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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.383


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1865 de 30 de abril de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE

Nas áreas mais afetadas pela estiagem, a situação segue crítica, e ocorreram perdas nas lavouras de milho para silagem e degradação dos campos nativos utilizados na alimentação dos rebanhos. Os produtores seguem monitorando moscas e carrapatos, adotando estratégias de controle sanitário.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as propriedades que contam com feno e silagem apresentam melhor produtividade e qualidade do leite.

Na de Caxias do Sul, a queda de temperatura favoreceu o conforto térmico e o bem-estar dos animais. A sanidade dos rebanhos leiteiros permaneceu dentro da normalidade, e foi efetuado controle adequado de endo e ectoparasitas.

Na de Erechim, o estado nutricional das vacas é considerado satisfatório. Em razão da diminuição das temperaturas, a tendência é de maior consumo voluntário de alimento pelos animais. Há aumento na suplementação com silagens de verão e inverno, pré-secados e fenos, principalmente em rebanhos mantidos a pasto.

Na de Frederico Westphalen, as chuvas e as temperaturas mais amenas proporcionaram conforto térmico para os rebanhos.

Na de Ijuí, o tempo seco tem contribuído para melhores condições de higiene dos animais e das instalações, resultando em melhoria na qualidade do leite.

Na de Passo Fundo, a menor disponibilidade de volumosos exige maior atenção ao manejo nutricional dos rebanhos, sendo necessários ajustes nas dietas das vacas em lactação, com alimentos conservados e concentrados. No entanto, tais ajustes nem sempre são suficientes para evitar a redução da produção de leite neste período de transição forrageira.

Na de Pelotas, para suprir a alimentação dos rebanhos, os produtores têm recorrido ao uso de silagem, ração e pastagens perenes irrigadas. A produção de leite apresentou queda na maioria das localidades, embora em São Lourenço do Sul tenha sido registrada leve elevação, atribuída à melhora nas condições climáticas e no bem-estar animal.

Na de Porto Alegre, a comercialização de terneiros e vacas de descarte vem ocorrendo sem dificuldades. Contudo, o principal desafio tem sido a engorda dessas vacas para posterior colocação no mercado.
As informações são da Emater editadas pelo Sindilat


Agilidade para o SIF: governo lança novo sistema de registro de produtos de origem animal
Com plataforma digital, Mapa acelera registro do SIF, facilita abertura de empresas e amplia segurança na produção animal. Saiba mais!
Nesta terça-feira (29), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou um novo serviço eletrônico para registro de estabelecimentos que produzem alimentos de origem animal. A novidade automatiza a obtenção do Serviço de Inspeção Federal (SIF), permitindo que empresas do setor tenham acesso mais rápido à certificação obrigatória tanto para o mercado interno quanto para exportações.
“O SIF simplificado é mais uma ferramenta que estamos implementando no Mapa para trazer mais agilidade, transparência e eficiência ao setor. Isso também fortalece a segurança alimentar e amplia a competitividade do Brasil no mercado internacional”, destacou o ministro Carlos Fávaro.
SIF pode ser emitido em minutos, com mais integração e menos burocracia
Com o novo sistema digital, empresas como abatedouros, fábricas de embutidos e laticínios poderão obter o número do SIF em poucos minutos, nos casos de registro simplificado. Antes, o mesmo processo poderia levar até cinco dias. “O cidadão que deseja abrir um pequeno abatedouro, uma fábrica de embutidos ou um laticínio agora pode contar com um processo totalmente digital. Dependendo do risco da atividade, o número do SIF pode ser gerado em poucos minutos. E, nos casos que exigem análise técnica, também feita de forma digital, a equipe do Mapa garante agilidade no atendimento, facilitando a abertura”, explicou Fávaro.
O novo sistema também permite maior integração com bancos de dados do governo, o que evita a repetição de informações e reduz o retrabalho, otimizando o processo para o usuário.
O acesso ao serviço será feito pelo portal gov.br, com navegação mais simples e intuitiva. A ferramenta também traz avanços importantes em rastreabilidade e auditoria dos estabelecimentos registrados, aumentando a confiança e a segurança do processo.
“Estamos eliminando entraves burocráticos e oferecendo um serviço mais eficiente para os produtores”, reforçou Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária. Já o subsecretário de Tecnologia da Informação, Camilo Mussi, ressaltou a mudança no tempo de resposta: “Hoje, depois de fazer o processo no sistema, o SIF é gerado automaticamente, com a possibilidade de emitir segunda ou terceira via, se necessário. Caso queira transferir o SIF para outra pessoa, isso também será possível. Ficamos felizes em realizar uma entrega que traz mudanças para a sociedade”.
As informações são do Mapa, adaptadas pela equipe MilkPoint

Secretaria da Agricultura prorroga edital do Programa de Irrigação até julho
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) prorrogou até o dia 29 de julho o edital do Programa de Irrigação para o recebimento de projetos. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (29/4). O programa prevê apoio financeiro direto ao produtor de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil por beneficiário.
A prorrogação do edital se deve à continuidade da política pública, que vem apresentando resultados positivos para o aumento da área irrigada no Rio Grande do Sul. Com a criação da Subsecretaria da Irrigação na Seapi, estão sendo discutidas algumas melhorias de processos que podem ser aperfeiçoadas.
De acordo com o subsecretário de Irrigação da Seapi, Paulo Salerno, “este é um projeto estratégico do governo do Estado e que todos os esforços estão sendo destinados para a busca de melhores resultados. A irrigação é hoje essencial para a garantia de produtividade do agro”.
O protocolo dos novos projetos deve ser feito até o dia 29 de julho para a sua tramitação interna. O prazo máximo para a celebração do Termo de Subvenção de Outorga será 29 de outubro.
Até o momento, já foram recebidos 873 projetos que totalizam um investimento de R$ 258 milhões feito pelos produtores. Por sua vez, o governo do Estado participa com cerca de R$ 32 milhões previstos em subvenção econômica como incentivo à irrigação e reservação de água. Os projetos seguem tramitando, alguns na fase de implementação. Atualmente, 139 produtores já receberam os valores das subvenções.
Os sistemas mais implantados têm sido por pivôs (em 40% dos projetos) e por aspersão convencional (com 38%), vindo a seguir a irrigação localizada (gotejamento), com 16%, e o autopropelido (carretel), com 6%. As culturas mais irrigadas têm sido o milho, a soja, as pastagens para pecuária de leite e corte, as frutícolas e as olerícolas.
Sobre o Programa
O governo do Estado, por meio da Seapi, lançou o Programa de Irrigação que prevê um apoio financeiro de 20% do valor do projeto, pagos direto ao produtor rural, limitado a R$ 100 mil por pessoa. Em quatro anos, espera-se aumentar a área irrigada em 100 mil hectares, um incremento de 33% das principais culturas de sequeiro, como milho e soja.
A meta é mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, aumentar a reservação de água e a irrigação (elevando a produtividade das culturas) e se aproximar da autossuficiência de grãos, principalmente do milho.
O Estado pagará a subvenção ao produtor rural em parcela única, após a execução do projeto e a apresentação de laudos de conclusão e dos demais documentos comprobatórios exigidos no edital.
O programa é destinado a todos os produtores rurais (pessoas físicas) e busca apoiar projetos de implantação ou ampliação de sistemas de irrigação (por aspersão, localizada ou por sulcos); e construção, adequação ou ampliação de reservatórios de água para fins de irrigação.
Os projetos podem ser financiados por instituições bancárias ou bancados com recursos próprios.
As informações são da SEAPI RS


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 18/2025

Nos últimos seis dias, o Rio Grande do Sul foi marcado por chuvas de baixa intensidade, com algumas áreas apresentando ausência total de precipitação.  A queda de temperatura favoreceu o conforto térmico e o bem-estar dos bovinos de leite. Nas áreas mais afetadas pela estiagem, a situação permanece segue complexa pois ocorreram perdas nas lavouras de milho para silagem e degradação dos campos nativos utilizados na alimentação dos rebanhos. A sanidade dos rebanhos permaneceu dentro da normalidade, e foi efetuado controle adequado de endo e ectoparasitas. A previsão para os próximos dias indica chuvas irregulares e de baixo volume em algumas áreas do Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (02/05), uma baixa pressão no oeste do estado, juntamente com um sistema frontal deslocado sobre o oceano, poderá provocar chuvas isoladas de curta duração, especialmente na Fronteira Oeste e nas Missões. No sábado (03/05), as chuvas devem se concentrar nas áreas da Serra e no Litoral Norte. Durante esse período, as temperaturas poderão apresentar uma leve elevação, com a característica amplitude térmica diária.No domingo (04/05) e na segunda-feira (05/05), espera-se tempo firme e seco, com um aumento nas temperaturas devido à atuação dos jatos de baixos níveis, que transportam calor e umidade do norte do país em direção ao sul. Esse padrão, aliado a uma baixa pressão no oceano e às condições favoráveis em altos níveis atmosféricos, poderá resultar em chuvas volumosas entre terça-feira (06/05) e quarta-feira (07/05). Inicialmente, as precipitações devem ocorrer nas áreas do oeste do estado, com a previsão de se estender para as demais regiões do Rio Grande do Sul ao longo dos dias. O prognóstico para os próximos dias indica a possibilidade de chuvas concentradas principalmente entre o centro e o norte do estado, com volumes que podem ultrapassar os 50 mm em algumas localidades. Já nas regiões da metade sul e nordeste, os acumulados previstos são significativamente menores, variando entre 1 mm e 20 mm ao longo do período. (Boletim agrometeorológico)


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.382


CEPEA: preço do leite avança pelo 3º mês, mas ritmo perde força

Leite tem terceira alta seguida, mas valorização perde força com demanda fraca e mercado pressionado.

O preço do leite captado em março registrou alta de 1,3%, alcançando R$ 2,8241 por litro na “Média Brasil”, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Em valores reais, já descontada a inflação medida pelo IPCA de março, o valor é 15% superior ao observado no mesmo mês de 2024. Essa é a terceira alta mensal consecutiva, impulsionada pela maior disputa entre as indústrias pela matéria-prima. No entanto, o ritmo de valorização começa a perder força.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de março/2025).

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

A principal razão para a desaceleração dos preços no campo é a demanda enfraquecida no varejo impactadas pela menor procura do consumidor final.

Por outro lado, a oferta, no campo, não deu sinais de retração significativa com a aproximação da entressafra, a oferta de leite no campo se manteve praticamente estável. O ICAP-L caiu apenas 0,2%, segundo o Cepea. 

Em várias bacias leiteiras, o volume captado entre março e abril superou os anos anteriores, impulsionado pelo clima favorável, boa qualidade da silagem e margens mais atrativas, o que estimulou investimentos mesmo em um cenário com custos de alimentação ainda altos.

Com uma oferta firme mesmo na entressafra, o consumo ainda enfraquecido e a margem da indústria apertada, o setor já projeta um comportamento atípico nos preços pagos ao produtor no segundo trimestre, com possibilidade de queda.

