Porto Alegre, 11 de novembro de 2025 Ano 19 - N° 4.512
A importância de participar de feiras e eventos!
Envolver-se em feiras e congressos do leite amplia sua rede, fortalece seu conhecimento e impulsiona sua carreira no setor produtivo. Aproveite essas oportunidades.
Você que está ligado a atividade leiteira, produtor de leite ou profissional das mais diferentes áreas que habitam o ecossistema produtivo, apaixonado por vaca ou simplesmente passa a grande maioria dos seus dias envolvidos com vacas leiteiras em função de seu trabalho e ou estudo, é daqueles que tem participado de feiras ou eventos ligados ao setor Lácteo? Não? Então eu preciso te convidar a refletir sobre a possibilidade de você começar a incluir estas oportunidades em sua vida.
Oportunidades sim, feiras e eventos são oportunidades acima de tudo de relacionamento interpessoal, pessoas convivendo com pessoas, em momentos globais onde as redes sociais e a IAs veem se apoderando dos holofotes dia após dia, nada como uma boa feira, congresso, seminário ou evento direcionado a atividade leiteira para te dar um oceano de oportunidades nos mais diferentes níveis de relacionamento e conhecimento, tipo assim, sabe aquela máxima do básico bem feito, ou como não nos cansamos de falar que: “É muito fácil fazer certo na primeira vez”, em um evento destes, certamente terás a oportunidade de sair diferente se comparado ao momento que você ali chegou, melhorando muito a base de conhecimento que você vem construindo ao longo de sua jornada.
Nos referimos apo fato de que quando chegamos a uma feira como a Agroleite na capital nacional do leite, Castro no Paraná, ou aos redores do Pavilhão do Gado Leiteiro na Expointer em Esteio no Rio Grande do Sul, direcionarmos nossa agenda, e visitarmos os lugares certos, que fazem sentido para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional, a qualidade do networking é simplesmente incomparável, sem contar com a possibilidade de aproveitarmos os eventos técnicos e palestras, apresentação de artigos, lançamentos e visitas técnicas que sempre fazem parte de cada edição realizada.
Eventos como Interleite, Milk Pro Summit ou Dairy Vision promovidos pelo MilkPoint, ou ate mesmo o recente Milk Summit Brazil ocorrido em Ijuí, RS nos dão a feliz oportunidade de encontrar pessoas, do nosso convívio atual, sobretudo muitas que a tempos não tínhamos a oportunidade de ver; Perceber que mesmo estando em empresas diferentes, ou cada vez mais consolidando a presença na mesma empresa a décadas, o objetivo de desenvolvimento pessoal e profissional salta aos olhos quando do silencio e concentração tomam conta do ambiente quando a informação e o conhecimento passam a ser compartilhado por profissionais cada vez mais desafiados a compartilhar as oportunidades que a atividade leiteira “teima” em nos brindar.
Oportunidade, a grande mensagem do evento, sobretudo com as mudanças que estão ocorrendo no setor produtivo de leite, tema abordado com excelência pelo Marcelo Carvalho CEO da MilkPoint Ventures, inovação para buscar a sustentabilidade tal qual brilhantemente discorreu o tema o nosso sempre mestre Paulo Martins da Esalq/Usp, ou ainda nos resultados de pesquisas científicas trazidos pelo Glauco Carvalho a Embrapa Leite e pelo Jaime Ries da Emater/RS que corroboram com as mudanças trazidas pelo Marcelo e as inovações compartilhadas na visão do Paulo, que realmente nos mostram que o produto nobre leite, está longe de deixar de nos trazer oportunidades.
Produtos, serviços, sistemas, pesquisa, assistência técnica, oportunidades comerciais, tudo girando ao redor do ecossistema produtivo leiteiro, que mesmo passando por um momento delicadíssimo de sua história, mantém um leque incomensurável de possibilidades de aprendizado, crescimento pessoal, profissional e de relacionamento com pessoas, e através daí ficamos sempre mais ligados a feliz “oportunidade” de colher o melhor do convívio entre as espécies homem e vacas.
