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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.298


Universidade gaúcha terá centro de inteligência artificial para monitorar qualidade do leite 

Instituição de Passo Fundo receberá recursos no ano que vem para fazer investimento

É com um recurso de R$ 7 milhões que a Universidade de Passo Fundo (UPF) vai tirar do papel três projetos neste ano. Um deles, que leva o nome de Laboratório de Serviços de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle), é a criação de um centro de inteligência artificial para monitoramento da qualidade do leite. Algo que ainda não existe no Brasil.

A ideia, explica Carlos Bondan,  coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF e um dos líderes do projeto, é construir um espaço para o monitoramento da qualidade da matéria-prima desde a propriedade até a indústria. Do leite, será possível gerar dados de bem-estar do animal, informações meteorológicas, características do solo e até a alimentação do rebanho.

— O equipamento tem como novidade a possibilidade de identificar componentes que não são do leite, assim, será possível diagnosticar fraudes também — detalha o professor.

No Brasil, ainda não existe essa tecnologia. No entanto, em outros países, como Estados Unidos, Canadá, Uruguai e Argentina, já há.

— Para a profissionalização da cadeia leiteira, nós não podemos ficar para trás nestes avanços tecnológicos — acrescenta Bondan.

O centro de monitoramento será coordenador pelo professor Ricardo Zanella e terá uma equipe multidisciplinar, formada por pesquisadores de diferentes programas de pós-graduação da UPF. O projeto também conta com o apoio de entidades, sindicatos e associações ligadas ao setor bovino e leiteiro, que serão diretamente impactados.

Os outros dois projetos que foram agraciados com o recurso são para a modernização de outros laboratórios e a criação de bolsas de pesquisa. O montante será disponibilizado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). (Zero Hora)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT editado pelo Sindilat RS

Por que tantas fazendas leiteiras no estado do Rio Grande do Sul estão robotizando a ordenha?

Acompanhe como a robotização da ordenha está transformando as fazendas leiteiras no RS, com dados inéditos sobre marcas, regiões e sistemas adotados!

Todo o dia quando recebia uma noticia que mais uma fazenda leiteira iria robotizar a ordenha eu me fazia essa pergunta que utilizei no titulo desse artigo.

Obviamente, como estou dentro da academia, envolvido com alunos de graduação, pós-graduação, pesquisa e atendendo muitas fazendas leiteiras na consultoria eu conseguia trocar ideias com o aluno, filho do produtor que comprou o robô de ordenha, ou o técnico que atendia a fazenda em questão, ou propriamente com a família durante minhas consultorias diárias. Nestas conversas e visitas o que mais me chamou a atenção foi um trecho das falas: “não conseguimos mais dar conta de tudo, falta gente para trabalhar. Contratar funcionários não dá, investimos ou paramos com a atividade”.

De fato, eles tinham razão na fala, os produtores de leite daqui, na maior parte são de descendência italiana e polonesa. Eles são determinados, acordam cedo e se recolhem para dentro de suas casas para descansar depois que escurece, não têm medo do trabalho, independente do dia da semana. E assim construíram suas famílias e fazendas ao longo dos anos. Na média estas fazendas tem 15 a 20 anos de atividade, é uma boa parte das suas vidas!

Os pais já estão com idade avançada (60 anos) e os filhos cresceram (30 anos), alguns ficaram na fazenda para ajudar e outros foram estudar para um possível retorno. Enfim, quem ficou teve que se organizar para poder realizar todas as tarefas que acumularam durante o dia. A ordenha, na maioria das vezes, é designada para as mulheres. Porém, elas têm outros afazeres durante o dia: alimentar as bezerras e higienizar o ambiente, tarefas da casa, café, almoço e janta, que também toma muito tempo.

Poderia citar muitos argumentos aqui para entender melhor todo esse contexto, mas o que resume o investimento na robotização da ordenha é “não conseguimos mais dar conta de tudo, falta gente para trabalhar. Contratar funcionários não dá, investimos ou paramos com a atividade”.

Contatei o professor Marcos Neves Pereira e contei para ele desse crescimento tão rápido dos robôs aqui no RS e decidimos levantar essas informações iniciais dos números de box de robô em atividade para registrar este fato e contribuir para as futuras pesquisas na área de manejo, reprodução e nutrição de vacas nesse sistema de ordenha.

Criamos um formulário, juntamente com dois alunos da graduação do curso de agronomia da Faculdade CESURG Marau e submetemos para as empresas que estavam presentes no estado comercializando os robôs. Eles responderam e nos enviaram de volta com as informações que precisávamos para concluir o estudo.

Segundo nosso levantamento, 206 boxes de Sistemas de Ordenha Robotizada (SOR) estavam em atividade em propriedades leiteiras no RS em julho de 2022. Não tivemos acesso ao número de fazendas envolvidas. Os boxes da marca DeLaval® se destacaram com maior porcentagem de utilização (67,97%), seguido pelas marcas Lely® (21,84%) e GEA® (10,19%) (Figura 1).

Figura 1. Boxes de ordenha robotizada por marca no Rio Grande do Sul em julho de 2022.

FONTE: Zadinello L., Luza J., Pereira M.N., Bordin Tiago. (2023). Flow systems in robotic milking at Rio Grande do Sul state, Brazil. Peer Review. 5. 76-84. 10.53660/1290.prw2817. Via Milkpoint editado pelo Sindilat RS


Jogo Rápido

Ano de 2024 foi favorável ao consumo de leite, ajudando a sustentar os preços ao setor produtivo, diz especialista
De acordo com pesquisador da Embrapa, mesmo com importações elevadas em 2024, cenário de demanda foi diferente de 2023, contribuindo para a manutenção de preços. Assista clicando aqui. (Notícias Agrícolas via Edairy News)

 
 

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Porto Alegre, 06 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.297


Por que a indústria de leite vê a demanda como ponto de atenção em 2025

Perspectivas de clima favorável e queda das importações animam segmento, que projeta margem bastante limitada para reajustar preços

A cadeia de produção de leite começa 2025 com a perspectiva de diminuição das importações e quadro climático mais favorável, o que anima laticínios e pecuaristas. O cenário é bem mais positivo do que o de anos anteriores, quando cresceram as compras de matéria-prima do exterior, especialmente de Argentina e Uruguai, e sucessivas estiagens em importantes Estados produtores reduziram a oferta de matéria-prima e afetaram a produtividade no campo. Isso não significa, no entanto, que o segmento terá vida fácil nos próximos 12 meses.

Neste ano, o aumento dos preços dos lácteos no mercado internacional e a desvalorização do real devem enxugar as importações brasileiras de lácteos, que bateram recorde no país em 2024.

“Para a indústria nacional, isso é bastante bom porque o produto importado estava entrando com muita força no Brasil”, afirma Valter Galan, sócio da Milkpoint. “Os preços que Uruguai e Argentina praticam subiram e estão mais próximos dos preços que vemos no Brasil. Isso, somado a uma taxa de câmbio mais elevada, provavelmente reduzirá a importação”. Segundo levantamento da consultoria, os valores, que eram de US$ 3,7 mil a tonelada em agosto, subiram para US$ 4,1 mil no fim do ano.

De janeiro a novembro de 2024, o Brasil importou 252,5 mil toneladas de lácteos, especialmente de Argentina e Uruguai, de acordo com as estatísticas do Ministério da Agricultura. O volume é pouco superior ao do mesmo período de 2023, quando as importações somaram 251,9 mil toneladas, mas 60% maior do que as 151,2 mil toneladas do intervalo entre janeiro e novembro de 2022.

O aumento expressivo das importações levou o segmento a pedir a abertura de investigação sobre a possível prática de dumping por parte de Argentina e Uruguai. O governo brasileiro atendeu a solicitação no início de dezembro.

Se o virtual declínio das importações anima produtores, que terão menos concorrência, e indústrias, que não precisarão recorrer a um produto que já não tem custo competitivo como em anos recentes, ele vai reduzir a oferta do produto no mercado interno. Esse desdobramento pode encarecer o produto final — e o segmento já detectou que os consumidores estão resistentes a pagar mais pelo leite e seus derivados.

Inflação
“Devemos ter um começo de ano mais difícil para consumo do que tivemos em 2024”, observa Galan. A inflação de leite e derivados medida pelo IPCA foi de 10,24% nos 12 meses até novembro, mas, no caso do leite longa vida (UHT), os preços subiram 20,38% nesse intervalo, quando a inflação no país foi de 4,87%.

No campo, há uma boa notícia, mas com desdobramentos que preocupam os pecuaristas. A novidade positiva é que, no momento, não há previsão de grandes problemas climáticos para a atual temporada. Com clima favorável, a produção nacional deve crescer, o que tende a pressionar as margens dos produtores, que tiveram um respiro no ano passado. Em 2024, o preço médio pago ao produtor de leite subiu 38%, para R$ 2,8065 o litro, de acordo com o Cepea.

“O ano de 2024 foi de recuperação para o produtor de leite, com alta de preços em quase todos os meses, enquanto os custos de produção andaram de lado”, diz Juliana Pilla, analista da Scot Consultoria. Na avaliação dela, as perspectivas para 2025 são de produção crescente, o que deve pressionar os preços pagos ao produtor, comprometendo parte das margens que os pecuaristas conseguiram no ano passado.

Segundo levantamento do Cepea, em outubro, o produtor brasileiro de leite precisou de 24,51 litros de leite cru para comprar uma saca de 60 quilos de milho. O valor subiu 12,21% em relação a setembro, mas ficou bem abaixo dos 30,8 litros necessários em janeiro. “Se considerarmos a diferença entre preço pago ao produtor e o índice de custo, na comparação com o ano anterior, a margem do produtor teve uma melhora de 13% em 2024”, disse a analista.

Preços no teto
Na avaliação do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat-RS), Darlan Palharini, os preços já atingiram patamares máximos, dada a dificuldade de repasse para o consumidor final. “O produtor brasileiro está recebendo quase o mesmo que o europeu, então não tem muito mais o que aumentar esse preço ao produtor, mas sim ganharmos em eficiência”, avalia.

Ele projeta que, sem catástrofes climáticas nem mudanças drásticas na economia, 2025 será um ano “tranquilo e equilibrado”. “Será um ano para o setor se capitalizar e crescer em demanda e também em produtividade”, diz. (Globo Rural via Valor Econômico)


Colheita de milho para silagem avança e os resultados são adequados

A colheita de milho para silagem avançou e os resultados de colheita são considerados adequados. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (02/01), estima-se que 14% da área cultivada foi colhida e 17% estão próximos ao ponto ideal de corte, que corresponde ao estágio de grão farináceo-duro e os colmos verdes, em que o teor de matéria seca da planta inteira varia entre 30% e 35%.

Nesse estágio, os grãos apresentam elevada concentração de amido, e as fibras vegetativas preservam sua digestibilidade, garantindo o equilíbrio necessário para maximizar o valor nutricional, o rendimento por hectare e a qualidade da silagem conservada. Para a Safra 2024/2025 no Estado, a Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 357.311 hectares, e a produtividade média é de 39.457 kg/ha.

MILHO

A semeadura do milho avançou apenas em pequenas extensões, mantendo a proporção de 95% da área projetada para a safra. O progresso ocorreu em partes da Campanha, tradicionalmente destinadas ao cultivo tardio. Nas demais regiões, o plantio não foi executado devido à redução da umidade no solo ou à ocupação das áreas destinadas para cultivo em segunda safra. Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.

