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Porto Alegre, 03 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.491

 

Atualizações do Riispoa são tema de reunião no Mapa
 
Estabelecimentos terão até um ano para adequar-se a questões que surgiram com o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). Dados sobre o novo decreto, publicado no Diário Oficial da União, no dia 30 de março desse ano, foram apresentados em reunião na manhã dessa quarta-feira (03/05), no auditório da Superintendência do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa), em Porto Alegre. O fiscal federal agropecuário e chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do RS (Sipoa), Leonardo Isolan, e a auditora fiscal federal agropecuária e assessora técnica do Sipoa, Milene Cristine Cé, esclareceram as dúvidas dos 72 representantes de indústrias e de entidades, como Secretaria da Agricultura (SEAPI), a Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil) e a Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL).

O presidente do Sindicato das Indústrias dos Laticínios do RS (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, e o secretário-executivo, Darlan Palharini, acompanharam os debates no encontro. Guerra ressaltou a relevância da reunião para discutir a modernização do Riispoa, que determina questões importantes para o setor das indústrias lácteas. "É o momento de tirarmos dúvidas com os órgãos competentes para podermos continuar fazendo o nosso melhor trabalho", pontua. 

Para a melhor aplicabilidade do novo Riispoa serão necessárias aproximadamente  120 novas regulamentações que determinam, entre outros, questões referentes aos produtos regidos pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF). "É uma novidade não só para os que serão fiscalizados, mas para nós, fiscalizadores, também", afirma Leonardo Isolan. O decreto está dividido em 12 títulos, abordando desde disposições preliminares, no âmbito da aplicação, até as execuções finais e transitórias. De acordo com o fiscal, o antigo decreto estava defasado. "Necessitava-se de algo que pudesse acompanhar uma dinâmica de processo de fabricação de proteína animal", ressalta Isolan, que reforça ainda o fato de que todo estabelecimento que tem SIF está habilitado para exportação aos países que aderem aos critérios brasileiros. "A empresa que deseja exportar deve requerer certificação para a atividade", conclui.

As ações fiscais, como autos infracionais, interdição total ou parcial de processo, apreensão de produto, condenação de produto, suspensão de atividades, entre outras, também foram atualizadas. As infrações são listadas como leves, moderadas, graves e gravíssimas, levando em consideração situações agravantes e atenuantes. Os valores das multas para os autos infracionais vão de R$ 50 mil, no caso das leves, e chegam a R$ 500 mil, quando forem gravíssimas. O decreto antigo tinha limite de valor de multa em R$ 15 mil. A empresa que cometer três desvios gravíssimos dentro do período de um ano sofrerá a cassação do selo SIF.

Um dos pontos destacados por Isolan é a necessidade de regulamentações e aprovações prévias sobre o uso de tecnologias, produtos ou embalagens novas. As empresas devem submeter qualquer item novo às análises laboratoriais e aprovação da fiscalização para, então, registrá-los. Sobre os programas de autocontrole sanitário, o fiscal esclareceu que a responsabilidade de empregá-los será exclusivamente das empresas. "Cabe ao fiscal verificar os procedimentos da empresa, as aplicações e tomar as ações necessárias", finaliza.

Sobre a produção de queijos, Milene Cé esclareceu que, agora, as peças submetidas à maturação deverão conter a data de fabricação na peça, e não mais nas prateleiras ou em outros locais. Essa determinação assegura o controle da data de fabricação e controle de maturação. De acordo com os fiscais, o Sipoa, em conjunto com o Mapa, está elaborando uma cartilha de perguntas e respostas específicas, como questões de transvase, leite cru, e demais orientações, para o melhor entendimento das atualizações do regulamento. O documento será disponibilizado aos associados e o Sindilat ajudará na sua divulgação.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito da foto: Vitorya Paulo

 

 
Fórum Itinerante do Leite ocorrerá em Palmeira das Missões

Palmeira das Missões (RS) será palco de discussão sobre os mitos e as verdades atribuídas ao consumo e a produção de leite no 4º Fórum Itinerante do Leite. O evento será realizado no dia 1º de junho, na Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, em celebração ao Dia Mundial do Leite. O lançamento oficial ocorreu na tarde de terça-feira (2/5), na Câmara Municipal de Vereadores. Na ocasião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirmou que esta edição do fórum será a maior já realizada, com expectativa de 1,5 mil participantes. "Será uma ótima oportunidade de aproximar os produtores, a indústria e a universidade."

O 4º Fórum Itinerante do Leite terá início às 9h, com o painel "Mercado, consumo e inovação". Em seguida, palestrantes e debatedores vão discutir "Gestão, produção e renda". Durante a tarde, a partir das 13h45min, serão disponibilizadas seis oficinas técnicas. As inscrições estarão disponíveis a partir desta quinta-feira (4/5) no site do Sindilat (www.sindilat.com.br). O evento será transmitido ao vivo pelo Canal Rural.

O prefeito de Palmeiras das Missões, Eduardo Freire, que participou do lançamento, acredita que a realização do fórum será importante para a região que, apesar de ser conhecida pela produção de grãos, deve expandir a produção láctea. "Estamos trabalhando em projetos que serão lançados em breve para incentivar a produção de leite e a conscientização dos produtores sobre a importância social do setor", pontuou. Também estiveram presentes o diretor da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Luiz Carlos Cosmam, o secretário de Agricultura de Palmeira das Missões, Olavo José Borges, o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) João Pedro Velho, e da chefe do Escritório da Emater/Palmeira das Missões, Zuleica Magalhães Malheiros.
 
O evento será organizado pelo Sindilat, Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi), Ministério da Agricultura (Mapa), Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato e Canal Rural, e terá apoio do Fundesa. Poderão participar produtores, indústrias, instituições, estudantes, acadêmicos e o público em geral. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Camila Schmitt/ASC/Câmara de Vereadores de Palmeira das Missões   

 
Mais um ano de avanço "tímido" para o longa vida

Após registrar um crescimento de 1,5% no consumo no país em 2016 ¬ abaixo da previsão inicial de 2% ¬, o segmento de leite longa vida espera mais um ano de avanço tímido, nas palavras de Laércio Barbosa, diretor do Laticínios Jussara, que voltou à presidência da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV). No ano passado, o consumo no Brasil alcançou 6,830 bilhões de litros, e a expectativa da entidade, que reúne empresas do segmento, é de aumento de 2% em 2017. Embora pequeno, o crescimento em 2016 ocorreu, em plena crise, a despeito da forte alta dos preços do leite longa vida em meados do ano em função da queda da oferta de matéria-prima. Essa retração da disponibilidade, aliás, acabou estimulando as importações de lácteos (ver infográfico). 

 
 
Segundo Barbosa, uma explicação para o aumento das vendas é que, justamente em decorrência da crise, as pessoas consumiram mais alimentos em casa. Além disso, ainda que o preço tenha subido, o leite longa vida é um produto de valor relativamente baixo, e seu consumo foi menos afetado que o de produtos de maior valor, como iogurtes e queijos. "Produtos mais baratos tiveram melhor resultado na crise", afirma ele. Mas o leite longa vida não passou incólume, admite a ABLV. A alta dos preços do produto no ano passado fez com que alguns consumidores voltassem a comprar o leite pasteurizado. No entanto, a distribuição do pasteurizado é muito menor atualmente do que a que existia no passado. Enquanto o consumo de longa vida cresceu apenas 1,5%, o faturamento no setor subiu expressivos 17,7%, saindo de R$ 15,3 bilhões em 2015 para R$ 18 bilhões ano passado no Brasil. "O preço subiu mais por isso o faturamento do setor cresceu", observa o presidente da ABLV, que reúne 29 associadas no país. 

A estimativa inicial era de um incremento de 15% em 2016. A expectativa para este ano é de que o faturamento nesse mercado "não seja muito diferente" do de 2016, afirma Laércio Barbosa. A razão é que em 2017 os preços estão mais estáveis, uma vez que a oferta de matéria-prima dá sinais de recuperação ¬ em parte, graças aos menores custos de produção e à melhora das cotações ao produtor¬, após dois anos de queda na oferta. Segundo o IBGE, em 2016, a produção inspecionada recuou 3,7%, para 23,169 bilhões de litros. O presidente da ABLV avalia que "a crise piorou" no país, o que afeta o consumo, mas conta com uma recuperação a partir do segundo semestre deste ano. De acordo com ele, o mercado brasileiro de longa vida teve volumes estáveis no primeiro trimestre. E como não há expectativa de escassez de oferta, como em 2016, os preços médios estão mais estáveis, com viés de baixa, o que "deve ajudar na recuperação". Um estímulo para o consumo, acredita o dirigente, deve vir dos recursos das contas inativas do FGTS, que estão chegando aos bolsos dos consumidores. "A expectativa é de que o mercado comece a melhorar com o dinheiro do FGTS, que deve ir para o consumo", aposta ele. (Valor Econômico)

 
Com Emmi, Laticínios Porto Alegre acelera seus planos de crescimento

A entrada da suíça Emmi no capital da Laticínios Porto Alegre Indústria e Comércio S/A vai permitir à empresa mineira, que tem sede em Ponte Nova, acelerar seus planos de crescimento no país, disse ao Valor, João Lúcio Barreto Carneiro, presidente e um dos fundadores da companhia brasileira. Na sexta¬feira, a Emmi, um dos maiores grupos de lácteos da Suíça, com ações na bolsa de Zurique, anunciou a aquisição de 40% de participação no Laticínios Porto Alegre, por um valor não revelado. Em nota, a empresa suíça disse que "ao realizar esta aquisição no Brasil, reforça sua presença num país que cobiça há muitos anos". Carneiro, que fundou a Porto Alegre em 1991 com seu irmão José Afonso, disse que, com a chegada da Emmi, os recursos para investimentos no crescimento da companhia "estão garantidos". "A empresa fica mais forte, menos dependente de bancos", observou. O projeto de crescimento da Porto Alegre prevê investimentos de R$ 150 milhões em quatro anos. Agora, o montante a ser aplicado será dividido proporcionalmente entre os sócios. 

Com os investimentos, a empresa, que faturou R$ 580 milhões brutos em 2016, espera dobrar sua capacidade de produção e receita em cinco anos. Segundo Carneiro, os planos para o mercado brasileiro foram um dos motivos que contribuíram para o interesse da Emmi. O avanço da empresa mineira nos últimos anos também foi um fator de atração. Em 2012, o laticínio havia faturado R$ 200 milhões. A parceria com a companhia suíça prevê transferência de tecnologia e know¬how para a Porto Alegre, de acordo com Carneiro. Sem dar detalhes sobre produtos, o presidente da empresa disse que a chegada da Emmi permitirá "complementar o portfólio" da Porto Alegre. Hoje, a empresa mineira produz queijos, queijo fresco, requeijão, leite longa vida e manteiga, leite em pó e soro de leite pó para a indústria de alimentos. A Emmi, por sua vez, só exporta queijos finos ao Brasil atualmente. A companhia, que tem 25 unidades de produção na Suíça, fabrica, além de queijos, iogurtes, leite pasteurizado, bebidas lácteas, entre outros. Segundo Carneiro, a Porto Alegre "pode vir a distribuir produtos" da Emmi no país, mas ainda não há definição sobre o assunto. 