As informações são do CEPEA, adaptadas pela equipe MilkPoint


Coasa e CCGL apresentam resultados da produção leiteira de 2024

De acordo com os dados do Departamento de Produção Animal da Coasa, no ano passado foram produzidos 16.670.436 litros de leite.

A Coasa e a CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda), organizações parceiras, divulgaram os dados consolidados da produção de leite referente ao ano de 2024, durante encontro com produtores.

Os eventos aconteceram nesta semana: em Água Santa, no dia 22, e em Ibiraiaras, no dia 23. Na apresentação foram abordados os indicadores de produção, qualidade do leite, programas técnicos, investimentos e projeções para 2025.

De acordo com os dados do Departamento de Produção Animal da Coasa, no ano passado foram produzidos 16.670.436 litros de leite. O percentual médio de gordura em 2024 foi de 3,78% e o de proteína de 3,32%, mantendo a tendência de crescimento registrada desde 2017.

Assim, a distribuição de resultados totalizou R$918.843,19, referente a R$0,0596 por litro de leite entregue em 2024. Adicionalmente, R$369.752,19 foram repassados a produtores que entregam leite para a CCGL e que adquiriram ração através da Coasa.

Significa que, juntas, as cooperativas repassaram aos produtores R$1.288.595,38. O vice-presidente da Coasa, Roberto José Felini, ressaltou que os eventos de repasse dos resultados do leite cumprem papel simbólico.

Conforme Ivane Martini, que coordena o setor, o objetivo dos eventos foi prestigiar o trabalho dos produtores através do retorno à CCGL/Coasa e também demonstrar o trabalho que a cooperativa faz no âmbito técnico, promovendo a qualidade do leite.

“No sentido de valorizar o trabalho desses produtores com um valor, que é significativo em relação à produção entregue para a cooperativa, para que agora eles possam também estar direcionando esses recursos para novos investimentos em suas propriedades”, justifica ela.

Idroaldo Darli, produtor de Água Santa, destacou que os valores repassados representam um incentivo. “A gente, enquanto produtor, só tem que agradecer pelo que recebemos durante todo o ano, na compra da ração, nos testes de tuberculose e, agora, uma vez por ano, nos bônus pelo leite entregue.

É um incentivo para continuar na atividade e incrementar cada vez mais a produção”, relatou. Pensamento semelhante tem o produtor André Brandalise, de São Jorge:

“Vai ser um dinheiro muito bem aproveitado, nesse momento fazendo a correção do solo em algumas áreas aqui da propriedade e pensando na melhoria das instalações também”, contou. (Edairy)

Iogurte diário pode ser chave para a longevidade

Pesquisas apontam o iogurte como aliado da longevidade e da saúde intestinal. Veja por que incluir esse alimento no seu dia a dia!

Os supercentenários — pessoas com 110 anos ou mais — despertam grande curiosidade sobre os segredos da longevidade. Um exemplo recente é o de Maria Branyas Morera, da Espanha, considerada a pessoa mais velha do mundo entre 2023 e 2024. Ela faleceu aos 117 anos, e um possível fator-chave para sua longevidade pode ter sido o consumo diário de iogurte.

De acordo com o The Guardian, um estudo investigou o que poderia ter favorecido a saúde de Branyas. Os pesquisadores descobriram que, nas últimas décadas de vida, ela consumia três porções de iogurte por dia. A análise do microbioma intestinal da supercentenária revelou uma presença elevada de bifidobactéria, um tipo de bactéria benéfica associada à saúde digestiva e ao envelhecimento saudável.

Os cientistas observaram ainda que Branyas possuía um “microbioma que confere maior probabilidade de uma vida longa e saudável”, apontando o consumo regular de iogurte como possível influenciador desse perfil intestinal único.

O iogurte contém bactérias vivas, em especial os lactobacilos, afirma o microbiologista Claus Christophersen, da Universidade Edith Cowan, em Perth. Essa é uma das bactérias responsáveis por transformar o leite em iogurte durante a fermentação, ao consumir os carboidratos do leite e produzir ácido lático, que faz as proteínas do leite coagular.

Os lactobacilos são bactérias benéficas importantes para a saúde intestinal, embora costumem estar presentes em níveis relativamente baixos no organismo. Quando há maior concentração desses microrganismos, o pH intestinal tende a cair, o que dificulta a proliferação de patógenos e favorece o crescimento de bactérias benéficas. Além disso, os lactobacilos parecem reforçar o sistema imunológico, contribuindo para uma resposta mais eficiente do corpo.

Estudos também indicam que as bactérias benéficas produzem substâncias antimicrobianas, que inibem o crescimento de microrganismos nocivos no intestino.

Mas atenção: nem todo iogurte é eficaz nesse sentido. “É iogurte com microrganismos vivos, e não aqueles de sachê com reguladores de acidez, conservantes, corantes e aromatizantes”, destaca a nutricionista Clare Collins, da Universidade de Newcastle.

Hábitos saudáveis ajudaram a viver mais

Além de consumir iogurte regularmente, a supercentenária Maria Branyas Morera mantinha hábitos alimentares considerados benéficos para a saúde intestinal e a longevidade. Segundo o gastroenterologista Emad El-Omar, diretor do Microbiome Research Centre da Universidade de New South Wales, na Austrália, uma alimentação equilibrada “é provavelmente a mais saudável em termos de composição e de como ela alimenta o microbioma”.

Branyas tinha uma rotina alimentar rica em vegetais, frutas, grãos integrais, legumes, nozes e sementes, com consumo reduzido de alimentos ultraprocessados, carne vermelha, açúcar adicionado e farinhas refinadas. De acordo com El-Omar, “se você tem uma alimentação e um estilo de vida saudáveis, isso se reflete na composição e no funcionamento do seu microbioma, que então passa a trabalhar a seu favor”.

Além da alimentação balanceada, Branyas não fumava, não consumia álcool, se exercitava regularmente e mantinha fortes laços sociais com amigos e familiares — todos hábitos associados à longevidade saudável.

Outro fator importante era sua genética privilegiada: um estudo revelou que as células de Branyas funcionavam como se tivessem 17 anos a menos do que sua idade cronológica, o que pode ter contribuído significativamente para sua saúde e longevidade.

As informações são da Época Negócios, adaptadas pela equipe MilkPoint


Jogo Rápido

Piracanjuba ProCampo lança campanha com foco no produtor rural
O Piracanjuba ProCampo, programa de relacionamento com produtores de leite da Piracanjuba, lança a campanha Ser Pró é Ser ProCampo, criada pela agência MEMO. A ação utiliza estratégia de comunicação integrada, incluindo parceria com influenciadores do setor, para evidenciar o protagonismo do produtor rural e as iniciativas da marca em favor da produtividade, qualidade e conexões positivas dentro e fora do campo. Mais do que uma frente técnica, o ProCampo é uma iniciativa de apoio ao desenvolvimento dos produtores parceiros da Piracanjuba, que promove capacitação, troca de conhecimento e valorização de quem está na base da cadeia produtiva. A proposta é clara: estimular um crescimento sustentável, com foco em qualidade, produtividade e bem-estar animal. Alguns influenciadores, entre eles Camila Lima (834 mil) e Ricardo Arantes (74,9 mil), vão contribuir na disseminação de informações para ampliar o alcance do programa e torná-lo mais próximo do dia a dia dos produtores. “O campo é protagonista do que levamos para a mesa do consumidor. Essa campanha nasce para reforçar que quem produz também precisa ser valorizado e a comunicação tem um papel decisivo nesse processo”, afirma a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. (Terra Viva)


 
 
 

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Porto Alegre, 29 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.381


Conseleite/RS: Leite é projetado em R$ 2,5230 no RS

O valor do leite projetado para o mês de abril no Rio Grande do Sul bateu a marca de R$ 2,5230. A projeção foi divulgada nesta terça-feira (29/04) durante reunião do Conseleite realizada em Passo Fundo (RS). O estudo leva em consideração os primeiros 20 dias do mês e representa alta de 0,06% em relação ao projeto de março (R$ 2,5214). O coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, frisou que os preços refletem um “patamar adequado para remuneração dos produtores”.

Segundo o Conseleite, o valor consolidado de março fechou em R$ 2,5164, 0,77% acima dos 2,4972 praticados em fevereiro. “O setor lácteo precisa investir na qualidade de nossos rebanhos e em sistemas produtivos que otimizem custos e aumentem a competitividade de nosso produto”, salientou o dirigente, reforçando a importância da adoção de políticas públicas de estímulo ao setor. Ele citou a liberação de recursos represados do Fundoleite que permita o reinvestimento em melhorias de rebanhos e da própria produção gaúcha. “São recursos do setor que precisam voltar ao setor conforme prevê a lei. É um apoio que será revertido em favor da produção leiteira e da própria economia gaúcha, que deve ser favorecida com um novo potencial de enfrentamento no mercado nacional e internacional".

As informações são do Sindilat RS


Conseleite/PR: projeta valor de referência do leite 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de abril de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Março de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Abril de 2025 é de R$ 4,4107/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.


Conseleite/MG divulga projeção dos valores do leite entregue em abril/25

Conseleite/MG divulga os valores de referência para o leite entregue em abril, com pagamento previsto para maio de 2025. Veja as variações!

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Abril de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2025 a ser pago em Março/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2025 a ser pago em Abril/2025

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025


Períodos de apuração:
Mês de Fevereiro/2025: De 01/02/2025 a 28/02/2025
Mês de Março/2025: De 01/03/2025 a 31/03/2025
Parcial de Abril/2025: De 01/04/2025 a 20/04/2025

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite MG via Milkpoint)


Jogo Rápido

Empresas associadas ao Sindilat/RS são indicadas no prêmio Top Of Mind 2025
No prêmio Top Of Mind 2025, empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) foram indicadas em três categorias, sendo as mais lembradas entre as produtoras de queijo, leite e doce de leite. Nesta edição, as empresas Santa Clara e Président (Lactalis) foram agraciados na categoria queijos; Piá, Elegê, Santa Clara e Italac, na categoria leites; e a Piá foi premiada na categoria Doce de Leite. O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, comemorou as indicações, reforçando a relevância da premiação para as marcas gaúchas. “É sempre bom que as empresas associadas ao Sindilat/RS sejam indicadas em uma premiação tão importante no nosso estado. Isso mostra a valorização por parte do consumidor e o produto de qualidade que vem sendo entregue à população”. O Top of Mind é realizado pelo Grupo AMANHÃ, e está consolidado entre as principais pesquisas de lembrança do Rio Grande do Sul. A cerimônia de premiação foi realizada na noite desta segunda-feira (28/04) e contou com transmissão ao vivo no YouTube, disponível no youtube clicando aqui. (SINDILAT) 


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.380


Associados do Sindilat têm condição especial para participar do MilkPro Summit 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão acesso a condições exclusivas para participar do MilkPro Summit 2025, um dos principais eventos do setor lácteo, que acontece nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP).

