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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.490


CILEITE: Dados sobre os principais indicadores para a cadeia produtiva do leite como preços do leite no mercado brasileiro e internacional, relação de troca ao produtor, balança comercial brasileira de leite e derivados

Indicadores Leite e Derivados - Setembro/2025

O preço do leite ao produtor, cotado a R$ 2,63 por litro em julho de 2025 na média nacional, registrou queda de 0,9% no mês e de 3,6% nos últimos 12 meses.A relação de troca leite/mistura melhorou em julho/25  quando comparada com o mês anterior, e com o  mesmo mês do ano de 2024. Foram necessários 29,3 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura.

No varejo, o preço médio da cesta de lácteos caiu 0,4% em agosto/25. No acumulado em 12 meses apresentou alta de 3,4%, contrastando com a inflação brasileira de 5,1% no período, medida pelo IPCA. O leite em pó registrou a maior alta mensal, 0,2% e o UHT a maior queda, 1,0%.



As importações brasileiras de leite e derivados, alcançaram 161 milhões de litros equivalentes em agosto/25, registrando queda de 6,5% no mês e queda de 12,2% em relação a agosto/24. O principal produto importado foi o leite em pó.

As exportações cairam 4,8% em agosto/25 na comparação com o mês anterior, fechando em 5,2 milhões de litros equivalentes e registraram alta de 26,9% em comparação com agosto/24. 

No acumulado de 2025, o saldo da balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 626 milhões, correspondente ao volume de 1.364 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral registrou queda de 5,3% na primeira quinzena de setembro/25 em relação a  agosto/25, cotado a US$ 3.809/tonelada e o leite em pó desnatado, queda de  5,8%, cotado a US$ 2.620/tonelada.

Fonte: Boletim Indicadores Leite e Derivados
Coordenação: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel J. de M. Oliveira
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo. (Graduandos da UFJF)
Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


SC: sistema de leite estacional garante férias da ordenha

Produção eficiente, descanso e agroturismo: casal de Xanxerê (SC) adota sistema de leite estacional, inspirado na Austrália, e muda rotina no campo.

Um método de produção de leite inspirado em experiências australianas vem transformando a rotina de produtores rurais em Xanxerê, Oeste de Santa Catarina. Na propriedade Rancho João, Celis Andressa Gasparetto e o marido André implantaram o sistema de leite estacional, que organiza a reprodução das fêmeas, permite períodos de descanso para as vacas e oferece mais qualidade de vida para a família.

O sistema adotado pela família baseia-se na pastagem rotacionada com sombreamento, definindo períodos específicos de reprodução.

— Durante o ano, apenas dois meses são destinados à inseminação das fêmeas aptas. Com isso, a secagem das vacas ocorre praticamente ao mesmo tempo, durante um período de 30 a 50 dias, sem produção de leite e sem necessidade de ordenha diária — explica Celis.

A referência veio da vivência do casal na Austrália. André trabalhou por três anos e Celis por um ano em fazendas que utilizavam modelo semelhante, embora com rebanhos maiores, geralmente acima de 150 vacas.

"O sistema de leite estacional é usado em diversos países porque considera a sazonalidade climática e a oferta de pastagens, tornando a produção mais eficiente e sustentável" destaca.

Eficiência na mão de obra e rotina organizada
A principal motivação do casal para adotar o sistema no Brasil foi a eficiência no uso da mão de obra.

"Na Austrália, três pessoas cuidavam de 300 vacas sem sobrecarga de trabalho. Quando voltamos, sabíamos que aqui enfrentaríamos desafios semelhantes, então decidimos aplicar o modelo que tínhamos vivenciado" relata Celis.

Hoje, a propriedade mantém 30 vacas em ordenha e 15 fêmeas para reposição, em 12 hectares que incluem pastagens e produção de milho para silagem. O sistema também proporciona um período de descanso para os produtores.

"Em média, conseguimos cerca de 40 dias de férias da ordenha, entre fevereiro e março. Durante esse período, as vacas permanecem na pastagem de verão e o manejo diário se resume a trocar os animais de piquete, verificar água, fornecer sal mineral e acompanhar os partos nos últimos dias. Uma pessoa consegue dar conta de tudo em menos de duas horas por dia" explica Celis.

Vida no campo e lazer em família
Com a rotina mais leve nesse período, o casal aproveita para curtir a vida no campo e a família. Entre piqueniques, pescarias, acampamentos, trilhas e cavalgadas, também reservam alguns dias para visitar a família de André em Santa Fé do Sul (SP) e conhecer novos lugares.

"Adoramos estar no campo, mas é bom poder variar um pouco e aproveitar outros espaços" comenta Celis.

Rotina organizada ao longo do ano
A organização da propriedade segue a lógica do sistema estacional. Em outubro, quando a maioria das fêmeas já está prenha, a rotina se torna mais leve.

"As fêmeas que não emprenharam dentro da estação definida entre 5 de julho e 5 de setembro são vendidas em fevereiro. Nessa época, o plantio do milho e os principais manejos já foram concluídos, e as vacas estão em pastagem de verão, sem necessidade de fornecimento de silagem" detalha Celis.

Além da produção de leite, a propriedade se tornou um espaço de aprendizado e turismo rural. A família recebe estudantes, profissionais e produtores, incluindo crianças e jovens, para vivenciar a rotina da propriedade.

"Estamos desenvolvendo o turismo rural técnico e pedagógico e planejamos expandir o agroturismo, agregando valor ao leite por meio do beneficiamento direto na propriedade" afirma Celis.

As informações são do Nsc total via Milkpoint

Anvisa, Ministério da Saúde e Opas promovem evento sobre monitoramento da regulação de alimentos no Brasil

A Anvisa, o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) irão realizar um evento sobre "Evidências para o monitoramento da regulação de alimentos no Brasil: contribuições para a implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição". O encontro será no auditório da Anvisa, em Brasília, no próximo dia 9 de outubro, das 13h30 às 18h.

O objetivo do evento é discutir os avanços e as evidências relacionadas ao monitoramento da regulação de alimentos no Brasil como estratégia de apoio à implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), com destaque para: 

Apresentação do projeto “Monitoramento da rotulagem de alimentos no Brasil: organização de base de dados, análise de informações estratégicas e elaboração de um sistema nacional de monitoramento”.

Apresentação da caracterização dos rótulos de alimentos e bebidas segundo a classificação NOVA (que divide os alimentos em quatro categorias, de acordo com o nível de processamento industrial ao qual foram submetidos: alimentos in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados).

Apresentação dos resultados de estudos sobre a restrição do uso de gorduras trans industriais em alimentos para apoiar a Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) da Anvisa sobre o tema.

O evento será aberto a todos os interessados, com vagas limitadas à capacidade do auditório da Agência. Confira a programação.

As inscrições deverão ser feitas até o dia 3/10, por meio deste formulário de inscrição. 

As informações são da Anvisa


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Sindilat)

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Porto Alegre, 26 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.489


Leite projetado a R$ 2,3149 para o mês de setembro no RS

Para o mês de setembro, o valor de referência projetado para o leite no Rio Grande do Sul está em R$ 2,3149, 2,37% abaixo do estimado no mês de agosto (R$ 2,3712). O dado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (26/09) durante reunião do Conseleite. O colegiado também divulgou o valor consolidado de agosto, que fechou em R$ 2,3861, 2,97% abaixo do valor final de julho (R$ R$ 2,4592).O coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, lembra que os dados reproduzem o mercado dos primeiros 20 dias do mês de setembro e consideram informações fornecidas pelas indústrias. (Sindilat/RS)

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Setembro de 2025

atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Agosto de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1886 de 25 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite reagiu bem à oferta forrageira, e os animais estão em boas condições corporais e sanitárias, favorecidas pelo clima. A atividade continua estável, apesar do impacto das chuvas. Os produtores têm garantido alimentação e conforto aos rebanhos para manter a produção regular. Em função da chegada da primavera, intensificaram-se as orientações técnicas para o controle da primeira geração de carrapatos; esse período é estratégico para ações de manejo sanitário.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite reagiu bem à qualidade e oferta das pastagens de inverno. Na Campanha, os trevos e o cornichão agregaram qualidade à dieta dos rebanhos. Na Fronteira Oeste, as pastagens perenes de verão, que apresentaram rebrote antecipado, contribuíram para o incremento da produção. 

Em São Gabriel, a produção de leite foi retomada em decorrência do aumento da oferta forrageira nesse início de primavera. Na de Caxias do Sul, as temperaturas amenas favoreceram o bem-estar das vacas leiteiras. A produtividade se manteve em razão da oferta de pasto de qualidade, da silagem de milho e da suplementação concentrada. O estado corporal dos animais está estável. Foram adotados manejos de endo e ectoparasitas. A qualidade do leite atingiu os parâmetros exigidos pela legislação. Na de Erechim, o estado nutricional e sanitário estão dentro do normal, beneficiados pelo conforto térmico das temperaturas amenas.

Na de Ijuí, a produção de leite está em alta devido à elevada disponibilidade de forragem das plantas anuais de inverno. Na de Passo Fundo, os rebanhos apresentaram estado nutricional e escore corporal satisfatórios. As vacas em lactação pastejaram em áreas de melhor qualidade, mas receberam complementação com silagem, ração concentrada e sal mineral. Na de Pelotas, a produção leiteira se manteve estável na maior parte da região; em alguns municípios, como São Lourenço do Sul, houve aumento devido ao acesso a pastagens cultivadas. As temperaturas médias foram adequadas ao bem-estar dos animais. Na de Porto Alegre, a produção aumentou. 