Um dos primeiros movimentos que a Porto Alegre fará com a sócia é o aporte na construção de uma nova unidade em Barbacena, onde comprou uma fábrica de queijo frescal no fim de 2016. Inicialmente, disse o CEO, as linhas de produção de ricota, cottage e frescal da unidade de Ponte Nova serão transferidas para Barbacena. Com isso, será possível ampliar a produção de outros itens em Ponte Nova. Então, no fim deste ano, a empresa começará a construção da nova fábrica em Barbacena, ao lado da existente hoje. A previsão é que a planta comece a operar no início de 2019, segundo ele. A Porto Alegre também tem fábrica em Mutum, onde produz queijos, como mozzarela e parmesão, e soro de leite em pó. O principal mercado da Porto Alegre é Minas Gerais, mas seus produtos também são comercializados no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo ¬ a empresa planeja ampliar sua presença nos dois últimos. As negociações entre a Emmi e a Porto Alegre começaram em setembro do ano passado, de acordo com João Lúcio Carneiro, que também preside o conselho de administração do laticínio. A Porto Alegre tem três membros no conselho, assim como a Emmi. Questionado se o grupo suíço teria interesse de, no futuro, adquirir o controle da Porto Alegre, Carneiro afirmou que o "objetivo deles é ter parceiro no Brasil e não a aquisição total da empresa". A Emmi, que teve receita líquida de 3,259 bilhões de francos suíços em 2016 (US$ 3,306 bilhões), tentava há anos entrar no Brasil. No fim de 2015 chegou a negociar a aquisição do paulista Laticínios Shefa, mas a transação não vingou. Conforme apurou o Valor, a suíça também negociou, sem sucesso, com a catarinense Tirol, em 2014. (Valor Econômico) 

  

Leite: de olho na Ásia, Rio Grande do Sul investe em sanidade
Sanidade - Apostando na possível abertura de mercado asiático, o setor leiteiro do Rio Grande do Sul quer reforçar a sanidade do rebanho. A ausência de doenças importantes, como tuberculose e brucelose, é fundamental para garantir a participação Boa parte do leite produzido no estado vai para o Rio de Janeiro, São Paulo e outros mercados internos.  Mas as indústrias gaúchas de laticínios querem ir mais longe. Com a abertura do mercado internacional, é preciso ter a certificação de que as propriedades estão isentas de doenças. "A exemplo de países como a Rússia, os mercados asiáticos que estão focando o Brasil, e o Rio Grande do Sul em especial, porque somos grandes produtores", diz o vice-¬presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Raul Amaral. O governo federal busca diminuir a incidência de doenças em bacias leiteiras por meio do programa Mais Leite Saudável, lançado em 2015. No Rio Grande do Sul, quase 20 mil produtores já foram atendidos na primeira fase. Segundo o fiscal agropecuário Roberto Lucena, estão previstas mais de 3,5 mil certificações de propriedades como isentas de tuberculose e brucelose. Ele afirma que essa é uma questão muito delicada na atividade, e a responsabilidade de fazer os testes sempre ficou a cargo do produtor, o que está mudando com o programa. A segunda fase do programa no estado quer ampliar o número de produtores e indústrias, que hoje abrange 51 laticínios. Lucena afirma que o Mais Leite Saudável está levando assistência técnica para melhorar a qualidade do leite e o gerenciamento das propriedades e proporcionar a adoção de boas práticas agropecuárias. "É voltado diretamente ao produtor rural, o que entendemos que seja o ponto mais positivo", diz. Vídeo. (Canal Rural)
 

 

Porto Alegre, 02 de maio de 2017.                                               Ano 11- N° 2.490

 

  Seminário discute rumos da produção leiteira

Discutir a conjuntura atual da cadeia do leite no Rio Grande do Sul foi o objetivo do encontro promovido e coordenado na 9ª Fenii pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) com o apoio da Farsul, Fetag, Emater, Unijui, Fundesa e Lactalis. O presidente Alexandre Guerra destacou em entrevista ao GrupoJM que o evento foi importante ao colocar em discussão a situação láctea no Estado. "A atividade desenvolvida em Ijuí serviu para debater o tema e elucidar dúvidas visando derrubar as barreiras criadas em cima do leite, a partir de fatos ocorridos há alguns meses", disse. 

Segundo Guerra, o seminário promoveu também uma discussão com o público participante e profissionais da área sobre os benefícios do leite não só como alimento, mas como uso medicinal. "É importante frisar que atualmente a indústria láctea oferece produtos de acordo com a demanda do público consumidor", ressalta o presidente do Sindilat, salientando ainda que várias ações foram realizadas pelas indústrias e laboratórios no sentido de se equiparem ainda mais para ter a rastreabilidade total da produção leiteira gaúcha. O encontro falou ainda sobre a Lei do leite (14.835/16), criada para dar mais segurança para a indústria e o consumidor, fazendo com que, o segmento não ficasse mais refém, por exemplo, do transporte, setor que originou muitos problemas à cadeia leiteira estadual. 

Conforme Guerra a intenção do Sindilat com os debates que vem sendo realizados, é ter o reconhecimento a nível nacional da qualidade do leite produzido no Estado. No Rio Grande do Sul cerca de 90 mil famílias atuam na atividade leiteira produzindo por dia cerca de 12 milhões de litros de leite. "Hoje representamos 13% da produção no Brasil e fizemos mais de 40% dos testes de nível nacional em laboratórios oficiais o que significa que o produto oriundo do leite gaúcho é controlado e altamente seguro", concluiu Alexandre Guerra. O diretor técnico do Sindilat Darlan Palharini que também participou do encontro referiu a importância de se discutir a competitividade no setor. Segundo ele, o debate precisa iniciar pela logística enfatizando que este setor, além de onerar os custos para o produtor já causou outros problemas de ordem qualitativa à produção. Palharini salientou ainda que o fomento ao trabalho integrado entre produtor e indústria leiteira é fundamental para melhorar a produção e também a renda no campo. (Jornal da Manhã/Ijuí)
 

 
 
Mudanças nas regras ainda geram dúvidas
A pontada como uma forma de aumentar a pena contra fraudes e resgatar a confiança do consumidor, a atualização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), assinada há um mês pelo presidente Michel Temer, ainda é alvo de dúvidas entre entidades do setor. Mais enxuto, o texto passou de mais de 900 artigos para 550. Destes, 126 são novas regulamentações, o que prevê um período de transição para aplicação na prática. Entidades ligadas à área de produção animal pretendem conversar com técnicos da Superintendência do Ministério da Agricultura do RS (Mapa/RS), nos próximos dias, para esclarecer alguns pontos. Uma das entidades que buscam esclarecimentos, o Sindilat tem um encontro marcado com o Mapa/RS na próxima quarta-feira. 

Segundo o presidente da entidade, Alexandre Guerra, entre as principais dúvidas está a questão do transvase. O novo Riispoa autoriza a ação nos caminhões modelo "Romeu e Julieta". Outra dúvida é com relação ao destino dado à matéria-prima que apresenta variações características do clima e tipo de alimentação dos animais. Representantes dos setores de aves e suínos também pretendem se reunir com o Mapa/RS. O vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Eduardo Vargas, afirma que uma das principais dúvidas é a forma como será feita a transição da legislação antiga para a nova. "Em muitas partes do texto fica a dúvida se aqueles artigos estão abrindo a permissão de fazer aquela operação, utilizar aquela ferramenta, ou se necessita de normas complementares", explica. 

A mudança do Riispoa decorre da necessidade de atualização frente ao avanço registrado nos últimos anos pelo setor de produtos de origem animal. O texto até então em vigor datava de 1952 e levava a assinatura do presidente Getúlio Vargas. Segundo o chefe do serviço de inspeção federal da Superintendência do Mapa/RS, Leonardo Isolan, o novo decreto define mais claramente o que são desvios, alimentos impróprios para consumos, e classifica as infrações em diferentes graus, conforme a gravidade. O valor das multas pode chegar a R$ 500 mil. (Correio do Povo)

 
Leilão GDT apresenta nova alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (02/05), registrou nova alta. O preço médio do lácteos ficou em US$3.166/tonelada (+3,6%). Este aumento foi sentido por todos os produtos comercializados no leilão, com exceção do leite em pó desnatado, que apresentou leve queda de 0,9% com preço médio de US$1.982/tonelada. O leite em pó integral apresentou a alta mais significativa (+5,2%), fechando a US$3.233/tonelada. 

 
O queijo cheddar teve alta de 4,6%, chegando a US$3.666/tonelada. A manteiga, por sua vez, registrou aumento de 1,1%, com preço de US$4,911/tonelada. Os contratos futuros de leite em pó integral acompanharam o movimento de alta de preços. As projeções de preço médio para os próximos cinco meses oscilam entre US$ 3.110 a US$ 3.332. (GDT/Milkpoint)
 

 
Acordo poderá sair neste ano
Negociadores apostam em acordo para Mercosul e União Europeia já em 2017. O anúncio deve ocorrer em dezembro na reunião da Organização Mundial do Comércio em Buenos Aires. "Será o primeiro acordo do Mercosul com países desenvolvidos", diz o diretor de Negociações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Alexandre Lobo. "A última rodada foi positiva", avalia Welber Barral, sócio da Barral M.Jorge Consultores. Do lado europeu, prevê, o período após a eleição francesa será favorável. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 28 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.489

 

Espanha: fazenda experimental de produção leiteira abre na Catalunha

Uma nova fazenda experimental foi inaugurada na Espanha. A Monells Cattle Farm (EVAM) do IRTA está localizada em Monells (Girona). O IRTA é um Instituto de Pesquisa de propriedade do Governo da Catalunha. A EVAM pretende ser uma ferramenta para servir aos interesses da indústria e da região catalã, e ser uma plataforma de pesquisa, experimentação e transferência.

Objetivos do EVAM
A fazenda combina conhecimentos de climatologia, agronomia, produção de plantas, manejo de água e excrementos, manejo de animais, melhoramento genético e reprodutivo e bem-estar e saúde animal, para melhorar a competitividade e a sustentabilidade em toda a indústria leiteira. O objetivo da EVAM é que a indústria leiteira se beneficie da aplicação de novas ferramentas para melhoramento genético e de saúde, novos modelos alimentares, manejo de animais, melhora na eficiência produtiva e redução do impacto ambiental. A fazenda também trabalhará com a indústria para desenvolver novas tecnologias para ajudar a criar e comercializar produtos lácteos.

Expansão possível
O projeto envolveu um investimento de 2,4 milhões de euros (US$ 2,61 milhões) em edifícios e equipamentos, aos quais contribuíram igualmente o Conselho Provincial de Girona, o Fundo Regional de Desenvolvimento Europeu (FEDER), o Ministério da Economia e Competitividade e o IRTA. A fazenda tem atualmente 60 vacas, mas expandirá para até 120. A EVAM baseia-se num conceito de pesquisa abrangente, à medida que procura integrar todos os elementos que influenciam a produção de leite, desde a produção de forragens até a gestão de excrementos, a informação aos consumidores e ao público em geral.

Assistência à indústria de lácteos
Os serviços da EVAM deverão ajudar a indústria de lácteos de várias maneiras. O objetivo é avaliar, testar e aplicar novas ferramentas, estratégias, técnicas e produtos, para melhorar a eficiência e a sustentabilidade das fazendas. A EVAM também divulgará novas melhorias no manejo de campo, no manuseio de animais e seus excrementos e nas últimas tecnologias aplicadas à obtenção de produtos lácteos.

Será também um ponto de encontro para dialogar com as diferentes partes interessadas, para promover projetos de pesquisa, desenvolvimento e transferência de projetos do produtor ao consumidor. A fazenda deverá ser uma instalação onde novos produtores e empreendedores na indústria de lácteos são treinados nos aspectos técnicos da produção agrícola e do processo de produção de lácteos. A EVAM também interagirá com o público para explicar elementos da produção de leite.

EVAM - enfrentando três desafios:
1. Pesquisa direcionada à geração de novos conhecimentos, para ajudar a resolver os desafios tecnológicos e de inovação na indústria;

2. Transferência de resultados, para contribuir para a melhoria da competitividade da indústria, visando aumentar a eficiência produtiva, a saúde e o bem-estar dos animais, bem como na qualidade, diferencial e valor agregado dos lácteos e derivados;

3. Informar ao público sobre o processo produtivo do leite e seu tratamento até seu consumo, mediante a implementação de ações informativas e promocionais proativas.

Em 27/04/17 - 1 Euro = US$ 1,09101
0,916462,61 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Ministério pede R$ 192,5 bi para Plano Safra 2017/18

Se depender do Ministério da Agricultura, o próximo Plano Safra 2017/18 vai ofertar um volume global de crédito rural da ordem de R$ 192,5 bilhões à agricultura empresarial, e os juros das linhas ficarão entre 6,5% a 10,5% ao ano. O montante ¬ que ainda precisa ser aprovado pela área econômica do governo e vem sendo negociado com a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles ¬ é 4,8% superior ao total de recursos disponibilizados no atual ciclo, o 2016/17. Esse aumento, proposto pela Pasta comandada Blairo Maggi, pode ser considerado modesto tendo em vista a evolução recente do pacote oferecido pelo governo para o plantio da safra. Mas não deixa de ser robusto levando¬se em conta a crise econômica. 