Em parceria com a organização do evento, o Sindilat disponibiliza uma oferta especial que inclui ingresso e hospedagem no Bourbon Resort, local onde o summit será realizado, pelo valor de R$ 3.000,00 — valor válido para a noite de 15 para 16 de maio. O benefício é fruto de uma ação promovida entre o Sindilat e parceiros institucionais e é limitado a um número restrito de unidades.

Para acessar a vantagem, os associados devem acessar o link: 

O MilkPro Summit 2025 reunirá produtores, especialistas e investidores para discutir as tendências e inovações que estão moldando o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo. A programação será dividida em seis painéis temáticos que abordarão temas como:

● Tendências globais de produção e consumo de leite
● Inovação, digitalização e inteligência artificial na pecuária leiteira
● Estratégias de negócios e liderança
● Comunicação com o consumidor
● Visão de mercado de produtores globais
Além dos debates, o evento prevê espaços para networking e troca de experiências entre os participantes. 
 
As informações são do Sindilat e do Milkpoint

Previsão de crescimento para a cadeia leiteira argentina em 2025

Alta rentabilidade e clima favorável impulsionam otimismo entre produtores de leite da Argentina. Saiba mais aqui!

Com o consumo interno em alta, exportações ativas e uma relação insumo-produto favorável, o setor leiteiro argentino se reaquece e é possível esperar um bom ano.
“Em 2023, com um litro de leite comprávamos um quilo de milho, enquanto agora, com um litro de leite, compramos dois quilos de milho — uma relação mais do que favorável para a nossa atividade”, destacou o consultor Marcos Snyder.

Ele também pontuou que “o preço do leite está começando a ajustar para cima, porque o consumo interno está se recuperando lentamente e, além disso, as exportações também estão reagindo, já que a China, um dos nossos principais compradores externos, deixou para trás a tendência depressiva dos preços e, inclusive, aumentou os embarques em 12% em relação ao ano passado.”

Outro ponto relevante destacado por Snyder em sua análise é que “hoje já não há acordos de preços, não há preços controlados: não existe mais aquela ligação telefônica de um funcionário pressionando as listas dos comércios, o que acabava prejudicando seriamente a produção primária.” Diante disso, ele prevê um futuro promissor para a cadeia leiteira.

Produção em alta
O ano de 2025, sem dúvida, traz consigo uma projeção otimista para a produção leiteira argentina. De fato, segundo o relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), espera-se um aumento na produção de 5,7%, o que representa 605 milhões de litros adicionais ao longo deste ano.

Caso essa previsão se confirme, a produção total alcançaria 11,2 bilhões de litros — um incremento expressivo.

Quais fatores estão impulsionando essa evolução?
Para Daniel Villulla, produtor e dirigente da Câmara de Produtores de Leite do Centro-Oeste de Buenos Aires (Caprolecoba), “as condições climáticas melhoraram, com chuvas que favoreceram a produtividade das fazendas leiteiras”, além de concordar com Snyder ao afirmar que “também contribuíram a sustentação da demanda interna e a recuperação das exportações”.

Alem disso nos últimos meses, os preços relativos do leite argentino têm se mantido favoráveis, impulsionados também pela estabilidade nos preços do milho e da soja — principais ingredientes da alimentação animal —, o que tem garantido uma excelente rentabilidade para os produtores.

Atualmente, a indústria está pagando, em média, 445 pesos (aproximadamente US$ 0,51) mais IVA por litro, valor que varia de acordo com a qualidade do leite. “Sem dúvida, o preço que o produtor está recebendo proporciona boas margens — ainda mais para fazendas como a nossa, cujo rebanho é da raça Jersey, que produz leite com alto teor de sólidos, o que garante um adicional no pagamento”, explica Milano, que administra com sua família um uma fazenda modelo em Pergamino.

“Estamos alcançando 25 a 26 litros de leite por vaca por dia, com alto teor de gordura e proteína, o que nos permite receber até 500 pesos (cerca de US$ 0,57) por litro mais IVA — ou até mais.”

Mantendo-se esses parâmetros, o que é bastante provável, Milano também concorda em prever que “2025 será um bom ano para o setor leiteiro — ainda mais considerando as melhores condições climáticas observadas desde as chuvas de fevereiro, que nos garantem um excelente inverno para a produção de alfafa e outras pastagens.”

As informações são do La Opinion Online, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

MILHO CEPEA: Preços voltam a cair; produção deve crescer em 2025

Depois de atingirem a casa dos R$90/saca de 60 kg em meados de março, os preços do milho voltaram a cair na primeira quinzena de abril. A pressão veio sobretudo da demanda enfraquecida. Consumidores, abastecidos e atentos à colheita da primeira safra, se afastaram das aquisições, à espera de novas desvalorizações. Já os vendedores estiveram mais ativos no mercado spot, tentando negociar novos lotes, temendo que o ritmo das quedas nos preços se intensificasse.

De 31 de março a 15 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 3,4% indo para R$84,71/saca de 60 kg no dia 15. A média mensal (parcial até dia 15) ficou 4,3% inferior à de março. Estimativas da Conab apontando aumento de 8% na produção brasileira de milho na safra 2024/25 frente à anterior também influenciaram as baixas nos valores do cereal.

Quanto aos trabalhos de campo, a colheita da safra verão chegou a 65,5% da área nacional até o dia 14 de abril, enquanto a semeadura da segunda safra foi finalizada no início do mês, com as lavouras em boas condições, segundo a Conab.

                                         

As informações são do CEPEA


Jogo Rápido

Prosa Rural - Silagem de inverno para aumentar a produção de leite
A alimentação do rebanho representa o principal custo na produção leiteira. Na Região Sul, o produtor está acostumado a utilizar silagem de milho como base para alimentar os animais. Porém, a oferta de milho é cada vez mais escassa na região, em função das estiagens e da alta valorização da soja no verão. Contudo, no inverno grande parte das áreas produtivas ainda ficam ociosas. Utilizar os cereais de inverno nestas áreas e guardar parte do pasto em forma de silagem é fonte garantida de proteínas ao rebanho. A Embrapa já disponibilizou 15 cultivares forrageiras de inverno, com resultados de pesquisa que mostram que com apropriado manejo em pastagens é possível atingir 20 litros de leite por dia. Saiba como aproveitar os cereais de inverno na produção de silagem ouvindo o Prosa Rural. Confira o Podcast Prosa Rural com este e outros temas de seu interesse no Spotify, e também no YouTube! Ouça clicando aqui. (Embrapa)


 
 
 

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão acesso a condições exclusivas para participar do MilkPro Summit 2025, um dos principais eventos do setor lácteo, que acontece nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP).

Em parceria com a organização do evento, o Sindilat disponibiliza uma oferta especial que inclui ingresso e hospedagem no Bourbon Resort, local onde o summit será realizado, pelo valor de R$ 3.000,00 — valor válido para a noite de 15 para 16 de maio. O benefício é fruto de uma ação promovida entre o Sindilat e parceiros institucionais e é limitado a um número restrito de unidades.

Para acessar a vantagem, os associados devem acessar o link: 

https://register.jalanlive.com/milkprosummit25?ticket=RCes

O MilkPro Summit 2025 reunirá produtores, especialistas e investidores para discutir as tendências e inovações que estão moldando o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo. A programação será dividida em seis painéis temáticos que abordarão temas como:

  • Tendências globais de produção e consumo de leite
  • Inovação, digitalização e inteligência artificial na pecuária leiteira
  • Estratégias de negócios e liderança
  • Comunicação com o consumidor
  • Visão de mercado de produtores globais

Além dos debates, o evento prevê espaços para networking e troca de experiências entre os participantes. 

As informações são do Sindilat e do Milkpoint

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.379


Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Abril de 2025 atendendo os  dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Março de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1864 de 24 de abril de 2025 - BOVINOCULTURA DE LEITE

Considerando a fase final das pastagens cultivadas, caracterizada por maior teor de matéria seca e menor concentração protéica, os animais mantêm escore corporal satisfatório devido à suplementação com ração concentrada. São realizadas práticas de monitoramento e controle sanitário, com ênfase no manejo de carrapatos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite segue em declínio em decorrência do vazio forrageiro de outono. Em propriedades com forrageiras anuais de verão implantadas em fevereiro e pastagens perenes, ainda há alguma produção, mesmo diante da diminuição do fotoperíodo e das temperaturas. 

Na de Caxias do Sul, a qualidade do leite, tanto para contagem de células somáticas quanto para contagem padrão em placas, permanece dentro dos limites legais.

Na de Erechim, ocorrem nascimentos de bezerras e vacas em pré-parto, buscando coincidir o pico de lactação futura com o período de maior oferta de pastagens de inverno, que apresentam melhor qualidade bromatológica e contribuem para a redução dos custos de produção. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite diminuiu em função da antecipação do vazio forrageiro e do impacto das altas temperaturas. 

Na de Ijuí, registra-se leve aumento na produção de leite em relação à semana anterior, atribuído às temperaturas amenas, que favorecem a produtividade de animais confinados.

Na de Passo Fundo, persiste a incidência de carrapatos e mosca do berne, exigindo controle em pontos estratégicos, mesmo com a diminuição das temperaturas, principalmente à noite. Houve registro de carbúnculo sintomático em uma propriedade. 

Na de Pelotas, destaca-se a preocupação em relação à alta infestação de ectoparasitas, como moscas e carrapatos, sendo indicados tratamentos preventivos para evitar enfermidades, como tristeza parasitária. 

Na de Porto Alegre, são adquiridos insumos para implantação das pastagens de inverno e para o manejo sanitário voltado especialmente ao controle de carrapatos. 

Na de Santa Rosa, as vacas têm consumido menos pastagem e aumentado a ingestão de ração e de alimentos conservados, elevando o custo de produção. A produtividade permanece em queda e abaixo da média. 

Na de Soledade, embora o crescimento das pastagens perenes esteja reduzido, a oferta de forragem ao rebanho bovino segue satisfatória.

As informações são da Emater/RS adaptadas pelo Sindilat RS

SEAPI/RS: Boletim Integrado Agrometeorológico 17/2025 

Nos últimos sete dias, o estado do Rio Grande do Sul apresentou variações significativas de temperatura, mas sem registros de volumes expressivos de precipitação.

A colheita de milho silagem avançou significativamente, beneficiada pelo tempo seco, que otimizou a operação e ajustou para níveis ideais (entre 30% e 35%) o teor de umidade da matéria verde destinada à ensilagem. Esse índice é essencial para a fermentação homogênea e preservação nutricional. 

Além disso, a secagem acelerada reduziu riscos de atividade microbiana indesejada e perdas por fermentação secundária, reforçando a qualidade do silo. Estima-se que 88% da área foi colhida; 4% estão em início de maturação fisiológica, e 8% em enchimento de grãos. 

As pastagens de aveia apresentam bom estabelecimento. As espécies de verão entram em declínio, sendo gradualmente substituídas. As pastagens perenes e o campo nativo ainda asseguram oferta de forragem. Em razão da diminuição das chuvas, intensificam-se as práticas de conservação, como fenação e produção de pré-secado, e aumenta a demanda por sementes de forrageiras de inverno.

