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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.429


Vaquinhas IA são as anfitriãs do Milk Summit Brazil 2025

O lançamento da programação oficial do Milk Summit Brazil 2025, no dia 12 de julho, terá duas anfitriãs tecnológicas: JérsIA e HolândIA. As vaquinhas foram desenvolvidas através de Inteligência Artificial especialmente para o Milk Summit. Performáticas, elas já dão o ar da graça nas redes sociais (@milksummitbrazil) divulgando a atividade que acontecerá nos dias 14 e 15 de outubro, em Ijuí/RS, e que terá inovação e a tecnologia no centro dos debates sobre a evolução no campo.“Nossas personagens traduzem conteúdos técnicos em linguagem simples, conectando o campo com a tecnologia. Elas representam a inovação que queremos em cadeia do leite: com identidade, propósito e empatia“, destaca Darlan Palharini, coordenador do Milk Summit Brazil e Secretário Executivo do Sindilat/RS.   No Auditório do Sicredi, junto ao Centro Administrativo da Sicredi das Culturas RS/MG, a programação se concentrará na parte da manhã de sábado - quando se comemora o Dia Nacional do Produtor de Leite, reunindo especialistas e lideranças do setor para a troca de informações e reconhecimento à produção leiteira. O economista Valter Galan, da Milkpoint, fará uma análise sobre os cenários de mercado e as tendências para o leite. Na sequência, o Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum, participa de um painel sobre competitividade e políticas públicas. Também integra a programação o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, com um panorama das iniciativas voltadas ao fortalecimento do setor lácteo.Uma mesa-redonda reunirá representantes de instituições Seapi, Emater, Senar, Sebrae, FecoAgro, Gadolando, Gado Jersey, Conseleite, Fazenda San Diego e Milkpoint, para debater o papel das entidades no desenvolvimento do setor, com mediação do engenheiro agrônomo Jair S. Mello, da CCGL. O evento se encerra com a premiação de produtores de leite de Ijuí, promovida pela Prefeitura em reconhecimento à dedicação e resultados obtidos na atividade leiteira.A realização do Milk Summit Brazil 2025 está a cargo da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Sebrae, Emater, Suport D Leite e Impulsa Ijuí 

Confira a programação: 

  • 8h às 8h30min - Credenciamento 
  • 8h30min às 9h30min – Milk Break & Networking: café da manhã de recepção com espaço para conexões e trocas de experiências.
  • 9h30min às 10h05min – Palestra com Valter Galan (Milkpoint): Cenários de Mercado e Tendências para o mercado do leite
  • 10h05min às 10h25min - Painel com o Secretária da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi): Competitividade e Políticas Públicas 
  • 10h25min às 10h40min - Painel com o Superintendente do Senar - Eduardo Condorelli: Ações do Senar para o setor lácteo
  • 10h40min às 11h35min – Mesa-redonda com Seapi, Emater, Senar, Sebrae, FecoAgro, Gadolando, Gado Jersey, Conseleite, Fazenda San Diego e Milkpoint: diálogo sobre o papel das instituições no fortalecimento do setor. Mediação: Eng. Agr. Jair S. Mello - CCGL
  • 11h35min às 11h45min - Lançamento da programação oficial do Milk Summit Brazil 2025 e abertura das inscrições.
  • 11h45min às 12h30min – Premiação a produtores de leite de Ijuí: reconhecimento promovido pela Prefeitura de Ijuí, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural.

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


Balança comercial de lácteos: volume importado de lácteos recua em junho

A queda das importações puxou o recuo do mês de junho na balança comercial dos lácteos, em meio a um cenário de preços internacionais altos e câmbio desfavorável. Confira!

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (04) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos em junho de 2025 ficou em aproximadamente -151 milhões de litros em equivalente-leite, um recuo do déficit em comparação aos -165 milhões de litros registrados em maio. Essa melhora no saldo se deve à redução no ritmo de importações, que perdeu força ao longo do mês.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 As exportações brasileiras seguiram em patamares baixos em junho, totalizando cerca de 5,03 milhões de litros em equivalente-leite. Esse volume representa uma queda de 30% em relação a maio, mas ainda assim é 10% superior ao registrado em junho de 2024.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Por sua vez, as importações totalizaram cerca de 156 milhões de litros em equivalente-leite, o menor volume registrado desde maio de 2024. Isso representa uma queda de aproximadamente 9% em relação a maio e 12% abaixo do volume importado em junho de 2024.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 
Destaques por produto

Exportações
Entre os produtos exportados em junho, os maiores crescimentos em relação a maio foram registrados nas categorias de:

Leite UHT: +137 toneladas (+60%)

Iogurtes: +16 toneladas (+19%)

Por outro lado, os maiores recuos ocorreram em:

Leite em pó integral: -98 toneladas (-53%)

Leite condensado: -212 toneladas (-34%)

Manteiga: -47 toneladas (-10%)

 
Importações
Do lado das importações, o principal aumento foi para:

Soro de leite: +231 toneladas (+22,6%)

Enquanto as principais quedas foram observadas em:

Leite em pó integral: -402 toneladas (-4%)

Leite em pó desnatado: -553 toneladas (-13%)

Manteiga: -80 toneladas (-30%)

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em junho de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em maio de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

 

O que podemos esperar para os próximos meses?

A queda nas importações observada em junho reflete o cenário vigente nos últimos meses, marcado por preços internacionais elevados, taxa de câmbio desfavorável ao importador (real desvalorizado) e menor disponibilidade de produto no Mercosul.

Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 04 de Julho de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Junho/2025 a ser pago em Julho/2025.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br


Jogo Rápido
Previsão do tempo SEAPI
Está prevista a ocorrência de geada em Bom Jesus, Capão do Tigre, São José dos Ausentes, Bom Retiro e Jaquirana nesta sexta-feira (4/7). É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 27/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga.
Para o restante da semana, um sistema de alta pressão deverá atuar em todo o Rio Grande do Sul, com predomínio de sol até a próxima quarta-feira (9/7), quando um sistema de baixa pressão começará a se intensificar no Estado e provocará chuvas fracas em forma de garoa em regiões pontuais mais ao Norte e Nordeste do RS. Os acumulados não devem ultrapassar o máximo de 2 mm de chuva. As temperaturas devem permanecer baixas, mas sem atingir valores negativos. No Nordeste do Estado e nas regiões mais altas, como em São José dos Ausentes, Vacaria e Bom Jesus, as mínimas podem chegar a 2 °C, mas a sensação térmica deve ficar em - 6°C. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Veja em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia (Seapi)


 
 
 

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Porto Alegre, 04 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.428


Ijuí será sede de evento da cadeia leiteira

No dia 12 de julho, data em que é comemorado o Dia Nacional do Produtor de Leite, Ijuí sediará o lançamento oficial da programação do Milk Summit Brazil, evento que promete ser o maior encontro da cadeia leiteira do Sul do país. A apresentação acontecerá a partir das 8h, no Auditório do Centro Administrativo da Sicredi das Culturas RS/MG, e contará com a presença de lideranças políticas, representantes de indústrias, cooperativas, técnicos, instituições de apoio ao setor e, especialmente, produtores de leite.

O evento de apresentação da programação representa uma etapa importante na mobilização para a primeira edição do Milk Summit, prevista para outubro de 2025, também em Ijuí. A proposta do evento é reunir os atores ligados à cadeia produtiva do leite com o objetivo de fomentar o diálogo entre os diferentes elos do setor, promover a difusão de tecnologias e traçar estratégias para o fortalecimento da atividade leiteira no país.

Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e coordenador do Milk Summit Brazil, Darlan Palharini, a apresentação da programação será um momento simbólico e de grande importância para o segmento, que possui grande relevância para o município de Ijuí e para a região Noroeste.

“O evento do dia 12 de julho marca o início das ações do Milk Summit Brazil 2025, com o lançamento oficial da programação. Será um momento estratégico para o setor lácteo, em que indústrias, cooperativas, produtores, lideranças e instituições estarão reunidos para debater temas centrais como políticas públicas, competitividade e tendências de mercado”, afirma o secretário-executivo.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) é uma das realizadoras do Milk Summit, com apoio de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite). O secretário da Agricultura, Edivilson Brum, também participará da cerimônia de lançamento, no dia 12 de julho.

Além da Secretaria, o Milk Summit também conta com o apoio do Sindilat/RS, da Emater/RS-Ascar, da empresa Suport D Leite, do Impulsa Ijuí, da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), do Sebrae e da Prefeitura de Ijuí.

O evento de lançamento terá início com o credenciamento e um “milk break”, um café da manhã com produtos derivados do leite. Em seguida, Valter Galan, do MilkPoint, apresentará uma análise dos cenários e das principais tendências do mercado leiteiro.

Durante este encontro inicial, também será realizada a premiação dos produtores de leite de Ijuí, promovida pela Prefeitura Municipal. Segundo um levantamento da Emater/RS-Ascar, o município é o maior fornecedor de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul, com produção anual de 741,9 milhões de litros e um rebanho de mais de 157 mil vacas leiteiras — gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões ao ano.

A programação do evento de lançamento também inclui um painel sobre competitividade e políticas públicas, com o secretário da Agricultura, Edivilson Brum; e uma mesa-redonda com painel das instituições mais representativas do setor, como Emater, Senar, Sebrae, Fecoagro, Gadolando, Gado Jersey, Conseleite, Fazenda San Diego e Milkpoint. Por fim, o evento também contará com a abertura oficial das inscrições para o Milk Summit 2025. (Jornal da Manhã)


Setor lácteo aponta caminhos para outros segmentos

De um cenário nada positivo, há cerca de três anos, o setor lácteo se tornou, em 2025, um rentável negócio — alcançando margens de até 30% de lucro, de acordo com o presidente da CCGL, Caio Vianna, cooperativa que reúne outras cooperativas, com foco no apoio aos produtores e no beneficiamento de leite.

A virada se mede justamente após o segmento identificar os principais pontos frágeis do produtor e agir efetivamente sobre eles. O primeiro passo foi conseguir reunir ações no campo, a mesma política e no modelo de negócio para que as perdas começassem a ser revertidas em ganhos.

No campo, a prioridade foi colocar um “exército” de técnicos para apoiar desde mudanças básicas — como o manejo de animais, terras e pastagens — até a gestão da propriedade. Atualmente, entre profissionais da CCGL e de outras cooperativas, cerca de mil técnicos estão conectados com os produtores. Curiosamente, um dos pontos de abordagem dessa iniciativa foi frear a euforia em torno dos investimentos em tecnologia e se voltar novamente à terra e aos cuidados com os animais.

“Obviamente, tecnologia é importante, mas a compra de um equipamento, se mal dimensionada em custo, benefício e necessidade, pode quebrar as finanças do produtor. Não adianta robotizar um sistema que ainda não produziu a margem que permita a aquisição desse equipamento”, pondera o presidente da cooperativa.

A quantidade de leite que uma vaca vai produzir depende da alimentação, do manejo para o bem-estar e da seleção genética”, alerta Vianna.