O cultivo apresenta desempenho satisfatório, superior à Safra 2023/2024. Contudo, há variação no desempenho entre as lavouras, influenciada pelo regime de precipitações: em algumas áreas, o desenvolvimento está excelente, e em outras houve perdas consideráveis devido ao déficit hídrico ocorrido em novembro, durante o estágio de fecundação e formação de grãos. Embora a restrição hídrica não tenha comprometido a cultura, houve redução no potencial produtivo inicialmente estimado. A recente sequência de temperaturas elevadas, os ventos e a baixa umidade relativa do ar têm levado as plantas à excessiva perda de água, o que pode resultar na antecipação da colheita.

A colheita evoluiu pouco, mais concentrada no Noroeste do Estado, alcançando 3% da área cultivada. A produtividade média alcançada, até o momento, é de aproximadamente 7.800 kg/ha, considerando tanto as lavouras de sequeiro quanto as irrigadas, que apresentam ótimo desenvolvimento. (Emater/RS editado pelo Sindilat/RS)

Com sinais de recuperação após enchentes, PIB do RS registra variação de -0,3% no terceiro trimestre de 2024

Resultados foram divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística

A economia do Rio Grande do Sul apresentou sinais de recuperação após as enchentes ao registrar variação de -0,3% no terceiro trimestre de 2024 na comparação com o segundo trimestre. Os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado mostram ainda que, em relação ao mesmo período de 2023, a alta foi de 4,1%. No Brasil, nas mesmas bases comparativas, o PIB registrou avanço de 0,9% e 4%, respectivamente.  

Os resultados do PIB do RS relativos ao período entre julho e setembro foram divulgados na última quinta-feira (2/1) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, a economia do Estado teve alta de 5,2% na comparação com o mesmo período de 2023, enquanto no Brasil o avanço alcançou 3,3%. Na soma dos últimos quatro trimestres, a variação no RS atingiu 3,7%, acima da registrada no país, que alcançou 3,1%.  

No Estado, o terceiro trimestre é o período tradicionalmente com menor repercussão das atividades agropecuárias no PIB.

"Apesar da queda na margem, causada pela retração da agropecuária típica do período, o PIB mostrou sinais de recuperação após os impactos mais severos das enchentes. Tanto a indústria quanto os serviços tiveram crescimento no terceiro trimestre em relação ao segundo, com destaque para os bons resultados da indústria de transformação e do comércio”, destaca o pesquisador em Economia do DEE, Martinho Lazzari.

Terceiro trimestre x segundo trimestre

Entre as grandes atividades da economia, a agropecuária recuou 30,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, enquanto a indústria cresceu 1,1%, e os serviços registraram avanço de 2,3%. Na indústria, a alta foi puxada pelo desempenho da indústria de transformação, a com maior participação no segmento, que cresceu 2%. As atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-10,3%) e construção (-0,4%) recuaram no período.

Nos serviços, segmento mais representativo na formação da taxa, o comércio (+3,9%), os serviços de informação (2,6%) e o setor de transportes, armazenagem e correio (2,3%) foram as atividades que apresentaram as maiores altas no período.

2024 x 2023

Na comparação dos números do terceiro trimestre de 2024 com os de 2023, o PIB do RS cresceu 4,1%, com alta nos números da agropecuária (+7,9%) e dos serviços (+4,2%), enquanto a indústria teve recuo (-1,3%).

A queda na atividade industrial foi puxada pelos números da indústria de transformação, com baixa de 2,8% no período. Na transformação, as maiores influências para a queda vieram das atividades de máquinas e equipamentos (-16,4%), bebidas (-11,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-6,9%). Por outro lado, os avanços mais relevantes foram registrados em móveis (+14,9%), metalurgia (+37,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (+5,3%).

Nos serviços, as sete atividades pesquisadas registraram alta, com destaque para comércio (+8,2%), outros serviços (5,2%) e serviços da informação (+5,1%). No importante segmento do comércio, os avanços mais significativos ocorreram nas atividades de comércio de veículos (+21,5%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+9,3%) e material de construção (+18,5%).  

Acumulado de 2024  

No acumulado do ano, o avanço de 5,2% do PIB do Estado em relação ao mesmo período de 2023 foi impulsionado pelo desempenho positivo da agropecuária (+37,1%) e dos serviços (+3,2%), enquanto a indústria teve variação negativa (-0,2%). (SEAPI)


Jogo Rápido

Como será o clima no Brasil em janeiro?
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de janeiro indica chuvas entre a média climatológica e acima da média  em grande parte das Regiões Norte, Sul e do leste e norte do Nordeste. No entanto, em algumas áreas dessas Regiões, como Rondônia, sudeste e norte do Pará, sul e norte do Tocantins, região central do Maranhão, oeste da Bahia e sul do Rio Grande do Sul, os acumulados poderão variar entre próximo e abaixo da média histórica. Por outro lado, em São Paulo e áreas localizadas no centro-sul do Rio de Janeiro, os acumulados poderão ficar na normalidade ou acima da média , enquanto que Minas Gerais e Espirito Santo poderão registrar precipitação abaixo da média. Na Região Centro-Oeste, a previsão aponta para precipitação dentro da normalidade e acima da média em grande parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Porém, em Goiás e áreas no noroeste e sudeste do Mato Grosso do Sul, os volumes de chuva podem ficar abaixo da climatologia. Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da média em grande parte do país, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso , principalmente no norte do país, onde as temperaturas médias do ar podem ultrapassar os 28ºC. Em áreas pontuais do Amazonas, Amapá, sudoeste do Paraná, leste de Santa Catarina e sul do Rio Grande do Sul, são previstas temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média, devido a ocorrência de dias consecutivos com chuva que podem amenizar a temperatura. (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 03 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.296


A inteligência artificial pode melhorar o controle de qualidade dos laticínios?

Estudo detalha como a inteligência artificial e o learning machine podem ser aproveitados para melhorar a segurança e o controle de qualidade no setor lácteo.

O aprendizado de máquina pode ser usado para detectar anomalias em amostras de laticínios ao analisar o microbioma do leite, abrindo caminho para melhorias em segurança e controle de qualidade, de acordo com um estudo.

Publicado na revista mSystems da American Society for Microbiology, o estudo detalha como a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina podem ser aproveitados para melhorar a segurança e o controle de qualidade no setor de alimentos e bebidas.

Os pesquisadores usaram leite cru para testar se a IA e os dados de sequenciamento shotgun poderiam ser usados para identificar corretamente amostras de leite anormais, como leite que contém antibióticos, em comparação com amostras regulares. A IA faria isso analisando o tipo e a quantidade de bactérias presentes nas amostras de leite – o chamado microbioma do leite – de forma semelhante a como o risco de doenças como diabetes tipo 2 pode ser previsto pela IA ao analisar o microbioma intestinal humano.

Provar que a IA pode ser usada para triagem nesse contexto seria significativo, já que os métodos tradicionais para detecção de anomalias na indústria alimentícia são limitados.

Além de validar esse conceito, o grupo – que inclui pesquisadores da Pennsylvania State University, Cornell University e IBM Research – também investigou se a IA poderia prever diferentes estágios de processamento e transporte do leite, bem como a estação do ano em que o leite foi coletado, utilizando conjuntos de dados acessíveis e disponíveis publicamente.

O experimento

Para realizar o experimento, os pesquisadores coletaram 58 amostras de leite cru de tanques de armazenamento a granel para estabelecer amostras de referência do microbioma do leite cru. Eles descobriram que 33 microrganismos apresentavam uma presença estável no leite cru, sendo os mais abundantes Pseudomonas, Serratia, Cutibacterium e Staphylococcus.

Já nesse estágio, os pesquisadores confirmaram que métodos tradicionais, como PCA contrastante (cPCA) e escalonamento multidimensional (MDS), eram limitados em sua capacidade de diferenciar classes de amostras. No entanto, a IA conseguiu fazê-lo e ainda identificou os microrganismos responsáveis por separar essas classes de amostras.

O estudo então aplicou IA explicável a dados de RNA ribossomal 16S – uma alternativa acessível ao sequenciamento shotgun do genoma completo – provenientes de dois conjuntos de dados públicos sobre o microbioma do leite. O objetivo era verificar se a ferramenta poderia diferenciar entre diferentes categorias de leite, como estágios de transporte e processamento.

Por que detectar ingredientes indesejados nos alimentos é desafiador?

Os métodos tradicionais para detecção de anomalias no setor de alimentos e bebidas incluem análises de diversidade alfa e beta, abundância diferencial, agrupamento, PCA contrastante (cPCA) e escalonamento multidimensional (MDS). No entanto, nenhum desses métodos consegue separar completamente e de forma precisa classes de amostras, como uma amostra anômala de uma amostra de referência.

Por outro lado, ferramentas de aprendizado de máquina já foram usadas com sucesso para analisar o microbioma intestinal, como para prever o risco de doenças como diabetes tipo 2. Este estudo testou, de forma inversa, se o aprendizado de máquina poderia detectar e identificar anomalias no microbioma do leite.

As técnicas de aprendizado de máquina conseguiram prever o estágio de processamento, como identificar qual amostra de leite foi pasteurizada, detectando corretamente os tipos e a abundância de bactérias presentes. Além disso, o aprendizado de máquina produziu modelos precisos sobre os estágios de armazenamento do leite, identificando quais amostras eram de leite cru, leite de caminhão-tanque ou leite de silo.

Além disso, as ferramentas de triagem baseadas em IA também identificaram a estação do ano em que uma amostra de leite foi coletada, medindo a abundância de mycoplasma.

“Pelo que sabemos, este estudo caracterizou os metagenomas do leite cru com maior profundidade de sequenciamento do que qualquer outro trabalho publicado até o momento e demonstra que há um conjunto de microrganismos consensuais que se mostraram elementos estáveis em várias amostras”, concluíram os pesquisadores no artigo.

“Demonstramos que nossa abordagem de IA explicável é capaz de prever com sucesso o estágio de processamento e o estágio de transporte de onde uma amostra de leite veio. Este estudo representa avanços na aplicação de aprendizado de máquina que podem ser ampliados para toda a indústria alimentícia.”

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Os prazos e descontos previstos no novo refinanciamento de dívidas de ICMS preparado pelo Piratini

O objetivo é, após as crises recentes no RS, dar fôlego para empresas se reconstruírem e investirem no negócio

O novo programa de refinanciamento de dívidas tributárias do governo do Estado buscará dar fôlego para empresas gaúchas se reconstruírem e voltarem a investir após a enchente, diz o secretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, após o governador Eduardo Leite ter confirmado à coluna que o projeto estava no forno. Ele deve ser lançado em fevereiro com o nome “Refaz Reconstrução” ou “Refaz Plano Rio Grande". 

– O objetivo é permitir mais do que quitar as dívidas. Além dos descontos, haverá o parcelamento – destaca Neves.

Estudos da Secretaria Estadual da Fazenda identificaram que a enchente e outras crises recentes provocaram o "desencaixe no caixa", com descompasso entre saída e entrada de recursos financeiros. Ou seja, a dívida de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dificulta o reinvestimento e a ampliação dos negócios. 

– Por isto, o novo Refaz terá o propósito de ajudar a alavancar a recuperação, reconstrução e a conversão destes valores em investimento privado nas empresas gaúchas. Potencializará mais investimentos no Estado – acrescentou o secretário.  

Com o mesmo nível de desconto para quitação aplicado em 2019, de até 90% em juros e multas, será permitido parcelamento em 12 ou 18 vezes. Outras modalidades com abatimentos menores terão prazos de até 120 meses, dependendo do caso. 

