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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.405


Milk Summit Brazil 2025 vai discutir protagonismo do leite

Foi lançado oficialmente na manhã desta segunda-feira (02/06) o Milk Summit Brazil 2025. Previsto para os dias 14 e 15 de outubro, o evento promete ser um grande encontro do setor lácteo brasileiro e será realizado na cidade de Ijuí (RS). Conforme o coordenador do Summit, Darlan Palharini, o objetivo é reunir os elos da cadeia láctea, promovendo conhecimento, conexões e inovação. “O setor do leite tem papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. É uma atividade presente em mais de 90% dos municípios, com forte geração de empregos e impacto direto nas economias locais”, assinalou o secretário-executivo do Sindilat/RS.

A confirmação do evento aconteceu durante a apresentação da nova diretoria da Expofest 2025, do projeto Caminhos do Agro e do anúncio de que o Milk Summit Brazil integrará a agenda inicial da exposição com oficinas, debates, rodadas de negócios, atividades culturais e ações de valorização dos produtos lácteos. Estão previstas palestras com especialistas de instituições referência, como Embrapa, banco Rabobank, Emater, Milkpoint. O Milk Summit Brazil será realizado no Parque de Exposições Wanderley Burmann, em Ijuí.

Palharini destaca que a escolha da cidade no Noroeste gaúcho é estratégica. Segundo dados da Emater, ela se destaca como a maior fornecedora de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul, com 741,9 milhões de litros por ano, das mais de 157 mil vacas leiteiras que representam um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões ao ano, somente com leite.

As inscrições para o evento abrem no dia 14 de julho. Toda a programação poderá ser acessada apenas com a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será acrescido de 2 litros de leite, doados pela organização, para serem entregues a entidades sociais. “O Milk Summit é um movimento de valorização do leite e está sendo formatado e construído para estar à altura da importância do setor”, pontua Palharini. A realização do Milk Summit Brazil 2025 está a cargo da Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Sindialt/RS, Emater, Suport D Leite, Prefeitura de Ijuí e Expofest.

Acompanhe as atualizações e novidades sobre o evento pelo Instagram: @milksummitbrazil

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


Global Dairy Trade 

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat RS

 

Lactalis faz 10 anos de Brasil e planeja expansão

Focada em constituir uma liderança Forte e Responsável na cadeia de leite do país, a Lactalis completa 10 anos de Brasil e continuará investindo na consolidação de seu posicionamento na produção nacional. Nos próximos anos, o grupo, que detém as marcas Président, Parmalat, Itambé, Batavo, Elegê, Poços de Caldas e Galbani, pretende desenvolver as comunidades onde atua por meio de projetos de estímulo à produção no campo e na qualificação e agregação de valor no setor industrial.

Além de projetos na área industrial, a empresa tem previsão de duplicar a dimensão da Lactalis Brasil, com a meta de alcançar o faturamento de R$ 35 bilhões até 2030 com projetos de melhoria da cadeia láctea. A posição foi destacada pelo presidente da Lactalis Américas, Patrick Sauvageot, durante a comemoração de aniversário no Brasil, realizada em São Paulo (SP) nesta segunda-feira (2/6). Ao longo de 10 anos, a Lactalis investiu mais de R$ 5 bilhões em aquisições e operações no Brasil e outros R$ 2,6 bilhões na ampliação e modernização do parque fabril, totalizando R$ 7,6 bilhões.

Para 2025, estão previstos aportes de R$ 313 milhões na ampliação das operações fabris no Paraná e outros R$ 291 milhões em Uberlândia (MG), ampliando a capacidade para o processamento de até 1 mil toneladas de queijo Prato. O volume equivale a aproximadamente, novos 10 milhões de litros de leite transformados a cada 30 dias.

A Lactalis é líder em captação de leite no Brasil, com 23 plantas fabris e 49 centros logísticos distribuídos em oito Estados, sendo mais de 13 mil colaboradores e mais de 2,7 bilhões de litros de leite captados. As fábricas no Brasil são responsáveis por diversas linhas de produtos que todos os dias levam qualidade à mesa de milhares de consumidores. (Jardine comunicação)


Jogo Rápido
LIVE/MAPA: Registro de Estabelecimentos no SIF: tudo o que você precisa saber!
No dia 4 de junho, às 9h30, será realizada uma live sobre o registro de estabelecimentos no SIF (Serviço de Inspeção Federal), transmitida pelo Canal da Enagro no YouTube. O evento, promovido pelo DIPOA/SDA/MAPA, apresentará as funcionalidades do sistema dentro da Plataforma SDA Digital e contará com uma sessão interativa de perguntas e respostas. A iniciativa é voltada a profissionais do setor agropecuário e demais interessados nos serviços oferecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária. A live é uma oportunidade para esclarecer dúvidas e conhecer melhor os processos relacionados ao SIF. Não perca! Clique aqui e assista. (Sindilat com informações do MAPA).


 
 
 

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Porto Alegre, 02 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.404


Desistir não é opção: a história da pecuarista que superou desafios pessoais e crises no setor para se manter na pecuária leiteira no Rio Grande do Sul

A trajetória da pecuarista Rosane Sabiel, do interior do Rio Grande do Sul, representa a história da pecuária leiteira brasileira, que é marcada por persistência, superação e uma rotina onde o recomeço virou regra. Enquanto o setor enfrenta uma sequência de desafios — da concorrência com o leite importado do Mercosul, os altos custos de produção, efeitos da pandemia e, mais recentemente, as enchentes no Estado —, Rosane também precisou lutar com diversos obstáculos pessoais para seguir na atividade.

Na propriedade familiar Granja Santo Antônio, localizada no município de Carlos Barbosa, Rosane cresceu envolvida na produção de hortaliças, atividade que garante o sustento da família através da comercialização no CEASA da capital gaúcha. Paralelamente, a família possuía uma pequena criação de gado leiteiro, com o objetivo de atender às necessidades do consumo familiar.

A produtora relembra que foi na infância, observando a dedicação da avó ao rebanho de vacas holandesas, que a paixão pela pecuária de leite começou a florescer. Apesar da pouca idade, Rosane já possuía uma visão clara sobre a importância da qualificação e da adoção de novas tecnologias para impulsionar a produtividade e o crescimento do rebanho. 

“Quem sempre cuidou do rebanho foi minha avó paterna. Com ela, eu aprendi  a cuidar e amar dos animais. Quando eu tinha 12 anos,  a minha avó machucou o joelho e não conseguiu mais fazer os tratos e nem a ordenha. Então, eu comecei a trabalhar mais intensivamente. E naquela época, era tudo ordenha manual”, comentou ao Notícias Agrícolas. 

Aos 14 anos, Rosane começou a investir em sua formação na bovinocultura leiteira através de cursos práticos ministrados por técnicos da cooperativa do município. "Aprendi inseminação artificial, manejo do rebanho, nutrição e também como lidar com os animais quando adoeciam", explica.

Conforme a análise da Coordenadora de Leite e Derivados do Sebrae/RS, Aline Balbinoto, a atividade leiteira historicamente desempenhou um papel coadjuvante nas economias das propriedades, sendo os rendimentos destinados à quitação de obrigações financeiras básicas, como as despesas de supermercado. "Tradicionalmente, a pecuária leiteira era gerida pelas mulheres e seus lucros eram voltados para as necessidades alimentares da família", aponta.

A Coordenadora destaca as diversas mudanças pelas quais o setor tem passado nos últimos anos, marcadas pela transição de gerações, em que os filhos estão buscando investir em qualificação e tecnologia para impulsionar a rentabilidade na atividade.

“No Sebrae, notamos uma preferência dos proprietários das fazendas para que seus sucessores se qualifiquem por meio de cursos e apliquem o conhecimento adquirido na gestão da propriedade”, informou.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) observa que alguns fatores têm motivado a saída dos produtores da atividade, porém a melhora na rentabilidade nos últimos dois anos tem incentivado alguns produtores a continuarem. Segundo a entidade, esse cenário tem sido decisivo para atrair e manter jovens no campo, estimulando o processo de sucessão familiar.

“É a rentabilidade que motiva o produtor a permanecer na atividade, especialmente os mais jovens”, avalia Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat. Ele destaca que, diante de um ambiente mais favorável, tem crescido o número de filhos que optam por seguir ao lado dos pais na produção, dando continuidade ao negócio familiar.

Para o sindicato, esse movimento é essencial para evitar o abandono da pecuária leiteira e garantir o andamento do setor a longo prazo. “Quando há planejamento e participação ativa da nova geração, vemos a sucessão acontecer de forma mais estruturada, o que fortalece toda a cadeia produtiva”, conclui Palharini.

Para Rosane, os primeiros desafios na atividade começaram ainda criança, na qual sempre foi marcado por seus esforços em convencer a família sobre a importância de investir no setor. No entanto, o pai não dava a devida atenção para a produção de leite, o que sempre deixou Rosane chateada. 

“Ainda criança meu pai tentou vender o lote de bovinos de leite três vezes, só que a minha mãe interferiu a meu favor, pois eu sempre caia aos prantos toda vez que tentavam vendê-las”, relatou. 

Quando ela tinha 19 anos, o pai então comprou uma ordenhadeira “balde ao pé” e, naquela época, a produção estava em torno de 120 litros  a 130 litros/dia. A atividade permaneceu de forma secundária ainda por um bom tempo, já que Rosane cresceu, se casou e teve dois filhos e continuava ajudando a família na produção de hortaliças.

"Assim como eu sempre gostei do trabalho com a pecuária leiteira, meu pai sempre amou cuidar da horta para vender no CEASA e ele segue se dedicando na atividade com muita convicção e amor”, relatou.

Assim como na propriedade da família, a atividade leiteira teve que ficar em segundo plano na vida pessoal de Rosane, que passou por uma separação no relacionamento e foi diagnoticada com câncer e depressão, assim  precisou se afastar de todo o trabalho agrícola.

“Durante o período que eu estive doente, eu precisei vender meu veículo para custear o meu tratamento de saúde já que o plano se recusou a pagar meu tratamento. Naquele momento, a minha vida estava acima de tudo e quando estivesse recuperada tinha certeza que iria recomeçar novamente”, disse Saibel.

Assim que se recuperou do tratamento de saúde, Rosane decidiu buscar oportunidade de trabalho fora do campo já que não podia ficar exposta ao sol e ter contato com os produtos químicos. Foi então que começou a realizar fretes e ganhar dinheiro como caminhoneira. “Foi um período muito complicado, pois exigia que eu ficasse longe dos meus filhos e muito tempo na estrada, pricipalmente de madrugada”, comentou.

Rosane recordou o início de sua trajetória, quando auxiliava a avó no manejo do rebanho, então decidiu fazer uma proposta para o seu pai e disse que iria ter sucesso com a produção de leite. Depois de muitas conversas e negociações, o pai aceitou que ela continuasse investindo na pecuária leiteira, mas com a contrapartida de cobrança de uma porcentagem do uso da estrutura e maquinários da propriedade.