Considerando a fase final das pastagens cultivadas, caracterizada por maior teor de matéria seca e menor concentração proteica, os bovinos de leite mantêm escore corporal satisfatório devido à suplementação com ração concentrada. São realizadas práticas de monitoramento e controle sanitário, com ênfase no manejo de carrapatos.

Chuvas irregulares no Estado é a previsão do tempo para os próximos dias

A previsão para os próximos dias indica a ocorrência de chuvas irregulares em grande parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 17/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Sexta-feira (25/4) e sábado (26/4): o tempo permanecerá estável, sem previsão de chuvas significativas, e com temperaturas amenas.

Domingo (27/4): a passagem de uma frente fria pelo oceano deverá alterar as condições do tempo em boa parte do estado. Há previsão de chuvas mais uniformes nas regiões Norte, Alto Uruguai, Missões, Campos de Cima da Serra, Serra, Litoral Norte e Metropolitana. Nas demais regiões, a expectativa é de chuva fraca e isolada.

Segunda-feira (28/4): a frente fria ainda influencia o tempo, mantendo a condição de instabilidade em algumas regiões. A atuação de uma massa de ar frio a partir deste dia deverá provocar queda nas temperaturas, especialmente nas regiões de Campos de Cima da Serra, Serra, Campanha e Fronteira Oeste, onde os termômetros podem marcar valores inferiores a 5°C entre a segunda e terça-feira (28 e 29/4).

Terça-feira (29/4): não há previsão de chuvas significativas no estado.

Quarta-feira (30/4): a massa de ar frio começa a perder intensidade, favorecendo a elevação das temperaturas em todas as regiões do Rio Grande do Sul.

O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas reduzidas em todo o estado. De modo geral, os acumulados devem variar entre 2 mm e 20 mm. Nas regiões Norte, Alto Uruguai, Missões, Campos de Cima da Serra e Litoral Norte, os volumes poderão ser um pouco maiores, variando entre 10 mm e 20 mm, com possibilidade de ultrapassar esses valores, especialmente nas regiões do Alto Uruguai e Norte.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


Jogo Rápido

Porto Alegre recebe Diálogos da Estratégia Brasil 2050 e reforça união entre planejamento e reconstrução climática
O seminário Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050, realizado nesta quinta-feira (24/04) no auditório do Ministério Público Estadual, em Porto Alegre, reuniu autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil para debater os rumos do desenvolvimento nacional nas próximas décadas. Promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, por meio da Secretaria Nacional de Planejamento (Seplan), o evento marcou a oitava etapa da iniciativa e teve como foco a construção participativa de diretrizes para um Brasil mais justo, sustentável e resiliente. A secretária nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis, destacou a importância de enfrentar as emergências climáticas com planejamento de longo prazo. “A Estratégia Brasil 2050 é um pacto coletivo por um país melhor, com justiça social e sustentabilidade”, afirmou. Durante o encontro, foram apresentadas iniciativas como o Plano Rio Grande e debatidas ações integradas entre governos, setor produtivo e sociedade. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou o seminário e ressaltou a importância da participação do setor leiteiro nas discussões sobre o futuro do país. (Ministério do Planejamento e Orçamento adaptado pelo Sindilat RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 24 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.378


O processamento de soro do leite é crucial para o futuro da indústria de queijos

Inovações como a tecnologia de processamento de soro de leite desempenham um papel importante em manter a indústria de queijos ativa.

De acordo com números publicados pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra) no ano passado, a renda caiu em quase todos os tipos de fazendas na Inglaterra em 2024 – o que resultou em margens de lucro cada vez mais apertadas. Posteriormente, os preços do leite na fazenda – o valor de mercado menos o custo de venda – aumentaram, com essa tendência definida para continuar.

Em meio a esses desafios, os produtores de queijo tiveram que encontrar maneiras inovadoras de ganhar dinheiro, além da coalhada. É aí que entra o soro, que era originalmente um subproduto da produção de queijo – ele se tornou um produto importante por si só.

Ao reduzir as emissões de carbono, o uso de água e os custos, o processamento do soro pode desempenhar um papel fundamental para permitir que os produtores de queijo britânicos naveguem por essas pressões nos próximos meses e anos.

A maioria dos tipos de queijo requer dez quilos de leite para produzir um quilo de queijo, deixando os produtores com aproximadamente nove quilos de soro. Anteriormente, ele era considerado um subproduto desnecessário, o que o levava a ser comumente deixado como resíduo ou usado como ração animal. No entanto, esse não é mais o caso.

O soro de leite provou ser um fluxo de valor significativo e continua a crescer em lucratividade. Os produtores agora estão aprendendo sobre o potencial do soro de leite – não apenas como uma fonte adicional de renda para ajudar financeiramente produtores de queijo tradicionais e em larga escala – mas também como um meio de reduzir as emissões de carbono e o uso de água. Este é o resultado de uma compreensão mais completa do valor nutricional do soro de leite como fonte de lactose, proteína e minerais.

Nas últimas três décadas, empresas do setor de laticínios têm investido no desenvolvimento de novas tecnologias e inovações, que processam o soro de leite de forma eficaz, permitindo que ele seja utilizado de inúmeras maneiras. Essas novas tecnologias permitem abordagens que vão desde filtragem e centrifugação até secagem por pulverização. Isso significa que agora é possível criar uma variedade de pós derivados do soro de leite, que podem ser usados não apenas em suplementos, mas também como estabilizadores.

O concentrado de proteína de soro de leite (WPC) oferece um exemplo importante, sendo um ingrediente de alto valor em produtos como alimentos para bebês, bebidas esportivas e suplementos nutricionais para idosos. A osmose reversa, um processo tornado possível com essas inovações, remove com sucesso a água do soro. Esse processo resolve um dos principais desafios que impedem a indústria de laticínios de aproveitar ao máximo esse subproduto: o alto teor de água do soro (94%).

Além disso, os produtores podem reutilizar as águas residuais separadas para aquecimento industrial, sistemas de resfriamento e processos de limpeza. A osmose reversa, portanto, reduz a necessidade de água doce nos processos de produção de queijo. Passar o soro por um processo de filtragem por membrana e remover o conteúdo de água antes do transporte também diminui o volume e o peso do produto a ser movido, reduzindo ainda mais as despesas e diminuindo as emissões de carbono.

Hoje, esse processo de osmose reversa está se tornando cada vez mais acessível a produtores menores e mais tradicionais, graças à tecnologia moderna. Isso permite que mais produtores de queijo explorem oportunidades existentes de lucro por meio do processamento de soro, ao mesmo tempo em que reforçam suas credenciais de sustentabilidade.

O processamento de soro está se tornando uma parte essencial dos negócios para produtores de queijo em toda a Europa e além. Além dos potenciais ganhos financeiros, os produtores de queijo britânicos também estão trabalhando em direção a metas de sustentabilidade cada vez mais ambiciosas . A utilização de processos e tecnologias que reduzem as emissões de CO2 e o uso de água pode desempenhar um papel útil no cumprimento dessas metas.

Os produtores de queijo do Reino Unido poderiam aumentar seus lucros investindo nessas tecnologias, ao mesmo tempo em que atraem uma nova geração de consumidores que geralmente compram com a sustentabilidade em mente.

Inovações como a tecnologia de processamento de soro de leite desempenharão um papel importante em manter a indústria de queijos à tona durante ventos contrários e momentos econômicos difíceis, garantindo que os apreciados queijos britânicos permaneçam firmes nas prateleiras do mercado e nas mesas da cozinha pelos próximos anos.

As informações são do Dairy Industries, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Sistema FIERGS saúda decisão do governo federal em ampliar prazo para empresas se adequarem a nova redação da NR-1

O Sistema FIERGS saúda a decisão do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) anunciada em reunião com entidades nesta quinta-feira (24) de dar um período de um ano para adaptação das empresas à nova redação da Norma Reguladora nº 1 (NR-1), que estabelece as diretrizes gerais para a segurança e saúde no trabalho no Brasil. A previsão era que atualização entrasse em vigor no dia 26 de maio. Eventuais autuações serão realizadas somente após o fim desse novo prazo. 

A FIERGS vinha alertando sobre as dúvidas e interpretações diversas na legislação, por parte de indústrias e sindicatos industriais, com trechos genéricos e pouco efetivos, o que dificulta a aplicação prática.

Coordenador do Conselho de Relações do Trabalho (Contrab) do Sistema FIERGS, Guilherme Scozziero participou da reunião com o ministro Luiz Marinho nesta manhã, em Brasília, e diz que o maior prazo é importante para o esclarecimento de dúvidas sobre a atualização do texto da NR-1.

“Fomos uma das quatro federações convocadas para a reunião, mostrando a força da FIERGS, e alertarmos o ministério sobre a sensibilidade dessa questão em razão da subjetividade presente na norma. As empresas querem cumprir a lei, mas não sabem como fazer isso. Por isso, o maior prazo é essencial para que se possa compreender as exigências e fazer a aplicação correta", destaca.

Segundo o ministro, a atualização da NR-1 será implementada de forma educativa e informativa a partir de 26 de maio deste ano, com enfoque na orientação às empresas, com a publicação de um guia. Um grupo de trabalho será formado para avaliar esse processo e esclarecer dúvidas.

O Sistema FIERGS fará eventos no interior do Estado para esclarecer e orientar sindicatos e indústrias sobre a nova norma.

As informações são da FIERGS

Movimento altista no campo deve perder força em março

A maior disputa entre indústrias de laticínios pela aquisição de leite cru impulsionou os valores pagos pela matéria-prima no primeiro bimestre de 2025. Segundo o dado mais recente do Cepea, o preço médio do leite captado em fevereiro foi de R$ 2,7734/litro (“Média Brasil”), aumentos de 3,3% em relação a janeiro e de 18,1% na comparação com fevereiro/24 (deflacionamento pelo IPCA de fevereiro). 

Para março, a expectativa é que as cotações continuem em alta, embora em menor intensidade, refletindo uma desaceleração no ritmo de valorização. O grande responsável pela freada no movimento altista no campo é a demanda enfraquecida na ponta final da cadeia. Pesquisas do Cepea realizadas com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostram que as negociações dos lácteos entre indústrias e canais de distribuição  em março foram prejudicadas pela retração da procura. 

O desempenho ruim nas vendas dos lácteos em março afetou negativamente as cotações do leite spot em abril: em Minas Gerais, a média chegou a R$3,11/litro, queda de 5,8% frente ao mês anterior.

Apesar da proximidade do período de entressafra com a mudança da estação (primeiramente no Sul e, depois, no Sudeste e Centro-Oeste), a oferta de leite cru dá sinais de se manter mais ou menos estável. Assim, agentes do mercado acreditam que a redução da disponibilidade nesta entressafra seja menor que a observada em anos anteriores. Em muitas bacias leiteiras, o volume captado entre março e abril supera o registrado em anos anteriores devido ao clima propício, qualidade de silagem e melhores margens de atividade, que se refletiram em investimentos. Apesar dos custos com alimentação seguirem em alta em março, as variações neste ano têm sido mais baixas que em anos anteriores. E, mesmo que o poder de compra do pecuarista frente ao milho (relação de troca) esteja diminuindo mês a mês, os resultados desse 1° bimestre ainda são melhores que os registrados nos últimos anos.

