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03/02/2020

Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.156

 Competitividade da agropecuária gaúcha é foco da nova Presidência da Assembleia Legislativa 

Ampliar a competitividade dos diversos setores da economia gaúcha – movimento essencial para manter e atrair investidores ao Rio Grande do Sul - é uma das pautas prioritárias da nova gestão à frente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do RS, empossada na manhã desta segunda-feira (03), em cerimônia concorrida que lotou as dependências do Plenário da Assembleia. O presidente e o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra e Darlan Palharini, prestigiaram o ato de posse que contou também com diversos outros representantes do setor industrial do RS.


Crédito: Luciana Radicione

A competitividade do campo é foco do novo presidente da Assembleia, deputado Ernani Polo (Progressistas), ao lado da pauta política que promove reformas na estrutura do Estado e deverá avançar em 2020 nas questões tributárias. Polo, que assume no lugar do petebista Luis Augusto Lara, afirmou que pretende trabalhar pela valorização dos empreendedores gaúchos, destacando que benefícios fiscais serão amplamente discutidos pelo Parlamento a segmentos da economia que gerem competitividade e ajudem na arrecadação do Rio Grande do Sul.

“Se reduzirmos a musculatura de alguns negócios, a situação tende a piorar. Vivemos num país com muitas diferenças tributárias e o que normalmente acontece aqui no Estado é uma equalização tributária, muitas vezes necessária para um setor ser mantido”. De acordo com Polo, um estudo sério e criterioso irá auxiliar na definição dos segmentos beneficiados, mas ressalta que o foco principal será sobre segmentos com grande competitividade entre os estados da federação, caso do setor leiteiro e da proteína animal. “Temos setores produzindo, gerando emprego e com possibilidade de crescer. Para esses, é importante criar uma condição diferenciada", pontuou. Além dos benefícios fiscais, Polo destacou como fundamental a análise de outros indicadores, como educação, saúde, segurança e infraestrutura. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

STF deve barrar tabela do frete e governo tenta reduzir danos 
Movimento visa a evitar um passivo fiscal caso o STF julgue inconstitucionais também as multas e autuações aplicadas pela ANTT 
O Supremo Tribunal Federal (STF) dá sinais de que deve declarar inconstitucional a tabela de frete. Diante dessa tendência, o governo Jair Bolsonaro já trabalha para reduzir o impacto da medida, com articulação da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o fim do tabelamento vigore apenas após a decisão, segundo apurou o Valor. 
O julgamento, que terá efeitos sobre diversos setores econômicos e potencial influência no relacionamento entre o governo do presidente Jair Bolsonaro e os caminhoneiros, foi pautado para o próximo dia 19 pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. 
O movimento do governo visa a evitar um passivo fiscal para os cofres públicos da União, caso a Suprema Corte decida tornar inconstitucionais também as multas e autuações aplicadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a quem descumpriu as seguidas tabelas desde maio de 2018. Nessa hipótese, o governo teria que ressarcir as empresas embarcadoras (contratantes de frete) multadas durante esse período. 
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, até tentou um acordo entre e caminhoneiros e embarcadores, o que abriria caminho para que o STF julgasse o assunto em 2019. Mas as negociações fracassaram. Agora, o julgamento é avaliado como “inadiável” tanto pelo Palácio do Planalto como por transportadores e empresários. 
Relator das três ações de inconstitucionalidade contra o tabelamento, o ministro Luiz Fux chegou a suspender as multas impostas a indústrias e empresas contratantes de frete rodoviário para cargas, mas recuou da decisão. 
O tema é delicado, uma vez que o tabelamento ganhou contornos políticos desde que surgiu como condição imposta pelos motoristas autônomos para cessarem as paralisações que afetaram o país há quase dois anos. Por diversas vezes ministros do STF se mostraram desconfortáveis com o impasse. 
Para os caminhoneiros, a tabela de pisos mínimos é uma “conquista histórica”. Por isso, existe o risco de novas ameaças de greve ocorrerem, dependendo da decisão do STF. 
Por outro lado, mesmo se Fux concluir seu voto, não é descartado o pedido de vista por outro ministro do Supremo, o que pode adiar mais ainda uma definição sobre o caso. “Ninguém tem convicção de que a votação com ‘barba e cabelo’ vai acontecer, mas. se o Fux votar pela inconstitucionalidade. já será uma vitória e tanto, porque tira a força do governo de fazer novos reajustes da tabela”, disse André Nassar, presidente da Abiove, entidade que representa as maiores tradings do setor agrícola, como Bunge e Cargill. 
As confederações da indústria (CNI) e do setor agropecuário têm defendido que o STF julgue definitivamente o caso e encerre com a insegurança jurídica que paira sobre as empresas. No entanto, não concordam com uma possível modulação dos efeitos da decisão do STF, caso os ministros julguem que a tabela só será considerada inconstitucional futuramente. 
Cássio Augusto Borges, superintendente jurídico da CNI, argumenta que já passou da hora de o STF dar uma resposta para o impasse em torno da tabela do frete. “Achamos que agora o Supremo vai enfrentar o tema e tenho uma aposta positiva de que o julgamento termina desta vez e que a tabela seja inconstitucional”, afirmou Borges. “As distorções não prejudicaram só o setor produtivo, mas os s caminhoneiros também.” 
Para acabar com as greves, o governo de Michel Temer editou uma medida provisória criando um piso mínimo para os fretes rodoviários, considerado pelos setores empresariais como uma espécie de lucro dado aos caminhoneiros. 
Desde então, nove tabelas foram editadas -duas delas suspensas - e as empresas se queixam de aumento de custos, muitas delas tendo recorrido a frotas próprias para fugir das tabelas. 
“A gente não sabe o que está na cabeça do juiz”, repetiram como mantra o líder caminhoneiro Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), e Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava). Ambos confiam na tese de que os pisos mínimos do frete são constitucionais. E acham que, se o STF decidir pela inconstitucionalidade, haverá paralisação por todo o país, repetindo o cenário de 2018. 
Litti disse que está iniciando conversas sobre uma possível mobilização nos dias que antecederão o julgamento. Chorão aposta suas fichas na retirada do tema da pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal. 
Questionados judicialmente pelas associações empresariais, os pisos mínimos do frete estão em vigor desde 2018. A grande queixa dos caminhoneiros tem sido a falta de fiscalização, que abre espaço para descumprimento da tabela. 
Nesse ínterim, o governo estruturou uma forma de fiscalização eletrônica dos valores do frete. Na emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot), um cadastramento obrigatório para esses serviços, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) será automaticamente informada se o valor do frete estiver abaixo do piso mínimo. 