Assim, em janeiro de 2019, tomando como um grande desafio pessoal, Rosane passou a manejar sozinha do rebanho de vacas de leite mesmo com poucos recursos financeiros e tendo 17 animais no plantel (10 vacas em lactação e 7 terneiras). Com orientação do técnico da cooperativa, começou a reformulação das dietas e passou a trabalhar exclusivamente com a produção de leite.

“No início, a propriedade comprava os insumos para a alimentação animal e depois investimos na produção de feno de pré-secado, silagem de milho e feno de azevém”, disse.

Determinada em tornar a atividade mais eficiente e produtiva, a produtora começou a investir na atividade com recursos próprios e à medida que juntava o dinheiro com o trabalho. Dentre os investimentos realizados está a ampliação do confinamento, compra de animais, investiu em uma nova ordenhadeira, plataforma basculante, grade aradora, uma semeadora adubadora com acoplamento, pulverizador com comando hidráulico, segadeira para cortar pasto, ancinho, rolo compactador, espalhador de esterco com acionamento hidráulico de 4000L e dois tratores para as operações.

“Os investimentos são necessários para se manter na atividade, mas eu costumo falar que eu invisto conforme a perna aguenta. Eu não faço nada que vai me prejudicar e comprometer o meu trabalho”, comentou.

Rosane decidiu buscar financiamento bancário apenas uma vez para adquirir dois tratores, mas que precisavam ser da cor rosa, pois além de ser um sonho pessoal a cor era uma demonstração de toda a  força, empenho e dedicação das mulheres rurais, que apesar das diversidades não desistem da atividade. 

“Era o meu sonho e não iria desistir disso tão fácil, eu fiz um financiamento junto ao banco e já quitei há dois anos com todo o meu empenho no trabalho”, completou. Com os investimentos realizados nos últimos quatros anos, a produção leiteira passou de 120 a 130 litros/dia para uma produção diária de 500 a 600 litros/dia. (As informações são do Notícias Agrícolas, editadas pelo Sindilat)


CEPEA: preço do leite volta a recuar

Em abril, o preço do leite ao produtor caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro, segundo o Cepea. Apesar da queda, o valor segue 5,7% acima do registrado há um ano, em termos reais.

Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em abril caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro na “Média Brasil”. Ainda assim, o valor é 5,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, em termos reais (deflacionado pelo IPCA de abril).

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de abril/2025)

Os preços do leite ao produtor caíram em um momento atípico, mas essa queda se explica pela redução da demanda por lácteos no mercado final. De acordo com analistas do MilkPoint Mercado, os preços ainda elevados nas gôndolas dos supermercados e o menor otimismo para o consumo geral da população têm refletido em um consumo mais retraído, impactando negativamente no volume consumido de lácteos.

Além disso, a oferta de leite no campo se manteve firme, mesmo com a chegada da entressafra. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) subiu quase 3% entre março e abril, um aumento maior do que o normal para essa época. Isso se deve ao clima favorável, à boa qualidade da silagem e às margens melhores da atividade.

Com a oferta mais estável, o consumo em baixa e a queda na rentabilidade das indústrias, o mercado espera que os preços ao produtor sigam caindo no terceiro trimestre. (Milkpoint)

Leite/América do Sul

Com a chegada do inverno a produção de leite sul-americana fica estável

A produção de leite na América do Sul encontra-se estável nos principais países produtores com a proximidade do inverno. O clima mais ameno do que o esperado contribuiu positivamente para a produção leite durante o outono. Outrossim, alguns observadores indicam que a produção de leite nas fazendas, em 2025, está inferior em comparação com a produção de 2024. Os relatórios indicam que os custos da alimentação animal estão acessíveis. A demanda dos compradores da região é forte. Os negociantes da América do Sul relatam compras intensas recentemente e os preços sobem continuamente, já que os compradores buscam assegurar mercadorias da Argentina e do Uruguai. A demanda brasileira continua forte. 

Fonte: Relatório USDA: 
https://www.ams.usda.gov/marketnews/individual-dairy-market-news-commodityreports#International
Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido
LIVE/MAPA: Registro de Estabelecimentos no SIF: tudo o que você precisa saber!
No dia 4 de junho, às 9h30, será realizada uma live sobre o registro de estabelecimentos no SIF (Serviço de Inspeção Federal), transmitida pelo Canal da Enagro no YouTube. O evento, promovido pelo DIPOA/SDA/MAPA, apresentará as funcionalidades do sistema dentro da Plataforma SDA Digital e contará com uma sessão interativa de perguntas e respostas. A iniciativa é voltada a profissionais do setor agropecuário e demais interessados nos serviços oferecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária. A live é uma oportunidade para esclarecer dúvidas e conhecer melhor os processos relacionados ao SIF. Não perca! Clique aqui e assista. (Sindilat com informações do MAPA).


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.403


O leite do futuro

Não será à base de proteínas vegetais nem cultivado em laboratório. O leite do futuro já existe, e está sendo produzido dentro da pecuária, seja de bovinos, ovinos ou caprinos.

Quem diz é Luiz Gustavo Ribeiro, professor na Universidade de Copenhagem, na Dinamarca, que participou da 3ª Jornada Técnica da Rede Técnica de Cooperativas (RTC), em Gramado:

— O leite continuará sendo leite. Tem muito mais nutriente do que as bebidas que o imitam. É mais saudável, por ser natural, e não ultraprocessado.

As informações são de Zero Hora

Créditos das fotos: Carolina Jardine


Sindilat integra ações do Dia Mundial do Leite em Chiapetta 

Em comemoração ao Dia Mundial do Leite, celebrado em 1º de julho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) levou a Chiapetta (RS) ações voltadas à educação e à valorização do setor lácteo. A entidade selecionou produtos lácteos para compor o lanche dos alunos das escolas municipais Lorette Finck, São José e Haydee Chiapetta, além da escola estadual Anchieta, contemplando cerca de 450 estudantes que participaram das atividades comemorativas ao longo do dia.

A programação, que aconteceu no Auditório José Gabriel Chiappetta, contemplou estudantes do ensino médio no turno da manhã. Eles assistiram a uma palestra sobre o mercado de trabalho no setor lácteo, conhecendo as oportunidades de atuação e possibilidades de crescimento profissional que o setor oferece, ministrada pelo engenheiro agrônomo Diego Coimbra, do SENAR-RS, com o tema: "Será que a atividade leiteira dá lucro?".

Já no turno da tarde, os alunos participaram de uma conversa lúdica sobre a história e a importância do leite no desenvolvimento da humanidade, apresentada pelo médico veterinário Henrique Pereira da Silva. Depois, os estudantes se engajaram em uma edição pocket do projeto “Arte na Caixinha”, promovido pelo Sindilat/RS. A iniciativa propõe que as crianças desenvolvam obras artísticas utilizando caixas de leite UHT como suporte, representando, de forma criativa, o que aprenderam sobre o setor lácteo. A atividade estimula a reflexão sobre o consumo consciente, trata da importância do leite na alimentação e do papel dos produtores rurais.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou a relevância de iniciar o diálogo sobre o setor lácteo com o público infantojuvenil, dada a importância do leite na alimentação e no desenvolvimento econômico do Estado. “Levar informação de forma acessível e lúdica para a juventude é uma forma de valorizar a cadeia produtiva do leite. Eles estão entre os principais consumidores e, mais do que isso, são multiplicadores de conhecimento dentro de suas famílias e comunidades”, afirmou Palharini.

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS

 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1869 de 29 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite está em recuperação, após a superação do vazio forrageiro, que afetou diversas propriedades nas últimas semanas. Já é possível reduzir parcialmente a suplementação com concentrados e volumosos, que mantinha os custos de produção elevados.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Santana do Livramento e Manoel Viana, observam-se os primeiros potreiros de forrageiras de inverno em condições de utilização. 

Na de Caxias do Sul, a condição corporal dos bovinos leiteiros permaneceu apropriada, pois não houve restrições alimentares no período. Os dias mais frios favoreceram o conforto térmico e o bem-estar dos animais tanto no campo quanto em confinamento. 

Na de Erechim, em propriedades com pouca oferta de silagem e menores áreas de pastagem, houve perda de peso em alguns animais, reflexo da transição outonal e da menor disponibilidade de forragem. 

Na de Ijuí, o aumento do estoque de forragem conservada, em virtude da satisfatória produtividade do milho para silagem de segunda safra, pode auxiliar na redução dos custos de produção.

Na de Passo Fundo, os animais vêm recuperando gradativamente a produção de leite em função do aumento da oferta de alimentos volumosos a campo. 

Na de Porto Alegre, a comercialização do leite ocorre sem maiores dificuldades, apesar da diminuição no número de linhas de coleta na maior parte da região. 

Na de Santa Maria, a temperatura mais amena tem favorecido o conforto térmico dos animais, que vinham enfrentando dificuldades alimentares devido à escassez de pastagens, fortemente impactada pelo baixo volume de precipitações ao longo do outono. 

Na de Soledade, no sistema de produção de leite a pasto, os produtores continuam complementando a alimentação dos animais com silagem de milho, cereais de inverno e outros ingredientes, além de ração e suplementos minerais. 

As informações são da Emater/RS editadas pelo Sindilat RS


Jogo Rápido
Instabilidade climática dá lugar ao frio intenso e tempo firme no Rio Grande do Sul
Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul foi marcado por chuvas intensas e acumulados significativos em várias regiões do Estado. No entanto, na quinta-feira (22/05), o tempo apresentou uma trégua: uma massa de ar frio pós-frontal estabilizou o clima, inibindo a ocorrência de novas precipitações em praticamente todo o território gaúcho. A previsão meteorológica para o período entre os dias 29 de maio e 4 de junho de 2025 aponta mudanças expressivas no cenário climático. As chuvas devem cessar na maior parte do Estado, dando lugar a uma onda de frio mais intensa, com destaque para a Serra Gaúcha, onde as temperaturas podem se aproximar de 0 °C. A partir de sexta-feira (30/05), o tempo firme deve predominar, mantendo as baixas temperaturas em todas as regiões gaúchas. Entre sábado (31/05) e domingo (01/06), espera-se um leve aquecimento gradual, ainda sob céu aberto e clima seco. Entretanto, o início da próxima semana deverá trazer alguma instabilidade pontual. Um cavado — área alongada de baixa pressão atmosférica — se formará no Norte do Estado na segunda-feira (02/06), provocando chuvas localizadas entre a tarde desse dia e a manhã de terça-feira (03/06). Nas demais regiões, o tempo seguirá estável, com sol entre nuvens. Já na quarta-feira (04/06), a previsão indica novamente tempo firme em todo o Rio Grande do Sul. O prognóstico completo para os próximos sete dias prevê ocorrência de chuvas em áreas isoladas, principalmente do Noroeste ao Litoral Sul. As regiões do Litoral, Centro-Sul, Metropolitana e partes do Nordeste gaúcho ainda estarão sob influência de um sistema frontal persistente, que vem atuando desde a semana anterior. Nesses locais, os volumes acumulados de chuva podem variar entre 10 e 150 milímetros até o final de maio. Já no Centro e Norte do Estado, outro sistema de instabilidade deverá atuar ao longo da semana, provocando precipitações mais moderadas, com acumulados que variam de 1 mm a mais de 50 mm. Diante desse cenário, a recomendação é para que a população esteja atenta às atualizações meteorológicas, especialmente nas regiões que ainda podem registrar volumes elevados de chuva. Ao mesmo tempo, é importante se preparar para o frio rigoroso, que deve marcar o início de junho no Rio Grande do Sul.(Fonte: Simagro – Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos editado pelo Sindilat RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 29 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.402


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 28 de Maio de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2025 a ser pago em Abril/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2025 a ser pago em Junho/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite MG)


Mudanças no IOF elevam custo do crédito e impactam operações internacionais

O Decreto nº 12.466/2025, recentemente publicado pelo Governo Federal, promove alterações significativas na sistemática de cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afetando diretamente operações de crédito, câmbio e seguros.As novas regras fazem parte do pacote de ajuste fiscal voltado ao aumento da arrecadação e já causam preocupação entre diversos setores da economia.  As mudanças resultam em um aumento expressivo da carga tributária incidente sobre uma ampla gama de operações, elevando de forma significativa o custo do crédito no mercado nacional.

