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Porto Alegre, 25 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.743

 

NOTA OFICIAL SINDILAT
Sem cumprimento de liminares nem acordo em Brasília, coleta de leite cru para no RS

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do RS (Sindilat) lamenta a falta de coerência em fazer cumprir as decisões liminares obtidas na Justiça para a liberação das cargas de leite cru retidas em manifestação de caminhoneiros. Apesar dos esforços das empresas associadas para que seus caminhões chegassem aos 65 mil produtores gaúchos para coletar a produção diária e, mesmo de posse das liminares, poucos avanços foram obtidos. A falta de sensibilidade do comando de greve penaliza milhares de famílias que tiram sustento de tambos onde é impossível desligar as máquinas.

O Sindilat estima prejuízo de R$ 10 milhões por dia com a perda da produção estocadas nas propriedades. O valor não representa impacto apenas aos produtores e à indústria. A soma deixa de se reverter em poder de compra no varejo do Interior do Estado e em impostos para mais de 90% dos municípios gaúchos.

O sindicato e seus associados entendem as causas que motivam a greve. No entanto, o Sindilat e as indústrias por ele representadas exigem uma rápida solução do governo para o caso sob pena de levar o setor, que enfrenta uma das piores crises de sua história, ao colapso financeiro e ameaçar os 300 mil empregos por ele gerados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
NOTA ABERTA À POPULAÇÃO - FUNDESA

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) respeita a realização do movimento dos caminhoneiros. Entretanto, vem relatar a grave situação que vem ocorrendo nos últimos dias no setor de produção de proteína animal no Rio Grande do Sul. A paralisação nas rodovias já provoca sérios problemas de alimentação de aves e suínos nas granjas. Não há milho e farelo de soja para a produção de ração, e nem mesmo é possível o transporte do alimento até às propriedades com animais alojados.

Entre as graves consequências da severa restrição alimentar estão o canibalismo, a falta de desenvolvimento dos animais e a mortalidade. A desnutrição dos animais alojados afeta diretamente o bem-estar animal e coloca em risco a sanidade, já que sem nutrição a imunidade cai, abrindo portas para enfermidades. Além disso, o correto descarte de resíduos de produção está impossibilitado, e pode provocar impacto ambiental. Na produção de leite já está ocorrendo descarte, pois não há o recolhimento e transporte do produto para industrialização.

O setor de proteína animal, que tanto contribui para a alimentação da população brasileira, a retomada econômica do país e com o desempenho da balança comercial, enfrenta no Rio Grande do Sul perdas diárias de receitasó nos setores de aves de mais de R$ 20 milhões, e de suínos de R$ 14 milhões.

As entidades integrantes do Fundesa pedem a abertura de diálogo e a sensibilidade das lideranças do movimento dos caminhoneiros no sentido de permitir o escoamento de milho e farelo de soja para as fábricas de ração, e da ração em direção às propriedades, bem como o transporte de cargas vivas entre unidades produtivas do sistema integrado. (Fundesa)

 
Brasil recebe da OIE certificado de livre de aftosa

O Brasil recebeu ontem da Organização Mundial da Saúde (OIE) o certificado que considera o país livre da febre aftosa com vacinação. O documento foi entregue pela diretora-geral da OIE, Monique Eloit, para o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em cerimônia na sede da OIE, em Paris. Em comunicado, Monique afirmou que a certificação foi aprovada na terça-feira pela Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, que confirmaram o Brasil como uma zona ampliada livre da doença que acomete principalmente os rebanhos bovinos. O documento cita apenas 24 Estados e o Distrito Federal como unidades da Federação que receberam o reconhecimento sanitário. 

 
Mas o ministro Blairo Maggi esclareceu ao Valor que Santa Catarina - único Estado do país que tem o status de livre de febre aftosa sem vacinação - e Rio Grande do Sul já haviam sido certificados anteriormente pela OIE. "Finalmente recebemos nosso certificado de país livre de febre aftosa. Parabéns aos pecuaristas, servidores do Mapa [Ministério da Agricultura], governo federal, governos estaduais e aos milhares de anônimos que trabalharam nos últimos 60 anos ou mais para essa conquista. Parabéns Brasil", afirmou Blairo. O ministro disse que, com o certificado, os frigoríficos brasileiros terão mais chances de exportar para mercados mais rigorosos. Segundo ele, um desses casos é a China, que pode comprar carnes com osso e miúdos. A intenção do Ministério da Agricultura é, a partir de agora, buscar o status de livre de aftosa sem vacinação na OIE. Pelo cronograma da Pasta, esse status deverá ser obtido em 2023. (Valor Econômico) 
 
ELES NÃO PODEM DESLIGAR OS ANIMAIS

O desabastecimento nas cidades é a face mais evidente dos efeitos da mobilização dos caminhoneiros. Mas os prejuízos se multiplicam, em diversos segmentos. Ontem, agricultores do Rio Grande do Sul tiveram de colocar fora leite armazenado nas propriedades. Segundo o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), cerca de 10 milhões de litros de leite deixaram de ser recolhidos, 80% do volume habitualmente coletado por dia.

Na propriedade familiar de Adriane Bertoldo, em Nova Bassano, 3 mil litros de leite tiveram de ser descartados depois de dois dias sem recolhimento do produto por parte da empresa para a qual fornece.

- Nosso resfriador tem capacidade para 3 mil litros. Quando encheu, nos obrigamos a colocar fora - lamenta a produtora, que tem 45 vacas holandesas, que somam produção diária de 1,5 mil litros.

Diariamente, os produtores ficam à espera de informações sobre se será ou não possível recolher o leite:

- Dependemos do caminhão para buscar a produção. E não é só o prejuízo do que a gente joga fora, tem mais a ração, a luz, várias coisas que se somam aos custos.

A produtora sofre duplamente com a paralisação. Além do leite, produz suínos. Os frigoríficos, igualmente afetados, não têm conseguido buscar os animais. Hoje, as empresas de aves e de suínos do Estado ficarão paradas.

- Ainda não dá para calcular o prejuízo, mas é grande e real - diz Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS.

Levantamento feito ontem contabilizava que, a cada dia de paralisação, 22 milhões de frangos, 150 mil suínos e 90 mil bovinos deixam de ser abatidos, só nas unidades com inspeção federal. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que ainda não havia ocorrido a liberação de cargas vivas em "vários pontos de parada do movimento de greve nas estradas". Há relatos de animais que estão há mais de 50 horas sem alimentação.

Em desabafo feito por meio de uma rede social, um produtor de leite do Estado afirmou:
- Vocês (caminhoneiros) desligam a chave dos caminhões, não têm mais gasto com nada. Eu não tenho como desligar as vacas. (Zero Hora) 

 

PRODUTO NÃO FICARÁ MAIS CARO
Uma das principais indústrias do Estado, a CCGL, com sede em Cruz Alta, no Noroeste, pode processar até 1,7 milhão de litros de leite, mas ontem trabalhava com 20% da capacidade. Hoje, poderá parar por completo. - A oferta estava estabilizada. Vendíamos o que produzíamos. Alguns pontos de venda ficarão sem o produto - avalia Caio Vianna, presidente da CCGL. O dirigente afirma que o consumidor final não será onerado. Na Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, na Serra, o volume de leite recolhido era suficiente apenas para 12 horas de trabalho. A Lactalis estava com 90% da captação comprometida. - A tendência é de desabastecimento, sim - afirma Guilherme Portella, diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos da Lactalis do Brasil. (Zero Hora)
 

 
 

Porto Alegre, 24 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.742

 

Mais de 80% da captação de leite do RS está comprometida
O Sindicato da Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) informa que mais de 80% da captação de leite do Rio Grande do Sul está comprometida nesta quinta-feira (24/5). Segundo levantamento realizado com associados nesta manhã, várias empresas suspenderam integralmente a ação de caminhões nas diferentes rotas e aqueles que ainda estão operando o fazem com dificuldades e sob ameaça. Todos os dias, em condições normais, são captados 12,6 milhões de litros de cru de 65 mil propriedades rurais do Rio Grande do Sul.
Compreendendo as complicações e o prejuízo que a interrupção desse serviço traz aos produtores e à indústria, o Sindilat ingressou com ações na Justiça Estadual para desbloqueio das rodovias interditadas em movimento de caminhoneiros desde a segunda-feira (21/5). Ontem (23/5), a Justiça determinou a liberação de cargas de empresas associadas ao Sindilat em Cruz Alta e Ijuí. Soma-se ao movimento, liminar obtida nesta quinta-feira (24/5) pela Advocacia Geral da União (AGU) que permite a livre circulação nos estados do RS, SC e PR. Até este momento, o cumprimento das decisões judiciais para liberação dos caminhões ocorre de forma lenta e insuficiente para repor o fluxo de coleta no campo. O Sindilat recomenda a seus associados que, de posse das decisões acima citadas, solicitem a liberação das cargas retidas em diferentes rodovias.
As empresas associadas ao Sindilat ainda informam que estão com seus setores de expedição lotados de produtos e já há registro de falta de insumos para atender ao processo industrial, o que indica que, se a manifestação prosseguir, as linhas de produção também serão desativas integralmente. 
O Sindilat e as indústrias associadas informam que, tão logo o transporte seja normalizado, a coleta no campo e o abastecimento dos centros urbanos serão retomados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Produtores do País descartam milhões de litros de leite

Leite jogado fora - Produtores de leite de todo o País sentem os efeitos da greve dos caminhoneiros e veem milhões de litros serem descartados. Na região de Passos, no Sul de Minas Gerais, mais de 500 mil litros já foram jogados fora porque, com a falta de transporte o produto se perde em pouco tempo e não há como utilizá-lo. Nas proximidades, caminhões seguem parados em mais de 20 rodovias, porém, os protestos afetam também outras regiões do Estado, caso do Sudoeste Mineiro, onde 150 mil litros serão descartados nesta quinta-feira, 24.

Segundo a Associação dos Produtores de Leite, a situação gera "sentimentos de tristeza, indignação e revolta com nossos governantes". A entidade explicou em nota que o alimento será descartado como chorume nas fazendas, "enquanto tantas pessoas necessitam dele, pois somos proibidos de doá-lo sem que seja pasteurizado".

Para piorar, além de jogar o leite fora, produtores dizem que o risco é grande de começar a faltar ração para os animais. Em outros Estados, o problema também é sentido. No Rio Grande do Sul, o Sindicato da Indústria de Laticínios estima que 4 milhões de litros já deixaram de ser captados devido ao movimento dos caminhoneiros.