Na de Santa Maria, a produção se estabilizou com volume satisfatório. Na de Santa Rosa, as chuvas, no início e no fim do período, elevaram a umidade do solo, dificultando o manejo de animais, a ordenha, a oferta de alimentação e o acesso às pastagens. Em relação aos aspectos alimentares, muitas propriedades estão bem abastecidas com silagem, o que deve contribuir para manter a produção estável e evitar grandes oscilações na oferta de leite. (Emater/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA O PERÍODO DE 25/09 A 01/10/2025
Nos últimos sete dias, o tempo permaneceu instável na maior parte do Rio Grande do Sul. Nos próximos dias, o tempo voltará a ficar estável em grande parte do Rio Grande do Sul. No entanto, essa condição será temporária, já que a instabilidade retornará em seguida e voltará a predominar. Nos dias 25 (quinta-feira) e 26/09 (sexta-feira), a estabilidade predominará em praticamente todo o território gaúcho. Assim, não há previsão de chuva significativa nesses dois dias e, a partir do dia 26/09, as temperaturas devem voltar a se elevar em todas as regiões. Em 27 (sábado) e 28/09 (domingo), a possível atuação de um cavado (área alongada de baixa pressão) poderá manter as condições instáveis. No dia 27/09, são esperadas chuvas fracas a moderadas (pontualmente fortes) na Região Sudoeste do Estado, principalmente na Fronteira Oeste, Missões e em parte da Região Central e da Campanha.  Já no dia 28/09, os núcleos de precipitação devem se concentrar principalmente nas regiões Central e Norte. Em 29/09 (segunda-feira), o tempo voltará a se manter estável em grande parte do Estado, sem previsão de chuvas significativas. Entretanto, nos dias 30 (terça-feira) e 01/10 (quarta-feira), o transporte de umidade deve favorecer novamente a instabilidade nas regiões Central e Norte, onde são previstas chuvas fracas a moderadas, e localmente fortes em alguns municípios. De forma geral, os totais de precipitação previstos variam entre 30 e 100 mm na porção mais ao Norte e Centro-Oeste do Estado. Nas demais regiões, os acumulados devem ser menores, não ultrapassando 50 mm. (Simagro – Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos)

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Porto Alegre, 25 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.488


Conseleite/PR divulga projeção do valor do leite a ser pago em outubro/25

O Conseleite/PR divulga projeção do valor de referência leite entregue em setembro a ser pago em outubro. Confira!A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Setembro de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2025 é de R$ 4,3089/litro.

Demanda se mantém estável frente à expansão da oferta de leite
A oferta de leite segue em forte crescimento, impulsionada pela formalização, maior captação, avanços na tecnificação e adoção de confinamentos, conforme aponta a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) de 2024. Mesmo diante desse aumento da produção, a demanda se mantém estável, sustentada por fatores como renda, mercado de trabalho, o que explica a redução nos preços pagos ao produtor.

Evolução histórica dos valores de referência do Conseleite/PR

As informações são do Conseleite/PR


Conseleite/MG divulga projeção dos valores do leite entregue em setembro/25

A diretoria do Conseleite/MG, aprova e divulga os valores de referência para o leite entregue no mês de setembro de 2025 a ser pago em outubro de 2025. Confira!

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Setembro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2025 a ser pago em Agosto/2025

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2025 a ser pago em Setembro/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2025 a ser pago em Outubro/2025.

Demanda se mantém estável diante da crescente oferta de leite
A oferta de leite continua em expansão, impulsionada pela formalização, maior captação, avanços na tecnificação e uso de confinamentos, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) de 2024. Apesar desse crescimento da produção, a demanda se mantém estável, sustentada por fatores como renda e mercado de trabalho, o que contribui para a leve redução nos preços pagos ao produtor.

 

Evolução histórica dos valores de referência do Conseleite/MG

As informações são do Conseleite/MG

Suplementação reforça segurança alimentar dos bovinos na entressafra

Com a transição do inverno para a primavera, os produtores enfrentam um período de desafio na alimentação do rebanho. Nesse momento de entressafra, ocorre a redução da qualidade das pastagens, as espécies de inverno perdem vigor e as de verão ainda estão em início de desenvolvimento, resultando em baixa disponibilidade de forragem para os animais.
Além da queda no valor nutritivo, é nesta época que surgem plantas tóxicas, como a maria-mole (Senecio spp.), que, se consumida, pode causar intoxicação e morte dos bovinos. Isso exige atenção redobrada no manejo dos campos e na oferta de alternativas alimentares seguras.

"A maria-mole contém alcaloides pirrolizidínicos, que se transformam em pirróis no fígado. Esses pirróis impedem a mitose hepática, processo que permite a regeneração do órgão. Com a mitose bloqueada, o fígado perde sua função, o que leva ao surgimento de sintomas que resultam na morte do animal", explica Fernando Karam, chefe do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor - IPVDF, vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), e parceiro da Emater/RS-Ascar na orientação de práticas agropecuárias.

Segundo Jaime Ries, assistente técnico estadual da Bovinocultura Leiteira da Emater/RS-Ascar, a entressafra é estratégica porque influencia o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais. "A redução na qualidade do pasto compromete o ganho de peso e a condição corporal das vacas, podendo refletir em deficiência reprodutiva", destaca o extensionista.

SUPLEMENTAÇÃO EM BOVINOS

A suplementação pode ser realizada de diferentes formas, dependendo da categoria animal e do objetivo do produtor. O sal proteinado é indicado quando a limitação principal é de proteína. Favorece a digestibilidade do pasto e estimula o consumo de forragem, sendo útil em períodos de pastagem seca ou de baixa qualidade.

Os suplementos energéticos são utilizados quando há necessidade de aumentar a energia da dieta, auxiliando no ganho de peso, especialmente em sistemas de engorda. Já os suplementos volumosos, como silagem de milho, sorgo ou feno, complementam a dieta quando há escassez de pasto, garantindo o aporte de fibra e energia.

O momento ideal para iniciar a suplementação é quando se observa queda na disponibilidade ou qualidade da forragem, o que geralmente acontece no fim do inverno e começo da primavera. O monitoramento das pastagens e a avaliação da condição corporal dos animais são ferramentas práticas para definir o início do fornecimento.

Segundo o extensionista Jaime Ries, "a definição da quantidade depende de fatores como categoria animal (vacas em lactação, novilhos em engorda ou bezerros em recria), objetivo de produção e qualidade do pasto disponível", ressalta.

Em linhas gerais, recomenda-se que o suplemento represente entre 0,5% e 1% do peso vivo do animal em sistemas de engorda, podendo variar em situações específicas. A orientação técnica, feita por meio da assistência da Emater/RS-Ascar, é fundamental para ajustar a dieta conforme cada realidade.

Mais do que um custo, a suplementação deve ser vista como um investimento na produtividade e na saúde do rebanho. Animais bem nutridos apresentam melhor desempenho, maior resistência a doenças e maior eficiência reprodutiva, resultando em melhores índices econômicos para a propriedade.

"A suplementação garante que os animais não percam condição corporal nesse período crítico e permite que mantenham um bom desempenho produtivo. É uma estratégia que traz retorno direto ao produtor, tanto no leite quanto na carne", explica Ries.

A Emater/RS-Ascar segue apoiando os produtores rurais com orientações técnicas para enfrentar o período da entressafra, fortalecendo a pecuária gaúcha com práticas de manejo alimentar que garantem sustentabilidade e competitividade.

Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido

Valor Bruto da Produção do agro alcançou R$ 1,406 trilhão em agosto
O VBP 2025 cresceu 11,3%, com destaque para lavouras e pecuária. A bovinocultura liderou, e o leite somou R$ 71,5 bilhões, crescimento de 5,2% frente a 2024.O Valor Bruto da Produção Agropecuária, com base em agosto de 2025, alcançou R$ 1,406 trilhão, de acordo com a publicação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Este valor é 11,3% maior em relação à safra de 2024. Com o bom desempenho das culturas de amendoim (43%), soja (8,8%), milho (11,7%), café (47,2%), mamona (38%) e algodão (8,4%), a lavoura teve um crescimento de 10,8%, com um total de R$ 928,07 bi este ano, frente a R$ 837,52 bi em 2024. As variações negativas mais significativas foram da batata-inglesa (-61,1%), laranja (-17,9%), feijão (-15,9%), arroz (-10,2%), banana (-3,5%) e cana-de-açúcar (-1,3%). Já para a atividade pecuária, o ranking com os cinco primeiros produtos que obtiveram crescente desempenho, comparado à safra de 2024, foi: bovinos (20,5%), frango (4,7%), leite (5,2%), suínos (9,6%) e ovos (14,1%). A pecuária totalizou 12,3% de aumento, passando de R$ 425,77 bi no ano passado para R$ 478,08 bi em 2025. Quanto aos valores da produção, a soja segue tendo a maior participação, respondendo com R$ 322,1 bilhões, seguida do milho com R$ 164,0 bilhões, cana-de-açúcar com R$ 117,9 bilhões, café com R$ 115,2 bilhões e algodão com R$ 36,6 bilhões. Esses cinco produtos somados representaram 53,8% do total do VBP apurado. Na pecuária, a bovinocultura responde por R$ 204,1 bilhões, a avicultura por R$ 111,0 bilhões e o leite por R$ 71,5 bilhões, sendo que a bovinocultura representou 14,5% do total do VBP. Este estudo mostra a dinâmica do setor agropecuário nacional, visto o importante crescimento da ordem de 11,3% em relação à safra passada, o que esclarece o montante de recursos apropriado pelos produtores neste ano. Com relação à dinâmica regional, o estado de Mato Grosso representa 15,7% do total, com R$ 221,3 bilhões, seguido de Minas Gerais com 12% e R$ 168,3 bi, São Paulo com 11,3% e R$ 159,0 bi, e Paraná com 11,2% e R$ 157,4 bi. Uma análise sobre os produtos mostra que, em Mato Grosso, a soja, o milho, o algodão e os bovinos representam 93% do total do VBP estadual, de R$ 221,3 bi. Já em Minas Gerais, o café, a soja e o leite têm destaque, com participação de 57% de R$ 168,3 bi. Em São Paulo, a cana-de-açúcar, o café e a laranja puxam 63,6% do total de R$ 159,0 bi. Finalmente, no Paraná, milho, soja e frango representam 63,5% do total de R$ 157,4 bi. As informações são do Mapa.

