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Porto Alegre, 04 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.634

 

Gestão na produção leiteira: o exemplo da Nova Zelândia

A Nova Zelândia está entre os principais países produtores de leite do mundo. Segundo dados das companhias locais que atuam no setor, a produção de leite no último ano foi de 21 milhões de toneladas. Além da alta produção, o país também se destaca pelo elevado padrão de qualidade do produto, com baixos índices de CCS e CBT.

Visitando fazendas no país, durante quatro meses, pude observar alguns segredos de todo esse sucesso. E o que mais me surpreendeu nessas visitas foi que me deparei com vários ensinamentos que já tinha aprendido no Brasil, por meio do Sistema MDA (Master Dairy Administration, sistema de gestão desenvolvido pela Clínica do Leite). Isso porque a principal diferença entre os produtores do Brasil e os da Nova Zelândia está relacionada à gestão da propriedade.

No Brasil, a maior parte dos produtores de leite ainda não consegue enxergar a fazenda como um negócio e, por isso, não têm como prioridade um sistema de gerenciamento realmente eficiente. Essa carência de gestão piora as crises que ocorrem em momentos de baixa nos valores de pagamento do leite, como aconteceu recentemente. Somente com um sistema de gestão adequado se torna possível reduzir custos e aumentar o lucro da fazenda. É o "litro produzido a mais" que gera a rentabilidade e a sobrevivência do negócio!

Nas fazendas neozelandesas, encontrei vários princípios, ferramentas e práticas sugeridos pelo Sistema MDA. Um deles é a liderança, evidente nas propriedades em que visitei. Nelas, a maior parte dos donos das fazendas está presente, diariamente, acompanhando as atividades dos funcionários. E grande parte deles está todos os dias na ordenha. 

Também pude perceber uma dos fatores mais importantes para a boa qualidade do leite: o treinamento dos empregados e a existência de procedimentos operacionais para as atividades que eles realizam. É comum encontrar, nas fazendas, quadros de avisos sobre as atividades que devem ser realizadas durante a semana, bem como de procedimentos que precisam ser lembrados.

Outra prática que chama a atenção na Nova Zelândia é a rotina fixa de atividades. Durante todos esses meses em que fiquei observando a ordenha, a alimentação dos bezerros, o tratamento das vacas, a higiene, entre outros, reparei que tudo sempre é feito do mesmo jeito. Existem protocolos definidos, que não são alterados. Não se muda a dieta, o tratamento das vacas ou o fluxo de trabalho. Assim, por exemplo, existe um procedimento a ser seguido para cada doença que surge na propriedade, de modo que o funcionário já sabe como proceder caso a vaca apresente alguma enfermidade. 

Mais uma vez, vem à tona um dos ensinamentos mais importantes do MDA: a padronização. Afinal, não é possível saber onde se está errando caso haja formas diversas de executar as tarefas e, como consequência, variação nos dados coletados na fazenda. Somente por meio da padronização dos processos que poderemos reconhecer a causa da variação de indicadores. As fazendas produtoras de leite da Nova Zelândia comprovam que esse é o caminho para a melhoria contínua da produção.

 

As crises enfrentadas pelo agronegócio brasileiro exigem que nos espelhemos em países que apresentam eficiência no setor. Embora a realidade desses países seja diferente da brasileira em vários aspectos - do clima à regulamentação - existem medidas simples, que independentemente do contexto, são perfeitamente aplicáveis em nosso país. A maioria delas está relacionada à gestão. Assim, só será possível melhorar a produção e a qualidade do leite no Brasil se o produtor estiver consciente de que sua fazenda é um negócio, como qualquer outra empresa do país e que, como tal, necessita de um gerenciamento adequado para sobreviver e prosperar. (Janielen da Silva, Pesquisadora da Clínica do Leite, Doutoranda em Ciência Animal e Pastagens - ESALQ/USP /MilkPoint - https://www.milkpoint.com.br/mypoint/clinicadoleite/p_gestao_na_producao_leiteira_o_exemplo_da_nova_zelandia_gestao_mda_nova_zelandia_leite_clinica_pessoas_6297.aspx)

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA

A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. Na sexta-feira, a China reduzirá a tarifa sobre as importações de queijo dos EUA dos atuais 12% para 8%. Como parte dos esforços da China para aumentar a oferta e a acessibilidade dos produtos disponíveis aos consumidores, a China também reduzirá as tarifas em duas categorias de produtos que contém ingredientes lácteos. As importações de fórmula de proteínas hidrolisadas para pessoas com necessidades nutricionais especiais se tornarão isentas de impostos - atualmente, a tarifa é de 20%. A tarifa sobre alimentos infantis pré-embalados vai cair de 15% para 2%.

As mudanças melhorarão imediatamente a capacidade da indústria de lácteos dos Estados Unidos de competir por exportações na China, particularmente para queijos e produtos que contenham soro do leite e leite em pó. A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. As importações chinesas de queijo foram recordes nos últimos quatro anos.

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA
Em 2016, as importações de queijo atingiram 96,93 milhões de quilos, um aumento de 133% em relação ao ano anterior. As importações de queijo da China provavelmente marcarão um novo recorde neste ano; até agora nesse ano, as importações de queijos foram 19,3% maiores do que os volumes de janeiro a outubro de 2016. Em outubro, as exportações de queijo dos EUA para a China aumentaram 44,8% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos são o terceiro maior fornecedor de queijo para a China, depois de Nova Zelândia e Austrália, e os Estados Unidos representaram 11% das importações de queijo da China até agora neste ano. Isso é superior a uma participação de 9,2% em 2016, mas abaixo de 15,4% em 2015 e 17,6% em 2014.

A nova estrutura tarifária poderia ajudar os Estados Unidos a recuperar parte da participação de mercado que perdeu para a Nova Zelândia e para a Europa. Essa é uma notícia muito bem-vinda, considerando o tamanho do estoque de queijos dos EUA e uma produção implacavelmente robusta.


 
Em 2016, os EUA exportaram apenas 5,2% do queijo produzido e 14,2% de todos os sólidos do leite. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, da sigla em inglês) estima que, para manter um crescimento forte e amplo na indústria de lácteos, o país precisará aumentar as exportações de produtos lácteos para cerca de 20% da oferta de leite até 2020. (Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Aprendendo a vender leite e iogurtes

A estratégia de ampliar o portfólio levou a Coca-Cola a comprar, em parceria com os engarrafadores locais, duas empresas de derivados de leite na América Latina: a mexicana Santa Clara, há cinco anos, e a brasileira Verde Campo no ano passado. Antes disso, tinha comprado a Leão, que produz chás e café no Brasil. "Os lácteos são um negócio diferente pois vendemos bebidas a vida toda", diz Juan Pratts, vice-presidente de assuntos públicos da Coca-Cola no México. Ele diz que a empresa está aprendendo a vender leite, iogurtes, queijos e sorvetes. Em Pachuca, cidade ao norte da capital mexicana, a uma hora e meia de carro, a Santa Clara está recebendo neste mês 800 mil litros de leite por dia de 17 criadores de gado leiteiro. Isso inclui os 35 mil litros da família Gomez, que fundou a Santa Clara há 90 anos. Quase 90% é transformado em leite ultrapasteurizado UHT, que não necessita ser transportado em caminhão refrigerado e pode ser distribuído ao varejo na frota que leva outros produtos da Coca-Cola. O restante é dividido entre leite fresco, queijos, creme de leite fresco e sorvetes. 

A Coca-Cola enfrenta a francesa Danone, que domina o mercado mexicano de iogurte, e a Lala, que comprou a Vigor no Brasil e é a maior empresa de laticínios do México. "Mas estamos crescendo rápido. Em leite UHT, estamos quase igual à Lala", diz Francisco Javier Muñoz, engenheiro de alimentos, há 30 anos na Santa Clara. Grandes redes de varejo recebem o leite da Santa Clara, mas os sorvetes, queijos e iogurtes são mais facilmente encontrados nas 255 lojas da empresa. A Coca-Cola vê grande potencial no mercado de lácteos. O consumo per capita de leite no México é de cerca de 3 litros, metade do recomendado pela FAO, o braço de alimentos e agricultura da Organização das Nações Unidas. O desafio é fazer um produto de qualidade a um preço acessível, já que 40% dos mexicanos são pobres, segundo o Fundo Monetário Internacional. (Valor Econômico) 
 

Garantia de preço pauta encontro com empresas
A insatisfação com os valores pagos pela indústria motivou a discussão sobre a adoção de uma garantia de preço ao produtor de leite, por meio da formalização de contratos entre as partes. A ideia é defendida pela Fetag, que amanhã irá tratar do assunto em reunião com a empresa Lactalis, em Porto Alegre. No dia 19, haverá um encontro com a direção da Nestlé. Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, o objetivo é possibilitar que o produtor possa planejar seus custos e tenha condições de saber antecipadamente quanto irá receber. Ele afirma que, no modelo atual, a relação entre as partes se dá de maneira informal. O produtor, conforme Langer, somente sabe quanto irá receber no dia 15 de cada mês, quando o pagamento geralmente é efetuado. A Fetag defende que o produtor receba o pagamento até o quinto dia útil. Embora reconheça que seja difícil fixar um preço por um período de vários meses, Langer diz que a Fetag defende a elaboração de uma "metodologia que dê condições de o produtor se organizar". Em novembro, o preço de referência do Conseleite ficou em R$ 0,8653 pelo litro. O assunto divide opiniões. Para o professor Marco Antonio Montoya, do curso de Ciências Econômicas da UPF, estabelecer contratos entre as partes é interessante para garantir parceria de fluxo constante de mercadoria e apoio tecnológico. No entanto, pondera que as cotações são reguladas pelo mercado. "Poderá resultar no aumento da qualidade e, por consequência, melhoria de preço, mas fica difícil determinar valores antecipadamente". O secretário- executivo do Sindilat, Darlan Palharini, considera que a discussão é válida, mas complexa. Ele alerta para a possibilidade de que a medida possa "engessar" o mercado. "Não sabem até que ponto a formalização vai atender ambas as partes, já que existem diversos sistemas de produção", diz. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 01 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.633

 

  Rótulos 

Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência mostra que 67% das pessoas, ou seja, cerca de 7 em cada 10 entrevistados, preferem o semáforo nutricional, contra 31% que declaram preferir o modelo de advertência nos rótulos de alimentos e bebidas. A proposta que utiliza cores (verde, amarelo e vermelho) para traduzir as informações sobre o teor de açúcares, gordura e sódio dos produtos - conhecida como Semáforo Nutricional Quantitativo - é considerada a mais clara e didática para 65% dos entrevistados.

"Embora os dois modelos sejam bem avaliados pela população na avaliação individual, ela tem uma preferência. Quando perguntamos qual deles gostariam de encontrar na parte frontal das embalagens, a maioria indica o modelo semáforo nutricional", afirma Patricia Pavanelli, diretora de contas do IBOPE.

A nova proposta de rotulagem nutricional frontal, que vem sendo discutida pela sociedade, tem o objetivo de trazer as informações sobre o teor de nutrientes contidos nos alimentos para a parte da frente das embalagens. A pesquisa fez a comparação entre o modelo de semáforo nutricional e o de advertência, ambos apresentados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como propostas para rotulagem frontal no Brasil. O tema é prioritário na agenda regulatória da Agência.