No Mato Grosso do Sul, que soma 24 mil produtores, a falta de transporte também ocorre e eles dizem que começarão a descartar o produto. No Estado são mais de 30 pontos de bloqueios nas rodovias.

Armazenamento
No Paraná, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite) informou que o leite é jogado fora pelo produtor "por não ter como estocar em suas propriedades". E que diversas agroindústrias suspenderam as atividades e não estão recebendo o produto in natura. Já no Rio de Janeiro, a Cooperativa Agropecuária de Barra Mansa esclareceu que "com muito ressentimento e dor no coração", os produtores serão obrigados a descartar mais de 130 mil litros de leite por dia "que centenas de pessoas envolvidas labutaram para produzir". (DCI)

RECURSOS PARA DAR PASSAGEM À PRODUÇÃO

As liminares que vêm sendo obtidas por segmentos ligados à produção agropecuária tentam dar algum respiro ao estrangulamento provocado pela greve dos caminhoneiros. Ainda que reconheçam a legitimidade das ações, setores como o de leite e de proteína animal estão sendo paralisados pela iniciativa. Ontem, mais empresas comunicaram a interrupção das atividades (veja balanço nacional acima).

O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS) obteve duas liminares para a liberação dos caminhões: uma nas rodovias federais de Cruz Alta, abrangendo as BRs 158, 386 e 285, e outra na comarca de Ijuí, para rodovias estaduais. Ainda assim, a percepção era de que houve piora no cenário.

Também ontem, a JBS conseguiu liminar na 1ª Vara Cível de Montenegro, que determina a liberação do acesso à unidade da empresa no município, na rótula da RS-240 com a BR-470. A medida se restringe a caminhões da marca e aos limites da comarca. (Zero Hora)

Espanha - Um novo decreto para controle do leite

Controle sanitário/Espanha -  O Ministério da Agricultura da Espanha (Mapama) prepara um novo decreto para regular os controles sanitários do leite. Uma das novidades da proposta é realizar a análise do leite pelos transportadores, na hora da coleta nas fazendas. 

Atualmente o transportador só coleta a amostra e envia para um laboratório. Para a Federação Rural Galega (Fruga), esta nova norma pode colocar em risco as pequenas propriedades. Para que o transportador faça a análise antes de colocar o leite no caminhão, cada coleta levará muito mais tempo, cerca de 30 minutos em cada unidade de coleta. Isto implicará em não completar toda a rota atual, e poderá levar às indústrias a deixarem de captar em pequenas explorações, ou de difícil acesso, para que se possa cumprir toda a rota. Além do mais haverá aumento dos custos e os agricultores temem que a indústria repasse esse aumento através da redução do preço do leite, que já é baixo. A Galícia tem mais 7.900 produtores de leite, a maior parte familiar e pulverizadas pela região. (Agrodigital - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)
 

LEITE/CEPEA: Preços do UHT e muçarela sobem em sete dias
Lácteos - As cotações dos produtos lácteos reagiram levemente nessa última semana. Entre 13 e 19 de maio, o preço de leite UHT registrou alta de 0,33% frente à semana anterior, fechando com média de R$ 2,38/litro. Segundo colaboradores do Cepea, esse aumento é necessário para cobrir os custos, principalmente devido ao encarecimento da matéria-prima no campo. O queijo muçarela, por sua vez, se valorizou 3,25% no mesmo período de comparação, fechando a R$ 16,94/kg. Isso se deve à menor produção e limitação da matéria-prima. (Cepea)

 
 

Porto Alegre, 23 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.741

 

A Fonterra eleva o preço atual do leite, e prevê preço maior para a próxima temporada
Preços/NZ - Em uma série de anúncios a Fonterra eleva os preços do leite para a temporada atual, corta os dividendos, e inicia a safra 2018/2019 com valores bem acima da previsão dos analistas, NZ$ 7,00. As informações representam uma boa notícia para os preços, mas, revelam um baixo desempenho operacional da Fonterra. 
A cooperativa vive uma situação paradoxal em que o aumento no preço do leite aumenta seus custos de insumos e coloca a performance sob pressão. Mesmo assim, questionamentos deverão ser feitos sobre o seu nível de desempenho financeiro neste ano. Para a atual temporada o preço do leite é estimado em NZ$ 6,75/kgMS, representando aumento em relação à previsão anterior que era de NZ$ 6,55/kgMS. No entanto, os dividendos saíram de NZ$ 0,40 para algo entre NZ$ 0,15 e NZ$ 0,20 - possivelmente, menos da metade do pago no ano passado.

A projeção dos dividendos já havia sido cortada dois meses atrás, depois que a Fonterra precisou dar baixa em NZ$ 405 milhões referente ao desastroso investimento na Beingmate na China. Agora a previsão é de mais corte. O presidente John Wilson disse que o preço mais alto do leite pressiona os ganhos da Fonterra em um ano desafiador devido ao pagamento da Danone e o comprometimento do investimento da Beingmate.

"Como resultado estamos revisando nossa previsão de lucro por ação que havia sido estabelecido entre 25-30 centavos, reduzindo para o intervalo de 15-20 centavos por ação. Para nossos acionistas e cotistas a previsão de lucro é decepcionante. No entanto, o pagamento total previsto aumenta para NZ$ 6,90 a NZ$ 6,95/kgMS, o que representa o terceiro melhor pagamento da década".

 

Wilson disse que os preços elevados do leite refletem a oferta global e o cenário da demanda que continua a ser positiva para os agricultores. "os preços globais dos lácteos estão subindo desde o início da temporada. A cotação do leite em pó integral (WMP) está particularmente firme dado o continuado crescimento da demanda pela China e através da Ásia".

Ele disse que a captação de leite pela Fonterra na Nova Zelândia aumentou para 1.500 milhões de kgMS, ficando acima da previsão de 1.480 milhões de kgMS feita no meio da temporada, em decorrência das melhores condições de produção em março e abril, depois de atravessar uma primavera e um verão desafiadores.

A nova temporada 
Para o novo período, como relatado antes, a previsão do preço do leite é de NZ$ 7,00/kgMS para a temporada 2018/2019. Isso é consideravelmente maior do que o esperado pelos economistas. (interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 
Elas voltaram à casa do consumidor

Retomada do consumo - Foram quase três anos abrindo mão de categorias para ajustar o orçamento. Mas, desde meados do ano passado, a crise vem sendo superada e o antigo padrão de consumo, aos poucos, tem sido retomado. Entre os produtos que estão voltando aos lares que haviam deixado de consumi-los, estão manteiga, batata congelada, requeijão, azeite e pão industrializado. 

É o que mostra pesquisa da Kantar Worldpanel, com dados de novembro de 2016 a novembro de 2017. O levantamento também aponta que essa melhora ocorreu tanto na cesta nacional quanto na região que inclui os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O melhor resultado coube à batata congelada: alta de 32,8% em volume na cesta Brasil. Voltaram a adquirir a categoria 1,5 milhão de lares. As batatas também apresentaram alta em volume de 18,1% em Minas Gerais e Espírito Santo e de 34,7% na Grande RJ.
O retorno dessas categorias aos lares é fruto principalmente da queda da inflação e da melhora no índice de emprego. Segundo avaliação da Kantar, esses fatores contribuem para o consumidor comprar mais. Além disso, o brasileiro está mais otimista com a situação econômica do País. A retomada naturalmente começa com os itens mais básicos e com maior presença no dia a dia dos domicílios. Os cinco produtos que se destacaram no estudo compõem as refeições, inclusive o café da manhã, que também passou a ser realizado em casa para reduzir gastos. O motivo é que, em um determinado momento, a situação apertou e esses produtos foram substituídos por versões similares e mais baratas, perdendo penetração.
 

Caso a economia siga em ascensão, aos poucos, o carrinho de compras do brasileiro ficará mais cheio. A expectativa é de que, depois dos itens de mercearia, será a vez de higiene e beleza, perecíveis e bebidas. O avanço, porém deverá ocorrer de maneira mais lenta, uma vez que esses produtos sofreram mais com a alta no preço e alguns não são tão essenciais, como avalia a Kantar. O estudo também aponta que outras categorias apresentaram crescimento no ano passado. Entre elas, estão massa fresca, adoçante, água mineral, escova dental e shampoo. Outro movimento observado é a recuperação de marcas de maior valor agregado, que foram alvo de trade down nos últimos anos.

O desafio daqui para a frente é o varejo se adequar a essa nova rodada de mudanças para ampliar a frequência de compras nas lojas. De acordo com especialistas, enxugar o sortimento é essencial a fim de aumentar o espaço de versões com maior giro. Mas, apesar das mudanças, alguns hábitos poderão ser mantidos pelo shopper, como a preferência pelas embalagens menores e econômicas e a busca por promoções. Um cuidado importante é adotar ações que elevam o tíquete médio, mas não comprometem a margem. Afinal, o setor já sofreu muito com os anos de crise. Agora é hora de focar a rentabilidade. (Supermercado moderno)
 

 
Argentina - A primeira fazenda-fábrica robotizada está sendo construída em Córdoba

Produção/AR - Os irmãos Gastón e Martín Brito estão convencidos de que a produção de leite é um bom negócio. Por isto estão investindo na construção de uma estabelecimento que produzirá leite e queijos. Com a particularidade de que as tarefas de ordenha serão realizadas por dois robôs trazidos da Suécia. Trata-se da primeira fazenda-fábrica robotizada do país. Está localizada na Rodovida Nacional 35, no acesso à Coronel Moldes, no departamento do Río Cuarto. No prédio de cinco hectares, onde funcionava até 1980 a cooperativa láctea La Sara - depois foi instalada uma wiskeria, fechada há vários anos - foram erguidos dois currais para abrigar as vacas, a sala de ordenha de última geração, a queijaria e o ponto de vendas. Somente na compra dos dois robôs, que já estão na fazenda, a empresa familiar investirá US$ 300 mil dólares. "Estimamos que em quatro meses poderemos iniciar a produção", disse a La Voz Gastón Brito. Os irmãos possuem experiência de 10 anos da área de leite. "Partimos do zero em uma fazenda arrendada, que estava a ponto de ser fechada", lembrou. 