 

Até o Plano Safra 2016/17 ¬ ainda em vigor e que se encerra no dia 30 de junho ¬, o governo vinha anunciando planos com recursos normalmente 20% superiores aos do ciclo anterior. O Plano 2016/17 foi o primeiro em décadas a trazer um número menor que o da temporada anterior (R$ 183,8 bilhões). Em 2015/16, foram ofertados R$ 187,7 bilhões. Maggi disse ontem que dentro de duas semanas Fazenda e Agricultura deverão definir o esqueleto central do próximo plano para lança-lo até fim de maio. As condições que serão definidas entrarão em vigor em 1º de julho. Ainda que Agricultura defenda um corte dos juros, técnicos da Fazenda defendem que os juros continuem nos atuais patamares, entre 8,5% e 12% ao ano. Atrelar esses juros à Selic, como queria a equipe econômica inicialmente, está cada vez mais distante. "Resolvemos propor um limite de recursos que não fosse tão superior ao da safra passada, mesmo porque vemos que a demanda por crédito não deve aumentar muito", disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. 

Nessa configuração desenhada pelo Ministério da Agricultura, os recursos para custeio e comercialização ¬ que sempre concentram a maior parte da demanda de agricultores e pecuaristas por financiamento bancário ¬ contará com R$ 152,6 bilhões em 2017/18, uma alta de 2% em relação ao atual ciclo. E juros de 7,5% ao ano, abaixo dos atuais 9,5% ao ano, como já mostrou o Valor. Por outro lado, a tendência de recuperação dos investimentos no campo, marcante na safra 2016/17, levou o ministério a propor um incremento expressivo de 18% para as linhas de crédito destinadas a essa finalidade no ciclo 2017/18, o que significa R$ 40,2 bilhões. Nesse bojo, o Moderfrota, voltado para maquinário agrícola, ficaria com R$ 9 bilhões, mesmo patamar da atual temporada, após aportes adicionais feitos pelo governo diante de uma demanda aquecida por esses financiamentos que superou os R$ 5 bilhões iniciais. 

 
Outra linha de crédito para investimento que o Ministério da Agricultura pretende ampliar é o Programa de Crédito para Armazenagem (PCA). Nesta safra, foram disponibilizados R$ 1,4 bilhão. O objetivo é elevar para R$ 1,8 bilhão no ciclo 2017/18. Em outra frente, a política de incentivar as operações de crédito rural a partir das captações de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), título isento de Imposto de Renda, continua. Dentro desse plano, os financiamentos com base nas LCAs alcançam R$ 27 bilhões, com destaque para as operações com taxa controlada, que contarão com R$ 13,6 bilhões contra R$ 9 bilhões da temporada passada. (Valor econômico) 

Captação do primeiro trimestre segue para números positivos

Produção/Uruguai - Depois que o Inale revisar para mais os volumes da captação de leite em janeiro e fevereiro de 2017, e publicar os dados de março, a tendência da persistente retração mês a mês, verificada desde julho de 2015, deverá será interrompida, mostrando mudança de rumos. 

De concreto, a produção nas fábricas em janeiro deste ano totalizou 152,5 milhões e cresceu 2,3% em relação a igual mês do ano anterior, o mesmo ocorrendo em fevereiro, com o volume de 116,6 milhões de litros (+1,5%). A tendência de alta foi suspensa em março, mas, com retração de apenas 0,9%, que representou 126,1 milhões de litros. Não obstante, o trimestre janeiro-março encerrou com captação acumulada de 39,5s milhões de litros, um crescimento interanual de 1%. Tudo isto indica que em abril voltará a superar o volume do ano passado, quando houve excesso de chuvas, e o volume atingiu apenas 117,9 milhões de litros de leite, representando queda de 15% em relação a 2015. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)

 

 

 
Alta do preço do leite no mercado spot em abril
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços subiram na primeira quinzena de abril.
 Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, os negócios ocorreram, em média, em R$1,579 por litro, posto na plataforma. Os maiores valores chegaram a R$1,60 por litro. Houve alta de 3,4% na comparação com a quinzena anterior.
 Em Minas Gerais e em Goiás, os preços médios ficaram em R$1,575 e R$1,415 por litro, respectivamente. A produção nacional em queda aumenta a concorrência por matéria-prima pelos laticínios. Em curto e médio prazos, a expectativa é de alta do leite no mercado spot. Porém, os incrementos deverão ser menores na comparação com as quinzenas anteriores. Algumas indústrias já falam em manutenção das cotações no mercado spot. Apesar da produção caindo, alguns fatores chamam a atenção e podem limitar as altas também para o produtor em curto e médio prazo. São eles: as importações em alta, a produção aumentando no Sul do país a partir de abril/maio e a demanda interna patinando. (A Scot Consultoria)
 

 

Porto Alegre, 27 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.488

 

Laticínios esclarecem dúvidas sobre Programa Mais Leite Saudável 
 
Indústrias do setor lácteo esclareceram suas dúvidas referente ao Programa Mais Leite Saudável, criado pelo Ministério da Agricultura (Mapa), em reunião nessa quinta-feira (27/4). O encontro, promovido pelo Mapa, Sindicato das Indústrias dos Laticínios do RS (Sindilat) e com o apoio do Fundesa, foi realizado no auditório da superintendência do Mapa, em Porto Alegre (RS). O fiscal federal agropecuário Roberto Lucena e o auditor fiscal federal Bruno Leite, representando o ministério, divulgaram os últimos relatórios da iniciativa e apresentaram as etapas obrigatórias para a execução dos projetos. 
 
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância do controle sanitário das propriedades rurais e das indústrias. "Se quisermos transformar nosso Estado em exportador, temos que estar com a sanidade controlada", disse Guerra, lembrando que todos os associados são motivados a investir partes dos seus recursos contra brucelose e tuberculose. O secretário-executivo do sindicato, Darlan Palharini, destacou a relevância do programa. "Deve ser levado a sério, pois melhora a qualidade dos produtos e amplifica a competitividade da indústria no estado", concluiu.
 
Conforme apontou Lucena, o encontro é propício, já que o programa completou um ano de andamento. "Entendemos que esse é a hora de trabalhar a qualificação e aprimoramento de projetos para potencializar resultados", afirma. Em um ano, só no RS, já foram movimentados mais de R$ 32,6 milhões, com 51 projetos apresentados e 20 mil produtores impactados direta e indiretamente pela iniciativa. Uma das preocupações, agora, é angariar mais indústrias para participar do programa. 
 
Outro ponto destacado por Lucena é a necessidade de cumprimento do prazo para os ajustes nos projetos das indústrias.  Os laticínios devem encaminhar o projeto ao Mapa, que protocola a documentação e concede habilitações provisórias às empresas, verifica possíveis irregularidades nas solicitações e publica um parecer técnico no Diário Oficial da União (DOU), do Mapa. Diante disso, há 30 dias para realizar mudanças apontadas no relatório e enviar para a publicação no DOU da Receita Federal, que concede a habilitação definitiva para o andamento do projeto.
 
As questões referentes à coordenação de boas práticas e bem-estar animal envolvidas foram explicadas pelo auditor Bruno Leite. Ele frisou que a assistência técnica deve ser direcionada, principalmente, aos produtores que não têm esse benefício, e complementar aqueles que já são assistidos em outras áreas de atuação, como a sanidade animal e o melhoramento genético. Outro ponto levantado é a comunicação entre os laticínios e o Ministério, que deve ser constante e antecipada. "Se uma propriedade notar que um antígeno vai faltar, deve nos notificar antes desse problema ocorrer, e não depois", exemplificou. 
 
Dúvidas sobre os recursos financeiros, tributos e prazos foram esclarecidos ao final da reunião com empresas presentes. O advogado Eduardo Plastina, que presta assistência jurídica aos associados em nome do Sindilat, também ajudou nos esclarecimentos sobre legislação. Na ocasião, uma reunião foi pré-agendada para tratar sobre o novo Regulamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Riispoa), na próxima quarta-feira (3/5), também no auditório do Mapa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vitórya da Cruz
 

 
Alteração de créditos no radar da indústria do RS

A preocupação de empresas do agronegócio do Rio Grande do Sul com a possibilidade da redução de créditos presumidos teve alívio de um lado, mas não de outro. Nesta semana, deputados estaduais aprovaram a retirada do regime de urgência do projeto de lei 214 (prevê a diminuição em até 30% do benefício fiscal). Ou seja, não tranca mais a pauta. Na prática, ganha-se tempo para voltar a apreciar o tema.

Por outro lado, a proposta de lei complementar 343, que tramita na esfera federal, instituindo o regime de recuperação fiscal dos Estados e cobrando como contrapartida redução de 10% de créditos fiscais, segue tramitando no Congresso.

- A retirada de urgência do PL 214 fica sem efeito perante o 343. Mas não existe espaço para a indústria de leite ter redução de crédito presumido. Até porque o Estado vem perdendo a capacidade competitiva - argumenta Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS).

O dirigente lembra que a participação gaúcha vem encolhendo no cenário nacional. O Estado deixou de ser o segundo maior produtor de leite, posição agora do Paraná.

Os paranaenses também são apontados como um dos principais concorrentes na produção de suínos e de aves. Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), lembra que eles têm "um tratamento diferenciado em tributos".

- Não entendemos o crédito presumido como um benefício. É uma equalização da carga tributária com outros Estados. É a recomposição, de forma precária, da isonomia de impostos - completa Kerber.

Da mesma forma, as empresas de aves manifestam inquietação com o tema.

- A redução dos benefícios aumenta a carga tributária. E tira a nossa competitividade. Os setores estão se movimentando para que isso não aconteça - afirma José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). (Zero Hora)

 
Consumidores asiáticos compreendem cada vez mais os benefícios das proteínas

O entendimento do consumidor sobre os benefícios nutricionais da proteína está crescendo na Ásia, de acordo com a pesquisa da NZMP, a marca de ingredientes da Fonterra, da Nova Zelândia. A NZMP realizou pesquisas comparativas em cinco mercados: Indonésia, China, Japão, Reino Unido e EUA. "Queríamos entender como podemos operar neste mercado altamente fragmentado que a proteína está entrando", disse Roshena de Leon, gerente global de insights da NZMP.

Consumo de proteínas - Ásia 
Ela apresentou as principais descobertas da pesquisa da NZMP no recente evento da indústria, Protein Now, que a empresa realizou em Cingapura. Dos cinco mercados pesquisados, a Indonésia registrou o maior nível de conscientização sobre proteínas, com 91%, seguida por Reino Unido, com 87%, Japão, com 85%, Estados Unidos, com 84% e China, com 75%.

De Leon atribuiu a alta conscientização sobre proteína da Indonésia aos programas de nutrição do governo, que destacam a importância da proteína para a saúde. Ela ressaltou que 47% dos entrevistados entendiam a importância da proteína na manutenção do bem-estar corporal.

Na China, por outro lado, embora a proteína seja considerada positiva, ao lado de vitaminas e minerais, os participantes do estudo apresentaram visões fragmentadas sobre como ela beneficiava a saúde geral. Por exemplo, 20% disseram que a proteína deu energia e resistência ao corpo, enquanto 14% disseram que a proteína era boa para manter o bem-estar corporal. Outras percepções da proteína incluíram tornar os corpos mais fortes (13%), os bons nutrientes que oferece (11%) e impulsionar o sistema imune (9%).

No Japão, no Reino Unido e nos EUA, a proteína está fortemente ligada à nutrição esportiva, e os consumidores a percebem como um nutriente crucial para fortalecer os músculos. Por último, o estudo constatou que a maioria dos consumidores de todos os cinco mercados acreditava que a melhor fonte de proteína é oriunda de animais - seja por meio de carne, lácteos ou ovos.

"A robustez da proteína animal atrai consumidores", disse de Leon. A textura e o sabor da proteína animal também foram preferidos. A demanda asiática por produtos de proteína também deverá aumentar 11% até 2021. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
  

 
FUNRURAL - Frente prepara ação política
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) anunciou ontem que vai utilizar todos os instrumentos legais, constitucionais e políticos para resolver a questão das dívidas passadas e também o futuro do Funrural, que teve a constitucionalidade de sua cobrança reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal em março. Em nota divulgada à imprensa, a entidade revelou que está articulando uma ação política que pode se encaminhar para a apresentação de um projeto de lei que trate do assunto. "Lembramos que o próprio relatório da Reforma Previdenciária já extingue o Funrural, ao que somos favoráveis", destaca um dos trechos do texto. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 26 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.487

 

  Cartilha vai informar sobre procedimentos de sanidade e manuseio de produtos
 
Entidades ligada à proteína animal e varejistas se reuniram na tarde de terça-feira (25/4), em Porto Alegre (RS), para reformular cartilha apresentada pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) com perguntas e respostas sobre os procedimentos de sanidade e de manuseio de produtos de origem animal, sobretudo em fiambrerias e açougues. A ideia do documento é auxiliar os interessados sobre as mudanças estabelecidas pela Portaria nº 146, sancionada em março deste ano no Rio Grande do Sul, que estabelece os requisitos e exigências para o funcionamento, fiscalização e controle dos estabelecimentos.
 
