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Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.683

 

  Rio Grande do Sul credencia segundo laboratório de diagnóstico de brucelose

A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul passa a contar com mais um endereço para a realização de testes de brucelose animal. O Estado ganha o seu segundo laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Laboratório de Microbiologia Veterinária (Microvet) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) teve sua metodologia acreditada e credenciada pelo MAPA no final do ano passado.  Os primeiros testes começaram a ser feitos neste mês de fevereiro com a distribuição dos reagentes. A Portaria Nº 147, que trata do credenciamento, foi publicada no Diário Oficial da União.
 
O superintendente do MAPA no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, classificou o credenciamento como de grande importância para a sanidade animal do Estado, especialmente pelo fato de dobrar a capacidade de realização de testes contra enfermidades bovinas em uma região com grande concentração pecuária. "O local escolhido é estratégico, junto a uma das instituições mais reconhecidas do Brasil e próximo de um grande contingente de profissionais que atuam na medicina veterinária", destaca Todeschini. 
 
O Microvet vem para atender uma demanda reprimida na área de sanidade animal - de indústrias, propriedades e comunidade acadêmica - e se torna o segundo capacitado a realizar teste de brucelose, ao lado do Instituto de Pesquisas Veterinárias Agropecuárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul.  Em todo o Brasil, são apenas 13 laboratórios credenciados para a detecção da enfermidade no rebanho. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do SIndilat, o credenciamento de mais um laboratório é importante para a logística do Estado. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais realiza testes justamente por ter uma política incentivada pelo Sindilat. "Com o apoio do Fundesa, o Sindilat busca o maior número de propriedades com controle da tuberculose e brucelose. E, com essa ação, o Rio Grande do Sul se habilita a ter uma maior participação no mercado brasileiro e mundial de derivados do leite e carne", afirma Palharini.
 
O projeto de diagnóstico atende produtores rurais que necessitam certificar rebanhos livres de brucelose animal da cadeia leiteira e de corte do Rio Grande do Sul. De acordo com Geder Paulo Herrmann, responsável técnico do Microvet, o laboratório está apto a realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles oficiais em sanidade animal com escopos em teste de triagem e confirmatório para obtenção do diagnóstico. Toda a metodologia pertence ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) do Mapa.
 
A rapidez no diagnóstico do rebanho é uma das prioridades no Microvet. Nos testes simples, o resultado praticamente é fornecido no mesmo dia, e todos são entregues no prazo máximo de 72h.  "Trata-se de um grande avanço em sanidade animal no Rio Grande do Sul, pois o projeto visa o atendimento dos animais da maioria dos produtores rurais que fornecem matéria-prima para as indústrias de leite e de carne", afirma Herrmann. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
China: país está cada vez mais sedento de leite
 
O consumo de leite na China até a década de 1960 foi insignificante, mas o aumento da prosperidade fez com que essa necessidade crescesse 25 vezes nos últimos 50 anos. Como resultado, grandes investimentos foram realizados para que o país também aumente a sua produção nacional de leite. Provavelmente em 2050 - com o crescimento contínuo e rápido no consumo - o país asiático precisará triplicar o volume produzido comparado a - por exemplo - o ano de 2010.
Utilização de maiores áreas certamente contribuirão para o aumento da produção de leite chinesa, mas com alguns possíveis efeitos sobre a sustentabilidade ambiental, como:
 
aumento de 35% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE);
necessidade de ter um terço de áreas adicionais para o gado;
aumento de 48% nos níveis de nitratos no solo.
 
Esses fatores podem estimular a China a importar maiores quantias de alimentos. Todo este contexto confirma que o mercado do leite é uma realidade global e que interconecta muitos países produtores, exportadores e consumidores. Acima de tudo, demonstra que a produção de leite está se encaminhando para a sustentabilidade em todo o mundo e a eficiência da produção deve aumentar ao longo de toda a cadeia de abastecimento, com redução nas emissões e constante busca por terras cultiváveis. (As informações são da OCLA, com base em dados do CLAL.it, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Preços/Reino Unido
 
A Arla anunciou que o preço do leite padrão será reduzido em 2,16 pences, o que representa 27,11 pences por litro (ppl), [R$ 1,22/litro], a partir de 1º de março de 2018. Comentando sobre a decisão de reduzir o preço, o diretor da Arla Foods, Johnnie Russel, disse: "Mesmo que seja uma má notícia para os produtores, o desafio é o nosso preço em relação ao preço dos concorrentes, e que estão sendo impactados pelas dramáticas quedas nas cotações das commodities lácteas desde o último outono".
 
Se de um lado as elevadas cotações da manteiga sustentaram o preço do leite ao produtor, de outro, a persistente queda no valor das proteínas desde o início de 2017 está tendo um impacto significativo. As proteínas chegaram ao menor nível histórico, e com poucas perspectivas de recuperação, diante dos elevados estoques na União Europeia (UE).
 
Começou a recuperação dos queijos, mas, os preços ainda estão abaixo dos níveis de um ano atrás. Também melhoraram as cotações da manteiga. No entanto, estão próximas aos preços do ano passado. Embora o mercado venha se recuperando, os preços da manteiga e das proteínas, combinados, permanecem abaixo dos níveis de 2017.
 
A First Milk anunciou na sexta-feira passada que o preço do leite em março será reduzido em 1,25 pences por litro. Comentando o anúncio, o vice-presidente, Jim Baird disse: "Como relatamos nos últimos meses, a fraqueza do mercado de lácteos impacta em nossas receitas e não podemos pagar o leite de forma a prejudicar nossa rentabilidade. Sabemos que essa queda adicional será uma decepção para nossos produtores associados mas continuaremos a fazer tudo o que pudermos para amortecer as condições do mercado". (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

Iogurte contribui na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta
Uma nova pesquisa publicada no American Journal of Hypertension traz um belo motivo para colocarmos o iogurte no carrinho na próxima visita ao supermercado. De acordo com ela, o alimento é aliado na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta. Para traçar essa relação, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, analisaram os hábitos de 55.898 mulheres e 18.232 homens. Todos foram seguidos por aproximadamente 30 anos. Ao avaliar os dados, os estudiosos notaram que a ingestão de iogurte foi inversamente associada ao risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Para sermos mais exatos, consumir o alimento duas ou mais vezes na semana diminuiu em 17% a probabilidade de males cardíacos nelas e 21% neles - isso em comparação com quem degustava uma porção do produto menos de uma vez ao mês. Em comunicado à imprensa, um dos autores da investigação comentou que estudos menores já haviam sugerido que o iogurte faz bem ao coração por se tratar de um produto fermentado por bactérias. Independentemente dos benefícios ligados a esse derivado lácteo - que incluem ajuda na perda de peso e manutenção da saúde óssea, por exemplo -, é bom lembrar que um alimento não faz milagre sozinho. (As informações são da Exame, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.682

 

  Seapi definirá como será a capacitação

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) definirá de que forma serão capacitados os veterinários a serem contratados pela iniciativa privada para a prestação de serviços de inspeção sanitária animal nas empresas gaúchas até o final da semana que vem. A modalidade de contratação é autorizada pela lei 15.027. De acordo com o diretor-geral da Seapi, Antônio Machado, o treinamento deve começar até a metade de março. "Serão 120 horas de capacitação, 60 horas teóricas e 60 práticas. Falta definir se a própria Seapi ministrará as aulas ou se faremos um chamamento (de quem vai capacitar) por edital", explicou. 

Inicialmente, a secretaria iria firmar um termo de cooperação com o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/RS) para o treinamento, mas discordâncias internas do conselho fizeram o presidente Air Fagundes desistir da parceria. A assessoria da autarquia afirma que a atuação do conselho em relação à nova lei será de fiscalização do exercício profissional. Ontem, a Seapi publicou no Diário Oficial do Estado o Edital de Chamamento Público 01/2018 abrindo o credenciamento das empresas que disponibilizarão o serviço dos veterinários. 

As interessadas poderão acessar o link do edital − que não tem prazo para expirar − a partir de segunda feira, no site da secretaria. Os postulantes devem atender a uma série de requisitos, entre os quais a regularidade jurídica, fiscal, previdenciária e trabalhista, para serem aprovados. Se credenciados, poderão atuar por cinco anos. (Correio do Povo)

 

Fetag incentiva o consumo

A Fetag e Sindicatos de Trabalhadores Rurais iniciaram nesta semana campanha para estimular o consumo de leite entre os gaúchos. Com o tema "Leite gaúcho de qualidade, beba com tranquilidade", uma propaganda começou a ser veiculada em rádios em todo o Estado, aproveitando a parceria dos sindicatos com as emissoras. A campanha se estenderá ao longo do ano e terá ainda a distribuição de panfletos e cartazes. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, diz que o aumento do consumo ajudará a minimizar a crise do setor. "O consumidor pode confiar no leite gaúcho", afirma. (Correio do Povo)

Fundoleite volta à pauta

Apresentado no final do ano passado, o projeto de lei que altera o Fundoleite deverá voltar à pauta da Assembleia Legislativa em breve. Um encontro com o novo presidente da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), será agendado para que ele possa conhecer o texto e dar agilidade à votação.

