular vai discutir os decretos de revisão de benefícios fiscais concedidos pelo Estado e as propostas defendidas pelos diversos setores produtivos do Rio Grande do Sul. A reunião começa às 10h30min, no plenarinho da Assembleia. 

Até o momento, 23 entidades confirmaram presença. São as mesmas que assinaram documento propondo, como alternativa ao corte de benefícios, a elevação da alíquota modal de ICMS de 17% para 19%, a partir de 2025. O projeto ainda não foi encaminhado à Assembleia porque antes o governo quer convencer os deputados de que não existe um plano C. Ou é o corte de benefícios, com forte impacto na cesta básica, ou é o aumento do ICMS. Nessa tarefa, o Piratini espera contar com as entidades para que mostrem aos deputados a importância de discutir o tema sem paixão.

A defesa feita pelo presidente da Cotrijal, Nei Mânica, tem sido mostrada aos deputados da base como um exemplo de responsabilidade. Mânica diz que não há espaço para a demagogia nem para o oportunismo e que os deputados precisam pensar no que é melhor para o Estado. Tem sido nessa linha as conversas do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e do governador Eduardo Leite com os deputados.

O presidente do PDT, Romildo Bolzan, que acompanhou uma dessas reuniões, saiu convencido de que o problema fiscal do Estado é gravíssimo, com demandas por obras e aumentos salariais, e que o governo não tem como abrir mão de recursos. Mesmo assim, Romildo acha muito difícil conseguir os quatro votos da bancada do PDT no caso de a proposta de aumento da alíquota chegar ao plenário.  

O PDT não é o único partido dividido entre os que ocupam cargos no governo estadual. O PP, partido do líder Frederico Antunes, também não está convencido de que a alternativa proposta por Mânica seja a solução. Mesmo alertados de que o Estado manterá o corte de benefícios fiscais se não aumentar a alíquota básica do ICMS, parte dos deputados acha que tem como sustentar o discurso de que existe uma terceira opção, que é deixar tudo como está.

Leite tem dito que sem esses recursos não haverá como atender às demandas dos próprios deputados por obras em seus redutos eleitorais, muito menos pensar em reajuste para servidores. 

Aliás
Pela lógica, os deputados que votarem contra a proposta de aumento da alíquota básica de ICMS deverão entregar os cargos que ocupam no governo e os de seus afiliados. Não seria ético fugir do ônus de ser governo e ficar com o bônus das indicações políticas. (Gaúcha ZH)


Participe do 3º Prêmio Referência Leiteira! 

As inscrições para a categoria “Cases de Sucesso” estão abertas! Se você tem uma história de sucesso na produção leiteira, essa é a sua chance de brilhar. 

📅 Prazo para inscrições: até 14/06/2024.
🔗 Regulamento e Ficha de Inscrição no site do Sindilat ou clicando aqui

O prêmio reconhece as melhores práticas da produção leiteira gaúcha em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.

Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria.

Valorize o esforço dos produtores que dedicam suas vidas para oferecer alimentos de qualidade à população gaúcha. 

As fazendas selecionadas serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. Não perca essa oportunidade!  (SINDILAT/RS)

QUALIDADE DO LEITE | QUALIDADE DO LEITE: CONHEÇA OS SELOS E CERTIFICAÇÕES QUE ATESTAM A SEGURANÇAS DOS LÁCTEOS

No Brasil, o selo SIF é responsável por garantir a qualidade do leite e outros produtos de origem animal, assegurando a inspeção federal e a conformidade com rigorosos padrões de higiene e segurança alimentar. Mas existem outros selos e certificações importantes para a comercialização do leite no país.

Até o leite chegar à indústria e ao consumidor, o produto passa por uma infinidade de testes. Afinal, garantir a qualidade da bebida e seus derivados é a mola propulsora para a segurança alimentar de uma população.

O Serviço de Inspeção Federal (SIF) é uma referência nesse aspecto; o principal responsável por assegurar aos consumidores a procedência e qualidade dos produtos de origem animal, inclusive os lácteos.

No entanto, existem diversos outros selos de certificações de alimentos. Muitos deles, igualmente relevantes para a comercialização de leite no Brasil.

Quais os selos relacionados à qualidade do leite?
SIF (Serviço de Inspeção Federal)
O SIF é o principal e mais conhecido selo de qualidade do leite. Vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), é responsável por assegurar a qualidade de diferentes produtos de origem animal destinados ou não à alimentação.

Ou seja, inclui carnes, pescados, ovos, mel, cera de abelha e, claro, leite e seus derivados.

Segundo o Ministério da Agricultura, “todos os produtos de origem animal sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento são registrados e aprovados pelo S.I.F. visando garantir produtos com certificação sanitária e tecnológica para o consumidor brasileiro, respeitando as legislações nacionais e internacionais vigentes”.

Selo SIE (Serviço de Inspeção Estadual)
Similar ao SIF, o SIE é emitido por órgãos estaduais de inspeção. É responsável por garantir a qualidade dos produtos dentro do estado onde é emitido. Dessa forma, as exigências variam de acordo com a região.

Com esse selo, o produtor tem a autorização para a comercialização estadual.

Selo SIM (Serviço de Inspeção Municipal)
O SIM é emitido por prefeituras. O selo assegura que os produtos foram produzidos em conformidade às normas sanitárias de cada cidade.

Segundo o Ministério da Agricultura, em 2023 mais de 2.000 municípios brasileiros já possuíam SIM.

No mesmo ano, o serviço inspecionou mais de 100 mil estabelecimentos que produzem e comercializam produtos de origem animal.

Selo SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal)
Basicamente, este é um sistema que integra os serviços de inspeção de todos os estados e municípios ao Serviço de Inspeção Federal. Dessa forma, padroniza e facilita a comercialização de produtos de origem animal em todo o território nacional.

ARTE (Autorização de Relatório Técnico Especial)
O ARTE certifica produtos artesanais com características únicas. O intuito é autorizar a elaboração de relatórios técnicos específicos para produtos de origem animal.

Certificado de Biosseguridade (CBS)
O Certificado de Biosseguridade garante que a produção siga boas práticas de manejo para impedir ou reduzir riscos de doenças transmitidas por animais.

No caso do leite, o CBS garante que a propriedade siga protocolos rigorosos de higiene, manejo sanitário e controle de zoonoses.

Isso significa que os animais são criados em um ambiente seguro e saudável, o que contribui para a qualidade do leite e a segurança alimentar.

Instrução Normativa n.º 51 (IN 51)
A Instrução Normativa n° 51, ou simplesmente IN 51, é uma das regulamentações mais importantes do Brasil.

A norma estabelece os padrões de qualidade do leite, incluindo critérios como teor de gordura, contagem bacteriana, contagem de células, acidez e outros parâmetros essenciais.

Quais são os principais indicadores da qualidade do leite?
Em geral, os indicadores são utilizados para avaliar as condições de armazenamento do leite, higiene da ordenha e, principalmente, detectar a presença de elementos que possam causar doenças.

A seguir, descubra quais são os principais:

Teor de gordura: certamente, um dos principais indicadores da qualidade nutricional do leite. Variações no teor de gordura podem afetar o valor nutricional, textura e o sabor do produto.
Acidez: indica o grau de fermentação do leite.
Densidade: esta é a medida da concentração de sólidos, como gordura e proteína. A adição de água, por exemplo, altera a densidade do leite.
Contagem de células somáticas: a CCS diz respeito a células brancas do sangue, presentes no leite. Quando elevadas, podem indicar problemas de saúde na glândula mamária da vaca, como mastite.
Além disso, o leite deve estar sempre fresco, homogêneo e livre de impurezas.

Alcançar a qualidade do leite ideal não é um desafio fácil. Por isso, existem tantos selos e normas visando garantir a saúde pública brasileira.

Hoje, temos normativas suficientes para que a população não fique em risco a partir do consumo de produtos lácteos. No entanto, é preciso ficar atento às mudanças e tendências da indústria para garantir a segurança constante de todos. (Food Connection via Edairy News)


Jogo Rápido

DPA, pertencente a Lactalis, anuncia inovações nas marcas de iogurtes
 Iogurtes - A DPA, empresa de refrigerados lácteos pertencente ao Grupo Lactalis, apresenta novos lançamentos: Iogurte Nestlé Grego sabor Damasco com Pêssego; Nestlé Natural zero lactose, Chandelle DUO. A linha de iogurtes Grego, pioneira da Nestlé no país, apresenta sua mais recente inovação: Calda de Damasco com Pêssego, disponível em embalagens unitárias de 90g, este lançamento, que se junta aos já existentes sabores calda de Morango e calda de Coco. Nestlé Natural apresenta uma alternativa zero lactose, disponível na versão de bandeja 340g, o produto visa atender às crescentes demandas de públicos com restrições alimentares ou que buscam produtos leves e saudáveis. Já o novo Chandelle Duo, oferece a combinação do sabor do chocolate meio amargo com o chocolate branco, disponível em embalagem dupla de 180g, essa deliciosa combinação se destaca como uma opção prática e complementar. “Nossa jornada na inovação do universo de iogurtes e indulgências escreve mais um capítulo, repleto de sabores e produtos irresistíveis. A expansão dos portfólios das nossas marcas renova nosso compromisso em seguir as tendências, atender às necessidades dos consumidores, marcar presença nos momentos especiais e proporcionar experiências sensoriais importantes", complementa Vanessa Lima, gerente de Marketing da DPA Brasil. Fonte: SuperVarejo


 

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Porto Alegre, 09 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.122


Leite vê chance de desfecho da pauta tributária nos próximos dias

Próximo a liderar uma viagem para Itália e Alemanha em busca de novos negócios e estreitar laços com esses dois países, o governador Eduardo Leite tem esperança que, antes do embarque para Europa marcado para a próxima sexta-feira (12), possa haver uma definição sobre a mudança tributária que está sendo discutida no Rio Grande do Sul. “Estamos fazendo conversas, com bancadas (de deputados), com setores produtivos e há uma possibilidade de a gente ter uma definição ainda nessa semana, antes da viagem”, afirma o governador.

Em princípio, a intenção do governo gaúcho é confirmar uma elevação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17% para 19%. Leite comentou rapidamente sobre a questão tributária ao final da instalação da Frente Parlamentar Brasil/Itália, ocorrida nesta segunda-feira (8), no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

Na ocasião, o governador também mencionou a missão do governo gaúcho à Europa e enfatizou que, entre outros pontos, a iniciativa tem como meta valorizar os 150 anos de imigração italiana no Rio Grande do Sul, a serem completados em 2025. Outro foco da viagem será expor os vinhos gaúchos. “O Estado está patrocinando um estande na Vinitaly (em Verona), evento dedicado a abrir mercado consumidor para a nossa produção vitivinícola”, ressalta Leite.