Empresas com atuação internacional, cooperativas e negócios que realizam remessas para o exterior ou contratam serviços fora do país estão entre os mais impactados pelas novas alíquotas e regras de tributação.

Em resposta ao novo cenário, foi elaborado um guia explicativo com os principais pontos da medida, com o objetivo de orientar empresas e organizações quanto aos aspectos mais sensíveis das novas exigências tributárias. Acesse clicando aqui. (As informações são do Andrade Maia editadas pelo Sindilat)

 

Evolução da produção mundial de leite

A tabela a seguir mostra um grupo selecionado de países importantes que representam pouco mais de 55% da produção global de leite de vaca, o que mostra uma queda de 1,45% na produção nos primeiros dois meses de 2025 em comparação com o mesmo período em 2024.

Do lado dos fornecedores habituais (UE+EUA+NZ+AU+ARG+UY), a produção foi 1,5% menor que no ano anterior nestes dois primeiros meses do ano, o que determina que a oferta no comércio mundial foi moderadamente restringida diante de um ligeiro crescimento da demanda, especialmente devido à recuperação das compras da China até agora em 2025 e ao comércio mais fluido em todo o Sudeste Asiático. Essa combinação resulta em excelentes preços para os principais produtos lácteos no mercado mundial.

Vale lembrar que o comércio global, excluindo o comércio intra-União Europeia, representa apenas 11 a 12% da produção global, portanto qualquer flutuação na produção global afeta significativamente os preços, daí a natureza altamente volátil desse mercado.

Estimativas de organizações líderes com maior expertise no mercado de laticínios preveem um aumento entre 0,8% e 0,4% na produção global de leite este ano.

Análise preparada pela OCLA com base em informações de www.clal.it e outras fontes)


Jogo Rápido
Indústrias lácteas | Whey do Brasil inaugura indústria no dia 13 de junho em Palmeira das Missões
Com um investimento de R$ 250 milhões e unindo forças de sete laticínios gaúchos, a Whey do Brasil inaugura sua planta em Palmeira das Missões, marcando um salto tecnológico e sustentável na agregação de valor ao soro de leite, com foco em whey protein e derivados de alto desempenho para o Brasil e o mundo. Está programada para o dia 13 de junho, a inauguração da Whey do Brasil Alimentos S.A. em Palmeira das Missões, indústria voltada à transformação de soro de leite. O evento deverá contar com a presença do governador Eduardo Leite e simboliza um novo momento para a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul. Resultado da união de sete laticínios regionais — Mandaká Alimentos, Laticínios Friolack, Laticínios Frizzo, Laticínios Stefanello, Laticínios Kiformaggio, Laticínios São Luis e Doceoli Alimentos —, a empresa nasce com a proposta de agregar valor ao leite produzido no estado, por meio da fabricação de derivados de soro com alto valor agregado, como whey protein, compostos lácteos e soro em pó. Com investimento inicial de R$ 250 milhões, a unidade ocupa 25 mil metros quadrados e tem capacidade para processar 1,2 milhão de litros de soro fluido por dia. A produção estimada é de 100 toneladas diárias de produtos em pó. A operação já gera 150 empregos diretos e indiretos e projeta dobrar sua capacidade de processamento em médio prazo.Entre as práticas adotadas estão o reaproveitamento de água, uso racional de recursos hídricos, cogeração de energia e mitigação de impactos ambientais. A expectativa é atender diferentes setores da economia, como alimentício, cosmético, farmacêutico e de nutrição esportiva, tanto no mercado interno quanto externo. A nova indústria posiciona Palmeira das Missões como referência nacional na produção de derivados lácteos de alta performance. (O Alto Uruguai - via Edairy News)


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.401


Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Maio de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Abril de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


Irrigação é ferramenta para aumento da produtividade e competitividade na agroindústria gaúcha

Evento promovido pelo Sistema FIERGS, nesta terça-feira (27), debateu soluções sustentáveis para driblar prejuízos por eventos climáticos no RS  

O investimento em práticas de irrigação é apontado como uma importante ferramenta para aumentar a produtividade e a competitividade na agroindústria gaúcha, ajudando a mitigar os prejuízos bilionários causados por eventos climáticos extremos. Somente entre 2020 e 2024, o agronegócio do estado sofreu perdas de R$ 319 bilhões devido à estiagem, conforme estimativa da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). 

Essas considerações foram apresentadas por especialistas durante o evento Irrigação e Segurança Hídrica: Caminhos Para a Evolução Sustentável da Agroindústria na Reconstrução do Estado, promovido pelo Sistema FIERGS nesta terça-feira (27). Reunindo autoridades governamentais, representantes da indústria, produtores rurais e especialistas técnicos, a iniciativa reforçou a urgência do debate sobre soluções concretas para enfrentar as secas e inundações devastadoras que historicamente atingem o Rio Grande do Sul.

Na visão do presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, a irrigação é um dos suportes para a estabilidade econômica, social e ambiental do estado. Por isso, considera fundamental desenvolver medidas estratégicas urgentes para lidar com o problema e garantir a competitividade do setor. “A irrigação é o maior seguro que podemos dar, não só para a agricultura gaúcha, mas também para as nossas indústrias”, enfatizou.

O coordenador do Conselho da Agroindústria (Conagro) da FIERGS, Alexandre Guerra, reforçou a importância do tema para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e salientou que o órgão trabalha em um projeto de irrigação desde 2021, realizando levantamentos e reunindo dados para medir as consequências da falta de água e os benefícios da medida. “Cada milímetro de água guardado gera 2,5 empregos quando se fala no cultivo de milho. Isso mostra o diferencial que traz para nós do setor quando se trabalha a irrigação”, exemplificou.

Crédito da foto: Dudu Leal

POLÍTICAS ESTADUAIS
Entre os painelistas convidados para o evento, estava a secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que destacou as políticas e estratégias desenvolvidas pelo governo do estado nos últimos anos para a consolidação da irrigação no RS. Além de ressaltar a relevância econômica do tema, a representante da pasta enfatizou a necessidade de alinhar o desenvolvimento e a proteção ambiental.

"Se soma a importância da irrigação como uma atividade da agricultura de baixo carbono, como uma atividade que potencializa a nossa capacidade de ter um solo coberto e de emitir menos gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para a redução daqueles efeitos de mudanças climáticas locais”, pontuou.

O secretário estadual da Agricultura, Edivilson Brum, apresentou dados relacionados aos efeitos da estiagem no estado, chamando a atenção para as quebras de safras, com consequente alta volatilidade econômica, e quedas no Produto Interno Bruto (PIB). Também destacou que o Rio Grande do Sul perde competitividade em diferentes setores, devido à falta de irrigação: “Apenas 4% das áreas de sequeiro no Rio Grande do Sul são irrigadas. Isso é muito pouco diante dos desafios climáticos que temos vivenciado nos últimos anos. Então, o governo do estado está fazendo projetos para fomentar a questão da irrigação”.

Diante desse cenário, o advogado e consultor tributário Luiz Antônio Bins reforçou a importância do Fundopem da Irrigação, um programa de expansão da agricultura irrigada no Rio Grande do Sul, cuja criação é defendida há anos pelo presidente Claudio Bier. “As finalidades do Fundopem da Irrigação são reduzir os efeitos climáticos, a insuficiência hídrica na nossa atividade agropecuária, evitar perdas de produção em decorrência de estiagem e seca, aumentar a produtividade e qualificar o produto agrícola gaúcha”, detalhou Bins.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O segundo painel do evento contou com a participação do diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Simioni, e do chefe do Departamento Agrossilvipastoril da Fepam, Cristiano Prass. Durante a conversa, mediada pelo executivo do Conagro, Tiago Pereira, foram apresentadas informações sobre os avanços relacionados ao licenciamento ambiental de sistemas de irrigação no Rio Grande do Sul. 
Por fim, o encontro abordou os avanços, tecnologias e práticas inovadoras da irrigação no estado, a partir do depoimento do vice-presidente da Cotrisoja, Adriano Borghetti, do gerente na Cotripal Agropecuária Cooperativa, Tiago Kuntz, e do gerente corporativo PD&I da Fockink, Alejandro Meyer. (FIERGS)

Acordo prevê votação "a jato" para projeto de reajuste do salário mínimo gaúcho

Texto encaminhado pelo governador Eduardo Leite na segunda-feira estipula índice de 8%, acima da inflação do período, que fechou em 4,83%. O governo do Estado construiu, nesta terça-feira (27), um acordo com os líderes dos partidos na Assembleia Legislativa para que o projeto de reajuste do salário mínimo gaúcho — também chamado de piso regional — seja votado em 3 de junho. Caso isso se confirme, o texto poderá ser aprovado oito dias depois de ser protocolado. 

O projeto de lei, encaminhado em regime de urgência na segunda-feira (26) pelo governador Eduardo Leite, prevê reajuste de 8% no mínimo regional. O índice é superior à inflação de 4,83% do último ano.  Se aprovado sem mudanças, o menor salário pago formalmente no Estado passará de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04. Na justificativa do projeto de lei, o governo Leite aponta que a proposta "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas". 

A antecipação na apreciação do projeto foi uma sugestão de centrais sindicais e deputados de oposição. — Concordamos que este assunto não pode ficar como no ano passado, que foi atípico pela tragédia, e foi se alongando o período de votação do piso. Este ano, em que temos condições normais, concordamos em fazer a votação em maio — disse Frederico Antunes (PP), líder do governo Leite na Assembleia. Deputados aliados e de oposição se manifestaram, nesta terça-feira, a respeito da proposta enviada pelo Piratini. 

Professor Bonatto (PSDB) avaliou positivamente o projeto, destacando que o salário mínimo mais alto tem potencial de atrair profissionais para o Estado em um momento em que há dificuldade de preencher vagas. — Precisamos olhar a dificuldade que se tem para conseguir trabalhadores. Hoje temos déficit em todas as áreas. Eu acredito que este seja o grande desafio do governo, da sociedade, do empreendedor: ter trabalhadores eficientes. 