O Refaz de 2019, início do primeiro mandato de Leite, teve adesão de 7,6 mil empresas e regularizou 76,5 mil créditos, com quitações parciais e totais. O governador afirmou que o de agora será tão amplo quanto este. Outras iniciativas pontuais e menores de renegociação ocorreram na pandemia e na enchente. (GZH)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1848 de 2 de janeiro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O tempo seco favoreceu o manejo nas propriedades, e as temperaturas amenas permitiram maior tempo de pastejo pela manhã. O aumento de forragem fresca contribuiu para a estabilidade na produção de leite e para a melhora da condição corporal dos animais. O calor e a umidade aumentaram a incidência de mosca-dos-chifres e carrapato.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas e a água em quantidade suficiente nos açudes favoreceram o bem-estar animal e atenderam às necessidades das matrizes. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos bovinos de leite ficou dentro da normalidade, e os ectoparasitas estão controlados. A condição corporal foi satisfatória devido à alimentação adequada. 

Na de Ijuí, a produção de leite continua em crescimento, e o maior volume está concentrado em propriedades de sistemas a pasto. Os produtores avaliam o desempenho de silagens de cereais de inverno, em especial de trigo, que tem mostrado melhores resultados. 

Na de Lajeado, a produção de leite segue dentro da normalidade, favorecida pelas condições climáticas. Há estabilidade nos custos de insumos. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos não apresentaram anormalidades sanitárias, apenas alguns problemas restritos ao ataque de mosca-dos-chifres e carrapato, que são manejados de forma rotineira.

Na região de Pelotas, houve aumento de investimento em pastagens perenes. 

Na de Porto Alegre, a condição corporal dos animais está adequada. Houve redução no uso de silagem de milho em razão da possibilidade de pastejo em áreas implantadas. Apesar do aumento de ectoparasitas, especialmente do carrapato, o controle tem sido eficaz. 

Na de Santa Maria, as pastagens de verão estão em excelentes condições de pastejo, e há satisfatória oferta de forragem. Os produtores seguem monitorando as populações de mosca e carrapato, adotando estratégias de controle.  (Emater/RS editado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 04/01 A 08/01/2025: TEMPO ESTÁVEL E NEVOEIROS NO RS, MAS CHUVA À VISTA
A partir deste sábado (04/01), o Rio Grande do Sul deve começar a experimentar uma melhora no tempo com a chegada de um anticiclone migratório. Isso trará céu claro e sol entre nuvens, além de temperaturas mais amenas em comparação aos dias anteriores, mantendo essa estabilidade até o domingo (05/01). Na segunda (06/01) e terça-feira (07/01), a configuração atmosférica se repetirá com tempo estável e pouca variação, embora nevoeiros possam surgir em algumas regiões, incluindo a Região Metropolitana, o Sul do Estado, a Campanha, além das áreas próximas à Laguna dos Patos e Lagoa Mirim. Na quarta-feira (08/01), no entanto, o cenário meteorológico muda gradualmente com a formação de um cavado entre o Paraguai e o RS, elevando as temperaturas e trazendo instabilidade. A previsão é de chuvas fracas na Metade Norte do Estado. Ao longo da semana, as chuvas serão irregulares, com volumes baixos em diversas regiões. No Norte e Nordeste, os acumulados devem ficar entre 10 e 30 mm, enquanto o Litoral, a Região Metropolitana, os Vales, e partes centrais do RS, assim como a Fronteira Oeste, podem esperar precipitações mais leves, variando de 1 a 20 mm. (Boletim Agrometerológico da SEAPI editado pelo Sindilat/RS)

 
 

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Porto Alegre, 02 de janeiro de 2025                                                Ano 19 - N° 4.295


Unidade Padrão Fiscal é de R$ 27,1300 em 2025 e muda taxas do Fundesa e Fundoleite 

Está em vigor desde a quarta-feira (1º/01) o valor de R$ 27,1300 como referência para a Unidade Padrão Fiscal (UPF-RS) em 2025. O indexador da Receita Estadual foi determinado em Instrução Normativa da Receita Estadual (IN RE) número 131/24 do Governo do Estado. Em relação ao valor de R$ 25,9097, praticado em 2024, houve um aumento de aproximadamente 4,71%.

A nova unidade altera o recolhimento para o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Por litro produzido ficará em R$ 0,001682, sendo 50% descontado na nota de compra de leite pago aos produtores (R$ 0,00841) e 50% pago pelas indústrias (R$ 0,00841). Os valores têm como destino a indenização dos proprietários de animais com zoonoses, como tuberculose e brucelose, assim como para a promoção de ações de prevenção contra doenças infectocontagiosas reconhecidas nos programas de sanidade animal.

Já com relação ao recolhimento para o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite), o valor será de R$ 0,001682 por litro adquirido, apenas pela indústria, sendo que o Estado bonifica 50% desse valor em ICMS. O fundo é para ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia do leite com objetivo assegurar a sua competitividade e para campanhas de aumento do consumo de lácteos.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, lembra que o Fundesa dá segurança aos produtores ao garantir a indenização dos rebanhos. Já com relação ao Fundoleite, o dirigente informa que o sindicato segue conversando com o governo para a liberação do fundo. “A Secretaria da Agricultura e Casa Civil trabalham nos assuntos legais e temos a expectativa pela liberação dos recursos que vão qualificar a produção”, assinala. (Assessoria de imprensa Sindilat RS)


Bancos estimam Selic a 15% em junho, diz Febraban

Ainda assim, maioria dos bancos espera que novo de ciclo de corte de juros se inicie ainda em 2025

A Pesquisa de Economia Bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada nesta quarta-feira (1º) revela que a grande maioria das instituições consultadas (84,2%) espera que o Banco Central eleve a taxa básica de juros, a Selic, para além de 14,25% ao ano no atual ciclo de aperto monetário.

Sobre a trajetória da Selic, a expectativa para os juros se elevou novamente ante as pesquisas anteriores, que são feitas a cada 45 dias pela Febraban com os bancos. Agora, a mediana para a Selic prevê alta até 15% ao ano em junho de 2025.

Mas a maioria dos bancos (52,6%) espera que um novo de ciclo de corte de juros se inicie ainda em 2025.

Já para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a maioria dos participantes (57,9%) espera que o indicador encerre 2025 acima de 4,5%, ou seja, além do teto da meta, em função de inúmeros fatores, como a atividade aquecida, o mercado de trabalho apertado e o câmbio depreciado, ressalta a pesquisa da Febraban.

Com relação à atividade econômica, metade dos participantes espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 2% em 2025. Contudo, 27,8% dos participantes esperam um crescimento menor que esse patamar, influenciado por fatores como a alta dos juros.

A expectativa para a taxa de câmbio aumentou, com a moeda americana testando máximas históricas ante o real em dezembro. No curto prazo, a expectativa dos bancos é que o câmbio siga próximo do nível de R$ 6,00, mas pode voltar a cair abaixo desse nível nos próximos meses, chegando a R$ 5,90 em julho de 2025.

No campo fiscal, a maior parte dos entrevistados (66,7%) estima que o pacote aprovado no Congresso gere uma economia entre R$ 40 bilhões e R$ 55 bilhões nos próximos dois anos.

A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban é realizada a cada 45 dias. A pesquisa divulgada nesta quarta é resultado do levantamento feito com 19 bancos entre os dias 17 e 20 de dezembro. (CNN Brasil)

Pode comer queijo na dieta? Conheça os seus benefícios para o corpo

Não importa o tipo, o queijo - além de saboroso - é um poderoso alimento para incluir na dieta. Conheça seus benefícios.

O brasileiro consome, em média, 2,2 quilos de queijo por ano, segundo o IBGE. Isso por si só já mostra que o alimento é um queridinho no país. No entanto, é importante não exagerar no consumo, e se limitar a duas fatias (ou 30 gramas) por dia. Essa quantidade já é suficiente para se beneficiar com as propriedades nutricionais do alimento – que, aliás, fazem um bem danado à saúde.

“A recomendação é consumir o queijo de forma distribuída na dieta, em lanches ou ralado na salada. Evite o consumo exagerado em uma única refeição, como naquela pizza de quatro queijos do final de semana. Além disso, é preciso ficar atento às quantidades adicionadas nos lanches e refeições como massas, por exemplo”, recomenda a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Patrícia de Moraes Pontilho.

Benefícios do queijo para a saúde
O queijo é considerado um alimento processado saudável, pois seus diferentes tipos são produzidos a partir da coagulação do leite, com adição de enzimas à massa, e posterior remoção do soro do leite durante esse processo. Quanto mais duro, como o parmesão, menos soro ele possui, além de passar mais tempo sendo prensado.

Segundo a professora da Anhanguera, o alimento é muito rico e ajuda na prevenção de doenças e no bom funcionamento do organismo. Ela explica cada uma das propriedades presentes no queijo:

Probióticos: também encontrados nos iogurtes, são microrganismos vivo que ajudam a equilibrar a flora intestinal, evitando a prisão de ventre e a diarreia;

Proteínas: por terem uma digestão mais longa, ajudam a aumentar a sensação de saciedade, o que pode colaborar para o emagrecimento;

Oligoelementos: são encontrados em pouca quantidade de forma natural no organismo humano. Eles atuam em funções metabólicas como balanço hormonal, produção enzimática, hidratação celular, regulação do pH, biodisponibilidade de nutrientes e, além disso, no transporte de oxigênio.

O queijo também é rico em vitaminas e minerais
Vitaminas:

A (atua no sistema imunológico);
B2 (favorece o metabolismo de gorduras, açúcares e proteínas, além de auxiliar na cicatrização e visão);
B12 (atua nas células que transportam oxigênio no sangue, prevenindo a anemia e a trombose);
D (hormônio que atua na saúde óssea, crescimento, imunidade, musculatura, metabolismo e em diversos órgãos e sistemas, como o cardiovascular e nervoso central, por exemplo);
K2 (substância essencial aos seres humanos, ajuda o fígado a produzir diversas proteínas).
Minerais: 

Cálcio (mineral mais abundante no corpo humano, é essencial para fortalecer ossos e dentes);
Fósforo (segundo mineral mais abundante no corpo, depois do cálcio);
Selênio (possui ação antioxidante e fortalece a imunidade, além de combate os radicais livres, protegendo as células do envelhecimento);
Zinco (necessário para o funcionamento do sistema imunológico, e que não é produzido pelo organismo humano);
Sódio (regula o volume sanguíneo e atua no impulsos nervosos e contração muscular).
Atenção às quantidades
Apesar dos diversos benefícios, o consumo exagerado pode acarretar uma alta ingestão de sódio, o que é um perigo para quem tem pressão alta. Além disso, também eleva o risco de doenças cardíacas devido ao alto teor de gordura saturada, bem como problemas de digestão para quem tem intolerância à lactose.