Posteriormente, na passagem por Roma, serão realizados encontros com empresas da área de infraestrutura e o foco será convencer esses grupos a investirem em novas oportunidades de concessão rodoviárias e em outras frentes no Rio Grande do Sul. Também será feito o convite ao Papa Francisco, que é jesuíta, para visitar o Rio Grande do Sul em 2026, quando haverá a comemoração dos 400 anos das Missões jesuíticas no Estado.

Na parte da viagem que abrange a Alemanha, além do tópico das comemorações dos 200 anos da imigração germânica, que acontecerão neste ano, serão prospectados novos negócios e haverá a participação na Feira Industrial de Hannover. O embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, considera importante a viagem da comitiva gaúcha à Europa, pois Leite irá apresentar os vinhos do Estado em uma das maiores feiras desse setor naquele continente. “E o vinho do Rio Grande do Sul é uma herança dos italianos que chegaram há 150 anos e ensinaram a cultivar a uva e fazer a bebida”, frisa Cortese.

Ele acrescenta que o vinho gaúcho é de boa qualidade, especialmente, os espumantes. O embaixador ressalta ainda que, politicamente, é muito importante a presença do governador do Rio Grande do Sul na Itália para fortalecer os laços entre as duas regiões. No evento desta segunda-feira, Leite assinou decreto criando o comitê de organização dos festejos de 150 anos da imigração italiana no Estado.

“A partir de agora, de forma oficial, instituições do poder Executivo, do Legislativo e da sociedade civil se reunirão para desenharem todo o calendário de organizações”, comenta o deputado estadual Guilherme Pasin (PP), presidente da Frente Parlamentar Brasil/Itália. O deputado acrescenta que será definido, por exemplo, se será feito um único evento ou se será levada para cada região de imigração italiana no Estado alguma ação e descentralizar os atos da celebração. Ainda no encontro dessa segunda-feira, foi feita a entrega da Medalha da 56ª Legislatura ao cônsul-geral da Itália em Porto Alegre, Valerio Caruso. (Jornal do Comércio)


Argentina: exportações de leite decolaram, mas ainda há medo

Embora em divisas em dólares tenha significado apenas um aumento de 1%, nos dois primeiros meses do ano as exportações em toneladas e litros de leite da Argentina aumentaram 11% e 17%, respectivamente. Em detalhes, nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, houve exportações de 70.036 toneladas e 492,6 milhões de litros de leite equivalente.

O número vem de um relatório preparado pelo Ministério da Agricultura, que também destacou que a contribuição do setor foi de US$ 251 milhões. Vale lembrar que, por outro lado, houve uma queda acentuada na produção nas fazendas leiteiras de mais de 15% no mesmo período e, em particular, em fevereiro em relação ao mesmo mês em 2023, foi 17,8% menor. O declínio pode ser maior no mês atual.

O Diretor Nacional de Lácteos, Sebastián Alconada, elogiou a política do atual governo de manter o imposto de 0% da administração anterior - a validade da medida é até 30 de junho - que somada à mudança na taxa de câmbio permitiu que as exportações começassem a "ser negócios".

"A exportação não foi maior devido a uma questão sazonal em que há menos oferta, o que atrapalhou um pouco", disse ele.

O consultor do setor de lácteos, José Quintana, lembrou que, apesar de "uma queda fenomenal na produção em fevereiro passado, as exportações cresceram muito em litros equivalentes". "Estamos exportando 30% do leite produzido e isso é muito bom. Isso foi possível, primeiramente, por causa da eliminação dos impostos retidos na fonte e depois da desvalorização, o valor do dólar oficial agora é completamente diferente. E isso é útil e também ajuda a atividade, porque o mercado doméstico é muito recessivo. Com todos os problemas na economia, com uma queda fenomenal na demanda, se a oferta não caísse, os preços do mercado interno despencariam", disse ele.

Nesse contexto, ele ressaltou que, graças ao crescimento das exportações, os preços internos podem ser sustentados. "Se não estivéssemos exportando tudo o que estamos exportando, os preços internos provavelmente não conseguiriam acompanhar o que está acontecendo e não conseguiríamos ajustar o preço do leite e a queda na produção seria ainda pior. Por isso, eu saúdo o fato de podermos exportar tudo o que é exportado", acrescentou.

Cautelosamente, o presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Laticínios (Apymel), Pablo Villano, em termos de produção, foi positivo e disse que a atual escassez de leite terá sua recuperação a partir de maio, quando entrarem os pastos, as reservas e os silos, mas observou que, em um mercado interno com pouco poder de compra, muito pouco é vendido e "está entrando mercadoria de fora".

"Hoje os produtos importados estão com um preço semelhante ou um pouco mais caro. Mas, devido à inflação e aos nossos custos, é muito provável que, em um prazo não muito curto, ultrapassemos os preços estrangeiros e isso será um problema", observou.

Ele disse que no mercado internacional os preços de exportação estão caindo, onde a cooperativa de laticínios Fonterra, uma das maiores do mundo, fez duas cotações com valores em queda.

Nesse cenário, ele explicou que, sem conseguir resolver a questão dos custos internos, os exportadores já estão pedindo uma melhora na taxa de câmbio que agora permanece estável, ou seja, elevá-la para ser mais competitiva no exterior.

"Por enquanto as coisas estão indo bem, você tem que ser competitivo para se adaptar ao preço internacional, o preço internacional não se adapta a você. Agora temos o grande dilema de como repassar os aumentos de custo para os produtos finais, incluindo o leite, que tem aumentado constantemente, e os salários. Com esses preços do leite, as exportações e o mercado interno estão instáveis", disse ele.

Nesse contexto, o presidente do Centro da Indústria de Laticínios (CIL), Ercole Felippa, disse que em 2024 "haverá menos exportações do que no ano passado, porque há uma queda significativa na produção que, embora a partir do segundo semestre mude a tendência, não será suficiente para recuperar de alguma forma o declínio".

"Essa queda na produção se refletirá em menores volumes de exportação. Hoje aquela vantagem inicial dada pela taxa de câmbio não existe mais, porque o aumento de custos que ocorreu engoliu aquela vantagem que lhe deu oportunamente, e se eles voltassem a implementar as taxas de exportação (DEX), claramente pelo menos no leite em pó, que é aproximadamente 50% do que a Argentina exporta, estaria fora da competição", alertou.

"O que aconteceu nos dois primeiros meses do ano foi uma situação pontual, que provavelmente não se refletirá ao longo do ano. Isso também dependerá muito do que for adotado em termos de DEX. Vale lembrar que foram eliminadas as restituições, que é o componente tributário da mercadoria a ser exportada. Foi justamente o setor de laticínios o único para o qual as restituições foram eliminadas, o que significa que esse esquema deve ser revisto, para que seja um sistema equitativo de restituições, para que não acabemos nos tornando exportadores de impostos", acrescentou.

Como ele explicou, "a questão das restituições é uma política, inclusive prevista pela Organização Mundial do Comércio, de que um governo pode devolver a seus exportadores o componente tributário do bem a ser exportado, onde os produtos lácteos tinham isso, e quando o imposto de exportação de 0% foi estendido por seis meses, as restituições também foram eliminadas".

Este verão de exportações tem um "fantasma", que é o fato de que, no final de junho, a suspensão das retenções chegará ao fim. "Esperamos que ninguém pense em voltar a aplicá-las, porque isso seria terrível para o setor. Porque os impostos retidos na fonte, especialmente nos níveis de que eles [o governo] estavam falando, custam cerca de seis centavos de dólar por litro e algo assim, que é uma quantia enorme de dinheiro, nos colocaria de volta em uma crise da qual finalmente parecemos estar saindo. Esperemos que isso não aconteça novamente", enfatizou Quintana. Vale lembrar que o leite em pó pagava 9% de taxas de exportação e o queijo 4,5%.

Nessa linha, o executivo da Apymel destacou a importância do fato de não haver tarifas de exportação, embora tenha enfatizado que essa pausa de seis meses deixa muita incerteza de que "a qualquer momento elas voltarão". Ele disse: "Enfatizamos a importância de não haver retenção de impostos no setor".

Para tranquilizar o público, Alconada garantiu que "não está na agenda" o retorno dos impostos. "A lei omnibus contemplou a eliminação definitiva dos impostos retidos na fonte sobre o setor. Portanto, isso não está em nosso cenário. A ideia é que tudo continue como está e que tentemos exportar o máximo que pudermos. E focar em como vamos produzir mais", encerrou.

As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

Brasileiro quer comprar produtos sustentáveis, mas não entende rótulos, revela estudo

Um estudo global da consultoria Bain & Company divulgado recentemente aponta que cerca de 80% dos brasileiros são seriamente preocupados com questões envolvendo sustentabilidade e mudanças climáticas. Um nível de preocupação acima da média mundial levantada pelo estudo, que ficou em 65%.

Mas será que esse engajamento é colocado em prática nas compras dos brasileiros? Segundo Daniela Carbinato, que liderou o estudo, ainda existem desafios a serem vencidas nesse sentido.

Segundo a pesquisa, 27% dos consumidores ouvidos apontam como barreira para a compra a falta de informação e transparência sobre a sustentabilidade praticada pelas empresas responsáveis pelos produtos.

“A pergunta que esse consumidor se faz é: ‘esse produto é realmente sustentável, orgânico, vegano ou não?’”, relata Daniela.

Ao mesmo tempo, 19% mencionaram que os rótulos e certificações são confusos. Por fim, 21% indicam que comprariam mais se as empresas fossem mais transparentes sobre seus produtos.

“Há uma preocupação do consumidor de acreditar que faz escolhas saudáveis e sustentáveis, mas que, na verdade, não são”, destaca Daniela.

Além disso, a pesquisa mostra que, no Brasil, quase 60% dos consumidores utilizam as embalagens como principal fonte de informação sobre os produtos, seguido de descrições online, recomendações e anúncios.

“Esses últimos são fundamentais, já que os consumidores pouco entendem o que os selos de certificações realmente significam. É o caso de produtos orgânicos, veganos, rastreáveis, naturais, integrais, entre outros”, defende a executiva.

Sinalização

Os dados sobre necessidade de sinalização em loja também chamam a atenção: 20% dos consumidores brasileiros a classificam como importante fonte de informação, quase 1,5 vez mais do que a média global considerou. “Isso coloca a jornada de compra na loja como importante fator de compra na decisão”, comenta Daniela.

Para ela, a sustentabilidade e a preocupação com a saúde não são mais questões nichadas, abrindo um leque de oportunidades para as empresas. Mas ressalta: facilitar a comunicação é fundamental.

"A informação precisa ser direta e símbolos não resolvem o problema. Os rótulos devem ser explicativos, com comunicação simples, QR Codes devem ser funcionais e práticos, trazendo a informação sobre aquele sele da certificação que aparece na embalagem. Isso é ajudar da educação do consumidor”, avalia.