A aposta demasiada na tecnologia e na compra de equipamentos modernos, observa o executivo, não é uma exclusividade do setor lácteo. O mesmo ocorre em outros segmentos. Vianna comenta que parte dos produtores que investiram pesado em itens de última geração acabou se endividando sem o retorno esperado — seja através do aumento dos processos básicos de plantio quanto para tecnologias que, efetivamente, não são usadas muito aqui com o potencial esperado.

“Houve muito exagero com tecnologias que não eram necessárias e nem utilizadas a pleno. Isso tudo descapitaliza um produtor para investir no melhoramento do animal ou na gestão”, analisa o presidente da CCGL.

Com os dados reais levantados a partir do diagnóstico focado no campo para ajudar a aumentar as produtividades por meio de ações que nem sempre exigem investimentos ou grandes aportes. O resultado é que os ajustes, manejo e operação, assegura Vianna, vêm ocorrendo em seis meses ou em muito poucos semanas. Os 550 produtores do G100 (selecionados pela CCGL com produtividade acima da média de 42 litros diários por vaca), por exemplo, já revelam resultados com manejo e retorno superior.

Mesmo assim, há ainda um grupo de produtores que representa cerca de 80% acima da média e de sua própria produtividade inicial, de 17 litros. Os 17 litros/vaca ainda são a média dos outros 2,5 mil produtores que não fazem parte do grupo de assessorados.

“Eles não integram esse grupo porque não querem, pois temos disponibilidade de atendê-los. Há, porém, produtores mais fechados no sentido de receber orientações ou mesmo de implementar mudanças na sua forma de trabalho”, explica. (Jornal do Comércio)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1874 de 03 de julho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE
O excesso de umidade e de barro comprometeu o manejo e o bem-estar animal, favorecendo mastites, lesões e a baixa qualidade do leite. A suplementação alimentar foi intensificada diante da limitação das pastagens em várias regiões. Em algumas, houve registro de queda na produtividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção se recuperou com a melhora das condições do solo e com o retorno do desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém. No entanto, persiste o acúmulo de barro nas áreas de trânsito intenso. Em algumas propriedades, a insuficiência de áreas de pastagem em relação ao número de animais tem provocado rebaixamento excessivo das forrageiras e impedido o rebrote, mesmo com uso de piqueteamento. Em Manoel Viana, a coleta do leite foi restabelecida em função dos reparos realizados nas estradas, mas a produção deve ficar comprometida pelos danos nas pastagens.

Na de Caxias do Sul, a condição corporal dos animais manteve-se satisfatória. Contudo, o bem-estar foi prejudicado por chuvas frequentes, temperaturas mais baixas e acúmulo de barro nos corredores e nas entradas das salas de ordenha não pavimentadas. 

Foram registrados casos de lesões nos cascos, atribuídos às condições úmidas e lamacentas das áreas. Na de Erechim, a maioria das propriedades estão em níveis estáveis de produção. Nos sistemas de piqueteamento, foi possível pastoreio mais eficiente e uniforme. Por outro lado, o excesso de umidade e de barro nas instalações e nas pastagens tem favorecido a ocorrência de mastites e problemas locomotores, exigindo maior atenção no manejo.

Na de Frederico Westphalen e na Passo Fundo, devido à dificuldade de manejo dos animais e das pastagens, causada pelas chuvas constantes, houve uma leve diminuição na produção de leite, e os animais não conseguem manter peso e escore corporal.

Na de Ijuí, apesar da alta umidade, a sanidade dos animais está adequada, e as infecções de úbere controladas. Na região Celeiro, há registro de piora nos índices de qualidade do leite em termos de Contagem Padrão em Placas (CPP), atribuída à umidade excessiva, ao frio e a pouca luminosidade.

Na de Santa Rosa, as condições climáticas têm demandado maiores cuidados com a higiene na ordenha devido ao barro nos úberes. Houve aumento de suplementação na dieta. Apesar do clima adverso, registrou-se aumento de 8% na produção de leite, impulsionado por sistemas confinados e pelo crescimento do número de animais em lactação. A qualidade do leite segue dentro dos parâmetros. Na de Soledade, persistem alguns casos de doenças parasitárias, como anaplasmose, além dos problemas com o manejo de animais nas pastagens, ocasionados pelas condições climáticas. (Emater/RS)


Jogo Rápido
Previsão do tempo SEAPI
Está prevista a ocorrência de geada em Bom Jesus, Capão do Tigre, São José dos Ausentes, Bom Retiro e Jaquirana nesta sexta-feira (4/7). É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 27/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga.
Para o restante da semana, um sistema de alta pressão deverá atuar em todo o Rio Grande do Sul, com predomínio de sol até a próxima quarta-feira (9/7), quando um sistema de baixa pressão começará a se intensificar no Estado e provocará chuvas fracas em forma de garoa em regiões pontuais mais ao Norte e Nordeste do RS. Os acumulados não devem ultrapassar o máximo de 2 mm de chuva. As temperaturas devem permanecer baixas, mas sem atingir valores negativos. No Nordeste do Estado e nas regiões mais altas, como em São José dos Ausentes, Vacaria e Bom Jesus, as mínimas podem chegar a 2 °C, mas a sensação térmica deve ficar em - 6°C. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Veja em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia (Seapi)


 
 
 

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Porto Alegre, 03 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.427


Inverno não prejudica a produção de leite no RS, afirma coordenador do Conseleite

O coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, afirmou que o período de inverno não representa um problema para a produção leiteira no Rio Grande do Sul. Segundo ele, as características do rebanho e a estrutura produtiva do estado são adaptadas às baixas temperaturas.