Escolha o queijo mais adequado para você
Existem diversos tipos de queijo – um mais saboroso que o outro. No geral, os mais amarelos passam por um processo maior de maturação. Por isso, eles têm níveis mais elevados de gordura, explica a nutricionista. A especialista listou os mais comuns, do “mais magro” ao “mais gordo”. Confira:

Ricota (139 kcal por 100g): melhor opção para quem quer perder peso, é leve e de fácil ingestão. Apresenta menos gorduras e sódio – contudo, ter poucas proteínas é um contra;

Minas frescal (243 kcal por 100g): pode ser feito com leite desnatado, o que confere menos gordura e maior umidade;

Muçarela de búfala (311 kcal por 100g): de origem italiana, é mais branco e doce que os queijos feitos com leite de vaca. É rico em gorduras saudáveis, cálcio e proteína;

Muçarela (320 kcal por 100g): de origem italiana, possui níveis elevados de gordura e sódio;

Gorgonzola (324 kcal por 100g): maturado por mofos verdes, é bastante comum em tábuas de queijos, em recheios e molhos;

Variedade é o que não falta
Prato (346 kcal por 100g): bastante consumido em lanches e popular no Brasil, por conta do preço mais em conta. É menos maturado, apresentando textura macia;

Provolone (350 kcal por 100g): é defumado, com textura firme e sabor que varia de suave a picante. No entanto, tem bastante sódio e gorduras;

Cheddar (404 kcal por 100g): o que é popular no Brasil nem pode ser, de fato, chamado de queijo. É um tipo de preparado com outros tipos de queijo, popularizado pelas redes de fast food. Pode receber aditivos artificiais, inclusive para chegar à cor alaranjada. Além disso, o queijo cheddar original tem origem inglesa e é bem diferente da versão processada, sendo mais suave e podendo ter notas nozes, maçã e café torrado.

Parmesão (448 kcal por 100g): por ser um queijo duro, apresenta mais sódio e gordura. Boa opção para intolerantes, por ter níveis menores de lactose. (Terra via Edairy News)


Jogo Rápido

Nova Portaria altera critérios de credenciamento de laboratórios junto ao Mapa
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na sexta-feira (27) a Portaria nº 747/2024, que estabelece novos critérios e requisitos para o credenciamento e fiscalização de laboratórios pelo Ministério. Esta Portaria revoga, entre outras normas, a Instrução Normativa nº 57, de 2013. A publicação foi feita no Diário Oficial da União (DOU).  A atualização desse regulamento vem com o objetivo de adequar procedimentos Lei nº 14.515/2022 (Lei do Autocontrole), bem como de modernizar os parâmetros de credenciamento e fiscalização dos laboratórios que prestam serviços às ações oficiais de Defesa Agropecuária no Brasil.  O novo regulamento traz, como principal inovação, um sistema de credenciamento por meio de edital público prévio de seleção. “O processo se tornará mais dinâmico, uma vez que o Mapa passará a priorizar os credenciamentos em função das demandas de Defesa Agropecuária, em nível nacional. Além disso, alinhamos temas que tiveram aperfeiçoamento legal ao longo dos últimos 11 anos, tais como a eliminação de conflitos de interesse e critérios de priorização de demanda”, frisou o coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários, Fabrício Pedrotti. Além disso, foram também introduzidos critérios de biossegurança e bioproteção, de maneira que o Mapa passará a exigir uma gestão mais adequada dos riscos biológicos por parte dos laboratórios a serem habilitados. Entre outras inovações, destaca-se ainda que o credenciamento passará a ter validade de 10 anos.  Os credenciamentos autorizados pela IN MAPA nº 57, de 2013 seguem válidos por prazos determinados, de acordo com a área de atuação, que variam de 365 a 720 dias. Em decorrência da mudança de legislação, os pedidos de credenciamento em curso serão arquivados. O primeiro edital público de seleção para credenciamento de laboratórios deverá ser divulgado em até 270 dias a partir da vigência da Portaria.  (MAPA)

 
 

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Porto Alegre, 27 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.293


Conseleite indica leite projetado a R$ 2,4073 em dezembro no RS

Durante reunião virtual do Conseleite, realizada nesta sexta-feira (27/12), foi divulgado o valor de R$ 2,4073 como referência projetada para o leite em dezembro no Rio Grande do Sul. O cálculo é elaborado mensalmente pela UPF, tendo como base dados fornecidos pelas indústrias considerando a movimentação dos primeiros 20 dias do período.

O coordenador do colegiado que reúne produtores e indústrias para tratar de assuntos relevantes para o setor lácteo gaúcho, Allan André Tormen, destacou que os números apresentados indicam uma redução de preço quando comparado a novembro, que fechou em R$ 2,4578. “A diminuição é reflexo do final do ano, em um período de festas e férias. No entanto, os parâmetros estão estáveis e seguimos dentro do patamar, com uma boa expectativa para 2025, ao fortalecermos ainda mais o elo produtor e indústria”, afirmou Tormen. (Assessoria de imprensa Sindilat)


Conseleite Minas Gerais
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de Dezembro de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o
menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2024 a ser pago em Novembro/2024.
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o
menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2024 a ser pago em Dezembro/2024.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2024 a ser pago em Janeiro/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1847 de 26 de dezembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

As condições gerais dos bovinos de leite estão propícias em razão do estado nutricional e do escore corporal, que beneficiam a produção leiteira. A oferta de pasto está satisfatória, especialmente entre produtores tecnificados que segregam lotes por produção. O manejo alimentar e sanitário segue dentro da normalidade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o manejo diário das matrizes tem favorecido a detecção e o controle de mosca e carrapato, cuja incidência tem aumentado nas últimas semanas. As condições ambientais e nutricionais adequadas têm contribuído para os indicadores de qualidade do leite. 

Na de Caxias do Sul, o tempo favoreceu o bem-estar animal, e a qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões estabelecidos.

Na de Ijuí, a produção de leite apresentou leve aumento, e alguns produtores estão investindo na reposição e no melhoramento do rebanho, aproveitando a satisfatória oferta de pastagens. 

Na de Passo Fundo, não foram registradas anormalidades sanitárias, e houve problemas pontuais relacionados à infestação de mosca e carrapato, que estão sendo controlados rotineiramente.

Na de Pelotas, as chuvas e as temperaturas amenas favoreceram o desenvolvimento das pastagens e o conforto animal. 

Na de Santa Maria, os produtores monitoram as populações de mosca e carrapato e adotam estratégias de manejo adequadas. 

Na de Santa Rosa, os dias de sol seguidos por chuvas moderadas contribuíram para o bem-estar dos animais e para o aumento da produção leiteira, especialmente em rebanhos da raça Holandesa. (Emater RS editado pelo Sindilat RS)


Jogo Rápido

Retorno do tempo firme marca último fim de semana de 2024 no RS
A previsão para os próximos dias indica a possibilidade de nevoeiro em áreas ao leste do estado, seguido pelo retorno do tempo firme durante o final de semana. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 52/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). ábado (28/12): com o lento ingresso do anticiclone migratório sobre o Rio Grande do Sul, o tempo permanecerá estável na maioria das regiões - apesar da canalização de umidade ao longo do litoral gaúcho, Laguna dos Patos e Lagoa Mirim e regiões Sul e Campanha por conta do ciclone extratropical situado no oceano. Devido a esse fato, não se descarta a possibilidade para a ocorrência de nevoeiro ao amanhecer ou chuvas isoladas de intensidade fraca, seguido por tempo firme com céu entre nuvens e temperaturas amenas no decorrer dos respectivos dias. Domingo (29/12): um cavado (área alongada de baixa pressão) se formará entre o Paraguai e RS, simultaneamente ao deslocamento do anticiclone migratório em direção ao oceano. Essa configuração atmosférica causará o aumento da nebulosidade, criando condições para a precipitação de intensidade fraca no período entre a tarde e a noite sobre a Região das Missões, Região Noroeste e ao longo da divisa com Santa Catarina. Nas demais regiões, a estabilidade no tempo seguirá abrangente com céu entre nuvens e temperaturas amenas no transcurso do dia. Segunda-feira (30/12): o cavado do dia anterior se inclinará entre o Paraguai e o Uruguai, o que provocará o aumento gradativo da instabilidade e, por consequência, da nebulosidade sobre o estado, com destaque para uma elevação nas temperaturas. Na divisa com SC, entre as regiões Norte e Campos de Cima da Serra, haverá a possibilidade para ocorrência de precipitação de intensidade fraca em pontos isolados. Terça-feira (31/12): o cavado dos dias anteriores se intensificará, concentrando as áreas de instabilidades no Sul, na Campanha, na Fronteira Oeste, na Região Central, nas Missões, no Noroeste, no Norte, no Planalto e nos Campos de Cima da Serra, o que possibilitará a ocorrência de chuvas esparsas nas regiões acima citadas. Quarta-feira (1º/1): as áreas de instabilidade se espalharão por todo o estado, mantendo as temperaturas em elevação. Por este motivo, as chances para a ocorrência de precipitação de forma irregular, porém com intensidade variando de fraca a moderada, aumentarão sobre a maioria das regiões. Os prognósticos para os próximos sete dias indicam chuvas irregulares por todo o estado, com acumulados de baixos volumes ocorrendo principalmente em áreas do oeste, noroeste e centro do território gaúcho. Estes volumes podem chegar até os 10 mm de chuva acumulada na semana. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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Porto Alegre, 26 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.292


Como a inteligência artificial tem mudado a rotina das fazendas?

A inteligência artificial (IA) e sistemas avançados de câmeras estão revolucionando a maneira como os produtores de leite nos EUA gerenciam seus rebanhos.

Embora o uso de câmeras inteligentes em fazendas leiteiras não seja inteiramente novo – e haja cerca de uma dúzia de empresas trabalhando globalmente nessa área –, quatro grandes players comercializaram a tecnologia em fazendas leiteiras dos EUA, oferecendo ferramentas que podem melhorar a lucratividade, a produtividade e usar a inteligência artificial para informar a gestão da fazenda.

A evolução das câmeras com IA na pecuária leiteira

Devido à complexidade historicamente alta e ao custo de instalação, a adoção de tecnologia de câmeras ficou atrás do uso de sensores IoT vestíveis – como colares e brincos para vacas –, que agora são usados em mais da metade das vacas leiteiras nos EUA. Apesar de câmeras em fazendas leiteiras serem utilizadas há décadas, a IA torna o monitoramento por câmeras muito mais útil e eficiente. Ao monitorar constantemente as imagens, a IA consegue identificar práticas na fazenda, questões de bem-estar animal e preocupações com sustentabilidade que seriam impossíveis de serem observadas por humanos 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Impulsionados pelo crescente reconhecimento do valor que os sistemas de IA trazem para as operações leiteiras, os sistemas de câmeras inteligentes estão ganhando tração. Atualmente, os sistemas de câmeras com IA estão sendo usados em apenas 1/10 das vacas que utilizam dispositivos vestíveis, mas o número total de vacas monitoradas por essas câmeras inteligentes deve ultrapassar 1 milhão nos próximos dois anos.

O que as empresas oferecem hoje

1. Vacinas mais saudáveis e partos mais seguros: As câmeras inteligentes com IA têm sido usadas para observar o consumo de ração e o comportamento dos animais no estábulo. Dado que ambos são críticos do ponto de vista financeiro e de tomada de decisão, não é surpreendente que decisões baseadas no gerenciamento da alimentação tenham sido amplamente adotadas pelos produtores de leite nos EUA. Mais recentemente, a mesma empresa, Cainthus, criou um novo sistema de monitoramento de maternidades que envia alertas aos fazendeiros quando as vacas estão prontas para parir, permitindo intervenções oportunas que reduzem o risco de complicações. Ao integrar esses sistemas às suas plataformas de dados, os fazendeiros podem tomar decisões informadas com base em insights em tempo real.

2. Diagnóstico e tratamento precoce de claudicação em vacas: Uma empresa usa câmeras 2D para monitorar o andar das vacas nas salas de ordenha, permitindo a identificação precoce de possíveis claudicações. Isso ajuda os fazendeiros a abordar problemas de locomoção antes que se agravem. O fornecedor CattleEye sugere que as câmeras de IA usadas dessa maneira podem melhorar o cuidado com as vacas e até mesmo reduzir a pegada de carbono.