A experiência profissional em leite, adquirida por Martín na Califórnia (Estados Unidos), os ajudou na adoção de tecnologias intensivas de produção de leite, como o uso de currais e de bem-estar animal. Ainda que já existam algumas fazendas no país com ordenhas automatizadas através de robot, La Inesidta será o primeiro estabelecimento que integrará os diversos elos da produção primária, com a fabricação de lácteos e a comercialização direta. Uma câmara fria na cidade de Córdoba ajudará na logística de distribuição para os varejistas. "O objetivo do robô é gerar matéria prima de qualidade controlada, que ajudará na rastreabilidade do ambiente para a elaboração de produtos, com a importância de fazê-lo sem frete. O círculo se encerra no próprio canal comercial", explicou Gastón. Os robôs terão como tarefa, ordenhar pelo menos duas vezes ao dia, um total de 130 vacas, algumas das quais produzem até 70 litros de leite diariamente. Enquanto aguardam a construções das novas instalações, e os novos currais, a poucos quilômetros dali o plantel produz leite que é entregue a indústrias locais.
Modelo produtivo

Com uma produção que gira em torno de 5.800 litros diários, a empresa irá elaborar queijos curados e meia cura, que serão comercializados com a marca Sol Argentino. "É em homenagem ao nosso bisavô, que foi o fundador do partido bonaerense de Benito Juárez, e onde foi estabelecida a estância pioneira, com o nome Sol Argentino, que hoje é patrimônio cultural. Para os empreendedores, o modelo que está sendo instalado em Coronel Moldes é uma unidade econômica que pode ser transportada para outras empresas médias dedicadas à produção de leite. Gastón e Martín estão convencidos de que não será necessário ter mil hectares para dar este passo, e que uma área de cinco hectares é suficiente para, de forma intensiva, e com tecnologia, fechar todo o ciclo produtivo, entre a produção primária e a agregação de valor na origem. (La Voz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 

PELA METADE
Esperançosa de que o frio conseguisse ampliar o consumo, ajudando a diluir a crise causada pelo recuo nos preços, a indústria de laticínios estima que metade dos 12,6 milhões de litros de leite captados diariamente deixem de ser recolhidos hoje, se a greve dos caminhoneiros persistir.- Se não conseguirmos transportar o produto que está nos postos de resfriamento, não temos como recolher leite na casa dos produtores - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS). Há caminhões parados com leite cru nas estradas, situação que preocupa, porque o transporte tem de ser feito dentro de 48 horas, da propriedade até a indústria. Depois, a qualidade fica comprometida e o produto poderá ter de ser descartado. Também há veículos com produtos processados impedidos de circular. Outra preocupação é com o fornecimento de insumos, que também poderá ser afetado. - Entendemos que o pleito é legítimo, mas infelizmente o setor lácteo vem sofrendo há tempo - lamenta o presidente do Sindilat.  (Zero Hora)

 
 

Porto Alegre, 22 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.740

 

Laticínios não garantem captação e vão à Justiça por trânsito de caminhões
Com o agravamento da retenção de cargas nas estradas gaúchas na tarde desta terça-feira (22/5), o Sindicato da Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat) informa que parte de seus associados poderá interromper a captação de leite de produtores em diferentes regiões do Rio Grande do Sul. A impossibilidade de coleta decorre de bloqueios ocasionados por manifestação de caminhoneiros que pedem redução do preço do diesel. Todos os dias, são captados 12,6 milhões de litros de cru de 65 mil propriedades rurais do Rio Grande do Sul.

Apesar de compreender a legitimidade da manifestação e se solidarizar com o movimento dos caminhoneiros, o Sindilat ingressará na tarde de hoje com ação judicial para garantir o livre trânsito dos caminhões que transportam leite cru. O pedido está embasado no artigo 5, inciso XV, da Constituição Federal que prevê o direito à livre locomoção e circulação no território nacional. Também pontua o artigo 170 do texto constitucional, que garante o livre exercício da atividade econômica. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 
UHT se valoriza 22,8% de janeiro a abril

Leite UHT - Por conta da menor oferta no campo, os preços do leite longa vida (UHT) e do queijo muçarela registraram a terceira alta consecutiva em abril. No acumulado do ano, estes derivados se valorizaram 22,8% e 9%, respectivamente, na negociação entre indústria e atacado do estado de São Paulo (valores reais, deflacionados pelos IPCA de abril/18).

De acordo com as pesquisas diárias realizadas pela equipe do Cepea com o apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o UHT foi negociado a R$ 2,40/litro no atacado paulista em abril, avanço de 4% frente ao mês anterior. Para o queijo muçarela, o preço médio foi de R$ 15,71/kg, elevação de 4,6% na comparação com março. Nas pesquisas realizadas quinzenalmente, além do UHT e da muçarela, a manteiga e o leite pasteurizado também se valorizaram entre março e abril. Os aumentos foram de 1,8% e 0,5%, respectivamente, com médias de R$ 24,07/kg e R$ 2,12/litro, em valores reais. O movimento de valorização, contudo, perdeu força a partir da segunda quinzena de abril devido à maior necessidade de adotar promoções para escoar estoques e assegurar liquidez. Segundo agentes consultados pelo Cepea, a demanda por lácteos está mais firme do que a observada no mesmo período do ano passado. No entanto, a capacidade do consumidor em absorver altas ainda está fragilizada. O momento é bastante delicado para a indústria, que tem dificuldades em realizar o repasse da valorização da matéria- -prima para o consumidor final e, assim, garantir margem. Para o próximo mês, agentes esperam que possa haver queda de preços por conta da baixa demanda, principalmente no caso do leite UHT. (Cepea)

 

 
 
Campanha Got Jobs? "A produção de leite cria emprego, exportar cria mais ainda"
Campanha/EUA - A campanha lançada na segunda-feira ao nível nacional destaca os aspectos econômicos: "A produção de leite cria emprego, exportar cria mais ainda". Esta nova campanha publicitária e também disponível no portal mostra que a indústria de laticínios dos Estados Unidos cria perto de 3 milhões de empregos, gera um impacto econômico de US$ 628 bilhões, e contribui com 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em uma coletiva de imprensa, o Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), a Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA), e a Federação Nacional dos Produtores de Leite (NMPF) enfatizaram os dados revelados na Campanha "Got Jobs?".

O esforço conjunto apresenta um logotipo que lembra o icônico anúncio "Got Milk?", mas com a mensagem diferente: "Leite cria empregos, e as exportações criam mais ainda". O portal GotDairyJobs.org mostra fatos concretos e rostos reais de pessoas que trabalham granças ao leite. Os recursos ajudam a indústria de laticínios, a mídia e outros a conta a história do impacto econômico dos lácteos que tem abrangência nacional, e existe em praticamente todos os estados. A fonte de grande parte dos dados vem do Dairy Delivers, o programa do IDFA que mostra o impacto econômico da cadeia láctea. (USDEC - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

EUA - A produção de leite subiu 0,6% em abril
Produção/EUA - A produção de leite nos Estados Unidos no mês de abril totalizou 18,4 bilhões de pounds, [8,08 bilhões de litros], aumento de 0,6% em relação a abril de 2017. A produtividade animal atingiu a média de 1.961 pounds, [861/litros/vaca], em abril, 9 pounds, [4 litros], acima da média de abril de 2017. O número de vacas de leite nas fazendas dos Estados Unidos, em abril de 2018, era de 9,4 milhões de cabeças, 8.000 cabeças a mais que em abril de 2017, mas, 2.000 a menos do que em março de 2018. A produção de leite nos 23 Estados Maiores Produtores de leite dos Estados Unidos, em abril, subiu 0,7%, e totalizou 17,3 bilhões de pounds, [7.596 milhões de litros]. A produção de março, revisada chegou a 17,8 bilhões de pounds, aumento de 1,4% em relação a março de 2017. A revisão de março reduziu em 9 milhões de pounds, ou 0,1% a estimativa feita um mês antes. A produção média por vaca nos 23 Estados Maiores Produtores foi de 1.982 pounds, [870/litros/vaca], em abril, 10 pounds a mais que em abril de 2017. Esta é a maior produtividade animal para um mês de abril nos 23 Estados, desde o início da série, em 2003. (Dairy Herd - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 

 
 

Porto Alegre, 21 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.739

 

Conseleite indica estabilidade de preços, e frio eleva projeções de consumo 


Crédito da foto: Carolina Jardine  

O valor de referência projetado para o leite em maio no Rio Grande do Sul indica alta de 1,25%, ficando em R$ 1,0778, demonstrando estabilidade.  A pesquisa do mercado gaúcho foi apresentada na manhã desta segunda-feira (21/5) durante reunião do Conseleite, na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), em Porto Alegre. Em abril, o valor do litro fechou em R$ 1,0645, acima do projetado inicialmente. Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, o ganho no indexador foi puxado pelo aumento no leite em pó (+5,37%). O encontro reuniu produtores e indústrias e foi presidido por Pedrinho Signori.

Os números compilados no estudo, indica Finamore, já reproduzem hábitos de consumo típicos dos meses de frio, como aumento do consumo de queijos. O queijo prato, por exemplo, aumentou 9,07%.  O assessor da Fetag Márcio Langer lembrou que o frio custou a chegar em 2018 com mês de maio muito quente. Agora, diz ele, aumenta a expectativa em relação a aumento de demanda nas próximas semanas. "Com o frio, esperamos aumento de consumo das famílias e reflexos diretos no campo", completou Signori.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, apesar da leve recuperação, os números indicam seis meses de preços do leite abaixo dos praticados no ano anterior. "A produção de leite nesta entressafra caiu menos do que tradicionalmente ocorre todos os anos", frisou Guerra, lembrando que a diferença entre o pico de produção (setembro/outubro) e a entressafra (abril/maio) geralmente era superior a 30% e, em 2018, ficou próximo abaixo de 30%. Além disso, alerta Guerra, a questão cambial desestimula a importação de leite, o que também deve ajudar no aquecimento do mercado interno.

IN 62 - Durante a reunião do Conseleite, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ainda apresentou dados sobre a consulta pública que está em curso para revisão da IN 62. Segundo ele, o setor trabalha junto ao Ministério da Agricultura pela prorrogação do prazo de consulta para 180 dias. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Preços do milho sobem quase 28% no 1º quadrimestre e preocupam setor

Custo de produção - As altas nos preços do milho no primeiro quadrimestre de 2018 preocupa produtores de leite, devido ao aumento no valor da ração e, consequentemente, nos custos de produção do setor. De janeiro a abril, o grão se valorizou 27,6%, em média, nos estados de GO, MG, PR, RS, SC e SP.