Com a oferta mais estável durante a entressafra, a dificuldade do consumo em acompanhar os reajustes do campo e a redução da rentabilidade industrial, agentes do setor projetam um possível comportamento atípico dos preços ao produtor no segundo trimestre, com chances de queda. Esse contexto, no entanto, tem aumentado as incertezas e alimentado especulações, tornando o mercado ainda mais imprevisível.

As importações elevadas reforçam a pressão sobre as cotações internas. Embora as compras tenham recuado 14,8% em março, o volume acumulado no primeiro trimestre ainda supera em 5,4% o registrado no mesmo período de 2024. Essa quantidade contínua significa e mantém a preocupação de agentes quanto à concorrência com os produtos importados e a capacidade da indústria em repassar altas no campo para o preço dos lácteos e assegurar rentabilidade.

As informações são do CEPEA


Jogo Rápido

China quer mais filhos: bom para o leite global?
A queda drástica da natalidade na China acendeu o alerta no governo e no setor privado. Em uma sociedade que envelhece rapidamente, as empresas procuram soluções criativas para reverter a tendência. Uma delas vem do setor lácteo, que enfrenta uma superoferta e queda de preços. A recuperação da natalidade poderia ser um respiro para esse mercado. Mas que impacto isso pode ter sobre o comércio global de laticínios? Incentivos privados: quando a empresa ajuda a formar famílias. A gigante chinesa de laticínios Feihe anunciou que irá oferecer apoio financeiro a funcionários que tenham filhos, como parte de uma política para estimular a natalidade. Feihe não está sozinha. Empresas como Trip.com e Dabeinong Technology Group oferecem bônus entre 10 mil e 100 mil yuans por filho. A taxa de natalidade na China caiu para 6,4 nascimentos por 1.000 habitantes em 2023, o nível mais baixo desde o início dos registros modernos. A baixa natalidade afeta diretamente a demanda por fórmulas infantis, um dos segmentos mais rentáveis do setor. Uma crise global de natalidade. Coreia do Sul, Japão, Itália e vários países da Europa do Leste enfrentam desafios semelhantes. A Coreia do Sul, por exemplo, registrou uma taxa de fertilidade de apenas 0,78 filhos por mulher em 2022 — a menor do mundo. Algumas empresas, como o Booyoung Group, oferecem até US$ 75 mil por filho a seus colaboradores. A crise de natalidade ameaça a sustentabilidade de mercados como o de laticínios, que dependem de consumidores jovens. A China é o maior importador mundial de produtos lácteos. Em 2023, comprou mais de 620 mil toneladas de leite em pó, segundo o USDA. Uma recuperação da natalidade poderia reaquecer essa demanda. Mas os desafios persistem: mudanças nos hábitos de consumo (com aumento das bebidas vegetais), regulamentações mais exigentes e a necessidade de certificações específicas tornam o acesso ao mercado chinês mais complexo. A política natalista impulsionada por empresas como Feihe pode representar uma mudança estrutural. Para o setor lácteo, isso pode significar um novo horizonte — desde que haja capacidade de adaptação e inovação. (EDAIRYNEWS)


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.377


Expansão: Sooro Renner inicia obras de complexo industrial em Beltrão

A empresa Sooro Renner iniciou a construção da sua nova unidade, em Francisco Beltrão. Máquinas e caminhões trabalham no nivelamento da área onde será edificada a planta industrial focada na produção de whey protein e lactose infantil formula grade.

Serão aportados cerca de R$ 650 milhões na obra e, após entrar em operação, a indústria vai gerar 250 empregos diretos e outros 1.200 indiretos. Segundo o prefeito Antônio Pedron, que acompanhou os trabalhos no terreno, este será o maior investimento privado da história de Beltrão.

“Teremos aqui uma indústria moderna e que vai atuar na transformação de um dos nossos principais produtos do meio rural, o leite. O impacto social e econômico será significativo em toda a região”, destacou. A vinda da Sooro Renner para Beltrão foi anunciada em janeiro pelo prefeito, que se dedicou pessoalmente na atração da empresa.

Um dos destaques do projeto é a produção de Lactose Infant Formula, um ingrediente essencial para fórmulas infantis que, até então, era importado pelo Brasil. Com a nova fábrica, a Sooro Renner atenderá à crescente demanda do mercado interno. Com a expansão da capacidade produtiva, a empresa pretende fornecer para os maiores fabricantes de alimentos do Brasil e da América Latina, além de ampliar as exportações para o Sudeste Asiático.

O investimento em Francisco Beltrão representa um novo passo para o desenvolvimento econômico do Sudoeste paranaense. A nova fábrica, com sua alta capacidade produtiva e tecnologia de ponta, trará benefícios significativos para a cidade, gerando empregos, impulsionando a cadeia produtiva do leite e consolidando Francisco Beltrão como um polo industrial de destaque no Paraná.  (Município de Francisco Beltrão)


Leite/América do Sul

Tendências positivas para produção de leite na América do Sul

O início de 2025 registrou uma notável alteração da produção de leite na América do Sul, como um todo. 

No ano passado, nesta época, os relatos eram mistos. Os produtores de leite da Argentina enfrentavam uma onda de muito calor e umidade, mas brasileiros e uruguaios possuíam condições eram adequadas. Este ano, todos os principais países produtores de leite da América do Sul, incluindo Chile e Colômbia, estão com tendências positivas para produção de leite. O clima vem desempenhando um papel fundamental, e o serviço internacional de meteorologia (NOAA) prevê a persistência de padrões climáticos “La Niña fracos” e neutros até maio. Apesar das projeções de queda da produtividade nas colheitas da região, as expectativas em relação à produção de leite são boas. Analistas avaliam que as margens dos agricultores tendem a diminuir, se os custos com a ração aumentarem diante da queda de safra do milho e da soja. 

A maioria das atividades comerciais de commodities lácteas para o 1º trimestre já foi encerrada. Os compradores brasileiros continuam ampliando os pedidos para produtos cuja disponibilidade está baixa. Os compradores brasileiros sendo impactados com os elevados custos logísticos nos últimos meses. 

O aumento recai particularmente para pós, leite em pó integral, leite em pó desnatado e soro de leite, que estão com uma forte demanda internacional. Os comerciantes aguardam novas orientações sobre tarifas até a próxima semana. 

Fonte: Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br

Do campo ao Feed: como fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno nas redes sociais

Do campo ao Feed: como as fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno através da comunicação via redes sociais? Quais as oportunidades? Leia mais!

A relação entre produtores de leite e consumidores nunca foi tão próxima — e, paradoxalmente, tão complexa. 

Fazendas abrem perfis em redes sociais, mas, no fim das contas, nem sabem muito bem o que fazer com elas. Em um mundo onde um único story no Instagram pode demonizar ou santificar um produto na prateleira do supermercado, as fazendas leiteiras e laticínios têm uma oportunidade única: humanizar suas marcas, criar narrativas autênticas e engajar gerações que consomem conteúdo de formas radicalmente diferentes.

Nos EUA, gigantes como Tillamook e Organic Valley já entendem: não basta produzir leite, é preciso contar histórias que ressoem da Geração Z aos Baby Boomers.

Vamos mergulhar em estratégias práticas que transcendem posts genéricos e constroem realmente um legado. Cada geração exige um idioma próprio nas redes sociais. A chave é segmentar sem fragmentar a essência da marca.

Geração  Z (18-24 anos): Autenticidade > Perfeição

Plataformas-chave: TikTok, Instagram Reels, YouTube Shorts.  

Estratégia: Vídeos rápidos que mostrem o "backstage" da fazenda — coisas como bezerros brincando, ordenha tranquila, funcionários de fazenda contando sua rotina. A Geração Z valoriza transparência e impacto ambiental. Outro ponto que cativa essa geração é a quebra de teorias da conspiração, já que eles nasceram nesse ambiente caótico de muita informação e “especialistas” influencers que surgem do dia para a noite.
Exemplo prático: A Tillamook (EUA) usa humor em séries como "Loaf Life", onde embalagens de queijo ganham personalidade, viralizando entre jovens. Inclua desafios como "Mostre sua receita com nosso leite" para gerar UGC (User-Generated Content - conteúdo gerado pelo usuário).  

 Millennials (25-40 anos): Conexão com Propósito

Plataformas-chave: Instagram, Facebook, LinkedIn.  

Estratégia: Conteúdo educativo. Posts sobre bem-estar animal, rastreabilidade (ex.: QR code na embalagem que leva a um vídeo da vaca específica) e certificações. Os millennials buscam marcas alinhadas a seus valores.  

Dado que impacta: 73% deles pagariam mais por produtos sustentáveis (Nielsen). A Organic Valley (EUA) faz live tours virtuais nas fazendas, destacando práticas regenerativas.   

Geração X (41-56 anos): Tradição com Modernidade

Plataformas-chave: Facebook, YouTube, Blogs.  

Estratégia: Combate à desinformação. Vídeos explicativos desmistificando temas como "hormônios no leite" ou "mitos sobre lactose". A Geração X valoriza confiança e tradição, mas precisa de dados claros, palatáveis, com explicações fáceis. É importante sempre associar rostos e histórias reais ao produto em questão.

Case: A Cabot Creamery (EUA) criou a série "Farmers’ Stories", vinculando cada produto a um produtor específico, com depoimentos sobre a história com a vida na fazenda e o leite.

Baby Boomers (57+ anos): Emoção e Confiança 

Plataformas-chave: Facebook, WhatsApp, E-mail Marketing.
  
Estratégia: Narrativas nostálgicas. Posts como "Como o leite chegava à sua mesa nos anos 60 vs. hoje" ou receitas familiares. Inclua testes interativos ("Qual queijo combina com seu perfil?").  

Dica: Parcerias com influenciadores "maduros" (ex.: chefs aposentados ou figuras locais) para reforçar credibilidade.  

Além das Gerações, pilares universais para uma marca forte

Definir para quem você quer comunicar: Você pode ser uma fazenda "heróica" (foco em superação), "cuidadora" (bem-estar animal) ou "visionária" (tecnologia sustentável). A persona guia o tom, o jeito como as coisas são mostradas e as histórias contadas — descontraído para o TikTok, e um pouco mais sério no LinkedIn.  

Content pillars - Pilares de conteúdo (escolha suas batalhas de forma inteligente): Organize o conteúdo em pilares temáticos (ex.: Sustentabilidade, Saúde, Cultura Rural). A Arla Foods (Dinamarca) usa 80% do conteúdo para educar e 20% para promover produtos.  

Data-driven decisions: Ferramentas como Meta Analytics e Hootsuite identificam horários de pico e conteúdos mais engajadores. Nos EUA, 60% das fazendas usam CRM integrado às redes para segmentar anúncios por idade e interesse.  