De acordo com Palharini, esse desempenho está diretamente relacionado à origem europeia do plantel leiteiro gaúcho. “Nosso gado leiteiro tem origem em raças europeias, como a holandesa e a jersey, que são naturalmente mais adaptadas ao frio. Isso faz com que o inverno, ao contrário do que muitos imaginam, não afete negativamente a produção de leite”, explicou.

O coordenador ainda destacou que, em muitos casos, o clima ameno do inverno pode até favorecer o desempenho do rebanho. “O gado sofre menos estresse térmico no frio do que no calor intenso do verão. Isso pode resultar em uma produção mais estável, especialmente em propriedades com boa estrutura de manejo e alimentação”, complementou.

Palharini também ressaltou a importância de políticas públicas e de apoio técnico aos produtores para garantir que essa estabilidade produtiva seja mantida ao longo de todas as estações. “Com assistência técnica adequada e investimentos em infraestrutura, o Rio Grande do Sul pode continuar sendo referência na produção leiteira do país”, concluiu.

FONTE - JORNALISMO RÁDIO MUNDIAL


Inovar no setor leiteiro é possível - e necessário

*Por Ana Paula Forti, Diretora da área de Processamento da Tetra Pak Brasil.   

O mercado lácteo é um setor alto potencial de crescimento: 80% da população mundial consome leite ou derivados de maneira regular, de acordo com o relatório Dairy and Socio-Economic Development, da Global Dairy Plataform. Porém, mesmo que o consumo de leite faça parte da rotina dessas pessoas, o setor de laticínios ainda carrega características de uma indústria tradicional, marcada por práticas consolidadas e estruturas que mudaram pouco ao longo do tempo.

Por outro lado, a humanidade passou por mudanças que resultaram em novas maneiras de pensar, ver e vivenciar o mundo – que também passou por alterações – e a cadeia leiteira, mesmo que seja uma indústria tradicional, precisa acompanhar. Modernizar processos, investir em equipamentos mais eficientes e incorporar tecnologias sustentáveis não é mais uma opção: é uma condição para seguir competitivo.

Há uma cobrança crescente do mercado por qualidade, segurança, rastreabilidade, uso responsável de recursos e inovação. E, ao mesmo tempo, também temos uma mudança no consumidor, que hoje presta muito mais atenção em aspectos como origem, composição e impacto dos alimentos. Ele quer produtos alinhados aos seus valores: mais saudáveis, com menos impacto ambiental e que entreguem conveniência sem perder o frescor. Em um cenário como esse, não há espaço para a estagnação.

Inovar em um setor tradicional, como é o caso do leiteiro, começa dentro da planta. Maquinários novos, com maior nível de automação, eficiência energética e precisão nos processos, além de soluções de digitalização e controle em tempo real, já estão disponíveis no mercado e oferecem ganhos concretos de produtividade, economia de insumos e previsibilidade operacional. Mais do que isso: permitem uma produção mais inteligente, capaz de se adaptar com agilidade às demandas do mercado e às exigências regulatórias.

E a transformação também passa pelo impacto ambiental. É possível reduzir o consumo de energia e água, minimizar perdas e valorizar subprodutos por meio de tecnologias voltadas ao uso eficiente da matéria-prima e ao aproveitamento integral do leite. Essas mudanças impactam positivamente não só o meio ambiente, mas também a rentabilidade dos negócios.

Por sua vez, a tecnologia, assim como o mundo, a humanidade e a maneira de produzir, também passou por alterações e agora é mais acessível. Embora exista uma percepção de que muitas dessas inovações em equipamentos e linha de processamento sejam caras e, por isso, devam ficar restritas apenas a grandes empresas, hoje, produtores de pequeno e médio porte também podem ter acesso a tecnologias de ponta, com eficiência, segurança e sustentabilidade, tudo isso sem comprometer o custo-benefício.

Por isso, mesmo em um setor consolidado como o leiteiro, há espaço para avanços contínuos. Porém, vale lembrar, o tempo, como diz o ditado, pode ser um grande aliado da indústria nesse momento: a inovação não precisa vir de uma disrupção radical, mas sim da atualização constante de processos, equipamentos e mentalidade. Mesmo que ela ocorra em pequenos passos, essa transformação exige dos produtores atenção às tendências e abertura para investimentos que trazem a possibilidade de retorno financeiro – muitas vezes a curto prazo. O futuro dos laticínios passa, necessariamente, por decisões tomadas agora, com base em dados, visão de longo prazo e disposição para sair do lugar comum. (Néctar comunicação)

Agricultura familiar terá crédito para genética bovina

Plano Safra 2025/26 inclui linha do Pronaf para transferência de embriões, ampliando produtividade e renda em pequenas propriedades leiteiras.

O melhoramento genético dos rebanhos leiteiros foi uma das novidades anunciadas pelo governo federal no Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, divulgado nesta segunda-feira, 30, no Palácio do Planalto, em Brasília. O Programa de Transferência de Embriões prevê uma linha de crédito do Pronaf ( Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para o uso dessa tecnologia nas pequenas propriedades produtoras de leite do país. 

Segundo o ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o Brasil possui uma das melhores tecnologias genéticas do mundo e, com essa linha, o produtor terá acesso a esse trabalho. “O Pronaf irá financiar o melhoramento genético por embriões, o que pode fazer toda a diferença. A vaca que o produtor tem vale R$ 3 mil, a bezerra vai valer R$ 6 mil. Se produzir 5 litros de leite, vai produzir 15 a 20 litros. E o produtor poderá dizer que tem uma vaca pura de origem”, disse o ministro durante o lançamento.