O setor lácteo já está se adequando às mudanças previstas pela Portaria e pelo Decreto nº 53.304, que prevê que supermercados e açougues devem adotar sistema de controle de identificação de origem e de procedimentos operacionais padrões, conforme afirma o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. "O fracionamento é muito importante para a indústria, porque agrega valor ao produto, mas é necessário que os consumidores saibam a marca, o que ajuda também na fidelização dos clientes com as empresas", salienta, destacando a importância de se apontar a marca e o lote de produção no rótulo dos produtos à granel. 

Após a sua conclusão, a cartilha será encaminhada à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério Público. Para uniformizar os procedimentos também nas vigilâncias municipais, a Agas, que organizou o encontro, irá entregar o documento à Secretaria de Agricultura, que será responsável por distribuir para as prefeituras. Estiveram presentes também na reunião representantes do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul ( Sips), do Sindicato da Industria de Carnes e Derivados (Sicadergs) e da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Laura Berrutti
   
 
Deputados aprovam reajuste de 6,48% para o piso regional

Depois de mais de duas horas de discussões sobre o índice de reajuste, os deputados estaduais aprovaram ontem, por 46 votos a favor e dois contrários, o reajuste do piso regional. Votaram contra Marcel Van Hattem (PP) e João Reinelli (PV). O aumento será de 6,48%, como proposto no texto enviado pelo governo. Os novos valores das cinco faixas passam a variar de R$ 1.175,15 a R$ 1.489,24 assim que o projeto for sancionado pelo governador José Ivo Sartori. Como a data- base do piso é 1º de fevereiro, empregadores deverão pagar as diferenças mensais aos trabalhadores na próxima folha salarial.

- É um índice que, imaginamos, manterá o poder aquisitivo dos trabalhadores sem retirar a capacidade de pagamento dos empresários - disse o líder do Executivo na Assembleia, Gabriel Souza (PMDB). O piso regional é referência para cerca de 1,3 milhão de trabalhadores informais ou que pertencem a categorias não contempladas em acordos coletivos ou convenções.

Na última semana, o temor de não conseguir derrubar uma emenda que elevava o reajuste para 8% fez com que parlamentares da base aliada interrompessem a sessão para que a votação fosse adiada. A justificativa dos deputados ligados a sindicatos para a proposta foi oferecer a inflação acumulada em 2017, calculada em 1,5%. Ontem, o quadro foi diferente e a modificação no texto original foi derrotada.

O percentual definido pelo Executivo em 6,48%, igual percentual aplicado sobre o salário mínimo nacional, baseado na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor ( INPC) do ano passado, desagradou aos principais grupos envolvidos na negociação.

Empresários, que são contrários ao piso, não apresentaram proposta de aumento. Presente à votação, o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Bier, voltou a defender a extinção do piso. As centrais sindicais pediram 10,45%. Um grupo de sindicalistas esteve presente nas galerias, com faixas e bandeiras, para pressionar os deputados. (Zero Hora)

Mercado lácteo

De acordo com o Centre National Interprofessionnel de l'Economie Laitière (CNIEL), a demanda por produtos lácteos deverá crescer sensivelmente em muitos países do mundo. Mesmo na França, o mercado poderá aumentar de 5 a 10% nos próximos dez anos, ainda que os franceses continuarem a beber menos leite. 

O mercado mundial de produtos lácteos corre o risco de cair nos próximos dez anos, acompanhando o mercado francês de leite de consumo? "Não", respondem os analistas do setor da Federação das Indústrias de Laticínios. É certo que o mercado de leite de consumo na França vem sofrendo erosão constante. E a tendência deverá perdurar. Daqui a 2027, os franceses deverão beber cada vez menos o leite fluido e o mercado deverá cair mais de 10%. Mas, sempre na França, o mercado mais global dos lácteos, com destaque para os queijos, a manteiga e diversos produtos industriais, deverá crescer de 5 a 10%. No mundo, o crescimento da demanda por produtos láteos será desigual. Com o crescimento da população e, sobretudo, o aumento do nível de vida, a China deverá observar sua demanda por produtos lácteos aumentar em mais de 10% nos próximos dez anos. O Império do Meio demandará, sobretudo, produtos de qualidade, muito específicos, como os leites infantis, produzidos, principalmente, pela Sodiaal em Carhaix ou pela Cooperativa Maîtres Laitiers de Cotentin na nova fábrica de Carentan. Além da China, a demanda canadense e sul africana deverá também crescer sensivelmente.

 
O consumo de produtos lácteos em outros países também deverá aumentar. O CNIEL prevê crescimento de a 1 a 5% nos Estados Unidos, na Argentina, ou na Austrália. A evolução será maior, de 5 a 10% no Chile, no México, e, sobretudo, na Índia. (Web-agri - Tradução Livre: Terra Viva)

 
SP: setor laticinista aumenta exportações em 12,7% no primeiro trimestre de 2017, diz Viva Lácteos

Mesmo com a balança comercial com um saldo negativo de US$ 125,3 milhões, os sinais dos primeiros meses de 2017 mostram um aumento das exportações e a continuidade da redução das importações. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as exportações de lácteos no primeiro trimestre deste ano mostram um desempenho 12,7% melhor que o mesmo período de 2016. Os embarques totalizaram US$ 38,9 milhões, enquanto que de janeiro a março do ano passado foram US$ 34,6 milhões.

Nos três primeiros meses de 2016, os 10 principais compradores foram responsáveis por 86% do total embarcado. Já neste ano, os top 10 respondem por 76%. A Venezuela continua sendo o principal destino, contudo sua participação caiu de 55% do total para 21%.

Outra mudança substancial diz respeito ao principal produto comercializado no mercado externo. Para o período analisado em 2016, embarcou-se mais leite em pó integral (54%), ao passo que neste ano foi o leite condensado (43%). À exceção do grupo do soro, todos os demais têm um desempenho melhor em 2017 em relação ao ano passado, com destaque para os queijos e o leite modificado. Por sinal, o bom desempenho dos queijos, quando comparado aos demais lácteos, já é observado desde o ano passado. Não por acaso, os principais destinos dos queijos brasileiros foram Rússia (US$ 1.125 mil), Chile (US$ 856,4 mil), Argentina (US$ 825,3 mil) e Taiwan (US$ 587,0 mil), correspondendo a 78% do total.

"A diversificação de mercados e produtos exportados são metas do setor que deverão ser fortalecidas nos próximos anos. Esperamos que o avanço do projeto Apex neste contexto contribua para este incremento", destaca Marcelo Martins, diretor executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos).

Importações
Do lado das importações, mesmo havendo um aumento em relação ao início do ano passado, a tendência de queda, observada desde o final de 2016, persiste. Em março as compras no mercado externo somaram quase US$ 52 milhões, enquanto em fevereiro foram US$ 53,5 milhões, e janeiro US$ 58,8 milhões.

No acumulado do ano já são US$ 164 milhões, sendo 68% deste valor proveniente da compra de leite em pó, US$ 111,8 milhões, correspondentes a 35,4 mil toneladas. Somente dos países do Mercosul foram 32,1 mil toneladas, sendo 12,9 mil toneladas da Argentina, 18,8 mil toneladas do Uruguai e 400 toneladas do Paraguai. Outro grupo de produtos que contribuiu com grande parte das importações foi o de queijos. Nos primeiros meses deste ano foram US$ 33,6 milhões, correspondentes a 7,9 mil toneladas. (Viva Lácteos) 

 

 

Exportações/AR
As exportações da Argentina tiveram crescimento de 2,3% em março, na comparação com igual mês de 2016, enquanto as importações registraram avanço bem maior na mesma comparação, de 16,4%. As exportações argentinas ficaram em US$ 4,527 bilhões em março e as importações, em US$ 5,468 bilhões, o que resultou em um déficit comercial de US$ 941 milhões para o país.O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) informou que o aumento do déficit em março é resultado principalmente da queda das exportações de produtos primários, principalmente cereais, e do forte aumento das importações de materiais de transporte, principalmente equipamentos de transporte industrial e veículos automotores de passageiros.Os principais sócios comerciais da Argentina em março foram Brasil, China e Estados Unidos, nesta ordem. As exportações argentinas ao Brasil ficaram em US$ 798 milhões e as importações do País ficaram em US$ 1,557 bilhão. A Argentina teve, portanto, um déficit comercial com o Brasil de US$ 759 milhões no mês analisado, segundo o Indec. (Estadão)
 

 

Porto Alegre, 25 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.486

 

Falta de gordura afeta produção de manteiga

É visível nas prateleiras refrigeradas dos supermercados. Nos últimos meses, os tabletes e potes de manteiga que disputam espaço com as margarinas se tornaram artigo de luxo. Não só porque estão bem mais caros, mas também porque estão mais difíceis de encontrar. A menor oferta do produto pode ser explicada por um conjunto de fatores, mas o mais importante deles é a falta de matéria gorda no país para a fabricação de manteiga, segundo indústrias e analistas do setor de lácteos. Nesse cenário, os preços da manteiga negociada entre empresas subiram 27% (já em valores deflacionados) em 12 meses. No varejo, a alta foi de 19% no período (ver infográfico). A matéria-prima para a produção da manteiga é a gordura do leite. Quando o leite é retirado da vaca tem, em geral, um teor de 3,5% de gordura. A produção de leite desnatado gera um excedente de gordura, que é usado para a fabricação de manteiga, creme de leite, requeijão e cream cheese. Mesmo a produção de leite longa vida integral gera gordura, uma vez que há uma padronização do produto, que fica com teor de gordura de 3%, explica Valter Galan, especialista da MilkPoint, consultoria especializada no mercado de lácteos. 

 
 
No entanto, o país produz volumes pequenos de leite desnatado. "Aqui no Brasil, 75% do leite [longa vida] consumido é integral", observa Guilherme Portella, diretor de relações institucionais da Lactalis no Brasil. No país, a empresa francesa fabrica manteiga com as marcas Batavo e Elegê. Como a produção de leite desnatado é pequena, a oferta de matéria gorda para fabricação de manteiga e outros itens é restrita. Ademais, o país está produzindo menos leite em pó desnatado, que é uma "grande fonte de gordura", observa Ricardo Cotta, diretor de relações institucionais e novos negócios da Itambé. Gustavo Beduschi, assessor técnico da Viva Lácteos, que reúne empresas do setor, afirma que há uma disputa por matéria gorda pelas indústrias de laticínios para a produção dos diferentes itens, mas a oferta de gordura não cresceu, daí o atual quadro. O fato de a produção de leite ter caído nos dois últimos anos no país também pode ter agravado a situação. "Há uma demanda por matéria gorda muito maior do que se consegue suprir", diz. O aumento da demanda por manteiga também é uma das razões apontadas por analistas e indústrias para a oferta mais restrita. De acordo com Galan, assim como na Europa e nos EUA, nos últimos três anos, tem havido no Brasil uma migração das gorduras vegetais para as gorduras lácteas. Isso decorre da mudança de percepção em relação aos efeitos da manteiga para a saúde. "A demanda é maior porque a ideia de que a manteiga faria mal à saúde está sendo desmistificada", observa Cotta, da Itambé. "Até uns três anos atrás, a manteiga era vilã. Mas houve uma mudança no padrão de consumo", concorda Portella, da Lactalis. Dados da empresa de pesquisa de mercado Kantar WorldPanel mostram que em 2016, o consumo de manteiga cresceu 1%, para 29.978 toneladas, um mercado de R$ 721,581 milhões. 
 