O futuro já acontece: cases globais para inspirar

Fairlife (EUA): Revolucionou o mercado com vídeos de inovação (leite ultrafiltrado) no YouTube, focando em performance atlética para Millennials e Geração Z. 
 
Fonterra (Nova Zelândia): Usa realidade aumentada no Instagram para mostrar o caminho do leite da fazenda ao copo, atraindo famílias (Gen X e Millennials).  

Estratégia local com impacto global: Na Holanda, a marca "Bemmel’s Best" permite que consumidores "adotem" uma vaca via app, recebendo atualizações personalizadas — modelo replicável para fidelizar Boomers e Millennials.   

Construir relações via redes sociais não é sobre panfletar seu produto, é sobre cultivar comunidades.

Nos EUA, as fazendas que lideram o mercado são aquelas que entendem que um consumidor de 20 anos quer entretenimento rápido, enquanto um de 60 busca confiança — mas ambos exigem autenticidade. O segredo? Unir dados demográficos a uma narrativa coerente, onde cada post, vídeo ou comentário reforça que “por trás da marca, há pessoas, vacas felizes e um compromisso que atravessa gerações”. Ou seja, dedicar tempo e se desprender de conceitos antigos sobre comunicação na hora de mostrar a cara no mercado. (Milkpoint)


Jogo Rápido

NO RADAR
Os preços do milho no mercado brasileiro fecharam ontem com nova queda, após o recuo registrado na última semana, na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea/Esalq. Reflexo, conforme a instituição, da postura retraída de parte dos compradores. Ontem, a saca fechou a R$ 82,57, com uma redução acumulada no mês de 5,86%. A colheita da safra de verão do grão chegou a 65,5% da área total cultivada no país. E a segunda safra, hoje o maior volume da cultura, teve a semeadura já encerrada, segundo boletim da Conab. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 22 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.376


Momento de estabilidade na pecuária leiteira

Alta do dólar, oferta equilibrada, retorno das chuvas e temperaturas mais amenas contribuem para uma entressafra excepcionalmente tranquila na produção de leite, em comparação com os últimos anos

No lançamento da 18ª Fenasul/45ª Expoleite, no início da semana passada, o tom dos discursos de representantes do setor leiteiro surpreendeu o público. Ao invés das queixas e reivindicações que têm caracterizado os encontros do endividado meio rural gaúcho, as manifestações do evento permitiram inclusive piadas e ditos espirituosos. O ambiente reflete um período de excepcional estabilidade, na comparação com anos anteriores, vivenciado pela bovinocultura leiteira na entressafra de 2025, mas que também não torna os pecuaristas alheios às dificuldades enfrentadas pela agropecuária do Rio Grande do Sul.

De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Marcos Tang, a estiagem que atingiu o Estado desde meados de dezembro, combinada às temperaturas extremas verificadas durante o verão, fez cair a produção de leite em cerca de 10%. O fenômeno climático, além de provocar estresse térmico nas vacas, reduzindo a oferta da bebida, prejudicou lavouras de soja e de milho nas regiões Oeste e Noroeste do RS, com impacto sobre a alimentação e, por consequência, nos custos de produção dos rebanhos. Tang calcula que entre 600 mil até um milhão de litros de leite deixaram de ser ordenhados, chegando próximo ao percentual de 10% da produção diária gaúcha.

“Estamos na entressafra. A produção melhora agora com a vinda das pastagens. É um momento em que reduz o custo e se produz mais, com uma alimentação muito natural para a vaca”, diz Tang. De qualquer forma, mesmo com a colaboração das condições climáticas e do pasto abundante, a produção dos meses de final de verão, outono e inverno tem seus limites.Tang exemplifica com os resultados dos concursos leiteiros em diferentes etapas do ano. “Concursos que ocorrem entre fevereiro e maio, incluindo a nossa Fenasul/Expoleite, as vacas vencem com 70 litros ou 80 litros. Depois chega na Expointer (que ocorre na primavera) e bate ali perto dos 100 litros. É um ciclo”, descreve o dirigente.

Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), Darlan Palharini prevê que a produção em 2025 supere o total de 2024, de 3,8 bilhões de litros. Tang ressalta a necessidade de estabelecimento de um debate sobre o volume da produção leiteira gaúcha, estacionada em cerca de 11 milhões de litros por dia. Dados do Sindilat/RS indicam que a média pode ser inclusive inferior. Entre 2021 e 2024, conforme o sindicato, a média diária de aquisição de leite pela indústria no RS oscilou entre 7,5 milhões de litros, em janeiro de 2022, a 12,2 milhões de litros, em agosto de 2021. “Estamos falando de leite oficial, com nota. Estagnamos nisso há mais de 10 anos ou 15 anos”, diz Tang.

Para o gerente de Suprimentos de Leite da Cooperativa Geral Gaúcha (CCGL), Jair da Silva Melo, a produção de leite no Rio Grande do Sul, de fato, cresce a uma taxa muito baixa, de 1,7% ao ano. A falta de incentivo, estadual ou federal, contribui para a redução de 60% no número de produtores, que hoje somam 34 mil agropecuaristas no Rio Grande do Sul, conforme Melo. “Dentro do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), ele (o pecuarista de leite) é um dos que menos consegue pegar recursos de até R$ 250 mil. Pescadores conseguem pegar mais que o produtor de leite”, aponta Tang. Palharini destaca a estabilidade nos negócios e nos preços, avaliação compartilhada pelo vice-presidente e diretor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti. “Há um pouco de retração nas vendas. Com a taxa de juro mais alta, o mercado está um pouco travado, mas não dá para dizer que não se consegue vender”, revela Palharini. 

Conforme o dirigente sindical, a indústria opera com margem mais curta. “A cotação do leite está remunerando bem o produtor. Os laticínios têm de trabalhar muito com a questão da eficiência para buscar rentabilidade”, pondera Palharini. Zanetti considera a possibilidade de o valor ao produtor sofrer alta na próxima reunião do Conseleite, prevista para o dia 29 de abril, em Passo Fundo. Ele comemora o cenário mais equilibrado, diferente do que ocorreu no passado recente. “O produtor está precisando de normalidade, até para se recuperar das dificuldades dos últimos anos”, afirma.

Zanetti e Palharini, contudo, ressaltam que a situação é favorável ao pecuarista que atinge uma oferta de, pelo menos, 500 litros de leite por dia, assegurando com o volume a obtenção de uma rentabilidade “mais confortável”. Uma dificuldade que teve sua importância moderada desde abril de 2024 foi a concorrência com o produto importado do Mercosul. O governo gaúcho e de outras unidades federativas chegaram a adotar medidas de eliminação de benefícios fiscais, aplicadas às empresas que mantivessem a preferência pelo fornecedor estrangeiro. No entanto, o que acabou limitando o ingresso de leite oriundo da Argentina, principalmente, foi a alta do dólar e a elevação dos custos de produção do país vizinho a partir da chegada do presidente Javier Milei à Casa Rosada. “O governo argentino retirou subsídios e o preço do leite na Argentina está em patamar elevado”, diz Zanetti. “As importações continuam, em volume bem considerável, mas também a economia vai se acostumando com essa realidade e trabalhando com esse novo participante de mercado”, pondera Palharini. (Correio do Povo)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1863 

BOVINOCULTURA DE LEITE

As temperaturas amenas e as chuvas intensas favoreceram o bem-estar animal, apesar dos problemas com barro. São efetuados os devidos cuidados sanitários. A produção se mantém estabilizada, e os indicadores de qualidade do leite seguem dentro dos parâmetros. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o vazio forrageiro outonal tem impactado a produção e a qualidade do leite, especialmente na Campanha e Fronteira Oeste.

Na de Caxias do Sul, o clima beneficiou o bem-estar animal. Nos sistemas confinados, tem sido mantida a alimentação adequada. A produtividade está estável, apesar do acúmulo de barro e da necessidade de maior atenção à qualidade do leite. 

Na de Erechim, os rebanhos apresentam apropriado estado sanitário e nutricional, beneficiados pelas temperaturas mais amenas e pela normalização da oferta de água. Contudo, o vazio outonal tem exigido maior suplementação alimentar e atenção aos manejos reprodutivos, sanitários e de pastoreio. 

Na de Frederico Westphalen, a produção foi levemente impactada pelo vazio forrageiro antecipado e pelas altas temperaturas. Contudo, as chuvas e as temperaturas mais amenas proporcionaram o rebrote das pastagens e adequado bem-estar animal, mantendo o cenário de estabilidade na comercialização. 

Na de Ijuí, a produção segue estável, e aumento o uso de silagem para compensar o vazio outonal nas pastagens. Nos sistemas confinados, a redução das temperaturas tem favorecido o bem-estar dos animais.

Na de Passo Fundo, o uso intensificado de alimentos conservados durante o vazio outonal contribuiu para a recuperação nutricional dos rebanhos. Observa-se redução na população de moscas e aumento nos casos de carrapatos e tristeza parasitária. Porém, há menor oferta de leite. 

Na de Pelotas, as chuvas intensas têm afetado o pastejo, o plantio de pastagens de inverno, a colheita de silagem e a logística de transporte do leite, comprometendo a produção em diversas regiões. Entretanto, há expectativa de recuperação com o avanço das forrageiras de inverno. 

Na de Porto Alegre, os animais mantêm condição corporal satisfatória com apoio da suplementação. 

Na de Santa Maria, os produtores seguem atentos ao controle de parasitas para manter a sanidade dos rebanhos. 

Na de Santa Rosa, os custos de produção estão adequados, e o preço da ração e dos insumos tem permitido margem de lucratividade para o produtor. A média do preço recebido pelo litro de leite apresentou estabilidade em comparação ao mês anterior. 

Na de Soledade, as temperaturas amenas e a boa oferta de pastagens, aliadas ao avanço das forrageiras de inverno e do milho para silagem, favoreceram o bem-estar do rebanho e a estabilidade alimentar dos animais. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat)

Embrapa promove seminário on-line sobre rumos da cadeia do leite no Brasil

Evento será nesta terça-feira, 29, reunirá especialistas e terá debate com o público

A Rede de Socioeconomia da Agricultura da Embrapa promove na próxima terça-feira 29 de abril, das 9h às 11h, o seminário "Debates em Socioeconomia – Leite e Derivados: realidade e perspectivas futuras", com transmissão ao vivo pelo canal da Embrapa no YouTube. O evento é gratuito e aberto ao público.

Com foco na análise dos desafios e tendências da cadeia produtiva do leite, o seminário reunirá representantes do setor produtivo e especialistas da Embrapa Gado de Leite. O objetivo é aprofundar a compreensão sobre a atual conjuntura da produção leiteira no Brasil e debater estratégias para fortalecer a competitividade do setor, com especial atenção à inovação tecnológica, ao mercado consumidor e ao papel da produção familiar.