Para isso, precisamos fazer a roda da economia girar — disse Bonatto. Luciana Genro (PSOL) lembrou que os trabalhadores reivindicam perdas acumuladas ao longo dos últimos anos, mas também valorizou o índice encaminhado por Leite. — A proposta do governo está sempre aquém do que os trabalhadores reivindicam, mas é positivo que o governo tenha mandado o projeto e que esteja um pouco acima da inflação — apontou a deputada Luciana Genro (PSOL).  Cláudio Tatsch (PL) se disse favorável, como regra, a reajustes para trabalhadores.  

— Vejo com bons olhos. Em primeiro lugar, fica acima da inflação. É uma média dos Estados de Santa Catarina e Paraná. O projeto vem para a gente dizer sim ou não. E quando vierem projetos de aumento salarial, tanto piso regional quanto qualquer tipo de aumento, vou sempre votar favorável ao trabalhador — ressaltou Tatsch. Na lista dos contrários, estão Felipe Camozzato (Novo) e Guilherme Pasin (PP). 

— Eu voto contra, não pelo reajuste em si, mas por não concordar com essa ferramenta. Acredito que é mais uma interferência do poder público perante à sociedade civil. Sei que é uma visão um pouco polêmica, algumas pessoas não compreendem isso, e acreditam que o Estado pode fomentar o aumento da remuneração. A minha posição é uma questão conceitual — disse Pasin. O piso regional é aplicado sobre os salários daquelas categorias que não têm acordos coletivos e para trabalhadores informais. Também serve de base para o salário de alguns funcionários públicos estaduais, como os servidores de escolas. No ano passado, o reajuste foi aprovado em dezembro com índice de 5,25%. (Zero Hora)


Jogo Rápido
Piracanjuba escolhe RELCO para projeto de ponta em proteínas do soro e lactose no Paraná
Empresa brasileira de laticínios investe mais de US$ 100 mi em nova planta no PR, com foco em queijos, WPC e lactose. Projeto inclui tecnologia da RELCO e amplia presença nacional. Genuinamente brasileira, uma das maiores empresas de laticínios do Brasil. Foi fundada em 1955, no estado de Goiás, com um único produto: manteiga. Hoje, algumas das principais marcas incluem Piracanjuba (marca principal), Emana, LeitBom e a licenciada Almond Breeze (leite de amêndoa - leite não lácteo), Ninho e Molico (leite UHT). Com mais de 4.000 funcionários, a empresa opera em sete fábricas próprias e produz alimentos que são vendidos em todo o Brasil, com cerca de 200 itens em seu portfólio, tornando-se uma das marcas mais populares nas casas de todo o país. Aumentando sua presença pelo Brasil, decidiu iniciar uma nova planta de queijos no estado do Paraná e, como parte da melhoria do portfólio, irão processar proteínas e lactose no mesmo local - São Jorge D’Oeste, Paraná, Brasil. O total do investimento deverá ser superior a US$ 100 milhões neste projeto, incluindo a planta de queijos. A parte da Relco será de aproximadamente US$ 22 milhões. A Relco está fornecendo uma planta completa e turnkey composta por: Planta de WPC, incluindo evaporador TVR, secador Bustle com filtro de mangas e Central CIP (Cleaning in Place), manuseio, estocagem e ensacamento de pó. Planta de lactose de grau IFM, incluindo evaporador TVR, cristalização, solução de secagem de lactose Relco Ltech, Central CIP, manuseio, estocagem e ensacamento de pó. Capacidade da planta de WPC: cerca de 5.000 toneladas por ano. Capacidade da planta de lactose: cerca de 20.000 toneladas por ano. (Fonte: Milkpoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 27 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.400


Laticínios tem momento de estabilidade e boa renda

Depois de atravessar algumas dificuldades no início de ano, ocasionadas pelo clima não ideal em algumas regiões, e mesmo lidando perdas acumuladas nos últimos anos nas lavouras, o atual momento da indústria de laticínios do Estado é de estabilidade e boa rentabilidade.

"O valor pago pelo leite vem remunerando muito bem a atividade. Há muitos anos, o produtor não tinha uma renda tão boa com o leite como se viu em 2024/2025. Foi possível organizar o caixa para manter investimentos mesmo com todas as dificuldades pontuais decorrentes das enchentes e das sucessivas estiagens", avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Conforme o dirigente, no entanto, há muito a ser feito, no curto e médio prazos, além da demandas desafiantes, como negociações de ajustes tributários para o segmento — uma batalha que exigiu articulação para manter a competitividade do setor e os investimentos sustentados no Rio Grande do Sul. 

"Temos que ganhar competitividade, e essa é a principal missão que temos pela frente para a próxima década. Temos que conseguir atingir a escala de produção e custo operacional dos nossos vizinhos do Prata (Uruguai e Argentina). Só assim nos tornaremos competitivos para fazer frente aos lácteos de outros países na disputa pelo mercado internacional", afirma Palharini.

Investimentos em nutrição adequada, que permita produzir leite com qualidade e na quantidade que as indústrias precisam, assim como aplicar genética de ponta nos rebanhos e melhorar a capacidade técnica da produção, estão no topo dos objetivos. Também se nota uma mudança no perfil produtor: estão em menor número mas entregando mais leite. Ainda assim, os parques industriais operam com capacidade operacional ociosa, ou seja, tem espaço para processar mais leite e os produtores podem produzir mais. Essa expansão percisa levar em conta a redução nos custos e a manutenção de margens de rentabilidade estáveis e positivas.

"Quando há desejo de evoluir, a migração para um modelo de negócio mais empresarial é possível", atesta o dirigente, defendendo que o setor assuma uma postura mais assertiva e profissional."Precisamos fazer o dever de casa. Olhar para nossos custos, assumir uma postura mais empresarial. Por sua origem com mão de obra familiar, o leite geralmente é gerenciado da mesma forma. Precisamos entender o negócio como uma empresa, trabalhando com dados, estatísticas e metas." (Jornal do Comércio)


Proteína e gordura do leite: o caminho para um rebanho mais lucrativo - PARTE I

Análises de gordura e proteína são termômetros do rebanho e chave para renda maior. Veja como fazer e interpretar.

A análise dos teores de proteína e gordura do leite é uma ferramenta estratégica e indispensável para a gestão eficiente da pecuária leiteira, especialmente quando o objetivo é aumentar a rentabilidade da atividade.

Esses dois componentes fazem parte dos chamados sólidos totais do leite e exercem influência direta não apenas na qualidade final do produto, mas também na forma como o produtor é remunerado. Em diversos sistemas de pagamento adotados por laticínios, os teores de proteína e gordura são critérios centrais para a definição do preço do litro de leite, com bonificações aplicadas para composições superiores aos padrões mínimos exigidos (ARAÚJO et al., 2024).

A gordura do leite é um dos principais responsáveis pelo sabor, textura e valor energético do produto. Já a proteína, especialmente a caseína, está diretamente relacionada à capacidade de fabricação de derivados como queijos e iogurtes. Dessa forma, quanto maior a concentração desses sólidos, maior o rendimento industrial do leite, o que aumenta seu valor comercial para a indústria. Isso faz com que a composição do leite seja um dos principais diferenciais competitivos do produtor no mercado.

Esses componentes também refletem aspectos importantes da nutrição, manejo e saúde do rebanho (GAEHWILER & NASCIMENTO, 2025). A produção de gordura está altamente relacionada à presença de fibra efetiva na dieta e ao bom funcionamento do rúmen. Já a produção de proteína está mais relacionada ao balanço energético da vaca e ao fornecimento adequado de carboidratos fermentáveis. Quando os teores de gordura e proteína se mantêm dentro dos padrões ideais, isso indica que a dieta está equilibrada e o manejo nutricional está sendo bem executado.

Tabela 1. Valores de referência para composição e qualidade do leite cru de acordo com IN 76 e 77 de 2018 do MAPA

Fonte: Dos autores, 2025.

Por outro lado, quedas ou desequilíbrios, nesses índices podem sinalizar problemas importantes. Por exemplo, uma relação gordura/proteína inferior a 1 pode indicar casos de acidose ruminal subclínica, comum em dietas com excesso de concentrado e pouca fibra. Já um aumento desproporcional da gordura, com redução de proteína, pode sugerir mobilização de gordura corporal, característica da cetose subclínica em vacas no início da lactação. Ou seja, os teores de proteína e gordura não são apenas indicadores de qualidade do leite, mas também verdadeiros termômetros da saúde metabólica do rebanho.

Do ponto de vista econômico, o impacto dessas análises é significativo. Mesmo produtores com o mesmo volume de leite podem ter rendas distintas, dependendo da composição do leite entregue. Um leite com altos teores de gordura e proteína pode garantir bonificações que, ao final do mês, representam um valor expressivo na receita da propriedade, como exemplificado na Tabela 2. Além disso, esse tipo de análise permite ajustes nutricionais precisos, otimizando o uso de insumos, reduzindo desperdícios e melhorando o custo-benefício da alimentação – um dos principais componentes do custo de produção.

Tabela 2. Exemplo de um comparativo de faturamento com base na qualidade do leite

Fonte: Dos autores, 2025.

As informações são do Milkpoint

Observação: a parte II da matéria será publicada na newsletter de 26/05/2025.

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1868 de 22 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos recebem manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas regulares e em volumes moderados, nas últimas duas semanas, beneficiaram os campos nativos e as forrageiras cultivadas, mantendo, de forma geral, condições de piso apropriadas para o acesso aos piquetes, para a sala de ordenha e para a área de alimentação. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade das vacas leiteiras foi satisfatória, e houve necessidade de controle de ectoparasitas (berne, miíases e carrapatos). Diminuíram as infestações de moscas em razão dos períodos mais frios. 

Na de Erechim, as chuvas e o ambiente mais úmido aumentaram os desafios relacionados às mastites clínicas. Apesar dos dias mais curtos e das temperaturas mais amenas, algumas propriedades relatam alta incidência de carrapatos. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu devido à antecipação do vazio forrageiro e à influência das altas temperaturas. Na de Ijuí, a qualidade do leite produzido continua muito boa. O clima mais seco tem contribuído para a melhor higienização dos animais e das instalações.

Na de Porto Alegre, segue a atenção sanitária voltada ao controle de carrapatos. Os agricultores estão realizando a declaração anual do rebanho. O pastejo ocorre em áreas de campo nativo e de pastagens perenes de verão, considerando o encerramento do ciclo das anuais. Continuam as práticas de implantação das pastagens de inverno.
 
Na de Santa Maria, o vazio forrageiro se prolongou devido à falta de chuvas, comprometendo o crescimento das pastagens implantadas. 

Na de Santa Rosa, as condições favoráveis de umidade do solo nos últimos dias proporcionaram o rápido desenvolvimento inicial das pastagens de inverno, principalmente de aveia, que já permite pastejo nas primeiras áreas implantadas. 

Na de Soledade, as condições climáticas reduziram o crescimento das pastagens perenes e limitaram o desenvolvimento das pastagens de inverno. Diante disso, os bovinocultores de leite recorrem a alimentos conservados, com destaque para silagem de milho, além de feno, pré-secado, ração e suplementos minerais, a fim de garantir a nutrição do rebanho. (Emater adaptado pelo Sindilat).