As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Ascensão do setor de lácteos na China gera preocupações entre os exportadores
A rápida ascensão da China no setor de lácteos, pronta para reivindicar o título de terceiro maior produtor de leite do mundo, está causando inquietação entre os exportadores globais. De acordo com Keith Woodford, Professor Honorário de Sistemas Agroalimentares da Universidade de Lincoln, o crescente setor de lácteos na China atraiu a atenção dos participantes do setor em todo o mundo. Woodford enfatiza que os principais participantes, como a Fonterra e outras empresas, estão monitorando de perto a situação, reconhecendo as implicações significativas da evolução do cenário de laticínios na China. Com o papel fundamental da China no mercado global de lácteos, os exportadores permanecem vigilantes, atentos aos possíveis riscos associados à dependência excessiva de um único mercado. Qualquer interrupção ou queda na China pode ter consequências catastróficas para os exportadores. No entanto, Woodford observa que a China está diversificando ativamente suas importações de laticínios, mitigando algumas das preocupações relacionadas à dependência de um único mercado. As projeções indicam um aumento substancial de 25% nas importações de lácteos pela China na próxima década, sinalizando oportunidades para os exportadores capitalizarem no mercado em expansão. À medida que a China continua solidificando sua posição como um importante participante do setor de laticínios, os exportadores devem navegar pela dinâmica em evolução desse mercado crucial e, ao mesmo tempo, permanecer atentos aos possíveis riscos e oportunidades no horizonte. (As informações são do The Dairy News, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre, 08 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.121


Majoração do ICMS será pauta de reuniões antes da missão internacional de Leite

Após apelo de grupo de entidades, governo do Estado decidiu adiar início da vigência dos cortes de incentivos e retomar o plano de aumento da alíquota modal

A volta à cena da possibilidade de majoração da alíquota modal do ICMS, mas desta vez de 17% para 19%, será pauta de uma série de reuniões nesta semana. Um dos encontros, na quarta-feira, às 11h, na Assembleia, foi solicitado pelo grupo de entidades que resgatou o chamado plano A do Piratini, com pequena alteração no índice, diante dos impactos mais amplos gerados pelos decretos de cortes nas concessões de benefícios fiscais.

À tarde, desta vez no Piratini, será realizado outro encontro com ala do empresariado e presidentes de entidades de classe. Também foram chamados deputados da base. O governador Eduardo Leite (PSDB) participará da conversa, que está prevista para ocorrer das 14h às 17h no Salão Negrinho do Pastoreio.

Na reunião, Leite apresentará uma “nova agenda de desenvolvimento” do Estado. Estão previstas ainda discussões sobre a importância de planos de desenvolvimento e sobre “macrotendências” que podem ter impacto na economia gaúcha.

Na quinta-feira Leite conversará com deputados da base mais uma vez. Os movimentos antecedem a missão do governo. Na sexta-feira, o tucano, acompanhado de comitiva que será integrada pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e pelo líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), entre outros, embarcam para a Europa. Serão cumpridas agendas na Itália e na Alemanha. O retorno está previsto para o dia 23. Até lá, o cenário em torno da proposta, que precisa de aval legislativo, deve estar um pouco mais definido. (Correio do Povo)


Balança comercial de lácteos: importações apresentam sutil recuo

O mês de março encerrou e o saldo da balança comercial de lácteos seguiu recuando. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês chegou a -160 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma recuperação mensal de 3,8 milhões de litros em relação a fevereiro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Apesar das exportações brasileiras de lácteos terem apresentado um recuo mensal no último mês, o patamar observado se manteve alto, se comparado aos últimos meses. Com 14,3 milhões de litros em equivalente-leite exportados no último mês, a queda mensal foi de 13%, no entanto, quando comparamos com o resultado obtido em março de 2023, houve uma importante alta de 180%, conforme mostra o gráfico 2, sendo o maior volume exportado para o mês dos últimos 7 anos.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações mensais de lácteos seguiram recuando no último mês e atingiram o menor patamar de 2024, até o momento; apesar de ainda registrarem um volume considerado alto. Ao todo, foram importados em março 174,2 milhões de litros em equivalente leite, registrando um recuo mensal de 3%. Quando comparado com março de 2023, a variação observada foi de -14%, quando foram importados cerca de 30 milhões de litros em equivalente-leite a mais do que o registrado no último mês, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Dentre as principais categorias importadas, o leite em pó integral, que possui a maior participação nas importações (49%), apresentou um recuo mensal de 20% em seu volume importado no último mês, apresentando o menor volume importado em toneladas desde fevereiro/2023.

Já outras importantes categorias como os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representam 40% das importações, apresentaram avanços em seus volumes de 13% e 30%, respectivamente, no último mês. Sendo que o avanço nas importações dos queijos foi puxado principalmente por uma alta na categoria de muçarela, que apresentou uma variação mensal de 6% em seu volume importado.

Outras categorias que possuem menor participação dentro das importações também apresentaram avanços em seus volumes importados, como as categorias de outros produtos lácteos e o soro de leite, que aumentaram em 250% e 35%, respectivamente, seus volumes de março em relação ao mês anterior.

Assim como o leite em pó integral apresentou um recuo para as importações, a categoria, que também é a mais relevante dentro das exportações, apresentou um recuo mensal de 28% em seu volume exportado no último mês.

Em contrapartida, as demais categorias de maior relevância nas exportações apresentaram avanços em seus volumes no último mês. O leite UHT apresentou uma alta mensal de 51%, enquanto para os cremes de leite e o leite condensado o avanço observado chegou a 28% e 22%, respectivamente.
Os queijos também aumentaram suas exportações em 20% no último mês, chegando ao maior volume exportado dos últimos 16 meses.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em março de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?
Mesmo com indicadores de mercado apontando para uma competitividade nos preços dos leites em pó importados em relação aos produtos locais no Brasil, as novas atualizações fiscais em relação ao uso de produtos importados colocam uma expectativa de diminuição nas importações brasileiras para os próximos meses.

Apesar da alteração nos benefícios de créditos fiscais, um ponto chama atenção em relação as importações brasileiras de lácteos: os queijos. Com o varejo se mostrando mais ativo nas compras de queijos importados, principalmente muçarela, foi possível observar um aumento no volume que entrou no Brasil no último mês para a categoria. No entanto, vale ressaltar que devido a defasagem entre a negociação do produto e sua chegada efetiva no mercado brasileiro, o volume que entrou no último mês foi negociado cerca de 3 meses antes. Desta forma, olhando o mercado hoje, a muçarela importada se mostra menos competitiva em preço em relação a muçarela local, o que pode ser um indicativo de que o volume importado de queijos também possa desacelerar nos próximos meses, assim como já temos observado para os leites em pó. (Milkpoint)

Informativo Conjuntural 1809 - EMATER/RS: BOVINOCULTURA DE LEITE

A redução na qualidade dos alimentos disponíveis no pasto resulta em menor ingestão, exigindo ajustes maiores no uso de alimentos conservados e concentrados. Contudo, os produtores enfrentam dificuldades devido aos altos custos desses alimentos, ocasionando reduções na produção leiteira nesta época e intensificando os efeitos do vazio outonal. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a sanidade do gado leiteiro segue normal, e ocorre controle de ectoparasitas. O calor intenso levou à redução no consumo de alimentos e na produtividade dos animais. Por outro lado, o clima mais estável permitiu melhor higiene e produção de leite de qualidade, dentro dos parâmetros exigidos pelas normativas do MAPA. 

Na de Erechim, o preço médio do leite está em queda, acarretando redução geral do lucro das propriedades. Apesar do bom estado sanitário do rebanho, as altas temperaturas causaram desconforto nos animais, resultando em leve diminuição da produtividade. 

Na de Frederico Westphalen, os indicadores de oferta de água para dessedentação dos animais e limpeza dos equipamentos apontam para níveis satisfatórios de quantidade e qualidade. 

Na de Ijuí, a produção de leite sofreu pequena redução em relação à semana anterior devido à menor produção das forrageiras no momento, sendo mais significativa nas propriedades que adotam o sistema de produção a campo. 

Na de Pelotas, a falta de energia afetou várias localidades, e os produtores precisaram usar geradores à combustão, elevando os custos de produção. Houve perdas na produção em Jaguarão, Morro Redondo e Piratini, que ficaram até 13 dias sem energia elétrica. 

Em Santa Vitória do Palmar, mas as chuvas abundantes causaram perdas nas pastagens de inverno, atrasando a semeadura. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro está em boas condições sanitárias e produtivas. 

Em Júlio de Castilhos, as altas temperaturas, a baixa umidade e os dias abafados causaram estresse térmico nas vacas, afetando a produção e a qualidade do leite. 

Na de Santa Rosa, em razão da redução das temperaturas, houve melhora no bem-estar dos animais, levando os produtores a aumentar o número de inseminações como consequência da diminuição do retorno do cio das matrizes. (Emater/RS)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10 % desconto para o Interleite Sul 2024
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS)  têm liberado desconto de 10% na compra de ingressos para a  11ª edição do Interleite Sul. O evento acontecerá nos dias 08 e 09 de maio, na cidade de Chapecó (SC). O segundo lote está sendo comercializado até o dia 26 de abril através do site interleitesul.com.br. Para os dois dias de evento, estão programadas 23 palestras sobre o universo do leite, conforme a programação disponível abaixo. Neste ano, o Interleite Sul foca em discutir caminhos para o futuro da produção e será dividido entre seis painéis: Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções; Tecnologia aplicada para melhores resultados; Olhando para o futuro; Transformações e prioridades do leite nos estados do Sul do Brasil; Os diferentes caminhos para a sucessão do negócio e Os desafios e soluções para a mão de obra no campo. Os materiais estarão disponíveis para download e serão conferidos certificados de participação “O Interleite Sul é um dos eventos que ajudam a fortalecer e antecipar as discussões em torno da cadeia do leite, oferecendo formação e oportunidades de crescimento para a indústria láctea”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. LINK COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (SINDILAT RS)


 

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Porto Alegre, 05 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.120


Setor leiteiro pede ajuda ao governo estadual

Clamor por medidas protetivas adotadas em outros estados marca o lançamento da Fenasul Expoleite, que se realiza de 15 a 19 de maio, no Parque Assis Brasil, em Esteio

O lançamento da 8ª Fenasul/45ª Expoleite, que ocorrerá de 15 a 19 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, foi palco para novos apelos em defesa do setor leiteiro. Reunidos na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, os produtores pediram que o governo do Estado adote medidas protetivas à produção de leite do Rio Grande do Sul, como ocorreu em outras unidades da federação.

Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando) e da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Marcos Tang, as ações já foram anunciadas em Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Paraná, onde o segmento igualmente amarga prejuízos decorrentes da alta nas importações de lácteos do Mercosul.O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, lembrou que o número de produtores de leite no RS despencou 60,78% em quase uma década, recuando de 84 mil, em 2015, para 33 mil, em 2023, conforme a Emater/RS-Ascar.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, citou que o setor arrozeiro gaúcho resolveu problemas apostando nas exportações e indicou o exemplo ao setor produtivo leiteiro. Pereira também informou que a crise do setor é alvo de análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).O resultado deve basear novos pleitos ao governo federal. “Enquanto isso não acontece, temos que criar alguma coisa em nível de Estado para proteger o nosso produtor”, reforçou o dirigente.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, presente no lançamento da Fenasul Expoleite, afirmou que o Estado respeita e valoriza a produção agropecuária. E se comprometeu em levar os pedidos ao governador Eduardo Leite e para a Secretaria da Fazenda.

A Fenasul Expoleite 2024 contará com julgamentos e concursos das raças de gado de leite, Multifeira da Prefeitura de Esteio, provas de equinos, como uma das classificatórias ao Freio de Ouro e o rodeio da Fenasul, exposição de animais e seminários. Entre os destaques também está a exposição das agroindústrias familiares, a qual, para Carlos Joel da Silva, “está caindo no gosto popular”. Marcos Tang citou a participação da Associação Gaúcha de Professores do Ensino Técnico Agrícola (Agptea) e confirmou a realização de um projeto pedagógico organizado pela entidade na mostra, voltado a estudantes e chamado de "Fazendinha".

SERVIÇO:
O que: 8ª Fenasul/45ª Expoleite 2024 - exposição de raças leiteiras, búfalos, caprinos, cavalos, pequenos animais, multifeira e agroindústria familiar. A feira terá a Classificatória Regional Gaúcha Sul, organizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulo (ABCCC). A Associação Gaúcha de Professores do Ensino Técnico Agrícola (Agptea) desenvolverá atividades técnicas científicas e terá um projeto pedagógico para estudantes, chamado de “Fazendinha”.
Quando: de 15 e 19 de maio
Onde: Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio
Organizadores: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), Federação da Agricultura do RS (Farsul), Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS) e prefeitura de Esteio. (Correio do Povo)


GDT: abril inicia com recuperação nos preços 

Durante o primeiro leilão de lácteos da plataforma GDT do mês de abril, realizado no dia 02/04, os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram uma recuperação. Com uma variação de 2,8% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.558/tonelada, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Neste último leilão, ao contrário do que foi observado anteriormente, todas as categorias acompanhadas apresentaram avanços em seus preços médios.

O queijo, que havia apresentado uma desvalorização, registrou um importante avanço de 4,1% em seu preço médio, de US$ 4.340/tonelada, atingindo o maior patamar dos últimos quatro eventos.

Os leites em pó também apresentaram valorizações. O leite em pó integral atingiu o preço médio de US$ 3.246/tonelada, com um avanço de 3,4% em relação ao evento anterior, enquanto o avanço registrado para o leite em pó desnatado foi de 1,4%, sendo negociado na média de US$ 2.550/tonelada.

Já a manteiga também apresentou uma valorização e atingiu o maior patamar registrado nos eventos desde maio de 2022, sendo negociada em torno de US$ 6.592/tonelada, uma alta de 3,1% em relação ao evento anterior.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 02/04/2024.
 

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre o volume negociado no evento não houve nenhuma novidade, com mais um recuo sendo registrado. Com um total de 18.737 toneladas sendo negociadas, pôde ser observada uma queda de 4,7% em relação ao volume negociado no evento anterior, renovando o menor patamar registrado nos eventos desde junho de 2020, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.


 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No mercado futuro da Bolsa de Valores da Nova Zelândia para o leite em pó integral, ainda é possível observar uma continuidade na tendência de queda, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).


 
Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

No mercado internacional, a oferta global dos principais exportadores ainda se encontra em baixos patamares. Incluindo o nosso principal fornecedor, a Argentina, que vem registrando fortes quedas em sua produção, em decorrência de um cenário bastante complicado para os produtores de leite no último ano, com queda nos preços recebidos pelo leite e aumento nos custos. Somado a isso, o mercado interno no país apresenta também um intenso recuo no consumo, sem expectativas de melhora no curto prazo.

Em relação a balança comercial do país, segundo informações da Direção Nacional de Lácteos da Argentina, as exportações argentinas apresentaram um avanço de 11% em seu volume nos primeiros dois meses de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, com o leite em pó sendo o principal produto exportado. Como consequência, também foi registrada uma queda em seu estoque interno de leite em pó, em cerca de 19% em fevereiro deste ano em relação a fevereiro de 2023.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

Apesar do avanço nos preços internacionais dos lácteos neste último leilão GDT, a disponibilidade de leite nos principais fornecedores brasileiros, principalmente a Argentina, seguirão sendo um dos principais fatores determinantes para a competitividade dos produtos lácteos importados no Brasil. Sendo necessário acompanhar tanto a produção de leite no país como seu consumo interno. (Milkpoint)

Argentina – Caíram fortemente as vendas de produtos lácteos no mercado interno

Consumo/AR – A deterioração do salário da população argentina nos últimos tempos ficou demonstrada nos dados recém publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). As vendas de produtos lácteos caíram fortemente no mercado interno.

De acordo com o boletim publicado pelos analistas, as vendas apresentaram, no mês de fevereiro de 2024, um volume 4,8% inferior ao mês passado e em litros equivalente leite caíram 5,1% na comparação mensal.

Na comparação interanual (fev/24 vs fev/23) houve diminuição de -16,8% em volume e de -13% em litros equivalente leite.

No acumulado do primeiro bimestre do ano o volume de produtos vendidos diminuiu 17,3% e 12,7% em litros equivalente leite, em relação ao primeiro bimestre de 2023.

Analisando por grupo de produtos, a redução foi grande em todos os itens, exceto, queijos, que caiu apenas 3,7% em litros equivalente leite.

Os produtos de maior valor agregado e unitário como queijos frescos, queijos ralados ou leites aromatizados, iogurtes, flans e sobremesas, apresentaram uma grande queda associada à elevação dos preços e defasagem do poder aquisitivo dos assalariados argentinos.

A informação foi retirada do Painel das Indústrias Lácteas estabelecido a partir da Resolução 230/16 e informações históricas da Resolução 7/14 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca.

O Balanço Lácteo, que computa dados sobre produção, estoques, importações e exportações, calcula a diferença de consumo. Para o 1º bimestre de 2024 foi apurada queda de 10,9% do consumo total e, de 11,7% do consumo per capita, sempre medidos em litros equivalente leite.  

De acordo com o OCLA, produtos como leites aromatizados ou achocolatados, que apresentaram alta taxa de crescimento no ano de 2022 (+27%), e que não tiveram um desempenho tão bom no ano passado, quando cresceram 8,8%, agora em 2024, despencaram 45,1%. Situação muito similar à apresentada pelos Postres lácteos y flanes.

“O que fica contundente é que as vendas e por consequência o consumo, apresentam uma tendência de baixa nos últimos anos, e uma primarização dos mesmos (produtos mais básicos: leites fluidos não refrigerados, queijos em pedaços de segundas e terceira marcas e iogurtes líquidos de litro, mais econômicos) em detrimento dos produtos de maior valor agregado” explica o Observatório.  

O quadro é consequência da “forte deterioração dos níveis de renda real, especialmente nos segmentos médios, cuja margem de reduzir o volume de consumo, afeta o valor do mix de vendas fazendo com que se fature menos com as vendas internas”.

“Os controles de preço agravaram o processo de menor arrecadação da cadeia, assim como os direitos de exportação e a defasagem cambial”, destacou o OCLA.

“Em função deste novo cenário da política econômica, com liberdade de preços no mercado interno,  sem direitos de exportação e câmbio competitivo, a estrutura comercial do leite foi alterada significativamente (relação exportação e consumo interno). O maior poder de compra do leite ao produtor por parte da indústria ocorre quando o destino é o mercado externo. A inflação generalizada e a deterioração do poder de compra da população (em particular da camada intermediária que define os níveis de consumo mais elevados) abrem uma grande questão sobre o comportamento do consumo interno, notadamente a validação dos significativos aumentos de preços”. (Fonte: Dairy Global – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Estado terá chuvas volumosas pelos próximos dias
A previsão indica chuvas com grandes volumes para os próximos sete dias no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 14/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga.Na sexta-feira (5/4), um sistema frontal se deslocará na direção nordeste, resultando em pancadas de chuva em todo o Estado. No sábado (6/4), uma massa de ar frio atuará sobre o Rio Grande do Sul, mantendo o tempo firme e reduzindo as temperaturas em todo o Estado. No domingo (7/4), uma área de baixa pressão associada a um cavado em médios níveis atmosféricos favorecerá a formação de condições de tempo severo sobre o Estado, com possibilidade de intensos acumulados de chuva em grande parte do território gaúcho. Na segunda (8/4), o sistema de instabilidade se deslocará em direção ao oceano, o que poderá resultar em pancadas de chuvas isoladas no norte do Estado na terça-feira (9/4) e quarta-feira (10/4). Os volumes de chuva mais expressivos para os próximos dias são esperados para o Litoral Norte, Campos de Cima da Serra e Vale do Taquari, de 50 a 150 mm. No Alto Uruguai, Fronteira Oeste e Região Sul, os acumulados ficarão entre 30 e 100 mm. Na Região da Campanha, ficarão de 20 a 100 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 

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Porto Alegre, 04 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.119


Leite defende diálogo e evita projetar data para envio de novo projeto do ICMS
Governador diz serem necessários mais “alguns dias” para que texto seja aprimorado e não se restrinja ao aumento da alíquota modal para até 19%

Uma semana após a reunião com entidades empresariais que reascendeu o debate sobre aumento da alíquota modal do ICMS, Eduardo Leite (PSDB) evita projetar data para a apresentação do projeto. Assim, o governador não confirma a expectativa inicial de que o texto poderia ser encaminhado à Assembleia Legislativa ainda nesta semana, entendendo ser necessário mais tempo para um “processo de diálogo”, agregando medidas além da majoração, que pode ir de 17% para até o limite de 19%, como defendem alguns entes empresariais.

“Pode ser que precisemos de mais alguns dias para poder ter um diálogo e aprimorar esse projeto, de forma que ele não signifique apenas uma discussão sobre a alíquota do imposto, mas sim uma visão mais abrangente sobre competitividade do Estado do ponto de vista tributário”, disse Leite nesta quarta-feira, após a assinatura de contrato para execução dos serviços remanescentes da barragem do Arroio Taquarembó, no Palácio Piratini.