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Porto Alegre, 24 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.487


Queda no preço da dieta reduz custos de produção em agosto na “média Brasil”

Em agosto, os custos de produção voltaram a cair na “média Brasil”, com retração de 0,38% no Custo Operacional Efetivo (COE). Entre as praças monitoradas, o comportamento foi distinto, com elevações em SP e no PR e recuos no RS, MG, GO, SC e BA.Na nutrição dos animais, as rações apresentaram queda de 1,02% na “média Brasil” . Apesar de a maioria das regiões acompanhadas ter seguido esse movimento, houve elevações no PR e em SP, enquanto na BA, os preços permaneceram estáveis. Em agosto, os grãos se valorizaram: a saca de milho avançou 0,38% e a de soja, 2,64%, em relação a julho. O farelo registrou um aumento mais brando, de 0,6% no mês. Mesmo com a valorização dos insumos base da ração, a queda nas cotações pode estar relacionada a estoques mais folgados nas indústrias, que adotaram estratégias de manutenção dos valores para garantir escoamento.Ainda assim, no acumulado parcial do ano, o preço da dieta permanece acima dos patamares do início de 2025. Em contrapartida, a categoria de suplementos minerais subiu 0,26% de julho para agosto, na “média Brasil”
.
Esse comportamento é típico desta época do ano,quando a menor disponibilidade de pastagens eleva a demanda por esses produtos em diversas regiões – esse cenário vem sendo captado desde junho.Os custos com operações mecanizadas, por sua vez, registraram leve alta de 0,22%¸entre julho e agosto, na “média Brasil” , devido aos reajustes no preço do diesel.Apesar da elevação mensal, na parcial do ano, a categoria ainda acumula queda de 3,69%. Para os insumos agrícolas, agosto foi marcado por retrações: adubos e corretivos caíram 0,29% e os defensivos, 1,37%, ambos na “média Brasil”. 

O período é caracterizado pela demanda mais reduzida na utilização desses insumos na maioria dos estados brasileiros, o que tende a refletir em preços mais baixos no balcão. No mercado de medicamentos, as variações foram pequenas, com estabilidade nas categorias de antibióticos, vacinas e produtos para controle parasitário. A exceção foi a categoria de antimastíticos, com forte retração de 7,75% na “média Brasil”, pressionada principalmente pelo PR, onde foram verificadas os maiores recuos do mês.

PODER DE COMPRA – Em julho, o produtor de leite precisou de 24,25 litros para adquirir uma saca de 60 kg de milho, 5,79% a menos que em junho. No período, o cereal se desvalorizou expressivos 6,63% (para R$ 63,63/sc de 60 kg), enquanto o preço médio do leite caiu (0,90%), em R$ 2,62/litro. Dessa forma, o poder de compra em julho se mostrou melhor que a média dos últimos 12 meses (26,8 litros/saca).  (CEPEA)


Projeto bilionário criará maior fábrica integrada de laticínios do mundo

Com investimento de US$ 3,5 bi, Argélia terá mega fazenda com 272 mil vacas e usina que produzirá 100 mil t/ano de leite em pó. Confira

A Argélia deu um passo decisivo para reduzir sua dependência de importações de leite em pó ao anunciar um projeto de US$ 3,5 bilhões que promete ser o maior complexo de laticínios do planeta. A iniciativa é fruto de uma parceria estratégica entre o governo argelino, por meio do Fundo Nacional de Investimento, e a Baladna, uma das maiores produtoras de laticínios do Catar. A joint venture resultou na criação da Baladna Algeria SPA, empresa responsável por implementar e administrar o empreendimento.

O plano prevê a instalação de várias fazendas na província de Adrar, totalizando 272 mil vacas em 117 mil hectares de terra. O projeto inclui ainda a construção de uma unidade industrial com capacidade para produzir até 200 mil toneladas de leite em pó por ano.

A construção deve começar em 2026 e a produção está prevista para iniciar no final de 2027. Quando atingir sua capacidade plena, a planta terá condições de atender cerca de 50% da demanda nacional por leite em pó, reduzindo de forma significativa a dependência externa.

Segundo estimativas oficiais, o projeto deverá criar aproximadamente 5 mil empregos qualificados, impulsionando a economia local e transformando a Argélia em um polo estratégico do mercado de laticínios no norte da África. Atualmente, o país importa mais de 400 mil toneladas anuais de lácteos, com valor próximo a US$ 800 milhões, sendo o quarto maior consumidor de leite em pó do mundo, atrás apenas da China, do Brasil e da União Europeia.

Pontos-chave do projeto:

Investimento total de US$ 3,5 bilhões

Instalação de 272 mil vacas em 117 mil hectares

Produção estimada de 200 mil toneladas de leite em pó/ano

Criação de cerca de 5 mil empregos qualificados

Início da construção em 2026 e produção a partir de 2027

Capacidade para atender 50% da demanda nacional argelina

As informações são do The Fence Post, do Dairy News 7x7 e do Ecofin Agency traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Efeitos do calor sobre a saúde, reprodução e produção de vacas leiteiras

Entenda como o estresse térmico compromete a produção e a reprodução de vacas leiteiras, afetando qualidade do leite e rentabilidade da fazenda.

Você já reparou no seu gado, vacas com baixa produção em épocas mais quentes? Isso pode estar interligado ao estresse térmico, que é uma condição fisiológica adversa que ocorre quando um organismo é incapaz de dissipar o calor gerado pelo metabolismo, comprometendo suas funções biológicas normais.

Esse fenômeno é especialmente relevante na pecuária leiteira, pois afeta diretamente a produtividade e o bem-estar dos animais. Quando expostos a temperaturas elevadas, os bovinos ativam mecanismos fisiológicos para  dissipar o calor excessivo, como o aumento da frequência respiratória e do suor,  porém, quando esses mecanismos não são suficientes, ocorre o estresse  térmico (PEGORINI, 2011). 

As vacas leiteiras, por apresentarem alta produção metabólica, são particularmente suscetíveis a esse estresse, o que pode resultar em perdas  significativas para a indústria leiteira. 

Esse tipo de estresse é comum em situações de ondas de calor repentinas, onde os animais não têm tempo suficiente para se adaptar ou quando a exposição ao calor excessivo ocorre de maneira contínua, provocando alterações hormonais que podem comprometer a eficiência produtiva e reprodutiva dos animais (PEGORINI, 2011).

A ocorrência do estresse térmico calórico agudo está diretamente associada a mudanças bruscas nas condições ambientais, especialmente em regiões com clima tropical e subtropical. Durante esses episódios, os bovinos  apresentam sinais evidentes de desconforto térmico, como a busca por sombra  e o aumento da ingestão de água (FIALHO et al., 2018). Além disso, há uma elevação da temperatura corporal, que pode desencadear quadros de hipertermia se não forem adotadas medidas de mitigação. Em situações extremas, esse tipo de estresse pode levar à exaustão térmica e até à morte dos animais, tornando essencial a implementação de estratégias para reduzir seus impactos. Em rebanhos leiteiros de alta produção, esse fenômeno compromete a ingestão de alimentos, reduzindo a disponibilidade de nutrientes essenciais para a lactação e a reprodução (PEGORINI, 2011). 

Entre os principais efeitos do estresse térmico na reprodução, destaca-se  a interferência nos hormônios reprodutivos, gerando um aumento da incidência  de falhas reprodutivas, tornando-se um desafio para a manutenção da eficiência produtiva das propriedades leiteiras (ROCHA et al., 2012). 

Estudos indicam que a elevação da temperatura corporal materna prejudica o ambiente uterino, comprometendo o desenvolvimento embrionário nas fases iniciais da gestação. Além disso, a deficiência na vascularização  placentária resulta em menor suprimento de nutrientes para o feto, o que pode levar a abortos espontâneos ou ao nascimento de bezerros com baixo peso (MOTTA NETO, 2017). 

A relação entre bem-estar animal e produtividade é amplamente estudada e evidencia que vacas submetidas a melhores condições ambientais apresentam maior produção leiteira, sendo que o estresse gerado por instalações inadequadas, manejo incorreto e interações humanas negativas pode  comprometer o consumo alimentar e o desempenho metabólico dos animais  (Ferreira et al., 2013). Além disso, ambientes desfavoráveis favorecem o  desenvolvimento de doenças, como mastite e claudicação, resultando em maiores custos com tratamento e redução da longevidade produtiva dos bovinos (Santos; Neves; Ribeiro, 2021). 

A composição do leite é sensível às condições ambientais e ao manejo dos animais. Estudos indicam que o estresse térmico, a superlotação e a falta de conforto afetam negativamente a produção e a qualidade do leite (Fonseca et  al., 2024). O leite de vacas submetidas a condições adversas pode apresentar menor teor de proteínas e gorduras, além de um aumento na presença de hormônios do estresse, que influenciam negativamente suas propriedades nutricionais e tecnológicas (Silva et al., 2022). Dessa forma, estratégias que garantam o conforto térmico, como sombreamento ou resfriamento artificial, e o manejo adequado dos animais são essenciais para assegurar a qualidade do leite. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Grupo Piracanjuba obtém certificação inédita em segurança de alimentos
No Grupo Piracanjuba, qualidade não se negocia, se garante. Com essa máxima, o Laboratório de Microbiologia da fábrica de Bela Vista de Goiás (BVG) conquistou a acreditação ISO 17025 do Inmetro em ensaio de patógenos Salmonella e Listeria. Essa certificação, reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é inédita no setor de laticínios e constata a competência técnica do laboratório. O resultado é fruto de mais de um ano de trabalho e reforça o compromisso da empresa com a qualidade e a segurança dos alimentos, assegurando testes mais precisos, confiáveis e em conformidade com os mais altos padrões nacionais. A ISO 17025 estabelece os critérios gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, garantindo que operem com precisão e confiabilidade. Essa norma abrange aspectos como a gestão da qualidade, a qualificação do pessoal, o controle de equipamentos e as condições ambientais. (Terra Viva)

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Porto Alegre, 23 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.486


3º Fórum Nacional do Leite da ABRALEITE acontece dias 24 e 25 de setembro

O Encontro acontece nos dias 24 e 25 de setembro na EMBRAPA em Brasília e reunirá lideranças, produtores e especialistas para debater o presente e o futuro da cadeia produtiva do leite.O 3º Fórum Nacional do Leite da ABRALEITE está marcado para os dias 24 e 25 de setembro na EMBRAPA, em Brasília, e promete repetir o sucesso das edições anteriores. Já consolidado como um dos principais encontros do setor no Brasil, o evento reúne produtores, técnicos, empresários e lideranças para discutir políticas públicas, tendências e desafios que moldam o futuro da produção leiteira no país.Idealizado e realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE), o Fórum ocupa um espaço de destaque no calendário nacional, sendo um ambiente privilegiado para a troca de ideias, a atualização profissional e a busca por soluções inovadoras para a cadeia produtiva do leite, que desempenha papel estratégico para a economia e para a sociedade.

A edição deste ano traz como tema central “Nosso leite e suas histórias” e conta com uma programação especial que reflete a essência e a força do setor. Os painéis foram organizados em eixos como:

Nosso País,
Nosso Setor,
Nossa Associação – ABRALEITE,
Nossa Fazenda,
Nosso Rebanho,
Nosso Leite.

Abrangendo desde questões econômicas e de mercado até bem-estar animal, sustentabilidade, inovação e tendências de consumo.