3. Câmeras de IA para melhorar as práticas de ordenha: Outro player nesse espaço usa câmeras de IA para monitorar salas de ordenha e identificar comportamentos fora do padrão, enviando alertas em vídeo imediatos para as fazendas. A Cattle Care afirma monitorar quase 500.000 vacas e encoraja os empregadores a substituir os salários por hora por compensações baseadas em desempenho. No final, o sistema ajuda os fazendeiros a identificar áreas para treinamento e melhoria, promovendo uma cultura de responsabilidade e produtividade.

4. Monitorar o comportamento e a saúde das vacas: Outro player se descreve como um “pastor digital” para garantir que as práticas de bem-estar animal sejam seguidas nas fazendas. Criada para atender às necessidades da Fairlife e focada no bem-estar das vacas e nas interações humano-animal, a ElectroFai busca criar transparência para auditores, garantir a conformidade com as melhores práticas e mitigar riscos à marca.

Olhando para o futuro: o que as câmeras de IA significam

Ao fornecer dados em tempo real sobre a saúde, o comportamento e a alimentação das vacas, tecnologias como IA generativa, ChatGPT e modelos de linguagem ampla (LLMs) oferecem insights antes impossíveis, permitindo que os produtores de leite melhorem significativamente suas fazendas. Desde ajudar os fazendeiros no trabalho diário, aumentar a produtividade e promover cuidados humanitários com os animais, fica claro que o futuro da pecuária leiteira está na adoção de tecnologias avançadas. À medida que o foco em sustentabilidade e bem-estar animal cresce, os sistemas de câmeras inteligentes com IA se tornarão essenciais, transformando a indústria leiteira nos próximos anos.

Então, qual tecnologia de câmera com IA escolher?

Como sempre, escolha aquela respaldada por alguém com recursos financeiros robustos, pergunte sobre o suporte à instalação e serviço e obtenha os nomes e telefones de clientes atuais que você possa contatar. Nada funciona melhor do que conversar com outros produtores para descobrir a realidade. Mas não espere. A IA é a tendência com maior potencial para transformar as fazendas leiteiras.  (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela equipe MilkPoint)


Informação e tecnologia na agricultura têm impacto na preservação dos solos

O solo é um recurso natural que sustenta a flora e a fauna, o armazenamento da água e as infraestruturas. Além de ser um meio insubstituível para a agricultura, é também um componente vital do agroecossistema no qual ocorrem processos e ciclos de transformações físicas, químicas e biológicas.

O conhecimento do solo é importante para diversas áreas de atividade e isso requer que os atores no desenvolvimento agrícola e na preservação ambiental tenham as noções e as habilidades para identificar os diferentes tipos de solos e as limitações de uso agrícola, objetivando seu uso mais racional, economicamente viável e ambientalmente sustentável. Quando mal manejado, ocorre a degradação do ecossistema.

O Rio Grande do Sul apresenta grande variedade de solos, consequência da complexidade da sua formação geológica e da ação climática ao longo do tempo.

Em diversas regiões do Estado, a compactação do solo por pisoteio de animais ou tráfego de máquinas tem prejudicado a infiltração de água e o crescimento das raízes, especialmente em culturas como a soja. Para mitigar esses efeitos, os agricultores adotam práticas como a rotação de culturas e o uso de plantas de cobertura, que ajudam na descompactação do solo e na manutenção de sua estrutura.

Conforme Rafael Goulart Machado, extensionista da Emater/RS-Ascar em Coxilha, quando se trabalha com plantas de cobertura, optamos, nesta época do ano, por gramíneas de verão, que podem ser cultivadas após a cultura da soja, como estratégia para uma melhor estruturação do solo.

Além de práticas de manejo, a adoção de bioinsumos tem se destacado como uma alternativa sustentável para a agricultura. Esses insumos biológicos, como os fixadores de nitrogênio e microrganismos controladores de pragas, contribuem para a redução do uso de fertilizantes químicos e inseticidas.

Além disso, a metilobactéria simbiótica, que auxilia no aproveitamento do nitrogênio, é um exemplo de inovação que potencializa a produtividade das culturas com menor uso de adubos nitrogenados. Essas tecnologias estão impulsionando a sustentabilidade da agricultura no Planalto, consolidando a região como um modelo de inovação e eficiência no Brasil. Cada um deles, através de seus mecanismos específicos, contribui para a maior sustentabilidade da agricultura, destaca Machado. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar)

Teor de etanol anidro na gasolina deve subir a 30% e elevar preços

Em 2025, consumo de biocombustível deve crescer, mas produção tende à estabilidade

Previsto na lei do Combustível do Futuro, o aumento do teor de etanol anidro na gasolina acima dos atuais 27% deve se tornar uma realidade já em 2025. Os testes das montadoras serão feitos no primeiro trimestre, e a indústria espera que eles já permitam um aumento da mistura para 30% a partir de abril, o que elevaria a demanda potencial pelo anidro em 1,2 bilhão a 1,4 bilhão de litros em um ano, segundo especialistas.

Considerando também um aumento natural do consumo de combustíveis do ciclo Otto (usados em veículos leves), esse incremento adicional da demanda por etanol não deve ser acompanhado de crescimento na produção. Isso significa aumento dos preços do biocombustível no próximo ano.

“Vamos ver preços médios 10% acima do preço médio desta safra”, estima Pedro Paranhos, CEO da Evolua Etanol, joint venture entre Copersucar e Vibra e líder na comercialização do biocombustível no país.

Na previsão da consultoria StoneX, o teor de 30% representa já um acréscimo de 1,04 bilhão de litros para o ano de 2025, se a mudança for implementada em abril. Dentro do período da safra sucroalcooleira (2025/26), de abril a março, o incremento no consumo de etanol anidro pode chegar a 1,4 bilhão de litros, projeta Paranhos.

O teor do aumento de mistura ainda depende dos testes, que serão conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) entre janeiro e fevereiro. Os testes serão patrocinados pelos produtores de etanol e servirão de base para o Ministério de Minas e Energia (MME) recomendar a nova mistura para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), conforme definido pela Pasta na última semana. A lei do Combustível do Futuro prevê que o aumento da quantia de etanol ocorra de forma gradual, até 35%, a depender dos testes.

Ciclo Otto
Mas o consumo total de etanol anidro deve crescer ainda mais no próximo ano, considerando-se as projeções de mais um período de aumento do consumo de combustíveis do ciclo Otto — embora menos aquecido do que em 2024. “Neste ano, já surpreendeu o movimento do ciclo Otto, relacionado ao crescimento robusto do PIB e ao crescimento da frota. Para o ano que vem, voltamos a patamares [de crescimento] mais regulares”, avalia Paranhos.

Esse retorno ao normal deve representar um crescimento de 2,5% no consumo, segundo o executivo. Já Martinho Ono, presidente da trading de etanol SCA, avalia que o aumento do ciclo Otto deve ficar mais próximo de 2%, dada o impacto da inflação.

Oferta
O cenário para a oferta de etanol na próxima safra ainda é incerto. As perspectivas para a safra de cana variam muito de região para região do país, já que algumas áreas de canaviais foram mais impactadas pela seca e pelos os incêndios que outras.

O que é certo é que haverá mais produção de etanol de milho com o início da operação de novas usinas e aumentos de capacidades. “Deve haver um equilíbrio [entre oferta e demanda] com as capacidades novas de etanol de milho”, avalia Pierre Santoul, diretor da Tereos Brasil. Para ele, a moagem de cana deve ser no máximo igual à da safra atual se o clima no verão for “muito bom”.

Ainda que as chuvas favoreçam uma recuperação mais vigorosa dos canaviais, as usinas já fixaram boa parte das exportações de açúcar, e deverão ter menos flexibilidade para aumentar a produção de etanol. A saída deverá ser produzir menos etanol hidratado para atender à demanda pelo anidro, apertando a oferta do biocombustível que é utilizado diretamente nos tanques .

Para a StoneX, que estima um crescimento de 1,7% no consumo do ciclo Otto em 2025, a gasolina deve ganhar competitividade perante o etanol hidratado e ter um aumento de 3% no consumo, puxando a demanda pelo anidro.

Veículos elétricos
Por outro lado, a disparada das vendas de carros elétricos neste ano também pode começar a segurar a renovação da frota de veículos com motores a combustão flex, na avaliação de Ono, da SCA.

Em 2023, os veículos flex representaram 83% dos licenciamentos, enquanto os elétricos e híbridos representaram 4,3% do total, segundo os dados mais recentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Neste ano, no acumulado até novembro, a participação dos veículos flex oscilou para 79%, enquanto o conjunto de elétricos e híbridos passou a 6,9% dos licenciamentos.

Esse movimento reflete o forte crescimento da venda dos elétricos e híbridos, que até novembro mais que dobrou em relação a todo o ano de 2023, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). “Mas a frota nacional ainda é predominantemente a combustão”, ressalta Ono. (Globo Rural via Valor Econômico)


Jogo Rápido

Dólar opera em alta e bate R$ 6,19; BC fará leilão de até US$ 3 bilhões
O dólar opera em alta na sessão desta quinta-feira (26), conforme investidores aguardavam o resultado do novo leilão anunciado pelo Banco Central do Brasil (BC) para tentar conter a subida da moeda norte-americana. A instituição anunciou que fará um leilão à vista de até US$ 3 bilhões. Os leilões de dólar do Banco Central são uma ferramenta de regulação do mercado de câmbio e servem para aumentar a oferta de dólares disponíveis — o que, em tese, faz a cotação cair. Com o noticiário econômico esvaziado e em uma semana mais curta por conta do Natal, momento em que os mercados ficam fechados no Brasil, investidores voltam as atenções para o mercado internacional. Na Ásia, as autoridades chinesas anunciaram que vão aumentar o estímulo fiscal ao país no próximo ano, tendo concordado em emitir 3 trilhões de iuanes (US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos públicos especiais. Se confirmado, esse será o maior valor já registrado. Já o governo do Japão afirmou nesta quinta-feira (26) que prevê que a produção econômica atingirá capacidade total no próximo ano fiscal, pela primeira vez em sete anos, devido a um mercado de trabalho aquecido. (G1)

 
 

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Porto Alegre, 23 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.291


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1846 de 19 de dezembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção leiteira tem se mantido estável devido à oferta adequada de pasto, garantida pela ocorrência de chuvas. Onde as precipitações foram mais expressivas, a quantidade e a qualidade dos pastos permitiram aos produtores reduzir a proteína na ração, mantendo a energia da dieta e melhorando a rentabilidade da atividade. Durante os períodos mais quentes do dia, os animais seguem em busca de locais frescos e suspendem o pastejo, o que pode prejudicar a atividade. O calor e a umidade também têm favorecido a infestação de carrapato, mosca-dos-chifres e mosca-berneira.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas têm garantido o conforto às matrizes, e as chuvas regulares mantêm os reservatórios abastecidos e as pastagens em bom desenvolvimento, sem problemas com barro, beneficiando a produção de leite. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos bovinos está satisfatória, porém exige o controle permanente de ectoparasitos.

Na de Erechim, a oferta de alimentos conservados diminuiu em função do uso intensivo do pastoreio direto. No entanto, o excesso de umidade nas proximidades dos estábulos aumenta o risco de mastite e problemas de casco. 

Na de Frederico Westphalen, as espécies anuais de verão, como capim-sudão, estão em ponto de pastejo. Já o milheto e as gramas apresentam bom desenvolvimento, com pequenos ataques de lagarta e cigarrinha.