Painelistas e temas

A programação contará com três apresentações seguidas de debate com o público:

9h – Jônadan Ma (Comissão Técnica da Pecuária de Leite da FAEMG) abordará “Os desafios da produção sob a perspectiva do produtor de leite”

9h30 – Glauco Carvalho (Embrapa Gado de Leite) falará sobre “Desafios e tendências para a cadeia produtiva do leite”

10h – Kennya Siqueira (Embrapa Gado de Leite) apresentará o tema “O mercado de leite e derivados sob a ótica do consumidor”

Logo depois das apresentações, acontece o debate com o público.

Alinhar visões e estratégias
A mediação será do pesquisador Samuel Oliveira, da Embrapa Gado de Leite. Ele ressalta a importância da abordagem integrada do tema: “A cadeia produtiva do leite está em um momento de inflexão. Estamos vendo avanços em produtividade e uso de tecnologia, mas também novos desafios ligados à competitividade, à oscilação do consumo e à reorganização da produção no território nacional. O seminário será uma oportunidade para alinhar visões e estratégias a partir de uma leitura qualificada do cenário atual.”

Samuel destaca que a proposta do evento é criar um espaço para análise crítica e troca de experiências: “Nossa intenção é reunir diferentes olhares – do produtor, do pesquisador, do mercado – para que possamos compreender a complexidade do setor e identificar caminhos viáveis, tanto do ponto de vista econômico quanto social.”

Transformações e perspectivas
De acordo com estudos da Embrapa, o Brasil alcançou em 2023 a marca de 97 milhões de litros de leite por dia. Ainda que a produção pouco tenha se alterado nos últimos dez anos, ocorreu forte redução do número de vacas ordenhadas, evidenciando o aumento da produtividade por animal – que passou de 1.492 litros/vaca/ano em 2013 para 2.259 litros em 2023.

Avanços e Desafios

Apesar dos avanços, os desafios permanecem. “A cadeia precisa enfrentar o aumento de custos, a concorrência das importações e um consumo interno que cresce em ritmo mais lento”, explica Samuel. “Por outro lado, há oportunidades reais ligadas à gestão eficiente, ao uso de tecnologias e ao fortalecimento das estratégias de agregação de valor nos produtos lácteos”, diz.

O pesquisador também reforça a importância do olhar socioeconômico sobre o setor: “A produção de leite envolve grandes produtores, mas também um número significativo de agricultores familiares. É fundamental pensar políticas e soluções que ajudem os pequenos a se manter competitivos. A sustentabilidade econômica e social da cadeia depende disso.”

Rede de Socioeconomia da Embrapa
A Rede de Socioeconomia da Agricultura (RSA) é uma iniciativa da Embrapa criada oficialmente este ano, a partir de um grupo de trabalho instituído pela Diretoria Executiva em 2024, com coordenação da Assessoria de Estratégia e Sustentabilidade (AEST). A Rede tem como missão fortalecer a área de socioeconomia na Empresa, promovendo a integração entre pesquisa e inteligência estratégica para apoiar a competitividade e a sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro.

A rede conta hoje com pelo menos 273 empregados da Embrapa – entre economistas, sociólogos, agrônomos, estatísticos, cientistas da computação e outras especialidades. A Rede busca gerar análises, subsídios e dados estratégicos voltados à formulação de políticas públicas, ao desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, ao monitoramento de inovações tecnológicas e à inclusão socioprodutiva de pequenos agricultores.

Serviço

  • Seminário Debates em Socioeconomia – Leite e Derivados: realidade e perspectivas futuras
  • Data: 29 de abril de 2025
  • Horário: das 9h às 11h
  • Transmissão ao vivo: www.youtube.com/embrapa
  • Participação aberta com perguntas ao vivo
  • Mais informações sobre o setor: www.cileite.com.br
  • Fonte: Embrapa Gado de Leite

Jogo Rápido

Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link, clicando aqui.  O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. (Sindilat)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.375


Whey protein: A indústria brasileira da suplementação: vai um scoop aí?

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) mostram que o setor como um todo expandiu 2,4% ao longo de 2024: Brasil é o maior mercado consumidor de proteína do soro do leite na América do Sul.

Início de ano, planos e metas novos, dietinha para recuperar o ritmo, app da empresa para competição de quem treina mais. Que atire a primeira pedra quem não pensou em levar 2025 nessa vibe.

E cada vez mais temos visto por aí as suplementações, inseridas nesse contexto para dar uma mão na rotina: proteína, creatina, glutamina, aminoácidos.

Em cápsula, em pó, comprimidos, batidos com banana e até disfarçados de balinha, os suplementos alimentares e vitamínicos ganharam a mente e o corpo dos brasileiros.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), o setor de alimentos para fins especiais, nome técnico de boa parte dessas suplementações, mostrou crescimento significativo em 2024.

O consumo de vitaminas, por exemplo, cresceu em 9,3% entre janeiro e dezembro, na comparação com 2023. Já os concentrados de proteínas registraram um avanço de cerca de 3% no mesmo período, segundo cálculos da ABIAD.

Uma das explicações para tanta admiração pelo whey protein é por ser a forma mais eficiente de o corpo humano digerir e usar o nutriente.

Como são microfiltrados, oferecem proteína ultrapura, pois o processo de produção garante que a proteína permaneça intacta e tão pura quanto possível, podendo ser diluído em diferentes tipos de bebida.

Um relatório da Mordor Intelligence coloca o Brasil como o maior mercado consumidor de proteína do soro do leite na América do Sul, sendo responsável por mais de 58% do mercado. A projeção é que o consumo continue crescendo a uma taxa anual de 8% entre 2024 e 2029. Informação que impulsiona a produção do ingrediente no Brasil atualmente.
Pioneira na fabricação de whey e líder no mercado de suplementos, a Sooro Renner investiu mais de R$ 600 milhões nos últimos cinco anos. A indústria,  baseada em Marechal Cândido Rondon (PR) e Estação (RS), é hoje a maior processadora de soro de leite da América Latina.

Recentemente a Sooro apostou em uma expansão que quintuplicou a produção diária e investiu em uma torre só para produzir uma nova fórmula: o permeado de soro de leite.

“A gente não produzia permeado e passamos a produzir em torno de 100 toneladas/dia desse produto. Estamos falando aí de 3 mil toneladas/mês de permeado na nossa fabricação”, explica Cláudio Hausen de Souza, diretor e sócio da Sooro.

O permeado é uma fonte de energia com alto teor de lactose, que é separada no processo da produção do whey protein. “Esse mercado é crescente e nós estamos navegando em um mar bastante favorável aqui no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Nutrição, nos próximos cinco anos esse mercado deve dobrar de tamanho”, comenta Cláudio.

Da manteiga ao whey
Esse nicho de mercado fez com que marcas estabelecidas, como a Piracanjuba, abrissem novas frentes de produção para acompanhar a tendência.

Nascida em 1955, a Piracanjuba começou produzindo manteiga, há mais de 69 anos, na cidade goiana de quem emprestou o nome. Há cerca de sete anos, vieram os itens com suplementação de proteínas. Em 2018, chegou a vez do Piracanjuba Whey.

A demanda foi tão grande que foi preciso ajustar a produção para ter mais e novas opções da bebida. Uma forma de atender diferentes perfis de consumidores, que reúne do atleta ao praticante de atividades físicas de grau moderado a leve.

Para atender toda a demanda, o processo de produção é feito em sete unidades fabris, com capacidade produtiva de mais 6 milhões de litros de leite por dia. Além disso, conta com 16 postos de recepção de leite e mais de 4 mil colaboradores, ao todo.

Para o diretor de Nutrição do Grupo Piracanjuba, Wesley de Pádua Barbosa, os lançamentos diversificaram o portfólio da empresa e os resultados apareceram.

“Hoje a Piracanjuba ocupa a 2ª posição entre as marcas mais vendidas no ranking bebida com alto teor de proteína.

Nós triplicamos o número de máquinas dedicadas à produção de whey 250 ml nos últimos dois anos, conseguindo chegar ao 2º lugar em share e, principalmente, ajudando a desenvolver a categoria que cresce acima de 2 dígitos no país”, explica Wesley.

Em março de 2024, o Grupo Piracanjuba comprou a Emana, empresa de suplementos como vitaminas, encapsulados, proteínas, shots funcionais e gomas, além das bebidas proteicas.

“Temos a oportunidade de desbravar novos segmentos, contribuindo para os nossos planos de ser uma das melhores marcas de nutrição do país. Isso inclui democratizar o acesso da população aos produtos de suplementação alimentar.

A meta é aproveitar nossa expertise junto ao varejo para fortalecer a presença desses produtos em supermercados, por exemplo. Algo que, hoje, é limitado”, afirma Wesley de Pádua.

Tendência mundial e um giro de milhões
O crescimento mercado de suplementação reflete mudanças no comportamento dos consumidores, que estão em busca de qualidade de vida. E essa é uma tendência mundial que vai aumentar nos próximos 16 anos.

É o que mostra um estudo publicado no final de 2024 pela Rede de Observatórios do Sistema Indústria sobre as macrotendências que vão impactar a indústria até 2040. O levantamento indicou a “cultura do bem-estar” como um dos comportamentos que veio para ficar.

Uma tendência com potencial de impacto em toda a indústria nacional e que toca em aspectos diversos, como mudanças nos padrões de consumo, novas tecnologias de produção, questões ambientais e transformações sociais.

“As análises feitas por este tipo de estudo permitem que organizações identifiquem oportunidades emergentes, antecipem riscos e alinhem suas estratégias a cenários de transformação, aumentando a resiliência e a capacidade de adaptação em contextos de incerteza”, explica o responsável pelo núcleo de prospectiva do Observatório Nacional da Indústria, Marcello Pio.  

Suplementos que ajudam também no emprego
O setor como um todo expandiu 2,4% em consumo aparente ao longo de 2024, quando comparado com 2023.

Junto com o aumento do consumo, veio o impacto do mercado de trabalho: a contratação de profissionais subiu 4,4% em 2024, valor que representa a abertura de mais de 4,3 mil postos de trabalho, segundo a ABIAD.

Quando se trata de importações, o segmento teve um aumento de 24,6%, totalizando mais de US$ 1 bilhão, o que reforça o interesse do consumidor brasileiro em alimentos dessa categoria. A importação de concentrados de proteínas e vitaminas também cresceu 66,7% e 15,6%, respectivamente.

“O setor apresentou um crescimento contínuo ao longo de 2024, impulsionado pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento.

A introdução de novos ingredientes e tecnologias resultou em maior eficácia e diversificação dos produtos, fortalecendo a confiança dos consumidores.

De modo geral, foi um ano em que a indústria consolidou sua importância e expandiu sua base de consumidores, fatores essenciais para esse desempenho positivo”, afirma Gislene Cardozo, diretora executiva da ABIAD.

A importância do consumo seguro
Até aqui parece tudo bem, tudo de bom, mas vamos agora entrar na parte mais “forte” do suplemento. Aminoácidos, proteínas, seja qual for o suplemento, não é indicado administração por conta própria.