Mas se você não tem participado de eventos semelhantes ao que trouxemos, seja uma pequena palestra na sua região, uma feira de pequeno ou grande porte, ou um evento de relevância mundial, você está perdendo a “oportunidade” de vivenciar isto e quem sabe, sua evolução pessoal e profissional lhe cobre satisfações em relação a isto logo ali na frente, daí a importância de participar de feiras e eventos ligados a atividade leiteira, sempre que possível, fica a dica. (Milkpoint)
Influência do agro no clima: como o agronegócio molda a COP30
A influência do agro brasileiro ganha peso na COP30, com estratégias voltadas a moldar políticas climáticas globais
A influência do agronegócio brasileiro desponta como um dos temas centrais da COP30, marcada para acontecer em Belém (PA) — Brasil, e reúne atores que buscam integrar produção de alimentos, desenvolvimento sustentável e políticas públicas globais. Segundo reportagem da Revista Fórum, o setor agropecuário do Brasil aparece como protagonista ao sugerir orientações para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e outras agendas climáticas.
Fontes ligadas ao setor indicam que cooperativas, grandes empresas do agronegócio e organismos federais articulam em fóruns paralelos à COP30 para posicionar temas como agricultura tropical sustentável, florestas e financiamento climático. Segundo documento do governo brasileiro, o setor agropecuário “será parte essencial da solução climática global”.
Contexto estratégico
Para o Brasil, sediar a COP30 representa não só uma oportunidade diplomática, mas também econômica e de imagem internacional. O agronegócio brasileiro, ao ocupar esse espaço, busca articular dois vetores: reforçar sua voz na governança climática global e alinhar produção de alimentos com exigências de sustentabilidade. A reportagem destaca que essa influência se dá tanto por meio de debates técnicos quanto de lobby — inclusive com campanhas para moldar a opinião pública.
Dentro desse contexto, emerge o conceito de “agricultura tropical sustentável”, defendido por representantes do setor como norte estratégico para posicionar o Brasil como referência global.
Implicações para o setor leiteiro
Para a cadeia láctea — relevante em regiões como o Brasil central e sul —, a projeção de influência do agronegócio significa que temas regulatórios, créditos de carbono, investimentos em inovação e uso de terras podem ganhar novo contorno. A valorização de práticas de produção sustentável e de uso da terra está intrinsecamente ligada à forma como os grandes setores agroalimentares se posicionam no âmbito climático.
Se o agronegócio lidera o diálogo na COP30, as empresas de laticínios e fornecedores de insumos devem ficar atentas a movimentos que vão da restauração de pastagens e integração lavoura-pecuária-floresta até financiamento climático, rastreabilidade e exigências de certificação para acesso a mercados internacionais.
Desafios e tensões
Apesar da postura proativa, há tensões evidentes: movimentos ambientais apontam para risco de greenwashing e instrumentalização da narrativa climática pelo agronegócio brasileiro. Um relatório cita que “empresas de alimentos e do agronegócio vão se apresentar como solução para a crise climática na cúpula no Brasil — embora os alimentos sejam responsáveis por um terço do aquecimento global”.
Além disso, a influência reivindicada exige tradução em ações concretas: redução de desmatamento, restauração de terras degradadas, mudanças nos modelos de uso do solo, transparência e financiamento robusto. A reportagem indica que, apesar dos discursos, o avanço real no setor foi limitado.
O que está em jogo
Definir as NDCs: o agronegócio brasileiro busca participação na formulação das metas nacionais de clima, influenciando o posicionamento do país.
Financiamento climático: os recursos destinados à agricultura sustentável e à restauração de terras são parte da agenda da COP30, onde o Brasil busca protagonismo.
Uso da terra e emissões: a produção de alimentos, especialmente em grandes escalas, está dentro da agenda de mitigação, e o setor agro assume que sua influência passará por práticas sustentáveis mais visíveis.
Imagem internacional e relações comerciais: associar o agro à sustentabilidade pode abrir mercados e investimentos, mas também exige contrapartidas tangíveis.