Ronei Volpi, presidente da Câmara Setorial de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura (MAPA), disse que todo e qualquer programa que traga ganhos em qualidade e novas tecnologia é bem-vindo. No entanto, segundo ele, o pequeno produtor ainda tem outras necessidades. “A agricultura familiar precisa de coisas mais básicas, como sanidade do rebanho, inseminação artificial e assistência técnica. Enquanto a transferência de embriões é uma tecnologia de ponta, ainda é preciso avançar em coisas mais básicas”, afirmou.

Paulo Martins, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, achou a medida “louvável”. “O programa que o governo lançou é de suma importância. Mostra uma vontade imensa de que os produtores brasileiros aumentem a produtividade por hectare. No entanto, melhoramento genético é um passo importante, mas não definitivo”, disse.

Segundo o pesquisador, no Brasil, a cada três litros de leite produzidos, dois são originários de propriedades da agricultura familiar. “Estamos dando um passo importante, para aumentar a rentabilidade do produtor de leite brasileiro. Isso interioriza a renda e mantém empregos e família unida no interior do Brasil”, completou.

Apoio das associações de raça
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, Armando Rabbers, considerou o anúncio um avanço muito forte para esses produtores, mas destacou que a tecnologia deve vir acompanhada de apoio no manejo dos animais e na nutrição de qualidade.

“Seria importante incentivar que estes produtores, que iniciarem esse trabalho, como vão pegar animais de raça pura com registro, continuassem fazendo o registro na associação da raça. Assim, o produtor faz o trabalho de genealogia, tipificação e controle leiteiro com o apoio da associação para fazer o melhor trabalho de melhoramento genético”, acrescentou Rabbers.

As informações são do Estadão.


Jogo Rápido
Mapa lança banco de dados do AgroInsight com oportunidades de exportação identificadas por adidos agrícolas
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acaba de lançar, seguindo a diretriz do ministro Carlos Fávaro, uma nova funcionalidade do AgroInsight: um banco de dados que reúne, em um só lugar, todas as oportunidades de exportação identificadas pelos adidos agrícolas do Brasil no exterior. Na última semana o volume 6 do AgroInsight foi divulgado ao público e junto a ele, o banco de dados exclusivo com todas as oportunidades identificadas e listadas pelos adidos agrícolas brasileiros no exterior. O sistema permite buscas por produto, país ou tema, facilitando o acesso a informações sobre tendências de mercado, demandas específicas e potenciais compradores.  “Ao centralizar esse conteúdo, damos um passo importante para ampliar a inteligência comercial do setor agropecuário. Produtores e exportadores agora conseguem, de forma rápida, identificar onde estão as maiores oportunidades para os seus produtos”, destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua.  O sistema foi desenvolvido com foco na usabilidade. A navegação é simples e acessível. A ferramenta oferece filtros simples e permite uma visualização clara das informações, promovendo maior assertividade.  A iniciativa é mais uma ação que visa fortalecer a atuação internacional do Brasil. Em um cenário global competitivo e em constante transformação, ferramentas digitais como essa contribuem para ampliar a presença de produtos brasileiros no comércio exterior e oferecem suporte direto aos que movimentam a cadeia produtiva do agro. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 02 de julho de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.426


Programação do Milk Summit Brazil será lançada em evento especial do setor leiteiro

Atividades de apresentação ocorrem em Ijuí, no dia 12 de julho

No sábado (12/7), Dia Nacional do Produtor de Leite, será realizado o lançamento oficial da programação do Milk Summit Brazil, evento que promete ser o maior encontro da cadeia leiteira do Sul do país. A apresentação acontecerá a partir das 8h, no Auditório do Centro Administrativo da Sicredi das Culturas RS/MG, em Ijuí (RS).

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi)é uma das realizadoras do Milk Summit, com apoio de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite). O Secretário da Agricultura, Edivilson Brum, participará da cerimônia de lançamento.

O evento representa uma etapa importante na mobilização para a primeira edição do Milk Summit Brazil, prevista para outubro de 2025, também em Ijuí. A proposta é reunir produtores, indústrias, cooperativas, técnicos, autoridades e representantes de instituições ligadas à cadeia produtiva do leite, com o objetivo de fomentar o diálogo entre os diferentes elos do setor, promover a difusão de tecnologias e traçar estratégias para o fortalecimento da atividade leiteira no país.

A atividade do lançamento tem início com o credenciamento e um “milk break”. Em seguida, Valter Galan, do MilkPoint, apresentará uma análise dos cenários e das principais tendências do mercado leiteiro.

Durante o encontro, também será realizada a premiação dos produtores de leite de Ijuí, promovida pela Prefeitura. De acordo com dados da Emater, o município é o maior fornecedor de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul, com produção anual de 741,9 milhões de litros e um rebanho de mais de 157 mil vacas leiteiras — gerando um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões ao ano.

A realização do Milk Summit Brazil 2025 é uma iniciativa conjunta da Seapi, Sindilat/RS, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite, Impulsa Ijuí, FecoAgro/RS e Prefeitura de Ijuí.

Programação do evento de lançamento:

Local: Auditório do Sicredi – Rua São Cristovão, 30 - Ijuí/RS, nº 30.


GDT 383: Aumento de volume pressiona os preços no mercado internacional

Leilão GDT tem nova queda e pressiona preços globais dos lácteos. Leite em pó recua 5,1%, e importações brasileiras podem seguir em alta no curto prazo.

No 383º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 1º de julho, o mercado continua apresentando correções de baixa, com a maioria dos produtos em queda. O preço médio dos produtos negociados ficou em US$4.274 por tonelada, refletindo uma queda de 4,1% no GDT Price Index. 