Entre os assuntos que farão parte da programação estão temas que vão das questões tributárias e de gestão econômica às inovações na produção, sustentabilidade, bem-estar animal e tendências de consumo, oferecendo uma visão ampla e atualizada sobre o setor leiteiro. O conteúdo será abordado por especialistas e lideranças, sempre com foco prático e alinhado à realidade dos produtores.

Para o presidente da ABRALEITE, Geraldo Borges, o Fórum é mais do que um encontro técnico:

"Este é um momento de união e de construção coletiva. O 3º Fórum Nacional do Leite reforça o protagonismo da classe produtora e promove um debate de alto nível sobre os caminhos que devemos seguir para fortalecer e valorizar a nossa atividade. É um espaço de diálogo aberto e construtivo."

A coordenadora do Fórum e diretora de Marketing e Comunicação da ABRALEITE, Maria Antonieta Guazzelli, destaca a importância do formato e da representatividade do evento:
"O Fórum é pensado para acolher diferentes visões e experiências. O tema deste ano, Nosso leite e suas histórias, traduz o nosso compromisso de mostrar tudo o que existe por trás de cada litro produzido, desde o trabalho no campo até a presença do leite nas mesas das famílias brasileiras."

O Fórum é uma oportunidade para estar lado a lado com produtores, lideranças e especialistas. Empresas e instituições interessadas ainda podem fazer parte do rol de patrocinadores deste grande evento.

Milkpoint


Doce de leite na dieta: aliado da hipertrofia

Com moderação, o doce de leite pode ser pré ou pós-treino, fornecendo energia rápida, cálcio e proteínas. Descubra como incluir sem sair do plano alimentar.Como um truque que facilita a reeducação alimentar para quem quer perder peso ou ganhar músculo, o consumo do doce de leite na dieta cresceu. Seja diet ou tradicional, além do sabor, que ajuda quem se considera uma “formiga” e não resiste a doces, o alimento tem benefícios reais para a hipertrofia — e uma colher de 20 g conta somente com 65 a 75 calorias.

"Acredite você ou não, mas o doce de leite pode ser um bom alimento para incluir na dieta", cita a nutricionista Letícia Citon. Entre as dicas de consumo estão incluí-lo em uma fatia de pão integral, frutas ou puro.

Protagonista para maior adesão do plano alimentar
Nutricionistas viralizam na internet mostrando receitas saborosas e saudáveis com o alimento, e faz sentido: o açúcar libera dopamina no cérebro, hormônio associado ao prazer. Dessa forma, a pausa repentina do consumo pode causar sintomas de abstinência, como irritabilidade, cansaço, tontura e problemas no sono. Assim, dietas rigorosas ou restritivas saíram das recomendações dos profissionais de saúde, e planos flexíveis tomaram o espaço.

Mesmo o doce de leite sendo um grande aliado da reeducação, profissionais alertam que o alimento não é a base do plano alimentar — ou seja, ele é aliado quando consumido nas quantidades corretas, e não em excesso. 

Pré x pós-treino
Exercícios de alta intensidade demandam grande aporte energético, e o doce de leite, rico em carboidratos simples, oferece energia rápida. Um artigo publicado na Revista Brasileira de Nutrição Esportiva indica que o consumo moderado de doce de leite como pré-treino em práticas intensas, como CrossFit ou musculação, pode melhorar o desempenho dos treinos, aumentando repetições e cargas — uma ótima opção para quem busca a hipertrofia (aumento da massa e do volume dos músculos).

A função da sobremesa muda conforme o momento em que é consumida. No pós-treino, o doce de leite é uma boa opção para a reposição do glicogênio muscular (carboidratos armazenados nos músculos que servem como energia para o treino). Além disso, outros benefícios, como ser fonte de cálcio, proteínas e fósforo, chamam atenção para o consumo moderado do alimento.

As informações são da Exame.

 
Conjuntura econômica do agronegócio do leite, analisada por especialistas da Embrapa.

Nota de Conjuntura - Mercado de Leite e Derivados - Setembro de 2025

A produção global de leite tem registrado um crescimento contínuo nos principais exportadores, com boa expansão nos Estados Unidos, Europa e América do Sul. No segundo semestre, a produção de leite também cresce no Hemisfério Sul devido a fatores sazonais. Portanto, essa oferta relativamente mais forte coloca alguma pressão baixista nas cotações. No leilão GDT de 16 de setembro o leite em pó integral fechou em queda, cotado a US$3.790/tonelada. Ainda é um bom patamar de preços, mas os indicadores no mercado futuro sugerem pequeno recuo até o final do ano.

No mercado brasileiro, a balança comercial de lácteos segue com importações elevadas, porém menores que as observadas no ano passado. De janeiro a agosto, o volume importado recuou cerca de 6% na comparação com o mesmo período de 2024.

Em contraste, a produção nacional de leite inspecionado está acelerada, como reflexo da melhor rentabilidade nos últimos anos. O segundo trimestre de 2025 registrou um expressivo crescimento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024, sendo o décimo trimestre consecutivo de expansão na produção. O Brasil atingiu um recorde histórico na série anualizada de 12 meses, com 26,1 bilhões de litros produzidos e a perspectiva é que esse volume continue a subir, sobretudo com investimentos de grandes produtores. Esse incremento na produção resultou em maior disponibilidade interna de leite, afetando negativamente as cotações.

Os preços dos derivados lácteos no mercado atacadista mostram uma tendência de recuo. Mercados como o de leite UHT, queijo muçarela e leite em pó industrial estão desacelerando. O mercado de leite Spot está particularmente fraco, com muita oferta disponível e pouca demanda.

O preço pago ao produtor de leite, em termos reais, começou o ano em bom patamar, mas exibiu um movimento de declínio a partir de abril, em plena entressafra, indicando que a demanda por lácteos não cresceu no mesmo ritmo da oferta. O cenário da para o final do ano deverá ser mais desafiador, mas não tão desfavorável quanto o segundo semestre de 2023, que foi marcado por margens muito apertadas e manifestações de produtores.

No âmbito de custos de produção, o contexto permanece favorável. Os preços mais baixos de milho e soja ilustram uma boa oferta e colheita brasileira da safrinha chegando ao fim, além de perspectivas positivas para as safras dos Estados Unidos. Não se prevê uma forte pressão de alta nestes mercados, mas  sugere-se atenção ao clima e às  margens apertadas no setor de grãos, somado ao crédito rural escasso, atrasado e com taxas de juros mais altas. São fatores que podem prejudicar o plantio para a safra 2025/2026 e impactar os preços. Além disso, existe um risco no mercado de fertilizantes devido à dependência brasileira da Rússia, que fornece cerca de 27% das importações nacionais. Apesar dos bons estoques atuais, é fundamental monitorar essa situação, visto que o segundo semestre geralmente apresenta pressão de valorização nesse grupo.

No âmbito macroeconômico, as previsões de crescimento do PIB estão piorando, conforme o Boletim Focus, do Banco Central. Para 2025, as projeções indicam expansão de 2,16% para o ano corrente e 1,80% para 2026, mostrando um cenário econômico pior que o observado nos últimos quatro anos. Apesar das previsões de queda da taxa Selic e da inflação para 2026, o contexto segue desfavorável a uma expansão mais robusta do PIB e ao estimulo do consumo.

Finalmente, o ambiente externo traz um cenário de incertezas que merecem atenção para os próximos meses. A piora no cenário político da Argentina, com impactos na taxa de câmbio, deve ser observada com atenção, já que é nosso principal parceiro comercial no mercado de leite. Estados Unidos e China também seguem na mesa de negociação e os desdobramentos desse acordo comercial podem ter fortes impactos no mercado brasileiro, que tem uma grande dependência da China em diversas commodities.

Além disso, os recentes posicionamentos do governo Trump sobre o Brasil, geram uma grande incerteza sobre a relação comercial dos dois países e eventuais exigências de concessões, que podem inclusive recair sobre o setor lácteo brasileiro. Portanto, o atual cenário, tanto interno quanto externo, sugere prudência e cautela ao longo dos próximos meses.

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 09/09/2025

Autores: Glauco Rodrigues Carvalho, Alziro Vasconcelos Carneiro; Denis Teixeira da Rocha; Fábio Homero Diniz; Kennya Beatriz Siqueira; Lorildo Aldo Stock; Luiz Antonio Aguiar de Oliveira; Manuela Sampaio Lana; Marcos Cicarini Hott; Paulo do Carmo Martins; Ricardo Guimarães Andrade; Samuel José de Magalhães Oliveira.*

*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Sindilat)

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Porto Alegre, 22 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.485


Contagem regressiva para o Milk Summit Brazil

O prazo para inscrições para o Milk Summit Brazil 2025 está na reta final e o  último dia para garantir uma vaga para acompanhar a primeira edição do evento se encerra no dia 10 de outubro através do site Sympla. A entrada será solidária: cada participante deve doar 1 kg de alimento não perecível, e a organização acrescentará 2 litros de leite por inscrição. Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades sociais.O evento acontece nos dias 14 e 15 de outubro, em Ijuí (RS), no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dentro da programação da Expofest. A programação completa pode ser acessada no site www.milksummitbrazil.com  e vai reunir produtores, cooperativas, indústrias e especialistas em torno do debate de quatro eixos: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Entre os nomes já confirmados estão representantes da Embrapa, Emater, Milkpoint, Tetra Pak, Senar, Ciepel, Fetag, Letti A², produtores de leite, indústrias e cooperativas de laticínios, além de lideranças de cooperativas e indústrias gaúchas. Segundo o coordenador do evento, Darlan Palharini, que também é secretário-executivo do Sindilat, a iniciativa busca fomentar conhecimento e gerar conexões estratégicas. “O leite é um motor da economia gaúcha. A atividade está em praticamente todo o território, gerando emprego, renda e contribuindo para o crescimento social e econômico do Estado”, assinala. A escolha de Ijuí valoriza a vocação da região noroeste, que é a maior fornecedor de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul. Segundo dados da Emater, são 741,9 milhões de litros por ano, oriundos de mais de 157 mil vacas leiteiras, o que representa um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões anuais, nesta região.Sobre o Milk Summit Brazil 2025

A realização do Milk Summit é conduzida por: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí.