Conclusão
Em síntese, a influência do agronegócio brasileiro na COP30 mostra que o setor alimentício vai além da produção e entra em diálogo direto com políticas climáticas globais. É importante observar que esse protagonismo implica efeitos práticos: desde exigências de rastreabilidade, sustentabilidade, financiamento até nova dinâmica de investimentos e competitividade internacional. O setor deve estar preparado para essa realidade em transformação.
Escrito para o eDairyNews, com informações de Revista Fórum.
IA na Fazenda Leiteira: como começar do zero e aumentar a eficiência
A IA ajuda o produtor a tomar decisões mais rápidas e precisas, usando dados coletados na própria fazenda. Ela identifica padrões e faz previsões que o olho humano não conseguiria perceber, permitindo agir antes que o problema aconteça. Confira o passo a passo de como começar a usar a IA.
Durante muito tempo, falar em Inteligência Artificial (IA) parecia coisa de laboratório ou de grandes empresas. Mas essa realidade mudou. Hoje, fazendas de todos os tamanhos já estão colhendo resultados concretos com o uso de tecnologias simples e acessíveis.
A IA ajuda o produtor a tomar decisões mais rápidas e precisas, usando dados coletados na própria fazenda como a produção de leite, a alimentação das vacas e o histórico de saúde do rebanho. Ela identifica padrões e faz previsões que o olho humano não conseguiria perceber, permitindo agir antes que o problema aconteça. Em vez de apagar incêndios, o produtor passa a gerir de forma proativa, prevenindo doenças, controlando custos e aumentando o lucro.
Por que o produtor de leite precisa olhar para a IA?
O setor leiteiro vive sob forte pressão: os custos de insumos seguem em alta, as margens de lucro estão cada vez mais apertadas e a necessidade crescente de produtividade e sustentabilidade aumenta a cada dia. Nesse cenário, a gestão baseada em “achismo” já não tem espaço.
A IA funciona como um assistente digital que nunca dorme, monitorando o rebanho 24 horas por dia e alertando o produtor sempre que algo sai do normal. Se uma vaca começa a ruminar menos que o habitual, o sistema envia um alerta indicando possível mastite ou distúrbio digestivo. Se o comportamento de cio muda, ele mostra o melhor momento para inseminação. E quando a produção de uma vaca cai sem motivo aparente, a IA cruza dados de alimentação, temperatura e atividade para apontar o que está errado.
O que a IA faz na prática dentro da fazenda
A IA não precisa de robôs caros nem de sistemas complicados! Ela se integra a equipamentos e softwares simples que transformam dados do dia a dia em informações úteis.
Monitoramento da saúde e bem-estar animal: sensores instalados em coleiras, brincos ou pedômetros registram o comportamento das vacas — quantas vezes ruminam, quanto caminham e até variações de temperatura corporal. O sistema analisa tudo automaticamente e envia relatórios ou alertas direto para o celular do produtor ou do veterinário. Um simples aviso, como “A vaca 154 apresenta queda na ruminação há 8 horas”, permite agir antes que a doença comprometa a produção, economizando tempo, medicamentos e leite descartado.
Otimização da alimentação e da produção: a IA compara dados de produção de leite com o consumo de ração e o comportamento alimentar. Com isso, o produtor consegue ajustar a dieta de forma precisa, identificar quais animais têm melhor conversão alimentar e reduzir desperdícios. Se o sistema detecta que determinado lote está comendo mais, mas produzindo menos, ele indica automaticamente possíveis falhas na mistura da ração ou estresse térmico.
Previsão e planejamento do rebanho: a IA usa dados históricos para prever o melhor momento de inseminar, estimar a produção nas próximas semanas e identificar vacas com maior risco de doenças ou menor longevidade. Essas informações ajudam o produtor a tomar decisões mais assertivas sobre descarte, reposição e manejo reprodutivo.