Esses produtos devem fazer parte de uma estratégia, que será montada por um especialistas. ” Na prática clínica, o que a gente vê muito é a pessoa se automedicando.

Faz a matrícula na academia e já compra o Whey protein. E isso é muito por conta do acesso à informação, que hoje é muito rápido”, revela a nutricionista e representante da Federação Nacional de Nutrição (FNN), Michelly Dossi.

O mercado aquecido, todo mundo tomando, querendo tomar, segundo Michelly, não pode ser um incentivo ao consumo indiscriminado.

“A suplementação não é para todos. Não são todas as pessoas que têm necessidade. Precisa fazer avaliação, com médicos, adequar o que o corpo precisa e o que está sobrando, porque a falta gera problemas, mas o excesso também”, alerta Michelly Dossi.

Outro ponto importante de citar é a segurança comercial do produto. No fim do ano passado, 48 marcas de whey protein foram retiradas de circulação.

Nove sites brasileiros, não especificados, foram obrigados a parar de vender esses produtos. A suspeita era de adulteração na fórmula, após a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) analisar as marcas.

Também no fim do ano passado, a CNI divulgou a pesquisa Percepção da Indústria Sobre os Impactos da Ilegalidade e para as empresas consultadas, o ilícito que mais evoluiu nos últimos três anos foi a venda de produtos não-conformes, assinalado por 43% dos empresários.

E cerca de metade das empresas percebeu que foi o comércio digital  que aumentou a venda de produtos não-conformes (53%), piratas ou falsificados (51%).

“Sempre direciono os pacientes para que verifiquem as marcas, para que veja a avaliação da Anvisa, poruqe hoje em dia tem muitos problemas com fórmulas trocadas e ingredientes que não estão de acordo.

A suplementação pode ser uma ótima alternativa, se indicada, mas é importante ter responsabilidade para que seja parte de um estilo de vida saudável”, concluiu Michelly. (Portal da Indústria via Edairy News)


Pesquisa levanta principais tendências globais para consumo de queijo

Mercado global de queijos deve chegar a US$ 105,9 bi até 2026. Descubra aqui as tendências e oportunidades!

O mercado global de queijos está em constante crescimento, impulsionado por fatores como a expansão das economias, o aumento do consumo de laticínios e a maior disponibilidade de produtos derivados.

Segundo a MarketsandMarkets, o setor deve movimentar US$ 105,9 bilhões até 2026, com destaque para o potencial de crescimento na região da Ásia-Pacífico.

Embora o consumo de queijo na Ásia ainda seja inferior ao da Europa e dos Estados Unidos, a ocidentalização das dietas, especialmente entre millennials e consumidores mais jovens, está aquecendo a demanda. A popularização da culinária ocidental em países da Ásia e da América do Sul tem impulsionado o consumo de produtos de fast food com queijo.

Tendências do mercado de queijos para 2025
Queijo como lanche saudável: Nos Estados Unidos, um em cada três consumidores escolhe o queijo como substituto dos lanches tradicionais, destacando seus benefícios nutricionais: alto teor de proteína, cálcio e compatibilidade com dietas cetogênicas. Na Ásia, cresce o interesse por sabores regionais e exóticos.

Benefícios funcionais ganham espaço: Segundo pesquisas, 64% dos consumidores chineses acreditam que o queijo fortalece a imunidade. No Reino Unido, a Benecol lançou um cream cheese com estanóis vegetais para controle do colesterol. Nos EUA, 27% dos pais afirmam priorizar queijos com benefícios adicionais à saúde. 

Alternativas veganas em ascensão: A busca por queijos veganos aumentou. Marcas como Babybel, Boursin e Philadelphia já oferecem versões à base de plantas. No entanto, ainda há desafios nutricionais: enquanto o queijo tradicional tem em média 13 g de proteína por 100 g, as versões veganas oferecem apenas 5 g.

Panorama global das tendências do mercado de queijos
Europa: Na Europa, o consumo de queijo permanece estável, mas cresce a exigência por práticas sustentáveis e maior transparência na produção. Embalagens com rótulos que indicam bem-estar animal, produção ética e responsabilidade ambiental têm ganhado destaque nas prateleiras. Marcas que adotam ações sustentáveis e comunicam isso de forma clara estão conquistando a preferência de consumidores mais conscientes e exigentes.

Américas: Nas Américas, cresce a demanda por queijos de “rótulo limpo”, elaborados com ingredientes naturais e mínima intervenção industrial. Os consumidores buscam produtos sem aditivos artificiais, conservantes ou corantes, valorizando processos mais simples e transparentes. Essa tendência reflete a preferência por alimentos mais saudáveis e autênticos, reforçando a conexão entre qualidade, origem e confiança na marca.

Ásia: Na Ásia, o mercado de queijos registra forte crescimento, impulsionado por jovens consumidores e pela influência da culinária ocidental. A ocidentalização das dietas, aliada à popularização do fast food e à busca por praticidade, tem aumentado o consumo de queijos, especialmente entre millennials. Além disso, novos hábitos alimentares e o interesse por sabores diferenciados e experiências gastronômicas têm ampliado o apelo do produto na região.

As informações são da Dairy News Today, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Você sabia que o leite pode ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia?

Entenda como o leite pode combater a pré-eclâmpsia, doença que afeta diversas gestantes anualmente e descubra os benefícios para a saúde materna!

A suplementação de cálcio para gestantes passou a ser uma medida universal adotada pelo Ministério da Saúde (MS) para evitar a pré-eclâmpsia, complicação da gravidez caracterizada por pressão alta e presença de proteína na urina, e uma principais causas de morbimortalidade materna e perinatal, tanto no Brasil quanto no mundo, ela é responsável por cerca de 80.000 mortes maternas e 500.000 mortes infantis globalmente.
No Brasil, de acordo com informações da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do MS, aproximadamente 15% das gestantes são afetadas por essa condição, sendo esta associada a 25% dos partos prematuros. Os dados da BSV indicam que a mortalidade materna relacionada a síndromes hipertensivas pode chegar a até 170 óbitos por 100 mil nascidos vivos em serviços especializados em alto risco obstétrico. 

A recomendação do MS para a suplementação de cálcio em gestantes, divulgada em fevereiro deste ano, visa reverter esse quadro no Brasil, uma vez que, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 96% das mulheres adultas consomem menos cálcio que o recomendado. Dentro desse contexto, o leite se apresenta como um dos alimentos mais completos e naturais para fornecer esse mineral tão importante.

Como o leite pode ajudar na prevenção da pré-eclâmpsia
O médico especialista em Nutrologia, Plínio Cezar de Almeida Júnior, do Órion Business & Health Complex, explica os benefícios do leite, especialmente para gestantes. "O leite é uma excelente fonte de cálcio, essencial para a formação óssea e dentária do bebê. Além disso, ele desempenha papel crucial no controle da pressão arterial, ajudando a prevenir complicações como a pré-eclâmpsia", afirma o especialista.

De acordo com Plínio, as gestantes devem incluir leite e derivados em sua alimentação diária, pois são ricos em cálcio, proteína e outros nutrientes essenciais. "O cálcio é fundamental não apenas para a formação óssea, mas também para a saúde cardiovascular, além de contribuir para a formação da placenta e do feto", explica o especialista.

O leite, por sua excelente biodisponibilidade de cálcio, é altamente recomendado para gestantes, já que esse mineral é facilmente absorvido pelo organismo. Plínio também destaca que, ao contrário de crenças populares, o leite não é inflamatório, mas sim anti-inflamatório para a maioria das pessoas, sendo problemático apenas para quem tem intolerância à lactose, devendo neste caso ser substituído pelo leite sem lactose pois mantém todos os benefícios do leite, como o cálcio e as proteínas, sem causar desconforto.

Além do leite sem lactose, outras fontes de cálcio também são recomendadas, como queijos e iogurtes. Esses derivados podem ser consumidos por pessoas com intolerância à lactose, dependendo da gravidade da intolerância de cada indivíduo. Plínio Cezar de Almeida Júnior também destaca como boas opções de fontes de cálcio as folhas escuras, como couve, brócolis, rúcula e espinafre, e alguns grãos, como gergelim, soja, grão-de-bico e lentilha."

Em relação à qualidade do leite consumido, o especialista enfatiza a importância de escolher leite pasteurizado, especialmente para as gestantes. O consumo de leite cru pode representar um risco à saúde. "É fundamental atentar-se ao prazo de validade e à forma de armazenamento do leite. A recomendação é optar sempre pelo leite pasteurizado, que é mais seguro e livre de bactérias nocivas", afirma Plínio."

Desfazendo mitos sobre o leite e a nutrição
Além dos benefícios do leite para gestantes, Plínio também aborda alguns mitos comuns sobre esse alimento. Um dos principais equívocos é a crença de que o leite de caixinha contém produtos químicos prejudiciais à saúde. “Isso é um mito. O leite longa vida, ou UHT, é tratado com altas temperaturas para eliminar bactérias, mas não recebe conservantes ou agentes artificiais que possam prejudicar a saúde”, explica.

Vinícius Junqueira, diretor geral da Marajoara Laticínios, reforça a segurança do processo de envase do leite. “O leite UHT passa por um rigoroso processo de pasteurização e esterilização, que garante a eliminação de até 99,9% das bactérias, sem a adição de conservantes. Isso significa que o leite é 100% natural e seguro para consumo”, destaca Junqueira.

O processo UHT, que consiste em aquecer o leite a temperaturas extremamente altas por um curto período de tempo, preserva sua qualidade e mantém os nutrientes intactos. “Após esse processo, o leite é armazenado em embalagens herméticas e assépticas, garantindo que ele se conserve por até quatro meses sem a necessidade de refrigeração. Portanto, não é necessário ferver o leite de caixinha”, esclarece o especialista.

As informações são do Jornal de Brasília, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 16/2025 – SEAPI
Segundo o Boletim Agrometeorológico nº 16/2025 da SEAPI, o Rio Grande do Sul terá uma semana de clima relativamente estável, com previsão de baixos volumes de chuva na maior parte do estado. Após um período de precipitações que impactou a colheita de milho para silagem — ainda com 85% concluída —, o tempo deve se manter firme até quinta-feira (17), com temperaturas amenas. Na sexta (18), a formação de uma área de baixa pressão poderá trazer chuvas isoladas e tempestades passageiras, especialmente nas regiões central e norte. No sábado (19), a instabilidade se concentra na Serra e no Litoral Norte, enquanto nas demais áreas o tempo volta a ficar firme, com queda nas temperaturas devido à chegada de uma nova massa de ar frio. O domingo (20) será de tempo seco em todo o estado. Na segunda-feira (21), as temperaturas seguem amenas, e, a partir de terça-feira (22), a entrada de uma massa de ar mais quente deve provocar uma elevação gradual nos termômetros até quarta-feira (23). Os acumulados de chuva previstos são baixos, entre 2 mm e 10 mm, com exceções pontuais na Campanha, Região Metropolitana, Serra e Campos de Cima da Serra, onde os volumes podem ultrapassar os 20 mm. (Seapi)