A pesquisa da Kantar é realizada numa amostra de 11.300 domicílios, que representam um universo de 52 milhões de lares, responsáveis por 91% do potencial de consumo do país. Entre 2015 e 2014, o consumo de manteiga já havia subido 5,4%. Danielle Rossi, gerente de contas da Kantar Worldpanel, afirma que o crescimento "mais tímido" do consumo do que o visto em anos anteriores ¬ quando mudou a percepção sobre o efeito da manteiga para a saúde ¬ é um reflexo da recessão no país, que leva consumidores a migrarem para produtos de menor valor. No caso da manteiga, o principal substituto é a margarina. Dados da consultoria Euromonitor, referentes a vendas de manteiga no varejo no país, mostram um volume de 77,7 mil toneladas em 2016, pouco abaixo das 77,9 mil toneladas de 2015. Tanto Itambé quanto Lactalis informam que poderiam estar produzindo mais manteiga do que o fazem atualmente se houvesse matéria¬prima porque há demanda, apesar dos preços mais altos. "O que produzimos, estamos vendendo", afirma Cotta. Guilherme Portella, da Lactalis, diz que a empresa chegou a produzir mais leite em pó desnatado para poder gerar matéria gorda para a produção de manteiga. "Temos mais demanda do que conseguimos produzir", acrescenta o executivo. Beduschi e Galan lembram que a recessão também levou a uma redução do consumo fora de casa, o que acabou estimulando muitas pessoas a cozinharem, demandando mais manteiga. Outro sinal de que a oferta doméstica de manteiga é restrita é o aumento das importações do produto. No primeiro trimestre deste ano, as compras no exterior somaram 1.500 toneladas, 68% acima das 890 toneladas de igual período de 2016, de acordo com dados da Secex compilados pela MilkPoint. Como observa Laércio Barbosa, diretor do Laticínios Jussara, a falta de matéria¬prima para produção de manteiga não se restringe ao Brasil. "Está faltando no mundo", afirma. Segundo ele, estimativas indicam que os estoques de leite em pó desnatado estão mais altos na Europa e nos EUA ¬ assim, os países estão produzindo menos, o que leva à falta de matéria gorda (Valor Econômico)
   
 
Importações de lácteos perdem fôlego, mas déficit na balança do país persiste

O Brasil encerrou março com um déficit de US$ 38,5 milhões na balança comercial de lácteos. O valor ainda é expressivo, mas vem caindo desde o início do ano. Em março, as importações custaram US$ 51,979 milhões (alta de 21,2%) e as exportações renderam US$ 13,432 milhões (aumento de 149%), conforme dados da Secex, compilados pela Viva Lácteos, que representa empresas do setor. Em volume, houve uma queda de 7,3% nas importações em março na comparação com igual mês de 2016, para 15,719 mil toneladas. Já as exportações subiram 86,8%, para 5,192 mil toneladas. "As importações estão caindo há cinco meses", observa Gustavo Beduschi, assessor técnico da Viva Lácteos. Em novembro de 2016, custaram US$ 62,4 milhões e em dezembro ficaram em US$ 61,8 milhões. (ver gráfico) Para ele, uma das razões para essa queda das compras é a valorização, ainda que pequena, dos preços internacionais dos lácteos. Afora isso, a produção de leite também começa a reagir no mercado brasileiro, afirma. 

 
No primeiro trimestre do ano, o Brasil importou 51, 287 mil toneladas de lácteos, um aumento de 54,2% sobre igual período de 2016. Os gastos com as compras de lácteos no exterior subiram 91% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para US$ 164,310 milhões. No mesmo período, as exportações de lácteos totalizaram 13,367 mil toneladas, com alta de 12,8% sobre os três primeiros meses de 2016. A receita com as vendas externas teve aumento semelhante, de 12,6%, para US$ 38,963 milhões. Um destaque nas exportações em março, segundo Beduschi, foram os queijos. 

As vendas cresceram 66,5%, para 342,6 toneladas. A receita com os embarques de queijo subiu 111,8%, para US$ 1,660 milhões. Ainda que os volumes de queijo exportados sejam pequenos são importantes porque fazem parte da estratégia de diversificação das exportações pelo setor, que ainda dependem bastante dos embarques de leite em pó e condensado. Os exportadores também tentam diversificar os destinos para reduzir a "venezuelodependência", que é verdade, diminuiu em decorrência da crise no país vizinho. Em 2015, as importações do país absorviam 75% das exportações brasileiras de lácteos em valor. No ano passado, essa participação caiu para 48%, segundo Beduschi. No primeiro trimestre deste ano, ficou em 21%. De acordo com o assessor técnico da Viva Lácteos, o Brasil tem conseguido ampliar suas exportações para países árabes e também na América Latina. (Valor Econômico)

 
México

Em meio às incertezas do futuro do NAFTA com o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, prometendo encerrar a parceria comercial, o México procura diversificar seus parceiros. O professor de economia agrícola da Escola de Economia e Administração Aplicada da Cornell University, Andrew M. Novakovic, PhD, disse ao DairyReporter que o México procurar parcerias fora dos EUA não é um movimento surpreendente. "O mais assustador é que com a retórica econômica e de imigração, o México explora fornecedores alternativos para todos os produtos, e os lácteos são muito importantes pra nós", disse Novakovic. Desde que o NAFTA foi criado, em 1994, as exportações de lácteos dos EUA para o México mais que quadruplicaram, chegando a 1,2 bilhões de dólares, fazendo com que o mercado mexicano seja o número 1. 

No último ano, as exportações para o México foram quase um quarto de todos os lácteos exportados pelos EUA, de acordo com o USDEC. "Muitas pessoas dirão que o México procura diversificar suas fontes de suprimento mesmo que nada tenha mudado ainda, porque eles estão preocupados com a retórica e não querem ser pegos de surpresa", acrescentou. "De certa forma os danos já começaram a ocorrer". No último mês, Os líderes do setor de laticínios dos EUA foram à Cidade do México para reafirmarem a importância de manutenção da parceria comercial, e ao mesmo tempo recomendaram cautela em relação a novos acordos comerciais com outras nações. "Eu acredito que o México precisa ser cuidadoso ao abrir seu mercado para outros fornecedores de lácteos que estejam mais interessados em vendas no mercado spot do que parcerias de longo prazo", disse o presidente do USDEC, Tom Vilsack, durante o Fórum Nacional de Lácteos realizado na cidade do México.
 
A Argentina será o próximo parceiro comercial 
No entanto, o México estará finalizando um tratado comercial com a Argentina até o final do ano, disse o Ministro de Comércio Exterior, Juan Carlos Baker, em entrevista à Reuters. O Presidente da Argentina, Mauricio Macri, também prometeu abrir a economia e o comércio de seu país para o México, até o final de 2017. "Existe grande potencial lá", disse Baker. "A Argentina poderá exportar em condições atrativas para o México". Baker falou à Reuters México que seu país não voltaria a pagar impostos de exportações se os EUA restringirem suas vendas. (Dairy Reporter - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Preço ao produtor, em março, foi o mais alto em três anos
Preços/Uruguai - O preço médio do leite que receberam os produtores no mês de março foi o mais alto dos últimos três anos. Segundo o Instituto Nacional do Leite (INALE), o valor estimado foi de 9,91 pesos, [R$ 1,10/litro], sendo o maior valor desde julho de 2014, quando o preço médio foi de 10,08 pesos. O dado representa um aumento mensal de 3%, considerando que em fevereiro, o preço médio do litro foi de 9,58 pesos, [R$ 1,06/litro]. Comparando com março de 2016, o preço foi reajustado em 26%, quando o valor pago foi de 7,86 pesos. Em dólares, o preço do litro de leite ao produtor em março atingiu US$ 0,35, [R$ 1,10/litro], e neste caso, é o maior valor médio desde março de 2015. A diferença é muito grande quando se compara com março de 2016. Naquele mês, o valor do litro de leite, era de US$ 0,24. A elevação anual alcançou 43%. Na comparação em dólares é importante levar em consideração a variação cambial no período. Em março, o valor médio do dólar foi de 28,42 pesos, sofrendo uma queda de 11% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o valor foi de 31,16 pesos.  (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 24 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.485

 

   Importações/China 

As importações de produtos lácteos pela China continuarão subindo nos próximos 10 anos, embora em um ritmo mais lento. Este ano, a expectativa é de que serão compradas 14,2 milhões de toneladas, aumento de 11% em relação ao último ano, de acordo com o relatório, Perspectivas Agrícolas da China (2017-26), que foi elaborado pelo Ministério da Agricultura. Impulsionadas por fatores diversos, como o crescimento da demanda e os elevados custos da produção doméstica, as importações de lácteos devem superar 19 milhões de toneladas em 2026, um aumento de 50% em relação a 2016, diz o relatório. Na década passada, as importações cresceram 14% anual, em média. A produção doméstica deve atingir 44,7 milhões de toneladas em 2026, crescendo 19% em relação a 2016, prevê o relatório. 

A demanda por leite em pó e leite fluido na China - produção doméstica e no exterior - deverá dar um salto diante da expectativa no aumento do número de nascimentos que virá em decorrência da política do segundo filho, e o crescimento da população com mais de 60 anos. A demanda por leite em pó importado pode aumentar em taxas menores porque o governo chinês está incentivando a recuperação da indústria de laticínios doméstica, diz o relatório. A previsão é de que haja aumento constante na produção de outros produtos agrícolas na China nos próximos anos, incluindo trigo, legumes, frutas, e produtos aquáticos. A importação de leite em pó ocupava um terço do mercado da China em 2007, mas, atingiu 60% em 2012, de acordo com o relatório. 

As autoridades tomaram muitas medidas para restabelecer a confiança no mercado doméstico de leite, depois do escândalo da melamina adicionada às fórmulas infantis, que causaram a morte de pelos menos seis crianças, e intoxicaram seriamente outras 300.000, em 2008. A Lei de Segurança Alimentar foi revisada em 2015, passando a exigir inspeção dos lotes de alimentos para bebês, antes de serem comercializados. No ano passado o Departamento de Fiscalização de Alimentos e Drogas da China inspecionou 2.532 lotes de fórmulas para bebês, e apenas 1,3% ficaram fora dos padrões estabelecidos, disse Bi Jingquan, chefe da Administração de Alimentos e Medicamentos da China, em fevereiro. (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
Produção de leite
A produção brasileira de leite mais que dobrou nas últimas duas décadas, ao saltar de 15,7 bilhões de litros em 1994, para 35 bilhões, em 2014, conforme dados mais recentes da Pesquisa Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho da produção nacional de leite, ainda assim, fica bem aquém em comparação à média mundial: 1,6 mil litros contra 3,5 mil litros por vaca ao ano. Nos Estados Unidos, de acordo com o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), algumas fêmeas bovinas alcançam uma média anual de 10,4 mil litros.

Conforme Renata Magalhães Schneider Simone, analista de Inteligência do SIS/Sebrae, em entrevista à equipe SNA/RJ, essa discrepância se deve a fatores relacionados ao clima e às raças mais produtivas, mas principalmente à alimentação. "A quantidade de leite produzido por vaca está diretamente relacionada com as condições as quais o animal está submetido, ou seja, fatores como a alimentação, clima ou até mesmo a tecnologia no manejo influenciam a produtividade", comenta a especialista.

Diretor da Sociedade Nacional de Agricultura e representante da SNA na Câmara Setorial do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Alberto Figueiredo ressalta que a "maior parte do rebanho bovino nacional não tem especialização genética para produção de leite". "Também não são observados os requisitos mínimos de conforto animal e alimentação adequada, sendo essas as principais causas da baixa produtividade média". Segundo Figueiredo, que também é secretário Municipal de Agricultura de Resende (RJ), "pelo fato de essas tecnologias exigirem maior comprometimento financeiro por parte do produtor, aumentam os riscos de insucesso, se não forem observados conceitos técnicos indispensáveis, o que leva uma grande maioria de produtores a submeter seus rebanhos a condições inadequadas de alimentação, trazendo, como consequência, a redução da produção média". A analista de Inteligência do SIS/Sebrae reforça que o "Brasil é um país extenso, com regiões bastantes distintas uma das outras". "Por conta disso, alguns Estados possuem características mais ou menos propícias à produção de leite", comenta Renata.

Ela cita que no Sul do país, por exemplo, estão os maiores produtores de leite, "provavelmente pelo fato de lá existir um clima mais adequado para a atividade". "Já na região Sudeste, principalmente acima do Estado de São Paulo, o animal sofre um estresse térmico que prejudica a produção de leite." A analista comenta que também "é importante ressaltar que a média brasileira de produção de leite considera produtores rurais que não investem o suficiente na modernidade do campo e, consequentemente, possuem baixo nível técnico e controle de custos, logo, possuem baixa produtividade". Conforme Renata, "mesmo  com condições climáticas atípicas, é possível aumentar a produção de leite investindo na alimentação do animal, fornecendo uma nutrição específica, de acordo com a fase em que ele se encontra".