Entre as modificações sugeridas, estão as de percentuais de uso dos recursos: 10% para convênio com entidade, 70% para projetos de assistência técnica (que poderão ser executados por qualquer entidade do setor) e 20% para programas de desenvolvimento. Enquanto o projeto não anda na Assembleia, o conselho gestor do fundo aprovou, por decisão unânime, a retomada de repasses para o Instituto Gaúcho do Leite, que estava suspensa desde 2016. (Zero Hora)

Fabricantes de alimentos retomam crescimento em 2017

Após dois anos de queda em produção física e vendas reais, o setor de alimentação voltou a crescer em 2017. A previsão para 2018 é de aumentos mais fortes em produção, vendas e exportações. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), as indústrias apresentaram um ganho real no faturamento de 1,01%, para R$ 642,6 bilhões. Para 2018, a entidade prevê um avanço real de 2,6% a 2,8% no faturamento do setor - descontando a inflação, estimada em 2,7% para o ano.

"A expectativa para 2018 é de um crescimento mais forte. A inflação continua baixa. A safra agrícola ainda depende do clima, mas parece que vai ser uma boa safra. Há uma melhora no cenário macroeconômico que favorece a recuperação do consumo", afirmou Edmundo Klotz, presidente da Abia. O executivo disse que vê como uma fonte de preocupação para este ano a evolução da situação política.

"Se as eleições indicarem um caminho que não seja de renovação do quadro político, pode haver instabilidade política e isso pode acabar afetando o crescimento da economia e do setor", disse Klotz. A Abia adota como expectativa de crescimento da economia a previsão feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 1,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Klotz acrescentou que espera melhorias no desempenho das exportações de alimentos e recuperação do consumo no Brasil, favorecida pela inflação baixa.

Na indústria de alimentos, as categorias que mais tiveram crescimento real no faturamento no ano passado foram as de conservas vegetais, com alta de 9,06%, a cadeia do trigo (8,22%), óleos e gorduras vegetais (3,67%) e chocolate, cacau e balas (3,60%). A única categoria que apresentou queda real no faturamento em 2017 foi a de sucos, com retração de 1,28%. Em volume, a produção cresceu 1,25% em 2017, após ter caído 2,90% em 2015 e 0,98% em 2016. Para 2018, a Abia prevê um crescimento entre 2,5% e 2,9%. Já o consumo de alimentos no país cresceu 4,6% em 2017. O varejo alimentar avançou 3,8% e as vendas de serviços de alimentação fora do lar tiveram aumento de 6,2%. Para 2018, a previsão da Abia é de um crescimento real de 2,7% a 2,9% nas vendas do setor de alimentação no país.


 
Para as exportações, a Abia prevê embarques de US$ 39 bilhões a US$ 41 bilhões. Em 2017, as exportações somaram US$ 38,8 bilhões, com crescimento em dólar de 6,6%. "No passado, o Brasil já chegou a exportar US$ 45 bilhões por ano. Agora está em recuperação", afirmou o presidente da Abia. A Abia também informou que os investimentos no setor recuaram 1,1% em 2017, para R$ 8,9 bilhões. No ano, houve redução nos investimentos feitos pelas indústrias de café, chás e cereais, açúcar, carne e derivados, conservas vegetais e sucos e derivados do trigo. Klotz observou que, em anos anteriores, houve mais investimentos das empresas abrindo fábricas no Norte e no Nordeste para atender essas regiões. Esse movimento não se repetiu no ano passado. O volume de fusões e aquisições também diminuiu em 2017, chegando a R$ 9,9 bilhões, com queda de 14,7%.

"O cenário político instável levou investidores estrangeiros a reduzir as compras no Brasil", disse Klotz. Ele considera pouco provável que haja aumento no volume de fusões e aquisições este ano, devido ao cenário político ainda indefinido. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Entre aspas
"Passamos por um cenário difícil que vem desde agosto do ano passado (no leite). E, agora, ainda estamos com preços abaixo desse valor. A crise política e econômica teve um impacto muito negativo no setor." ALEXANDRE GUERRA, Vice-Presidente do Conseleite e Presidente do Sindilat. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.681

 

  OMC volta a expor o protagonismo agrícola do Brasil

O Brasil continua a ganhar espaço no comércio mundial de produtos do agronegócio. De acordo com dados apresentados ontem no Comitê de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre os anos de 2007 e 2016 o peso do país nas exportações globais aumentou tanto em mercados nos quais a participação já era elevada, como soja em grão, quanto naqueles em que as vendas ao exterior são menos relevantes, como o arroz.

No tabuleiro global de oleaginosas - grupo que inclui a soja em grão, carro-chefe do campo brasileiro -, a fatia das exportações do país no total passou de 27%, em 2007, para 35,3% em 2016. Na mesma comparação, os principais concorrentes do Brasil nessa frente, Estados Unidos e Argentina, perderam terreno. Mesmo com todos os problemas que enfrentou em consequência de uma política que desestimulou durante anos as exportações, a Argentina manteve sua primazia nas exportações de farelo e óleo de soja, conforme as estatísticas apresentadas ontem na OMC.

No comércio de açúcar, o Brasil continua imbatível, ainda que a participação do país nas exportações mundiais tenha diminuído de 52,2%, em 2007, para 49,3% em 2016. No tabaco, a liderança também é brasileira, com fatia estável na casa de 14,5%. Nas exportações de algodão, o país ganhou espaço - representava 2,5% do total em 2007, mas 10,7% em 2016. Mas nesse caso a liderança ainda é dos Estados Unidos, mesmo derrotados pelo Brasil em painel da OMC em razão dos enormes subsídios concedidos a seus cotonicultores.

Entre produtos que ainda não podem ser considerados relevante na pauta de exportações do Brasil, o destaque positivo é o arroz. Nesse mercado, a fatia do país nos embarques globais aumentou de 0,3%, em 2007, para 1,8% em 2016. Mas em frutas e vegetais, por exemplo, a participação registrou queda de 3,8% para 1,9% na mesma comparação.

Nas carnes, o país também se consolida cada vez mais como protagonista. Na carne de frango, o domínio é cada vez maior, e na carne bovina disputa o segundo lugar com a Austrália, uma vez que a Índia assumiu a liderança. A informação chegou a surpreender alguns negociadores ontem na OMC, mas a liderança indiana se dá por causa de seu grande rebanho de búfalos. De qualquer forma, a velocidade da ascensão da Índia no ranking dos exportadores de carne bovina é impressionante. A fatia indiana saltou de 1,9%, em 2007, para 18,4% em 2016. Na carne suína, porém, o Brasil custa a deslanchar. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Créditos junto à Receita Federal contribuem para melhorar a produção de leite

Créditos do PIS/Pasep e Cofins de 300 empresas beneficiaram diretamente quase 40 mil produtores de leite do país com assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético. Recursos da ordem de R$ 130 milhões foram aplicados por meio do Programa Mais Leite Saudável desde a sua criação em setembro de 2015.

O programa é gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com o objetivo de implementar boas práticas agropecuárias, melhorar a competitividade e rentabilidade dos produtores, incentivar a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose.

Charli Ludtke, coordenadora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo, observa que ainda há muito espaço para adesão ao programa. Em estados grandes produtores, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, apenas 18% de estabelecimentos sob inspeção federal participam do Mais Leite Saudável. E há mesmo muito espaço para expansão do programa, pois produtores que já participam do programa podem ter novo projeto aprovado em uma nova modalidade.

De acordo com a coordenadora, o número de pessoas beneficiadas até agora passa de 55 mil, incluindo aqueles produtores que acompanham atividades coletivas como palestras, por exemplo. A assistência direta contemplou em maior escala Minas Gerais (10.375 produtores), seguido do Rio Grande do Sul (9.944), Santa Catarina (8.170) e Paraná (4.082).

O projeto deve ser encaminhado ao Mapa pela empresa de lacticínios com foco na área de interesse do produtor. Isso porque é a empresa que tem o direito a crédito junto à Receita Federal para custear o programa. (As informações são do Mapa)

Preços/Uruguai 

Em janeiro, o preço médio pago pelas indústrias aos seus produtores chegou a 9,49 pesos/litro, um aumento de 0,9% em relação a dezembro. No entanto, o preço ao produtor em dólar fechou em US$ 0,33/litro, subindo 2,1% em relação a dezembro, segundo dados preliminares do Inale.

Em janeiro, o preço médio ao produtor ficou aproximadamente 5% acima do preço de igual mês do ano anterior, tanto em pesos, como em dólares. Por outro lado, o quilo de sólidos (matéria e proteína) pago pelas indústrias em janeiro obteve a média de 136,6 pesos, um aumento de 5,3% em relação aos 129,3 pesos pago no mesmo mês de 2017. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)


Qualidade do Leite
A Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro oficializou, em janeiro deste ano, a acreditação do Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite nos Requisitos Gerais, para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração (ABNT NBR ISO/IEC 17025). (Fonte: Embrapa)

 

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.680

 

  Empresas gaúchas precisam abrir ofensiva na Ásia

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, apresentou a representantes do setor alimentício gaúcho as percepções do mercado asiático e relatou andamento de tratativas iniciadas em recente comitiva brasileira à Ásia durante encontro nesta quinta-feira (22/2). O grupo visitou embaixadores e investidores na Coreia do Sul, Malásia, Indonésia e Singapura. Segundo Polo, há na região um mercado gigante para as empresas brasileiras porque existe grande necessidade de alimentos. "A Coreia do Sul tem 1/3 do território do Rio Grande do Sul e 52 milhões de habitantes. Eles têm uma produção de alimentos reduzida e renda per capita elevada", informou. Apesar do potencial existente, o secretário disse que falta prospecção de empresas brasileiras nesse mercado, principalmente em ações de marketing que agreguem maior valor aos produtos ofertados.
 