Jogo Rápido
PREVISÃO METEOROLÓGICA: Semana de chuva no Rio Grande do Sul
Nos últimos sete dias, chuvas de intensidade moderada atingiram partes do centro, norte e do oeste do Rio Grande do Sul, enquanto as áreas a leste registraram volumes acumulados mais baixos.  Os bovinos de leite receberam manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade. A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas de fraca a moderada intensidade, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (23/05), o tempo estável persistirá em todas as regiões, com características típicas de amplitude térmica: madrugada com temperaturas mais baixas e elevação ao longo do dia. Entre a sexta-feira e o sábado (24/05), uma área de baixa pressão deverá se deslocar do Oceano Atlântico Sul em direção ao território gaúcho, provocando chuvas generalizadas em todo o estado. Há possibilidade de ocorrência de tempestades isoladas, inicialmente nas regiões das Missões e Fronteira Oeste, avançando posteriormente para áreas da Campanha, região Central e Sul do estado. Essa condição instável deverá se estender até o domingo (25/05), com possibilidade de novas tempestades isoladas, especialmente em pontos do leste gaúcho. A tendência para o período entre os dias 26 e 28 de maio indica a formação de novas áreas de instabilidade sobre o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (26/05), uma nova área de baixa pressão deve se desenvolver no noroeste do estado, favorecendo a ocorrência de chuvas, com possibilidade de tempestades em todas as regiões. Esse sistema deverá se deslocar sobre o território gaúcho ao longo da segunda-feira, mantendo sua influência principalmente sobre o norte do estado na terça-feira (27/05). Ainda na terça, uma segunda área de baixa pressão, oriunda da Argentina, avançará sobre o RS, provocando novas chuvas generalizadas e potencial para ventos intensos, especialmente em áreas do litoral. A atuação desse sistema deverá se encerrar até o início da quarta-feira (28/05), restabelecendo gradualmente as condições de estabilidade no estado. O prognóstico para os próximos sete dias indica acumulados de chuva elevados no Rio Grande do Sul. As precipitações deverão ser generalizadas, com os maiores volumes concentrando-se em uma extensa área que abrange a Fronteira Oeste, Missões, regiões centrais, centro-norte do estado, Campanha e Região Metropolitana. Nessas áreas, os acumulados deverão ultrapassar os 50 mm, com possibilidade de volumes superiores a 100 mm, especialmente entre a Fronteira Oeste, Campanha e o centro do estado. Já para o Litoral, partes da Serra, Alto Uruguai, Costa Doce e extremo sul, são esperados acumulados menores, variando entre 10 mm e 50 mm.


 
 
 

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Porto Alegre, 26 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.399


Laticínios tem momento de estabilidade e boa renda

Depois de atravessar algumas dificuldades no início de ano, ocasionadas pelo clima não ideal em algumas regiões, e mesmo lidando perdas acumuladas nos últimos anos nas lavouras, o atual momento da indústria de laticínios do Estado é de estabilidade e boa rentabilidade.

"O valor pago pelo leite vem remunerando muito bem a atividade. Há muitos anos, o produtor não tinha uma renda tão boa com o leite como se viu em 2024/2025. Foi possível organizar o caixa para manter investimentos mesmo com todas as dificuldades pontuais decorrentes das enchentes e das sucessivas estiagens", avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Conforme o dirigente, no entanto, há muito a ser feito, no curto e médio prazos, além da demandas desafiantes, como negociações de ajustes tributários para o segmento — uma batalha que exigiu articulação para manter a competitividade do setor e os investimentos sustentados no Rio Grande do Sul. 

"Temos que ganhar competitividade, e essa é a principal missão que temos pela frente para a próxima década. Temos que conseguir atingir a escala de produção e custo operacional dos nossos vizinhos do Prata (Uruguai e Argentina). Só assim nos tornaremos competitivos para fazer frente aos lácteos de outros países na disputa pelo mercado internacional", afirma Palharini.

Investimentos em nutrição adequada, que permita produzir leite com qualidade e na quantidade que as indústrias precisam, assim como aplicar genética de ponta nos rebanhos e melhorar a capacidade técnica da produção, estão no topo dos objetivos. Também se nota uma mudança no perfil produtor: estão em menor número mas entregando mais leite. Ainda assim, os parques industriais operam com capacidade operacional ociosa, ou seja, tem espaço para processar mais leite e os produtores podem produzir mais. Essa expansão percisa levar em conta a redução nos custos e a manutenção de margens de rentabilidade estáveis e positivas.

"Quando há desejo de evoluir, a migração para um modelo de negócio mais empresarial é possível", atesta o dirigente, defendendo que o setor assuma uma postura mais assertiva e profissional."Precisamos fazer o dever de casa. Olhar para nossos custos, assumir uma postura mais empresarial. Por sua origem com mão de obra familiar, o leite geralmente é gerenciado da mesma forma. Precisamos entender o negócio como uma empresa, trabalhando com dados, estatísticas e metas." (Jornal do Comércio)


Proteína e gordura do leite: o caminho para um rebanho mais lucrativo - PARTE I

Análises de gordura e proteína são termômetros do rebanho e chave para renda maior. Veja como fazer e interpretar.

A análise dos teores de proteína e gordura do leite é uma ferramenta estratégica e indispensável para a gestão eficiente da pecuária leiteira, especialmente quando o objetivo é aumentar a rentabilidade da atividade.

Esses dois componentes fazem parte dos chamados sólidos totais do leite e exercem influência direta não apenas na qualidade final do produto, mas também na forma como o produtor é remunerado. Em diversos sistemas de pagamento adotados por laticínios, os teores de proteína e gordura são critérios centrais para a definição do preço do litro de leite, com bonificações aplicadas para composições superiores aos padrões mínimos exigidos (ARAÚJO et al., 2024).

A gordura do leite é um dos principais responsáveis pelo sabor, textura e valor energético do produto. Já a proteína, especialmente a caseína, está diretamente relacionada à capacidade de fabricação de derivados como queijos e iogurtes. Dessa forma, quanto maior a concentração desses sólidos, maior o rendimento industrial do leite, o que aumenta seu valor comercial para a indústria. Isso faz com que a composição do leite seja um dos principais diferenciais competitivos do produtor no mercado.

Esses componentes também refletem aspectos importantes da nutrição, manejo e saúde do rebanho (GAEHWILER & NASCIMENTO, 2025). A produção de gordura está altamente relacionada à presença de fibra efetiva na dieta e ao bom funcionamento do rúmen. Já a produção de proteína está mais relacionada ao balanço energético da vaca e ao fornecimento adequado de carboidratos fermentáveis. Quando os teores de gordura e proteína se mantêm dentro dos padrões ideais, isso indica que a dieta está equilibrada e o manejo nutricional está sendo bem executado.

Tabela 1. Valores de referência para composição e qualidade do leite cru de acordo com IN 76 e 77 de 2018 do MAPA

Fonte: Dos autores, 2025.

Por outro lado, quedas ou desequilíbrios, nesses índices podem sinalizar problemas importantes. Por exemplo, uma relação gordura/proteína inferior a 1 pode indicar casos de acidose ruminal subclínica, comum em dietas com excesso de concentrado e pouca fibra. Já um aumento desproporcional da gordura, com redução de proteína, pode sugerir mobilização de gordura corporal, característica da cetose subclínica em vacas no início da lactação. Ou seja, os teores de proteína e gordura não são apenas indicadores de qualidade do leite, mas também verdadeiros termômetros da saúde metabólica do rebanho.

Do ponto de vista econômico, o impacto dessas análises é significativo. Mesmo produtores com o mesmo volume de leite podem ter rendas distintas, dependendo da composição do leite entregue. Um leite com altos teores de gordura e proteína pode garantir bonificações que, ao final do mês, representam um valor expressivo na receita da propriedade, como exemplificado na Tabela 2. Além disso, esse tipo de análise permite ajustes nutricionais precisos, otimizando o uso de insumos, reduzindo desperdícios e melhorando o custo-benefício da alimentação – um dos principais componentes do custo de produção.

Tabela 2. Exemplo de um comparativo de faturamento com base na qualidade do leite

Fonte: Dos autores, 2025.

As informações são do Milkpoint

Observação: a parte II da matéria será publicada na newsletter de 26/05/2025.

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1868 de 22 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos recebem manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas regulares e em volumes moderados, nas últimas duas semanas, beneficiaram os campos nativos e as forrageiras cultivadas, mantendo, de forma geral, condições de piso apropriadas para o acesso aos piquetes, para a sala de ordenha e para a área de alimentação. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade das vacas leiteiras foi satisfatória, e houve necessidade de controle de ectoparasitas (berne, miíases e carrapatos). Diminuíram as infestações de moscas em razão dos períodos mais frios. 

Na de Erechim, as chuvas e o ambiente mais úmido aumentaram os desafios relacionados às mastites clínicas. Apesar dos dias mais curtos e das temperaturas mais amenas, algumas propriedades relatam alta incidência de carrapatos. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu devido à antecipação do vazio forrageiro e à influência das altas temperaturas. Na de Ijuí, a qualidade do leite produzido continua muito boa. O clima mais seco tem contribuído para a melhor higienização dos animais e das instalações.

Na de Porto Alegre, segue a atenção sanitária voltada ao controle de carrapatos. Os agricultores estão realizando a declaração anual do rebanho. O pastejo ocorre em áreas de campo nativo e de pastagens perenes de verão, considerando o encerramento do ciclo das anuais. Continuam as práticas de implantação das pastagens de inverno.
 
Na de Santa Maria, o vazio forrageiro se prolongou devido à falta de chuvas, comprometendo o crescimento das pastagens implantadas. 

Na de Santa Rosa, as condições favoráveis de umidade do solo nos últimos dias proporcionaram o rápido desenvolvimento inicial das pastagens de inverno, principalmente de aveia, que já permite pastejo nas primeiras áreas implantadas. 

Na de Soledade, as condições climáticas reduziram o crescimento das pastagens perenes e limitaram o desenvolvimento das pastagens de inverno. Diante disso, os bovinocultores de leite recorrem a alimentos conservados, com destaque para silagem de milho, além de feno, pré-secado, ração e suplementos minerais, a fim de garantir a nutrição do rebanho. (Emater adaptado pelo Sindilat).