DIETAS
A alimentação bovina representa o maior custo da produção leiteira e, por isso, o desenvolvimento de dietas adequadas é primordial para que os pecuaristas reduzam esses custos e possam ampliar suas margens de lucros. Esse é o foco do relatório "Dieta para bovinos leiteiros: a importância da alimentação" do SIS/Sebrae, que ainda apresenta fatores que impactam na dieta, tecnologias e cases de sucesso para orientar produtores rurais. Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 1,3 milhão de pecuaristas de leite, atuando em fazendas que, por sua vez, são responsáveis pela ordenha de 23 milhões de vacas. Para a formulação de rações para as vacas leiteiras, o país utiliza o modelo do National Research Council (NRC), com foco na melhoria da eficiência alimentar, por meio da avaliação da dieta dos bovinos.

"Em 2001, o Conselho Nacional de Pesquisas (dos EUA) apresentou um estudo, com informações suficientes para gerar cálculos de exigência nutricional e de avaliação de alimentos, além de um software que permite formular rações baseadas nesses cálculos", conta Renata. Segundo a analista de Inteligência do SIS/Sebrae, por causa da simplicidade e praticidade, esse modelo é o mais utilizado no mundo para formular rações para vacas leiteiras: "Ele é referência no Brasil e, inclusive, outros softwares foram criados baseados nos cálculos do modelo NRC - 2001". "O modelo NRC é o mais utilizado no mundo, mas com o avanço da tecnologia existem diversos outros modelos no mercado, que podem ser tão bons quanto ele. O indicado é avaliar, testar e analisar quais opções atendem melhor à necessidade do negócio", diz Renata. A analista acrescenta que "alguns modelos são mais complexos e exigem mais informações do usuário, enquanto outros são mais simples e fáceis de utilizar, e isso deve ser levado em consideração na avaliação".

MODELO NRC
Diretor da SNA, Alberto Figueiredo explica que "o NRC é um compêndio de acreditação mundial, que registra as necessidades nutricionais dos animais em cada fase da vida e em cada condição de produção". "A maioria dos formuladores de ração adota esses dados para o cálculo das necessidades nutricionais dos animais. No entanto, na hora de escolher as opções de ingredientes, a serem utilizados para a dieta, são usadas informações de pesquisas nacionais, sendo que alguns produtores já utilizam a análise laboratorial dos vegetais e grãos da própria propriedade, com o objetivo de fazer com que esse cálculo fique o mais próximo possível da realidade", relata Figueiredo.

Por conta de exaustivas pesquisas, continua o diretor da SNA, "o NRC apresenta as necessidades nutricionais absolutamente confiáveis e confirmadas nas pesquisas nacionais". "A diferença dos níveis de produção de leite entre outros países e o Brasil está mais relacionada ao custo da terra, que é maior lá fora, portanto, precisa ter maior produtividade para que o negócio seja econômico, menor contingente de pessoas envolvidas com as atividades produtivas, necessitando ter maior produtividade por homem ocupado, além dos programas de subsídios ainda presentes em parte dos países que estimulam o processo produtivo", cita Figueiredo.

TECNOLOGIAS
Algumas tecnologias associadas à atividade leiteira podem contribuir para o aumento da produção, como softwares de gestão de rebanhos. "Sem sombra de dúvida, o controle sobre os resultados, tanto de índices de produtividade quanto, principalmente, de custos, é fundamental para o constante aprimoramento do processo produtivo. Nesse caso, os softwares existentes no mercado, e/ou produzidos nas próprias propriedades, com base em planilhas simples, são fundamentais, uma vez que o número de dados a ser considerado dificulta esse controle por métodos manuais", salienta o diretor da SNA.

Segundo Figueiredo, que apresenta ampla experiência como pecuarista, "o problema é que a maioria dos produtores sequer anota as informações diárias, chegando ao ponto de não saber a data prevista para o parto ou a necessidade de encerramento de lactação". "As cinco prioridades para o aumento da produção de leite são: 1. alimentação adequada; 2. alimentação adequada; 3. alimentação adequada; 4. alimentação adequada; 5. alimentação adequada. Depois que se consegue esse parâmetro, pode-se pensar em conforto animal e em genética, para melhorar as condições de produção dos animais", sentencia.

NANOTECNOLOGIA E APPS
Conforme a analista de Inteligência do SIS/Sebrae a utilização de tecnologias mais avançadas na pecuária veio para ficar. "A nanotecnologia, por exemplo, pode ser utilizada para enfrentar diversos desafios na atividade leiteira, como na identificação de doenças, por meio de nanossensores capazes de permitir mais acurácia nos diagnósticos laboratoriais; e no tratamento contra a mastite, inflamação que pode reduzir a qualidade e a produção de leite, por meio de nanocápsulas que direcionam o antibiótico no interior da glândula mamária", informa Renata Magalhães. Segundo a analista, os aplicativos rurais também auxiliam - e muito - a atividade, podendo ser utilizados para monitorar animais, gerenciar rebanhos, avaliar a qualidade do leite, avaliar a produtividade individual do animal, controlar a vacinação, analisar os dados da saúde, gerenciar custos e lucros, entre outros.

"A tecnologia também está presente na inovação de técnicas, máquinas e equipamentos utilizados na atividade." De acordo com o SIS/Sebrae, são diversas as tecnologias associadas à atividade leiteira que podem contribuir para o aumento da produção. 
* Software de gestão de rebanhos: existem softwares no mercado que contribuem para que o produtor obtenha informações sobre rendimento e desempenho técnico. Esses softwares emitem relatórios e fornecem estatísticas para melhor gerenciamento.
* Software de formulação de dietas: existem programas que formulam dietas, concentrados e suplementos para vacas leiteiras. Alguns, inclusive, oferecem a opção de desenvolver dietas tropicalizadas.
* Novos equipamentos: são diversos os equipamentos necessários para a manutenção e melhoria da atividade leiteira. Por exemplo, cocho, bebedouro, equipamento para mistura do alimento, dentre outros. (SNA)

Custos/Alemanha 

De acordo com o último estudo elaborado pelo Departamento Alemão para Agricultura e Sociologia Rural, em janeiro de 2017, o preço médio do leite ao produtor de 33,76 centavos de euros por quilo de leite cobre apenas 77% dos custos de produção (43,74 centavos). O estudo, em parceria com o Comitê Europeu de Laticínios (EMB) e do Comitê do Leite da Alemanha (MEG), calculou os custos correntes da produção de leite a partir de dados da produção da União Europeia (UE) e publicados em uma base trimestral. Considerando que a situação dos custos na Alemanha alterou apenas ligeiramente nos últimos meses, e os preços em toda a UE aumentaram ligeiramente, "o programa voluntário de redução da oferta de leite da UE reduziu o crescimento do leite excedente, interrompendo a tendência de queda dos preços", disse Romuald Schaber, presidente da EMB. Por exemplo, quando os preços do leite na Alemanha ainda estavam abaixo de 25 centavos, em julho do ano passado, a situação em outros países era muito mais dramática. Em julho de 2016, os preços na Lituânia ficaram abaixo de 17 centavos e em torno de 22 centavos na Bélgica. Mas, é pouco provável que a recuperação atual, de 30 e 34 centavos, respectivamente, no início de 2017 graças à redução voluntária de produção que ocorreu no último trimestre de 2016, se mantenha por muito tempo. 

Sinais de queda prolongada já estão sendo observados, embora novos aumentos de preços sejam essenciais. De acordo com Schaber, "é importante que se estabeleça, rapidamente, normas na UE que permitam aos agricultores produzirem com responsabilidade". Sem isto, a situação crítica fará com que os produtores tenham que intensificar a produção, prejudicando todo o mercado. A EMB solicita ao Comissário Europeu, Phil Hogan, e aos Ministros da Agricultura dos países membros, que introduzam instrumentos de crise do mercado do leite, com base no Programa de Responsabilidade do Mercado (MRP). Schaber disse: "nos últimos anos os agricultores e as autoridades perceberam que um mercado com leite excedente é extremamente prejudicial para muitas áreas". Com um instrumento de crise, que libera, automaticamente, medidas estabilizadoras, como restrição voluntária de produção em momentos de turbulências no mercado, a UE pode finalmente lidar com as crises crônicas do mercado de leite. (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 

 
Alta do preço do leite no mercado spot em abril
 No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços subiram na primeira quinzena de abril. Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, os negócios ocorreram, em média, em R$1,579 por litro, posto na plataforma. Os maiores valores chegaram a R$1,60 por litro. Houve alta de 3,4% na comparação com a quinzena anterior. Em Minas Gerais e em Goiás, os preços médios ficaram em R$1,575 e R$1,415 por litro, respectivamente. A produção nacional em queda aumenta a concorrência por matéria-prima pelos laticínios. Em curto e médio prazos, a expectativa é de alta do leite no mercado spot. Porém, os incrementos deverão ser menores na comparação com as quinzenas anteriores. Algumas indústrias já falam em manutenção das cotações no mercado spot. Apesar da produção caindo, alguns fatores chamam a atenção e podem limitar as altas também para o produtor em curto e médio prazos. São eles: as importações em alta, a produção aumentando no Sul do país a partir de abril/maio e a demanda interna patinando. (Fonte: Scot Consultoria)
 
 

 

Porto Alegre, 20 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.484

 

   Mapa vai esclarecer dúvidas sobre o novo Riispoa no Sindilat

Com o objetivo de esclarecer as mudanças trazidas pelo novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), o Sindicato das Indústrias dos Laticínios do RS (Sindilat) promove, no dia 3/5, uma reunião com o chefe do Serviço de Inspeção Federal da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), Leonardo Isolan. O encontro ocorre às 10h, na sede do sindicato.   

A iniciativa tem a intenção de harmonizar com as indústrias o entendimento sobre a nova legislação. "É importante que a autoridade máxima do Mapa faça uma explanação sobre as principais mudanças que dizem respeito à rotina dos laticínios", avalia o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Segundo o chefe do Serviço de Inspeção Federal da superintendência do Mapa/RS, Leonardo Isolan, o novo Riispoa aborda conceitos atuais nas áreas de segurança sanitária, bem-estar animal e implantação de novas tecnologias e equipamentos. "Há novidades de interesse direto dos fiscalizadores e fiscalizados", relata o técnico, que irá esclarecer dúvidas dos laticínios sobre as novas regras em vigor. De acordo com Isolan, a nova legislação "traz uma definição mais clara do que é alimento impróprio para o consumo", reforçando a segurança alimentar. 

Uma das dúvidas é sobre como e onde será feito o transvase, prática que antes não era permitida e agora com o novo Riispoa fica autorizada nos caminhões modelo "romeu e julieta". Outro esclarecimento que se faz necessário é sobre o destino que pode ser dado à matéria-prima que apresenta variações características do clima e tipo de alimentação dos animais. Agora, essas diferenças regionais dos padrões do leite são reconhecidas pelo novo Riispoa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 20 de Abril de 2017 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Março de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Abril de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
 
Produção/EUA 

A Lei de Defesa da Indústria Agropecuária de 2017 (Dairy Act - Leite do Leite), propõe reforma na nova política de imigração para o setor lácteo. A proposta foi apresentada ao Congresso, e tem por objetivo de garantir que os produtores de leite dos Estados Unidos (EUA) tenham uma fonte confiável de mão-de-obra.

A nova legislação permite que os produtores de leite utilizem melhor o programa de visto de trabalho (H-2A), que anteriormente não podia ser usado, por não abranger o ano todo. "O setor lácteo fornece produtos para o mercado o ano inteiro, não apenas em uma estação. Os produtores de leite e os trabalhadores de laticínios merecem mais atenção neste programa de trabalho, e meu projeto de leite faz exatamente isto", disse Sean Duffy, representante do setor lácteo no Congresso. De acordo com a American Dairy Coalition (ADC), os produtores de leite estão esperando para utilizar a categoria de vistos H-2A para empregar legalmente trabalhadores imigrantes para ocupar funções importantes realizadas também por trabalhadores domésticos. O ADC disse que o visto H-2A é uma ferramenta vital para fornecer o trabalho durante todo o ano para operações leiteiras. No entanto, o presidente da NMPF, Jim Mulhern, disse no mês passado, que a abordagem para lidar com as necessidades dos produtores de leite não deve ser "centrada na reforma H-2A", e requer "outra abordagem".

O trabalho é sempre um assunto em pauta
A questão do trabalho de imigrantes tem sido uma preocupação constante para o setor lácteo dos EUA, pois 51% dos trabalhadores da indústria de laticínios são estrangeiros. No entanto, as pequenas explorações leiteiras se pronunciaram contra as mudanças na legislação de imigração, porque isso só beneficiaria "mega laticínios". O aumento do trabalho de imigrantes causou oferta excessiva de leite, tornando impossível para pequenos laticínios independentes competirem no mercado.