Ao lado do diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa, Evaldo Silva, Polo pontuou a importância de o Brasil assumir uma postura mais ostensiva perante esses mercados para viabilizar colocação de cortes de suínos e de aves e produtos lácteos. "Temos produtos de qualidade que muitas vezes não são mostrados. Se as empresas ficarem esperando que o mercado venha comprar será difícil. Temos que tentar ir quebrando as barreiras", recomendou, lembrando que a Apex Brasil tem um escritório na Ásia ao mesmo tempo que a Austrália tem 65.
  
Presente no encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, reforçou a relevância que esses novos mercados devem ter para o setor lácteo para viabilizar o enfrentamento da crise e as constantes oscilações de preço do leite. "Somos um país importador, mas precisamos que o setor sinta o gosto do mercado externo. Sem dúvida, isso irá tirar pressão do mercado", salientou. Ainda reforçou a relevância de ganhar competitividade, uma vez que a produção leiteira no Brasil tem alto custo, o que dificulta a presença de produtos brasileiros nesse mercado externo.

Guerra convidou o secretário Ernani Polo para participar de reunião de associados do Sindilat para expor as informações coletadas às indústrias. Polo frisou a relevância da união das cooperativas e empresas para atenderem de forma conjunto demandas mais amplas desses mercados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Carolina Jardine

 

Lácteos/UE 

De acordo com as últimas informações do Observatório Lácteos da União Europeia, com dados de 15 de fevereiro de 2018, cabe destacar:

- Os preços dos produtos lácteos da União Europeia (UE) ficaram bastante estáveis na 6ª semana.
- O preço spot do leite na Itália caiu 9% (30,5 centavos/kg) na semana passada, enquanto que o leite na Holanda aumentou 25,0 centavos/kg.
- O custo da energia caiu 1,1% na 6ª semana, em comparação com a média das quatro semanas anteriores.
- As exportações de leite em pó desnatado da UE (+36%), queijo (+4%), e Leite em pó integral (+3%) aumentaram em 2017, embora a exportação de manteiga tenha caído 15%.
- Aumento significativo das exportações de queijo da UE para o Chile em 2017
- A UE foi o principal exportador de queijos e leite em pó integral, em 2017
- A Espanha aumentou suas exportações de leite em pó, em 2017, assim como também as importações e exportações de queijos.
- A China aumentou as importações de produtos lácteos em 2017, com exceção da caseína.
- A Nova Zelândia diminuiu as exportações de manteiga (-13%), leite em pó integral (-9%), e queijo (-3%), em 2017.
- O México, a China e a Argélia lideraram as importações de leite em pó integral, em 2017, com maiores volumes em comparação com 2016. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Preços/NZ

Existe um entendimento de que a recuperação do preço do leite em pó integral teve sua origem principal na seca que ocorre na Nova Zelândia e esse será o fator determinante para que continue a melhora este ano. 

As condições de seca na Nova Zelândia foram fundamentais para determinação dos preços na plataforma GlobalDairyTrade, principal referência de preços ao nível internacional, segundo informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). Segundo estimativas da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, haverá queda de 1,5% na produção de leite do país. Até o final de 2017 houve seca, as chuvas de janeiro foram poucas e junte-se a isso as elevadas temperaturas.

A queda da produção de leite na Nova Zelândia será mais que compensada pelo incremento na União Europeia (UE). Portanto, a melhora de preços das commodities lácteas estará ligada àquelas que são produzidas, principalmente, na Nova Zelândia.

O leite em pó integral é a que tem mais chances de melhorar de preços, dado que 50% do comércio internacional deste produto tem origem na Nova Zelândia. Portanto, a sustentação ou aumento do preço deste produto em 2018, dependerá das consequências da situação climática na Nova Zelândia. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

Produção/EUA

Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a produção de leite de janeiro apontou que o número de fazendas de leite autorizadas nos Estados Unidos caiu 1.600, totalizando 40.219. É um declínio de 3,8%. 

Na última década, os Estados Unidos perderam perto de 17.000 fazendas de leite, um declínio de 30%. Com 9,4 milhões de vacas o rebanho leiteiro médio em janeiro deste ano, possuía 234 vacas. A média em 2008 era de 163 vacas. Wisconsin permanece tendo o maior número de fazendas, com 9.090 propriedades tirando leite. Mas, também perdeu 430 unidades em 2017. A Pennsylvania vem em segundo lugar com 6.570 fazenda, sendo que 80 fazendas abandonaram a atividade no ano passado. Nova Iorque tem 4.490 fazendas licenciadas, tendo perdido 160. E Minnesota possui 3.210 produtores de leite, perdendo 140.

A Califórnia, é o estado com maior produção de leite, depois de perder 30 fazendas licenciadas, mantém 1.390 em operação. Com base no número de vacas de janeiro de 2018, o rebanho médio de uma fazenda na Califórnia possui 1.250 vacas. Em Wisconsin, o segundo maior produtor de leite, o tamanho médio do rebanho é de 140 vacas. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)
  

Consumo
O consumo das famílias será a grande alavanca da economia em 2018 e irá responder por quase a totalidade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de cerca de 3%, esperado para o ano. Com base nesse cenário, crescem as apostas em ações ligadas ao setor, em especial varejistas, que ainda têm grande potencial de valorização. (Fonte: Supermercado Moderno)

 

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.679

 

  Setor leiteiro gaúcho pede audiência pública para tratar da crise

Entidades do setor lácteo, em conjunto com deputados estaduais, vão protocolar pedido de audiência pública com o governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, para tentar negociar um fim à crise atual da cadeia leiteira gaúcha. A decisão, considerada urgente, foi tomada na manhã desta quarta-feira (21/2), durante reunião do Grupo de Trabalho do Leite (GTL) da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS). O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, esteve presente no encontro, que foi presidido pelo deputado estadual Zé Nunes (PT).

O debate focou na grave situação em que se encontra o setor produtivo, especialmente no que se refere ao cenário formado pelos altos custos de produção,calamidade nos municípios com forte atividade leiteira e pela atividade comercial com o Mercosul. Para Palharini, os altos custos de insumos que os produtores gaúchos pagam representam uma grande dificuldade, pois não são competitivos em comparação aos produtores de outros estados e países. Além disso, de acordo com o executivo, não há equalização sanitária entre os países do Mercosul, o que deve ser levado em consideração na discussão sobre importações de leite. "Acho difícil barrar. O que devemos fazer é nos aproximarmos do Mercosul e trabalhar outras pautas", afirmou.

Em concordância, o presidente do Conseleite e secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori, pontuou que a suspensão das importações, determinada pelo governo federal em 2017, durou apenas 18 dias em razão da pressão de outros estados. "A força política de São Paulo, atrelada ao governo, abriu as fronteiras de novo". Signori ainda contrapôs o superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini, presente na reunião, que voltou a dizer que o órgão não encontrou evidências de triangulação de leite em pó uruguaio. "Houve, sim, triangulação. A conta não fecha", protestou Signori.

Para acompanhar as atualizações sobre o caso do leite em pó uruguaio e transmitir informações à casa, o deputado estadual Sérgio Turra (PP  foi escalado como porta-voz do Mapa. Estiveram presentes entidades como Apil, IGL, Famurs, Fetraf, entre outros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vitorya Paulo 

 

Comitê Científico da OIE aceita pedido para declarar o Brasil livre de aftosa com vacinação

O Comitê Científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomendou que o Brasil seja reconhecido como livre da febre aftosa com vacinação aos 180 países integrantes da OIE. Com isso, 25 estados e o Distrito Federal tendem a ser declarados livres da aftosa com vacinação pelo organismo internacional.

Santa Catarina é reconhecida pela OIE como livre da doença sem vacinação desde 2007. A decisão deverá ser anunciada na assembleia geral da entidade a realizar-se em Paris de 20 a 25 de maio, e o certificado de país livre de aftosa será entregue no dia 24. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, deverá estar presente na solenidade. Também está prevista a presença do presidente Michel Temer.

O informe do comitê formado por 15 cientistas elaborado nesta semana ao ministro Blairo e a integrantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O ministro comemorou a decisão do comitê, alcançada depois de décadas de luta do governo e de lideranças da pecuária nacional, conforme lembrou. "Estou muito feliz e quero compartilhar a conquista com milhares de pessoas que colaboraram para isto". Após a decisão a ser tomada em maio próximo, o Brasil, de acordo com cronograma já aprovado, irá intensificar os esforços para ser declarado livre da aftosa sem vacinação até 2023. "Será o grande salto da pecuária brasileira", acredita Maggi.