Jogo Rápido
PREVISÃO METEOROLÓGICA: Semana de chuva no Rio Grande do Sul
Nos últimos sete dias, chuvas de intensidade moderada atingiram partes do centro, norte e do oeste do Rio Grande do Sul, enquanto as áreas a leste registraram volumes acumulados mais baixos.  Os bovinos de leite receberam manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade. A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas de fraca a moderada intensidade, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (23/05), o tempo estável persistirá em todas as regiões, com características típicas de amplitude térmica: madrugada com temperaturas mais baixas e elevação ao longo do dia. Entre a sexta-feira e o sábado (24/05), uma área de baixa pressão deverá se deslocar do Oceano Atlântico Sul em direção ao território gaúcho, provocando chuvas generalizadas em todo o estado. Há possibilidade de ocorrência de tempestades isoladas, inicialmente nas regiões das Missões e Fronteira Oeste, avançando posteriormente para áreas da Campanha, região Central e Sul do estado. Essa condição instável deverá se estender até o domingo (25/05), com possibilidade de novas tempestades isoladas, especialmente em pontos do leste gaúcho. A tendência para o período entre os dias 26 e 28 de maio indica a formação de novas áreas de instabilidade sobre o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (26/05), uma nova área de baixa pressão deve se desenvolver no noroeste do estado, favorecendo a ocorrência de chuvas, com possibilidade de tempestades em todas as regiões. Esse sistema deverá se deslocar sobre o território gaúcho ao longo da segunda-feira, mantendo sua influência principalmente sobre o norte do estado na terça-feira (27/05). Ainda na terça, uma segunda área de baixa pressão, oriunda da Argentina, avançará sobre o RS, provocando novas chuvas generalizadas e potencial para ventos intensos, especialmente em áreas do litoral. A atuação desse sistema deverá se encerrar até o início da quarta-feira (28/05), restabelecendo gradualmente as condições de estabilidade no estado. O prognóstico para os próximos sete dias indica acumulados de chuva elevados no Rio Grande do Sul. As precipitações deverão ser generalizadas, com os maiores volumes concentrando-se em uma extensa área que abrange a Fronteira Oeste, Missões, regiões centrais, centro-norte do estado, Campanha e Região Metropolitana. Nessas áreas, os acumulados deverão ultrapassar os 50 mm, com possibilidade de volumes superiores a 100 mm, especialmente entre a Fronteira Oeste, Campanha e o centro do estado. Já para o Litoral, partes da Serra, Alto Uruguai, Costa Doce e extremo sul, são esperados acumulados menores, variando entre 10 mm e 50 mm.


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.398


Laticínios tem momento de estabilidade e boa renda

Depois de atravessar algumas dificuldades no início de ano, ocasionadas pelo clima não ideal em algumas regiões, e mesmo lidando perdas acumuladas nos últimos anos nas lavouras, o atual momento da indústria de laticínios do Estado é de estabilidade e boa rentabilidade.

"O valor pago pelo leite vem remunerando muito bem a atividade. Há muitos anos, o produtor não tinha uma renda tão boa com o leite como se viu em 2024/2025. Foi possível organizar o caixa para manter investimentos mesmo com todas as dificuldades pontuais decorrentes das enchentes e das sucessivas estiagens", avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Conforme o dirigente, no entanto, há muito a ser feito, no curto e médio prazos, além da demandas desafiantes, como negociações de ajustes tributários para o segmento — uma batalha que exigiu articulação para manter a competitividade do setor e os investimentos sustentados no Rio Grande do Sul. 

"Temos que ganhar competitividade, e essa é a principal missão que temos pela frente para a próxima década. Temos que conseguir atingir a escala de produção e custo operacional dos nossos vizinhos do Prata (Uruguai e Argentina). Só assim nos tornaremos competitivos para fazer frente aos lácteos de outros países na disputa pelo mercado internacional", afirma Palharini.

Investimentos em nutrição adequada, que permita produzir leite com qualidade e na quantidade que as indústrias precisam, assim como aplicar genética de ponta nos rebanhos e melhorar a capacidade técnica da produção, estão no topo dos objetivos. Também se nota uma mudança no perfil produtor: estão em menor número mas entregando mais leite. Ainda assim, os parques industriais operam com capacidade operacional ociosa, ou seja, tem espaço para processar mais leite e os produtores podem produzir mais. Essa expansão percisa levar em conta a redução nos custos e a manutenção de margens de rentabilidade estáveis e positivas.

"Quando há desejo de evoluir, a migração para um modelo de negócio mais empresarial é possível", atesta o dirigente, defendendo que o setor assuma uma postura mais assertiva e profissional."Precisamos fazer o dever de casa. Olhar para nossos custos, assumir uma postura mais empresarial. Por sua origem com mão de obra familiar, o leite geralmente é gerenciado da mesma forma. Precisamos entender o negócio como uma empresa, trabalhando com dados, estatísticas e metas." (Jornal do Comércio)


Proteína e gordura do leite: o caminho para um rebanho mais lucrativo - PARTE I

Análises de gordura e proteína são termômetros do rebanho e chave para renda maior. Veja como fazer e interpretar.

A análise dos teores de proteína e gordura do leite é uma ferramenta estratégica e indispensável para a gestão eficiente da pecuária leiteira, especialmente quando o objetivo é aumentar a rentabilidade da atividade.

Esses dois componentes fazem parte dos chamados sólidos totais do leite e exercem influência direta não apenas na qualidade final do produto, mas também na forma como o produtor é remunerado. Em diversos sistemas de pagamento adotados por laticínios, os teores de proteína e gordura são critérios centrais para a definição do preço do litro de leite, com bonificações aplicadas para composições superiores aos padrões mínimos exigidos (ARAÚJO et al., 2024).

A gordura do leite é um dos principais responsáveis pelo sabor, textura e valor energético do produto. Já a proteína, especialmente a caseína, está diretamente relacionada à capacidade de fabricação de derivados como queijos e iogurtes. Dessa forma, quanto maior a concentração desses sólidos, maior o rendimento industrial do leite, o que aumenta seu valor comercial para a indústria. Isso faz com que a composição do leite seja um dos principais diferenciais competitivos do produtor no mercado.

Esses componentes também refletem aspectos importantes da nutrição, manejo e saúde do rebanho (GAEHWILER & NASCIMENTO, 2025). A produção de gordura está altamente relacionada à presença de fibra efetiva na dieta e ao bom funcionamento do rúmen. Já a produção de proteína está mais relacionada ao balanço energético da vaca e ao fornecimento adequado de carboidratos fermentáveis. Quando os teores de gordura e proteína se mantêm dentro dos padrões ideais, isso indica que a dieta está equilibrada e o manejo nutricional está sendo bem executado.

Tabela 1. Valores de referência para composição e qualidade do leite cru de acordo com IN 76 e 77 de 2018 do MAPA

Fonte: Dos autores, 2025.

Por outro lado, quedas ou desequilíbrios, nesses índices podem sinalizar problemas importantes. Por exemplo, uma relação gordura/proteína inferior a 1 pode indicar casos de acidose ruminal subclínica, comum em dietas com excesso de concentrado e pouca fibra. Já um aumento desproporcional da gordura, com redução de proteína, pode sugerir mobilização de gordura corporal, característica da cetose subclínica em vacas no início da lactação. Ou seja, os teores de proteína e gordura não são apenas indicadores de qualidade do leite, mas também verdadeiros termômetros da saúde metabólica do rebanho.

Do ponto de vista econômico, o impacto dessas análises é significativo. Mesmo produtores com o mesmo volume de leite podem ter rendas distintas, dependendo da composição do leite entregue. Um leite com altos teores de gordura e proteína pode garantir bonificações que, ao final do mês, representam um valor expressivo na receita da propriedade, como exemplificado na Tabela 2. Além disso, esse tipo de análise permite ajustes nutricionais precisos, otimizando o uso de insumos, reduzindo desperdícios e melhorando o custo-benefício da alimentação – um dos principais componentes do custo de produção.

Tabela 2. Exemplo de um comparativo de faturamento com base na qualidade do leite

Fonte: Dos autores, 2025.

As informações são do Milkpoint

Observação: a parte II da matéria será publicada na newsletter de 26/05/2025.

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1868 de 22 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos recebem manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas regulares e em volumes moderados, nas últimas duas semanas, beneficiaram os campos nativos e as forrageiras cultivadas, mantendo, de forma geral, condições de piso apropriadas para o acesso aos piquetes, para a sala de ordenha e para a área de alimentação. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade das vacas leiteiras foi satisfatória, e houve necessidade de controle de ectoparasitas (berne, miíases e carrapatos). Diminuíram as infestações de moscas em razão dos períodos mais frios. 

Na de Erechim, as chuvas e o ambiente mais úmido aumentaram os desafios relacionados às mastites clínicas. Apesar dos dias mais curtos e das temperaturas mais amenas, algumas propriedades relatam alta incidência de carrapatos. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu devido à antecipação do vazio forrageiro e à influência das altas temperaturas. Na de Ijuí, a qualidade do leite produzido continua muito boa. O clima mais seco tem contribuído para a melhor higienização dos animais e das instalações.

Na de Porto Alegre, segue a atenção sanitária voltada ao controle de carrapatos. Os agricultores estão realizando a declaração anual do rebanho. O pastejo ocorre em áreas de campo nativo e de pastagens perenes de verão, considerando o encerramento do ciclo das anuais. Continuam as práticas de implantação das pastagens de inverno.
 
Na de Santa Maria, o vazio forrageiro se prolongou devido à falta de chuvas, comprometendo o crescimento das pastagens implantadas. 

Na de Santa Rosa, as condições favoráveis de umidade do solo nos últimos dias proporcionaram o rápido desenvolvimento inicial das pastagens de inverno, principalmente de aveia, que já permite pastejo nas primeiras áreas implantadas. 

Na de Soledade, as condições climáticas reduziram o crescimento das pastagens perenes e limitaram o desenvolvimento das pastagens de inverno. Diante disso, os bovinocultores de leite recorrem a alimentos conservados, com destaque para silagem de milho, além de feno, pré-secado, ração e suplementos minerais, a fim de garantir a nutrição do rebanho. (Emater adaptado pelo Sindilat).


Jogo Rápido
PREVISÃO METEOROLÓGICA: Semana de chuva no Rio Grande do Sul
Nos últimos sete dias, chuvas de intensidade moderada atingiram partes do centro, norte e do oeste do Rio Grande do Sul, enquanto as áreas a leste registraram volumes acumulados mais baixos.  Os bovinos de leite receberam manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade. A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas de fraca a moderada intensidade, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (23/05), o tempo estável persistirá em todas as regiões, com características típicas de amplitude térmica: madrugada com temperaturas mais baixas e elevação ao longo do dia. Entre a sexta-feira e o sábado (24/05), uma área de baixa pressão deverá se deslocar do Oceano Atlântico Sul em direção ao território gaúcho, provocando chuvas generalizadas em todo o estado. Há possibilidade de ocorrência de tempestades isoladas, inicialmente nas regiões das Missões e Fronteira Oeste, avançando posteriormente para áreas da Campanha, região Central e Sul do estado. Essa condição instável deverá se estender até o domingo (25/05), com possibilidade de novas tempestades isoladas, especialmente em pontos do leste gaúcho. A tendência para o período entre os dias 26 e 28 de maio indica a formação de novas áreas de instabilidade sobre o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (26/05), uma nova área de baixa pressão deve se desenvolver no noroeste do estado, favorecendo a ocorrência de chuvas, com possibilidade de tempestades em todas as regiões. Esse sistema deverá se deslocar sobre o território gaúcho ao longo da segunda-feira, mantendo sua influência principalmente sobre o norte do estado na terça-feira (27/05). Ainda na terça, uma segunda área de baixa pressão, oriunda da Argentina, avançará sobre o RS, provocando novas chuvas generalizadas e potencial para ventos intensos, especialmente em áreas do litoral. A atuação desse sistema deverá se encerrar até o início da quarta-feira (28/05), restabelecendo gradualmente as condições de estabilidade no estado. O prognóstico para os próximos sete dias indica acumulados de chuva elevados no Rio Grande do Sul. As precipitações deverão ser generalizadas, com os maiores volumes concentrando-se em uma extensa área que abrange a Fronteira Oeste, Missões, regiões centrais, centro-norte do estado, Campanha e Região Metropolitana. Nessas áreas, os acumulados deverão ultrapassar os 50 mm, com possibilidade de volumes superiores a 100 mm, especialmente entre a Fronteira Oeste, Campanha e o centro do estado. Já para o Litoral, partes da Serra, Alto Uruguai, Costa Doce e extremo sul, são esperados acumulados menores, variando entre 10 mm e 50 mm.