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O preço do leite em pó integral (WMP), principal referência entre os derivados lácteos negociados na plataforma GDT, registrou uma queda de 5,1%, sendo comercializado a US$3.859 por tonelada. Esse é o quarto recuo consecutivo, porém o mais agressivo deles. No acumulado, a queda foi de 11,9%, e com isso, os preços voltaram a se comportar em patamares vistos em janeiro, mais próximos da média histórica. O maior preço deste ano foi no primeiro leilão de maio, e até aqui, houve o recuo de aproximadamente US$515/tonelada. 

O preço do leite em pó desnatado também continua com variações negativas, caindo 1,7%, com média de US$2.718 por tonelada.

Gráfico 2. Preço médio LPI.

A muçarela apresentou certa estabilidade neste leilão, sendo negociada a US$4.790 por tonelada, queda de apenas 0,2%. O que indica ainda uma pequena variação após altas vistas nos leilões passados. 

A manteiga, que apresentou valorização no leilão passado, desta vez apresentou variação negativa, com queda de 4,3%, tendo seu valor médio negociado à US$7.522/tonelada. O queijo cheddar teve o mesmo comportamento, com recuo de 2,8% após altas vistas no último leilão. 

As únicas valorizações vistas nesse leilão foram da Lactose, que vem de um comportamento de instabilidade após alta significativa em maio, com valorização de 4,2% e valor médio de US$1.375/tonelada, e do Leitelho em pó, que tem apresentado bastante volatilidade nos últimos leilões. 

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 01/07/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Volume negociado tem alta notável

O volume negociado no leilão apresentou alta, depois de queda significativa desde o começo do ano. É o maior volume negociado desde o segundo leilão de janeiro. No total, foram comercializadas 25.705 toneladas, o que representa uma alta de 69% em relação ao evento anterior. Essa variação positiva pode ser explicada por um mercado com crescente oferta prevista, o que implicou em uma queda nos preços, que abriu espaço para maiores negociações. 

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) apresentam volatilidade. Embora os preços para agosto e novembro tenham sido menores dos vistos no último leilão, os contratos para setembro, outubro e dezembro apresentaram melhoras, porém ainda com a tendência de queda ao longo do ano.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
A produção global tende a crescer para os próximos trimestres, mas a demanda ainda é incerta, devido ao mercado exterior mais turbulento, que tem causado menores exportações e negociações entre os países. Fatores como a desaceleração da economia chinesa, tensões comerciais e conflitos internacionais aumentam a incerteza externa. 

Nesse contexto de preços em baixa no mercado internacional, os valores praticados para exportações do Mercosul (especialmente Argentina e Uruguai), que são nossos principais fornecedores, também tendem a apresentar redução. Além disso, a taxa de câmbio R$/USD vem operando em níveis mais baixos, abaixo dos R$5,50. Ou seja, as importações de lácteos tendem a apresentar preços mais competitivos à frente, mantendo as importações pelo Brasil em patamares elevados no curto prazo.  (Milkpoint)

Cooperativismo gaúcho registra crescimento

Resultados do setor foram apresentados nesta terça-feira, 1º, pela Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul

Dos 10,8 milhões habitantes do Rio Grande do Sul (de acordo com o censo de 2022), 38,8% estão vinculados a alguma cooperativa estabelecida no Estado. Em 2024, o setor atingiu o número de 4,2 milhões de associados, um crescimento de 7,13% em relação a 2023.

Este foi um dos resultados apresentados pela Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs) na manhã desta terça-feira, 1º, em evento na sede da entidade, em Porto Alegre. O público associado à rede de cooperativas foi um dos destaques citados pelo presidente da organização, Darci Hartmann.

"Estamos aqui mostrando números importantíssimos”, disse Hartmann.

O sistema também aumentou 21,87% em relação ao patrimônio líquido de 2023, chegando a R$ 39,2 bilhões. O mesmo percentual expressa a elevação dos ativos, que somaram R$ 217,8 bilhões. Os ingressos alcançaram R$ 93,25 bilhões em 2024, um aumento de 8,41% sempre em comparação com 2023.

De acordo com Hartmann, “14% do PIB (produto interno bruto) gaúcho é de cooperativas”. O presidente afirmou ainda que a Ocergs, que representa mais de 370 cooperativas no RS, “tem uma expectativa de crescimento muito grande” para 2025, “de dois dígitos”.

“No Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU (Organização das Nações Unidas), celebramos a capacidade do cooperativismo de sustentar e impulsionar a economia do Rio Grande do Sul, mesmo diante das maiores adversidades. Em um período marcado por perdas e reconstrução, especialmente no meio rural, os resultados demonstram a força, a resiliência e o compromisso do sistema cooperativo com o desenvolvimento sustentável e com as comunidades onde atua”, avalia Hartmann.

O ramo agropecuário, que representa mais da metade do faturamento total do cooperativismo gaúcho, igualmente ofereceu resultados positivos. Os ingressos, de R$ 49,9 bilhões, subiram 2,49% em comparação com 2023. As sobras totalizaram R$ 1,2 bilhão, alta de 30,78% ante ao ano anterior.

“É importante destacar a resiliência que o agro teve no ano passado, mas ainda temos problemas. O estoque da dívida não foi solucionado”, comentou Hartmann.

Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro), explicou que o crescimento do ramo agro foi impulsionado pela industrialização da proteína animal.

“Cooperativas importantes voltaram a ter esse processo. Essa é uma coisa importante, que é esse resgate da rentabilidade da indústria que ocorreu em todos os setores”, disse o presidente da FecoAgro.

Os bons números na agropecuária não afastam o temor em relação às possíveis consequências da falta de solução para a dívida, a descapitalização e a falta de crédito dos produtos, na percepção tanto de Hartmann quanto de Pires.