O governador entende que, além da alíquota, é necessário estabelecer o alinhamento de regimes de tributação, a fim de permitir aos setores manter a competitividade com empresas de outros Estados. Na quarta-feira da semana passada, representantes de 24 entidades produtivas estiveram na sede do governo gaúcho, defendendo mudanças no ICMS em detrimento do corte de incentivos fiscais. No dia seguinte, Leite adiou a entrada em vigor dos cortes, que ocorreria no dia 1º, em 30 dias.

“Suspendemos a eficácia dos decretos por conta da perspectiva e de demanda de diversas entidades empresariais de que a solução fosse alternativa, fosse o outro caminho, que envolveria a alíquota modal”, voltou a afirmar o governador. (Correio do Povo)


Mapa implementa assinatura eletrônica para certificação sanitária nacional de produtos de origem animal

Com a digitalização, a emissão do certificado dará mais celeridade e segurança para as empresas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acaba de implementar a assinatura eletrônica para a emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) utilizados para o trânsito no território nacional de produtos de origem animal que serão posteriormente exportados.

A iniciativa lançada nesta quarta-feira (3) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, tem o propósito de agilizar e facilitar o serviço público prestado, para uma melhor rastreabilidade e maior segurança tanto para os servidores quanto para as empresas.

“O certificado sanitário assinado eletronicamente trará maior confiabilidade, segurança e transparência no processo de certificação emitidos pelo Brasil”, destacou o ministro Fávaro. “Eu sempre digo que o legado que eu vou deixar aqui não é nenhum legado pessoal, é de contemporaneidade. Um ministério mais moderno, mais eficiente, mais rápido, menos atrapalhador, para que tudo isso funcione mais rápido”, completou.

A nova ferramenta foi desenvolvida pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e a Subsecretaria de Tecnologia da Informação (STI) dentro do Sistema SIGSIF (Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal).

Para o auditor fiscal federal agropecuário - médico veterinário, a implementação da assinatura eletrônica traz agilidade visto que não precisará mais imprimir, carimbar e assinar centenas de certificados diariamente de forma física.

Já para as empresas, o ganho está na facilitação e desburocratização do processo uma vez que terão acesso ao documento emitido de forma imediata e poderão realizar a sua impressão para apresentação aos órgãos de fiscalização do Brasil e dos países importadores.

“A expectativa é trazer maior eficiência ao processo certificação sanitária, eliminando etapas burocráticas sem, no entanto, alterar os procedimentos técnicos de análise do certificado a ser emitido”, relata o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. “É um momento histórico, um salto gigantesco que estamos promovendo para a facilidade de comércio no Brasil”, pontuou.

Além da assinatura eletrônica, os certificados contam ainda com código de autenticidade e com QR Code, permitindo a checagem da veracidade do documento.

Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destaca o impacto da iniciativa para as empresas. “A decisão de tocar isso para a frente é um marco histórico para nós. A gente ganha horas e minutos preciosos de competitividade. Isso aqui é dinheiro na veia do Brasil, porque a gente consegue ser mais competitivo e mais rápido”, disse.

A próxima etapa dessa modernização, já em desenvolvimento, será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores.

CERTIFICADOS SANITÁRIOS
Para que as exportações de produtos de origem animal ocorram é necessário que o Brasil emita o Certificado Sanitário, que é o documento oficial que atesta o cumprimento dos requisitos sanitários do Brasil e do país importador, englobando a rastreabilidade, a inocuidade e a segurança do produto.

Esse procedimento é executado por servidores do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa. O objetivo é assegurar o cumprimento e a manutenção dos requisitos de saúde animal e de saúde pública, visando evitar a disseminação, o surgimento e o ressurgimento de doenças animais, bem como garantir que o alimento de origem animal seja seguro para o consumo da população brasileira e mundial. Assista aqui.

As informações são do MAPA

Leite/América do Sul

A produção sazonal de leite varia conforme a região, na América do Sul. Relatórios apontam para uma produção relativamente satisfatória no verão/outono, especialmente no Brasil e Uruguai.

A produção da Argentina, no entanto, vem sofrendo pressões negativas. Os produtores dos pampas continuam enfrentando temperaturas elevadas e, mais recentemente, intensa umidade com chuvas fortes.  A situação é particularmente preocupante, diante de tantos elementos voláteis e adversos.

Falando em adversidades, as preocupações comerciais com o bloco Mercosul aumentam. Os decretos incentivando a utilização de leite e ingredientes locais começam a afetar as importações.


Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva 


Jogo Rápido

Argentina: exportações de lácteos aumentaram 11% no primeiro bimestre
A Direção Nacional de Lácteos da Argentina informou que, nos dois primeiros meses do ano, foram exportadas 70.036 mil toneladas, o que representa 11% a mais do que em 2023. Em dólares, o valor chegou a 251 milhões, 1% a mais que no ano anterior. As vendas externas demandaram 492,6 milhões de litros equivalentes, 17% a mais que no ano anterior. O leite em pó integral é o produto mais exportado, representando 40% do total, seguido pela muçarela, com 13%. Em seguida vem o soro de leite com 12%, o grupo considerado confidencial (segredo estatístico) com 7%, leite em pó desnatado com 7% e queijos semiduros (6%). O Brasil é o destino de exportação mais importante, com mais de 28.000 toneladas nos dois primeiros meses do ano, seguido pela Argélia, com 14.782.000 toneladas, Chile, com 5.339 toneladas, e China, com 2.280.000 toneladas. Outro dado importante tem a ver com o processamento de leite, onde a variação do processamento industrial teve uma queda de 8,4%, enquanto a utilização da capacidade das fábricas em fevereiro chegou a 35,6%. Enquanto isso, o estoque de leite em pó integral caiu 19,1% em fevereiro em comparação com o mesmo período do ano passado. (As informações são do Cadena de Valor, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint) 


 

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Porto Alegre, 03 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.118


Conheça o pastoreio rotatínuo, sistema que auxilia na rentabilidade leiteira

Modelo mistura conceitos de manejo extensivo e rotacionado para garantir que animais consumam o maior volume de pastagem, possível, reduzindo custos com aumento de produção

Nem extensivo e nem rotacionado: rotatínuo. O modelo de pastoreio que tem garantido aumento de produtividade e renda a mais de três mil pecuaristas do Sul do Brasil é uma mistura das duas formas de manejo mais praticadas no país e, de acordo com seu idealizador, subverte lógica adotada em sistemas de criação até aqui.

“Diferente dos demais tipos de manejo, que estão sempre focados no ciclo de vida do pasto, o pasto rotatínuo parte do comportamento natural dos animais e, ao fazer isso, acaba produzindo propostas diferentes das atuais”, explica o zootecnista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo César de Faccio Carvalho.

A partir do comportamento dos animais, o pesquisador constatou que os bovinos têm preferência por consumir apenas a porção superior do pasto no período da manhã e do final da tarde. “Não existe nenhuma razão no mundo selvagem para um animal que está solto e livre comer as outras partes da planta, ele jamais faz isso. Quem inventou de comer mais que isso foi o homem porque o homem interpreta que não pode perder”, observa o zootecnista.

A gente passou de pastor a ditador, subtendo os animais a conceitos absolutamente antrópicos
— Paulo César de Faccio Carvalho, zootecnista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O resultado é maior consumo de pastagem pelos animais em menos piquetes, já que o intervalo entre entrada e saída dos animais também diminui. “Isso significa menos trabalho manual para conduzir as vacas com um efeito enorme sobre a mão de obra”, destaca o pesquisador.

Ao todo, mais de três mil pecuaristas já aderiram ao modelo, difundido em parceria com o Sebrae, Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS) e outras entidades do setor.

Desde 2019 com o sistema implantado na sua propriedade, o produtor Tadeu Debona conta que a sua renda praticamente dobrou com o aumento de produtividade.

“Nos primeiros meses a gente já teve um salto de produção bem grande. A gente estava com 14 litros por vaca e fomos a 22, chegando a uma média de 29 litros hoje em dia”, revela.

Com mais tempo livre, ele a família passaram a investir na produção de derivados como queijos, iogurtes e doces – o que também contribuiu para o aumento da renda. Atualmente, 30% de toda a matéria-prima captada é beneficiada na propriedade. Com o Selo Arte do Ministério da Agricultura em mãos, ele planeja expandir o laticínio nos próximos anos, conseguindo, assim, processar toda a sua produção.

“O tempo é uma coisa subestimada dentro do sistema, mas é importante dizer que dá para ter uma vida digna na pequena propriedade sem trabalho excessivo”, ressalta o professor da UFRGS. De acordo com ele, o pasto rotatínuo ataca três dos quatro problemas mais mencionados pelos produtores que decidem abandonar a pecuária de leite: custo, preço do leite e mão de obra – o quarto problema mais citado é a sucessão familiar.

“Quando você diminui o custo – e essa ordem de grandeza é de cerca de 30% mais ou menos – e aumenta a produção, o produtor passa a esquecer o grande problema dele, que é o preço do leite”, observa o pesquisador.

Segundo ele, 60% dos produtores desistiram da atividade nos últimos oito anos por conta dos desafios enfrentados no setor. “Trata-se do fenômeno socioeconômico mais dramático do agro”, argumenta Paulo.

Processos
Nesse sentido, ele destaca o pastoreio rotatínuo como uma ferramenta estratégica pra garantir a permanência no campo, já que a sua adoção não tem custo. “É uma tecnologia de processos, e não de insumos, e com uma cascata de consequências positivas rapidamente percebidas pelo produtor”, comenta.

Não à toa, a sua disseminação se tornou ponto central do programa Produção Integrada em Sistemas Agropecuários (PISA) oferecido pelo Sebrae-RS.

O esforço, contudo, não tem sido suficiente para estancar a “sangria” dos pequenos produtores. Paulo conta que a demanda é alta e há fila de espera para receber treinamento para adoção da tecnologia.

“Temos conversado com iniciativas para começar em Mato Grosso e Goiás. Em Minas Gerais começamos no ano passado. Então, cada vez mais o sistema tem passado por uma maturação de conhecimentos de resultados”, completa o pesquisador. (Globo Rural VIA Valor Econômico)

                        


Em Porto Alegre, 18ª Fenasul e 45ª Expoleite 2024 serão lançadas nesta quinta-feira

Na próxima quinta-feira (04), na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, vai ocorrer o "Leite com Café" de lançamento da 18ª Fenasul/45ª Expoleite 2024. O encontro será às 8h30min.

A Fenasul/Expoleite é uma promoção da Seapi com a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), e co-promoção da Prefeitura de Esteio, Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag).

O evento vai ocorrer de 15 a 19 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Em 2023, a feira foi considerada a maior da história e contou com um público estimado em torno de 100 mil pessoas.