Comparação de modelos
A pesquisa ainda revela que 81% dos entrevistados avaliam que o modelo do semáforo facilita a compreensão das informações nutricionais, contra 78% do modelo de advertência. O sistema de cores usado para classificar os nutrientes em um rótulo frontal é avaliado como ótimo/bom por 85% da população, contra 74% do modelo de advertência. Além disso, 47% avaliam a facilidade de leitura e compreensão das informações com nota 9 ou 10, contra apenas 26% da avaliação do modelo de advertência.

Mais um argumento favorável ao modelo de semáforo nutricional quantitativo é o fato de a relação entre as cores verde, amarela e vermelha já ser algo comum para o brasileiro, enquanto outras propostas apresentadas se baseiam em modelos de advertências, com mensagens escritas em fundo preto, que não informam a quantidade dos nutrientes destacados.

O brasileiro quer informação
A população já tem por hábito consultar informações nas embalagens, mas ressalta a necessidade da adequação e revisão de alguns itens. Aproximadamente 3/4 da população procura, de modo geral, informações nas embalagens para auxiliar na escolha dos produtos. A tabela nutricional é o terceiro item mais buscado:
o Prazo de validade ou data de fabricação: 45%
o Preço: 24%
o Tabela nutricional/ Informação nutricional: 21%
o Advertências relacionadas à saúde (diet, light, sem colesterol, sem gordura trans, sem lactose, contém glúten, etc): 18%
o Marca ou fabricante: 13%
o Lista de ingredientes: 10%
o Quantidade: 7%

A apresentação da informação por porção e por medida caseira, complementando medidas em gramas e litros, também aparece como uma necessidade dos brasileiros, vindo ao encontro da proposta apresentada pela indústria. A pesquisa qualitativa aponta a preferência pela referência nutricional baseada em quantidades mais concretas e de fácil compreensão, como as unidades ou medidas caseiras: copo americano, xícara, colher de sopa.

O estudo foi solicitado pela Rede de Rotulagem, que reúne associações das indústrias de alimentos e bebidas não alcoólicas. "A realização desta pesquisa foi muito importante para obtermos a opinião da população brasileira. Os dados coletados mostram uma clara preferência pelo modelo de rotulagem frontal com semáforo quantitativo proposto pelo setor, uma vez que ele é informativo e educativo, além de ter fácil entendimento para toda a população", afirma Daniella Cunha, diretora de Relações Institucionais da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação).

A informação por cores demonstra ter apelo popular, proporcionar comunicação instantânea e ser acessível a todos. Além disso, apresenta-se como um recurso didático, a fim de educar novas gerações e pessoas com baixa escolaridade. O modelo semáforo mostra-se ainda capaz de proporcionar uma rápida identificação no momento da compra e de permitir comparação entre alimentos, o que favorece a decisão do indivíduo e sua soberania na escolha.

"O modelo do semáforo demonstrou ser o que mais desperta o interesse das pessoas pela busca de informações nutricionais. Isso é fundamental quando pensamos em garantir eficiência a uma política pública como esta em discussão. O que adianta os rótulos serem fontes seguras de informação, se elas não forem percebidas pelas pessoas? Hábitos saudáveis são resultados de escolhas equilibradas, não se desenvolvem por imposição", afirma Pablo Cesário, gerente executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Outros números da pesquisa revelam que os brasileiros procuram e querem ter acesso às informações nutricionais, mesmo que não compreendam na totalidade os dados da tabela nutricional. O modelo com cores se revela uma proposta que cumpre a função de comunicar, de modo didático, lúdico e com empatia, essas informações. Ademais o levantamento indica que o modelo teve a preferência até de quem declara "raramente ler" as informações da tabela.

"A indústria acredita que qualquer modelo de rotulagem, sozinho, não é capaz de substituir uma ação ampla de educação alimentar e nutricional, que oriente a população a entender as informações nos rótulos dos alimentos e saber como compor uma alimentação saudável e equilibrada, aliada à prática de atividade física", Alexandre K. Jobim, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR). (Newtrade)

Produção leiteira 

A produção de leite no Brasil deve aumentar 1,8% em 2018, para 23,98 milhões de toneladas ante as 23,55 milhões de toneladas esperadas para o total de 2017, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório. A elevação da produção tende a ser impulsionada pelas exportações de lácteos, como o leite condensado, principalmente para o mercado africano, e o leite em pó.

Outro fator que influencia neste aumento é a suspensão das importações de produtos lácteos do Uruguai. O USDA destaca que, em 10 de outubro, o Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as compras do país vizinho e solicitou comprovante de rastreabilidade, para verificar se 100% do produto vindo do Uruguai era, de fato, daquele país.

A maior produção doméstica do setor e a demanda mais amena resultaram em importações limitadas de leite em pó.Sobre o mercado interno, o relatório ressalta que o consumo da bebida tende a permanecer em volumes baixos no ano que vem, em linha com o desempenho de 2017.

"O cenário é derivado do excesso de leite no mercado e da fraca demanda dos consumidores, mesmo que indicadores mostrem que a situação econômica do Brasil está melhorando gradualmente", diz o documento. Com isso, as empresas do setor estão apostando nos derivados em vez da matéria-prima em si. Para 2018, a expectativa é que o consumo doméstico de leite fique estável em 10 milhões de toneladas. (Globo Rural)

Mercosul x UE 

Esta semana ocorrerá uma nova reunião de negociações Mercosul x União Europeia (UE), que possivelmente será definidora. Até agora "os lácteos continuam excluídos das negociações", ressaltou à Conexión Agropecuaria Mercedes Baráibar, economista do Instituto Nacional de la Leche (Inale), que viajará para Bruxelas, com a delegação negociadora. 

Na primeira reunião que ocorreu em Brasília, no mês de setembro, o Uruguai chegou com a firme postura de excluir os lácteos do acordo. A novidade é que a UE pediu formalmente uma consulta pública, com o objetivo de conhecer a opinião da população e fornecer informações para que os negociadores sobre os possíveis conflitos de nomes que estavam entre as Indicações Geográficas europeias e os nomes que utilizados no Uruguai para alguns queijos.

"Quem se sentir vulnerável em seus direitos porque a UE se apropria de determinado nome terá que enviar um e.mail para ( consultapublicaigdo@miem.gub.uy). As informações serão processadas pelo escritório nacional de propriedade intelectual e enviadas ao chefe da equipe de negociadores para que na semana que vem esteja na mesa de trabalho, a quantidade de oposições ou objeções feitas", explicou Baráibar. Esta semana serão negociados produtos e na próxima as indicações geográficas, acrescentou.

O reconhecimento pedido pela UE é de exclusividade de certos nomes. Uma vez firmado o acordo, os países do Mercosul não poderão utilizar os nomes nas etiquetas de queijos se eles não procederem dos países mencionados na lista. Isto quer dizer, que o Uruguai não poderá utilizar os nomes, nem para suas vendas internas, nem para as vendas no mercado externo. A maior informação em relação a possíveis conflitos com os nomes nacionais, proporcionará aos negociadores do Uruguai maiores elementos para debater a lista. A consulta pública terá duração de 30 dias, a partir de 20 de novembro. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

Demanda fraca aprofunda queda das cotações do leite

O preço médio do leite ao produtor brasileiro voltou a cair em novembro, refletindo a oferta crescente da matéria-prima devido ao período de safra, mas a retração superou a expectativa de analistas. No mês passado, os produtores receberam, em média, R$ 1,041 pelo litro do leite entregue em outubro, um recuo mensal de 1,6%, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. "A expectativa era de uma queda menor", disse Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria. Isso porque os preços do leite longa vida no atacado haviam esboçado reação em outubro. No entanto, segundo Ribeiro, a tentativa dos laticínios de melhorar suas margens não foi bem-sucedida uma vez que a demanda no varejo continuou fraca. Diante disso, os preços do leite longa vida no atacado voltaram a recuar em novembro, assim como no varejo. 

Segundo o levantamento da Scot, no mês que se encerra, o longa vida caiu R$ 0,05 no atacado paulista, para R$ 2,13 o litro. No varejo, o recuo foi de R$ 0,04, para R$ 2,81 por litro. Considerando que a demanda doméstica por lácteos segue fraca e que o pico da safra de leite ainda deve ocorrer em dezembro nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo, a tendência é de novas quedas nas cotações ao produtor até o fim do ano, avalia Rafael Ribeiro. Em janeiro, estima, a produção de leite deve começar a se estabilizar no Brasil. Segundo o Índice Scot de Captação de Leite, a produção de leite na média do país subiu 1,1% em outubro sobre setembro, e dados parciais indicam novo aumento, de 0,9%, em novembro sobre outubro passado. 

Para Ribeiro, neste fim de ano, o consumo interno de leite longa vida deve seguir patinando, mas a demanda por outros produtos lácteos, como creme de leite e leite condensado, deve crescer em função das festas de fim de ano. A expectativa, segundo ele, é que a demanda doméstica por lácteos comece a melhorar em 2018, mas, inicialmente, ainda em ritmo lento. (Valor Econômico)

 

Súmulas do TST
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, já marcou uma data, em fevereiro, para que a corte reveja o conteúdo de aproximadamente 35 a 40 súmulas do tribunal, com o objetivo de readequá-las à nova legislação trabalhista. De acordo com membros do tribunal, a sessão de fevereiro pode resultar na extinção de algumas dessas súmulas, devido à disparidade entre seus conteúdos e o que está previsto na reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro. "Temos mais de 400 súmulas no tribunal, porque a CLT era omissa", explicou o ministro Alexandre Agra Belmonte. "Algumas delas precisam de readequação. Precisam ser adaptadas em razão da reforma, porque a súmula diz uma coisa e a reforma diz outra." (Valor Econômico)

Porto Alegre, 30 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.632

 

  Gasto com proteção social no país é o maior das Américas, afirma OIT

O Brasil é o país que mais gasta em proteção social nas Américas, com as aposentadorias representando grande parte dessas despesas. É o que mostra o "Relatório Mundial sobre a Proteção Social 2017-2019", publicado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O levantamento da agência da ONU calcula que os gastos públicos com proteção social no país (excluindo saúde) equivalem a 13,2% do PIB, comparado a 10,7% nos EUA, 9,8% no Canadá, 9,1% na Colômbia e 8,1% no México. Essas despesas incluem Bolsa Família, licença-maternidade, seguro-desemprego, ajuda a deficientes, aposentadorias e outros programas. A porcentagem da população que recebe pelo menos um tipo de cobertura social no Brasil é de 59,8%, comparado a 99,8% no Canadá e 45% na média global. Segundo Fabio Duran-Valverde, um dos principais assessores da área de proteção social na OIT, o Brasil tem investimento muito alto na área social e conseguiu aumentar de forma significativa tanto a cobertura das pessoas que pagam quanto das que recebem benefícios. "Mas temos que lembrar que isso aconteceu durante a expansão da economia", observou o assessor. "Agora o cenário econômico mudou, e o país tem o desafio da consolidação fiscal, pensando na sustentabilidade do sistema de Previdência, introduzindo os ajustes necessários no sistema, no nosso ponto de vista respeitando as convenções internacionais." 