Patrocinadores que acreditam no futuro do leite: Deale, Feuser Representações Comerciais / Rit - Resfriadores, Italac, Laboratório Base, Launer, Piracanjuba, Santa Clara, Senar, Sicredi, Sicoob, Sul Pasto e Tetra Pak

Parceiros institucionais que fortalecem o conhecimento e a conexão: ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Fetag, Ciepel, UPF, Escola Técnica Celeste Gobbato, Hooks, Cincuenta, Sebrae, APAJU, FASA, Rede Leite, Embrapa, Unijuí,  Unicruz, Intituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Farroupilha, CCR/UFSM, Ministério da Agricultura, Setrem e Amuplan.

E a imprensa agro também está junto como media partners, garantindo que a mensagem chegue ainda mais longe: Rádio Progresso, Rádio Jornal da Manhã, Rádio Mundial, Grupo Sepé Tiaraju, Jornal da Manhã, Sepé Rural, É do Campo, Rádio Sulbrasileira e Rádio Sorriso.

As informações são do Sindilat/RS


Ciência confirma: leite de caixinha não leva conservantes

Especialistas da SBAN reforçam: leite de caixinha é nutritivo e confiável.

Leite de caixinha é alvo frequente de boatos nas redes sociais, onde circulam informações falsas de que o produto conteria conservantes ou até mesmo substâncias nocivas, como formol.A ciência, no entanto, é clara: o leite UHT não leva conservantes, mantém suas propriedades nutricionais e é seguro para o consumo em todas as fases da vida.O segredo está na tecnologia empregada na produção. O processo conhecido como UHT (Ultra High Temperature), ou ultrapasteurização, consiste em submeter o leite a uma temperatura muito alta, próxima de 140 °C, por apenas alguns segundos.Esse tratamento térmico elimina microrganismos capazes de causar deterioração ou doenças, mas preserva o valor nutricional do alimento.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), a aplicação desse método, aliada ao envase asséptico e à embalagem cartonada multicamadas, garante a conservação do leite por até seis meses sem necessidade de refrigeração antes da abertura. Ou seja, não há adição de conservantes: o que prolonga a validade é a tecnologia.Embalagem que protege
As embalagens de leite de caixinha contam com até seis camadas de proteção, que impedem a entrada de ar, luz e microrganismos.

Essa barreira é fundamental para preservar o produto e evitar contaminações. Graças a esse recurso, o consumidor pode ter acesso a um alimento nutritivo, seguro e prático, que se adapta bem à rotina das famílias brasileiras.

Segundo a presidente da SBAN, Sueli Longo, os mitos sobre conservantes acabam prejudicando a imagem de um alimento essencial. “Mitos e fake news acabam afastando as pessoas de um alimento acessível, nutritivo e fundamental em todas as fases da vida”, afirma.

Legislação brasileira assegura qualidade
No Brasil, a legislação é clara: a adição de conservantes no leite é proibida. A fiscalização do setor é realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Essas instituições monitoram o cumprimento das normas e asseguram que apenas produtos de qualidade cheguem ao consumidor final.

A atuação conjunta dos órgãos oficiais é uma garantia de que o leite que chega às prateleiras é resultado de processos seguros, em conformidade com padrões internacionais de qualidade.

Valor nutricional preservado
Estudos confirmam que, embora o aquecimento em alta temperatura possa causar pequenas alterações nas proteínas, esses efeitos não comprometem a qualidade nutricional do leite. O alimento segue sendo uma fonte importante de proteínas, cálcio, fósforo, vitaminas e outros nutrientes essenciais.

Entre os benefícios, destacam-se o fortalecimento dos ossos e dentes, o apoio ao crescimento de crianças e adolescentes, a redução de riscos de doenças crônicas e a contribuição para a manutenção da massa muscular, especialmente em idosos.

Alternativas para intolerantes
Outro ponto importante é a acessibilidade do leite de caixinha. Para quem apresenta intolerância à lactose, há versões adaptadas que garantem o consumo seguro. Apenas pessoas com alergia à proteína do leite devem evitar o produto, seguindo sempre a orientação médica.

Mitos e verdades
A disseminação de fake news em torno do leite UHT não é novidade. Boatos sobre a presença de formol ou substâncias químicas já circularam em diferentes momentos, mas nunca foram comprovados. O que a ciência demonstra é que o leite de caixinha é simplesmente leite, tratado por um processo moderno e embalado de forma a manter sua segurança e praticidade.

Um alimento para todas as idades
O leite longa vida continua sendo um dos alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros. Ele acompanha desde a infância até a terceira idade, seja puro, no café com leite, em receitas ou como ingrediente de sobremesas. Sua versatilidade reforça o papel do leite como parte da cultura alimentar do país.

Assim, a mensagem dos especialistas é clara: pode beber sem medo. O leite de caixinha é seguro, nutritivo, não contém conservantes e segue sendo uma das principais fontes de nutrientes acessíveis para a população. (Adaptado para eDairyNews, com informações de Pop Mundi)

Balanço final: Condições climáticas do inverno 

O acúmulo de horas de frio – temperaturas iguais ou abaixo dos 7,2ºC – foi bastante satisfatório de maio a agosto, favorecendo a quebra de dormência das frutíferas de clima temperado. A análise faz parte do Comunicado Agrometeorológico 90 - Agosto 2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

“Todos os meses registraram valores de horas de frio na média ou acima da média, o que foi muito favorável à quebra de dormência de gemas de frutíferas de clima temperado. O acúmulo de frio é fator preponderante para uma brotação e frutificação uniformes, resultando em um bom potencial produtivo”, explica a pesquisadora Loana Cardoso, uma das autoras do comunicado. Em Veranópolis, o acumulado de maio a agosto foi de 367 horas de frio, ficando acima da média. 

Com relação às precipitações pluviais, as redes Simagro-RS e Inmet registraram chuvas acima da média na região Centro-Sul do estado, de 200 a 300 milímetros. “No entanto, não houve registro de problemas nas áreas agrícolas e em culturas de forma geral. Os registros são de alagamentos ou enchentes nas áreas do Sul e Centro, como em São Lourenço e Santa Maria, mas sem notícias significativas na área agrícola”, destaca a pesquisadora. 

Segundo o comunicado, na bovinocultura de leite, a produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados foi frequente na maior parte das regiões. As condições meteorológicas impactaram n

Geadas
De maio a agosto, foram registradas 61 geadas no Rio Grande do Sul, sendo a maior parte delas em junho (52,5%) e de intensidade forte (62%). “Esse é um dado interessante porque, climatologicamente, o principal mês de geadas é julho. As geadas afetam as culturas invernais principalmente no período reprodutivo, o que ocorre mais no final do inverno. Quanto mais frio no início do desenvolvimento das culturas de inverno, melhor, pois propicia maior perfilhamento em trigo, por exemplo, aumentando o potencial produtivo”, detalha Loana. 

Geadas na primeira semana de julho coincidiram com a fase de floração em algumas lavouras de canola. “Podem ter impactado o potencial produtivo, mas esse impacto não foi quantificado ainda”, finaliza a pesquisadora. 

Produzida pelo grupo de Agrometeorologia do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA/Seapi), o Comunicado Agrometeorológico é uma publicação mensal que traz as informações detalhadas das condições meteorológicas ocorridas no mês anterior. Com dados captados das estações meteorológicas do Simagro e do Inmet, o comunicado apresenta tabelas e mapas, além de uma análise dos impactos das condições meteorológicas sobre as principais culturas agrícolas e a produção pecuária no período. (Seapi)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Sindilat)

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Porto Alegre, 19 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.484


Gestão, tecnologia e sucessão marcam XV Dia de Campo da CCGL
 
A CCGL recebeu nesta quinta-feira, 18, centenas de produtores rurais para o XV Dia de Campo do Leite. O encontro transformou o Tambo Experimental da cooperativa em um grande espaço de debates sobre o futuro da atividade, conectando conhecimento técnico, inovação e a realidade das propriedades leiteiras, através de estações temáticas que apresentaram soluções práticas para aumentar a rentabilidade, a qualidade do leite e fortalecer a sustentabilidade da produção.
 
Com o tema “O leite do futuro se constrói hoje: com gestão, tecnologia e sucessão”, a programação reuniu especialistas e produtores em torno de questões que desafiam a cadeia do leite. Manejo de solo, irrigação, nutrição animal, gestão financeira e sucessão familiar foram discutidos em estações técnicas que buscaram traduzir a pesquisa em soluções práticas para o dia a dia no campo.
 
A movimentação começou cedo: produtores, técnicos e parceiros de diferentes regiões percorreram as estações, viram cases reais aplicados em propriedades, tiraram dúvidas práticas com os técnicos e discutiram custos, retornos e viabilidade das tecnologias apresentadas. Em cada espaço, especialistas e produtores compartilharam experiências e apresentaram soluções práticas para fortalecer a sustentabilidade e a competitividade da cadeia do leite.
 
Para a Gerente de Operações da CCGL, Silvana Trindade, o evento mostrou na prática como conhecimento pode se transformar em resultado.
 
“Cada edição é pensada para responder às necessidades do produtor. Queremos que o conteúdo ajude a tomar decisões estratégicas, fortaleça a gestão e prepare as famílias para o futuro. O Dia de Campo não é só um encontro técnico, é também um espaço de construção coletiva”, afirmou.
 
Para a jovem produtora Thiele Schwantz, de Quinze de Novembro, o Dia de Campo foi importante para que os produtores pudessem conhecer as novas tecnologias disponíveis, assim como aprender os melhores manejos para a propriedade. “Quem decide permanecer na atividade leiteira, precisa sempre buscar atualização através desses eventos técnicos oferecidos pelas cooperativas, pois conhecimento é extremamente importante e necessário para garantir a sustentabilidade da atividade”.
 
A programação abordou irrigação como ferramenta para intensificação da produção de forragens; fertilidade do solo como base da produtividade; a importância de diversificar fontes de forragem para aumentar os sólidos do leite; estratégias de bem-estar animal para reduzir o estresse térmico; o uso do controle leiteiro como instrumento de decisão; a gestão financeira aplicada à propriedade rural, com ênfase no Demonstrativo de Receita em Exercício (DRE); e reflexões práticas sobre sucessão familiar.
 
Em meio ao processo de sucessão familiar na propriedade rural, o casal Marinei e Evander Griech destacou a importância de iniciativas voltadas à permanência dos jovens no campo. Durante o dia de campo, aproveitaram especialmente a estação dedicada ao tema da sucessão. “Hoje em dia, se não fosse por toda essa tecnologia, como a Smartcoop, o jovem não pensaria em permanecer na propriedade. Se fosse como no nosso tempo, eles certamente não ficariam. As cooperativas fazem o possível para nos apoiar nessa continuidade, e viemos aqui para aprender ainda mais”, afirmou Marinei.
 