SERVIÇO:

O quê: "Leite com Café" de lançamento da 18ª Fenasul/45ª Expoleite 2024

Quando: Quinta-feira (4/4), às 8h30min

Onde: Sede da Seapi – Av. Getúlio Vargas, 1384, em Porto Alegre

Fonte: Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando)

Sem consenso, decisão de aumentar ICMS é adiada

Um projeto para elevar o ICMS de 17% para 19% no Rio Grande do Sul não deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa nesta semana, como chegou a sinalizar o governo do Estado. Enquanto o Parlamento ainda discute possível revogação dos decretos de Eduardo Leite (PSDB) que cortam benefícios fiscais, o governador articula o que antes era considerada a alternativa principal, encomenda estudos à Fazenda e deve aguardar o fim de sua agenda na Europa para tomar decisão em relação a um texto legislativo.

"Não tem projeto", sintetizou o líder da base aliada da situação na Assembleia, deputado Frederico Antunes (PP). A proposta, na verdade, nem partiu do governo. Foram 24 entidades ligadas ao agronegócio e ao setor supermercadista que propuseram o caminho do aumento do ICMS a fim de evitar corte de incentivos fiscais.

"Quem fez a proposta é que deve procurar apoio. As entidades conhecem todos os deputados", afirmou Antunes.

O aumento de ICMS sempre foi a principal aposta do governo para aumentar a arrecadação e gerar receitas para o Estado. Quando Leite propôs um reajuste para 19,5%, retirou o texto às vésperas da votação, diante de falta de apoio. Desgastado politicamente e com oposições à esquerda e à direita, de sindicatos a entidades empresariais, o governo busca evitar nova derrota no Legislativo.

A sinalização de momento é que um hipotético projeto só deve ser protocolado após a viagem de Leite a países europeus. O governador embarca no aeroporto internacional Salgado Filho na sexta-feira de 12 de abril e deve chegar a Verona (Itália) no sábado. Lá, comparece à Vinitaly, uma exposição internacional de vinhos, e depois segue a Roma, capital do país. Em 2025, se completam 150 da imigração italiana em solo gaúcho. Leite também deve ter agenda com o Papa Francisco I.

Posteriormente, o tucano deve voar à Alemanha, onde terá agendas na cidade de Frankfurt, Mainz, Hamburgo e Hannover, onde anualmente ocorre importante feira industrial. O retorno a Porto Alegre está previsto para a manhã de 23 de abril.

Portanto, esse prazo daria pelo menos 20 dias para o governo formular um projeto de lei, angariar apoio e encaminhar o texto ao Parlamento. Por enquanto, o governo tem desencontrado informações e não ficam claros os próximos passos no Palácio Piratini. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

3º Prêmio Referência Leiteira está com inscrições abertas na categoria “Cases de Sucesso”

As melhores práticas da produção leiteira gaúcha já podem ser inscritas para participarem das categorias de “Cases de Sucesso”, do 3º Prêmio Referência Leiteira. O prazo para o protocolo da documentação vai até 14/06 de 2024. O regulamento completo e Ficha de Inscrição podem ser baixados pelo link e também estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS. a premiação está dividida entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria, explica o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, o zootecnista Jaime Eduardo Ries, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica (Emater/RS).  “O concurso significa um reconhecimento pelo esforço que os produtores fazem no dia a dia, nesta atividade que exige bastante dedicação, ao longo de todo o ano. É importante valorizar estas pessoas que se destacam e que, apesar de todas as dificuldades, continuam fazendo o seu trabalho com afinco para produzir um alimento de extrema qualidade para a população gaúcha”, assinala Ries. Pelo regulamento, é possível se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br, explica o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). A ação tem o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Na primeira parte do processo de inscrições para esta 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 

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Porto Alegre, 02 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.117


Prêmio Marcas de Quem Decide destaca associadas ao Sindilat

Em sua 26ª edição, o Marcas de Quem Decide consagrou novamente empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). A cooperativa Santa Clara manteve a liderança na categoria de Produtos Lácteos, assim como no ano anterior. Foi a mais lembrada, a preferida do público, constando também entre os destaques em Cooperativa Agrícola. 

Conforme a apuração divulgada pelo Jornal do Comércio, a Elegê conquistou o segundo lugar, a Piá o terceiro e a Italac o quinto entre as mais lembradas no setor de lácteos. Entre as preferidas, Elegê é a segunda, Piá a terceira e Batavo a quinta. O ranking está na página 96 do caderno especial publicado nesta segunda-feira (02/04) e pode ser acessado aqui. A pesquisa fez o levantamento em 76 categorias, através de 400 entrevistas. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Global Dairy Trade - gdt

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

A marca de leite que volta ao mercado do RS nesta semana

Longa vida da Languiru será envasado pela Lactalis, empresa com a qual a cooperativa, em liquidação extrajudicial, tem parceria

Ausente das prateleiras há um ano, o leite longa vida da marca Languiru retorna aos supermercados. A previsão é de que, até o final da semana, o produto esteja disponível em mercados mais próximos à sede da cooperativa, em Teutônia, no Vale do Taquari. A retomada faz parte das ações que buscam incrementar receita, na tentativa de aplacar a crise financeira que levou à liquidação extrajudicial em julho de 2023.

O produto será envasado pela Lactalis, com quem a cooperativa mantém uma parceria. É a empresa que tem feito a captação do leite produzido por associados da Languiru, em um acordo costurado em março do ano passado. Paulo Birck, presidente-liquidante, explica por que não está sendo utilizada a planta de processamento e laticínios própria:

—Hoje a cooperativa não possui mais máquina de envase, até porque são investimentos muito altos. É mais fácil envasar o volume de leite vendido. Essa é a flexibilidade que a Lactalis oferece. Não se tem um volume específico que precisa ser envasado, podendo ficar leite no estoque. Essa é a vantagem.

A unidade própria, no entanto, está sendo utilizada para o processamento da linha de iogurtes, bebidas, doce de leite, nata, creme. Conforme Birck, desde a última semana, o iogurte e a bebida láctea da marca já estão sendo comercializados.

Em outra frente de ação, a Languiru avança para a aquisição, pela JBS, do frigorífico de suínos localizado em Poço das Antas. O negócio, que envolve uma cifra de R$ 200 milhões (R$ 80 milhões para a compra e R$ 120 milhões em investimentos), deu um passo à frente com  aprovação, pela Assembleia Legislativa, de projeto de lei que permite a utilização de créditos de ICMS para investimentos no Estado.

— Com a efetivação da venda do frigorífico para a Seara, da JBS, teremos uma entrada de capital que será, em parte, investido nas nossas unidades, principalmente na fábrica de rações, que é um bom mercado.

A planta de aves que fica em Westfália está sendo utilizada para processamento próprio e da JBS. Recentemente, obteve o credenciamento para a exportação à China. A unidade tem capacidade instalada para abater até 150 mil aves por dia, mas hoje opera com 80 mil frangos/dia. 

Na semana passada, foram apresentados os resultados da cooperativa em 2023. Apesar de ter tido um faturamento bruto de R$ 1,19 bilhão, a Languiru teve uma perda (prejuízo) de R$ 469 milhões.  (Gaucha ZH).


Jogo Rápido

"O SINDILAT foi desde o primeiro momento favorável ao aumento da linha modal, pois realmente o corte dos benefícios fiscais para o setor lácteo quase trata de continuar ou não nossa indústria gaúcha", disse o secretário-executivo do SINDILAT/RS, repercutindo o adiamento dos decretos sobre benefícios fiscais em entrevista ao Poder RS na última quinta-feira, 28/03. Assista à entrevista na íntegra clicando aqui. (Poder RS via facebook)


 
 

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Porto Alegre, 01º de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.116


Adiamento de Cortes Fiscais são anunciados pelo governo

O Governador Eduardo Leite decidiu adiar a implementação do corte de benefícios fiscais de diversos setores da economia do Estado. Os decretos, que entraram em vigor no dia 1º de abril, ficam suspensos por 30 dias. 

"É importante que fique claro que não sobrevivemos sem as equiparações tributárias que foram equilibradas pelo Rio Grande do Sul em relação aos incentivos que outros estados dão para produções locais", afirmou o presidente do SINDILAT/RS, Guilherme Portella, em entrevista ao Jornal Band Cidade, na última quinta-feira, 28/03. 

Confira a entrevista na íntegra clicando aqui. 

As informações são do Jornal Band Cidades.


Associados do Sindilat/RS têm 10 % desconto para o Interleite Sul 2024

Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS)  têm liberado desconto de 10% na compra de ingressos para a  11ª edição do Interleite Sul. O evento acontecerá nos dias 08 e 09 de maio, na cidade de Chapecó (SC). O segundo lote está sendo comercializado até o dia 26 de abril através do site interleitesul.com.br. 

Para os dois dias de evento, estão programadas 23 palestras sobre o universo do leite, conforme a programação disponível abaixo. Neste ano, o Interleite Sul foca em discutir novos caminhos para o futuro da produção e será dividido entre seis painéis: Transformações e Prioridades da Indústria Leiteira no Sul do Brasil; Estratégias para Sucessão no Negócio de Produção de Leite; Desafios e Soluções na Gestão da Mão de Obra Agrícola; Impacto das Mudanças Climáticas na Agricultura Sulista: Estratégias de Adaptação; Tecnologia e Inovação na Produção Leiteira: Oportunidades e Implementação e Visão Futurista: Tendências e Desafios na Produção Animal. 

Os materiais estarão disponíveis para download e serão conferidos certificados de participação “O Interleite Sul é um dos eventos que ajudam a fortalecer e antecipar as discussões em torno da cadeia do leite, oferecendo formação e oportunidades de crescimento para a indústria láctea”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. Acesse a programação completa clicando aqui E GARANTA SEU DESCONTO CLICANDO AQUI. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)

O labirinto do leite na Argentina: queda no consumo, preços internacionais mais baixos e empresas em crise

A produção de leite na Argentina apresenta um cenário labiríntico: quase todos os atores estão confiantes de que há uma saída, mas não conseguem encontrá-la à primeira vista, porque há fatores globais que se cruzam com a situação nacional, marcada pela estagnação recessiva.

Nos últimos meses, os produtores sofreram sérios golpes em sua produtividade e lucratividade. As consequências de uma seca prolongada, somadas a um aumento excessivo nos custos de alimentação de seus rebanhos, combinadas com as desvalorizações seletivas do governo anterior (dólar da soja 1 e 2) e preços defasados devido aos controles de preços impostos pelo Estado, resultaram em uma queda sem precedentes na produção para a temporada verão-outono 2023/24 de 18% em nível nacional.

Embora esse cenário esteja começando a ser revertido, com a eliminação dos controles de preços, a desvalorização do peso e um clima mais benéfico para a produção de leite, há outras nuvens negras no horizonte.

Nos últimos meses, os produtores de leite receberam aumentos no preço do leite cru de 94,4%, acumulados entre os meses de dezembro e fevereiro, de acordo com o Sistema Integrado de Gestão de Laticínios da Argentina (SIGLEA). Esses dados apresentados pelo órgão oficial, que depende do Ministério da Economia, mostram que o dano econômico sofrido meses atrás foi reparado. Ao mesmo tempo, os custos de produção se estabilizaram e os estoques de forragem estão em vias de recuperação, o que permite prever uma boa campanha de inverno-primavera, que já apresenta perspectivas positivas.