Brasil, Chile, Uruguai, EUA e Canadá encabeçam a lista dos países com maior cobertura e gastos sociais nas Américas. Brasil, EUA e Uruguai são os que têm a maior fatia das despesas com aposentadoria, bem acima de 50% do total. A distribuição é mais equilibrada em países como Canadá, Chile, Bolívia e Paraguai, com mais ênfase no fornecimento de proteção social para pessoas em idade de trabalhar. Na Argentina, o benefício social para essa categoria é de 5,1% do PIB, comparado a 2,6% no Brasil. O relatório considera que a decisão do governo Temer de congelar por 20 anos os gastos públicos deve "ter impacto social negativo e afetar progressos em direitos humanos". A OIT insiste ser importante que "ajustes de curto prazo" não minem progressos já alcançados e que o corte de gastos sociais não é inevitável em período de ajustes. Na apresentação do relatório, o Valor indagou ao diretor-geral da OIT, Guy Ryder, se ele considerava que a proteção social estava em risco no Brasil no rastro das reformas trabalhista e previdenciária. "Reformas normalmente melhor conduzidas, e que alcançam os melhores resultados, são aquelas feitas por meio do diálogo. Sem diálogo, é uma preocupação", disse Rider. "Vimos importantes progressos no Brasil, reduzindo pobreza e desigualdades. Espero que esses ganhos não sejam perdidos." Para ele, a reforma da Previdência "deve ser desenhada de forma a que avanços não sejam perdidos". 

"As reformas em curso no Brasil visam aprofundar a inclusão social e garantir a sustentabilidade da proteção social, inclusive pela via do aumento do emprego formal", reagiu a embaixadora brasileira junto às agências da ONU em Genebra, Maria Nazareth Farani Azevêdo. Em meados do ano, a diplomacia brasileira contestou, e conseguiu tirar da lista de 2017, uma iniciativa da OIT de examinar o que era ainda o projeto de lei da reforma trabalhista. Para o Brasil, a agência interferiu num diálogo democrático que a própria OIT diz favorecer. Agora, com a reforma em vigor, aparentemente o exame será feito no ano que vem. (Valor Econômico)

 

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA

Na sexta-feira, a China reduzirá a tarifa sobre as importações de queijo dos EUAdos atuais 12% para 8%. Como parte dos esforços da China para aumentar a oferta e a acessibilidade dos produtos disponíveis aos consumidores, a China também reduzirá as tarifas em duas categorias de produtos que contém ingredientes lácteos. As importações de fórmula de proteínas hidrolisadas para pessoas com necessidades nutricionais especiais se tornarão isentas de impostos - atualmente, a tarifa é de 20%. A tarifa sobre alimentos infantis pré-embalados vai cair de 15% para 2%.

As mudanças melhorarão imediatamente a capacidade da indústria de lácteos dos Estados Unidos de competir por exportações na China, particularmente para queijos e produtos que contenham soro do leite e leite em pó. A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. As importações chinesas de queijo foram recordes nos últimos quatro anos.

 

Em 2016, as importações de queijo atingiram 96,93 milhões de quilos, um aumento de 133% em relação ao ano anterior. As importações de queijo da China provavelmente marcarão um novo recorde neste ano; até agora nesse ano, as importações de queijos foram 19,3% maiores do que os volumes de janeiro a outubro de 2016. Em outubro, as exportações de queijo dos EUA para a China aumentaram 44,8% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos são o terceiro maior fornecedor de queijo para a China, depois de Nova Zelândia e Austrália, e os Estados Unidos representaram 11% das importações de queijo da China até agora neste ano. Isso é superior a uma participação de 9,2% em 2016, mas abaixo de 15,4% em 2015 e 17,6% em 2014.

A nova estrutura tarifária poderia ajudar os Estados Unidos a recuperar parte da participação de mercado que perdeu para a Nova Zelândia e para a Europa. Essa é uma notícia muito bem-vinda, considerando o tamanho do estoque de queijos dos EUA e uma produção implacavelmente robusta.

Em 2016, os EUA exportaram apenas 5,2% do queijo produzido e 14,2% de todos os sólidos do leite. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, da sigla em inglês) estima que, para manter um crescimento forte e amplo na indústria de lácteos, o país precisará aumentar as exportações de produtos lácteos para cerca de 20% da oferta de leite até 2020. (As informações são do Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Governo articula linha de crédito para estocagem de lácteos com recursos do BNDES

Como parte de um pacote de incentivo à cadeia produtiva de lácteos prometido pelo ministro da Agricultura Blairo Maggi para compensar a recente retomada das importações de leite em pó do Uruguai, o governo articula a criação de uma linha de crédito para investimento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para laticínios financiarem a estocagem do produto.

Esse financiamento terá como fonte recursos livres, ou seja, não contará com subsídios bancados pelo Tesouro Nacional como ocorre com as operações de crédito rural no âmbito do Plano Safra. Portanto, não depende da autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN), só de uma regulamentação interna do BNDES, que já está sendo preparada.

A linha, que pode ser operada por bancos oficiais como Banco do Brasil e também por privados, será voltada para armazenagem e refrigeração de produtos lácteospor laticínios a taxas de juros de 10,7% ao ano, com prazo de 12 anos para pagamento.

"O BNDES já nos avisou que está prestes a colocar a linha à disposição das indústrias", disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. "Estamos com bastante problemas no setor, diminuição do consumo interno, enxurrada de leite vindo de outros países, então o governo procurou atuar em todas as frentes", afirmou.

Geller disse que, além da nova linha de crédito rural, o Ministério da Agricultura também deve incluir o leite na cesta de produtos agropecuários que são contemplados pela Política Geral de Preço Mínimo (PGPM), o que envolve leilões públicos para intervenção de preços no mercado interno. Ao mesmo tempo, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar (ex-Ministério do Desenvolvimento Agrário) já garantiu R$ 40 milhões para compras públicas de leite em pó de produtores por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é operado pela Conab.

Na semana passada, o Banco do Brasil já havia anunciado a prorrogação do prazo de pagamento das parcelas de custeio e investimento que já venceram ou ainda vão vencer em 2017 para produtores de leite. Os pecuaristas que tiverem parcelas de custeio e investimento vencendo este ano poderão prorrogar os pagamentos até 2018, porém apenas 50% do valor das parcelas devidas. A outra metade terá que ser paga em 2017.

"Essas medidas estão longe de atender todas as nossas demandas, mas já vão começar a reconstruir uma cadeia que está destruída", disse Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Brasil e Irã iniciam entendimentos para aumentar parceria comercial

Na primeira reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Irã, em Brasília, na semana passada (23/11), as partes avançaram nas negociações para assinatura de dois memorandos de entendimento. O primeiro, na área vegetal. O segundo, na cooperação em pesquisas agropecuárias. O Irã é o 5º maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro. "Trabalhamos para facilitar os negócios entre os dois países", disse Odilson Ribeiro e Silva, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). "Esperamos que, em breve, o resultado dessa reunião se reflita no comércio Brasil-Irã. Vamos precisar discutir ainda alguns temas para finalizar a assinatura." Presidida pelo vice-ministro da Agricultura, Mohammad Ali Javadi, a delegação iraniana é composta por 9 técnicos.  Na pauta da primeira reunião do Comitê foram discutidos procedimentos para exportação de carne bovina, exportação de gado vivo e material genético bovino e avícola. Os representantes brasileiros e iranianos se comprometeram a realizar ações de promoção de produtos do agronegócio com os setores privados interessados na exportação, a partir de 2018. E ainda no próximo ano haverá uma nova rodada de negociações. Em 2016, o Irã importou US $ 2,1 bilhões, principalmente milho, soja em grãos e carne bovina in natura. Agora há interesse de exportar para o Brasil ureia, frutas secas e amêndoas . (As informações são do Mapa)
 

 

 

Leite/EUA

A indústria de laticínios dos Estados Unidos da América (EUA) espera que a produção de leite chegue a 98,4 bilhões de toneladas em 2017, um novo recorde. De fato, nos últimos cinco anos, os EUA vêm acumulando recordes, ano após ano. O número de vacas chegou ao nível recorde de 9,4 milhões, e a produção por vaca aumenta, entre 2% e 3%, ano após ano. As exportações de produtos lácteos saltaram de 13% para 14% da produção. Ainda que o dólar norte-americano tenha apresentando ligeiro declínio no final do verão em relação a outras moedas dos principais sócios comerciais, a expectativa para o futuro é de que o dólar se mantenha forte e tenha elevação significativa nos próximos cinco anos. Se o Banco Central aumentar a taxa de juros em dezembro, o dólar ficará ainda mais forte. É preciso lembrar que os estoques de queijos nos Estados Unidos estão em níveis, historicamente, elevados, e o volume extra de produtos lácteos é um fator de redução dos preços ainda por algum tempo. A estrela atual da indústria de laticínios é a manteiga. O consumo per capita de manteiga pelos norte-americanos subiu 20% desde o ano 2000. Esta demanda interna de manteiga tem ajudado a manter o preço do leite nos Estados Unidos, em tempos de baixas exportações. Depois de um ano de perda de produção na Austrália, Argentina, Nova Zelândia e União Europeia, tanto a Argentina, como a União Europeia começaram a recuperar suas produções de leite, sendo, junto com os Estados Unidos, os principais exportadores de lácteos do mundo. (Todo El Campo - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 29 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.631

 

  Projeto que altera o Fundoleite é entregue ao presidente da Assembleia Legislativa

Entidades ligadas ao setor lácteo gaúcho entregaram, nesta quarta-feira (29/11), ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), Edegar Pretto, projeto de lei que altera o Fundoleite. A proposta construída entre as entidades, é referente aos recursos do fundo. Com o projeto, 10%  seriam destinados ao instituto, 20% iriam para projetos que visam o desenvolvimento do setor, que poderiam ser apresentados por qualquer entidade representativa, e 70% da arrecadação seria aplicada em assistência técnica aos produtores de leite. 

"A aplicabilidade de 70% em assistência técnica aos produtores rurais é fundamental, pois são eles que precisam do suporte técnico para se manterem em sua atividade", pontuou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente ainda afirmou que se faz necessario aprovar o projeto na íntegra. "Esse consenso demonstra a vontade que temos de avançar na produção do Estado", acrescentou, ressaltando a importância da proposta para o desenvolvimento do setor lácteo.

Na ocasião, o presidente da Assembleia elogiou o trabalho feito em conjunto pelas entidades. "Sei que não é fácil chegar num consenso assim. A casa é política e precisa de construção política", afirmou Pretto, agradecendo pela presença dos representantes. "Esse setor, em especial, está precisando de unidade", afirmou. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, reafirmou que o projeto é resultado de entendimento e união do setor. "A construção política em conjunto é o primeiro passo para fazer enfrentamento às dificuldades da cadeia do leite".

Além do Sindilat, estiveram presentes a Apil, AGL, Fetag, Fetraf Sul, Famurs, Ocergs e Fecoagro. 

