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11/07/2017

 

Porto Alegre, 11 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.538

 

  EUA: IBM e Universidade de Cornell trabalham juntas para manter o fornecimento global de leite seguro

A IBM Research e a Universidade de Cornell se uniram para ajudar a melhorar a segurança do fornecimento global de leite por meio do sequenciamento genético e análise de dados (Big Data Analytics). A Universidade de Cornell também se tornou o mais novo membro da iniciativa de segurança alimentar do 'Consórcio para Sequenciamento da Cadeia de Fornecimento de Alimentos'. O consórcio está conduzindo um estudo de metagenômica em grande escala para categorizar e compreender micro-organismos e os fatores que influenciam sua atividade em várias matrizes de alimentos.

A Bio-Rad Laboratories e a Mars participam do consórcio, que foi criado em 2015. O objetivo da colaboração entre a IBM e a Universidade de Cornell é ajudar a minimizar a chance de que um risco alimentar atinja os consumidores e fornecer uma ferramenta para auxiliar contra a fraude alimentar na indústria global de lácteos. 

O USDA estimou que cada cidadão americano consome mais de 600 libras (272 quilos) de leite e produtos à base de leite por ano e os produtos lácteos encabeçaram a lista dos maiores recolhimentos de produtos por segurança alimentar no ano passado. A parceria de pesquisa alavancará inteligência artificial e aprendizado automático para obter novos insights sobre como os micro-organismos interagem dentro de um ambiente particular, disse Jeff Welser, vice-presidente e diretor da IBM Research - Almaden.

Embora muitos produtores de alimentos já tenham procedimentos rigorosos para assegurar que os riscos de segurança alimentar sejam gerenciados adequadamente, essa aplicação pioneira da genômica será designada para permitir uma compreensão e uma caracterização mais profunda dos micro-organismos em uma escala muito maior do que já foi possível anteriormente.

O leite cru é o ingrediente principal nos produtos lácteos ao consumidor, mas as amostras são geralmente testadas para uma variedade limitada de bactérias. O projeto de pesquisa busca detectar anomalias anteriormente desconhecidas que podem representar um risco de segurança para a cadeia de fornecimento de produtos lácteos. Caracterizar o que é "normal" para um ingrediente alimentar pode ajudar a detectar quando algo está errado muito mais cedo no processo e evitar riscos para a segurança alimentar.

O 'Consórcio para Sequenciamento da Cadeia de Abastecimento de Alimentos' está expandindo essa gama de testes e detecção de bactérias usando a comunidade de micro-organismos conhecida como microbioma para caracterizar as amostras de alimentos em uma resolução muito maior. O projeto de pesquisa coletará dados genéticos do microbioma de amostras de leite cru em um cenário de "mundo real" na planta de processamento de leite de Cornell e na fazenda em Ithaca, Nova York.

A instalação engloba a cadeia completa de fornecimento de lácteos - desde a fazenda até o processamento para o consumidor. Esta coleta inicial de dados formará uma linha de base do leite cru e será usada para expandir ainda mais as ferramentas analíticas e bioinformáticas existentes no consórcio.

Ao sequenciar e analisar o DNA e o RNA dos microbiomas alimentares, os pesquisadores planejam criar novas ferramentas que possam ajudar a monitorar o leite cru para detectar anomalias que representem riscos para a segurança alimentar e possíveis fraudes.

A colaboração ajudará a "desenvolver novas maneiras de ajudar a manter nossa oferta de alimentos segura antes da ocorrência de fraudes ou contaminações através do desenvolvimento de algoritmos avançados, aplicação de aprendizagem automática e modelagem matemática para sequência de dados", disse Kristen Beck, pesquisadora técnica para o Consórcio de Sequenciamento da Cadeia de Fornecimento de Alimentos, IBM Research - Almaden. "A alimentação segura é o primeiro passo para a saúde humana". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Perspectivas Agrícolas da OCDE e da FAO 2017-2026 - Produtos lácteos

 
As cotações mundiais do leite começaram a aumentar no segundo trimestre de 2016, impulsionadas, principalmente, pelos preços da manteiga e do leite em pó integral, revertendo a queda iniciada em 2014 em decorrência do declínio da demanda chinesa; do embargo russo às importações de alimentos da União Europeia (UE) e aliados; e aumento da produção em muitas regiões exportadoras. 