Especificamente, tomando o preço de referência do valor do leite cru do SIGLEA e o valor do milho que a Bolsa de Valores de Rosário mostra para o mês de fevereiro, a relação leite/milho em fevereiro foi de 2, e novos aumentos atingiriam níveis acima dos máximos históricos. Nesse sentido, o vento favorável experimentado pelo preço do leite cru nos últimos meses perde força.

Após a queda acumulada de 5% no preço internacional do leite em pó nos últimos dois meses, de acordo com a Global Dairy Trade (GDT), juntamente com uma taxa de câmbio cada vez menos competitiva para as exportações, o setor de lácteos está testemunhando uma desaceleração nos aumentos de preços que os produtores de leite vêm recebendo.

Deve-se esclarecer que as exportações são liquidadas em um esquema 80-20, com a maior parte do valor do dólar oficial e os 20% restantes no dólar CCS, que tem se mantido e até mesmo diminuído de valor nas últimas semanas.

Mercado interno em declínio

Tanto o mercado externo quanto o consumo local deixaram de ser impulsionados e sugerem certa cautela na demanda para o restante do ano.

O mercado interno está passando por uma queda acentuada, portanto, não se espera mais aumentos de preços. A queda no poder de compra do consumidor é notável em todas as medições de consumo.

A queda acumulada no consumo de laticínios foi de 16,5%, de dezembro de 2023 a janeiro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Direção Nacional de Laticínios.

Em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2023, a queda foi de 9,6%, de acordo com os dados da empresa de consultoria Scentia, que mede o canal de supermercado e autosserviço, considerando as categorias de café da manhã e lanches.

É importante observar que essa tendência de queda vem se aprofundando mês a mês e a previsão é de que os números de março sejam piores. Um fato não menos importante é que entre 75% e 80% da produção de leite do país é destinada ao consumo interno.

No entanto, problemas específicos estão se multiplicando, obscurecendo ainda mais o quadro geral.

Um dos casos mais graves é o da empresa "La Lácteo", localizada na província de Córdoba. Com mais de "dois meses de salários não pagos e dívidas que estão sufocando suas operações", de acordo com os trabalhadores, a empresa está lutando para se manter à tona enquanto o conflito trabalhista piora a cada dia.

Tudo começou no início de janeiro, quando uma promessa não cumprida de pagar os salários de dezembro a 129 funcionários desencadeou uma série de problemas que levaram a empresa à beira do colapso. Os problemas com os pagamentos aos fornecedores tiveram um impacto direto no fornecimento de matérias-primas. A produção diminuiu drasticamente e a comercialização de seus produtos ficou complicada.

A crise na cooperativa SanCor é mais conhecida. O último incidente em uma série de marchas e contramarchas, com a produção de leite afetada pelo conflito sindical, é o pedido da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios da República Argentina (ATILRA) para investigar as exportações de leite em pó para Cuba pela Sancor, acusada de desviar fundos para evitar o pagamento de funcionários e credores. Enquanto isso, a empresa respondeu que todas as suas operações estão devidamente registradas e que não recebeu nenhuma reclamação.

A empresa sofreu várias greves impulsionadas por sindicatos, em um contexto de queda na produção e uma grave crise administrativa. 

As informações são do Clarín, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Cooperativa volta a produzir iogurte sachê e bebida láctea sabor morango
A Cooperativa Languiru retomou a produção de iogurte sachê e bebida láctea sabor morango. Neste primeiro momento com foco no sabor morango, os produtos voltam ao mercado resgatando o alto nível de qualidade dos produtos Languiru. A partir, 28/03/2024, você encontra esses produtos nos supermercados da região e no Vale do Taquari. O retorno contará com produção mensal 5.000 litros de cada linha. O Coordenador do setor de leite, Jones Kohl, relata que "a retomada da indústria e da produção de bebida láctea e iogurte nos permite renovar as energias no ressurgimento da Cooperativa. Relembrando o slogan da Languiru, ‘alimentando gerações’, nos motiva a levar estes produtos de alta qualidade ao nosso cliente”. As informações são da Languiru. (Cooperativa Languiru)


 
 

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Porto Alegre, 28 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.115


Leite abranda corte de incentivos e volta a discutir aumento do ICMS após pedido de empresários
 
Entidades do setor primário propõem alíquota de 19% em troca de manutenção de benefícios
 
A discussão sobre o aumento de impostos no Rio Grande do Sul teve uma reviravolta nesta quarta-feira (27). Em reunião no Palácio Piratini, um grupo de empresários propôs ao governador Eduardo Leite a retomada da discussão sobre o aumento da alíquota geral do ICMS em troca da manutenção de incentivos fiscais.
 
Apresentada pelo presidente da Cotrijal, Nei Mânica, e subscrita por 24 entidades, a proposta tem simpatia no setor primário, mas não é consenso entre as representações empresariais. O documento sugere a elevação da alíquota modal de 17% para 19%, meio ponto percentual a menos do que o Palácio Piratini queria implementar no ano passado.
 
Na saída da reunião, Leite disse que o governo "sempre entendeu que o ajuste na alíquota modal era melhor" e afirmou que dará um retorno sobre o pleito "o mais breve possível".
 
— Vou fazer uma reunião com a equipe para avaliar as condições técnicas, políticas e as alternativas. O importante é que se tenha um debate honesto e sincero sobre o assunto. O governo não quer arrecadar para ter mais dinheiro, o governo precisa de receitas para poder atender a população — disse.
 
O governador lembrou que, se aprovada, a majoração na alíquota geral do ICMS só passaria a valer a partir de 2025.
 
A elevação da alíquota geral era o "plano A" do Palácio Piratini, mas não avançou na Assembleia no ano passado. Assim, Leite optou pelo "plano B", o corte de incentivos fiscais que entra em vigor em 1° de abril.
 
No encontro, Leite também anunciou novo abrandamento ao corte de benefícios.
 
Ele adiou, por tempo ainda incerto, a vigência do decreto que estipula a limitação do chamado Fator de Ajuste de Fruição (FAF) — benefício fiscal que reduz a cobrança de imposto para empresas gaúchas que adquirem insumos e produtos produzidos no Estado.
 
O governador ainda aliviou o impacto sobre os agroquímicos. Inicialmente, estava prevista a redução de 40% dos incentivos sobre os defensivos agrícolas, mas o governo reduziu o percentual para 30%.
 
Discordâncias
A possibilidade de um acordo com o governo para elevar o ICMS em troca da manutenção dos incentivos fiscais é apoiada por segmentos ligados à agricultura, mas rejeitada por boa parte das outras entidades empresariais.
 
—A proposição é de uma alíquota em torno de 19%, para criar uma comissão e ver com a Secretaria da Fazenda nesse sentido  — defendeu Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat-RS).
 
Vice-presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rafael Goelzer disse que a entidade segue contrária ao aumento geral de tributos.
 
—Compreendemos que setores que seriam extintos com a manutenção nos decretos aceitem o aumento da alíquota modal, mas acreditamos que não podemos deixar ninguém para trás. Não existe espaço fiscal para empresas pagarem mais impostos no RS. Em 2023, lideramos o ranking de empresas insolventes no Brasil — argumentou.
 
O presidente da Federação da Agricultura, Gedeão Pereira, também emitiu posição contrária à elevação da alíquota modal.
 
—Nós perdemos duas safras, nosso produtor está em dificuldade, está vulnerável, e estamos notando que está começando a haver uma recomposição do caixa do governo pelos setores de energia e combustíveis —argumentou.
 
Tramitação na Assembleia
Caso Leite opte por retomar o "plano A", será necessário enviar um novo projeto de lei à Assembleia Legislativa, que precisaria ser aprovado pela maioria dos deputados.
 
Se esse caminho for adotado, o governo deve suspender a vigência de todos os decretos que cortam incentivos fiscais por um período determinado, de 30 ou 60 dias, suficiente para a análise do projeto na Assembleia Legislativa. Caso seja aprovado, o governo suspenderia definitivamente a revisão de benefícios.
 
Se os deputados avalizarem o aumento na alíquota, o novo percentual só poderá ser aplicado a partir de 2025, em razão do princípio da anualidade.
 
As informações são de GZH


Calor e umidade do verão afetam a produção de leite no Estado

Perdas na captação chegam a até 34% em vacas de maior produtividade e a 5,1 quilos de leite/dia por animal na Fronteira-Oeste

As condições climáticas do período de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024 colocaram o gado leiteiro do Rio Grande do Sul em situação de desconforto térmico, provocando queda na produção. Os animais de origem europeia enfrentaram, com dificuldade, a combinação de calor e alta umidade relativa do ar.

A conclusão é da análise do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), divulgado nesta quarta-feira, dia 27. Dos 29 municípios monitorados em dez regiões ecoclimáticas, em 13 municípios, a queda estimada de produção diária de leite foi superior a quatro quilos.

Lideram as potenciais perdas as propriedades de Maçambará (5,1 kg), Itaqui (4,8 kg) e Uruguaiana (4,7 kg), todas localizadas na Fronteira-Oeste do Estado. em fevereiro. Os impactos foram foram mais acentuados em vacas de maior produtividade.

"Os percentuais médios de perda individual diária ficaram entre 22% a 34%, caso medidas de manejo visando mitigar os efeitos climáticos não fossem adotadas pelos produtores rurais", avaliou a pesquisadora do DDPA/Seapi e uma das autoras do trabalho Ivonete Tazzo.

As situações de estresse foram evidenciadas, principalmente, no mês de fevereiro. “Os animais estiveram em conforto térmico em apenas 30,5% do período avaliado. Inclusive, houve situações perigosas à saúde dos animais durante 13,9% desse mês", detalha Ivonete.

As regiões das serras do Sudeste e do Nordeste registraram os maiores percentuais de períodos em conforto térmico. Já o Vale do Uruguai e Baixo Vale do Uruguai destacaram-se pelos menores valores. Os municípios de Passo Fundo e de Bento Gonçalves foram os únicos a não apresentar situações emergenciais.

O comunicado divulgado pela Seapi analisa condições meteorológicas como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto e de desconforto térmico às quais o gado foi submetido, estimando os efeitos na produção de leite.

Regiões ecoclimáticas analisadas:
Planalto Médio
Serra do Sudeste
Serra do Nordeste
Encosta Inferior da Serra
Vale do Uruguai
Baixo Vale do Uruguai
Depressão Central
Missioneira
Campanha
Grandes Lagos

Setor acrescenta adversidades
Representantes de produtores rurais e de laticínios acrescentam ao cenário outras adversidades. O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti, destaca que, além do desconforto aos animais, o excesso de chuva e de calor propiciou o desenvolvimento de fungos no solo e a queda na produção de milho destinado à alimentação do gado.