"Uma cooperativa é uma organização de produtores. Aí, mesmo com a cooperativa capitalizada, mas com o produtor endividado, sem condições de levar adiante o plantio, é muito preocupante”, resumiu Pires. (Correio do Povo)


Jogo Rápido
Ásia e Américas puxam alta na produção mundial de leite em 2025
A produção mundial de leite está prevista para alcançar 992,7 milhões de toneladas em 2025, com um aumento de 1% em relação ao ano anterior, marcando o segundo ano consecutivo de crescimento modesto, segundo o relatório semestral mais recente da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre o mercado global de alimentos. Espera-se que os aumentos na Ásia impulsionem esse crescimento global, impulsionados pela expansão contínua dos rebanhos e ganhos graduais de produtividade em Bangladesh, Índia e Paquistão. Esses avanços devem compensar uma queda projetada na China, onde os preços pagos aos produtores continuam em queda e as pressões de custo persistem, limitando o crescimento da produção. Aumentos expressivos no Brasil e no México, juntamente com uma recuperação na Argentina e nos EUA, devem sustentar uma retomada mais ampla nas Américas. A produção de leite na Europa e na Oceania deve permanecer estável, com aumentos modestos em meio a tendências nacionais divergentes. Em contraste, prevê-se uma leve queda na África, onde o aumento dos custos de insumos e interrupções causadas por conflitos em algumas partes do continente provavelmente dificultarão a produção. O comércio global de laticínios, medido em equivalente leite, deverá cair 0,8% em 2025. Uma retomada esperada das importações pela China – impulsionada pelo aumento da demanda da indústria alimentícia e por uma perspectiva de produção mais fraca – pode compensar apenas parcialmente as quedas previstas nas importações da África, América Latina e Caribe, e Oriente Próximo, devido à melhora da produção regional. As informações são do Dairy Industries International, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01º de julho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.425


PLANO SAFRA: Governo Federal lança Plano Safra 2025/2026 com R$ 516,2 bilhões para impulsionar o agro brasileiro

Com o slogan Força para o Brasil crescer, a nova edição amplia o crédito, incentiva a sustentabilidade e garante apoio ao produtor rural

ara fomentar e fortalecer ainda mais o agro brasileiro, o Governo Federal lança nesta terça-feira (1º) o Plano Safra 2025/2026, com recursos na ordem de R$ 516,2 bilhões destinados à agricultura empresarial. O valor representa um acréscimo de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior. A cerimônia de lançamento será realizada às 11h, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Voltado a médios e grandes produtores, o Plano Safra da agricultura empresarial é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e contempla operações de custeio, comercialização e investimento. As condições variam de acordo com o perfil do beneficiário e o programa acessado. As taxas de juros, prazos e limites de crédito estarão disponíveis nas tabelas oficiais a serem divulgadas pelo Mapa.

Medidas para ampliar a segurança e sustentabilidade no campo
A partir deste ano, o crédito rural de custeio agrícola passa a exigir a observância das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Anteriormente restrita a operações de até R$ 200 mil contratadas por agricultores familiares do Pronaf com enquadramento obrigatório no Proagro, a exigência agora se estende a financiamentos acima desse valor e a contratos em que o Proagro não é exigido. O objetivo é evitar a liberação de crédito fora dos períodos indicados ou em áreas com restrições, contribuindo para maior segurança e sustentabilidade na produção. A exceção ocorre somente nos casos em que não houver zoneamento disponível para o município ou para a cultura financiada.

Outra novidade é a autorização para o financiamento de rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito, o que flexibiliza o acesso aos insumos.

O crédito de custeio também poderá ser destinado à produção de sementes e mudas de essências florestais, nativas ou exóticas, valorizando iniciativas voltadas à preservação ambiental. Ainda nesse contexto, será permitido o financiamento de insumos e tratos culturais voltados ao cultivo de plantas utilizadas para cobertura e proteção do solo no período de entressafra, incentivando práticas agrícolas sustentáveis.

Além disso, o novo ciclo do Plano Safra traz medidas para facilitar a renegociação de dívidas, oferecendo aos produtores que enfrentaram dificuldades em safras anteriores mais flexibilidade para reorganizar seus passivos e retomar o fluxo produtivo.

Incentivo à produção sustentável e à modernização
Os produtores que adotarem práticas sustentáveis terão acesso a condições diferenciadas, como juros reduzidos. O Plano Safra 2025/2026 também oferece crédito para produção de mudas, reflorestamento e culturas de cobertura, que ajudam a preservar o solo entre uma safra e outra.

Além disso, o governo prorrogou para o período de 1º de julho de 2025 a 30 de junho de 2026 a aplicação do desconto de 0,5 ponto percentual na taxa de juros das operações de crédito rural de custeio. A medida vale para produtores enquadrados no Pronamp e também para os demais produtores que investirem em atividades sustentáveis, com recursos equalizados e respeitados os limites definidos por cada instituição financeira para o ano agrícola.

Programas voltados à modernização e inovação seguem fortalecidos. Moderagro e Inovagro foram unificados para simplificar o acesso ao crédito e, com isso, houve aumento do limite disponível para investimentos em granjas, possibilitando que essas estruturas se mantenham sempre atualizadas em relação à sanidade animal.

O subprograma RenovAgro Ambiental passa a contemplar também ações de prevenção e combate a incêndios, além de recuperação de áreas protegidas. Entre as novidades, está a possibilidade de financiamento de ações de prevenção e combate ao fogo no imóvel rural; uso dos recursos para a aquisição de caminhões-pipa ou carretas-pipa; e entre os itens financiáveis, mudas de espécies nativas para a reposição e recomposição de áreas de preservação permanente e reservas legais.