 
 
 

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Porto Alegre, 22 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.397


Novas regras para rotulagem de bebidas e compostos lácteos

Mapa define novas regras de rotulagem para produtos lácteos em 2025. Veja o que muda nos rótulos de bebidas e compostos lácteos e como isso impacta o consumidor.

A partir do segundo semestre de 2025, novas exigências para rotulagem de bebidas lácteas e compostos lácteos entrarão em vigor, conforme determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo é garantir mais transparência ao consumidor e reforçar o controle de qualidade desses produtos no mercado.

A partir de 26 de agosto de 2025, os rótulos de compostos lácteos deverão informar, de forma destacada, a frase: “composto lácteo não é leite em pó”. Já a partir de 3 de setembro de 2025, as bebidas lácteas precisarão exibir, também em destaque no painel principal da embalagem, a frase: “bebida láctea não é iogurte”.

Essas mudanças visam evitar confusões na escolha dos produtos pelos consumidores e garantir que as diferenças entre leite em pó, iogurte, bebida láctea e composto lácteo fiquem mais claras no ponto de venda.

Novas regras para rotular bebidas lácteas
Para bebidas lácteas de cor branca não fermentadas, o rótulo deve informar: “este produto não é leite”.

Para bebidas lácteas fermentadas, independentemente da cor, deve constar: “este produto não é iogurte”.

Criada a categoria “bebida láctea ultrapasteurizada”, para produtos com tratamento térmico semelhante ao UHT, mas envasados em condições não assépticas, que precisam ser mantidos refrigerados a 10ºC (diferente das bebidas UHT, armazenadas em temperatura ambiente).

O leite deixa de ser ingrediente obrigatório nas formulações das bebidas lácteas. Se o leite não for o ingrediente predominante ou estiver ausente, o rótulo deve indicar o ingrediente principal, como: “bebida láctea de soro de leite” ou “bebida láctea fermentada de soro de leite”

A indicação da quantidade ou presença de soro de leite não será mais obrigatória.
A adição individual de amido ou gelatina fica limitada a 1% da composição total da bebida láctea.

O uso de água será permitido apenas para reconstituir ingredientes em pó.

A substituição da gordura láctea por óleo vegetal está proibida, exceto quando usada para enriquecimento nutricional, devendo o rótulo conter a informação: “CONTÉM ÓLEO VEGETAL”.

Defesa do consumidor reforça importância de atenção aos rótulos de produtos lácteos
Entidades de defesa do consumidor orientam os compradores a redobrarem a atenção na hora das compras, especialmente com as novas exigências para a rotulagem de produtos lácteos no Brasil. É fundamental ler cuidadosamente os rótulos, verificar a data de validade, conferir a lista de ingredientes, o peso líquido e sempre solicitar a nota fiscal.

Essas práticas garantem o direito do consumidor, facilitam possíveis reclamações e promovem um consumo mais consciente e seguro. As novas regras de rotulagem para bebidas lácteas e compostos lácteos são vistas como um avanço importante para a transparência nas informações e a proteção do público no mercado de produtos lácteos no Brasil.

As informações são do Tribuna de Minas, adaptadas pela equipe MilkPoint


Embrapa e LFDA/RS inauguram dois laboratórios para avanço da pesquisa e inovação em leite

Com um investimento na ordem de R$ 10 milhões, a Embrapa Clima Temperado e o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul (LFDA/RS) inauguram, no dia 30 de maio, às 9h, o Laboratório de Campo do Leite (Labcampo) e o Laboratório de Pesquisa e Análises em Cromatografia Avançada (Labcromato), que representam um novo patamar em inovação nas pesquisas voltadas à eficiência dos sistemas de produção, à segurança alimentar e do alimento e à sustentabilidade na pecuária leiteira. A agenda contará com a presença da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e do chefe-geral da Unidade de Pesquisas, em Pelotas, Waldyr Stumpf Jr., e do coordenador do LFDA/RS, Fabiano Barreto. 

Com recursos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), as novas instalações consolidam o Programa Leite Seguro e constituem uma infraestrutura robusta e moderna para atender aos desafios científicos e tecnológicos da cadeia produtiva do leite. As duas novas estruturas que serão inauguradas se integram ao Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento em Pecuária Leiteira (Sispel), atuando como um centro de excelência na construção e execução de uma agenda para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação na cadeia produtiva do leite regional e nacional.

O chefe-geral Waldyr Stumpf Jr. fala que a inauguração das novas estruturas para o leite somada ao que já existe na Unidade de Pesquisas, em Pelotas - o Laboratório de Qualidade do Leite - a torna uma referência nacional em pesquisa e inovação em leite. “Nos tornamos uma referência em pesquisa científica em leite ao entregar produtos qualificados para comunidade e oportunizar um espaço para prestar serviços de maneira a ampliar as análises feitas pelo LFDA. Nós conseguiremos fazer análises mais precisas de análises que não se faziam anteriormente. Será possível ‘casar’ os trabalhos de campo e comportamento animal com a composição do leite”, destacou. Ele ainda enfatizou que no ato inaugural também será feito anúncio da instalação do “Hub de Inovação do Leite” ao trazer parceiros como universidades e institutos federais e iniciativa privada para trabalhar em projetos de pesquisa e desenvolvimento para os sistemas de produção de leite.

Conforme o coordenador do LFDA/RS, Fabiano Barreto, as duas estruturas laboratoriais que serão entregues no âmbito do Programa leite Seguro são fundamentais para ampliação do conhecimento e desenvolvimento de pesquisa aplicada, garantindo a Embrapa Clima Temperado uma integração em duas frentes tanto da parte de experimentação animal, com foco em nutrição e em outras áreas, como em componentes de química analítica, dando a instituição possibilidades de diversificação da pesquisa em leite, não somente nestas áreas. “Isso dará um dinamismo na pesquisa e permitirá uma integração com demandas recebidas pelo Ministério da Agricultura, criando um sinergismo entre as instituições, o que é extremamente necessário para atendimento do volume de demandas que chegam para a defesa agropecuária”, disse.

Fortalecimento do Sispel
As novas estruturas fortalecem e agregam valor científico e tecnológico ao Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento em Pecuária Leiteira (Sispel), que completa 30 anos, em 2026, e representa uma das infra estruturas mais completas e avançadas do País para a pesquisa pública voltada à cadeia produtiva do leite.

Este Sistema está localizado na Estação Experimental Terras Baixas (ETB) da Embrapa Clima Temperado, no Capão do Leão (RS). Ele foi concebido para ser um centro de excelência regional, com foco nos principais desafios e tendências da produção leiteira. Atualmente, conta com rebanho leiteiro da raça Jersey, estrutura de manejo animal com sistema Free Stall, galpões, silos, sala de ordenha, área de recria (Certon) e cerca de 100 hectares de pastagens com cultivares desenvolvidas pela Embrapa.

A estrutura abriga pesquisas e inovações em áreas como: Leite de Baixo Carbono, Nutrição de Precisão, Integração Lavoura-Pecuária (ILP), Sistemas Resilientes e Sustentáveis, Bioeficiência na Agropecuária, Sanidade Animal e Biosseguridade, Qualidade e Segurança do Leite e Produtos Funcionais e Nutracêuticos.

As novas infraestruturas
A ampliação do Laboratório de Qualidade do Leite (Lableite), a partir da criação do Labcromato, traz ao cenário científico nacional uma estrutura analítica de última geração — como os espectrômetros LC-Q-TOF e LC-MS/MS —, ampliando a capacidade da Embrapa para atuar com pesquisa e análises em Cromatografia Avançada.

A estrutura moderna do Labcromato terá possibilidade de realizar análises de resíduos e contaminantes em leite e derivados, além de outras matrizes (grãos, carne,vinhos, água, efluentes); avaliação de compostos nutracêuticos e medicinais; pesquisa com medicamentos veterinários e vegetais; validação de kits rápidos utilizados pela indústria láctea; desenvolvimento de produtos e metodologias inovadoras; apoio à sanidade animal, com foco em protocolos terapêuticos e resistência antimicrobiana.

O Labcampo dispõe de instalações físicas com modelos de alojamento tipo Compost Barn e Free Stall para execução de pesquisas com animais; instalação para a execução de trabalhos experimentais de alta precisão em nutrição, reprodução, saúde, cria e recria e comportamento animal; sala de ordenha; sala do leite; e espaço para capacitação e atualização tecnológica de profissionais, produtores e estudantes. 

As instalações do Labcampo propiciam um nível adequado de conforto animal e condições técnicas para a realização de pesquisas multidisciplinares e inovadoras para o desenvolvimento dos sistemas de pecuária de leite em clima temperado. A estrutura também conta com uma sala de capacitação, fortalecendo as ações de transferência de tecnologia e de intercâmbio de conhecimentos e a profissionalização do setor.

No Labcampo será possível realizar análises de resíduos e contaminantes em leite e derivados, além de outras matrizes (grãos, carne,vinhos, água, efluentes); avaliação de compostos nutracêuticos e medicinais; pesquisa com medicamentos veterinários e vegetais; validação de kits rápidos utilizados pela indústria láctea; desenvolvimento de produtos e metodologias inovadoras; apoio à sanidade animal, com foco em protocolos terapêuticos e resistência antimicrobiana.

A pesquisadora Maira Zanella, responsável pelo Programa Leite Seguro, fala que o Labcampo representa uma ampliação e uma qualificação da infraestrutura de pesquisa para os sistemas de produção de leite. Segundo ela, a partir dessa ampliação novas linhas de pesquisa poderão ser desenvolvidas como a comparação entre os sistemas de produção utilizando do compost bar o free stall associados à produção leiteira a pasto, como também a possibilidade de indicadores de eficiência desses sistemas. “Teremos a condição de qualificar os experimentos de nutrição de precisão, a partir dos coxos eletrônicos já instalados, e também haverá a possibilidade de ampliar pesquisas em sustentabilidade ambiental, ao leite de baixo carbono, ao uso dos efluentes nos sistemas de produção leiteira, a pegada hídrica, bem estar animal. Serão várias áreas que poderão ser qualificadas e ampliadas na pesquisa para a cadeia produtiva do leite”, explicou.  Zanela destacou ainda a importância da criação de um espaço para capacitação de técnicos e produtores para que essas tecnologias desenvolvidas possam chegar mais facilmente ao campo, aproximando a pesquisa da atividade leiteira.(Embrapa Clima Temperado)

EMBRAPA CILEITE: Nota de Conjuntura - Mercado de Leite e Derivados - Maio de 2025

O cenário brasileiro para o mercado de leite e derivados registrou uma ligeira piora ao longo de abril e maio de 2025, refletindo a desaceleração da demanda interna. A inflação mais elevada e ligeira piora nos indicadores do mercado de trabalho, somado ao maior endividamento das famílias, têm freado o consumo. Após três anos consecutivos de crescimento do PIB acima de 3% ao ano, as projeções para 2025 indicam algo próximo de 2%. Portanto, o ambiente macroeconômico está um pouco pior.