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e representante do Brasil na OIE, Guilherme Marques, "com o excelente relatório enviado pelo Brasil, a ausência da circulação do vírus no país e as medidas adotadas para evitar a doença, o Comitê Científico enviará sua recomendação do Brasil livre da aftosa com vacinação aos países integrantes da OIE. Em maio, será uma etapa formal, quando os países deverão acatar recomendação do comitê", avalia Marques. O Comitê Científico recomendou ao Brasil reforçar a vigilância das fronteiras com a Venezuela e Colômbia, para evitar eventual reingresso da doença no Brasil.

Reforço nas fronteiras
Em setembro do ano passado, o ministério encaminhou pedido de reconhecimento do Amazonas, Amapá, Roraima e parte do Pará, como áreas livre de aftosa com vacinação, que não havia solicitado até então. "Cumprimos todas as exigências com a realização da sorologia, envio de informações sobre os serviços veterinários, reforço na vigilância interna e junto às fronteiras. Em novembro, o assunto foi tratado por uma equipe de febre especializada em aftosa formada por cientistas indicados pelos países da OIE. E o grupo encaminhou, a seguir, recomendações favoráveis ao pleito brasileiro ao Comitê Científico da organização.

Sem vacinação
Conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), o próximo grande passo do Brasil será retirar a vacinação contra a doença. A partir de maio do próximo ano, Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e de Mato Grosso, começarão a abolir a vacinação. A previsão é que até maio de 2021 todo o país deixe de vacinar o rebanho e, até maio de 2023, o país inteiro poderá ser reconhecido pela OIE como livre da aftosa sem vacinação. (As informações são do Mapa)

Governo prorroga pagamento das dívidas dos produtores de leite

O governo vai prorrogar o pagamento das dívidas dos produtores de leite para 30 de março. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite desta terça-feira, dia 20. 

Segundo Maggi, o Banco do Brasil e o Ministério da Fazenda decidiram atender ao pedido feito pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Portanto, quem possui débitos com a entidade deve comparecer às agências. A liberação da renegociação, no entanto, será verificada caso a caso. 

"Esse é um reconhecimento de que os produtores de leite tiveram uma renda diminuída a tal ponto que estava comprometendo a capacidade de pagar as dívidas com do crédito rural. É uma decisão que veio ajudar" explicou o comentarista do Canal Rural, Benedito Rosa. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)

Queijo Itálico Santa Clara chega ao mercado

Mais um lançamento da Cooperativa Santa Clara chega ao mercado. Trata-se do Queijo Itálico, produto pré-lançado para os supermercadistas durante a 36ª Expoagas 2017, em Porto Alegre. Entre as características que o Queijo Itálico possui estão o sabor delicado e uma textura amanteigada. 

O produto será disponibilizado em cunha de 200 gramas e é indicado para o preparo de lanches ou pode ser servido como aperitivo. O Queijo Itálico Santa Clara será comercializado para toda a região Sul do país. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 

O Governo Estadual decidiu prorrogar por um ano a suspensão do diferimento de ICMS nas importações de leite em pó. A medida havia sido tomada anteriormente por 90 dias e atende a pedido do setor produtivo local. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.678

 

 Preço do leite tem recuperação no RS

O preço do leite no Rio Grande do Sul registra pequena recuperação neste início de ano. Segundo dados divulgados pelos Conseleite, nesta terça-feira (20/2) em reunião na Farsul, o valor de referência previsto para fevereiro é de R$ 0,9493, 1,98% acima do consolidado de janeiro, que fechou em R$ 0,9309. O resultado foi puxado pela elevação do leite UHT (6,03%), do queijo prato (4,33%) e do leite condensado (3,45%). O professor da UPF Eduardo Finamore pontuou que, apesar da alta, os preços de fevereiro ainda estão abaixo dos praticados em fevereiro do ano passado. "A expectativa é que os preços do UHT subam no primeiro semestre, mas ainda fiquem um pouco abaixo do parâmetro de 2017", ressaltou.

O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, lembrou que a produção de leite está em entressafra no Rio Grande do Sul, processo esse que deve se acentuar nos próximos meses. "O produtor está vivendo um momento difícil", disse, também citando a baixa rentabilidade de outras culturas. 

O vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, lembrou do impacto que a diminuição da renda da população trouxe ao setor lácteo gaúcho. "Passamos por um cenário difícil que vem desde agosto do ano passado. E, agora, ainda estamos com preços abaixo desse valor. A crise política e econômica teve um impacto muito negativo no setor", lamentou. Segundo ele, as indústrias precisam ganhar escala de forma a se tornarem mais competitivas, movimento que precisa ser acompanhado pelos produtores. 

O diretor da Farsul Jorge Rodrigues lembrou da concorrência que o Rio Grande do Sul sofre de outros estados como São Paulo e Minas Gerais. Contudo, conclamou os laticínios para que trabalhem na produção e prospecção de vendas de itens de maior valor agregado, que garantam melhor remuneração pelo leite. "Mercado existe. Há 35 países para os quais exportamos, mas temos que ser competitivos", respondeu Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Carolina Jardine

 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 20 de Fevereiro de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2018 é de R$ 2,1323/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

Leilão GDT encerra sequência de fortes altas

Após fortes altas nos últimos eventos, o leilão GDT da última terça-feira (20/02) fechou com queda de 0,5% no índice de preços médios, ficando praticamente estável em relação ao leilão anterior, com a média de preços em US$ 3.623/tonelada.

Conforme a Nova Zelândia vai se aproximando do final de sua safra, a quantidade negociada no leilão segue em queda. Nesse leilão, foram negociadas 20.256 toneladas de produtos lácteos, 8,7% a menos do que fora negociado no leilão anterior. A estabilidade de preços como resultado deste leilão era, de certa forma, esperada. Primeiramente, as negociações tiveram influência da melhoria das condições climáticas na Nova Zelândia. Além disso, os fundamentos do mercado internacional não trazem justificativas sólidas e de longo prazo para as fortes valorizações que vinham ocorrendo nos últimos leilões, especialmente nas proteínas. Os principais produtores do mundo estão aumentando sua produção, e têm cada vez mais adentrado a mercados que antes eram mais "fiéis" à Nova Zelândia. Até por isso, os dados mais atuais disponíveis de exportação da Nova Zelândia mostram queda de 0,8% em equivalente leite no acumulado da safra atual (jun/17-dez/17) - com um amento de 0,9% na produção no mesmo período.

Após as fortes altas no leite em pó integral, este leilão foi de estabilidade. Com uma leve alta de 0,3%, a tonelada fechou a US$ 3.246/ton. Nota-se que o preço do produto neozelandês já é praticamente o mesmo em relação ao da União Europeia, onde o preço está em torno de US$3.275/tonelada (FOB), restringindo muito a sua competitividade internacional.

Já no leite em pó desnatado, nesse leilão a queda foi mais forte (3%), e trouxe o produto para US$ 1.832/tonelada. Os estoques governamentais da União Europeia permanecem altos e estáveis, e mesmo assim, a produção do derivado segue em crescimento, principalmente devido às altas nos preços das gorduras.

A gordura láctea permanece com um desequilíbrio entre a oferta e a demanda, com disponibilidade sendo insuficiente para suprir a procura. Assim, a manteiga, já historicamente valorizada, registrou nova alta (1,1%) e fechou em US$ 5.334/tonelada. Para os próximos leilões, o mercado não espera que as fortes altas sejam retomadas, a não ser que algo surpreendente ocorra. (GDT/Milkpoint)

Balança 

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 808 milhões na terceira semana de fevereiro de 2018. O valor é resultado de exportações de US$ 3,022 bilhões e importações de US$ 2,214 bilhões. (Fonte: MDIC )

 
 
 

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.677

 

Conseleite MS 
 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 16 de Fevereiro de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Janeiro de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de Fevereiro de 2018.

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)


Compost barn afunila integração entre o café e o leite

De 21 a 23 de fevereiro, os produtores rurais do sul de Minas Gerais e da média mogiana do estado de São Paulo - importantes regiões de bacia leiteira - encontrarão na 17ª FEMAGRI (Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas) novidades em estrutura de produção que integra café e leite. A FEMAGRI é um evento gratuito e que acontece das 08h às 18h, na cidade de Guaxupé.

integração entre leite e café
A integração entre leite e café pode ser benéfica para os pecuaristas e agricultores

O compost barn, sistema de confinamento para vacas leiteiras, vem ganhando força em algumas propriedades brasileiras e será um dos destaques durante a feira promovida pela Cooxupé em Guaxupé, Sul de Minas. "Muitos dos nossos cooperados trabalham com as produções de café e leite, refletindo uma realidade muito forte da região e uma alternativa econômica eficiente para quem vive do agronegócio. Por isso, trouxemos este tema para que eles conheçam novas possibilidades para ganhar mais eficiência em seus negócios", destaca o presidente da cooperativa Carlos Paulino.

"As principais vantagens ao produtor são uma maior produção de leite com maior eficiência alimentar, além de números reprodutivos e sanitários melhores. O maior benefício para as vacas são a facilidade de adaptação, a menor quantidade de lesões e maior longevidade", pontua o médico veterinário e consultor, Adriano Seddon, pioneiro em adaptar o compost barn no Brasil. Segundo ele, em média, o compost barn é 20% mais barato comparado ao sistema de free stall. "Vale destacar também que este sistema produz uma grande quantidade de composto que é altamente benéfico para o solo", completa.