Reunião do Grupo de Trabalho debate o assunto
Deputados encaminharão ao secretário da Casa Civil, Fábio Branco, o pedido de revogação do decreto 53.059, que trata do regulamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e internacional. A decisão foi tomada a partir de discussão feita ainda pela manhã, no salão Alberto Pasqualini, na Assembleia Legislativa, durante reunião do Grupo de Trabalho a respeito da importação do leite em pó do Mercosul (GTL). Além disso, foram debatidas questões referentes ao projeto de alteração do Fundoleite e medidas para a importação de leite em pó uruguaio. Os deputados Zé Nunes, Elton Weber, Edson Brum e Sérgio Turra estiveram presentes na ocasião. 

O Sindilat esteve representado pela gerente administrativa, Julia Bastiani e pelo cooerdenador do setor de leite da Languiru, Fernando Staggemeier. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Vitorya Paulo

Expectativa é de retomada do consumo de leite, avalia presidente do Sindilat-RS

A queda no preço do leite fez o setor enfrentar grave crise neste ano. Produtores e empresas tiveram dificuldades diante da redução de consumo. Garantir a competitividade do segmento é um dos desafios de Alexandre Guerra, reeleito nesta terça-feira (28), por unanimidade, para novo mandato à frente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS). A projeção é de um 2018 melhor. Confira trechos de entrevista à coluna.

Depois de ano de crise, com queda acentuada no preço, como será 2018?
A expectativa é de que, com o crescimento do PIB, possamos retomar o consumo. Neste ano, houve diminuição de 5% no Brasil. O grande problema, além da importação, foi a queda no consumo. E o aumento de 5% na produção. A indústria trabalhou quatro meses no vermelho. Em novembro, houve reação no valor do UHT, nos primeiros 10 dias. De forma gradativa, o setor pode ter melhor situação ano que vem. 

Por que quando a indústria tem alta no preço, esse repasse logo chega ao consumidor, e quando baixa, não há recuo na mesma velocidade?
Essa baixa chega ao consumidor. Neste ano, teve muita oferta de leite UHT. O supermercado coloca o leite longa vida como ponta de gôndola (oferta), para atrair consumidores. A população está buscando muito condição de preço. 

Que ações tornariam a atividade sustentável no Rio Grande do Sul?
Precisamos trabalhar a competitividade. Para sermos fortalecidos, temos de ter produtor produzindo mais, indústria em escala, inovando e dando assistência, e o governo fazendo a parte dele, dando isonomia fiscal e desburocratizando. (Zero Hora)

NZ: produtividade das vacas leiteiras registra recorde

O rebanho leiteiro da Nova Zelândia pode estar encolhendo, mas, ainda está produzindo volumes recordes de leite. Os últimos dados do New Zealand Dairy Statistics mostram que a vaca média produziu mais litros de leite (nos 12 meses - até junho - em níveis recordes) e também, com mais quilos de sólidos. Esse animal produziu 4.259 litros de leite, contendo um total de 381 kg de sólidos do leite, em comparação com 4.185 litros e 372 kg de sólidos do leite em 2015-16.

Tanto o número das vacas leiteiras quanto o do rebanho caíram pelo segundo ano consecutivo; os últimos dados eram de 4,86 milhões de vacas a nível nacional, abaixo dos 4,99 milhões em 2015-16, enquanto o número de rebanhos caiu em 170, para 11.748. Esse declínio refletiu as condições difíceis da primavera e dois anos de altos números de abates após os baixos preços do leite. Enquanto os rebanhos leiteiros da Ilha do Sul representavam 27,4% do total nacional, continham 40,4% de todas as vacas em lactação. A maioria estava na região de Waikato (23%), seguido por North Canterbury (13,8%), Southland (11,6%) e Taranaki (9,7%).

Otago tinha 439 rebanhos, que incluíam 256.497 vacas, constituindo 5,3% do rebanho nacional, enquanto Southland tinha 989 rebanhos, com 563.017 vacas. Apesar do declínio no número de vacas, as empresas leiteiras processaram quantidades de leite muito similares - 20,7 bilhões de litros de leite contendo 1,85 bilhão de quilos de sólidos do leite em 2016-17. A estação anterior foi de 20,9 bilhões de litros de leite (1,86 bilhão de quilos de sólidos do leite).

O economista sênior da DairyNZ, Matthew Newman, disse que a tendência de aumentar a produção de leite por vaca mostrou que os produtores optaram por animais que eram mais eficientes em converter pastagem em leite com relação ao ano anterior.  "Estamos produzindo quantidades de leite similares a partir de menos vacas, em parte, porque estamos criando melhores animais e os alimentando bem", disse ele. O rebanho médio é agora de 414 vacas, abaixo de 419 em 2015-16. Foi o nível mais baixo de vacas ordenhadas desde 2012. O número de vacas da Ilha do Norte diminuiu em 90.000 para 2,89 milhões, enquanto o número da Ilha do Sul caiu em 46.000 para 1,97 milhão.

O gerente geral de mercados da Nova Zelândia da Livestock Improvement Corporation (LIC), Malcolm Ellis, disse que as estatísticas refletiram uma mudança na indústria. "Os produtores estão reconhecendo que, como uma indústria, se eles não estão ordenhando um maior número de vacas, precisam ordenhar as melhores".

As mudanças nas raças leiteiras continuaram. Os cruzamentos das raças Holstein-Friesian/Jersey agora compreendem 48% das vacas, acima dos 40% em 2010-11. Holstein-Friesians constituem 33,5% do rebanho nacional e as Jerseys, representam 9,3%.

As estruturas de propriedade das fazendas mudaram ao longo das últimas estações, com 27,3% dos rebanhos leiteiros da Nova Zelândia operando sob um acordo de sharemilking (o sharemilker é responsável por operar a fazenda em nome do proprietário, mas não possui a terra e, em contrapartida, recebe uma parte dos rendimentos da venda de leite e qualquer outra coisa produzida fora da terra, como por exemplo, silagem) em 2016-17, contra 32,4% em 2014-15. Os rebanhos nas mãos de proprietário-operador aumentaram em 188, para 8.503 rebanhos em 2016-17. (As informações são do Otago Dairy Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai: receita bruta dos produtores de leite aumentou em US$ 118 milhões até setembro
O setor de lácteos uruguaio está abandonando lentamente uma das piores crises dos últimos tempos. Alguns fatores externos e outros que não podem ser manipulados, como os preços dos produtos no mercado mundial e o clima, jogaram a favor do produtor e permitiram um aumento na renda bruta das empresas. No final do terceiro trimestre do ano (janeiro a setembro), as empresas de lácteos faturaram US$ 445 milhões. Isso significa um crescimento de US$ 118 milhões em relação ao mesmo período do ano passado - que somou US$ 337 milhões - informou Rafael Tardáguila, diretor da Tardáguila Agromercados. Apesar desta recuperação, as empresas de lácteos estão longe da receita obtida em 2014 e 2015, antes da crise no setor no país. O analista disse que o aumento da receita bruta se deve a dois fatores: aumento nos volumes produzidos e no preço médio recebido em dólares por litro de leiteenviado à indústria. Em comparação com 2016, Tardáguila comentou que o volume deste ano aumentou 7,1% e os produtores receberam US$ 0,7 a mais por litro enviado. (As informações são do Portal Lechero, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 28 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.630

 

  Preço do leite volta a subir no RS

Depois de seis meses de queda, o preço do leite voltou a subir no Rio Grande do Sul. Segundo dados apresentados nesta terça-feira (28/11) pelo Conseleite, o valor de referência estimado para novembro (considerando apenas os dez primeiros dias do mês) é de R$ 0,8653, valor 4,36% acima do consolidado de outubro, que fechou em R$ 0,8292. A valorização foi puxada pelo aumento do leite UHT, que atingiu 8,15% no mês. Também tiveram aumento expressivo o queijo prato (7,76%) e o mussarela (5,91%). O valor nominal médio acumulado no ano (11 meses) indica queda de 6,72%. Considerando valores reais (levando-se em conta a inflação medida pelo IPCA), a redução no período chega a 9,61% "De acordo com análises gráficas setoriais, a tendência para 2018 é de preços melhores do que os praticados neste ano", projetou o professor da UPF, Eduardo Finamore.

O movimento de alta em novembro já era esperado pelo setor produtivo devido às limitações de importação impostas no mês passado ao leite uruguaio e à redução da captação no campo. Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, é importante considerar que a situação do setor é crítica, com saldo acumulado de perdas no ano tanto ao produtor quanto à indústria. Nos últimos dias, informa ele, o mercado se demonstrou mais cauteloso como reflexo da retomada das aquisições do país vizinho, o que sinaliza para estabilidade nos próximos meses. "O Rio Grande do Sul não manda no mercado brasileiro. A gente tem que dançar a música do mercado. Estamos sofrendo por um mix de fatores que inclui a importação de leite, a queda de consumo devido à crise e diversas outras questões", salientou Guerra.  Além disso, indicou o também presidente do Sindilat, a projeção do PIB para 2018 é positiva , o que deve recuperar o poder de consumo das famílias.

Segundo ele, é importante reforçar a questão da competitividade da produção. "É essencial reduzir custos para poder enfrentar esse mercado", completou. Ele argumenta que o mercado é soberano em relação ao desejo dos players. "As indústrias não querem baixar preço", disse. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Alexandre Guerra reeleito para gestão 2018/2020
 
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e diretor da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, foi reeleito na tarde desta terça-feira (28/11) para comandar a entidade na gestão 2018/2020. A eleição foi por unanimidade e contou com 51 votos de indústrias que respondem, juntas, por mais de 80% da produção do  Rio Grande do Sul. A diretoria para o triênio 2018/2020 ainda terá Guilherme Portella (Lactalis), que segue como 1º vice-presidente, e Caio Vianna (CCGL), que assumirá a 2ª vice-presidência. O grupo ainda conta com Ângelo Sartor (Rasip) como secretário e Jéferson Smaniotto (Cooperativa Piá) como tesoureiro. A posse ocorrerá no dia 7 de dezembro, às 20h, durante celebração de fim de ano no Hotel Plaza São Rafael.
 
Segundo Guerra, a reeleição reconhece a força do trabalho realizado nos últimos três anos, que incluiu projetos inovadores como o Fórum Itinerante do Leite, o Pub do Queijo e as agendas internacionais. Entre suas metas para os próximos anos está trabalhar para abrir novos mercados para os produtos lácteos do Brasil no exterior por meio de participação em eventos e comitivas internacionais. "Trabalharemos para criar condições para que os associados ganhem em competitividade de forma a acessar novas oportunidades comerciais", frisou Guerra.
 
À frente das batalhas em defesa da produção, disse ser importante contar com o apoio de todos os associados nos próximos anos. "Precisamos estar juntos para superar o cenário adverso. É importante contar com as indústrias não apenas na formação da diretoria, mas nos eventos e nas negociações que envolvem o setor".
 