Essa valorização do milho se deve às possíveis quebras de produção para o milho, ocasionadas pela crise hídrica em abril nos estados de São Paulo e Paraná. Desta forma, como precaução, agricultores começam a desacelerar o ritmo de vendas. No mesmo período, na "média Brasil" (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), calculada pelo Cepea, o preço médio líquido do leite pago ao produtor se elevou 17,7%. Nesse cenário, a relação de troca ficou desfavorável ao produtor.
Enquanto em janeiro eram necessários 29,5 litros de leite para comprar uma saca de 60kg de milho, em abril, foram necessários 31,6 litros para adquirir a mesma quantidade do grão. Por outro lado, algumas relações de troca seguem mais favoráveis ao produtor, por causa da recente alta no preço do leite pago ao produtor. Em janeiro, eram necessários 10,13 litros de leite para se adquirir um frasco de oxitetraciclina de 20 ml, antibiótico amplamente utilizado na pecuária leiteira. Já em abril, a relação de troca foi de 8,70 litros, ou seja, houve um aumento do poder de compra do produtor. Outros insumos que apresentam melhora na relação de troca nesse período são os de limpeza e desinfecção de ordenha, como detergentes, papel toalha, aplicador de iodo e desinfetantes. (Cepea)

Uruguai - Duas empresas do setor lácteo em dificuldades

Queijos/Uruguai - O setor lácteo parece que está se recuperando da pior crise que o afetou em 2015 e 2016, mas, as perspectivas são incertas e duas das principais empresas, Pili e Claldy, passam por um momento delicado. Os preços internacionais começam dar sinais de estabilidade, mas, o endividamento dos produtores e das indústrias pesa.

A Pili conseguiu, no final de janeiro, uma negociação com os bancos para sua dívida de US$ 40 milhões, mas a situação não melhorou, e agora está trabalhando apenas quatro dias por semana, por falta de matéria-prima e 44 de seus trabalhadores estão com jornadas parciais, disse a El País o sindicalista Marcel Petrib. O sindicato está procurando ver se a empresa faça um adiantamento correspondente à primeira metade do mês de maio. Heber Figuerola, diretor da Federação da Indústria de Laticínios, considera que a Pili está muito comprometida e precisa reverter esse quadro em oito meses. A empresa, que fez grandes investimentos em uma nova fábrica, perdeu um fornecedor de 35.000 litros de leite diários. O sindicato chegou a ocupar por 48 horas, a fábrica que produz queijos para exportação. O sindicato da indústria de laticínios também está preocupado com a situação da Claldy, uma empresa com mais de 50 anos e de perfil exportador, que planeja dispensar 25 trabalhadores. Segundo Figuerola, isto se deve ao fato de que a empresa está desviando matéria-prima para a Alimentos Fray Bentos, um empreendimento que tem como sócio argentino (La Sibila), diminuindo a atividade da sua fábrica da cidade de Young. A situação gera "instabilidade" e deve ser explicado pela empresa, disse.

Não parece que se possa estabelecer uma relação entre o volume de leite produzido ao nível nacional (que subiu 4% no primeiro trimestre) com os problemas de disponibilidade de matéria-prima. As perspectivas do setor (que perdeu mais de dois mil empregos com o fechamento da Ecolat e Schreiber Foods) levaram o sindicato a reconhecer que a campanha salarial em curso não terá espaço para expansão (o que poderia permitir o aumento significativo de salário). Exige a discussão sobre a redução da jornada de trabalho, uma ênfase maior no treinamento, informar eventuais reestruturações com 90 dias de antecedência e uma série de benefícios sociais. A indústria está muito pouco disposta a conceder aumentos reais de salário. O mercado internacional e o dólar mais forte poderão dar um alívio ao setor, Ricardo de Izaguirre, presidente do Inale, disse que os preços do leite em pó integral se encontram estáveis, em torno de US$ 3.000 a tonelada e os de queijo US$ 4.000 a tonelada, valores que "permitem alguma margem". O preço do leite ao produtor, ao contrário do que aconteceu dois anos atrás, permite cobrir os custos. (El País - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
Brasil recebe certificação oficial de país livre da aftosa

Em Paris, nesta quinta-feira (24), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) declara oficialmente o Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação, reconhecendo 50 anos de trabalho bem-sucedido do serviço veterinário e dos produtores rurais brasileiros. A diretora-geral Monique Eloit entregará o certificado sanitário ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, a partir das 14h30 (horário local), na sede da OIE, durante a 7ª Sessão Plenária da Organização. A Comissão Científica da OIE aprovou a certificação do Brasil em 2017. Os 181 países integrantes da OIE oficializam a decisão nesta 7ª Sessão Plenária. Às 16h30 haverá entrevista coletiva de imprensa.

Reuniões técnicas da OIE
Oitocentos delegados de 181 países discutirão normas de erradicação de doenças de animais (inclusive as transmissíveis a pessoas - brucelose, tuberculose, influenza aviária, vaca louca), segurança sanitária do comércio internacional de animais e produtos de origem animal, bem-estar animal, e alterações do Código Sanitário para Animais Terrestres. 

O delegado do Brasil na OIE é o médico veterinário Guilherme Marques, diretor do DSA - Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura. As reuniões técnicas começaram na última sexta-feira (18) e terminam nesta sexta-feira (25). 

A situação dos focos de febre aftosa detectados na Colômbia em abril deste ano será tratada na reunião da Comissão Regional das Américas na OIE, presidida por Marques, nesta segunda-feira (21).  Na pauta de trabalho do diretor Marques estão previstas reuniões bilaterais para facilitação de comércio com a a Inglaterra, Singapura, Indonésia e Turquia. (As informações são do Mapa)

 
 

Marcos Tang é eleito novo presidente da Gadolando
O criador Marcos Tang está retornando à presidência da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando). Por aclamação, o mandatário da entidade entre os anos de 2012 e 2016 volta para a sua terceira gestão à frente da associação, no biênio 2018-2020. A eleição ocorreu durante assembleia geral, realizada na Expoleite/Fenasul. Ele irá substituir Jorge Fonseca da Silva. Tang ressaltou que quer, cada vez mais, aproximar o sócio e promover a valorização da raça jun
to aos produtores. "Temos muitas vacas holandesas no Rio Grande do Sul, sendo esta a principal raça produtora de leite no Estado, apesar de toda a queixa, compreensível, com o atual preço do leite." Um dos pilares desta nova gestão, segundo o presidente eleito, é elevar o número de registros da raça no Rio Grande do Sul, além de aumentar o controle leiteiro e a classificação morfológica dos exemplares. Sobre o momento de dificuldades por que o setor passa, Tang reforça que o fortalecimento da entidade e a união com outras associações e autoridades políticas e econômicas serão fundamentais para que os produtores possam ter seus pleitos atendidos. "Temos que trabalhar para mostrar que o nosso leite é bom." (Jornal do Comércio)

 
 

Porto Alegre, 18 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.738

 

Necessidade de união é destacada na abertura da Fenasul

A necessidade de fortalecer os elos entre os diferentes agentes do setor leiteiro gaúcho foi apontada como fator essencial para expandir a Fenasul e sua agenda. Aberta oficialmente no final da tarde desta quinta-feira (17/5) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, a mostra reúne exposição de gado Holandês e equipamentos em paralelo ao evento da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC). Presente à solenidade de inauguração da mostra, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, reforçou o comprometimento dos laticínios com a melhoria constante da produção gaúcha. "Vivemos tempos difíceis, mas é preciso sempre olhar além e focar nossas ações em questões que contribuam para o desenvolvimento e expansão dos negócios", frisou. O Sindilat trabalha no fomento às exportações de lácteos brasileiros como uma forma de escoar excedentes e elevar rendimentos tanto na indústria quanto no campo.

Durante a solenidade, o presidente da Gadolando, Jorge Fonseca da Silva, reforçou os avanços genéticos que conduziram o rebanho gaúcho até o momento atual. "A feira deste ano tem menos produtores em função das dificuldades que vivemos, mas genética  temos o suficiente", salientou.  Potencial  esse que foi posto à prova no concurso leiteiro e teve seu reconhecimento com a vitória da vaca Amanda, da Granja du Anjo e Belvedere, de Carlos Barbosa, que produziu 61,87 quilos em três ordenhas. Estreando na Fenasul com seu próprio rebanho, o criador Fernando Mocellin, levou o grande título e recebeu o tradicional banho de leite.
Ao homenagear os produtores, até o secretário da Agricultura, Odacir Klein, saiu molhado. "Mesmo em momentos de dificuldade, temos que realizar eventos que gerem movimento econômico e bem estar social", frisou. Klein reconheceu que o setor leiteiro precisa de ajuda e disse que está disposto a atender aos interesses do setor com ações de socorro, incluindo medidas tributárias a serem estudadas.
Apesar de não estar envolvido diretamente na organização da feira deste ano, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, fez manifestação parabenizando os organizadores da exposição. "A superação das dificuldades está na união seja entre os produtores, seja entre as federações e entidades", completou, lembrando que a Farsul não participou de 2018, o que "não quer dizer que não estará na exposição de 2019". (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Foto: Carolina Jardine
 
 
Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 17 de Maio de 2018 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Abril de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Maio de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Faesc) 

          VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE) 
 
Manteiga e requeijão voltam à casa dos consumidores

Foram quase três anos abrindo mão de categorias para ajustar o orçamento. Mas, desde meados do ano passado, a crise vem sendo superada e o antigo padrão de consumo, aos poucos, tem sido retomado. Entre os produtos que estão voltando aos lares que haviam deixado de consumi-los, estão manteiga, batata congelada, requeijão, azeite e pão industrializado. É o que mostra pesquisa da Kantar Worldpanel, com dados de novembro de 2016 a novembro de 2017.

O levantamento também aponta que essa melhora ocorreu tanto na cesta nacional quanto na região que inclui os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O melhor resultado coube à batata congelada: alta de 32,8% em volume na cesta Brasil. Voltaram a adquirir a categoria 1,5 milhão de lares. As batatas também apresentaram alta em volume de 18,1% em Minas Gerais e Espírito Santo e de 34,7% na Grande RJ. O retorno dessas catagorias aos lares é fruto principalmente da queda da inflação e da melhora no índice de emprego. Segundo avaliação da Kantar, esses fatores contribuem para o consumidor comprar mais. Além disso, o brasileiro está mais otimista com a situação econômica do País. A retomada naturalmente começa com os itens mais básicos e com maior presença no dia a dia dos domicílios. Os cinco produtos que se destacaram no estudo compõem as refeições, inclusive o café da manhã, que também passou a ser realizado em casa para reduzir gastos. O motivo é que, em um determinado momento, a situação apertou e esses produtos foram substituídos por versões similares e mais baratas, perdendo penetração.
 