Litti diz que, com o funcionamento do sistema, previsto para este mês, o problema da fiscalização fica resolvido. Chorão informou que as empresas ainda estão adaptando seus programas ao novo Ciot. (Valor Economico)

 
Mapa desenvolve projeto para aprimorar agrometeorologia
Entre os dias 28 a 30 de janeiro de 2020, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) coordenou a Oficina de Projetos Estratégicos Corporativos (PECs) de Agrometeorologia, vinculado ao Programa AGIR - Agro Gestão Integrada de Riscos, que tem como propósito atender aos principais desafios da gestão de riscos climáticos no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
 
Segundo a coordenadora da Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, Ana Carolina Peixoto de Castro Martins, “as informações que foram coletadas pela equipe que desenvolve o projeto são lançadas de forma criativa usando as ferramentas de melhores práticas em projetos no software SA Strategic Adviser, recém-adquirido pelo Mapa".  
De acordo com o diretor do Inmet, Carlos Edison Gomes, a previsão é lançar o projeto até meados de fevereiro. “O projeto proporciona maior eficiência na entrega de resultados das ações previstas até 2022. A agricultura é atividade econômica mais dependente das condições de tempo e clima. O nosso objetivo é integrar os produtos agrometeorológicos para melhorar a tomada de decisões desse setor”. 
Participaram da oficina representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Embrapa Informática Agropecuária e do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola. Os participantes foram capacitados para elaborar o projeto desde a etapa de proposição, planejamento, termos de abertura e planos de gerenciamento até o encerramento. (Mapa)
 
 
Petróleo e epidemia
A Opep se reúne nesta semana para discutir como conter o preço da commodity, que vem caindo devido à epidemia na China. Segundo a agência de notícias Bloomberg, dados do governo chinês mostram que a demanda de petróleo do país caiu em 3 milhões de barris/dia, cerca de 20% do consumo médio diário, devido à epidemia. A Opep deve a deve avaliar um possível corte de produção. (Valor Economico)
 

 

 

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