Na de Ijuí, houve aumento na incidência de mosca-dos-chifres e início de infestação por carrapato em função do calor e da umidade. 

Na de Santa Maria, as pastagens de verão estão em excelentes condições de pastejo. Os produtores seguem monitorando e controlando populações de mosca e carrapato. 

Na de Santa Rosa, muitos produtores intensificaram o fornecimento de silagem, pré-secado e feno no cocho para garantir a ingestão de alimentos. 

Na de Soledade, há oferta satisfatória de pastagens de verão para o gado leiteiro devido às chuvas regulares, à umidade do solo, à radiação solar e às temperaturas adequadas, apesar de alguns períodos de frio atípico. (Emater/RS editado pelo Sindilat)


Boletim do Copaaergs traz orientações técnicas para cultivos durante o verão de 2025

O prognóstico climático para os meses de janeiro, fevereiro e março 2025 indica chuvas entre normal a ligeiramente abaixo da média no Rio Grande do Sul, especialmente no mês de fevereiro. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Valores registrados na primeira quinzena de dezembro indicam anomalias frias na área Central do Pacífico e a possibilidade de leve resfriamento, o que pode levar a evolução para a ocorrência de um fenômeno La Niña de fraca intensidade próximo trimestre.

Para janeiro e março, volumes acima da média podem ocorrer nas áreas mais a Norte e Nordeste e Litoral Norte do Rio Grande do Sul, com volumes um pouco abaixo nas demais áreas do Centro para o Oeste do estado. Estiagem e tempo mais seco são possíveis, especialmente em fevereiro e parte de março, entre a área que vai da Campanha, Oeste, Noroeste e Centro do estado.

Clima de verão será marcado pela variabilidade entre os meses, com chuvas localizadas e temporais mais frequentes no Norte - Nordeste e extremo Sul do estado, enquanto que nas outras áreas pode haver períodos mais prolongados de tempo relativamente seco, especialmente do Centro para o Oeste-Sudoeste do estado.

As temperaturas do ar no trimestre ficam acima da média, especialmente na metade Norte do estado. Variam de normal a ligeiramente acima da média entre janeiro e fevereiro, com eventuais passagens de frente frias e incursões de ar frio que amenizam as temperaturas, especialmente na metade Sul. Maior aquecimento do ar é esperado entre fevereiro e especialmente no mês de março de 2025.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período. Acesse aqui (SEAPI)

Cuidados no período de transição aumentam saúde e produtividade de vacas leiteiras

Especialista destaca dieta balanceada e ambiente adequado como fatores essenciais

Nesta semana, no quadro Raio-X da Pecuária, o zootecnista Rafael Cardenas falou sobre os cuidados cruciais para o bom desenvolvimento da saúde e da produtividade do rebanho durante o período de transição das vacas leiteiras. Nessa fase, as vacas enfrentam diversos desafios, e fatores de bem-estar, como conforto e ventilação, podem ser essenciais para determinar a qualidade do leite. A jornalista Pryscilla Paiva conversou sobre o assunto com o profissional no telejornal Mercado & Companhia.

Rafael explicou que o período de transição é caracterizado pelas três semanas que antecedem o parto e pelas três semanas após o parto, na transição do período seco — quando a vaca não está produzindo leite — para o início da lactação. “É um período em que o animal passa por diversas mudanças, sejam elas hormonais ou metabólicas. Quando o animal começa a produzir leite, aumenta muito a exigência por alguns nutrientes”, disse.

Segundo o zootecnista, minimizar os impactos desse período pode afetar diretamente a saúde e a produtividade dos animais. Uma dieta balanceada com os nutrientes necessários pode evitar diversos problemas.

Cardenas também ressaltou que o ambiente onde os animais passam esse período precisa atender a alguns aspectos, como espaçamento de coxo adequado, sombra e ventilação. “Estratégias como banho e ventilação desses animais são importantes, inclusive no momento em que a vaca ainda não está produzindo leite. Esses 21 dias que antecedem o parto requerem o controle da temperatura do ambiente para manter a temperatura do animal sob controle”, concluiu. Assista aqui. (Canal Rural)


Jogo Rápido

Exportações de produtos lácteos pela Rússia aumentam, inclusive para a China
As exportações de produtos lácteos alcançaram US$ 370 milhões nos primeiros onze meses de 2024, um aumento de 20% na comparação interanual, de acordo com o Centro AgroExport do Ministério da Agricultura, com base em dados do site interfax.com. Mais de 30% do faturamento foi obtido com as exportações de queijos e queijo cottage, 22% de produtos lácteos fermentados, 14% de sorvetes, 11% de leites em pó, 9% de leite e creme e 6% de soro de leite em pó. Em termos de volume as indústrias de laticínios russas exportaram 31.000 toneladas de leite e creme no período, 9% a mais em relação ao ano anterior. (Terra Viva)

 
 

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Porto Alegre, 20 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.290


Setor lácteo trabalha por retomada da produção em 2025

O setor lácteo pretende abrir 2025 com uma pauta coletiva de enfrentamento dos entraves do segmento. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Guilherme Portella, ela inclui o fortalecimento do programa Leite Mais Saudável a liberação dos recursos do Fundoleite para a expansão de projetos técnicos e reconstrução de rebanhos e propriedades atingidas pelas águas. “Acredito em um 2025 de retomada da produção e aumento da competitividade. Juntos também vamos atuar pela conscientização dos consumidores sobre a importância do leite e de seus derivados em uma dieta nutritiva e saudável”, destacou.

O desafio foi lançado nesta quinta-feira (19/12) durante evento em Porto Alegre (RS). Na presença de representantes do Estado, deputados, diretoria e associados, Portella assinalou que o setor acredita na qualificação no campo e na indústria para aumentar a competitividade do leite gaúcho. “O ano que termina nos ensinou o valor da união. Ela será nosso guia para viabilizarmos margens de rentabilidade que permitam uma renda mais estável no campo e na indústria. E aqui convido os produtores a se unirem a esse bloco que não existe sem a força que vem das propriedades”, assinalou o presidente.

Premiação entregue
Os trabalhos de Lívia Araújo, Cleyton Vilarino e Carina Venzo Cavalheiro são os vencedores da 10ª Edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. As publicações são nas categorias Impresso (Jornal do Comércio), On-line (Globo Rural) e Eletrônico (Emater/Ascar) e foram reconhecidas no evento.

No ano em que o prêmio completa uma década, a jornalista e editora de Rural do jornal Correio do Povo, Nereida Vergara, recebeu uma distinção especial por acumular a maior pontuação nas conquistas ao longo da premiação. “Acho uma grande honra ser a maior ganhadora do prêmio até aqui. Confesso que acho a cadeia leiteira apaixonante e adoro aprender cada detalhe da produção à industrialização. Fiquei emocionada”, disse a jornalista.

Os primeiros colocados na premiação receberam troféu, certificado e celular iPhone, enquanto os segundos e terceiros lugares foram agraciados com troféus e certificados. Ao todo, foram 42 trabalhos disputando as três categorias. Confira abaixo a lista dos vencedores.

Entregue a edição 2024 do Prêmio Destaques
Durante a celebração que lotou o salão do Hotel Plaza São Rafael, o Sindilat/RS também entregou a edição 2024 do Prêmio Destaques, reconhecendo personalidades e instituições que contribuem para o desenvolvimento do setor lácteo no Rio Grande do Sul.

Os homenageados foram: Tetra Pak; Nei César Mânica, presidente da Cotrijal; Cláudio Bier, presidente do Sistema FIERGS; Frederico Antunes, líder do governo na Assembleia Legislativa; Adolfo Brito, presidente da Assembleia Legislativa; Pedro Maciel Capeluppi, secretário da Reconstrução Gaúcha; Vilson Covatti, secretário estadual de Desenvolvimento Rural; Clair Kuhn, secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação; Eduardo Cunha da Costa, procurador-geral do Estado; Guilherme Comiran, auditor-fiscal da Receita Estadual; Milene Cristine Cé, auditora-fiscal Federal Agropecuária do Ministério da Agricultura; João Edegar Pretto, presidente da Conab; e Reginaldo Lopes, deputado federal.

Confira os vencedores do 10º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo
IMPRESSO
1º Lugar: Lívia Araújo. Queijos artesanais gaúchos conquistam novos mercados. Jornal do Comércio
2º Lugar: Itamar Antonio Pelizzaro. Exemplo que inspira o futuro nos tambos. Correio do Povo
3º Lugar: Ana Esteves. Enchentes acirram crise do setor leiteiro no Rio Grande do Sul. Jornal do Comércio

ON-LINE
1º Lugar: Cleyton Vilarino. Conheça o pastoreio rotatínuo, sistema que auxilia na rentabilidade leiteira. Globo Rural
2º Lugar: Itamar Antonio Pelizzaro. Jovens assumem protagonismo para futuro tecnológico no setor leiteiro. Correio do Povo
3º Lugar: Elstor Hanzen. Superação do descompasso entre desenvolvimento e sustentabilidade é liderada por cooperativas. Extra Classe

ELETRÔNICO
1º Lugar: Carina Venzo Cavalheiro. Casal de Soledade mostra a bovinocultura de leite como meio para realizar sonhos. Emater/RS-Ascar
2º Lugar: Eliza Maliszewski. Leite: calculadora virtual ajuda produtores gaúchos a planejar preços. Canal Rural
3º Lugar: Eduardo Amaral e Lucas Rivas. Indústria láctea gaúcha resiste após enchentes e projeta crescimento. Agrolink


Conseleite/PR projeta variação de -0,89% no valor de referência do leite entregue em dezembro a ser pago em janeiro. 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 17 de Dezembro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Novembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Dezembro de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Dezembro de 2024 é de R$ 4,4451/litro.

As informações são do Conseleite Paraná.

Conseleite/SC projeta variação de -0,9762% no valor de referência do leite entregue em dezembro a ser pago em janeiro. 

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Dezembro de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Novembro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Dezembro de 2024.

Períodos de apuração

Mês de Novembro/2024: De 04/11/2024 a 01/12/2024
Parcial Dezembro/2024: De 02/12/2024 a 15/12/2024
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

As informações são do Conseleite Santa Catarina.


Jogo Rápido

Alternância entre tempo seco e chuva marcará semana do Natal no RS
A previsão para a próxima semana no Rio Grande do Sul aponta para um cenário de variações no tempo, com alternância entre períodos secos e a possibilidade de chuvas isoladas em diferentes regiões. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 51/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).Sábado (21/12): a atuação dos jatos de baixos níveis, correntes de vento que transportam calor e umidade da Amazônia para o sul do país, estará concentrada na divisa entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, juntamente com o avanço de um anticiclone migratório sobre o estado. Essa configuração favorecerá a formação de nuvens e a ocorrência de chuvas, inicialmente no sul do estado, que, ao longo do sábado e do domingo, avançarão em direção ao nordeste, trazendo nebulosidade e possibilidade de precipitações para o restante do território gaúcho. Domingo (22/12): a chegada de uma massa de ar frio deverá proporcionar um alívio nas temperaturas em relação aos dias anteriores, marcando o tempo com temperaturas amenas em todo o estado. Segunda-feira (23/12): a nebulosidade deverá permanecer sobre grande parte do território gaúcho, com possibilidade de chuvas de baixo volume, especialmente nas áreas próximas ao litoral. Terça-feira (24/12): o sistema responsável pela presença de nuvens nos dias anteriores finalmente se afastará, mas, ao longo do dia, um cavado se formará no oeste do estado, gerando chuvas em áreas entre o oeste e o norte do RS. Esse sistema deverá avançar e atingir as demais regiões ao longo da quarta-feira (25/12). Os prognósticos para os próximos sete dias indicam a ocorrência de chuvas que podem chegar até volumes moderados sobre o estado. O Norte do estado será o mais afetado, oscilando em valores entre 20 mm até 100 mm. Entre o Centro e Sul do RS, os volumes devem ficar entre 5 mm até pontos com acumulados de 50 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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Porto Alegre, 19 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.289


Desaceleração de consumo na China mostra urgência de novos estímulos

O crescimento das vendas no varejo na China desacelerou inesperadamente em novembro, aumentando apenas 3% na comparação com o mesmo mês do ano passado

O crescimento das vendas varejistas na China ficou abaixo do esperado e perdeu força em novembro, apesar dos sinais de melhora no mercado imobiliário, o que reforça a urgência para Pequim promover mais estímulos para encorajar os consumidores a gastar.