Entre os principais desafios pela frente, citou Guerra, estão as mudanças na contribuição sindical, que exigirão empenho por parte das empresas associadas para manter a atividade do Sindilat. "Dentro da modernidade, as entidades têm que existir por sua importância". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Crédito: Carolina Jardine

 

Agricultura familiar: governo aumenta o preço pago pelo leite em pó

O grupo gestor do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, alterou nesta segunda-feira, dia 27, o preço de aquisição do quilo de leite em pó produzido pela agricultura familiar.

A partir de agora as compras realizadas pelo governo através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) terão o valor de R$ 13,94, contra R$ 12

Como funciona
Parte dos alimentos é adquirida pelo governo diretamente dos agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas e demais povos e comunidades tradicionais, para a formação de estoques estratégicos e distribuição à população em maior vulnerabilidade social.

Os produtos destinados à doação são oferecidos para entidades da rede socioassistencial, nos restaurantes populares, bancos de alimentos e cozinhas comunitárias e ainda para cestas de alimentos distribuídas pelo Governo Federal.

Outra parte dos alimentos é adquirida pelas próprias organizações da agricultura familiar, para formação de estoques próprios. Desta forma é possível comercializá-los no momento mais propício, em mercados públicos ou privados, permitindo maior agregação de valor aos produtos.

A compra pode ser feita sem licitação. Cada agricultor pode acessar até um limite anual e os preços não devem ultrapassar o valor dos preços praticados nos mercados locais. CLIQUE AQUI para acessar a resolução. (Canal Rural/Diário Oficial da União)

 

 

Preços/Europa

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Observatório Lácteo da União Europeia (UE), com dados da semana 45, encerrada em 19 de novembro de 2017, os preços dos produtos lácteos sofreram as seguintes variações em relação à semana anterior (), e em relação ao ano anterior []. Manteiga (-0,7%), [+29%]; SMP (+0,6%), [-23%]; WMP (-0,6%), [-6%]; Cheddar (-0,1%), [+2%]; e Soro (-1,5%), [-27%]. 

O preço médio do leite ao produtor da UE aumentou 4% em setembro de 2017, fechando em 36,71 centavos de €/kg, [R$ 1,37/litro], o que representa 32% a mais do que em setembro de 2016, e 11,2% acima da média dos últimos 5 anos. A captação de leite na UE aumentou 3,7% em setembro de 2017 (em comparação com setembro de 2016), e 0,9% em comparação com setembro de 2015. O volume acumulado de leite captado de janeiro a setembro de 2017 foram 0,4% superiores ao mesmo período de 2016.

De janeiro a setembro, na UE, houve contração de 6,1% na produção de SMP, de 3,5% na produção de manteiga, de 0,9% na produção de leite de consumo, e de 0,2% na produção de WMP, enquanto subiram as produções de creme, queijo, leite fermentado e leite concentrado, em 2,2%; 1,3%; 0,6%; 1,6%, respectivamente. A produção de leite na Nova Zelândia registrou aumento de 2,7% no mês de pico da temporada (outubro), o que resultou em um aumento geral de junho a outubro de 0,9%. O crescimento da produção de leite desacelerou nos Estados Unidos. Em setembro foi registrado aumento interanual de 1,1%. A produção acumulada de janeiro a setembro ficou 1,5% acima dos níveis de 2016. Na Austrália a produção de leite aumentou 1,6% nos três primeiros meses de temporada. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 

Santa Clara é agraciada com o décimo troféu Carrinho Agas
A Santa Clara recebeu o seu décimo troféu Carrinho Agas em evento realizado na noite de ontem, 27 de novembro, na Casa NTX, em Porto Alegre. A Cooperativa foi premiada na categoria Zero Lactose, criada neste ano em virtude da demanda crescente em produtos destinado a pessoas com restrições alimentares. A honraria foi recebida pelo diretor Administrativo e financeiro, Alexandre Guerra. Durante a solenidade de entrega do troféu, o diretor, Alexandre Guerra enalteceu a preocupação da Santa Clara com este nicho saúde. "A Cooperativa possui uma linha com dez itens da linha Zero Lactose, sendo que recentemente lançamos novos produtos para atender esta demanda", destaca. A linha Zero Lactose Santa Clara é composta por Requeijão Zero Lactose, a Ricota Zero Lactose, o Frut Clara Zero Lactose nos sabores morango e salada de frutas, Leite UHT, Queijo Minas Frescal, Queijo Mussarela, Nata e Doce de Leite. O Carrinho Agas é promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Em edições anteriores, a Santa Clara foi contemplada como Melhor Fornecedora de Queijos (2013, 2014, 2015 e 2016), Laticínios (2010, 2011 e 2012), Bebidas Lácteas (2004) e Alimentos Resfriados (2003). (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

Porto Alegre, 27 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.629

 

  O leite é o único alimento que deve nos acompanhar por toda a vida. É seguro.

Sua mãe sempre disse para você beber leite todos os dias, que é bom para os ossos, que ajuda a crescer forte e saudável. Mas nos últimos tempos, esse alimento ganhou uma má fama, dividindo especialistas entre os que o consideram dispensável e os que acham que ele é essencial.

Nesse segundo grupo está a pediatra Ana Escobar, autora de vários livros sobre saúde na infância e consultora do programa Bem Estar, da TV Globo. "O leite é o único alimento que deve nos acompanhar por toda a vida. Deve ter ingerido todos os dias", defende ela, que estará em Vitória neste sábado como participante da TecnoAgro, evento realizado pela Rede Gazeta.

Confira o bate-papo com a médica:
Há uma lenda de que o homem é o único mamífero que continua bebendo leite depois de adulto. Deveríamos parar de beber leite?
Não. O leite é um alimento de extrema importância em todas as faixas etárias. É o único alimento que nos acompanha por toda a vida. Deve ser ingerido todos os dias.

Por que?
Estamos vivendo mais do que vivíamos poucos anos atrás. A expectativa de vida hoje é de 100 anos. À medida que o tempo de vida aumenta, nossas necessidades nutricionais vão de modificando. Como manter esses os ossos fortes a vida toda? Precisamos de cálcio, um dos nutrientes essenciais. E a grande e mais importante fonte de cálcio é o leite. Nos adultos, a falta de cálcio gera osteoporose, uma doença que deixa a vida com muito menos qualidade. Um idoso que quebra um osso fica acamado, e isso traz outras doenças e o faz viver menos.

Mas há quem defenda que há outras boas fontes de cálcio, como alguns vegetais.
É verdade. Mas não fornecem cálcio na quantidade que precisamos. Por exemplo, uma criança de oito anos de idade teria que ingerir 14 colheres de aveia por dia ou comer dois pratos inteiros de brócolis por dia para obter cálcio na quantidade necessária. É muita coisa. Ela pode conseguir isso tomando dois copos de leite, um de manhã, outro de noite. A mesma coisa funciona para um idoso.

Muito da má fama do leite vem dos casos de intolerância à lactose, que parecem estar aumentando. O que a senhora acha?
Não temos dados no Brasil. Mas estima-se que em torno de 20% a 30% das pessoas podem ter, de fato, intolerância à lactose. Na Europa, só 15% têm o problema. Na população afrodescendente e asiática, o percentual é um pouco maior. Sabemos que muito disso é moda. As pessoas que fazem restrição à lactose relatam se sentir melhor porque acabam fazendo uma reeducação alimentar. O leite não é o único vilão.

A ultrapasteurização do leite não acaba com os nutrientes?
Não é verdade. A pasteurização pode alterar um pouco a quantidade de proteínas, mas ainda sim há proteínas ali. O cálcio, o magnésio, o potássio continuam intactos. O leite é muito seguro para a saúde.

Como ensinar as crianças a se alimentar de forma saudável?
A obesidade, que vem crescendo no Brasil e no mundo, é multifatorial. Tem a ver com o estilo de vida que vivemos, com o sedentarismo e os hábitos alimentares. Os pais não têm tempo para preparar a comida dos filhos, para fazer um suco. Dão logo o suco de caixinha, que é mais fácil. Para ensinar as crianças a comer bem, os pais devem mudar os próprios hábitos primeiro. E levar as crianças para gastar energia nos espaços livres. (A Gazeta)

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 23 de Novembro de 2017 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

DSF lança novos indicadores globais sobre sustentabilidade na cadeia láctea

O Dairy Sustainability Framework (DSF) anunciou o lançamento de mais cinco indicadores globais para a divulgação pública do progresso da indústria em cima dos seus 11 critérios de sustentabilidade. Os membros do DSF, que representam mais de 31% da produção global de leite, endossam os 11 critérios e priorizam estes com base nos desafios de sua própria região. 

Cada critério tem sua própria intenção estratégica. Metas de sustentabilidade e iniciativas baseadas no cronograma são desenvolvidas pelos membros para trabalhar buscando esses objetivos a nível regional, nacional e local. O relatório anual de progresso é um compromisso de adesão.

Identificando métricas
Além dos programas de membros individuais, o DSF trabalhou com pesquisadores da Universidade do Arkansas, membros e grupos de partes interessadas mais amplas (incluindo uma consulta pública) para identificar métricas de indicadores de alto nível para os critérios: solo (qualidade e retenção), nutrientes do solo, água (disponibilidade e qualidade), biodiversidade e condições de trabalho. Estes se unem ao cuidado dos animais e às emissões de gases de efeito estufa (GEE), lançados em 2016.

Ao estabelecer e rastrear as métricas do indicador para cada critério, o DSF disse que será capaz de reportar a melhoria agregada contínua do setor global de produtos lácteos. Donald Moore, presidente do DSF, disse que os consumidores querem saber que seus alimentos foram produzidos de forma sustentável e responsável e - informar sobre esses indicadores - permitirá que o setor de produtos lácteos monitore e relate seu desempenho.

Indicadores adicionais
O trabalho está em curso, para conclusão até o final do ano, para calcular os valores iniciais com os quais o relatório anual será comparado. Os quatro indicadores restantes (segurança e qualidade dos produtos, desenvolvimento do mercado, economias rurais e resíduos) serão desenvolvidos por meio de uma abordagem multipartidária, a partir de janeiro de 2018. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Produção/Uruguai
Prossegue a tendência de aumentos no envio de leite para as plataformas da indústria, concluindo outubro com 1,8% acima do volume verificado no mesmo período de 2016. No mês passado foram captados 196,6 milhões de litros, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). Por outro lado, a captação de 2017, até outubro, recuperou 7,8% em relação aos primeiros 10 meses de 2016. No total foram enviados para as fábricas 1.541,9 milhões de litros. Em 2016, a produção de leite totalizou 1.775 milhões de litros, apresentando 10% em relação a 2015. O preço médio pago ao produtor em outubro passado foi de 9,60 pesos por litro, [R$ 1,06/litro], caindo 0,6% em relação a setembro. Em dólares, o preço ao produtor foi de 33 centavos de dólares. Em outubro de 2017 o preço médio ao produtor foi 7,8% superior em pesos, e 3,4% em dólares, em relação a outubro de 2016. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 24 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.628

 

  MDS anuncia R$17 milhões

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) anunciou que investirá R$ 17 milhões na compra de leite em pó de cooperativas de agricultores familiares. O valor é suficiente para a aquisi- ção de pouco mais de mil toneladas - o setor havia solicitado a compra governamental de 50 mil toneladas, no país. Mesmo considerando baixo o investimento, as entidades ligadas à cadeia leiteira esperam que esta seja a primeira iniciativa de outras que virão na sequência para tentar regular o mercado de lácteos, prejudicado pela alta oferta e queda da demanda. De acordo com o MDS, a aquisição será feita ainda neste ano, por meio da modalidade Compra Direta do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). 