"Temos excesso de leite neste país que é agravado pelas fábricas de laticínios que utilizam de uma força de trabalho ilegal", comentou um pequeno produtor de leite. "Estou cansado de ouvir que grandes laticínios vão fechar sem o trabalho ilegal. Qualquer modelo de negócio que dependa de trabalho ilegal é um modelo de negócio falho, que deve mesmo enfrentar sua liquidação". (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
URUGUAI: EXPORTAÇÕES DE LÁCTEOS AUMENTAM 41% NO PRIMEIRO TRIMESTRE; BRASIL LIDERA AQUISIÇÕES

O ano de 2017 começou com melhores perspectivas para o setor leiteiro do Uruguai, principalmente para a exportação de produtos no mercado internacional. A recuperação dos preços e um maior volume de exportação marcaram a tendência no início do ano.

Durante o primeiro trimestre (janeiro-março), o Uruguai exportou US$ 147,48 milhões em produtos lácteos. Isto significou um aumento de 41% com relação aos mesmos meses de 2016, segundo o Instituto Nacional do Leite (INALE).

O gerente geral do INALE, Gabriel Bagnato, disse que esses são dados "muito positivos" e se devem a uma "recuperação interessante" dos valores e volumes exportados. Eles também geram "boas perspectivas".

O valor das exportações de leite em pó integral, no período acima mencionado, foi de US$ 83,59 milhões, um aumento de 40%; o do leite em pó desnatado foi de US$ 12,08 milhões (+76%); queijos, US$ 31,49 milhões (+28%); e manteiga, US$ 12,35 milhões (+47%).

Esta mudança "encorajadora" é principalmente devido aos preços obtidos pelos produtos nos últimos meses, que se comparado com ao início de 2016, são muito superiores. No primeiro trimestre, o leite em pó integral ficou em US$ 3.393 por tonelada, um aumento de 38% em relação ao valor nos mesmos três meses do ano anterior. O leite em pó desnatado ficou em US$ 2.797 por tonelada (+17%); o dos queijos ficou em US$ 4.000 por tonelada (+23%) e o de manteiga ficou em US$ 4.502 por tonelada (+48%).

Em volume, foram exportadas 25.312 toneladas de leite em pó integral, 1% a mais do que 2016. Além disso, 4.171 toneladas de leite em pó desnatado (+50%), 8.161 toneladas de queijos (+4%) e de 2.796 toneladas de manteiga (+0%).

Bagnato disse que o Uruguai, apesar de ter uma diversidade de cerca de 70 destinos, aproximadamente, concentrou seus envios nos países do Mercosul. Ele comentou que o Brasil lidera as importações, ficando com 50% das exportações uruguaias. Além disso, outras alternativas, como a Rússia, Argélia, China, México, Cuba e Venezuela também aparecem.

A China aumentou as compras de produtos lácteos, exceto de manteiga por seu alto valor, nos dois primeiros meses do ano. O país volta a mostrar uma reativação para os produtos lácteos que seria muito benéfica para a produção uruguaia.

Entraram no mercado chinês 4% mais toneladas de leite em pó integral, por um valor 20% maior em relação aos dois primeiros meses de 2016. Os volumes e os preços do leite em pó desnatado também aumentaram, em 4% e 15%, respectivamente; e os de queijos aumentaram 14% e 2% respectivamente. No entanto, as vendas de manteiga aumentaram 29% em valor neste período, mas tiveram queda de 22% em volume. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 
Produção/NZ 
Um outro ciclone inundou a maior parte do país, e a chuva que veio em seguida foi bem recebida em North Canterbury, onde os agricultores acreditam que o fim de três anos de seca está chegando ao fim. Pastagens e culturas de invernos reagem rapidamente, mas, será necessário um período de sol antes das frias temperaturas de inverno. Nas áreas mais afetadas com a umidade na Ilha Norte, algumas decisões tiveram que ser tomadas. Entre elas secar antecipadamente as vacas, e liberar o rebanho para as pastagens, a fim de efetuar reparos na infraestrutura. As vacas de descarte estão sendo vendidas, e as indústrias reajustam os cronogramas dimuinuindo o tempo de trabalho. Procuram garantir o lucro, depois de uma temporada direcionada para as compras. Em um mercado volátil, a umidade da última semana veio acompanhada pelo temor de queda na produção, e a negociação de produtos lácteos no mercado futuro atingiu o nível recorde de NZ$ 20 bilhões. Isto foi um bom prenúncio para o leilão de lácteos desta semana. Efetivamente, na madrugada, foi confirmado um sólido aumento, de 3,1%, no globaldairytrade, o terceiro consecutivo. E, o mais importante foi que o leite em pó integral (WMP) se aproximou novamente de US$ 3.000/tonelada. O Rabobank observa sinais positivos para o próximo ano, prevendo lento crescimento da produção global de leite, mas, aumento das importações chinesas, proporcionando pagamento de NZ$ 6,25/kgMS na temporada 2017/18. A Fonterra relatou que seu braço australiano agora está contribuindo positivamente para o resultado geral, depois de muitos anos de resultados decepcionantes. (interest.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 19 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.483

 

   Sindilat e Mapa apresentam resultados do Programa Mais Leite Saudável

Para esclarecer dúvidas e apresentar os relatórios do Programa Mais Leite Saudável, tanto por parte do Ministério da Agricultura (Mapa) quanto das indústrias de laticínios, uma reunião será realizada na quinta-feira (27/04), às 10h, no auditório da superintendência do Mapa no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O encontro conta com o apoio do Sindicato das Indústrias dos Laticínios do RS (Sindilat), que convidará empresas do setor a participarem do encontro para relatar os resultados já obtidos com o programa. 

A iniciativa já beneficiou mais de 16 mil produtores. Até o momento, foram realizados testes de tuberculose e brucelose em animais de 3 mil propriedades, conforme adianta o auditor fiscal federal agropecuário do Mapa, Roberto Lucena. No total, já foram investidos R$ 30 milhões, recurso advindo de crédito de Pis/Cofins, em 50 projetos que envolvem ações para os produtores rurais em três áreas: melhoria da qualidade do leite, melhoramento genético e educação sanitária.

Lucena chama a atenção para a boa disponibilidade de recursos a serem investidos por meio do programa. Neste sentido, o técnico destaca que o momento de instabilidade econômica contrasta com as oportunidades oferecidas pelo projeto. "O que entendemos, no meio da crise, é que temos recursos volumosos para investimento no produtor rural e no fomento à qualidade do leite", conclui, ressaltando a importância do engajamento das indústrias na iniciativa. 

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destaca a importância das ações que podem ser viabilizadas pelo programa.

O Programa Mais Leite Saudável trata dos créditos presumidos do Pis/Cofins para as empresas lácteas e cooperativas. Conforme o decreto n. 8.533 do Diário Oficial da União, a lei 13.137/2015 prevê a concessão de crédito presumido de 50% para os laticínios que apresentarem propostas de melhoria da qualidade do leite com investimento de 5% do benefício. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Disparada nas importações 

O Brasil importou, de janeiro a março deste ano, 50,8 mil toneladas de produtos lácteos, um incremento de 57,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, quando o volume que entrou no País foi de 32,2 mil toneladas. Os principais produtos importados no período, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foram o leite em pó integral e desnatado, queijos e soro de leite. Como as exportações, no trimestre, foram de 13,2 mil toneladas, o saldo negativo foi de 37,6 mil toneladas. Há pelo menos três anos o país registra um movimento crescente de importações de lácteos, com volume de 109 mil toneladas em 2014, 134,8 mil toneladas em 2015 e 241 mil toneladas em 2016, quando o saldo negativo foi de 185 mil toneladas. Para o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat/RS), Darlan Palharini, o preço competitivo de outros países é uma das explicações. Dados do MDIC apontam que, em janeiro, a cotação do quilo do leite em pó integral estava a 11,91 dólares na exportação e 3,19 dólares na importação. 

Em fevereiro, o quilo de leite desnatado foi vendido ao exterior por 5,60 dólares e importado a 2,72 dólares. Na opinião de Palharini, a baixa competitividade dos produtos brasileiros é reflexo do chamado Custo Brasil. "Os tributos, a infraestrutura precária das estradas, tudo contribui para que o nosso produto fique mais caro. Este é o grande desafio que temos para fazer frente às importações", afirma. Preocupados com a situação, produtores e entidades ligadas ao setor pediram ao Ministério da Agricultura, em dezembro, que reavaliasse as regras para a compra de países do Mercosul. "O ministro Blairo Maggi até tentou negociações com o Uruguai, mas eles foram irredutíveis, não aceitaram imposição de cotas", lembra Palharini. O assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, diz que não vê justificativa, atualmente, para que as importações continuem no mesmo ritmo. "No ano passado havia uma escassez na produção nacional e se importou mais para haver um equilíbrio entre a oferta e a demanda", lembra. "Mas as importações continuam elevadas demais." (Correio do Povo)

 
 
Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 15/2017

Leite/América do Sul - A produção de leite na fazenda está mista na Argentina, em decorrência das condições climáticas variáveis através do país nas últimas duas semanas. Nas Províncias de Buenos Aires e Córdoba fortes chuvas inundaram diversas regiões prejudicando a produção de leite e causando problemas com o transporte.  Por outro lado, em importantes bacias leiteiras, como Entre Rios, o clima seco melhorou a produtividade animal. De um modo geral a captação de leite está adequada às necessidades da indústria. No entanto, o fornecimento de matéria gorda permanece baixo diante de um mercado com aumento da demanda.

Para elevar a oferta de manteiga, muitos processadores intensificam a produção de leite em pó desnatado. As bonificações para a matéria gorda do leite continuam altas, o que faz aumentar o custo operacional de muitas fábricas de queijo, ao ponto, de afetar a demanda doméstica do produto. No Uruguai a produção de leite encontra-se estável, dentro da tendência sazonal, e a captação adequada às necessidades das indústrias. Houve queda na demanda por leite fluido/UHT por parte das instituições de ensino, diante dos feriados de Páscoa, quando os estabelecimentos estiveram fechados. A encomenda de leite fluido para supermercados e restaurantes estão normais. A concorrência por matéria gorda entre as indústrias é intensa, diante da oferta apertada.

No Brasil as chuvas sazonais foram favoráveis à segunda safra de milho e algodão nas principais bacias leiteiras do Brasil Central e Nordeste, encerrando várias semanas de seca. Contudo, a produção de leite caiu, como é normal acontecer nesta época do ano. Com isto a redução da oferta o preço do leite ao produtor é pressionado para cima. A demanda por leite fluido/UHT de vários canais está fraca. O maior custo do leite cru reflete no aumento nos preços do queijo, prejudicando as vendas, e elevando os estoques. De acordo com o Centro de Estudos em Economia Aplicada (CEPEA), o Índice de Captação de Leite (ICALP-L/Cepea), em fevereiro, no Brasil foi de 176 pontos, apresentando queda de 3,1% em relação ao mês anterior e 0,7% quando comparado com um ano atrás. Este índice tem o objetivo de monitorar a captação de leite pela indústria. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Cooperativa Languiru corrige capital social de seus associados em 12% ao ano

Durante assembleia, realizada no dia 31 de março, a Cooperativa Languiru apresentou o novo modelo de capitalização do seu associado em relação à correção do capital social. Na oportunidade o presidente Dirceu Bayer e a contadora Carla Gregory detalharam o processo, que corrige as quotas-partes dos associados da Languiru em 12% ao ano, o que representa, hoje, aproximadamente R$ 6 milhões do capital social. Como consta na Lei 5.764/71, que define a política nacional de cooperativismo, a quota-parte é uma quantia em dinheiro que os associados depositam no momento em que ingressam no quadro social de uma cooperativa. Na Languiru, por exemplo, o estatuto social prevê que, ao ser admitido, cada associado deverá subscrever, no mínimo, cem quotas-partes, cada uma delas com valor equivalente a um litro de leite do preço base pago ao produtor no mês de seu ingresso ao quadro social.  O somatório das quotas-partes dos associados compõe o capital social de uma cooperativa, recurso que contribui para o suporte de desenvolvimento da instituição. Em outras palavras, é o capital social que dá ao associado a sua participação na entidade cooperativa que integra, o que lhe permite usufruir dos produtos e serviços oferecidos pela organização cooperativa, com direitos e deveres. O incremento do capital social de uma cooperativa ocorre pela adesão de novos associados e, neste caso da Languiru a partir da última assembleia, com o novo modelo de capitalização e correção das quotas-partes de seus associados.