Caso a economia siga em ascensão, aos poucos, o carrinho de compras do brasileiro ficará mais cheio. A expectativa é de que, depois dos itens de mercearia, será a vez de higiene e beleza, perecíveis e bebidas. O avanço, porém deverá ocorrer de maneira mais lenta, uma vez que esses produtos sofreram mais com a alta no preço e alguns não são tão essenciais, como avalia a Kantar. O estudo também aponta que outras categorias apresentaram crescimento no ano passado. Entre elas, estão massa fresca, adoçante, água mineral, escova dental e shampoo. Outro movimento observado é a recuperação de marcas de maior valor agregado, que foram alvo de trade down nos últimos anos.

O desafio daqui para a frente é o varejo se adequar a essa nova rodada de mudanças para ampliar a frequência de compras nas lojas. De acordo com especialistas, enxugar o sortimento é essencial a fim de aumentar o espaço de versões com maior giro. Mas, apesar das mudanças, alguns hábitos poderão ser mantidos pelo shopper, como a preferência pelas embalagens menores e econômicas e a busca por promoções. Um cuidado importante é adotar ações que elevam o tíquete médio, mas não comprometem a margem. Afinal, o setor já sofreu muito com os anos de crise. Agora é hora de focar a rentabilidade. (As informações são do Supermercado Moderno)
 

Israel está exportando mais produtos lácteos

Uma análise feita pelo Departamento de Economia do Instituto de Exportação de Israel mostrou que as exportações de produtos lácteos em 2017 aumentaram 21% em relação a 2016, totalizando US$ 21 milhões. A maioria das exportações foi para a União Europeia (UE). Essa tendência continuou no primeiro trimestre de 2018, com janeiro-março de 2018 mostrando um aumento de 10% nas exportações de produtos lácteos em comparação com o mesmo período do ano anterior. Durante esses três meses, as exportações de lácteos trouxeram US$ 5,6 milhões para a economia israelense.

A maior parte do aumento foi graças ao crescimento de 29% na exportação de produtos lácteos para a América do Norte. Enquanto as exportações para o continente diminuíram em 2015-2016, começaram a se recuperar a partir de 2017. No entanto, durante o período entre 2011 e 2015, as exportações de produtos lácteos geraram uma média anual de US $ 28 milhões.
Em 2017, as exportações de Israel para a América do Norte cresceram 51%, enquanto as exportações para a UE cresceram 29% e as vendas para a Ásia cresceram 15%. As exportações norte-americanas geraram US$ 10,6 milhões, um aumento de 4,5% em relação a 2016, enquanto as para a UE geraram US$ 6 milhões. As exportações para a Ásia cresceram 12%, para US$ 3 milhões.

O primeiro trimestre de 2018 viu 62% das exportações enviadas para a América do Norte, totalizando US$ 3,5 milhões. As exportações para a UE representaram 38% do total, por um valor de US$ 1,6 milhão, enquanto as da Ásia tiveram um valor de US$ 300.000 - uma queda de 64% quando comparado ao mesmo período de 2017. (As informações são do Artuz Sheva, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Empresas lácteas preveem nova onda de aquisições
Aquisições - Multinacionais avaliam a entrada ou expansão no país e empresas médias negociam compras. O setor de lácteos deverá passar por uma nova temporada de fusões e aquisições no país nos próximos meses, segundo executivos da área. Há dois movimentos paralelos: o de multinacionais que avaliam a entrada ou a expansão no Brasil e o de empresas médias do ramo que, pressionadas por operações recentes, negociam compras. O segmento registrou oito operações no ano passado, segundo a PwC. Entre elas, estão a aquisição da Vigor pela mexicana Lala por cerca de R$ 4,3 bilhões e a da Itambé pela Lactalis, estimada em R$ 2 bilhões. A consultoria contabilizou apenas um negócio neste ano, mas avalia que há apetite do mercado para mais. "Haverá consolidação no futuro próximo. Vemos interesse de multinacionais em ativos brasileiros e companhias locais de médio e grande porte dispostas a negociar", afirma Alessandro Ribeiro, sócio da PwC. A tendência é que negócios mais relevantes sejam feitos após a definição do quadro eleitoral. As empresas com portfólio mais diversificado são as mais cobiçadas, diz Ribeiro. "Somos procurados toda semana, mas por enquanto não há interesse em venda", afirma o vice-presidente da Aviação, produtora de manteiga, requeijão, queijos e doces. A marca, que faturou R$ 300 milhões em 2017, avalia a compra de ao menos uma concorrente especializada em queijos finos. "Queremos fortalecer nossa atuação nessa área." A Embaré, cuja receita anual é de R$ 1,3 bilhão, também negocia aquisições. "Temos conversas em andamento", diz o presidente, Romero Marinho.Fábricas: A Aviação investirá R$ 15 milhões para dobrar a produção de manteiga e ampliar sua planta de doces de leite.A Embaré deverá lançar uma linha de queijos neste ano. A marca vai aportar R$ 15 milhões em sua linha de produção. (Brasilagro)
 

 
 

Porto Alegre, 17 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.737

 

Sindilat reúne-se com o secretário da Agricultura, Odacir Klein, em Esteio
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, e o secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, participaram de reunião com o secretário da Agricultura, Odacir Klein, na manhã desta quinta-feira (17/5) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Na ocasião, trataram de assuntos de interesse do setor lácteo, entre eles a necessidade de estimular a modernização da atividade para melhorar a competitividade do setor.

"O Rio Grande do Sul é o estado com maior produtividade por vaca ao ano. Por isso, atrai e tem atualmente os maiores players do leite do Brasil", ressaltou Guerra. Entretanto, pontuou que é preciso ampliar a escala de produção e isso passa por investimento em tecnologia. Na sequência, Palharini comentou que a atividade leiteira precisa de novos instrumentos financeiros para incentivar os produtores a inovarem. Entre as possibilidades está a instalação de robôs de ordenha. Porém, estes equipamentos são importados e não há uma linha de crédito a juros que possam viabilizar esta modernização.

Klein comentou que a produção de leite é uma atividade econômica importante para o Estado e se comprometeu a ajudar "com força" nas demandas ligadas ao setor. O encontro também contou com a presença do diretor geral da Secretaria da Agricultura, Antonio Aguiar. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Bruna Karpinski
 
Laticínios e técnicos de setor debatem atualização da IN 62


Foto: Darlan Palharini 

Técnicos e dirigentes ligados ao setor lácteo gaúcho debateram na tarde desta quarta-feira (16/5), em Passo Fundo, a proposta de atualização da Instrução Normativa (IN) 62, que regulamenta a produção, a coleta, a identidade e a qualidade do leite. Cerca de 50 pessoas participaram do encontro, que reuniu representantes da indústria, da Emater, da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros da Universidade de Passo Fundo (Sarle/UPF) e do laboratório da Universidade do Vale do Taquari (Univates).  "A indústria considera importante a atualização da IN 62, pois proporciona a melhora da competitividade", avalia o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente cita como exemplo a possibilidade de ampliar o tempo de vida dos produtos na prateleira. Entretanto, pondera Guerra, o desafio é garantir a melhoria contínua da qualidade. Por isso, o Sindilat considera que ainda há alguns pontos a serem discutidos. Entre os pleitos do setor, está a flexibilização da temperatura máxima de recebimento do leite cru.

 Pela proposta em análise na consulta pública aberta pelo Ministério da Agricultura para debater os ajustes na normativa, a temperatura seria reduzida de 10ºC atualmente para 7ºC. A reivindicação das empresas é que este ponto seja flexibilizado devido a peculiaridades que são inerentes à indústria, explica Guerra. Entre elas, está a baixa qualidade da energia elétrica nas zonas rurais, a longa distância entre as propriedades aliada à condição precária das estradas e o número elevado de produtores que produzem pouco volume dentro de uma mesma rota, fator que implica em maior tempo para o recolhimento. O debate sobre a atualização da IN 62 será retomado na próxima segunda-feira (21/5), durante a reunião do Conseleite, pela manhã, e também na reunião dos associados do Sindilat, à tarde, ambas em Porto Alegre. A ideia é elaborar um documento para enviar sugestões à consulta pública. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Novo Tiradentes inicia turma do SisLeite para beneficiários do Programa Mais Pasto Mais Leite

SisLeite - Para qualificar a atividade leiteira em Novo Tiradentes, a Emater/RS-Ascar iniciou o Projeto de Assistência Técnica para o Desenvolvimento de Sistemas de Produção de Leite da Agricultura Familiar (SisLeite) junto às famílias beneficiárias do Programa Mais Pasto Mais Leite, Programa Municipal, desenvolvido pela Prefeitura, Secretaria da Agricultura e Emater/RS-Ascar, para estimular os produtores e fomentar a atividade leiteira no município através da implantação, recuperação e ampliação de pastagens perenes. Na última sexta-feira (11/05), o primeiro de dez encontros do SisLeite foi realizado na Câmara de Vereadores. 

Em Novo Tiradentes, as entidades locais já iniciaram um trabalho para fomentar a atividade leiteira e optaram pela metodologia do SisLeite para dar continuidade a essa ação. O SisLeite foi desenvolvido, conceitualmente, admitindo a existência de diferentes formas de produção de leite para a agricultura familiar no Estado. Dessa forma, o Projeto não propõe a difusão de um pacote tecnológico, mas de um conjunto de diretrizes técnicas e metodológicas que devem ser consideradas, como a visão sistêmica da propriedade e da atividade, o diálogo com a família e o planejamento conjunto, a pactuação de atividades e comprometimento com os resultados, gestão da atividade, foco no aumento da eficiência técnico-econômica, priorização dos gastos em produção, qualidade e redução da penosidade, máxima eficiência na produção de alimentos volumosos, conservação dos recursos naturais, e respeito à legislação ambiental e ao bem-estar animal.