O preço de referência do quilo do leite em pó para a Região Sul, segundo a Conab, é de R$ 11,99. No entanto, aguarda-se a publicação no Diário Oficial da União (DOU) do valor reajustado em R$ 13,94, cotação que vinha sendo reivindicada pelo setor. A Conab, que será responsável por operacionalizar a compra, diz que ainda não recebeu a liberação de recursos para esta finalidade e, portanto, não há defini- ção sobre quando abrirá o prazo para as cooperativas interessadas se inscreverem. Paraovice-presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro/RS), Darci Hartmann, qualquer medida que ajude o mercado a se reequilibrar é bem-vinda. "No ano passado, por conta dos preços maiores pagos pelo leite, o produtor investiu na propriedade e conseguiu produzir mais neste ano. Por outro lado, o consumo não reagiu", comenta. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, também avalia como importante a iniciativa do governo, mas espera que não seja a única. "Esta primeira aquisição contribui, desde que tenha continuidade até que se chegue ao volume solicitado pelo setor", reivindica. (Correio do Povo)

Lácteos/NZ 

Já faz quase 3 semanas que grande parte de Canterbury não tem chuva significativa, e o verde da primavera está sumindo. Waikato e a Ilha Norte também são bacias leiteiras a espera de chuva, e a orientação é planejar o verão. Evitar sobrecarregar as pastagens com o uso de silagem, e as brássicas de verão. Fazer leves aplicações de Nitrogênio nesse período. A estação de monta segue bem, com acompanhamento rigoroso dos veterinários. Crescem as preocupações com a fraqueza do mercado de laticínios e os números da produção nacional para outubro revelaram crescimento de 2,9% em relação ao ano passado. Dada a fraqueza atual do mercado de leite em pó, os analistas estão preocupados com leite extra, que vai pressionar ainda os preços, embora o mercado de futuros de produtos lácteos tenha apresentado alguma recuperação na semana passada. Mas, a apreensão aumentou depois dos resultados do último leilão, com a queda nas cotações do leite em pó desnatado, junto com o péssimo resultado da manteiga e do queijo, indicando que um corte na previsão para o ano parece inevitável. 

A moeda fraca está ajudando, mas, os economistas da ANZ parecem ter certeza de que a Fonterra irá reduzir para NZ$ 6,25/kgMS, [R$ 1,02/litro], o preço ao produtor em dezembro, e até a otimista equipe do ASB cortou 25 centavos em suas previsões, passando para NZ$ 6,50/kgMS, ]R$ 1,10/litro]. A A2 Milk parece estar resistindo bem à tempestade com seu produto diferenciado, e divulgaram a duplicação dos lucros e crescimento do valor agregado. As notícias são de que a produção de leite chinesa recuperou, e isto pode limitar as exportações da Nova Zelândia em 2018. Mais notícias negativas acerca do surto de micoplasma, e outras 1.000 vacas terão que ser abatidas, enquanto os funcionários do Ministério do Interior (MPI) se esforçam para isolar a doença e erradicar a fonte de contaminação. Vinte e três fazendas foram detectadas com foco da doença, e são submetidas a testes extensivos, controles de movimento, e rigor nas cercas para impedir que a infecção se espalhe. 

Os pequenos processadores de leite estão anunciando o sucesso dos esquemas de incentivo, e seus fornecedores estão respondendo bem às bonificações, para melhorar a qualidade dos seus produtos. A Dairy NZ lançou uma nova estratégia para o setor que tem por objetivo informar às comunidades sobre a abordagem das questões ambientais, de bem-estar animal, e cuidados com as emissões de gás, de uma forma transparente e aberta. A Fonterra introduziu o plano de chegar a emissões zero até 2050 e reduziu o uso de carvão, mas, alguns observadores criticaram os baixos parâmetros da gigante de produtos lácteos, para limitar futuras penalidades monetárias. (interes.co.nz - Tradução livre: Terra Viva)

Milho

As exportações de milho do Brasil atingiram 2,21 milhões de toneladas até a terceira semana de novembro, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Na média diária, foi embarcado 201,07 mil toneladas neste período. 

O volume exportado diminuiu 16% frente a média diária de outubro deste ano, mas continua recorde quando comparado com o mesmo período de 2016. De novembro de 2017 a novembro do ano anterior, os embarques subiram 318%. Com a colheita do milho 2017/2018 na reta final nos Estados Unidos e maior disponibilidade, os preços do cereal norte-americano caíram, aumentando a concorrência com o Brasil no mercado internacional. Caso os embarques continuem neste ritmo, a estimativa é de que o Brasil exporte um volume próximo de 4,02 milhões de toneladas no acumulado de novembro. A boa movimentação para exportação nos últimos meses tem ajudado na sustentação dos preços do cereal grão no mercado brasileiro. Entretanto, a boa disponibilidade interna deverá limitar as altas de preços do milho em 2018. (Canal Rural)

 

SP: depois de subir por mais de um mês, preço do leite UHT recua, diz Cepea
Após cinco semanas consecutivas em alta, as cotações do leite UHT negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo registraram leve queda de 0,79% na comparação entre a semana de 13 a 17 de novembro e a anterior, com preço médio de R$ 2,11/litro. Já os preços do queijo muçarela permaneceram estáveis na mesma comparação, com média de R$ 14,06/kg. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário está atrelado à dificuldade de venda e ao elevado volume de leite disponível, que seguem impedindo repasses de preços, forçando vendedores a negociar seus produtos a valores menores. (Fonte: Cepea)

Porto Alegre, 23 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.627

 

Odacir Klein assumirá GT da Proteína Animal
 

O secretário chefe da Casa Civil, Fábio Branco, anunciou, durante reunião com as entidades que compõem o Grupo de Trabalho (GT) da Proteína Animal, que o governo deliberou por dar continuidade às atividades do colegiado. Informou que o decreto que prorroga o projeto em favor da produção ainda não foi assinado pelo governador José Ivo Sartori, mas que o será em breve. Branco também informou que a coordenação do GT agora será realizada pelo presidente do Conselho de Administração do BRDE, Odacir Klein. "Daqui para frente teremos bons desafios, que serão enfrentados de maneira clara e objetiva, com a coragem de fazer o que precisa ser feito", reforçou Branco, que conduziu o encontro ao lado do secretário Ernani Polo e demais representantes de pastas de governo. "Os governos passam e a produção se mantém. Estamos fazendo ajustes e tentando entendimento", frisou Polo, lembrando do esforço que vem sendo realizado pela retirada da vacinação contra febre aftosa do rebanho brasileiro.
 
O encontro reuniu lideranças dos diversos setores que integram a cadeia da proteína animal, incluindo avicultura, suinocultura, bovinocultura de corte e leite. A secretária do Sindilat, Vanessa Alves, representou o sindicato. Dirigindo-se aos colegas de GT, Klein agradeceu a confiança e defendeu a integração como base para a condução do projeto. "A delegação que recebo vem como uma dupla linha de atribuições. A primeira é a de atuar como um despachante aos secretários e buscar soluções. A outra é atuar pela coordenação do diálogo de diversos setores". Nesse desafio, frisou ele, contará com o emprenho de Paulo Roberto Silva, que ficará responsável pelas questões mais operacional do grupo de trabalho. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Carolina Jardine 

Expectativa de equilíbrio no mercado global de lácteos

A combinação de continuidade de demanda firme e de produção crescente em 2018 deve fazer com que os preços internacionais dos lácteos fiquem em patamares não muito distantes dos registrados este ano, segundo analistas do setor. A expectativa é que as cotações do leite em pó integral - um dos principais produtos negociados no mercado internacional - oscilem entre US$ 2.700 e US$ 3.200 por tonelada no ano que vem.

Desde o começo de outubro, os preços do produto no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para o mercado internacional, estão em queda. Começaram o ano perto de US$ 3.300 por tonelada. Caíram abaixo de US$ 2.800 em março, recuperaram-se, mas voltaram a recuar este mês.  Segundo Valter Galan, analista da consultoria MilkPoint, a queda recente reflete o aumento da produção de leite na União Europeia e nos Estados Unidos, que mais que compensou o avanço da demanda da China, maior importador mundial de lácteos. "A China está comprando muito, mas a produção nos EUA e na União Europeia cresce compensando a demanda chinesa", disse Galan. 

De janeiro a setembro, as importações de leites em pó (integral e desnatado) pela China subiram 20,6%, para 599,1 mil toneladas. A diferença equivale a 977 milhões de litros de leite. Só entre junho e agosto, o aumento da produção de leite na UE foi de 875 milhões de litros ante o mesmo intervalo de 2016. Nos EUA, foram 1,082 bilhão de litros a mais entre junho e setembro, segundo acompanhamento do MilkPoint.

Segundo Galan, a expectativa é que a China continue ativa no mercado internacional de lácteos em 2018. O petróleo mais valorizado também deve estimular a demanda de países produtores do combustível, como os do Oriente Médio, o México e a Rússia.
Por outro lado, a produção de matéria-prima tende a continuar a crescer, diz. "Principalmente nos EUA, que crescem, consistentemente, 1% a 1,5% ao ano, mas também na UE, apesar da queda de preços, que deve começar a desestimular a produção em alguns países", acrescenta. Apesar da dificuldade de "cravar" um cenário para 2018, Galan diz que nesse ambiente de certo equilíbrio entre oferta e demanda, os preços devem ficar entre US$ 2.700 e US$ 3.200 por tonelada.

Andrés Padilla, analista sênior do Rabobank Brasil, trabalha com um intervalo entre US$ 2.700 e US$ 3.000 por tonelada para o leite em pó integral no próximo ano. Ele também atribui a recente queda à alta da produção na UE e nos EUA nos últimos meses, estimulada por uma melhora no preço ao produtor. Para ele, a produção mundial deve crescer num ritmo mais lento em 2018 e a demanda por lácteos deve continuar a avançar. Além da China e de países exportadores de petróleo, o analista aponta ainda o incremento da demanda em países do sudeste asiático.


 
Diante da expectativa de que os preços internacionais fiquem em níveis não muito diferentes dos atuais e num cenário de câmbio entre R$ 3,00 e R$ 3,30, as importações brasileiras de lácteos devem manter os volumes, acredita Padilla. Segundo o Ministério da Agricultura, entre janeiro e outubro as importações somaram 150 mil toneladas, 27% abaixo de igual intervalo de 2016.

Já a produção nacional de leite deve continuar a crescer, também num ritmo menor que neste ano. "O produtor está um pouco desestimulado por causa dos preços e provavelmente o custo de produção será maior", diz o analista. (As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

BB prorroga prazo de custeio e investimento para produtores de leite

O Banco do Brasil decidiu prorrogar o prazo de pagamento para produtores de leite das parcelas de custeio e investimento que já venceram ou ainda vão vencer em 2017, como parte de um conjunto de medidas que o governo vem anunciando para apoiar o setor leiteiro depois da retirada da suspensão às importações do leite do Uruguai.