O XV Dia de Campo da CCGL foi uma realização da CCGL e suas cooperativas, da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e da Smartcoop, com co-realização do Sebrae RS. O evento contou ainda com patrocínio de Sicredi, Biotrigo, Fockink, Elanco, BRDE, Gelgas, Genex, Plastrela, Inbra, Datamars Livestock e Oligo. (CCGL)

Piracanjuba mais perto do RS

Do interior de Goiás para os lares de milhões de brasileiros. Em 2025, a Piracanjuba celebra 70 anos de história com um portfólio de mais de 200 produtos e presença consolidada em todo o país. Agora, a marca aposta na regionalização para estreitar ainda mais os laços com o público gaúcho.– Os valores muito presentes no Rio Grande do Sul estão também no DNA da Piracanjuba. Somos uma empresa familiar e com tradição em fazer produtos de qualidade. Vemos no povo gaúcho esse mesmo alinhamento com as raízes, a família e a cultura – ressalta a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos.Essa aproximação se baseia em três pilares principais:

1 PERFIL DOCEIRO
A tradição gaúcha na doçaria impulsiona o consumo de produtos como leite condensado e creme de leite, liderando as vendas da marca na região. Segundo a executiva, receitas típicas, como cuca e ambrosia, fazem parte da rotina local, o que fortalece o desempenho da linha food service. A unidade fabril da Piracanjuba em Carazinho, adquirida em 2019, reforça ainda mais essa conexão, permitindo atendimento mais ágil e alinhado aos hábitos locais.

2 EVENTOS REGIONAIS
A presença da Piracanjuba em ações culturais também fortalece o vínculo com os gaúchos. No Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, a marca realiza ativações com brindes, torres de carregadores de celular, estações de descanso e experiências sensoriais relacionadas ao leite. Também apoia eventos do agronegócio, como a Expointer, em Esteio, importante espaço de relacionamento que reforça a relação com os produtores locais. O evento vai até 21 de setembro.

3 CONSTRUÇÃO DE RELACIONAMENTO
A empresa reconhece que a construção dessa relação leva tempo e exige constância. Além da presença nas prateleiras gaúchas, a Piracanjuba quer ser reconhecida como marca empregadora, incentivando a cultura local e o desenvolvimento das comunidades onde atua.
– Estamos começando uma relação que, como dizemos internamente, é como um namoro. Nosso desejo é que se transforme em um casamento duradouro – conclui Lisiane. (Zero Hora)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1885 de 18 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE
A oferta de forragem e o desenvolvimento das pastagens melhorou em função do fim  do frio intenso, elevando a produtividade leiteira, o conforto térmico e o bem-estar animal. Os problemas com excesso de barro também foram temporariamente resolvidos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os parâmetros de qualidade, como gordura e proteína do leite, encontram-se em níveis elevados, refletindo a boa composição da dieta. 

Em Hulha Negra, os produtores planejam ampliar as lavouras de milho para silagem, uma vez que, em algumas propriedades, as reservas atuais devem se esgotar até o final de setembro; a reposição está prevista apenas para fevereiro. 

Na de Caxias do Sul,nos sistemas de confinamento, a situação nutricional permaneceu equilibrada em razão da quantidade suficiente de silagem de milho para atender à demanda anual. A saúde do rebanho segue estável, e houve manejo adequado de endo e ectoparasitas. 

Na de Erechim, o estado nutricional está satisfatório devido à suplementação estratégica para suprir demandas energéticas. É fase de nascimento de bezerras e de manejo criterioso no fornecimento de colostro e na desinfecção de umbigos; dedica-se atenção redobrada às categorias jovens em função da umidade.

Na de Ijuí, a produção de leite está em alta em decorrência da boa disponibilidade de forragem proveniente das plantas anuais de inverno nos sistemas a pasto. 

Na de Passo Fundo,vacas em lactação foram manejadas em pastagens de melhor qualidade, complementadas com silagem, ração concentrada e minerais. Já as vacas secas e novilhas receberam pastagens e suplementação, conforme necessário. Na de Pelotas, a sanidade animal foi beneficiada pela redução natural da população de carrapatos em função do clima frio. Contudo, a precariedade da infraestrutura de transporte segue como gargalo para o escoamento da produção. 

Os produtores ainda estão adotando técnicas e práticas para aumento da produtividade, embora 
enfrentem desafios econômicos e estruturais que limitam a viabilidade da cadeia.

Na de Santa Maria, as lavouras de cereais de inverno destinados à silagem, como aveia, triticale e trigo, se desenvolvem bem, e a produção de leite mantém estabilidade na região. 

Na de Santa Rosa, as pastagens já estão em fase de entressafra. As forrageiras anuais de inverno estão em fase final de ciclo, perdendo qualidade nutricional, e têm sido substituídas pelas pastagens de verão. 

Trata-se de um momento estratégico para o controle da primeira geração de ectoparasitas, e os produtores vêm sendo orientados a adotar medidas preventivas para reduzir futuras infestações. Na de Soledade, os produtores já planejam a implantação de espécies anuais de verão, e as áreas de milho para silagem estão em germinação ou prontas para a semeadura. (Emater)


Jogo Rápido

Tempo volta a ficar instável no RS nos próximos dias
Nos próximos dias, o tempo voltará a permanecer instável em grande parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 38/2025, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com Emater/RS-Ascar e Irga. Na sexta-feira (19/9), sábado (20/9) e domingo (21/9) a atuação de um sistema de baixa pressão adjacente ao território gaúcho deverá manter o tempo instável. Por conseguinte, nos dias 19/9 e 20/9 são previstas chuvas fracas a moderadas, ocasionalmente forte em pontos isolados, para a porção central e sul do estado e chuva fraca em pontos isolados da porção norte. No domingo (21/9), o sistema irá aumentar sua influência sobre o Estado, favorecendo a ocorrência de volumes mais expressivos de precipitação para todo o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (22/9), o sistema começa a se afastar e diminuir a influência sobre o Estado. Por isso, na porção sul não há previsões de chuvas significativas, enquanto nas porções central e norte ainda há previsão de chuva fraca a moderada, ocasionalmente forte em pontos isolados. Na terça-feira (23/9) e quarta-feira (24/9), o tempo volta a se estabilizar, com declínio das temperaturas e ausência de chuvas significativas no Estado. De forma geral, os totais esperados ficaram entre 30 e 100 milímetros em praticamente todas as regiões do RS. No Litoral Norte, os totais previstos estão um pouco menores do que nas outras regiões e devem, portanto, ficar entre 30 e 50 milímetros.  O boletim agrometeorológico atualiza semanalmente a situação de diversas culturas e criações de animais no RS. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)

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Porto Alegre, 18 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.483


IBGE: Valor da produção da pecuária e da aquicultura chega a R$ 132,8 bilhões em 2024

O valor de produção na PPM 2024 chegou à marca de R$ 132,8 bilhões, alta de 8,8% em relação ao ano anterior. Os produtos de origem animal levantados na pesquisa (leite de vaca, ovos de galinha e de codorna, mel, casulos-do-bicho-da-seda. ) atingiram R$ 121,1 bilhões, alta de 8,2% em relação a 2023, e os itens da aquicultura foram responsáveis por R$ 11,7 bilhões, aumento de 15,4%.

A Pesquisa da Pecuária Municipal 2024, divulgada hoje (18) pelo IBGE, trouxe essas e outras informações sobre os efetivos, produtos de origem animal e a aquicultura no país, que também estão disponíveis na página da pesquisa no Portal do IBGE e no Sidra.

A produção de leite atingiu novo recorde ao atingir 35,7 bilhões de litros, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior. Ao passo que a produção de leite subiu, o número de vacas ordenhadas decresceu. Foram contabilizadas 15,1 milhões de vacas ordenhadas, 2,8% a menos do que em 2023, sendo esse total de vacas ordenhadas o menor já registrado desde 1979.

 Produção de leite cresce pelo segundo ano consecutivo

O valor de produção do leite contabilizado em 2024 foi de R$ 87,5 bilhões, alta de 9,4% frente a 2023. O preço médio estimado pago ao produtor foi de R$ 2,45 por litro de leite, um aumento de 7,9% em comparação aos R$ 2,31 pagos no ano anterior.

“Ao longo dos anos existe uma alternância entre as regiões Sul e Sudeste na liderança entre as Grandes Regiões com a maior produção de leite no país. Atualmente, o Sudeste lidera após três anos de liderança da Região Sul”, explicou Mariana Oliveira. No Sul, a produtividade é o diferencial, a Região possui a maior produção de leite por vaca no país. O Sudeste lidera no número de vacas ordenhadas, com destaque para Minas Gerais, que é responsável por cerca de um quarto da produção nacional de leite.

O município de Castro (Paraná) liderou o ranking, mais uma vez, com 484,4 milhões de litros, alta de 6,7% em relação ao ano anterior. Carambeí (Paraná) manteve a segunda posição, com 293,1 milhões de litros, e Patos de Minas (Minas Gerais) ocupou a terceira posição, com 226,9 milhões de litros.

A periodicidade da pesquisa é anual. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios.

A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui. 