No primeiro encontro, o assistente técnico regional de Sistemas de Produção Animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, falou sobre o projeto e trabalhou sobre a abordagem sistêmica na propriedade e na atividade leiteira. “Nosso trabalho consiste em trabalhar junto às famílias para elaborar um planejamento, levando em consideração a realidade de cada propriedade, para buscar maior eficiência na produção de leite, com redução de custos. Temos que pensar também no bem-estar das pessoas para promover a permanência no campo, frisou Sangaletti. Para o prefeito de Novo Tiradentes, Adenilson Della Paschoa, iniciativas como o Programa Mais Pasto Mais Leite estão trazendo bons resultados para as propriedades do meio rural. A gestão da produtividade leiteira proporciona maior controle da produção e dos gastos, o que gera melhores resultados e maior lucro às famílias. Os demais encontros serão realizados nas propriedades participantes, como forma de integrar e promover a troca de ideias entre as famílias participantes, explicou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Luciano Schievenin. (Emater/RS)

China investe 1 bilhão em Mega Fazenda com 100 mil vacas

Fazenda Chinesa - A maior "fábrica de leite" do mundo foi construída na China para suprir a demanda da Rússia após o boicote à importação de leite da União Europeia, no total são mais de 100.000 vacas leiteiras. Esta será a maior fazenda do mundo que custará com 1 bilhão de yuan (161 milhões de dólares) de investidores da Rússia e da China. China's Zhongding Dairy Farming e Russia's Severny Bur irão trabalhar juntas no projeto. A China está trabalhando na fabricação da maior fazenda de gado leiteiro do mundo com 100.000 vacas para suprir as necessidades da Rússia. A gigantesca fazenda na cidade de Mudanjiang ao norte da China contará com 60.000 cabeças de vacas a mais do que a atual "líder" que também se encontra na China. A alimentação do gado será provida pela plantação de 100.000 hectares, a maioria na Rússia (no total a fazenda tem 9.105.427 hectares.

A FAZENDA CHINESA É 50 VEZES MAIOR DO QUE A MAIOR FAZENDA DE PRODUÇÃO LEITEIRA DO REINO UNIDO, QUE POSSUI CERCA DE 2.000 VACAS.
Antes do boicote da Rússia, a União Europeia exportava cerca de 300.000 toneladas de queijo (cerca de 25% da produção) para a Rússia anualmente. O investimento Chinês na produção leiteira é de escalas gigantescas, os europeus questionam se retornaram ao mercado de leite russo. "Construir uma fazenda para 100.000 vacas é incompreensível, se o projeto for em frente e as 100.000 vacas forem vacas leiteiras, ela produzirá sozinha 800 milhões de litros anualmente. Que neste caso seria equivalente à 100.000 toneladas de queijo, isso significa que esta fazenda produziria por si só 30% das nossas exportações anteriores para a Rússia." Acrescenta Raymonds.

Números da fazenda
Mega fazenda em Mudanjiang
Localização: Heilongjiang, China
Área: 9.105.427 hectares (3.762.573 Alqueires paulistas)
Tipo: Fazenda leiteira
Quantidade de animais: 100.000
Produção: 800 milhões de litros de leite / ano
Proprietários: Zhongding Dairy Farming e Severny Bur

A expansão desta fazenda de gado leiteiro aconteceu em 2015, quando a Rússia proibiu os produtos lácteos da UE, como resposta à crise na Ucrânia.

China compra várias fazendas leiteiras na Nova Zelândia
O Governo da Nova Zelândia aprovou a venda de 16 fazendas leiteiras a investidores chineses, apesar das objeções de críticos que dizem que a prosperidade do país poderá ser prejudicada por essas transações. A venda é para a Shanghai Pengxin, que disse que gastaria mais de NZ$ 200 milhões (US$ 163,19 milhões) para comprar e melhorar os 7.900 hectares de terra. (Compre Rural)

 

A França reduziu suas importações de leite em 45%
Leite/França - Os consumidores franceses preferem o leite com origem na França. Esta preferência permitiu que, entre 2015 e 2017, as importações de leite na França tenham caído 45%. Neste intervalo de tempo ficou vigente a rotulagem da origem do leite, segundo informou o Syndilait, que é uma organização que reúne a maioria das indústrias de leite de consumo da França. O "Fabriqué em France", ou "Made in France" é um grande diferencial para o leite fluido. Para 8, entre 10 franceses, a origem na França é garantia de qualidade, segundo pesquisa realizada, em 2017, pela CNIEL, representante do segmento lácteo francês. O logotipo "Leite produzido e envasado na França" entrou em vigor em 2014. Atualmente está em mais de 60% das garrafas e embalagens comercializadas no país. O Syndilait defendeu um preço mínimo possível de venda de um litro de leite - € 1,00 - valor que permite remunerar a cadeia produtiva e que não sobrecarrega o consumidor como alguns podem supor. (Agrodigital - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

 
 

Porto Alegre, 16 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.736

 

Sindilat vai mapear políticas públicas municipais na Fronteira Noroeste

 

O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) dará início a um mapeamento das políticas públicas municipais de incentivo à atividade leiteira. Considerando que o 6º Fórum Itinerante será realizado em Santa Rosa, no dia 26 de junho, o levantamento começará pela Fronteira Noroeste do Estado. A definição é resultado de reunião que ocorreu nesta terça-feira (15/5), no auditório do Instituto Federal (IF) de Santa Rosa.

A ideia, explica o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, é reunir os prefeitos dos 20 municípios da região para apresentarem as ações em andamento. "Queremos aproveitar o evento para que as prefeituras que têm iniciativas de destaque possam apresentar seus projetos", explicou. Na noite do dia 25 de junho, um dia antes do fórum, será realizado um coquetel para os prefeitos. A expectativa é reunir pelo menos 100 pessoas. Além disso, acrescenta Palharini, o objetivo também é a troca de experiências entre os municípios e o estímulo à implantação de novas políticas. Na ocasião, os presentes poderão degustar diversos tipos de queijos.

Segundo Palharini, a intenção é ampliar o mapeamento para as demais regiões do Estado. Para o 7º Fórum Itinerante do Leite, que ocorre no dia 7 de agosto de 2018, em passo Fundo, está previsto um painel sobre os municípios que possuem políticas de incentivo à produção leiteira. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Iogurte pode ser um ótimo anti-inflamatório, dizem cientistas americanos

Cientistas americanos descobriram que o consumo regular de iogurte pode ajudar a reduzir inflamações crônicas (quando o corpo "ataca" órgãos e sistemas), prevenindo doenças cardiovasculares, artrite, asma e obesidade. O estudo foi realizado pela Universidade de Wisconsin, nos EUA, e publicado no periódico científico Journal of Nutrition na segunda, dia 14 de maio.

"Comer 230 ml de iogurte desnatado antes de uma refeição é uma estratégia viável para melhorar o metabolismo pós-refeição e, portanto, ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas", comenta o pesquisador Ruisong Pei, um dos autores do estudo, em comunicado enviado à imprensa. Como parte do sistema imunológico do corpo, a inflamação é a primeira linha de defesa contra doenças e lesões. Mas, ela acaba sendo prejudicial quando a resposta inflamatória dura muito tempo.

Os medicamentos anti-inflamatórios - como ácido acetilsalicílico, naproxeno, hidrocortisona e prednisona - reduzem os efeitos da inflamação crônica, melhorando o revestimento do intestino. Ou seja, as drogas atuam na prevenção da formação das endotoxinas, que são moléculas pró-inflamatórias criadas pelos micróbios que vivem em nosso sistema digestivo, e que são liberadas na corrente sanguínea. O problema, alertam os especialistas, é que os remédios possuem inúmeros efeitos colaterais desagradáveis e até perigosos.

Com isso, os pesquisadores americanos vêm analisando as propriedades benéficas dos laticínios há pelo menos 20 anos. "Existem resultados mistos ao longo dos anos, mas um artigo recente mostra que as coisas apontam mais para o efeito anti-inflamatório, particularmente nos laticínios fermentados", afirma Brad Bolling, professor assistente da Universidade de Wisconsin e co-autor da pesquisa, no mesmo comunicado à imprensa. Ele cita ainda um artigo científico de 2017 que revisou 52 ensaios clínicos. "Eu queria entender o mecanismo mais de perto, especificamente o funcionamento do iogurte", completa Bolling.

No estudo publicado na segunda (14), a equipe da universidade americana avaliou 120 mulheres na pré-menopausa, sendo 50% consideradas obesas e as demais sadias. Durante nove semanas, metade das participantes consumiram 350 ml de iogurte desnatado todos os dias. Enquanto isso, o grupo de controle comeu apenas pudim sem leite. Além disso, no decorrer da pesquisa, as voluntárias tiveram o sangue retirado para análise. Os resultados indicam que o consumo contínuo de iogurte pode ter um efeito anti-inflamatório em todo o corpo", diz Brad Bolling.

De qualquer forma, os pesquisadores ainda não conseguiram encontrar os compostos presentes no iogurte que são responsáveis pela ação anti-inflamatória. "O objetivo é identificar os componentes e, em seguida, obter provas em seres humanos para apoiar o mecanismo de ação no corpo. Essa é a direção que estamos seguindo. Em última análise, gostaríamos de ver esses componentes otimizados nos alimentos, especialmente para situações médicas em que é importante inibir a inflamação por meio da dieta. Achamos que essa é uma abordagem promissora", afirma Bolling. (As informações são da Revista Encontro)

 
 
Novo RIISPOA concentrou-se na segurança alimentar, diz secretário Luís Rangel

Novo Riispoa - Ao analisar as principais ações da Defesa Agropecuária dos últimos dois anos, no período 2016-2017, o secretário Luís Rangel disse que na elaboração do novo Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) "focamos na segurança do alimento, o que realmente importa".
A primeira publicação do RIISPOA ocorreu em 1952, passou por sucessivas revisões, até que na edição de 29 de março de 2017 houve redução expressiva de 900 para 500 artigos.