A informação foi divulgada ontem pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em sua página no Facebook, em vídeo gravado ao lado de Geraldo Borges, presidente da Abraleite, entidade que representa os produtores de leite do país. Os produtores que tiverem parcelas de custeio vencendo este ano poderão prorrogar os pagamentos até 2018, porém apenas 50% do valor das parcelas devidas. A outra metade terá que ser paga em 2017.

No caso de financiamentos de investimento, os produtores terão mais um ano para pagar. Se as parcelas vencerem em 2020, por exemplo, o saldo poderá ser quitado até 2021. O Banco do Brasil informou que em virtude da queda nos preços do leite incluiu os produtores rurais da região Sul do Brasil que possuem operações de crédito destinadas a bovinocultura leiteira. E que as prorrogações serão realizadas com as mesmas taxas originalmente pactuadas.

A medida pode beneficiar 40 mil clientes com valores da ordem de R$ 210 milhões em operações passíveis de prorrogação, segundo o BB. 

Geraldo também informou que Maggi se comprometeu em realizar compras de R$ 40 milhões de leite em pó, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para regular o mercado. Segundo o presidente da Abraleite, esse montante representa menos de 10% do que o setor havia pedido, mas a decisão mostra o início de uma atuação mais efetiva no mercado, além de uma boa vontade do governo. "Outra disposição do governo que está em fase final é o financiamento para a indústria adquirir leite em pó e também, armazená-lo". (As informações são do jornal Valor Econômico e do Canal Rural)

 

Embalagens
Mobilidade é uma mega tendência global que afeta todas as esferas sociais e econômicas. Ela muda a forma das pessoas de trabalhar, pensar, se comunicar, consumir e também como comem e bebem. E isto impõe novos desafios para a indústria de bebidas ao mesmo tempo em que abre novas oportunidades. Em um relatório oficial (white paper), a SIG mostra como os fabricantes de bebidas podem se alinhar à escolha correta do conceito do produto e da embalagem, de modo a atender à sociedade móvel e alavancar seus negócios. O white paper define o que agrega valor aos consumidores móveis. Isto inclui alternativas saudáveis e modernas aos snacks tradicionais, adequadas ao consumo em movimento (on-the-go). E estes produtos têm mais chance de serem vendidos a um preço justo. Outro ponto central deste white paper é a análise do papel da embalagem em um conceito de produto bem sucedido. Especialmente as embalagens cartonadas de formato pequeno podem ter um papel fundamental no mercado global de snacks líquidos e saudáveis, principalmente junto aos millennials, que figuram entre os principais players da sociedade jovem e móvel. Norman Gierow, Head Global de Gerenciamento de Produto da SIG, explica: "Identificamos quatro necessidades importantes para ajudar os fabricantes de bebidas a desenvolverem conceitos on-the-go de sucesso - e a embalagem tem um papel fundamental neste contexto por ser o principal ponto de contato do consumidor com a marca. A embalagem exerce funções centrais na comercialização do produto: ela cria a identidade da marca, oferece informação, é parte da experiência da marca e é a forma ideal de iniciar o engajamento do consumidor". O novo white paper está disponível para download gratuíto no blog corporativo da SIG: signals.sig.biz/mobility-world-goes-mobile. A SIG Combibloc é uma das principais fornecedoras mundiais de embalagens cartonadas e máquinas de envase para alimentos e bebidas. Em 2016, a empresa faturou € 1,724 bilhão, com mais de 5 mil colaboradores. (Newtrade)
 

Porto Alegre, 22 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.626

 

Embrapa realiza workshop sobre aprimoramento na produção

 

A Embrapa Clima Temperado promove, no dia 30 de novembro, o workshop "Inovações para o futuro do leite", no auditório da Embrapa Trigo, em Passo Fundo. O objetivo do evento é apresentar as novas tecnologias usadas pela instituição para aprimorar a produção de leite e discutir demandas e perspectivas da indústria e dos produtores. Segundo a pesquisadora de Qualidade do Leite e LINA da Embrapa Clima Temperado, Maira Zanella, o workshop tem o intuito de "discutir com a cadeia produtiva as ações no setor, buscando alinhá-las". A Embrapa, continua ela, quer ser vista como uma apoiadora do segmento. A pesquisadora também falou sobre a mudança do evento para Passo Fundo. "Já tivemos eventos na zona Sul do estado, e é a primeira vez que fazemos em outra importante região produtora. É importante para acompanhar e discutir com os produtores locais", concluiu.

A expectativa é que mais de cem pessoas participem dos quatro painéis, que discutirão a situação dos produtores de leite, os dados de desistência na atividade, apresentação das inovações da Embrapa e a expectativa do setor lácteo. O evento já tem confirmada a presença do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. De acordo com o executivo, encontros como este, e como o Fórum Itinerante do Leite, realizado esta semana, são essenciais para difundir conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de tambos e empresas.

As inscrições para o workshop já estão abertas e podem ser feitas por meio do site https://www.embrapa.br/clima-temperado (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Dados/AR - Porque um Big Data seria chave para a indústria de laticínios?

O setor lácteo tem sido fortemente afetado por inundações, principalmente na província de Buenos Aires, Santa Fe e Sul de Córdoba, que por sua vez, continua com dificuldades econômicas, com preços abaixo dos custos.  Segundo a Subsecretaria de Lácteos do Ministério da Agroindústria, o produtor de leite recebeu 5,61 pesos/litro de leite e, de acordo com o último boletim de Indicadores de Preços da Fundação Agropecuária para o Desenvolvimento da Argentina (FADA), o produtor perde 2 centavos por cada litro de leite que vende, e deve vender 3,6 litros de leite para comprar o um vendido no supermercado, que tem o preço médio de 20,3 pesos. Diante desta situação complicada, é bom lembrar que crise é também oportunidade, de acordo com o ideograma chinês. Perigo pelo destino das fazendas de leite e do setor lácteo, depois de vários anos desafiadores, mas, oportunidade, para repensar a atividade.

Da crise para a oportunidade
Neste contexto, vale a pena lembrar da palestra proferida pelo pesquisador argentino, Nicolás, Lyons, coordenador de Desenvolvimento de Sistemas de Ordenha Automática no Departamento de Indústrias Primárias da província de New South Wales (Austrália), sobre o Big Data para o agro, durante a CREATech. Cada vez tem que produzir mais, com menos, garantir segurança alimentar, minimizar perdas, atrair e conservar mão de obra, o consumidor demanda muito mais do que antes e a pergunta é porque quem o produtor faz o que faz. Estima-se que no setor lácteo, 80% dos dados que se juntam não são usados nem pelo produtor, nem pelos técnicos, nem pela cadeia de valor. Muitos dados e pouca informação. Os especialistas da AGTech destacam que faz falta uma integração público-privada, e retirar das fazendas os dados coletados pelos produtores para serem utilizados no resto da cadeia. O produtor diz que tem problemas de qualidade do leite, reprodução, custos e vendas, e falam sobre gerenciamento, cor, LDH, podômetros e atividade. Ao produtor não interessa isso, existe uma falência na comunicação entre os problemas do produtor e o que se oferece como solução. "O produtor quer solucionar esses problemas com a melhor tecnologia disponível e que lhe permita produzir mais", assegura Lyons.  

Dados para Decisões
Segundo relato do Lyons, anos atrás o produtor podia dizer "tenho 100 vacas que produzem 1.000 litros por dia", e com este dado tomava decisões; logo passou a ter ferramentas para controle leiteiro; depois, seguiram os sistemas de medição de leite diários, podendo ver quanto cada vaca produz; dali, vieram os robôs na ordenha. "Existem muitos detalhes, mas, Mudaram as decisões?" pergunta o pesquisador. As principais empresas tecnológicas do mundo estão de olho no agro. Big Data está pronta para o campo, mas, E o agro está pronto para o Big Data?

"É preciso passar de tecnologia e dados para processos; de precisão a decisão, sem ficarmos com um enorme custo e seguirmos gerenciado tudo como fazemos sempre, tendo enorme subutilização e não temos valor", destaca o analista. Existem muitos dados disponíveis que podem ser utilizados e cita alguns exemplos. "Na Austrália, durante um ano se pagou controle leiteiro a sete estabelecimentos a cada dois meses e a relação custo benefício dessa experiência foi de 3 a 1, porque começaram a tomar melhores decisões de reprodução, descarte, sanidade. Algo bem simples".

O conferencista então sugere ter uma única medição, integrar os dados e suar modelos adequados. Em relação observa: "Enquanto que com dados de condutividade a precisão na detecção de mastite é da ordem de 70%, integrando indicadores de outras variáveis é possível elevar essa proporção para 90%. Também é possível detectar com quatro dias de antecedência, problemas de acidose, usando dados disponíveis". O futuro será mais interessante. É preciso conseguir que os dados que o produtor colhe saiam da porteira, que de resto pode continuar agregando valor, "isto vai diminuir o custo da tecnologia e tem pessoas que pagarão por esses dados, e fará com que os produtores instalem tecnologia porque está de certa maneira subsidiada pelo valor agregado que proporcionará à cadeia", argumenta o pesquisador.

Criatividade sem limite
Lyons destaca que o consumidor quer saber o que está passando no campo. Tanto é assim, que através de um jogo, uma produtora na Irlanda colocou um código QR em suas vacas e estas pastavam perto da estrada, alguém pode parar, escanear o código QR e saber tudo o que se passa com o animal. Outra empresa na Holanda entrega leites embalados por região, que podem ser escaneados pelo código QR e ver a informação sobre a fazenda que forneceu esse leite. As tecnologias são uma enorme oportunidade, mas, também um desafio. "Voltamos às bases para entender quais são os problemas que tem o produtor e a cadeia de valor e utilizaremos dados para responder as perguntas", esclarece Lyons, acrescentando: "Temos que trabalhar na integração e colaboração de toda a cadeia de valor e lamentavelmente, nos falta muitíssimo para isto. A chave é formarmos equipes para fazer uso de todas estas tecnologias". (Agrositio - Tradução livre: Terra Viva)

A produção de leite aumentará nas 5 maiores regiões produtoras, em 2018

Produção 2018 - A produção de leite nas 5 principais regiões exportadoras de produtos lácteos deverá crescer 1,5% no próximo ano, disponibilizando mais 289 bilhões de litros de leite. Isto está em linha com a previsão de crescimento da demanda, de 1,7%, feita pela FAO. A UE-28, o maior produtor, deverá apresentar um crescimento de 1,4%, impulsionado pelo aumento no preço do leite ao produtor, e ganhos de produtividade. 

O aumento da produtividade também deverá beneficiar a produção nos Estados Unidos, que deverá crescer 1,8%. A Nova Zelândia terá aumento de 0,5% diante da expectativa de crescimento de apenas 25.000 cabeças do rebanho, e retorno aos padrões normais de clima, depois da primavera. As condições favoráveis das pastagens, melhora do preço do leite ao produtor e a reconstrução de rebanhos cria a expectativa de que haverá também crescimento na produção de leite na Austrália no próximo ano, com o USDA calculando uma taxa de 2,2%, depois de dois anos difíceis.