As informações são do IBGE, adaptadas pelo Sindilat/RS


O desafio de comunicar o leite: o que um café dos anos 70 pode nos ensinar

O leite vive um dilema hoje semelhante ao que o café viveu no passado: como dialogar com jovens que buscam propósito e autenticidade? Reinvenção na comunicação é essencial.Quem já assistiu à série Mad Man talvez se lembre de uma cena marcante: uma reunião em que publicitários debatiam a crise de consumo de café nos Estados Unidos dos anos 60. O problema era claro — os jovens não estavam consumindo café como as gerações anteriores. O hábito de tomar café, antes um símbolo de rotina e pertencimento familiar, começava a perder espaço e se tornar algo ultrapassado. A indústria se viu diante de uma encruzilhada: como reconectar um produto tradicional às novas gerações que já não se viam refletidas naquela xícara?A cena, me tocou. O paralelo com o leite, hoje, é inevitável.Assim como o café naquela época, o leite vive um dilema atual: como dialogar com uma geração que pensa, consome e se informa de maneira completamente diferente e nova? Concordemos que quem geralmente ocupa as cadeiras estratégicas em nas indústrias nasceu pelo menos nos anos 80 ou antes.Os jovens de hoje não são indiferentes ao leite — eles questionam, problematizam, buscam significado em cada escolha de consumo. O desafio não é mais vender apenas o benefício nutricional ou a tradição familiar, mas reconstruir narrativas que façam sentido dentro da lógica cultural dessas novas gerações. Lembremos que as informações além de estarem a um clique de distância, são também ofertadas nos feeds infinitos 24/7.O café encontrou o caminho apostando em inovação de comunicação, reposicionamento e em uma estratégia clara: educar e, ao mesmo tempo, encantar. O resultado? O café não só sobreviveu, como se reinventou. Hoje, é sinônimo de estilo de vida, experiência e até status. Uma boa experiência nesse sentido foi a marca de café Costa, criada em Londres nos anos 1970 e que se posicionou de forma esplendorosa num país onde a demanda por chá era a cultura e que buscava cafés suaves. Ela entrou com nada menos dos que cafés italianos encorpados, fortes (de cortar com a faca como diria minha avó) mas também com personalidade e se conectando a juventude da época. Vale ressaltar que o café Costa nunca perdeu esse traço na identidade da marca e além de seguir crescendo no mundo todo, segue inovando na comunicação que ao invés de apenas ser agradável traz embates (que convenhamos, se conectam tanto com a juventude desde sempre). Analise a foto abaixo e me diga se não é uma provocação ?O leite pode, e precisa, fazer o mesmo.
A pergunta é: como os laticínios estão se preparando para esse reposicionamento? Estamos insistindo em falar a mesma língua de décadas atrás ou já entendemos que o consumidor de hoje não se conecta com mensagens genéricas, mas com valores, autenticidade e propósito?A história nos mostra que crises de consumo são cíclicas. O que muda é a nossa capacidade de enxergá-las não como ameaça, mas como oportunidades de reinvenção.

Talvez o maior desafio do leite hoje não seja de produção, tecnologia ou logística. Mas o verdadeiro desafio esteja no campo da comunicação: traduzir o valor do leite em narrativas que façam sentido para quem vai escolher — ou não — levá-lo para dentro de casa amanhã. (Milkpoint)

Publicada MP que abre crédito extraordinário de R$12 bilhões para renegociação de dívidas rurais

Foi publicada nesta quarta-feira (17), no Diário Oficial da União (DOU), a Medida Provisória nº 1.316 que abre crédito extraordinário, em favor de Operações Oficiais de Crédito, no valor de R$ 12 bilhões para o financiamento destinado à liquidação ou à amortização de dívidas de produtores rurais prejudicados por eventos climáticos adversos

A destinação destes recursos é advinda da MP 1.314/2025, assinada no dia 5 de setembro, que autoriza a renegociação de débitos do setor agropecuário.

Os valores serão repassados pelo Tesouro Nacional a bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com estruturação pelo BNDES. As taxas de juros serão reduzidas em relação às praticadas no mercado, variando conforme o porte do produtor: 6% ao ano para pequenos, 8% para médios e 10% para os demais. Acesse aqui. Fonte: Terra viva


Jogo Rápido

A produção de leite da Argentina continua aumentando, de acordo com dados do OCLA
Dados divulgados pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA), indicam que no mês de agosto de 2025, a produção total de leite na Argentina aumentou 7,6% em relação ao mês de julho e 9,8%, na comparação interanual.  No acumulado do ano o crescimento está em 10,6%. Em 03/janeiro/2025 o OCLA estimou em 4,4% o percentual de aumento de agosto. (Terra Viva)

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Porto Alegre, 17 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.482


Setor de proteína animal reúne especialistas para debater impactos da Reforma Tributária

O evento "Encontro sobre reforma tributária - aspectos práticos para o setor de proteína animal" reuniu especialistas, lideranças e produtores no dia 5 de setembro, na Casa do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (Fundesa), durante a 48ª Expointer, realizada em Esteio, entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro. O objetivo foi debater temas importantes para o agronegócio, sendo um dos temas os impactos práticos da Reforma Tributária sobre a cadeia de proteína animal, analisando quem será afetado com as mudanças e como adaptar contratos e operações.

Promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em conjunto com a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do RS (Sicadergs), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul, o evento contou com a participação de representantes e técnicos das cadeias produtivas de avicultura, suinocultura e laticínios, em conjunto com juristas e técnicos e representantes do governo estadual que integraram os debates.

Ao reunir análises técnicas e experiências jurídicas em um ambiente de debate, o evento proporcionou diretrizes operacionais para produtores, cooperativas e empresas ajustarem seus fluxos de caixa, planejamento tributário e renegociação de contratos. O resultado é mais previsibilidade para investimento e segurança jurídica, fortalecendo o papel do agronegócio como motor de desenvolvimento econômico no Rio Grande do Sul.

“A inclusão das carnes na cesta básica com alíquota zero, conforme aprovada, tende a reduzir custos e fortalecer a competitividade interna e externa do setor. Mas há o outro lado da moeda: o fim de benefícios fiscais e a adoção de uma alíquota única de IBS/CBS podem elevar a carga tributária do produtor de forma significativa, especialmente por conta da perda de créditos fiscais e da centralização da tributação. Além disso, o desafio operacional para pequenos produtores é real — adaptação ao novo sistema tributário, fluxo de caixa e burocracia podem exigir uma reestruturação urgente”, disse José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Asgav.

O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, participou do evento.

As informações são da Asgav adaptado pelo Sindilat


GDT 388: estabilidade para o leite em pó e queda forte para muçarela
 
GDT registra estabilidade nos preços do leite em pó e Cheddar, enquanto muçarela segue em queda. Confira os efeitos para o Brasil.
 
No 388º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado em 16 de setembro, o preço médio dos produtos negociados ficou em US$ 4.041 por tonelada, praticamente estável em relação ao evento anterior — a menor variação registrada entre dois leilões neste ano (-0,05%, ou seja, USD 2/ton). Essa estabilidade foi sustentada, sobretudo, pelos leites em pó, cujos preços médios também permaneceram próximos aos do último evento.
 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT
 
 
O leite em pó integral (LPI), principal referência do mercado, manteve-se relativamente estável, com variação negativa de apenas -0,8%, cotado a US$ 3.790 por tonelada, após a forte queda registrada no último evento. O leite em pó desnatado (LPD) acompanhou a mesma tendência, permanecendo estável, com leve variação negativa de -0,3%, cotado a US$ 2.615 por tonelada, após as quedas observadas nos últimos leilões.
 
Gráfico 2. Preço médio LPI
 
 
O Cheddar manteve-se como o único produto a registrar alta, repetindo o movimento do último evento, com valorização de +2,2% e cotação de US$ 4.814 por tonelada. 
 
Entre os demais produtos, o movimento foi de retração: a gordura anidra do leite recuou -1,5%; a manteiga acumulou a sexta queda consecutiva, ainda que mais moderada (-0,8%); e a muçarela manteve a trajetória de baixa, com sétima queda seguida, de -9,6%, somando desvalorização de -19,8% desde junho. 
 
Já a lactose e o leitelho não foram negociados neste evento.
 
A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.
 
Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 16/09/2025.
 
 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Volume negociado mostra certo padrão
 
O volume negociado neste leilão somou aproximadamente 39,1 mil toneladas, um recuo de -5,7% em relação ao último evento. Já em relação ao evento correspondente no ano passado, o aumento é de +0,7%. 
 
Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.
 
 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX registraram nova queda nas projeções de preços em comparação com as projeções no último leilão, mas a previsão de queda vista nos últimos meses deu lugar à uma tendência de estabilidade até fevereiro de 2026.
 
Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).
 
 
Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Após a forte queda registrada no primeiro leilão de setembro, os preços no GDT voltaram a mostrar estabilidade, o que pode trazer um alívio momentâneo ao mercado brasileiro, já que Argentina e Uruguai — principais fornecedores de lácteos — seguem de perto as referências desse mercado. Caso o GDT retome a trajetória de queda, aliado à cotação do dólar próxima de R$ 5,30, a competitividade dos produtos do Mercosul tende a aumentar, ampliando a pressão sobre os preços nacionais.
 
Para a muçarela, o cenário é ainda mais delicado: os preços no mercado interno têm registrado quedas sucessivas e, combinados à tendência baixista do mercado internacional, podem sinalizar novas desvalorizações do produto.
 
Para compreender as tendências do mercado, traçar estratégias assertivas, se conectar com os líderes do setor e participar ativamente da transformação do leite no mundo, o Dairy Vision 2025 é o espaço ideal. (Milkpoint)
 
 
 
Banco de antígenos para febre aftosa é inaugurado nas Américas para facilitar acesso rápido a vacinas de emergência
 
O Banco Regional de Antígenos contra a Febre Aftosa (BANVACO) está oficialmente em operação a partir de hoje, marcando um marco importante na capacidade das Américas de responder a emergências sanitárias relacionadas a essa doença.
 
O objetivo do BANVACO, que realizou sua primeira reunião regular em 28 e 29 de agosto, é garantir um fornecimento contínuo de antígenos e vacinas para conter potenciais surtos de todos os sorotipos virais relevantes da febre aftosa por meio da vacinação de emergência. Embora a reintrodução da doença seja improvável nas Américas, é essencial que os países estejam preparados, já que um surto grave poderia comprometer a segurança alimentar nacional e internacional, além do desenvolvimento socioeconômico e do bem-estar das comunidades afetadas.
 
Gerido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por meio de seu Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA), o BANVACO não é uma instalação física. Trata-se de uma rede coordenada de laboratórios fornecedores que armazenam antígenos, os quais seriam formulados em vacinas em caso de emergência. Essa abordagem inovadora garante resposta rápida, custo-benefício e flexibilidade em situações de crise.
 
O diretor da OPAS, Dr. Jarbas Barbosa, chamou a iniciativa de um passo ousado rumo a uma região mais preparada e coesa. “O BANVACO é um compromisso político e operacional dos países para fortalecer a preparação regional, a saúde e a segurança alimentar, garantindo acesso ao rápido fornecimento de vacinas em uma emergência para preservar a saúde animal e o bem-estar das comunidades”, afirmou.
 