"A eliminação de 400 artigos já é, naturalmente, uma redução de burocracia", explicou o secretário, "mas, ao nos concentrarmos na segurança alimentar, estamos trabalhando para garantir o que realmente importa. E abrimos a possibilidade de incluir, por exemplo, o produto artesanal no ambiente regulatório. Ainda é um desafio, não está resolvido ainda, mas há um impacto positivo para se retirar da marginalização os produtos artesanais."
Implantação do Portal Único
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o segundo órgão federal com maior interveniência no comércio internacional brasileiro, depois da Receita Federal. A partir deste princípio, o MAPA desenvolveu soluções tecnológicas para redução dos procedimentos burocráticos de anuência da exportação e importação, e assim integrar-se ao Portal Único do Governo Federal, liderado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
"Neste mês de maio", disse Luís Rangel, "o Ministério da Agricultura foi o primeiro órgão a entregar o seu módulo de Portal Único, dois meses antes do funcionamento pleno, previsto para julho de 2018. Isso para mim é uma medalha de ouro."
Brasil livre da aftosa com vacinação
Segundo Rangel, a erradicação da Febre Aftosa com vacinação foi o projeto mais audacioso da Defesa Agropecuária realizado nesse período 206-2017.
"É a doença mais emblemática de saúde animal no mundo", disse o secretário. "Depois de 50 anos de muito trabalho, conseguimos a "medalha de prata", que é o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) de País livre de aftosa com vacinação, a ser oficializado no próximo dia 24 de maio, em Paris. Quando o Brasil for declarado livre de aftosa sem vacinação, em 2022, será a nossa "medalha de ouro". Vamos ter mais acesso aos mercados premium de carne."
Outras consequências positivas do sucesso do PNEFA começam a surgir.
O secretário explica que o Brasil foi o único país do mundo que adotou a estratégia de erradicar a febre aftosa com vacinação, um projeto audacioso em razão da dimensão territorial. Ao final demonstrou-se que o Brasil dispõe de um serviço veterinário com estrutura e capacidade técnica para enfrentar qualquer enfermidade.
"A partir de agora", comemora o Secretário, "vamos exportar milhões de dólares em tecnologia de produtos e insumos agropecuários - o que normalmente não exploramos, pois somos importadores -, para combater doenças como a peste suína clássica na China e Sudeste Asiático. É a virada de chave".
Brasil livre de pleuropneumonia contagiosa bovina
O reconhecimento internacional pela OIE só poderia ocorrer depois de realizado o levantamento soroepidemiológico de todo o rebanho brasileiro, comprovando, por evidências científicas, a ausência da doença em território nacional. A pleuropneumonia contagiosa bovina é de notificação obrigatória pela OIE.
"Conseguimos o certificado de livre da doença ainda no ano de 2017", aponta o secretário.
Registro de insumos agropecuários
Produtos mais complexos na gama de agropecuários, os defensivos agrícolas tiveram aumento de registros em 2016-2017.
"Os investimentos da Secretaria de Defesa Agropecuária, em tecnologia da informação e em recursos humanos, em parceria com a Embrapa, fizeram com que aumentássemos o número de registros de 70 ao ano para 277 em 2017", informou Rangel.
"Paralelamente a isso, conseguimos fazer trabalho parecido na área de medicamentos veterinários, que ainda não surtiu o efeito igual, mas temos expectativas boas para 2018. Sementes, fertilizantes, rações e vacinas são outros produtos em que também temos tido um rendimento muito positivo de registro".
Agilidade na importação de insumos agropecuários
Já que o Brasil depende da importação de insumos agropecuários é preciso fiscalização, mas que seja ágil - explica Rangel.
"Pelas nossas estatísticas dos últimos 10 anos, o nível de conformidade de fertilizantes e insumos agropecuários importados pelo Brasil é de 95%. Não é necessário ter um processo burocrático de fiscalização nessa importação. Então, desoneramos a burocracia, encurtamos tempo, diminuímos custos, o que traz benefícios para a cadeia produtiva."
 
Redução de fraudes no azeite de oliva e no pescado
Pescado é uma das matrizes mais fraudadas do ponto de vista de espécie. Vende-se panga por linguado, explica o secretário.
"Conseguimos diminuir dramaticamente o nível de fraude no pescado nos últimos anos. No caso do azeite de oliva, no primeiro ano de fiscalização, era superior a 70%. Hoje está por volta de 59%, o que ainda é alto, mas cada vez mais estamos reduzindo esse índice com a fiscalização intensiva. No passado, havia fraudes no leite e no frango, mas hoje não detectamos irregularidades nesses dois produtos." (MAPA)
 

Exportações de lácteos aumentaram 6% até abril
Exportações/Uruguai - As exportações acumuladas de produtos lácteos até o mês de abril subiram 6%, correspondente ao faturamento de US$ 193.771 milhões, em comparação com igual período de 2017, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). O aumento foi alcançado principalmente pela venda de leite em pó integral que aumentou 25% em volume, ainda que tenha sido com preço menores. O item de maior volume exportado foi o leite em pó integral que registrou a cifra de US$ 118.667 milhões (um incremento de 16% em relação a 2017). Em seguida foram as exportações de queijos que representaram US$ 4.290 milhões (cifra estabilizada em relação a 2017), e depois a manteiga US$ 18.284 milhões (31%). Finalmente, no quarto lugar aparece o leite em pó desnatado que faturou US$ 5.399 milhões, apresentando queda de 62%. O total exportado em abril passado somou US$ 58.707 milhões, sendo o principal produto o leite em pó integral, pelo valor de US$ 39.908 milhões. O maior aumento do preço médio no quadrimestre foi para a manteiga cotada em US$ 5.465 a tonelada, com incremento de 19%. Por outro lado, o maior item exportado em abril, o leite em pó integral, foi cotado a US$ 3.113 a tonelada, apresentando queda de 7% em relação aos quatro primeiros meses de 2017. Os queijos foram cotados pela média de US$ 4.201, apresentando reajuste de 6%, e o leite em pó desnatado a US$ 2.288, com queda de 12%. (El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

Porto Alegre, 15 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.735

 

Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 15 de Maio de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Abril de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Maio de 2018 é de R$ 2,1449/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)  
  
 
GDT
 
 
O mercado chinês de lácteos crescerá 6,6% até 2022

Lácteos/China - O mercado chinês de lácteos está previsto crescer 6,6% até 2022, com aumentos consistentes nas vendas de iogurte e queijos, de acordo com uma nova pesquisa da Mintel. Desde 2014 as vendas no varejo de iogurte aumentaram 20%, na China, e entre 2015 e 2017 o queijo teve taxa de crescimento entre 15% e 25%.
A nova pesquisa publicada sobre os dados do ano passado prevê que a China ultrapassará os Estados Unidos como o maior mercado de laticínios do mundo até 2022. Apesar do crescimento consistente das vendas de iogurte e queijo, os dados da Mintel mostram que o consumo per capita continuará baixo para os principais produtos lácteos quando comparado com outros países. Por exemplo, o consumo per capita de leite na China é de 14,3 litros, quando no Japão são 36,8 litros e nos Estados Unidos 51,7 litros. O consumo per capita de iogurte na China é de 3,43 quilos, nos Estados Unidos 4,92 quilos e no Japão 9,66 quilos. Finalmente, os chineses consomem 0,02 quilos de queijo por ano, enquanto que os japoneses comem 1,46 quilos e nos Estados Unidos chega a 6,89 quilos por pessoa.

Summer Chen, analista de alimentos e bebidas da Mintel, disse: "O consumo de lácteos na China continua muito baixo quando comparado com o Japão, onde os consumidores têm dieta tradicional similar à da China. A pesquisa da Mintel mostra que o crescimento do mercado de lácteos da China será puxado pelo aumento do consumo, a expansão do consumo de ocasião, pelo valor agregado dado que o preço do leite cru irá também aumentar, e de consumidores procurando por opções Premium. Quando olhamos especificamente o mercado de iogurte, graças à recente onda de iogurte orgânico, a categoria lidera não apenas o mercado de lácteos da China, mas, é líder entre todos os alimentos e bebidas".

Quando se trata de produtos lácteos, fatores relacionados à saúde são as principais áreas que os consumidores da China estão dispostos a pagar mais. Entre os quatro principais lácteos (incluindo leite, iogurte, manteiga e queijo), o leite e o iogurte são percebidos pelo consumidor como saudáveis e mais nutritivos (51% e 48%, respectivamente), ajudam a melhorar a imunidade (49% e 44%, respectivamente), e também bom para as crianças (51% e 49%, respectivamente), e para idosos (46% e 37%,m respectivamente). Os dados da Mintel dizem que o consumidor chinês urbano prefere produtos lácteos de grandes marcas (65%) e nacionais (59%). Mas ao mesmo tempo o comportamento diante das marcas nacionais esteja dividido - 44% acreditam que sejam confiáveis, enquanto que 36% não acreditam nas fontes locais de leite. Efetivamente, no entanto, mais consumidores preferem produtos lácteos importados (43%) do que os domésticos (34%). Mesmo entre aqueles que confiam em fornecedores locais de leite, 32% preferem produtos lácteos importados. Summer Chen acrescenta: "Quando observamos a luta entre os lácteos domésticos e importados, parece que o consumidor chinês urbano está recuperando a confiança nos produtos com leite de origem doméstica, mas, ainda assim, continuam preferindo opções importadas. Para chamar a atenção dos consumidores, marcas domésticas precisam fortalecer a oferta em outras áreas, e unir a imagem da marca a produtos Premium, apresentar benefícios adicionais para a saúde e destacar sabores inovadores para competir com marcas importadas". (FoodBev - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 

Produção de leite das 5 principais regiões exportadoras cresceu 2,1% comparado a fevereiro de 2017
A produção de leite das cinco principais regiões exportadoras, que incluem União Europeia (UE-28), Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos em fevereiro, aumentou 2,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com uma média de entregas de 800 milhões de litros por dia, segundo a Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB). Estas cinco regiões representam mais de 65% da produção mundial de leite e cerca de 80% das exportações mundiais de produtos lácteos. O clima desfavorável desacelerou o crescimento da produção média diária na UE-28, mas mesmo assim, o aumento foi de 4% e 6% em relação ao ano anterior (desde setembro). A maioria das principais regiões produtoras registrou um aumento interanual na produção, com exceção da Nova Zelândia, que registrou queda nas entregas de 2,3%. De acordo com um relatório do Rabobank, os preços do leite ao produtor foram reduzidos na maioria das regiões exportadoras e teriam caído em até 15% em algumas áreas desde o início de 2018. O crescimento da oferta de leite está superando a demanda de importações e isso pode continuar acontecendo no segundo trimestre. Como resultado, o aumento nos preços mundiais de commodities seria limitado e poderia causar alguma pressão de queda nos preços. Do lado positivo dos preços mundiais, os importadores poderiam começar a acelerar as compras para obter cobertura de estoque de curto prazo, com expectativa de uma mudança no saldo na segunda metade de 2018. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 
 
 

Porto Alegre, 14 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.734

 

Conseleite/MS
A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 14 de Maio de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Abril de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de Maio de 2018.  Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.  (Famasul)
 
 
 Agrofeira é lançada e visa valorizar o meio rural 
Com o objetivo de dar visibilidade e divulgar a Força e a importância do meio rural, aconteceu, na tarde da última segunda-feira, dia 7, o lançamento da primeira Edição da Agrofeira. O ato ocorreu na sala de reuniões do gabinete do prefeito e contou com a participação de entidades parceiras, gestores e representantes da agricultura familiar, como proprietários de agroindústrias, produtores da cadeia produtiva do leite e setor primário, além da Embaixatriz da AgroFeira Fernanda Frey. 

O secretário de Agricultura André Kaufmann destacou que o propósito da feira é o setor primário e agrícola. "Somos o segundo município da América Latina em pequenas propriedades. A Agrofeira vem para mostrar a representatividade da agricultura", destaca. O vice-prefeito Celso Krämer enfatizou a diversificação do interior de Venâncio Aires, além elencar preocupações da administração com a agricultura. 