As vendas no varejo aumentaram 3% ao ano em novembro, o menor crescimento em três meses e abaixo do piso das previsões dos analistas. A produção industrial manteve o ímpeto e cresceu 5,4%, com o lado da manufatura da economia ainda superando os gastos dos consumidores.

“Os dados mostram que a recuperação da demanda interna continua lenta, enquanto a estabilização da produção industrial provavelmente se deve a uma certa antecipação de encomendas antes das tarifas dos EUA e não é sustentável”, disse Michelle Lam, economista do Société Générale.

O índice CSI 300, referencial de ações da China, fechou em baixa de 0,54% nesta segunda-feira (16). O rendimento dos títulos de dívida referenciais de dez anos caiu 6 pontos-base no dia, para 1,72% ao ano, o menor patamar na história. O yuan ficou estável.

Os dados divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas da China nesta segunda-feira (16) reforçam a necessidade do governo de reacender a disposição dos consumidores para gastar, ainda mais após a reeleição de Donald Trump como presidente dos EUA. A ameaça de uma nova guerra comercial pode reduzir o papel das exportações como motor de crescimento da China, depois de terem sustentado quase 25% da expansão econômica em 2024.

Na semana passada, as autoridades chinesas colocaram o estímulo ao consumo como prioridade para seu trabalho econômico do próximo ano — a segunda vez que o fazem em dez anos. Embora tenham divulgado algumas das questões que estarão em foco, como a ajuda a grupos de baixa renda e a melhora da rede de segurança social, as autoridades deixaram os investidores incertos sobre a escala e os detalhes dos planos.

O fraco desempenho das vendas varejistas mostrou os limites da iniciativa governamental de estímulo ao consumo por meio de subsídios à compra de eletrodomésticos e carros. Embora as vendas dessas categorias tenham se mantido fortes em novembro, vários outros bens de consumo discricionários caíram.Os produtos cosméticos encabeçaram o declínio com uma queda de 26% nas vendas na comparação anual. Vestuário, joias, bebidas e tabaco e álcool também tiveram recuos.

“A fraqueza persistente na atividade indica a necessidade de mais apoio das políticas governamentais. Declarações de intenção firmes do Politburo e da Conferência Central de Trabalho Econômico sinalizam a iminência disso”, disseram Chang Shu e Eric Zhu, da Bloomberg Economics.

Fu Linghui, porta-voz do Agência Nacional de Estatísticas, atribuiu parte da desaceleração ao fato de o festival de compras on-line do Dia dos Solteiros — tradicionalmente realizado em 11 de novembro — ter ocorrido mais cedo neste ano, em outubro, o que reduziu as vendas em novembro.

“Observando as vendas totais no varejo em outubro e novembro, ainda foram significativamente melhores do que no terceiro trimestre”, disse Fu, em entrevista coletiva em Pequim. “Mas o impulso interno do crescimento do consumo ainda precisa ser fortalecido.”

As autoridades prometeram expandir o programa de subsídios, mas economistas alertam para o caráter temporário dos efeitos, uma vez que consumidores não tendem a repetir compras de produtos de alto valor com frequência.  O governo tem resistido a propostas de economistas nos últimos anos, de fazer uma distribuição direta de dinheiro aos consumidores, com o presidente da China, Xi Jinping, chegando a advertir que não se deve cair na armadilha do “assistencialismo”.

“O grande quadro continua sendo o desequilíbrio entre oferta e demanda, o que ainda sinaliza um panorama deflacionário”, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior para a China no Australia & New Zealand Banking Group Ltd.

Outros destaques dos dados: O investimento em ativos fixos aumentou 3,3% nos primeiros 11 meses do ano, em comparação ao mesmo período de 2023, abaixo do ritmo de janeiro a outubro.

O índice de desemprego manteve-se em 5%, igual ao de outubro.

O investimento imobiliário diminuiu 10,4% no período, ligeiramente pior à queda de 10,3% nos primeiros dez meses.

Os dados decepcionantes do consumo ofuscaram sinais de melhora no assolado mercado imobiliário. Em novembro, a queda nos preços diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, reflexo dos estímulos adotados no fim de setembro, como a redução de impostos relacionados a transações.

Em novembro, as vendas de imóveis cresceram em termos anuais pela primeira vez desde a reabertura da economia no primeiro trimestre de 2023, após os lockdowns da pandemia de covid-19, de acordo com cálculos da Bloomberg Economics baseados em dados oficiais. Em área vendida, houve aumento de 2,7% em comparação a novembro de 2023, na sequência de uma queda de 1,8% em outubro.

O crescimento da produção industrial tem superado as vendas no varejo desde a pandemia, mas isso pode não ser sustentável como motor para a economia, já que o foco da China na manufatura tem levado os EUA e a União Europeia a acusarem o país de inundar seus mercados com produtos baratos.

A desaceleração na expansão econômica no trimestre passado, a mais fraca desde o início de 2023, levou as autoridades a promover cortes maiores do que os usuais nos juros e a apoiar o mercado imobiliário e o de ações. As autoridades também lançaram um programa de troca de títulos de US$ 1,4 trilhão para limitar o risco dos governos locais com suas dívidas e liberar espaço fiscal para promover a expansão.

Nos últimos meses, todas as esferas de governo aceleraram a emissão de títulos, com o financiamento líquido obtido superando a marca de 1 trilhão de yuans (US$ 138 bilhões) por quatro meses seguidos até novembro.  A China prometeu elevar a captação e os gastos públicos em 2025 como forma de estimular a demanda, mas o tamanho do aumento deverá ser modesto, sem a agressividade necessária para reverter a persistente deflação e a queda na confiança.

Os números das vendas varejistas chinesas mostram que a demanda privada continua frágil e que estímulos “priorizaram as aparências, em vez de entregar melhorias econômicas significativas”, disse Charu Chanana, estrategista-chefe da Saxo Markets. 

Isso significa que o governo “precisa adotar mais medidas fiscais direcionadas para ajudar a aumentar a confiança das empresas e dos consumidores". "Mesmo para uma recuperação tática, precisamos de mais, após uma série de largadas em falso e diante do risco à frente de tarifas”. (Valor Econômico)


Primavera deste ano apresentou condições melhores para conforto animal na produção leiteira

A primavera de 2024 apresentou condições melhores que dos anos anteriores para o conforto térmico animal. A conclusão vem das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometeorológico 79 - Especial Biometeorológico Primavera 2024, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).

“A primavera deste ano foi menos chuvosa que a de 2023, embora com altas temperaturas do ar e umidade relativa alta”, complementa a pesquisadora Loana Cardoso, uma das autoras da publicação. 

O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. 

Situações de estresse térmico calórico para vacas leiteiras foram observadas principalmente no mês de novembro. “No período, 41% das horas avaliadas propiciaram desconforto térmico aos animais. Situações de estresse leve a moderado foram identificadas, em média, durante 23,6% do trimestre”, destaca Loana. 

As regiões do Vale do Uruguai, do Baixo Vale do Uruguai e Depressão Central, além de Ibirubá, Teutônia, São Luiz Gonzaga, e Uruguaiana, foram as que apresentaram maiores valores de estresse térmico, sendo superiores a 40% de horas avaliadas.

O potencial de queda de produção diária de leite devido às condições meteorológicas ocorridas na primavera de 2024 foram mais elevadas em vacas de maior produção. A variação foi de 13,8% a 32% ao longo do trimestre, especialmente nas regiões de Porto Vera Cruz (Vale do Uruguai) e São Luiz Gonzaga (região Missioneira). 

“Nestes locais, os produtores rurais tiveram que ficar atentos às possíveis situações de estresse térmico a que os animais ficaram expostos, com os maiores declínios de produção de leite estimados, para evitar prejuízos econômicos na atividade leiteira”, conclui a pesquisadora.

A publicação é uma iniciativa do Grupo de Estudos em Biometeorologia, constituído por pesquisadores e bolsistas das áreas da Agrometeorologia e Produção Animal. O Comunicado Agrometeorológico Especial - Biometeorológico tem publicação trimestral e está disponível na seção de Agrometeorologia da Seapi: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)

Leite/Europa: O preço da manteiga no varejo continua subindo na UE

O mais recente relatório World Quotations of Dairy da Comissão Europeia mostrou que os preços da manteiga na última semana encerrada em 24 de novembro de 2024 estão 44% acima do valor registrado na semana correspondente do ano passado. 

O leite em pó desnatado (SMP), ao contrário, está com a cotação 3% inferior em relação à mesma semana de 2023. Os preços do leite em pó integral (WMP) registraram 13% de aumento no período de um ano. 

O Ministério do Meio Ambiente, Alimentação e Agricultura do Governo britânico publicou os preços do leite e as estatísticas sobre a composição do leite para o mês de outubro. 

O preço médio do leite pago ao produtor no Reino Unido (RU), em outubro de 2024 foi de 45,17 por litro, [R$ 3,43 o litro], 4,6% acima do valor de setembro de 2024 e 22% maior em relação à media de outubro de 2023. 

O volume de leite produzido em outubro de 2024 foi de 1.217 milhões de litros, um aumento de 
5,7% em relação a setembro de 2024. O teor médio de manteiga e de proteína foi de 4,4% e 3,47%, respectivamente. De acordo com dados da Associação ZMB Dairy World consultados pelo USDA, os preços da manteiga no varejo da Alemanha continuaram subindo em outubro.

Uma pesquisa mostrou que o preço médio do pacote de 250 gramas de manteiga de marca da 
indústria era de € 2,40, 29 centavos a mais do que no mês anterior. A média de preço de marcas da distribuição foi de € 2,37. 

O preço garantido de uma grande cooperativa de laticínios europeia, [FrieslandCampina], para o mês de dezembro foi de € 57,35 por 100 kg. O aumento foi atribuído às mudanças do mercado mundial. 

Na terça-feira, antes de uma reunião de governo, o Primeiro ministro polonês anunciou que o país é contra o acordo de livre comércio da União Europeia com o Mercosul (UE-Mercosul) na sua forma atual. 
Também as autoridades sanitárias da Polônia confirmaram os primeiros casos de língua azul no país. Os casos foram detectados em gado de corte em uma fazenda no sudoeste da Polônia. O rápido aumento dos preços de alguns produtos lácteos no varejo, fez com que o governo russo iniciasse uma investigação sobre a formação dos preços de laticínios. As estatísticas mais recentes publicadas pelo Serviço Estatal Russo de Estatísticas, em novembro, relata que os preços da manteiga no varejo estão aproximadamente 30% acima dos valores de dezembro de 2023. 