De janeiro a dezembro de 2016, os preços da manteiga e do leite em pó integral aumentaram em torno de 40% e 56%, respectivamente. O preço da manteiga iniciou uma recuperação, mas, as elevações futuras serão limitadas, em comparação às dos outros produtos lácteos. Produtos como queijo ou leite em pó desnatado, aumentarão mais lentamente, porém, por mais tempo, em 2017. A recuperação dos preços dos produtos lácteos em 2016 se explica pela queda acentuada da produção de leite na Austrália, na Nova Zelândia, na Argentina, e na UE, no segundo semestre do ano, mas, também forte demanda, particularmente do queijo e da manteiga. A Oceania produziu menos leite pelos seguintes motivos: queda do preço dos produtos lácteos 2015-16, condições meteorológicas desfavoráveis ligadas ao fenômeno El Niño, pastagens em condições ruins e encarecimento do custo de vacas de reposição, o que levou à redução do plantel leiteiro em 1,6%, em 2016. O fenômeno, no entanto, favoreceu a renovação do rebanho, com a introdução de animais mais jovens e mais produtivos, ainda que a taxas de renovação menores, diante da elevação dos preços mundiais dos produtos lácteos. Levando em consideração o ciclo de produção de um rebanho leiteiro, deve-se esperar uma lenta recuperação do número de animais, mas, com melhores rendimentos. Enquanto a China, maior importador de produtos lácteos, reduziu as importações, principalmente de leite em pó integral, em relação aos níveis atingidos em 2013-14, as exportações da Oceania vão se recuperando, pouco a pouco, graças à diversificação de mercados importantes como Argélia, Indonésia, México, Federação Russa, Iêmen, Bangladesh ou Egito. A Nova Zelândia diminuiu sua produção de leite em pó integral, mas aumentou a produção de queijo, para atender à demanda mundial.

Muitos fatores (em particular o embargo russo, a alta produção na Nova Zelândia, Austrália, e Estados Unidos, eliminação das quotas, e queda na importação de leite em pó pela China) deixaram o setor lácteo da UE em situação difícil em 2015. As coisas começaram a mudar na metade de 2016. Do lado da oferta, 351.029 toneladas de leite em pó desnatado foram retiradas do mercado através da compras públicas efetuadas pela política de intervenção da UE. Está prevista a venda desses estoques nos próximos dois anos. Por outro lado, o consumo interno e internacional de queijo e de manteiga aumentou, enquanto que certos grandes países produtores reduzem sua produção. A UE aumentou sua produção, e suas exportações de queijo e de manteiga cresceram 9,5% e 23%, respectivamente. (FAO - Tradução Livre: Terra Viva)

Superavit do agronegócio atinge US$ 8,12 bilhões, segundo melhor resultado histórico para junho

As exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 9,27 bilhões, em junho, superando em 11,6% o valor registrado em igual mês do ano anterior. Do lado da importação, houve crescimento de 6,1%, passando para US$ 1,16 bilhão em junho deste ano. O superavit comercial do agronegócio brasileiro elevou-se de US$ 7,22 bilhões para US$ 8,12 bilhões, sendo o segundo maior resultado da série histórica para meses de junho, abaixo apenas do valor de junho de 2014, quando foi de US$ 8,40 bilhões.

As vendas foram lideradas pelo complexo soja (grão, farelo e óleo), cujas vendas atingiram US$ 3,96 bilhões. O valor significa acréscimo de 8,1% sobre o que foi registrado em igual mês de 2016. Este segmento representou 42,7% do total das exportações do agronegócio no mês. Os dados constam da balança comercial do agronegócio, divulgada nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O complexo sucroalcooleiro aparece em seguida, com exportações de US$ 1,36 bilhão no período, contabilizando aumento de 32,9% sobre junho/2016. Esse acréscimo foi puxado pelas vendas de açúcar em bruto, que tiveram incremento de 39,7%, alcançando US$ 1,07 bilhão (2,64 milhões de toneladas). Esse desempenho garantiu recordes em valor e quantidade para o açúcar em bruto, considerando meses de junho.