Febre aftosa
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de produção, incluindo bovinos, suínos e outros de casco fendido. Pode ter consequências socioeconômicas significativas, com perdas anuais que podem ultrapassar bilhões de dólares nos países afetados.
Nos últimos anos, as Américas avançaram significativamente na erradicação da febre aftosa. Neste ano, Brasil e Bolívia foram certificados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH) como países livres de febre aftosa sem vacinação. Atualmente, quase 80% do rebanho bovino das Américas está em países reconhecidos pela OMSA como livres da doença sem vacinação, cerca de 18% em países ou territórios livres com vacinação, e apenas 2% ainda sem status oficial de livre. Esse progresso é uma conquista histórica, resultado de políticas sólidas de saúde animal, vigilância aprimorada e controles de fronteira eficazes.
 
“O reconhecimento oficial da Bolívia e do Brasil como países livres de febre aftosa sem vacinação representa um marco significativo para o Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), que busca a erradicação da doença”, acrescentou o diretor da OPAS.
 
Historicamente, a vacinação sistemática do rebanho tem sido a principal estratégia para controlar surtos e prevenir novos casos. No entanto, uma vez confirmada a ausência de infecção e eliminados os riscos internos, os países podem suspender a vacinação. Em uma crise sanitária animal, a vacinação de emergência é reconhecida mundialmente como a ferramenta mais eficaz e socialmente aceita para o manejo de surtos, pois reduz a necessidade de abates em larga escala, mitiga perdas econômicas e contribui para a recuperação do status sanitário. Essa estratégia, porém, só é possível se existir uma reserva estratégica prévia de antígenos adequados, o que requer planejamento e coordenação entre os setores público e privado.
 
A criação do BANVACO está alinhada com recomendações de longa data das autoridades regionais de febre aftosa, incluindo a Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA), o Comitê Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (COHEFA) e a Reunião Interamericana de Saúde Animal em Nível Ministerial (RIMSA). Seu objetivo é proteger os territórios livres de febre aftosa, evitar a disseminação do vírus em caso de surto e resguardar os avanços conquistados pelo PHEFA.
 
Todos os países das Américas podem aderir ao BANVACO, sejam eles livres da doença com ou sem vacinação. Integram o Conselho Diretor do BANVACO:
 
• Brasil, por meio do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)
 
• Equador, representado pela Agência de Regulamentação e Controle da Saúde Vegetal e Animal (AGROCALIDAD)
 
• Paraguai, por meio do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal (SENACSA)
 
Fonte original: 
https://www.paho.org/en/news/29-8-2025-antigen-bank-foot-and-mouth-disease-opens-americas-facilitate-quick-access-emergency
 
Traduzida para português via inteligência artificial 

Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: Óleo de soja tem participação recorde na margem de lucro da indústria
Levantamento do Cepea mostra que a participação do óleo de soja na margem de lucro da indústria de esmagamento praticamente se igualou à do farelo na semana passada, configurando um cenário histórico. Pesquisadores explicam que o movimento reflete o avanço da demanda pelo óleo brasileiro, sobretudo por parte do setor de biodiesel. No último dia 11 de setembro, a participação do farelo na margem da indústria foi de 51% e a do óleo atingiu 49% – como comparação, a participação média do farelo no ano passado foi 62,2% e a do óleo, de 37,8%, considerando-se como base os preços da soja em grão, do óleo e do farelo no estado de São Paulo levantados pelo Cepea. (Cepea via Terra Viva)

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Porto Alegre, 16 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.481


Jogos interativos sobre o leite enriquecem experiência do Milk Summit Brazil 2025

Para além da programação presencial, o Milk Summit Brazil 2025 também se aventura no universo digital. É no site do evento que estão disponibilizadas duas atrações interativas sobre o universo do leite. Para jogar basta acessar milksummitbrazil.com. No primeiro jogo, o desafio é ajudar o produtor a desviar de obstáculos e assim coletar itens que aumentam a produção. Já o quiz “O que você realmente sabe sobre o leite?”, é um teste de conhecimentos com 17 perguntas sobre nutrição, saúde e produção leiteira, baseadas em dados e evidências científicas.  

Conforme Darlan Palharini, coordenador do evento, a estratégia aposta na abordagem lúdica para difundir os benefícios do leite. “Através dos jogos online entregamos, com leveza, conteúdos relevantes e certificados, combatendo fake news com informações corretas sobre os benefícios do leite para a saúde e para a economia”, destaca o também secretário-executivo do Sindilat. Os jogos foram desenvolvidos pelas empresas de tecnologia Hooks e Cincuenta, que também fizeram o site e a parte de comunicação da IA do evento.

No site também se concentra toda a programação do evento que acontece nos dias 14 e 15 de outubro, em Ijuí (RS), no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dentro da programação da Expofest. A agenda reunirá produtores, cooperativas, indústrias e especialistas em torno de quatro grandes eixos: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Já estão confirmadas participações de representantes da Embrapa, Emater, Milkpoint, Tetra Pak, Senar, Ciepel, Fetag, Letti A², além de produtores de leite, indústrias e cooperativas de laticínios.

As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de outubro, pelo site Sympla. A entrada será solidária: cada participante deve doar 1 kg de alimento não perecível, e a organização acrescentará 2 litros de leite por inscrição. Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades sociais. 

Sobre o Milk Summit Brazil 2025
A realização do Milk Summit Brazil 2025 é conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS), pela Prefeitura Municipal de Ijuí, pelo Sebrae, pela Emater/RS-Ascar, pela Suport D Leite e pela Impulsa Ijuí. 

O evento conta com o patrocínio de Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Launer Química, RIT Resfriadores, Tetra Pak Brasil, Senar, Grupo Piracanjuba, Laticínios Deale e SulPasto, empresas que acreditam na importância da inovação, da sustentabilidade e da valorização do leite brasileiro.

A edição também reúne parceiros institucionais, como a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Fetag, Centro de Ciências Rurais da UFSM, Universidade de Passo Fundo, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Hooks, Ministério da Agricultura, Ciepel e a Rede Leite, que contribuem para ampliar o alcance e a relevância do encontro. (Sindilat)


GDT Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat
 

Êxodo do leite desafia futuro da produção no Rio Grande do Sul

Fetag-RS e Gadolando alertam para recuo da atividade; Sindilat defende ganho de competitividade

A pecuária leiteira gaúcha passa por uma transformação que preocupa lideranças da agricultura familiar e da indústria. Em pouco mais de uma década, o Rio Grande do Sul viu o número de famílias produtoras despencar de cerca de 150 mil para menos de 30 mil, segundo a Emater/RSAscar. Só no último ano, essa redução foi de cerca de 12%. A produção estadual se mantém estável graças à concentração em propriedades maiores e mais tecnificadas, mas o impacto social é evidente em diversos municípios.Para Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), a mudança ameaça a sustentabilidade da agricultura familiar. Ele lembra que a atividade garante renda permanente em pequenas propriedades, mas vem perdendo atratividade. Herdando itens da cadeia da carne, como a dinâmica da instabilidade dos preços e do peso dos insumos de produção, “permanece apenas quem é extremamente profissional, com escala, gestão e manejo. Para os demais, a atividade se torna inviável”, avalia.No campo institucional, o setor leiteiro encara seus plantéis de forma bastante distintas. Enquanto a pecuária ornamental das raças leiteiras, com o cereal mantido para sustentar o rebanho, é vista como um ativo cultural e uma atividade com impacto social positivo, a bovinocultura leiteira é encarada como atividade econômica, com custos elevados, alta exigência tecnológica e instabilidade equivalente aos mercados de frango e de suínos, segundo Marcos Tang.O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando/RS) e da Confederação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), destaca o caráter histórico do fenômeno. Ele recorda que, há 15 anos, o Estado reunia em torno de 150 mil famílias ligadas ao leite, número que hoje não passa de 28 mil com emissão regular de notas fiscais. Segundo ele, as propriedades profissionais migraram para a escala e elevaram a média de produção de 100 litros por família para mais de 600 litros. Tang bem lembra que o Estado enfrentou cinco anos de impactos causados por enchentes, estiagens e concorrência de importados que trouxeram dificuldades adicionais.

Esse movimento de saída já tem um custo social significativo. O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Darlan Palharini, entende que as propriedades maiores vêm absorvendo as menores e o processo vem perdendo força.

Ele ressalta, entretanto, o ganho de competitividade: enquanto no RS a média por propriedade é de cerca de 450 litros, na Argentina e no Uruguai estruturas comuns atingem 4 a 5 mil litros. Essa diferença de escala pesa sobre a logística, que no Estado tem custo médio de R$ 0,20 por litro apenas no transporte. Apesar disso, Palharini afirma que o RS segue competitivo, lembrando que a indústria local tem em torno de 100 mil litros exportados por ano e que o Estado detém a liderança nacional em produção e exportação de queijos. Para sustentar a produção, defende maior investimento em políticas públicas, ressaltando que o atual momento exige maior conversão estrutural.

“O leite ainda é o quinto produto em importância no agronegócio do Rio Grande do Sul, não podemos perder essa atividade. Não podemos achar que é normal sair de 150 mil produtores para apenas 30 mil. Precisamos pensar em como estimular os pequenos produtores, caso contrário, vamos perder espaço para estados menos produtivos”, alerta.

Os investimentos da indústria reforçam essa linha. Na Expointer, a Lactalis anunciou R$ 400 milhões para ampliar suas plantas no Estado, em atividade voltada ao aumento de produtividade e versificação de produtos. Segundo Palharini, esse tipo de investimento pode estimular o crescimento da atividade, associado a programas de assistência, que registram elevação da ordem de 10% a 15% na produtividade das famílias assistidas.

Na Assembleia Legislativa, o deputado Elton Weber (PSB) protocolou na última semana o projeto de lei que institui o Pró-Leite RS – Programa Estadual de Sustentabilidade e Produção Leiteira. A meta é criar um fundo estadual para investir na atividade mais sensível do agronegócio gaúcho e torná-la mais estável. “Se não enfrentarmos a crise atual com medidas robustas, daqui a 10 anos o Rio Grande do Sul terá um setor leiteiro ainda mais concentrado e com baixíssima participação da agricultura familiar”, projeta Weber. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Mesmo com aumento na produção estimada, preços seguem firmes
Ainda que novas estimativas indiquem aumento na produção brasileira da safra 2024/25, levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem registrando pequenos avanços na maior parte das regiões acompanhadas. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da firme demanda interna e da posição mais cautelosa de vendedores, que limitam o volume disponível. Quanto à produção, dados divulgados na última semana pela Conab indicaram aumento de 2% frente ao mês anterior e de 21% em relação à temporada passada (2023/24), somando 139,69 milhões de toneladas. (Cepea via Terra Viva)