Sérgio Ribeiro Cruvinel, supervisor de mercado agropecuário da Cooxupé e médico veterinário, conta que na região da cooperativa a palha de café como cama está sendo utilizada no lugar da serragem. "E estamos tendo muito sucesso. Após um período, o composto volta à agricultura em lavouras de milho, pastagem e café, fornecendo matéria orgânica ao solo", antecipa.

Recentemente, o MilkPoint  recebeu do produtor de leite Marco Antônio Costa, de Cristais/MG, um vídeo sobre o processo de compostagem dos dejetos bovinos na Fazenda Córrego D'Antas. Veja aqui. 

Além de leite, Marco também produz café, comercializado no mercado hoje por meio da marca Café Fazenda Caeté. Para otimizar a integração leite & café e pensando nos problemas ambientais, a compostagem foi idealizada e implantada. Além do esterco dos animais, a casca de café da própria fazenda e de alguns parceiros é utilizada no composto. Após a compostagem, o material final (biofertilizante) é utilizado para contribuir com o plantio do próprio café e na safrinha de milho (tanto na propriedade de Marco como nas fazendas dos parceiros).

O produtor destacou que a responsabilidade ambiental é uma tendência sem volta e que ser sustentável é lucrativo. "Os produtores não precisam ter medo de perder dinheiro com a sustentabilidade. Pelo contrário, ela pode ajudar na rentabilidade do negócio". Ele acredita que os custos da implementação do sistema de compostagem serão rapidamente cobertos - já que os ganhos e benefícios da compostagem são inúmeros. (Esta matéria contém informações da FEMAGRI e do portal Exame)

Fraca demanda interna reduz importações em janeiro

Importações de lácteos - As importações de lácteos recuaram no primeiro mês de 2018 frente a dezembro do ano passado. Em janeiro, o País internalizou 64,6 milhões de litros em equivalente leite, volume 14,2% menor em relação a dezembro/17 e 57,3% abaixo do de janeiro/17. A demanda enfraquecida no mercado doméstico limitou as compras externas de leites em pó e queijo muçarela, principalmente.

Ainda assim, o principal produto adquirido pelo Brasil continuou sendo o leite em pó, com a entrada de 42,4 milhões de litros em equivalente leite (65,5% do total importado) em janeiro. Os países que mais exportaram esse produto para o mercado nacional foram a Argentina (74,5% do total de leite em pó importado) e Uruguai (12,3% do total). Ainda que o preço desse produto tenha se mantido praticamente estável, o volume de importação é cada vez menor, devido à baixa demanda nacional, com queda de 24,1% em relação ao mês anterior e queda acumulada de 60% de janeiro de 2017 ao mesmo mês deste ano. Em segundo lugar na pauta das importações estão os queijos, com a entrada de 19,7 milhões de litros em equivalente leite do produto, alta de 24,4% em relação à dezembro, volume que representa 30,5% do total de lácteos importados. Os principais países vendedores de queijos ao Brasil foram a Argentina e o Uruguai, com 51,3% e 39,1% do total adquirido, respectivamente. Com a oferta elevada de muçarela no mercado doméstico, a pauta de importações de queijos vem se modificando, com maior entrada de produtos de maior valor agregado, como os queijos frescos e de massa fundida, o que elevou o preço médio desse grupo de lácteos em 15,3% nos últimos 12 meses. Em relação às exportações, 5,3 milhões de litros em equivalente leite foram negociados no mercado internacional, volume 33,7% menor que o do mês anterior e 51% abaixo do de janeiro de 2017. 

Quanto à receita obtida com os embarques, a queda foi de 27,9% em relação a dezembro e de 51,1% comparado ao primeiro mês do ano anterior. Os queijos estão em primeiro lugar dentre os principais produtos exportados, com 2,3 milhões de litros em equivalente leite (43,3% do total embarcado) em janeiro, queda de 15,9% em relação ao mês anterior. Os principais países a adquirir o produto foram Taiwan (19,6% do total de queijos exportados), o Chile (19,3% do total) e a Rússia (16,2%). O segundo produto mais negociado no mercado externo foi o leite condensado, com 2,2 milhões de litros em equivalente leite (42,6% do total embarcado), alta de 85,4% em relação ao mês anterior. Os principais países compradores deste produto foram a Angola (43,9% do total do produto), Tunísia (26,1% do total) e Trinidad e Tobago (11,5% do total). Em terceiro lugar estão os leites fluídos (categoria representada principalmente pelo creme de leite), com embarques de 573 toneladas (27,8% do total exportado) - 43% desse volume foi enviado aos Emirados Árabes Unidos. No saldo da balança comercial, houve déficit de 59,3 milhões de litros em equivalente leite em janeiro, redução de 11,9% frente a dezembro. Porém, devido à importação de lácteos de maior valor agregado, a redução do déficit da balança comercial em valor foi de 1,2%, com saldo negativo de US$ 25,2 milhões. (Cepea)

A Comissão Europeia estima preço de 36,94 €/100 kg para janeiro
Preços/UE - O preço médio do leite na União Europeia (UE) pago aos produtores de leite em dezembro passado foi de € 37,49/100 kg, ou seja, menos 0,9% em relação a novembro. É a primeira redução do preço médio do leite na UE desde junho de 2017, segundo os dados do Observatório Lácteo da UE.  O preço na Espanha em dezembro foi de € 32,43/100 kg. Ainda que tenha sido 7% acima do valor de dezembro de 2016, ficou 5 centavos menor que o valor médio da UE. O preço espanhol, em dezembro, foi o quinto mais baixo de toda a UE, somente ficando à frente de Portugal, Bulgária, Lituânia e Romênia. O aumento da captação na UE no outono passado teve um efeito sobre o preço ao produtor. Para janeiro de 2018 a Comissão Europeia (CE) prevê forte queda, de 1,5%, podendo fechar a € 36,94/qoo kg. Para a Espanha a previsão é de que o preço de janeiro seja igual ao de dezembro. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.676

 

RAIS 2017 Empregador deve declarar novas modalidades previstas na modernização trabalhista - Período para entrega do formulário vai até 23 de março

A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2017 está com novidades nesta edição. Por conta da entrada em vigor da modernização trabalhista, foram incluídas novas modalidades de contratação na declaração: Trabalho Parcial, Intermitente e Teletrabalho. Outra alteração prevista na Rais 2017 diz respeito ao desligamento por acordo entre empregado e empregador, previsto no artigo 484-A da Lei 13.467/17, para o qual foi incluído o código 90.

No campo da modalidade do Trabalho Intermitente, por exemplo, a forma de pagamento informada deverá ser por horário. Neste caso, o preenchimento no campo "Horas Contratuais" permitirá apenas o valor igual a 1 (um), referente à hora trabalhada. Enquanto nos campos remunerações mensais deverão ser informados os valores pagos nas convocações.

Já para caracterizar a categoria Teletrabalho, deverá constar a informação de que prestação de serviços deverá ser feita fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.

Para o preenchimento do campo Trabalho por Tempo Parcial, as horas semanais não poderão ultrapassar 30 horas.

Para todas essas modalidades, tratando-se de contratação, os trabalhadores que, ao longo do ano-base 2017, fizeram opção pela mudança no tipo de vínculo trabalhista (Trabalho por Tempo parcial, Teletrabalho e Trabalho Intermitente), desde 11 de novembro de 2017, data de entrada em vigor da modernização trabalhista da CLT, o estabelecimento deverá indicar a opção "sim" na declaração da Rais.

O empregador não poderá declarar o trabalhador aprendiz nas opções Trabalho por Tempo Parcial e Trabalho Intermitente. 

O ministro do Trabalho em exercício, Helton Yomura, lembra que a declaração da Rais é de extrema importância para a sociedade, empresas e trabalhadores. "O trabalhador que não constar na Rais não conseguirá receber o Abono Salarial e o Seguro-Desemprego, além de ser prejudicado na contagem de tempo para a aposentadoria e outros direitos trabalhistas. O governo, por sua vez, tem à disposição, com a Rais, informações completas e com qualidade sobre a atividade econômica do país e da situação de nossos trabalhadores, fundamentais para subsidiar as estratégias de políticas públicas e de emprego", salienta o ministro.

Prazo - O empresário tem até o dia 23 de março para entregar a declaração da Rais. O preenchimento e envio do formulário é obrigatório a todas as pessoas jurídicas com CNPJ ativo na Receita Federal em qualquer período do ano passado, com ou sem empregado, e a todos os estabelecimentos com Cadastro Específico do INSS (CEI) com funcionários. Os microempreendedores individuais (MEI) só precisarão fazer a declaração se tiverem empregado. Caso não tenham funcionário, a declaração é facultativa.