Sob efeito do mau tempo e inflação alta, em 2017, a produção da Argentina caiu, acelerou a concentração de fazendas, e expulsou pequenos produtores do mercado. Talvez, refletindo as incertezas sobre a produção, há pouca previsão para a Argentina. No entanto, a FAO estimou crescimento de 1,3% ao ano, no médio prazo, e recuperação do setor. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)
 

Preços dos lácteos na Fonterra caíram 10,3% nos últimos dois meses
Leite em pó integral - Desempenho negativo para os lácteos na Fonterra.  Já acumulam quatro baixas consecutivas de preços no mercado internacional nos últimos dois meses, o que representa depreciação de 10,3%. No último evento da multinacional neozelandesa o valor médio dos lácteos caiu 3,4%, ficando em US$ 2,970/tonelada. É a segunda perda relevante nos últimos meses. A maior foi a primeira licitação de novembro com baixa de 3,5%. O leite em pó integral, o produto mais importante nas exportações de lácteos do Uruguai, somou sua quinta baixa consecutiva, caindo em média 2,7%, fechando em US$ 2.778/tonelada. Do segundo leilão de setembro, até hoje, o produto já perdeu US$ 344/tonelada. (El País - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 21 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.625

 

Potencialidades do setor em pauta no 5º Fórum Itinerante do Leite

Crédito: Bruna Karpinski

A potencialidade do setor lácteo para avançar na exportação foi o tema central do 5º Fórum Itinerante do Leite, realizado nesta terça-feira (21/11), em Frederico Westphalen (RS). Cerca de 600 pessoas, entre estudantes, produtores, dirigentes de entidades e representantes do governo estadual e municipal participaram do evento, que ocorreu no salão de atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), campus Frederico Westphalen.

Com indústrias habilitadas à exportação, o setor precisa ampliar a sua competitividade e fortalecer as relações comerciais. "Precisamos trabalhar juntos, cada um dentro do seu espaço, buscando o mesmo foco", disse o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente ressaltou a importância de produtores, indústrias e governos trabalharem juntos para avançar. E este é um dos objetivos do evento. "O Fórum Itinerante do Leite tem dado eco, tem ultrapassado fronteiras e tem mostrado a importância de trabalharmos unidos e focados", disse Guerra, destacando que o setor precisa ser otimista, pois tem todas as possibilidades e condições de avançar.

O agrônomo João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, que falou sobre o potencial e os desafios da cadeia brasileira de lácteos, acredita que o setor tem capacidade de evoluir. "O Brasil pode manter suas vacas na pastagem quase dez meses no ano, condição semelhante à Nova Zelândia", descreveu Resende, chamando a atenção para a possibilidade de aproveitar este recurso natural para desenvolver a produção.

Outra oportunidade, segundo Resende, é o consumo, que saltou de 68 litros de leite por pessoa ao ano, em 1974, para 171 litros em 2016, em média. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde recomenda que cada pessoa consuma 220 litros por ano. E com o aumento da população mundial até 2050, a demanda tende a aumentar ainda mais, ampliando as possibilidades de mercado. A baixa produtividade é um dos problemas da falta de competitividade do setor, avalia Resende. Entre os entraves da atividade também está a flutuação de preços, a produção pulverizada e a escala de produção.

O secretário adjunto da Agricultura, André Petry, destacou o trabalho que vem sendo feito pelo Conselho de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), bem como a importância de ações em conjunto, citando a parceria da Seapi com outras instituições como a Embrapa, Emater e secretaria de Desenvolvimento Rural. Petry comentou ainda sobre a necessidade de rever as regras para importação e exportação de produtos lácteos no Mercosul para que se tenha competitividade e maior renda para quem produz e para a indústria, favorecendo o desenvolvimento regional do setor.

"O futuro é ser competitivo", afirma o agrônomo Airton Spies, secretário adjunto de Agricultura e Pesca de Santa Catarina. "O potencial de produção é gigantesco, temos que aproveitá-lo na medida em que formos fazendo o dever de casa", disse, ressaltando que o setor precisa se tornar um player competitivo e conquistar o mercado global. Para avançar, considera, é necessário atenção a três aspectos: produto de qualidade, custo competitivo e cadeia organizada. Sobre a logística do processo de produção, Spies cita como exemplo que no Brasil são transportados 47 litros por quilômetro, em média, enquanto na Nova Zelândia são 220 litros por quilômetro.

O assessor de Política Agrícola da Fetag, Marcio Langer, destacou que o produtor vem fazendo o seu papel, junto com a indústria, por meio do melhoramento do rebanho, além de melhorias no manejo e sanidade para melhorar a qualidade do leite. Entretanto, reconhece que tais ações não têm sido suficientes, destacando que o setor precisa de políticas de Estado e de incentivo à atividade. O dirigente aproveitou o Fórum para solicitar proteção ao produtor e à indústria local para que o setor possa ter desenvolvimento. A reivindicação refere-se às importações de leite, solicitando revisão do processo ao governo federal.

Novo laboratório em Frederico Westphalen
Na abertura do evento, a professora Silvia Regina Canan, diretora da URI campus Frederico Westphalen, anunciou que em janeiro de 2018 a universidade terá um laboratório oficial de análise da qualidade do leite. Segundo ela, em dezembro, uma comissão de técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) fará a última auditoria. A medida irá beneficiar o setor como um todo, em especial os produtores e indústrias da região. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Políticas públicas e comprometimento são essenciais para avançar nas exportações

Crédito: Bruna Karpinski 

O segundo painel do 5º Fórum Itinerante do Leite - Os Caminhos para Exportação, realizado nesta terça-feira (21/11), em Frederico Westphalen, abordou os desafios para indústrias e produtores. "Um dos problemas é que não temos uma política nacional para o setor", avalia o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. Avançar rumo à exportação, acrescenta o dirigente, implica em uma equação que ajude a superar os desafios sem impacto social à atividade.

"Passamos por um processo de seleção dos produtores, mas também por um cenário de especialização", disse o zootecnista Jaime Ries, assistente técnico da Emater, referindo-se à redução do número de produtores na atividade. Em sua apresentação, Ries listou seis desafios para atingir a eficiência: incremento o mix de produtos para remunerar melhor o produtor; cooperação para abertura de novos mercados; melhoria da qualidade; produção com custo compatível; sanidade; e prestação de assistência técnica e gerencial para os produtores.

O supervisor do Senar Herton Lima, que participou do fórum representando a Farsul, relatou o caso e um produtor que em 2008 produzia 200 litros de leite por dia e que, em 2018, chegará a 1500 litros por dia. Após contar a história, pontuou que comprometimento do produtor e envolvimento da família são alguns dos segredos para avançar. "Está na nossa mão esta transformação. Essa é a semente, é o princípio do caminho da exportação", afirma.

O presidente da Apil, Wlademir Dall'Bosco, questionou a competitividade frente aos menores custos de produção dos principais países produtores de lácteos. Um dos caminhos, aponta o dirigente, é a inovação por meio do investimento em tecnologia do processo produtivo, além da revisão das cargas tributárias que eleva os custos.

"Acreditamos que o caminho seja a exportação, mas não podemos ficar limitados a um único mercado. Para não correr o risco de ficar dependentes", opinou o presidente da Cotrifred, Elio Pacheco. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Oficinas técnicas abordam exportação, gestão e nutrição animal


Crédito: Bruna Karpinski

Gerenciar custos, aumentar a produtividade e implantar uma política de remuneração por sólidos aos produtores são alguns dos passos necessários para avançar na exportação de produtos lácteos. Os temas foram debatidos na tarde desta terça-feira (21/11), durante a oficina Caminhos para a exportação, ministrada pelo agrônomo João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, e coordenada pelo secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. A capacitação, que ocorreu na URI campus Frederico Westphalen, integra a programação do 5º Fórum Itinerante do Leite.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, assinala para a necessidade de encontrar alternativas de produtos com valor agregado para exportação, citando o queijo, a manteiga e o leite condensado.  Resende destacou também a importância de ampliar o mix de produtos lácteos e para a oportunidade que se tem com a mudança dos hábitos de consumo.

"Temos que ser eficientes em todas as pontas se quisermos competir no mundo", opinou o produtor de leite Amauri Miotto, de Taquaruçu do Sul. Participante da oficina, Miotto acrescentou que é preciso encontrar um caminho para eliminar despesas desnecessárias.

Na avaliação do pesquisador da Embrapa, apesar das dificuldades, o setor lácteo vem crescendo e respondendo com produção. Um dos fatores que dificulta, entretanto, é a pulverização da produção. Em sua apresentação sobre competitividade e os ajustes para a inserção do Brasil no mercado mundial de lácteos, Resende pontuou a necessidade de reduzir o volume de leite importado, medida que depende dos governos.

Durante a tarde, foram realizadas outras duas oficinas. A maior delas, que ocorreu no salão de atos do campus, abordou Gestão e sucessão na produção de leite e contou com a participação de mais de 500 pessoas, incluindo produtores que fizeram relatos pessoais de melhorias em suas propriedades. A outra oficina, sobre Nutrição da vaca leiteira: saúde do animal e qualidade do leite, foi realizada no auditório da universidade e contou com a presença de dezenas de pessoas, na maioria estudantes. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

GDT: último leilão de novembro mantém queda nas cotações

O leilão GDT realizado nesta terça-feira (21/11), indicou queda de 3,4% no preço médio dos lácteos, fechando em US$2.970/tonelada, valor mais baixo do ano até o momento - desde outubro de 2016 o valor médio não fechava em preços abaixo de US$ 3.000/ton.  O produto que apresentou maior queda nesse leilão foi o leite em pó desnatado, com média de preço de US$1.701/tonelada, queda de 6,5%. O segundo produto com maior queda foi o queijo cheddar, com recuo de 4,2% e valor final de US$3.831/tonelada. O leite em pó integral desacelerou o movimento de quedas nos últimos leilões, e neste leilão foi o produto que apresentou menor queda entre todos os que desvalorizaram, recuo de 2,7% e valor final de US$2.778/tonelada. O descolamento entre o leite em pó integral e desnatado ficou em US$1.077/tonelada. (GDT/MilkPoint)

 

Parmigiano Reggiano é eleito melhor queijo italiano
O famoso queijo Parmigiano Reggiano foi o mais premiado do mundo durante a 30ª edição do "World Cheese Awards", evento considerado o "Oscar dos queijos", realizado no sábado (18), em Londres. Cerca de 40 produtores de queijo se uniram para trazer "um resultado recorde para a Itália". Ao todo, a iguaria recebeu 38 medalhas, sendo três "Supergold", na categoria melhor queijo de mesa; 11 ouros; 16 pratas; e oito bronzes. O Festival Internacional do Queijo reuniu cerca de três mil concorrentes de mais de 30 países. No ano passado, o "gorgonzola dolce", produzido pela indústria Arrigoni Battista, foi eleito o melhor queijo italiano. (Isto é)