As condições de seca severa persistem no Mediterrâneo, Balcãs e região do Mar Negro. O Indicador de Seca (CDI) emitiu sinal de alerta para as condições de seca na Lituânia, leste da Polônia e dos Balcãs, Bielorrússia, centro leste da Ucrânia e sul da Rússia. 

Relatório USDA Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Para onde vai o dólar em 2025?
Ano recheado de incertezas internas e externas tornam ainda mais difícil projetar o rumo da moeda. Veja as projeções de especialistas e o que pode influenciar na cotação do câmbio no ano que vem. O dólar tem grandes chances de encerrar o ano com valorização de mais de 25% ante o real, comparável ao desempenho do índice de ações das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, que caminha para encerrar 2024 com alta de 28%, com um grande impulso das inovações trazidas pela inteligência artificial. Neste mês, a moeda americana renovou recordes, e chegou a tocar a cotação de US$ 6,20 com o aumento da percepção de risco do Brasil. E para onde deve caminhar a moeda americana em 2025? O ano é povoado de incertezas, o que torna mais difícil do que já é projetar para onde vai o dólar. Mas, segundo a mediana das estimativas do último Relatório Focus, do Banco Central (BC) divulgado no dia 16 de dezembro, a moeda deve chegar a R$ 5,85 no final do ano que vem. (Valor)

 
 

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Porto Alegre, 18 de dezembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.288


Câmara aprova texto-base do projeto de lei complementar do pacote fiscal

Parlamentares ainda precisam analisar emendas ao texto, os chamados 'destaques', o que deve ocorrer nesta quarta-feira

Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (17) o texto-base do projeto de lei complementar (PLP) do pacote fiscal por 318 votos a 149 – 61 a mais do que o necessário para que fosse votado. Os parlamentares ainda precisam analisar emendas ao texto, os chamados "destaques”, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidiu adiar adiar para quarta-feira (18) essa etapa

A versão aprovada foi a do deputado Átila Lira (PP-PI), relator do projeto, que desidratou parte das medidas propostas pela equipe econômica do governo Lula (PT). Apenas os partidos de oposição, PL e Novo, se posicionaram contra a proposta.

Ele retirou do projeto os artigos que permitiam à União limitar o uso de créditos tributários por parte das empresas, caso o governo federal registrasse déficit primário a partir de 2025. Esses créditos são usados pelas empresas para abater impostos devidos. 

“Esta questão vai de encontro aos contribuintes que já realizaram o seu planejamento tributário, dentro da legalidade, com base nesses valores”, escreveu o relator. A limitação dos créditos era o ponto mais polêmico do texto.

O parlamentar lembrou que o governo já tentou, no ano passado, impedir que créditos de Pis/Cofins pudessem abater tributos devidos de outra natureza, como previdenciária. A medida provisória, contudo, foi devolvida pelo Congresso Nacional, o que, segundo o relator, “demonstra a discordância do Parlamento em relação a esta temática”.

O relator também mudou um artigo do projeto para deixar claro que o superávit financeiro dos fundos públicos que será liberado apenas poderá ser usado para abater a dívida pública.

Conforme mostrou o Valor, a redação enviada pelo Executivo previa aplicação livre desse superávit, o que permitiria que o dinheiro fosse usado para pagar despesas primárias ou ser emprestado a bancos públicos. Ao todo, esses oito fundos tinham um saldo positivo de R$ 39 bilhões em 2023.

Em uma mudança de última hora no plenário, no entanto, o parecer excluiu três fundos dessa liberação. Ele retirou os fundos Nacional Antidrogas, da Marinha Mercante e de Aviação Civil porque “seus recursos são utilizados para importantes investimentos”.

Incentivos e salários
O projeto também proíbe a prorrogação, concessão e ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária se o governo federal registrar déficit primário de 2025 em diante. A vedação valerá para o ano seguinte ao em que for verificado rombo nas contas públicas.

Se houver déficit, o governo também ficará proibido de gastar com pessoal um valor superior à banda inferior do arcabouço fiscal. Isso ainda garantirá um crescimento real (acima da inflação) dos gastos de 0,6% por ano. Ou seja, essa despesa poderá continuar em expansão.

O texto ainda permite que o governo bloqueie os recursos das emendas parlamentares ao Orçamento num montante de até 15% do total. O valor terá que ser equivalente ao bloqueio das despesas discricionárias dos ministérios.
A proposta do governo também enquadra, dentro dos limites do novo arcabouço fiscal (um crescimento real entre 0,6% e 2,5%) os gastos decorrentes de criação ou prorrogação de benefícios da seguridade social pela União.

A volta do DPVAT
A principal discussão no plenário foram os protestos da oposição contra a proposta, incluída em um relatório inicial, de extinguir o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT. O relator recuou num último parecer e manteve a manutenção do seguro, que passará a ser cobrado em 2025.

A oposição protestou e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), propôs tratar do assunto num segundo momento para “aprofundar o debate”.

Lira adia destaques
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a conclusão do projeto de lei complementar (PLP) do pacote fiscal para quarta-feira (18) por causa do horário. Ainda falta a análise de três requerimentos do PL para suprimir ou acrescentar dispositivos ao texto (os chamados “destaques”).

A Câmara aprovou, mais cedo, o texto-base do projeto por 318 votos a 149, após a proposta do governo Lula (PT) ser desidratada pelo relator, o deputado Átila Lira (PP-PI). E rejeitou os cinco destaques de partidos da base para incluir outros assuntos dentro do projeto.

Faltam, agora, três requerimentos do PL. Os deputados decidirão nesta quarta-feira sobre a supressão da possibilidade de bloqueio das emendas parlamentares ao orçamento pelo governo, sobre a extinção do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT, e sobre a obrigação de que o Executivo persiga o centro da meta de resultado primário e não a sua banda mais baixa. (Valor Economico)


GDT 370: preços internacionais voltam a perder força

O preço médio dos produtos negociados no 370º leilão de lácteos da plataforma GDT, voltou a apresentar recuo após uma sequência de altas. Leia mais!

O preço médio dos produtos negociados no 370º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 17/12, voltou a apresentar recuo após uma sequência de altas. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) passou por uma desvalorização de 2,8% frente ao leilão anterior, atingindo o valor de USD 4.148/tonelada, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Após consecutivas sequências de altas, todas as categorias apresentaram retração nos preços. Nesse cenário, as maiores desvalorizações percentuais ficaram para a categoria do leite em pó integral e para o leite em pó desnatado, que obtiveram, ambas, uma desvalorização de 2,9% no preço médio, sendo negociado na média de US$ 3.890/tonelada, para o leite em pó integral, e US$ 2.757/tonelada, para o leite em pó desnatado.

A muçarela registrou uma queda de 1,8%, sendo negociada a uma média de US$ 4.033 por tonelada, enquanto o queijo cheddar, que também apresentou retração nos preços, teve uma desvalorização de 0,2%, fechando a US$ 4.682 por tonelada. Além disso, a manteiga sofreu uma nova desvalorização de 0,6%, alcançando a média de US$ 6.631 por tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 17/12/2024.

No segundo leilão do mês de dezembro, o volume negociado apresentou queda. Com um total de 32.120 toneladas sendo negociadas, houve uma retração de 4,5% em relação ao volume negociado no evento anterior, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Assim como no leilão anterior, em relação aos volumes, a África (que engloba importantes compradores, como Argélia), seguiu aumentando seu volume de compras e sua participação neste último leilão. Além da África, o Sudeste Asiático e a Oceania também aumentaram suas compras no último leilão deste ano. Enquanto, em contrapartida, o Norte da Ásia, região que contempla a China, apresentou um recuo nas suas compras quando comparado ao leilão anterior, apesar de ainda ter se mantido como a região com maior participação de compradores no leilão.

No mercado futuro de leite em pó integral da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, os contratos atuais seguem apontando para um aumento nos preços em relação aos valores registrados nos meses anteriores para contratos com vencimentos nos mesmos períodos. Conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e do Uruguai, países que historicamente praticam preços acima do Global Dairy Trade (GDT), em grande parte devido à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que impõe tarifas de quase 30% sobre importações de fora do bloco.

Apesar dos recuos nos resultados do último leilão GDT de 2024, os patamares dos preços internacionais permaneceram elevados, mantendo reduzida a diferença de competitividade entre os produtos do Mercosul e os de outros grandes exportadores globais. Como resultado, assim como havíamos comentado nos textos anteriores, os lácteos da Argentina e do Uruguai têm se tornado mais atrativos para diversos países importadores, aumentando a concorrência de outros países importadores com o Brasil pelas exportações regionais.

Paralelamente, a taxa de câmbio R$/dólar, que permaneceu em patamares máximos históricos, seguiu reduzindo o poder de compra dos importadores brasileiros. Nesse contexto, espera-se uma possível redução no volume importado nos próximos meses, à medida que os impactos do câmbio e da competitividade global se tornam mais evidentes.

Conheça a Valda, primeira vaca tokenizada do Brasil

Tecnologia transformou animal em garantia para o produtor rural, facilitando o acesso a crédito em instituições financeiras

"Mora" na Fazenda Capão da Imbuia, em Carambeí, no interior do Paraná, a primeira vaca tokenizada do país. Chamada Valda, o animal da raça holandesa virou mais do que "colega de trabalho" do produtor William Vriesman com a nova tecnologia no negócio. Transformou-se também em uma garantia digital na hora de acessar créditos rurais em instituições financeiras.

— Com a tokenização, conseguimos demonstrar que nossos animais cedidos em garantia estão saudáveis, bem cuidados, bem alimentados, se movimentando naturalmente, livres de desconfortos térmicos — explica Emerson Vriesman, um dos filhos do proprietário da fazenda, que viu na tecnologia blockchain e no monitoramento inteligente uma oportunidade para liderar essa transformação.

Até então, usar animais como garantia era uma dificuldade pela difícil comprovação que a instituição financeira tinha, contextualiza Luiz Caldas Milano Junior, cofundador e diretor comercial da Simple Token, que forneceu a tecnologia:

— Sem uma garantia importante, o produtor terá mais juro, mais risco da operação e um valor menos acessível.

A tecnologia foi implementada na propriedade pela startup de Milano Junior, de Florianópolis, que trabalha com blockchain e tokenização. Ou seja, transforma a representação de um ativo em digital e em blocos, que são entrelaçados entre si, permitindo que tudo fique registrado de forma segura e imutável.

Mas a tokenização só foi possível graças às coleiras inteligentes da agtech COWMED, de Santa Maria, que monitoram a saúde e o bem-estar das vacas em tempo real, utilizando IoT (Internet das Coisas) e inteligência artificial, na propriedade.

O próximo passo agora é expandir para outras propriedades e Estados, incluindo o Rio Grande do Sul. E, à coluna, a Simple Token adiantou que já há negociações. (Zero Hora)


Jogo Rápido

SEGUNDA PARCELA: Injeção com 13° será de R$ 125 bi
A economia brasileira deverá receber uma injeção de R$ 125,6 bilhões com o pagamento da segunda parcela do 13° salário. A estimativa da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é 4,8% superior aos R$ 119,8 bilhões pagos no ano passado. Segundo a pesquisa da CNC, que analisou a intenção de consumo, a maior parte, R$ 44,1 bilhões, ou 35%, deverá ser gasta com compras de fim de ano. Os setores mais beneficiados deverão ser vestuário e calçados (80%), livrarias e papelarias (50%) e lojas de utilidades domésticas (33%). (Correio do Povo)