Quem deve declarar - Conforme a Portaria nº 31, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 17 de janeiro deste ano, devem declarar a Rais de 2017 os empregadores urbanos e rurais; filiais, agências, sucursais, representações ou quaisquer outras formas de entidades vinculadas à pessoa jurídica domiciliada no exterior; autônomos ou profissionais liberais que tenham tido empregados no ano-base; órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional dos governos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal. Também estão obrigados os conselhos profissionais, criados por lei, com atribuições de fiscalização do exercício profissional, e entidades paraestatais. Além destas, condomínios e sociedades civis; cartórios extrajudiciais e consórcios de empresas.

SERVIÇO
Como declarar 
A declaração da Rais deverá ser feita somente via internet. Para fazer a declaração, é preciso utilizar o programa GDRAIS 2017, que está disponível aqui. Todas as orientações sobre como fazer a declaração estarão no Manual da Rais 2017, que também está disponível aqui.

Multa 
Quem não entregar a declaração da Rais dentro do prazo estabelecido ou fornecer informações incorretas pagará multa prevista na Lei 7.998/90. Os valores variam conforme o tempo de atraso e o número de funcionários e vão de R$ 425,64 a R$ 42.641,00.

Dúvidas 
Em caso de dúvida, o empregado pode entrar em contato com a Central de Atendimento da RAIS pelo telefone 0800-7282326, enviar e-mail para rais.sppe@mte.gov.br ou consultar o site. (MTE)

Philadelphia apresenta cream cheese versão zero lactose

Lançado no Brasil em 1994, o cream cheese Philadelphia conquistou rapidamente o mercado de queijos espalháveis. E agora, a marca número 1 de cream cheese do mundo, e líder da categoria no Brasil, acaba de trazer uma novidade para o seu portfólio de produtos. Trata-se da versão zero lactose, desenvolvido especialmente para quem tem intolerância ao açúcar existente no leite e seus derivados.

O novo Philadelphia Zero Lactose garante o sabor único das linhas de cream cheese da marca. O produto pode ser integrado à dietas com restrição à lactose, mas também se revela um aliado para quem prioriza uma alimentação saudável e leve, contribuindo para uma rotina alimentar equilibrada e saborosa.

"Buscamos, cada vez mais, trazer o melhor sabor, e atender os perfis dos consumidores brasileiros, além de contribuir para uma alimentação de qualidade e nutritiva em todas as refeições, desde o café da manhã de todos os dias até a versatilidade para preparação de sanduíches ou pratos mais elaborados", comenta Alethéa Risoléo, gerente da marca.

Presente em mais de 80 países, nos últimos anos a marca tem investido em inovações no seu portfólio, inserindo novos formatos de embalagens e novas linhas de produtos.

Disponibilidade e preço
Disponível em embalagem de 150g, o novo Philadelphia Zero Lactose estará em todo o país a partir de março. O preço sugerido é de R$6,90. (As informações são do Testa Pra Mim)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 05/2018 de 15 de fevereiro de 2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, predominou um incomum tempo seco e quente nas principais bacias leiteiras da Argentina, Uruguai e Brasil, causando considerável estresse no rebanho e cultas de verão. Como resultado, a produção de leite e de seus componentes, matéria gorda/proteína, declinaram nas bacias leiteiras do Cone Sul. Mesmo com a queda na produção de leite na Argentina e no Uruguai, a oferta de leite ainda está adequada às necessidades da indústria para leite engarrafado/UHT, queijo e iogurte. 

No entanto, a disponibilidade de creme está apertada, enquanto que a demanda continua firme para manteiga, sorvetes e doce de leite. O retorno às aulas aumenta os pedidos de leite fluido. Assim como no resto do Cone Sul, no Brasil, a produção de leite vem caindo paulatinamente. Os níveis de gordura e proteína do leite também são menores. Como consequência o suprimento de leite e creme de leite para as indústrias está sendo insuficiente para atender à forte demanda. Os pedidos de leite engarrafado/UHT também aumentam com o retorno das aulas. O mercado de leite em pó está se recuperando com a demanda da indústria de alimentos variando entre boa e forte. Os últimos dados divulgados pelo governo do Uruguai, em dezembro de 2017 a indústria de laticínios captou 171,2 milhões de litros de leite, 9,7% menos que no mês anterior, mas, 2,8% acima do volume recebido no mesmo mês do ano anterior. De janeiro a dezembro de 2017 a captação de leite totalizou 1.906 milhões de litros de leite, aumento de 7.4% em relação ao mesmo período de 2016. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

A RAR, do empresário Raul Anselmo Randon, ganhará pontos de venda próprios. Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo foram escolhidas para receber franquias. A previsão é de ter 60 lojas em cinco anos. O Spaccio RAR terá produtos da marca e de parceiros. (Zero Hora)

 
 

Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.675

 

Embalagem ecológica: Da reciclagem dos resíduos de laticínios, às garrafas de leite

Reciclagem/Itália - No passado, a prática de "não jogar nada fora" era simplesmente um modo de fazer economia. Hoje, em tempos de logística reversa de descarte o gesto adquire um outro significado, que vai muito além da simples gestão sustentável dos recursos. Um exemplo concreto do conceito é o oferecido pelo Biocosì, projeto que propõe reciclar os resíduos de laticínios na produção de embalagens biodegradáveis e compostagem. A iniciativa é conduzida pela ENEA (Empresa Nacional de Energia) com a colaboração da start-up da Puglia, EggPlant, que oferece instrumentos inovadores para fechar o círculo da indústria de laticínios: novo processo para transformar resíduos em materiais biodegradáveis para serem reutilizados na própria cadeia.

O projeto tem 18 meses para transformar as águas residuais das indústrias em insumos que darão vida a novas embalagens para alimentos que poderão ser introduzidas nas linhas de produção. O elemento principal, em torno do qual se desenvolve o trabalho, é a lactose (o açúcar do leite) contida nos resíduos dos laticínios. O Centro de Pesquisa do ENEA em Brindisi criou um novo processo que permite o fracionamento do soro do leite de forma a obter uma recuperação diferenciada de todos os componentes: proteína do soro/peptídeos, lactose, sais minerais, e água pura. Graças à EggPlant, o açúcar é então processado para obter Polihidroxibutirato, um polímero completamente biodegradável, e adequado a diferentes tipos de aplicações, incluindo a produção de embalagens ecológicas para alimentos.

O organismos italiano, responsável pelo processo de extração de lactose e dos peptídeos bioativos para serem integrados aos novos produtos, também dá suporte técnico-científico para o composto que irá produzir o plástico biodegradável, via fermentação e posterior responsabilidade pela classificação. O projeto, comentou Valerio Miceli da Divisão de Biotecnologia e Agroindústria do ENEA, "responde não somente aos requisitos de natureza ética e ambiental mas, também econômicas, levando em consideração os elevados custos para descarte dos resíduos lácteos, além de reduzir em 23% os custos de produção dos polímeros biodegradáveis. Esta proposta, continua Miceli, também pode representar uma fonte extra de ganhos em termos de rentabilidade para as próprias empresas leiteiras, para os elos da cadeia, e para as Pequenas Empresas que procuram aumentar a competitividade com a diversificação na oferta de produtos".

O projeto está sendo desenvolvido dentro do sistema de inovação regional Innonetwork da Região de Puglia, e com financiamento de € 1,4 milhões da Biocosì, e conta com a colaboração da Università di Bari e empresas como CSQA, RL Engineering, o Laticínio Colli Pugliesi, Compost Natura e a Rede de Laboratórios Públicos e de Pesquisa MICROTRONIC, com a coordenação do Insituto de Fotonica e Nanotecnologia do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR). (Riciclo Rinnovabili.it - Tradução livre: Terra Viva)

Quebra do milho argentino beneficia exportadores no Brasil

Milho/AR - A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de milho, com 25,5 milhões de toneladas (MT), atrás apenas dos EUA (52,07MT) e Brasil (35MT). "Por isso, qualquer vácuo na produção do país poderá beneficiar a demanda dos outros exportadores, especialmente o Brasil, cuja janela de embarques coincide com a do país 'hermano'. E os preços líquidos da exportação no Brasil estão se igualando aos do mercado interno", aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
"Por isso, é importante saber que a Argentina já reduziu a sua safra de milho da safra atual em 2,0 MT em relação à última estimativa, passando de 41MT para 39MT e 3 MT em relação à produção da safra anterior, quando produziu 43MT", explica o analista Luiz Fernando Pacheco.

De acordo com ele, a safra argentina de milho está sofrendo o mesmo drama climático que a soja (até mais, segundo um Crop Tour feito essa semana): "Grande parte dos lotes de milho semeados mais cedo continuam na fase de enchimento de grãos, sob reservas hídricas irregulares, que afetam seus potenciais de rendimento em regiões com um grande peso produtivo, como os Núcleos Norte e Sul. Com isto, a nova projeção de produção de milho de grão comercial para a safra 2017/18 é de 39 MTn, cerca de 5 % a menos que a estimada durante o ano passado, cuja primeira estimativa foi de 41 MT e contra a produção da safra 2016/17, de 43MT".