Na terceira posição da pauta, o setor de carnes registrou exportações de US$ 1,32 bilhão, revelando avanço de 1,7% no valor exportado em junho/2017 sobre igual período do ano anterior. As vendas de carne suína obtiveram o melhor desempenho do setor, com elevação de 26,9% sobre junho/2016 (+3,9% em quantidade e +22,1% no preço médio), passando para US$ 154,53 milhões.

O destaque seguinte foram as exportações de produtos florestais, que atingiram US$ 1,03 bilhão em junho/2017, superando em 21% o resultado de junho/2016. Sobressaíram-se as vendas de celulose, com aumento de 38,5% sobre junho/2016 (+16,9% em quantidade e +18,5% no preço médio), alcançando US$ 620,15 milhões.

O quinto melhor desempenho foi o de café, totalizando US$ 368,96 milhões, em junho/2017, com aumento de 4,2% sobre junho/2016. O principal item foi o café verde, com exportações de US$ 309,30 milhões, cifra 2% superior à registrada em junho/2016 (-7,7% em quantidade e +10,5% no preço médio).

Em conjunto, os cinco principais segmentos da pauta do agronegócio somaram US$ 8,04 bilhões, representando 86,7% do total das exportações registradas em junho de 2017. (As informações são do Mapa)

Programa está aumentando produção de leite em propriedades rurais do RS

A FARSUL, o SENAR-RS e o SEBRAE/RS, através do programa Juntos para Competir, atuam na cadeia produtiva do leite transformando pequenas propriedades em negócios rentáveis e sustentáveis. As atividades desenvolvidas junto aos empreendedores seguem o conceito de produção integrada na propriedade, respeitando os preceitos ambientais e buscando melhorar a qualidade de vida do produtor rural. Atualmente, o programa atende 640 produtores de leite gaúchos. "A meta do nosso trabalho é aumentar em 50% o volume de leite produzido, percentual que está sendo atingido por praticamente todos os participantes", comemora a técnica da Gerência de Agronegócio do SEBRAE/RS, Ana Carolina Cittolin.

Uma das possibilidades de negócio dentro de uma propriedade rural leiteira é o beneficiamento do produto em queijos e outros derivados. E, com o objetivo de ampliar o conhecimento de produtores e consumidores a respeito do tema, esse modelo de negócio fará parte do Salão do Empreendedor, uma das atrações da Expointer 2017. Conforme Ana Carolina, neste espaço serão apresentados os queijos e derivados produzidos no Rio Grande do Sul, com a demonstração de uma pequena agroindústria beneficiadora de queijos. Tudo isso acompanhado de muitas informações para quem quiser iniciar esse tipo de negócio", ressalta.

O Salão do Empreendedor é uma iniciativa da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-RS), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (SEBRAE/RS), além da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Sul (SENAI-RS), Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio Grande do Sul (SENAC-RS).

A Expointer
A 40ª Expointer, exposição reconhecida como um dos maiores eventos do mundo no gênero, sendo considerada a maior feira a céu aberto da América Latina, reunirá as últimas novidades da tecnologia agropecuária e agroindustrial. Estarão expostas as mais modernas máquinas, o melhor da genética e as raças de maior destaque criadas no Estado. (As informações são do Sebrae)

 

Último ano do acordo de cotas de leite em pó entre Argentina e Brasil
Empresas de lácteos argentinas procuram se desviar da pressão do Brasil para voltar a estabelecer cotas para as exportações de leite em pó. Representantes dos dois países se reuniram novamente em Buenos Aires para continuar analisando o tema. Integrantes de agroindústrias e câmaras empresariais de lácteos da Argentina anteciparam a seus pares brasileiros que este ano seria o último do acordo privado que punha limite às exportações de leite em pó. Esse entendimento comercial inclui cotas para o leite em pó argentino, 4.300 toneladas para 2016/17, e está assinado pela Organização Brasileira de Cooperativas, a Confederação Nacional da Agricultura, representantes do governo dos dois países, e pelo Centro da Indústria Láctea da Argentina e Apymel do lado argentino. Para os produtores de leite da Argentina, o comércio de leite em pó com o Brasil é fundamental, e ao longo dos últimos 15 anos representou o total do volume exportado. (El País - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

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