Guia Prático: Como começar a usar IA na fazenda em 5 passos
Descubra onde estão seus maiores problemas:
Antes de investir em tecnologia, olhe para dentro da fazenda e defina onde estão as maiores perdas. Estabeleça metas simples, como reduzir casos de mastite em 15% ou aumentar a taxa de concepção em 10%. Comece pequeno e com foco.
Organize e digitalize seus dados
A IA só funciona bem quando tem boas informações para analisar. Reúna dados sobre produção diária, inseminações, histórico de doenças e consumo de ração. Se ainda usa papel, migre para planilhas ou softwares simples de gestão rural. Quanto mais estruturados forem os dados, mais eficiente será o sistema.
Escolha as ferramentas certas
Hoje existem soluções acessíveis para todos os perfis de fazenda, desde coleiras inteligentes e brincos com sensores até softwares de gestão com análise de IA. O ideal é começar testando em um lote pequeno e expandir conforme os resultados aparecem.
Dica: comece testando em um lote pequeno de vacas. Veja os resultados e amplie depois.
Treine sua equipe e mude a rotina aos poucos
Tecnologia não gera resultado sozinha. É essencial que todos saibam utilizá-la e confiem nos alertas do sistema. Mostre exemplos práticos — como um sensor que detectou uma vaca doente antes dos sintomas — para demonstrar os benefícios. Com o tempo, a equipe entenderá que a IA veio para facilitar, não substituir o trabalho humano.
Acompanhe os resultados e expanda
Após alguns meses, verifique se houve melhora nos indicadores de produção, reprodução e sanidade. Análise:
Os alertas estão ajudando?
As taxas de cio ou de produção melhoraram?
Houve redução de mastite ou de custos com ração?
Compare os resultados com seus objetivos iniciais. Se houver ganho comprovado, expanda o uso da IA para todo o rebanho.
Desafios reais — e como superá-los
O primeiro desafio costuma ser o investimento inicial. Mas é importante encará-lo como um custo com retorno mensurável: a IA reduz perdas com leite descartado, medicamentos e mão de obra. Além disso, muitos fornecedores oferecem modelos de assinatura mensal, sem necessidade de grandes gastos iniciais.
Outro ponto é a conectividade. Mesmo em áreas com pouca internet, já existem sistemas que funcionam offline e sincronizam os dados assim que o sinal é restabelecido. Alternativas como internet via satélite ou programas de conectividade rural de cooperativas e do MAPA também estão cada vez mais acessíveis.
Por fim, há a resistência da equipe. Mudanças geram receio, mas quando os colaboradores percebem que a IA facilita tarefas, como identificar cio ou doenças com antecedência, a tecnologia deixa de ser vista como ameaça e passa a ser uma aliada no dia a dia.
Conclusão
A Inteligência Artificial não substitui a experiência do produtor, mas, sim, amplia seu poder de decisão. Ela transforma dados em conhecimento e conhecimento em lucro.
Comece pequeno. Escolha um problema, organize seus dados, teste uma ferramenta e acompanhe os resultados. Em pouco tempo, você vai perceber que a IA não é o futuro do campo, é o presente. Quem aprender a usá-la desde já, estará um passo à frente na pecuária do amanhã.
Referências bibliográficas
EMBRAPA Gado de Leite. Pecuária de precisão e inovação tecnológica na produção de leite. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2022.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Conectividade no Campo: Programa Nacional de Conectividade Rural. Brasília: MAPA, 2024.
STARLINK. Serviços de Internet via Satélite para Áreas Rurais. Hawthorne, CA: SpaceX, 2025.
EMBRAPA. Inteligência Artificial no Agronegócio: Aplicações e Desafios. Brasília: Embrapa, 2023.
NEDAP – Nedap Livestock, 2025.
Jogo Rápido
Você sabia que o leite pode ter um papel direto na saúde dos seus ossos? Descubra como essa bebida tão comum na nossa mesa pode colaborar na calcificação óssea do atleta Pedro. Uma reportagem instigante que une nutrição, esporte e ciência — imperdível! Assista a matéria completa no globoplay, clicando aqui. (Globoplay adaptado pelo Sindilat/RS)