CLIMA
O modelo climático norte-americano de previsões (GFS) traz leituras bastante similares nos próximos 5 dias, para o Brasil e Argentina. Um padrão de chuvas abaixo da média continua sendo projetado para a Argentina, agora com temperaturas se elevando, no mesmo período. Alguns sucintos eventos pluviométricos são projetados para o começo da próxima semana na Argentina, no entanto os totais não ultrapassam os 13mm, com uma cobertura inferior aos 50% da área sojicultora.
"No atual momento, mais de 80% da safra argentina enfrenta um cenário de umidade do solo em níveis baixos ou muito baixos. No Brasil, o período de estiagens sobre o Centro-Leste ainda é projetado, com a volta das chuvas a partir do dia 18 de fevereiro. Os estados de Minas Gerais, oeste da Bahia, Goiás, sul do Tocantins e leste do Mato Grosso são os afetados por este evento climático", comenta a AgResource. (Agrolink)

Pesquisa mostra marcas preferidas na geladeira do brasileiro

A Mind Miners fez um estudo sobre os hábitos de compra de alimentos e bebidas no Brasil. A pesquisa "A geladeira do brasileiro" mostrou que entre as marcas preferidas lideram Nestlé (categorias de laticínios e chocolates e doces), Coca-Cola (refrigerantes), Bauducco (pães e torradas), Skol (cervejas), Smirnoff (bebidas alcoolicas) e Sadia (embutidos e congelados).

Em "laticínios" as marcas preferidas são Nestlé, com 68%, Danone, com 51% e Itambé com 35%. Elas são seguidas por Vigor (30%), Italac (25%), Parmalat (23%), Batavo (18%), Polengui (10%), Aviação (7%), Tirolez (6%), Danúbio (4%) e Serra Negra (1%). Três por cento disseram não gostar de nenhuma das marcas apresentadas.

Em "chocolates e doces" a Nestlé lidera novamente com 74%. Em seguida está a Lacta (58%) e Garoto (51%). Depois estão Hershey's (23%), Ferrero (21%), M&Ms (14%), Oreo (11%), Kinder (8%), Lindt (6%), Arcor (5%), Milka (5%) e Mars (1%). 4% disseram não preferir nenhuma das marcas.

Já em "refrigerantes", a liderança é da Coca-Cola com 65% de preferência, seguida por Antarctica (42%) e Fanta (35%). As outras marcas são Pepsi (25%), Sprite (20%), Kuat (14%), Itubaína (12%), Soda e Shweppes (ambas com 11%), Sukita (8%) e Dolly (6%). Oito por cento dos entrevistados disse preferir outra marca não listada. Em "bebidas alcoólicas", a Smirnoff lidera com 30%. Depois estão Absolut (13%), Jack Daniels (12%), Martini (11%), José Cuervo (8%), 51 (6%), Havana Club (2%), Tanquerey, Seagers e Solinchaya, as três com 1%. 47% dos respondentes disseram prefere outra marca que não foi listada no estudo.
Em "cervejas", a Skol é a mais apreciada com 33%. Logo após estão Heineken (29%), Itaipava (24%), Brahma (22%) e Stella Artois (18%). Em seguida vem Bohemia (13%), Original (13%), Devassa, Amstel e Schin (as três com 6%),  Kaiser (5%), Serra Malte (4%) e Colorado (3%). 32% afirmaram preferir outra marca não apresentada. E entre os representantes da classe C, a Itaipava aparece em 2º lugar (26%) e a Heineken em 3º (24%). Em "pães e torradas", a Bauducco lidera com mais do dobro (63%) da preferência em relação ao 2º lugar, Club Social, com 30%. Em seguida, estão: Visconti (23%), Wickbold e Vitarella (ambas com 19%), Panco (18%), PlusVitta (17%), Nutrella (16%), Sevenboys (13%), Triunfo (11%), Adria (7%) e Vale do Sol (2%). 8% escolheriam outra marca não listada.

Por fim, em "embutidos e congelados", a Sadia lidera com 74%, seguida por Perdigão (66%) e Seara (56%). Completam a lista de opções Aurora (26%), Massa Leve (10%), Rezende (8%), Maggi e Cerrati (ambas com 6%), Wessel, Cardeal e Vital Frango (as três com 1%). 10% dos respondentes apontariam marcas não apresentadas. Em questões de hábitos de compra, o estudo aponta que, em frequência, 36% vai às compras uma vez por semana (22% mais de uma vez por semana), 24% duas vezes por mês, 20% apenas uma vez e 6% menos de uma vez por mês.  Já em plataforma escolhida para compra, 85% dos entrevistados nunca comprou alimentos e bebidas pela internet, por motivos como: "gosta da experiência de ir à loja ver os produtos" (51%), "tem receio de que os produtos cheguem amassados/estragados (38%), "gosta de ver/tocar nos produtos" (40%), "não confia na procedência de alimentos pela internet", "é resistente a pagar frete" (29%) e "não confia no serviço de entrega (15%). No entanto, mais de um terço que ainda não compra assim pretende passar a comprar.

O levantamento também mostra que 64% das pessoas pararam de comprar algum item por causa da crise, e os produtos mais mencionados foram carne, chocolate, refrigerante e bebidas. O estudo foi realizado de 1 e 12 de dezembro de 2017 e contou com 1.000 respondentes, na rede social de opinião MeSeems. A amostra tem: sexo (50% feminino, 50% masculino), faixa etária (39% de 31 a 40 anos, 38% mais de 41 anos, 12% de 25 a 30 e 11% de 18 a 24), classe social (44% C, 40% B, 15% A e 1% DE), região (47% Sudeste, 24% Nordeste, 14% Sul, 9% Centro- Oeste e 6% Norte), moradia (61% com outros familiares, 28% com pai e/ou mãe, 9% sozinho e 2% amigos/colegas). (As informações são do portal PropMark)

A Comissão Europeia estima preço de 36,94 €/100 kg para janeiro
Preços/UE - O preço médio do leite na União Europeia (UE) pago aos produtores de leite em dezembro passado foi de € 37,49/100 kg, ou seja, menos 0,9% em relação a novembro. É a primeira redução do preço médio do leite na UE desde junho de 2017, segundo os dados do Observatório Lácteo da UE. O preço na Espanha em dezembro foi de € 32,43/100 kg. Ainda que tenha sido 7% acima do valor de dezembro de 2016, ficou 5 centavos menor que o valor médio da UE. O preço espanhol, em dezembro, foi o quinto mais baixo de toda a UE, somente ficando à frente de Portugal, Bulgária, Lituânia e Romênia. O aumento da captação na UE no outono passado teve um efeito sobre o preço ao produtor. Para janeiro de 2018 a Comissão Europeia (CE) prevê forte queda, de 1,5%, podendo fechar a € 36,94/qoo kg. Para a Espanha a previsão é de que o preço de janeiro seja igual ao de dezembro. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.674

 

Manteiga e requeijão estão de volta ao carrinho dos brasileiros

Depois de muita racionalização, os brasileiros estão aos poucos retomando alguns hábitos de consumo graças à diminuição da inflação e à queda dos índices de desemprego. Itens como manteiga, batata congelada, requeijão e azeite, por exemplo, voltaram para a cesta de compras em 2017 - os dados comparam os 12 meses terminados em novembro de 2017 com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com o levantamento da Kantar Worldpanel, só a manteiga ganhou 3,9 pontos percentuais de penetração nos meses analisados, ou seja, mais de dois milhões de novos lares consumiram o produto. A batata congelada, cujo crescimento foi de 2,7 pontos percentuais, atingiu mais de 1,4 milhões de novos domicílios.

 

Itens como massa fresca, adoçante, água mineral, escova dental e shampoo também registraram índices positivos. Além de novos compradores, essas categorias cresceram em volume e valor, tendo agora pela frente o desafio de aumentar sua frequência. (As informações são da Kantar Worldpanel)

 

Languiru distribui cerca de R$ 2,4 milhões em sobras aos associados - Cooperativa teutoniense também remunera o capital do quadro social e apresenta resultado líquido superior a R$ 17,6 milhões
 
Faturamento bruto de R$ 1,228 bilhão, resultado líquido de R$ 17,6 milhões, patrimônio líquido de R$ 192,4 milhões, sobras de aproximadamente R$ 2,4 milhões a serem distribuídas aos associados e remuneração do capital do quadro social. Essas foram algumas das boas notícias apresentadas pela Cooperativa Languiru na sua Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada no dia 08 de fevereiro, no Salão Social da Associação dos Funcionários da Languiru, com a participação de mais de 200 pessoas, entre associados, colaboradores, autoridades e representantes de entidades parceiras.
Nas boas-vindas, o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, ressaltou a importância dos associados na tomada de decisões da cooperativa e iniciou a apresentação do Relatório de Atividades do exercício de 2017, detalhando o desempenho dos diferentes setores, perspectivas e estratégias. O vice-presidente Flávio João Walter proferiu a leitura do edital de convocação da AGO.
 
Aumento da capacidade produtiva
 O gerente executivo de indústrias, Fabiano Leonhardt, apresentou o demonstrativo do desempenho técnico para os setores de aves, suínos, leite e rações. Destaque para a evolução da produção nas indústrias e as dificuldades da cadeia produtiva do leite. "A redução da captação de leite demonstra a situação complicada do setor, com muitos produtores desistindo ou mudando de atividade", explicou Leonhardt, mencionando parcerias da Languiru para a industrialização de leite para terceiros como estratégias para auxiliar na diluição do custo fixo e melhor aproveitamento da capacidade produtiva instalada na Indústria de Laticínios. No que se refere à Fábrica de Rações, enalteceu o expressivo incremento no volume de milho em grão recebido dos associados da cooperativa. "O resumo das indústrias da Languiru apresenta a maior utilização da capacidade produtiva nas quatro unidades", concluiu.
 