Representando as entidades parceiras e realizadoras da Agrofeira, o representante local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Ru¬ral (Emater) Vicente Finn mostrou a valorização da história referente ao produtor rural. O prefeito Giovane Wickert agradeceu e uma forma especial a todos os patrocinadores e idealizadoras do evento e enfatizou que "a agricultura familiar é motivo de orgulho para nós venâncio-airesenses". Wickert também apresentou números referentes à agricultura no município. "Somos um dos 50 maiores exportadores do Brasil. Isso nos orgulha, e a Agrofeira vem para mostrar a importância do campo e que ele precisa ser valorizado. Nosso interior precisa ser diversificado", finalizou. 

Após o ato de lançamento da programação oficial, foi servido um coquetel de produtos coloniais das agroindústrias de Venâncio Aires aos presentes, uma mesa farta com pro-dutos do interior da Capital Nacional do Chimarrão. A Agrofeira acontece entre os dias 17 à 20 de maio no Parque Municipal do Chimarrão com exposição de animais, palestras, exposição de máquinas, implementos agrícolas, atrações culturais e gastronomia com a presença do pavilhão das agroindústrias. (Jornal do Comércio) 

Semana decisiva para o destino das carcaças

cadeias produtivas da suinocultura, avicultura e bovinocultura têm prazo até esta quinta-feira
(17) para apresentar sugestões à redação da portaria n° 37do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)que irá regrar o recolhimento, transporte, armazenagem, manuseio, transformação e eliminação dos animais mortos não abatidos nas propriedades. O endereço http://sistemas.agricultura.gov.br/agroform/index.php/784466?lang=pt-BR exibe o texto e recebe as sugestões. Hoje, em atividades como a suinocultura, por exemplo, o descarte dos animais mortos por causas naturais, acidentes ou eventos climáticos é feito por meio da compostagem, com a carcaça sendo colocada num compartimento fechado, com serragem, para que se decomponha naturalmente e depois seja utilizada como adubo. A nova portaria propõe a criação de um serviço que recolha essas carcaças dando a elas um destino rentável, como o aproveitamento da gordura para fabricação de biocombustíveis e da carne, couro, ossos e vísceras para transformação em fertilizantes. 

No Rio Grande do Sul, a discussão sobre as sugestões a serem apresentadas está sendo coordenada pelo Fundo de Desenvolvimento de Defesa Sanitária Animal (Fundesa). O presidente do fundo, Rogério Kerber, explica que o novo modelo de descarte dos animais abatidos já está sendo praticado num projeto-piloto na região de Concórdia(SC), que dá subsídios à portaria. "O descarte de animais é uma questão ética e sanitária há muito discutida, o Brasil está até atrasado em ter uma legislação específica para esta situação", observa. Segundo Kerber, a partir da portaria, que terá sugestões de todo o país, deve-se encontraras empresas que se habilitem aoprocedimento e construir as normas de trânsito dessas carcaças. 

"Atualmente, pela legislação sanitária, os animais mortos não abatidos não podem sair da
propriedade. A portaria propõe a saída, mas sujeita ao controle do serviço veterinário oficial, no caso de suspeita de focos de doenças de notificação obrigatória", ressalta.

A veterinária Juliana Webster, coordenadora do Programa de Saúde Suína da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), diz que os técnicos do órgão estão alinhando as sugestões e vão apresentá-las dentro do prazo. De acordo com Juliana, a redação inicial da portaria não deixa claro que cadeias produtivas serão beneficiadas pelo sistema. "Nós acreditamos que o regramento deve ser para todos e que isto deve ser bem especificado na portaria. Neste sentido é que estamos estruturando as nossas sugestões", adianta. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também debate a medida, mas só irá se manifestar sobre o assunto depois do encerramento da consulta pública. (Correio do Povo)

RS: Rede Leite mostra bom exemplo de sucessão rural em Boa Vista do Incra

Rede Leite - Boa Vista do Incra, no Noroeste gaúcho, dá exemplo de como superar um dos maiores desafios do país, a falta de sucessores no campo. Na quarta-feira (09), uma experiência concreta de sucessão motivou a visita ao município de um grupo formado por extensionistas da Emater/RS-Ascar, pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm).O encontro, realizado na propriedade da família Siqueira, no interior do município, foi promovido pelo Grupo Social da Rede Leite Programa em Rede de Pesquisa-desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira no Noroeste do Rio Grande do Sul.

Agradeço de coração a visita de vocês, disse o anfitrião, Elvio Siqueira. Do total de sete filhos do casal Elvio e Catarina, seis estão envolvidos com atividade agropecuária e três trabalham na propriedade dos pais. É gratificante porque a gente tocou um serviço que o pai começou, disse o caçula, Altair Siqueira, um dos irmãos responsáveis pela produção anual aproximada de 590 mil litros de leite.O caso da família Siqueira serviu para ilustrar a tese da pesquisadora da Ufsm, a doutoranda em Extensão Rural, Aline Barasuol. Segundo ela, o jovem que tem uma experiência positiva no meio rural tende a permanecer no lugar. Ao contrário, se o sentimento for negativo, a tendência é se afastar, é negar o rural e aí, o jovem vai procurar algo positivo na cidade. O nosso discurso está vinculado ao que a gente sente, disse Aline.

O sociólogo da Embrapa Pecuária Sul (Bage/RS), Jorge SantAnna, enxergou na família Siqueira três fatores decisivos à sucessão rural: descentralização do poder paterno, interesse da família em aprender e inovar e apoio do governo. Primeiro houve uma vontade dos pais de que os filhos tocassem a propriedade, os pais não foram intolerantes. Segundo, a produção leiteira exige intelecto, conhecimento e estes rapazes incorporaram isso e realizaram investimentos, o que fez com que a propriedade saltasse, em oito anos, de 72 mil litros ao ano para quase 600 mil litros, com um significado econômico. E houve uma interferência, um apoio, do governo federal, representado pela Embrapa, estadual, representado pelos extensionistas da Emater, e da prefeitura. É uma situação exemplar de uma família que recebeu apoio nas três instâncias do governo, apoiando para que a sucessão ocorresse de uma maneira bem sucedida, analisou o sociólogo da Embrapa. Contudo, ponderou SantAnna, o Brasil ainda não inverteu o fluxo migratório, acentuado a partir da década de 1950: há mais gente saindo do que permanecendo no meio rural. Não é que o movimento de saída de jovens do meio rural tenha cessado, mas não tem mais tanta intensidade. Há um movimento de permanência, disse SantAnna.
 
Histórico
Na década de 1970, a construção da usina hidrelétrica Passo Real, em Salto do Jacuí, alagou a antiga propriedade da família Siqueira. Os agricultores foram reassentados pelo governo em Boa Vista do Incra. No município, Élvio e Catarina se casaram e tiveram sete filhos. A produção de leite em escala comercial iniciou em 1996, na época o plantel leiteiro não passava de 12 animais e a produção chegava a 44 mil litros ao ano. Em meio a uma crise com a falta de pasto para o rebanho a família Siqueira recebeu a visita de um extensionista da Emater/RS-Ascar. Com uma trena, foicinha e balança, o extensionista mostrou aos agricultores como pesar e calcular a quantidade de pasto necessária para alimentar o rebanho. Ao invés de três, o cálculo feito pelos rapazes mostrou que seriam necessários, pelo menos, 30 piquetes. Sobrou boia, as vacas saíam do piquete de barriga cheia, lembrou Altair. Em busca de mais informações, a família Siqueira ingressou na Rede Leite, em 2007. Desde então, a propriedade tem recebido a visita constante de pesquisadores, professores, extensionistas e administradores públicos.

Em duas décadas, os irmãos Siqueira adquiriram trator, resfriador, ordenhadeira e, mais recentemente, investiram em um estábulo para compostagem (compost barn). Os investimentos em conhecimento técnico, produtividade e conforto dos animais tem por base uma cautelosa gestão financeira. Começamos tirando leite num banquinho feito de cepo de madeira, enfrentamos o barro e hoje estamos com o sistema de confinamento das vacas, resumiu o jovem Altair Siqueira.Também participaram do encontro os secretários municipais de Agricultura e Administração, Marcos Maciel e Maurício Colvero, respectivamente, assistente técnica regional Social Isabel Robaert de Souza, e o supervisor interino da microrregião da Emater/RS-Ascar de Cruz Alta, Abel Toquetto. (Página Rural)
 

NZ: condições para retorno ao produtor continuam favoráveis, diz ANZ
Con Williams Rural economista da ANZ, observa que as condições para os retornos ao produtor no setor de lácteos continuam favoráveis em geral. Ele prevê que a oferta global de leite vai crescer, ou ficar levemente menor, tendência com uma série de limitações específicas de cada país e custo marginal de aumento da produção (ou seja, alimentação animal, energia e salários). "Isso deve suportar a durabilidade do atual ciclo de preços, mas, como sempre, as condições climáticas - especialmente na Europa e na Nova Zelândia - serão importantes para determinar o resultado final. O outro fator de suporte é a demanda sólida prevista de uma série de mercados-chave". "Em 2018/19, temos o NZ$/US$ com média de 0,67, mas dados os intervalos recentes e as considerações de cobertura cambial, a taxa efetiva real deverá estar mais perto de 0,70. Com o leite em pó integral em uma ampla faixa de US$ 2.800 a US$ 3.300 por tonelada, o leite em pó desnatado da Nova Zelândia continua atraindo um prêmio em relação a outros fornecedores, e os preços de leite seguem um padrão similar a 2017/18. Isso dá ao produtor uma faixa de preço do leite de NZ$ 6 (US$ 4,2) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,50 (US$ 0,34) por quilo de leite. Nesta fase, estamos mais inclinados a um preço inicial do leite de NZ$ 6,75 (US$ 4,7) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,56 (US$ 0,39) por quilo de leite] em 2018/19". "Combinado com uma provável atualização para o preço do leite 2017/18 de NZ$ 0,05 - 0,10 (US$ 0,03-0,07) por quilo de sólidos do leite, o fluxo de caixa modelado para a média do fornecedor Fonterra totalmente compartilhado está indicando em torno de NZ$ 7 (US$ 4,9) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,58 (US$ 0,40) por quilo de leite] em 2018/19. Embora os baixos custos operacionais tenham diminuído um pouco desde a desaceleração nos retornos, os preços robustos ao produtor apontam para um sólido cenário de lucros de NZ$ 1.750 (US$ 1.222,67)/ha, contra uma média de 10 anos de NZ$ 950 (US$ 663,73)/ha". (As informações são do https://www.fxstreet.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)