Valorização do associado
A grave crise econômica e política brasileira, aliada ao aumento dos custos de produção, afeta a imensa maioria das empresas instaladas no Brasil, e nisso também se enquadram as cooperativas, especialmente as do agronegócio e do ramo de produção. Nesse contexto, a Languiru também sentiu os reflexos e, principalmente nos anos de 2015 e 2016, enfrentou dificuldades financeiras. "Em termos econômicos, nossos balanços estão muito bons, em termos financeiros, nem tanto. O ano de 2016 ainda foi melhor que o ano de 2015, ao contrário do que muitos diziam. Felizmente, cumprimos nossas obrigações e, para o ano de 2017, já existem sinais de melhora na economia, especialmente no segmento do agronegócio. Entendemos que este será um ano bom para o setor", avalia Bayer. Na assembleia, o presidente reforçou a importância do novo modelo de capitalização em relação à correção do capital social dos associados. "Se por um lado não houve a possibilidade de distribuição de sobras, considerando que não houve sobras no ato cooperativo, por outro lado estamos implementando a correção do capital social de cada associado em 12% ao ano", explica. Bayer avalia que em 61 anos de existência da cooperativa, nunca ocorreu essa correção do capital, juros sobre capital próprio. "A correção foi maior do que a própria poupança. É algo inédito e, no global da Languiru, isso representa R$ 6 milhões de correção do capital social da cooperativa", enaltece, mencionando que essa remuneração segue o padrão adotado por outras cooperativas, especialmente de crédito. Para ele, a iniciativa se trata de "uma forma de reconhecimento ao associado, que sempre esteve ao lado da sua cooperativa, com a valorização da sua conta capital, o que possibilita à Languiru o acesso à recursos financeiros no longo prazo". Inclusive, extrato das quotas-partes de cada associado está sendo disponibilizado pela Languiru, em documento entregue junto às contas de leite do produtor, e dúvidas podem ser esclarecidas junto ao Departamento Técnico da cooperativa. "Esse extrato deve ser usado pelos produtores na declaração do Imposto de Renda, com valores já pagos pela Languiru e a serem restituídos pelos associados", acrescenta o presidente.

Retorno
Em 2016 a Languiru desenvolveu programa de subscrição de quotas-partes junto ao seu quadro social, iniciativa que contribui para o desempenho econômico da Languiru e acesso ao crédito de longo prazo junto aos entes financeiros. Nesse momento, com a correção do capital em 12% ao ano, Bayer usa exemplo de associado que participou do procedimento no último exercício. "Para quem assinou quotas-partes de R$ 40 mil, por exemplo, terá na sua conta capital a correção de 12% sobre este valor do qual são avalistas de empréstimo financeiro, com valor pago até o presente momento e com bens em garantia de propriedade da Languiru, preservando o nosso produtor. A partir desse novo modelo, o associado é valorizado financeiramente na sua conta capital" exemplifica. Bayer justifica a implantação do novo modelo considerando que atualmente o capital social da cooperativa está em cerca de R$ 52 milhões, dos quais R$ 50 milhões são dos produtores de leite e dos integrados de aves e suínos que assinaram quotas-partes. "Se não adotássemos esse modelo, em oito anos teríamos apenas R$ 2 milhões como capital social da Languiru, o que é muito pouco e preocupante. Dessa forma como está sendo contabilizado, a Languiru preserva esse total de R$ 52 milhões. " Ele ainda destaca que a medida também busca incrementar o número de associados produtores ativos da Languiru. "É um movimento muito forte por novos associados. Estamos contentes em poder compartilhar isso com os associados produtores, uma forma de reconhecimento ao esforço e dedicação à Languiru", conclui Bayer, agradecendo o apoio e motivação de associados e colaboradores. Nesse mesmo contexto de ampliação do quadro social, o presidente também cita a criação do Cartão Verde, para produtores de milho, e o projeto de inclusão social e produtiva, idealizado pela Cooperativa Languiru, com apoio e envolvimento da Emater, de Sindicatos de Trabalhadores Rurais, de Secretarias Municipais da Agricultura de Teutônia, Estrela e Westfália, do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e da Sicredi Ouro Branco. (Assessoria de Imprensa Languiru)

 

 
Fonterra quer vender mussarela para o Brasil
A gigante de lácteos da Nova Zelândia, Fonterra, deverá entrar para o mercado de mussarela no Brasil com  a marca Quick Frozen (IQK). O gerente de serviços de alimentos da empresa, o brasileiro Hugo Melo, diz que o potencial do mercado é enorme, já que o produto economizará o tempo dos pizzaiolos, dinheiro, custos de mão de obra e reduzirá o desperdício. Para atender a esse projeto, a Fonterra anunciou que está construindo uma nova fábrica, que permitirá que a empresa dobre a capacidade de produção de mussarela. Ela será inaugurada em setembro de 2018. Uma vez concluída, a fábrica de Clandeboye da Fonterra passará a ser a maior produtora de mussarela natural do Hemisfério Sul e aposta nos brasileiros como consumidores. (Revista Balde Branco)
 

 

Porto Alegre, 18 de abril de 2017.                                               Ano 11- N° 2.482

 

  Preço do leite tem leve recuperação

O valor de referência do leite indica leve elevação para este mês de abril. Segundo dados divulgados pelo Conseleite em reunião nesta terça-feira (18/4), na sede da Fecoagro, em Porto Alegre, o litro está previsto em R$ 1,0411, 0,76% acima do resultado final de março (R$ 1,0332). Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, isso indica estabilidade dos preços no Rio Grande Sul. "Os números mostram que o valor médio dos produtos está cima do obtido em 2016, mas o mercado trabalha com um cenário de estabilidade", pontuou o dirigente, que também é presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).

Ele indicou que já há sinais de melhora no consumo das famílias em relação aos primeiros meses ano, o que permite sinalizar manutenção do leite em patamares mais elevados. Além disso, o cenário evidencia a tradicional redução de produção na estressafra, uma vez que abril é a época de menor captação do ano. Guerra ainda argumentou que algumas empresas de fora do Rio Grande do Sul têm vindo buscar leite no Estado e acabam pagando mais pelo litro para abrir mercado.

Durante reunião, as lideranças do setor laticinista ainda criticaram a elevação das importações de produtos lácteos pelo Brasil. Guerra pontuou que, apesar de o setor pleitear freio para as aquisições de leite por parte do governo federal, é preciso ser mais competitivo. "Há a questão do Custo-Brasil, mas as empresas brasileiras precisam ser mais eficientes", argumentou, lembrando que a questão cambial também vem favorecendo as importações. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Foto: Carolina Jardine
 
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Abril de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Março de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Abril de 2017 é de R$ 2,3485/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 
 
Sindilat pedirá ao Mapa esclarecimentos sobre o novo Riispoa

O novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) foi um dos temas da reunião dos associados ao Sindilat, realizada na tarde desta terça-feira (18/4), em Porto Alegre. A ideia é agendar uma reunião com técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) para sanar as principais dúvidas dos laticínios.

"Estamos chamando o Mapa para uma reunião específica para tratar do novo Riispoa, onde poderemos esclarecer pontos controversos e fazer o entendimento das novas regras", comenta o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Para o vice-presidente da entidade, Guilherme Portella, a nova legislação trouxe modificações importantes para o setor lácteo. Uma das mudanças é que não há mais a padronização do tamanho, formato e peso dos queijos, regra que permite à indústria inovar mais. O dirigente também destacou a regionalização dos padrões do leite produzido em diferentes locais, que permitirá ao Rio Grande do Sul fazer estudo que poderá demonstrar que a variação dos parâmetros ocorre devido à mudança de clima e pastagem, por exemplo.

A temperatura de conservação do leite cru, que reduziu de 5 para 4 graus no trajeto do posto de resfriamento até a indústria, é uma das alterações apresentadas pelo novo Riispoa. 
 
Senai apresenta Programa Brasil Mais Produtivo
Durante a reunião dos associados, representantes do Instituto de Tecnologia Senai - Alimentos e Bebidas apresentaram algumas iniciativas, entre elas o Programa Brasil Mais Produtivo, que tem como objetivo contribuir para que as indústrias se desenvolvam por meio de consultoria. As ações incluem avaliação dos desperdícios e dos estoques, estudo dos gargalos, balanceamento da produção, otimização dos recursos e uso racional da mão de obra. 

"O objetivo é ter aumento de pelo menos 20% na produtividade por meio de ações que não demandam investimentos em infraestrutura", relata Lisiane Rodrigues, consultora do Programa Brasil Mais Produtivo. O projeto é uma iniciativa do governo federal. O diagnóstico dos processos da empresa é feito gratuitamente pelo Senai.

O PAS Leite - Programa Alimento Seguro também foi abordado durante a apresentação. Desde 2014, o Senai já formou 2427 transportadores e 174 técnicos multiplicadores de boas práticas nas indústrias. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Sindilat participa de fórum sobre relações do trabalho na Fiergs

Considerada uma das principais pautas que tramitam no Legislativo, a Reforma Trabalhista foi tema do 1º Fórum Sul Brasileiro de Relações do Trabalho, na manhã desta segunda-feira (17/04), na Fiergs, em Porto Alegre. Para os representantes das indústrias, as mudanças previstas pelo Projeto de Lei (PL) 6.787/2016 deverão ter impacto direto no planejamento das empresas brasileiras. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que esteve presente no debate, acredita que a reforma irá assegurar garantias às indústrias, sem tirar os direitos dos trabalhadores. "A reforma irá ampliar a segurança jurídica das empresas", opina.

Na ocasião, também foi discutido que, para aprimorar a competitividade e aumentar as vagas de emprego, é necessário que as empresas debatam as necessidades de cada setor com o Legislativo. Durante o fórum, os presidentes das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), de Santa Catarina (Fiesc) e do Paraná (Fiep) assinaram documento para reforçar a posição dos empresários a respeito do que está sendo proposto pelo governo como reforma de leis trabalhistas. A Carta de Porto Alegre foi entregue pessoalmente ao presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. No texto, está descrita como urgente "a modernização das leis e regramentos que impedem a manutenção e a geração de empregos formais na economia nacional". 

O 1º Fórum Sul Brasileiro de Relações do Trabalho reuniu juízes do trabalho, senadores, deputados federais e empresários para debater as mudanças nas relações de trabalho previstas pela Reforma Trabalhista. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da Fiergs)

 
 
Fotos: Dudu Leal 
 
 
Leilão GDT: preços internacionais apresentam aumento

O segundo leilão GDT de abril, divulgado nessa terça-feira (18/04), apresentou novo movimento de alta. O preço médio dos lácteos fechou em US$3.139/tonelada, valor 3,1% superior em comparação ao anterior.

Dentre os principais produtos comercializados, todos apresentaram alta. Para o preço do leite em pó integral, a alta foi de 3,5%, com média de US$2.998/tonelada. Já para o leite em pó desnatado, que ficou relativamente estável no último leilão, o aumento observado foi de 7,1%, chegando a US$2.044/tonelada. 

A manteiga e o queijo cheddar também acompanharam o movimento de alta, com variações positivas de 2,9% e 6%, respectivamente, fechando a US$4.892/tonelada e US$3.462/tonelada. As cotações futuras do leite em pó integral indicam que a tendência de alta deve permanecer até setembro de 2017. (Milkpoint/GDT)

 

 
Custos de produção 
Em fevereiro, os custos de produção da pecuária leiteira caíram, seguindo o movimento de desvalorização do concentrado. Já o preço do leite pago ao produtor, que acumulava cinco meses de queda após o recorde alcançado em agosto/16, teve sua primeira recuperação no ano.  Como resultado, o poder de compra do pecuarista aumentou. O custo operacional efetivo (COE), que considera os gastos correntes da propriedade na "média Brasil" (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), caiu 0,43% e o custo operacional total (COT), que engloba pró-labore e depreciações, 0,36% em fevereiro, em relação ao mês anterior. A pressão nos custos veio principalmente do grupo de concentrados, que se desvalorizou 0,9% de janeiro para fevereiro, refletindo especialmente a baixa do milho. A queda só não foi maior devido à valorização do grupo de forrageiras anuais (insumos + mão de obra contratada), de 1,7%, e dos materiais de ordenha, de 1,3%. (Cepea)