Desempenho econômico
 O demonstrativo do desempenho econômico foi apresentado pelo diretor-administrativo da Languiru, Euclides Andrade, e pela gerente executiva de controladoria, Carla Gregory. Destaque para a diversidade de negócios e ranking dos 67 municípios com associados produtores, além das demonstrações financeiras. "A estrutura diversificada e equilibrada da Languiru garante a estabilidade econômica da cooperativa", frisou Andrade.
O faturamento bruto do último exercício foi de R$ 1.228.849.052,92, com resultado líquido de R$ 17.685.331,94 e patrimônio líquido de R$ 192.468.078,99. "O ganho de resultado da Languiru é fruto da produtividade de associados e colaboradores, da otimização da capacidade produtiva das unidades industriais, aliado à redução de custo dos insumos, como milho e farelo de soja, que voltaram a patamares normais", explicou o diretor-administrativo.
Em seguida, auditores da PwC apresentaram o trabalho de auditoria externa independente realizado na análise dos números da Languiru, e o coordenador do Conselho Fiscal, Gilberto Valdir Brune, apresentou parecer quanto às contas do exercício de 2017. "A auditoria auxilia nos processos de gestão, nos dá tranquilidade para trabalhar. Queremos ser auditados e fiscalizados, esse parecer da auditoria externa independente é muito importante", acrescentou Bayer.
Andrade também apresentou orçamento e plano de atividades para 2018, com a perspectiva de ingresso de receitas e crescimento no resultado líquido. "É um novo desafio que temos pela frente, com investimentos que devem totalizar cerca de R$ 20,6 milhões, especialmente nos frigoríficos e nos supermercados", enumerou.
Na votação das contas, os associados aprovaram por unanimidade as peças contábeis.
 
R$ 2,4 milhões em sobras
 Carla detalhou a proposta da direção quanto à destinação das sobras do exercício aos associados da Languiru, que totalizam mais de R$ 2,4 milhões. "No exercício de 2016 a cooperativa não distribuiu sobras ao quadro social, mas remunerou em 12% o capital social. O valor que cada associado tem a receber varia conforme a movimentação de venda de matéria-prima e compra nas unidades da cooperativa. Além do pagamento da Conta Movimento, a Languiru ainda irá remunerar a conta capital em 7%, o que representa mais de R$ 5 milhões. Somando, são mais de R$ 7 milhões que retornam aos associados, reflexo do bom desempenho da Languiru em 2017", explicou Bayer, lembrando que o pagamento da Conta Movimento inicia no mês de março, quando a cooperativa também passa a fornecer o informe de rendimentos para declaração do Imposto de Renda dos associados.
 
Eleição e posse do Conselho Fiscal
 Por fim, a comissão eleitoral conduziu o processo de eleição e posse dos membros do Conselho Fiscal, cuja renovação de dois terços ocorre anualmente. Com o registro de apenas uma chapa eleitoral em tempo hábil, a escolha se deu por aclamação.
O Conselho Fiscal da Languiru para a gestão 2018-2019 conta com os conselheiros efetivos Gilberto Valdir Brune, de Linha Clara, município de Teutônia; Merice Brummelhaus Strate, de Linha Boa Vista, município de Teutônia; e Valmir Antônio Rauber, de Linha Picada, município de Arroio do Meio. Os conselheiros fiscais suplentes são Lário Knebel, de Travessão, município de Paverama; Valmor Planthold, de Linha Catarina, município de Teutônia; e Milton Wahlbrinck, de Linha Progresso, município de Imigrante.
 
Elogios
 A ordem do dia da assembleia ainda abriu espaço para outros assuntos de interesse social sem caráter deliberativo e pronunciamentos de autoridades, convidados e associados. Na ocasião, entre outras falas, o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Sérgio Feltraco, enalteceu a evolução dos números apresentados. "A Languiru desenvolve um excelente trabalho, fortalecendo o cooperativismo agropecuário gaúcho. Observando a evolução dos resultados das 35 cooperativas que a Fecoagro tem acompanhado, a Languiru é a que teve o maior crescimento. Mesmo diante de todas as dificuldades, teve capacidade de enfrentamento, entregando aos seus associados, donos da cooperativa, um excelente resultado. Isso engrandece o setor", parabenizou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colinas, Seno Celso Messer, parabenizou a Languiru pelo desempenho no exercício de 2017 e reafirmou o valor das parcerias. "A Languiru está em crescimento e precisa seguir evoluindo para que os associados também possam crescer", disse, mencionando parceria do Sindicato com a cooperativa na venda de insumos e implementos e assistência aos produtores rurais de Colinas.
Encerrando a programação, o presidente Dirceu Bayer ainda falou de parceria com a laticínios Tirol, de Santa Catarina, no envase de leite da empresa catarinense na Indústria de Laticínios da Languiru em Teutônia; parceria com a coirmã Cosuel, de Encantado; e apresentou perspectivas quanto à cadeia produtiva do leite e projetos futuros para o setor de carnes. "Em condições normais, sem que o governo importe volumes absurdos de leite em pó de países como o Uruguai e a Argentina, as perspectivas são favoráveis. Aos que puderam suportar as dificuldades, há sinais de dias melhores. A Languiru inicia uma nova fase depois de período turbulento, novas oportunidades estão por vir, somos uma cooperativa forte e com perspectivas inovadoras. Estamos no caminho certo comemorando bons resultados", concluiu, pregando a união de esforços e a agenda positiva. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Falta de chuva na Nova Zelândia eleva preço de lácteos

A falta de chuvas na Nova Zelândia nos últimos meses, refletindo condições climáticas compatíveis com o fenômeno La Niña, afeta a produção de leite no país da Oceania, o que tem influenciado os preços internacionais dos lácteos desde o começo do ano. As cotações desses produtos na plataforma Global Dairy Trade (GDT), que realiza leilões quinzenais com oferta principalmente da Nova Zelândia, sobem desde o início de 2018. Só no último leilão, no dia 6 de fevereiro, o leite em pó integral - o produto mais negociado nesses pregões - subiu 7,6%. No acumulado do ano, o produto teve alta de mais de 17%, considerando que no fim de 2017 estava em US$ 2.755 por tonelada e alcançou US$ 3.226 este mês. Com a falta de chuvas, a produção de leite na Nova Zelândia caiu 4,6% em dezembro passado em comparação com igual mês do ano anterior, considerando os sólidos de leite (soma da proteína total e de gordura). No país, as vacas são criadas de forma extensiva, portanto o regime de chuvas é crucial para as pastagens usadas na alimentação do rebanho. No ano de 2017, a produção acumula alta de 1,4%. "O clima na Nova Zelândia está atrapalhando a produção de leite", diz Valter Galan, analista da consultoria MilkPoint. 

A cooperativa Fonterra, maior produtora de lácteos da Nova Zelândia, registrou uma queda de 6% na captação de leite em dezembro de 2017 na comparação anual. Com isso, estimou um recuo de 3% na captação na safra 2017/18, que termina em 31 de maio. A Fonterra, que é a maior exportadora de lácteos do mundo, é a também principal ofertante nos leilões da plataforma GDT. Segundo Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria, a produção de leite deverá seguir em queda na Nova Zelândia até a entressafra (junho e julho). E a seca no país, avalia ele, pode agravar esse recuo na produção da matéria-prima, o que tende a se refletir na oferta de lácteos do país no mercado internacional. Afora a produção menor na Nova Zelândia, a valorização do euro em relação a outras moedas também reduziu a competitividade dos lácteos europeus, o que contribuiu para alta nos leilões internacionais, acrescenta Galan. Para ele, não é possível afirmar que a recente valorização seja uma tendência, uma vez que a oferta de leite cresceu em outras regiões produtoras do mundo. Na Europa, a alta foi de 1,6% entre janeiro e novembro do ano passado e nos EUA, de 1,4% em 2017. "Ainda há 40% da safra da Nova Zelândia por vir", comenta o analista. A safra 2017/18 no país vai até 31 de maio. Do lado da demanda internacional por lácteos, a expectativa é que siga crescendo, segundo Galan. A China, maior importadora global, elevou em 12% as compras de lácteos em 2017, para 1,55 milhão de toneladas. "As previsões indicam que a economia da China vai continuar a crescer como em 2017. Se isso se confirmar, deve aquecer a demanda", afirma o analista. A alta do petróleo também é um fator que estimula a demanda por lácteos por parte de países produtores da commodity, acrescenta. (Valor Econômico) 
 

A empresa suíça de lácteos Emmi teve uma receita líquida de 3,364 bilhões de francos suíços em 2017, alta de 3,2% em comparação com os 3,258 bilhões de francos suíços do ano anterior. Conforme informou, a empresa, que tem participação no mineiro Laticínios Porto Alegre, em termos orgânicos, excluindo os efeitos do câmbio e aquisições, o número corresponde a um crescimento de 0,5%. (Valor Econômico)