Esse movimento tem levado a uma queda nos preços dos derivados lácteos no atacado e, consequentemente, recuo nos preços pagos aos produtores, mesmo em plena entressafra. A situação é agravada por margens reduzidas para a indústria de laticínios nos principais derivados lácteos: leite UHT, leite em pó e queijo muçarela.

Se pelo lado da demanda houve ligeira desaceleração, pelo lado da oferta o crescimento tem sido robusto. A produção de leite inspecionado no Brasil apresentou aumento de 3,1% no primeiro trimestre, fechando com nove trimestres seguidos de alta. Se ajustado pelo número de dias, considerando que o ano passado foi bissexto, o crescimento da produção diária no primeiro trimestre de 2025 atingiu 4,25%, em relação ao mesmo período do ano passado. O melhor ambiente de rentabilidade nos últimos três anos acabou estimulando a oferta e, mesmo com importações mais elevadas, a rentabilidade foi sustentada por uma melhor demanda.

Neste contexto de oferta crescendo e demanda mais fraca, o cenário de preços ao produtor teve ligeira piora, mas ainda em um patamar que permite uma boa remuneração para fazendas eficientes e bem gerenciadas. Para os próximos meses, é importante acompanhar três indicadores que irão ajudar a monitorar este mercado.

Preços internacionais: O mercado internacional está com preços mais firmes, com baixo crescimento da produção mundial. A União Europeia, por exemplo, está com produção recuando neste início de 2025. Da mesma forma, a China também tem apresentado produção mais fraca, com importações subindo novamente. Os preços de leite em pó integral, no último leilão GDT, atingiram US$ 4.300 por tonelada. Caso estes preços se mantenham mais altos, espera-se uma maior sustentação nos preços também no mercado brasileiro, já que reduz a competitividade das importações.

Importações: Nos últimos anos, as importações passaram a representar uma parcela significativa da oferta doméstica, chegando a 9% do leite inspecionado. O volume importado de leite equivalente nos meses de março, abril e início de maio, indica um pequeno recuo. O cenário não é de queda acentuada, mas alguma desaceleração poderá ocorrer, sustentada por um relativo encarecimento dos custos e melhoria da demanda na Argentina e recuo nos preços no mercado brasileiro.

Demanda interna: Este é o principal driver para os preços no mercado de leite brasileiro, já que não somos exportadores. Ainda que o cenário de consumo das famílias seja pior em 2025, algumas medidas fiscais de expansão de gastos do governo e de créditos, a exemplo do crédito consignado para trabalhadores CLT do setor privado, podem ajudar na demanda.

Portanto, estes três indicadores serão relevantes no monitoramento do cenário de preços para os próximos meses, colocando as cotações para o segundo semestre de 2025 mais próximas de 2023 ou de 2024 (Figura 1). Para os produtores de leite, no entanto, é importante uma atenção especial aos seus custos e à gestão da propriedade. Afinal, trata-se de variáveis sob controle direto do produtor e observa-se que fazendas bem gerenciadas têm apresentado uma boa competitividade, mesmo em comparações internacionais. 

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 15 de maio de 2025. Autores*: Glauco R. Carvalho, Alziro V. Carneiro, Kennya B. Siqueira, Lorildo A. Stock, Luiz A. Aguiar de Oliveira, Marcos C. Hott, Samuel José de M. Oliveira e Walter Coelho P. M. Júnior. *Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Jogo Rápido
VBP da Agropecuária deve crescer 13,1% em 2025
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou a estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária em 2025, que deve atingir R$ 1,53 trilhão. O valor representa um crescimento de 13,1% em relação ao registrado em 2024. O VBP previsto para a agricultura é de R$ 1,0 trilhão, com destaque para a soja (+10,1%), milho (+35,4%), café arábica e o robusta, com altas estimadas no VBP de 63,7% e 93,4%, respectivamente. Já o faturamento da pecuária será de R$ 520,4 bilhões. Dentro do subgrupo, os destaques de alta são os ovos (+22,9%) e a carne bovina (19,5%). O VBP corresponde ao faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, com base na média dos preços reais (IGP-DI) recebidos pelos produtores de todo o país. (Terra Viva)


 
 
 

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Porto Alegre, 21 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.396


Está em recuperação o setor lácteo da Argentina e do Uruguai

“O mercado internacional dos lácteos passa por um momento positivo e as cotações sobem desde o final de 2023. O preço do leite chega a um bom nível, ao mesmo tempo que os grãos se mantêm com preços razoáveis”, disse Andrés Padilla, analista do Rabobank, durante a Mercolátea 2025, realizada entre os dias 15 e 17 de maio no parque de exposições da Associação Rural do Uruguai.

Em declarações para Todo El Campo e o programa Diário Rural (CX 4 Rural), acrescentou que o produtor de leite está “com margem positiva, permitindo que a produção cresça nos últimos trimestres”. 

Indagado sobre a guerra comercial entre Estados Unidos da América (EUA) e China e como afeta o mercado do leite, Padilla disse que esse é um fenômeno “relevante porque a China é um grande importador de lácteos dos EUA. Então é fundamental para o mercado estadunidense dar uma solução”, prevendo que “será alcançado algum tipo de acordo, talvez com uma tarifa permanente de importação de 10%”. 

O volume das exportações dos EUA para a China depende do produto, acrescentou. Por exemplo, os EUA não podem encontrar novos destinos para o soro e “isso criaria problemas internos”, porque no caso de encontrar para quem vender, “seria a preços muito mais baixos, alterando a dinâmica do mercado e impactando no preço final do leite. Não lhes convém passar por um processo como esse”, enfatizou. 

A Região Quanto à nossa região, o analista observou que “está havendo recuperação este ano”. A “Argentina teve um passado muito difícil, o Uruguai enfrentou algumas dificuldades, mas os dois estão se recuperando e o Brasil vem crescendo a 2,5% ao ano”. 

Além disso, “a demanda está bastante positiva: A Argentina recuperando, o Uruguai estável e o Brasil bem, mas no Brasil o aumento da inflação é um problema”, podendo levar à desaceleração da economia e impactar no consumo.

Por outro lado, disse: “é uma realidade” que existem fazendas leiteiras cada vez maiores na região, em detrimento do pequeno produtor. “Problemas que se impõem são: mão de obra cada vez mais escassa e cara, e as mudanças climáticas que adicionam volatilidade”. Diante de tudo isso, “o produtor que tem escala e tecnologia possui vantagem muito grande em relação ao pequeno, que tem cada vez mais dificuldades para se manter”. 

Segundo semestre positivo: O Sudeste Asiático e a África

O segundo semestre deste ano “também será positivo”, vaticinou. “Com grãos em baixa, mesmo que o preço do leite caia um pouco, não muito, 2025 será um bom ano”. 

Padilla concluiu, destacando que o sudeste asiático é um mercado “bastante interessante” para os países exportadores de lácteos: “Indonésia, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Malásia, são economias em expansão”. 

Mas, não são os únicos, existem “outros mercados da África que também começam a aumentar o consumo, e eu diria que existe ainda muito potencial”, concluiu. Acesse aqui a matéria na íntegra. (Fonte: Todo El Campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat RS

EMBRAPA/CILEITE: Boletim de Preços - Mercado de Leite e Derivados - Abril de 2025

Preços desaceleram no mercado de leite

Os preços de leite e derivados apresentaram queda no mês de abril, com destaque para o queijo muçarela. O recuo nas cotações ocorre em plena entressafra, mostrando que a demanda tem se mostrado mais fraca. Além disso, as importações de abril vieram menores. Portanto, tal desvalorização está mais atrelada ao enfraquecimento da demanda, devido ao aumento da taxa de juros, maior endividamento das famílias, mercado de trabalho perdendo dinamismo e inflação elevada, com destaque para o leite e derivados com alta de 10% no acumulado em 12 meses.

Conseleite sugere pequena queda no preço do leite ao produtor
As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em abril foram de uma relativa estabilização, com exceção do Paraná que sinalizou uma queda mais acentuada. Apesar das variações negativas nos estados de Minas Gerais e Santa Catarina e da expectativa de aumento no Rio Grande do Sul, todas essas apresentaram pouca variação em relação ao mês anterior. Dessa forma, o indicador de referência sugere certa estabilidade na maioria dos casos.

Milho e Soja têm queda nos preços. Boi e bezerro apresentaram leve alta.
Com a apreciação do câmbio na segunda quinzena de abril, os preços de milho e soja apresentaram queda. O clima favorável e expectativa de boa safra de inverno de milho induziram a queda. O farelo de soja apresentou uma alta na primeira semana, porém seguiu recuando no decorrer do mês, sendo influenciado pelo bom abastecimento interno da oleaginosa. Já no mercado de boi gordo, houve relativa estabilidade nos preços. Para a reposição, o bezerro se valorizou paulatinamente ao longo do mês.


FONTE: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite. Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo (graduandos da UFJF). Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado 


Jogo Rápido
Queijo Gorgonzola do Brasil terá novo nome após acordo com a UE
Denominação “Gorgonzola” será exclusiva da Itália. Queijarias brasileiras precisarão adotar novo nome após o acordo Mercosul-União Europeia. O famoso queijo gorgonzola, amplamente consumido nas mesas brasileiras, deverá mudar de nome em razão de um tratado firmado entre o Mercosul e a União Europeia. A partir de sua ratificação, apenas os queijos produzidos na região italiana de Gorgonzola, com selo de Indicação Geográfica (IG), poderão manter essa nomenclatura. Assim como já ocorre com o champanhe, que passa a ser chamado de espumante quando não vem da região de Champagne, o gorgonzola também terá sua proteção geográfica validada. No Brasil, essa medida se equipara ao reconhecimento de produtos como o queijo canastra, que possuem tradição e local de origem definidos.A legislação proíbe o uso de termos como “estilo gorgonzola” ou “sabor gorgonzola” por fabricantes fora da Itália. Indústrias brasileiras precisarão rebatizar o produto, provavelmente com nomes genéricos ou inspirados em regiões nacionais, como parte de um movimento de adequação ao novo pacto comercial. O acordo, que protege 358 produtos europeus e 222 da América do Sul, ainda depende de aprovação do Congresso Nacional. Enquanto isso, laticínios brasileiros e consumidores devem estar atentos aos rótulos que começarão a refletir as mudanças nas prateleiras. (Edairy News)