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), Darlan Palharini, salienta que “o período também é de entressafras, de transição de pastagens. É um período que sempre fica mais difícil”, diz.

Observações semelhantes foram feitas pelo coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite), Allan André Tormen. No entanto, ele também atribuiu a queda na produção às importações de lácteos do Mercosul, que derrubaram o preço da matéria-prima ao produtor rural.

As informações são do Correio do Povo

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Março de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Fevereiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2024.

Períodos de apuração
Mês de Fevereiro/2024: De 29/01/2024 a 25/02/2024

Parcial Março/2024: De 26/02/2024 a 17/03/2024

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

As informações são do Conseleite SC


Jogo Rápido

3º Prêmio Referência Leiteira está com inscrições abertas na categoria “Cases de Sucesso”
As melhores práticas da produção leiteira gaúcha já podem ser inscritas para participarem das categorias de “Cases de Sucesso”, do 3º Prêmio Referência Leiteira. O prazo para o protocolo da documentação vai até 14/06 de 2024. O regulamento completo e Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e no site do SINDILAT/RS. A premiação está dividida entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. Pelo regulamento, é possível se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). A ação tem o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Na primeira parte do processo de inscrições para esta 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (SINDILAT/RS)  


 
 

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Porto Alegre, 27 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.114


Conseleite MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Março de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024;

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2024 a ser pago em Março/2024;

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2024 a ser pago em Abril/2024;


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.


Produção das 100 maiores fazendas de leite do país teve alta de 7,6% em 2023

Pesquisa do Milkpoint mostra que as Top 100 produziram em média 28.739 litros por dia; segmento foi menos afetado pela queda de preços que os pequenos


Sérgio Barbosa diz que meta da NTR, a 10ª na lista, é chegar a 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos — Foto: Divulgação

O cenário do setor leiteiro foi distinto para grandes fazendas e micro e pequenos produtores em 2023. Na base da pirâmide, a queda nos preços do leite — sobretudo no segundo semestre, com o aumento acelerado das importações — afetou a produção e levou parte dos produtores até a desistir da atividade. No topo da pirâmide, as fazendas seguiram crescendo acima da média de mercado e com planos de ampliar a produção.

A nova edição do levantamento anual Top 100 Milkpoint, que integra a consultoria Agripoint, revelou que os cem maiores produtores de leite do país alcançaram em 2023 produção de 1,05 bilhão de litros, crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior. A aquisição de leite cru por laticínios sob inspeção sanitária em todo o país cresceu 2,5% no período, para 24,5 bilhões de litros, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção das cem maiores fazendas teve aumento de 7,55%, para uma média diária de 28.739 litros. Já os dez maiores produtores registraram média diária de 69.161 litros, alta de 7%. “Produtores grandes fazem uma boa gestão financeira e conseguem atravessar melhor esses momentos. Mesmo assim, a maioria reportou que 2023 foi pior do que 2022”, afirma Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da Agripoint.

O ranking Top 100 Milkpoint apresentou poucas mudanças em relação à edição anterior entre os primeiros colocados. A Fazenda Colorado, de Araras (SP), dona da marca Xandô, manteve a liderança no ranking pelo 11 ano seguido, com produção média diária de 96.688 litros, alta de 4%. Em segundo aparece a Fazenda Melkstad, de Carambeí (PR), com produção de 84.025 litros por dia, desempenho estável em relação a 2022.

Dos dez maiores produtores de leite do país, apenas um nome novo apareceu: na décima posição está Nilva Therezinha Randon, de Vacaria (RS), com aumento na produção de 18%, para 46.660 litros por dia. No ano anterior, a produtora ocupava a 15 colocação. Toda a produção é usada na fabricação de queijo da marca Gran Formaggio, da RAR Alimentos. O Grupo Cabo Verde, de Passos (MG), décimo lugar na edição passada, caiu para a 13 posição, com produção de 44.102 litros por dia.

A chegada da fazenda NTR, da família Randon, à lista seleta reflete o crescimento do rebanho, que aumenta em cerca de 200 cabeças por ano, para 1,35 mil em 2023, segundo Sérgio Barbosa, presidente da RAR Alimentos. O trabalho começou em 1996, quando o fundador Raul Randon importou 70 novilhas de Ohio, nos EUA, para garantir a produção de leite de boa qualidade e rico em sólidos para produção do primeiro queijo tipo grana fabricado fora da Itália.

Hoje, o rebanho é formado por vacas holandesas de alta produtividade (acima de 30 litros por dia) e jovens, criadas em um sistema “free stall”, onde os animais são alimentados com silagem e dormem separados. “Também somos a primeira fazenda do Sul certificada [pela Integral Certificações] em bem-estar animal”, diz Barbosa.

O presidente da RAR afirma que a fazenda pretende continuar avançando no Top 10. A meta é chegar a até 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos.

O levantamento do Milkpoint revelou também que 64% dos maiores produtores apontaram queda na rentabilidade em 2023. Outros 14% disseram que a rentabilidade ficou estável e 20% apontaram melhora. Na média, os maiores produtores consideram que o retorno ideal seria uma rentabilidade de 20%. “Considerando que os produtores crescem continuamente e pretendem expandir a operação, é lógico pensar que a rentabilidade seja suficientemente atrativa”, acrescenta Carvalho.

Ele pondera que as fazendas que produzem acima de 30 mil litros por dia recebem uma bonificação no preço do leite, o que ajuda a garantir melhor rentabilidade em relação aos pequenos. O preço médio recebido pelos produtores no Brasil foi de R$ 2,47 por litro em 2023, segundo o Cepea/Esalq.

O custo médio de produção, de acordo com o levantamento do Milkpoint, foi de R$ 2,24 por litro — abaixo do preço médio do leite, indicando rentabilidade na operação. Em relação a 2022, os custos de produção caíram 6,7%, reflexo da queda nos preços do milho e do farelo de soja.

Carvalho avalia que a expectativa é positiva para o setor este ano, com preços do milho e da soja ainda retraído e tendência de recuperação nos preços no segundo semestre.

No médio prazo, o levantamento mostrou algum otimismo entre os produtores: 42 deles querem aumentar a produção de 20% a 50% nos próximos três anos. Outros 39 pretendem elevar em até 20%, e 5% planejam ampliar em mais de 50%. Entre os maiores produtores, 14 não pretendem expandir.

Segundo a pesquisa, o maior comprador de leite dos grandes produtores é o Unium, atendido por 20 dos Top 100. Em seguida está a Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR), com 12 produtores. Considerando que a CCPR fornece só à Lactalis, a francesa recebe leite de 17 dos Top 100. A Piracanjuba é atendida por 11 dos maiores produtores. Oito produtores destinam sua oferta a laticínios próprios. A Nestlé é atendida por sete produtores e a Alvoar Lácteos, por seis grandes produtores. (Globo Rural via Valor Econômico)

WHEY PROTEIN | WHEY PROTEIN: ALIADO PODEROSO DO PÚBLICO 60+

Como viver bem e por mais tempo? Quem faz exercício físico chega melhor à terceira idade. Uma reserva muscular construída ao longo da vida torna o envelhecimento mais saudável, mais tranquilo e sem danos funcionais. Alguns suplementos, como o whey protein, podem ser importantes companheiros nesse processo.

Os benefícios vão além da academia. O alimento favorece o ganho de força e a hipertrofia, auxilia na prevenção de doenças e garante mais qualidade de vida.

O que é o whey? 
Trata-se de um suplemento feito da proteína do soro do leite. Possui todos os aminoácidos essenciais para a formação de músculos e tecidos, auxilia em funções metabólicas e ajuda a complementar o aporte de proteínas na alimentação.

Existem três categorias de whey protein: concentrado, isolado e hidrolisado. O primeiro tem menos quantidade de proteína e mais de açúcar. O segundo conta com quantidade maior de proteína e menor de carboidratos. Já o hidrolisado é recomendado para pessoas com intolerância ou alergia à proteína do leite.

Benefícios

O alimento pode ser usado em diferentes ciclos da vida, desde o período de crescimento e desenvolvimento até o envelhecimento. Durante a infância e a adolescência, por exemplo, o corpo está em constante crescimento e o whey pode fornecer os aminoácidos necessários para a construção e reparação muscular, principalmente para jovens em crescimento acelerado.

Na vida adulta, o suplemento ajuda na prática de exercícios físicos, na manutenção da massa magra e promove saciedade se aplicado a uma rotina alimentar equilibrada.

Já a partir dos 60+, o whey protein pode ser uma ferramenta útil para combater os efeitos negativos do envelhecimento, entre eles o surgimento de doenças. A suplementação para esse público pode ajudar a preservar a massa muscular e melhorar a função física, além de contribuir para a saúde óssea, prevenindo a osteoporose.

Envelhecendo com qualidade 
A maior perda de massa muscular acontece após os 50 anos, o que pode comprometer a capacidade funcional. Sedentarismo e dietas muito calóricas estão entre as causas da redução, chamada de sarcopenia. Diante disso, o whey é a opção mais recomendada para a recuperação e o ganho de massa.

O suplemento ainda é um forte aliado para prevenção de doenças cardíacas e hipertensão. Além de reduzir o triglicerídeo, aumenta o colesterol bom e combate os radicais livres.

*Phillip Ji é co-CEO da Orient Mix, empresa pioneira em fitoterápicos no Brasil desde 1993

As informações são do Edairy News


Jogo Rápido

EUA – Exportações de produtos lácteos aumentam levemente
As exportações de produtos lácteos, com base nos sólidos, subiram levemente este ano, cerca de 0,2%, em comparação com 2023. A relativa força da demanda doméstica por produtos lácteos e o limitado crescimento da produção limitaram o crescimento das exportações, diz o mais recente relatório ERS do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).  As previsões sobre o tamanho leiteiro, produtividade animal, e produção total de leite em 2024 foi revisada ligeiramente para baixo em relação à previsão do mês passado e ficaram em 9.335 milhões de cabeças, 24.345 litros por vaca e 227,3 bilhões de libras, respectivamente. Prevendo a firme manutenção da demanda doméstica, junto com os dados mais recentes, as importações de produtos lácteos, em 2024, foram revisadas para mais, enquanto que as previsões de exportação de produtos lácteos pelos Estados Unidos da América (EUA) foram reajustadas para menos. Os preços médios projetados da manteiga e do queijo cheddar para 2024 foram revisados para mais, enquanto que os preços médios do soro de leite e do leite seco desengordurado tiveram revisão para menos. Já a média do preço de todos os leites ao produtor aumentou US$ 0,30/cwt em relação ao mês passado, ficando em US$ 21,25/cwt, [R$ 2,40/litro]. (Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br)