O programa de armazenagem (PCA) também foi ampliado. O limite de capacidade por projeto passou de 6 mil para 12 mil toneladas, o que contribui para melhorar a infraestrutura de estocagem e escoamento da produção rural.

Outra novidade é a ampliação do limite de renda para enquadramento no Pronamp, que passou de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões por ano, permitindo que mais produtores tenham acesso às condições diferenciadas oferecidas pelo programa.

Compromisso com o desenvolvimento do agro
Com o slogan “Força para o Brasil crescer”, o Plano Safra 2025/2026 destaca a relevância da agropecuária para o crescimento do país. A ampliação do crédito, o incentivo à produção sustentável e o fortalecimento das políticas voltadas ao campo reforçam a estratégia do governo de promover um setor mais eficiente, competitivo e alinhado às demandas ambientais. (MAPA)


Global Dairy Trade - GDT

Fonte GDT adaptado pelo Sindilat RS

É fashion ser saudável: a nova dinâmica de consumo do iogurte no Brasil

O iogurte se transformou em símbolo de saudabilidade e status. Seu consumo revela padrões de distinção social, refletindo dinâmicas típicas da moda. Saiba mais!

A moda, mais do que estética, é um território onde se expressam valores, identidades e desejos de pertencimento. Ao olhar para esse universo, é possível traçar paralelos com outros campos de consumo, como o dos alimentos saudáveis, em especial os lácteos. Neste âmbito, este artigo propõe uma leitura inédita sobre o consumo de iogurte, ao conectá-lo com dinâmicas típicas do universo da moda. Uma abordagem inovadora, que permite compreender o iogurte não apenas como produto funcional, mas como marcador social.

No mundo da moda, novas tendências influenciam escolhas cotidianas que expressam desejos de pertencimento. Assim, as decisões de consumo de itens de moda, como por exemplo, bolsas e roupas, revelam valores, posições sociais e cumprem um papel de comunicar conexão com certos grupos. Essas influências ditam muito o comportamento dos consumidores.

Uma característica inerente ao mundo da moda é a exclusividade. O acesso a artigos de luxo é limitado e as primeiras versões de tendências são extremamente caras, restringindo esse conteúdo à elite. Nesse contexto, quanto mais os itens se resumem às classes mais altas, maior o seu valor simbólico e o desejo de aquisição, reafirmando que as preferências podem ser moldadas por contextos sociais e relações de poder. Isso também acontece no universo dos alimentos, especialmente os considerados saudáveis e naturais.

É interessante notar que influenciadoras como Malu Borges, Livia Nunes e Hailey Bieber vêm incluindo produtos relacionados ao bem-estar em seus conteúdos, incorporando alimentos frescos e naturais a sua identidade fashion, e criando a ideia de que “é fashion ser saudável”. Com isso, a noção de exclusividade está ultrapassando o vestuário de luxo, alcançando também o universo da alimentação.

Mas, o que os lácteos tem a ver com o universo da moda?
Entre os lácteos, o iogurte é um produto que se destaca pelo seu apelo de saudabilidade e a sua inserção no mercado de produtos com foco no bem-estar e saúde. Segundo análise do Observatório do Consumidor (2023), publicações em redes sociais sobre iogurtes são frequentemente associadas a termos ligados à alimentação saudável, como frutas (banana, maçã, etc.), proteína, cereais e dieta. Nessas postagens, a palavra “natural” é a que mais aparece, correspondendo a 63% do total de termos, reforçando a percepção de que o produto se insere nessa cesta.

Diante disso, torna-se relevante verificar se o iogurte, símbolo de bem-estar entre os lácteos, acompanha a lógica de exclusividade da moda e dos alimentos naturais. Assim, esse artigo objetivou investigar se o iogurte pode ser considerado como um produto de elite. Para isso foram coletados dados do IBGE sobre a aquisição desse produto de acordo com a faixa de renda do consumidor (Figura 1).

Figura 1. Consumo per capita de iogurte por faixa de renda (em g/hab.)

Fonte: adaptado de IBGE.

A quantidade de iogurte consumida pelas famílias da faixa de renda mais elevada (acima de R$ 14.310,00) é 397% maior do que a consumida pelas pessoas da faixa de renda mais baixa (até R$ 1.908,00). Ou seja, a elite econômica consome quase quatro vezes mais iogurte do que os grupos de menor poder aquisitivo. Com isso, o iogurte deixa de ser apenas um produto funcional para se tornar um item simbólico, marcando silenciosamente as classes de renda.

Esses dados mostram que as preferências alimentares se transformam conforme o status social se eleva, tornando produtos considerados leves, magros e saudáveis, protagonistas nas cestas das famílias. Isso se aplica ao perfil do iogurte, que é claramente associado à elite.

Assim como a moda tem a capacidade de valorizar itens que, em um primeiro momento, parecem estar descolados desse contexto, mas que estão seguindo a lógica de exclusão, como por exemplo jóias e acessórios de grife, o iogurte parece estar seguindo essa tendência. No caso do iogurte, esse movimento se revela no surgimento de versões “premium” e exclusivas, com preços mais elevados. Isso fica claro na Figura 2 que mostra preços de iogurte coletados em mercados virtuais no mês de maio de 2025.

Figura 2. Preço de categorias de iogurte (em R$/100 g).

Fonte: Resultados da pesquisa.

Os dados mostram que a versão de iogurte com mais proteína atinge valores de mercado muito superiores em relação ao iogurte regular. O maior valor do iogurte proteico é de de R$ 7,68 por 100 gramas de produto, enquanto o iogurte regular não chega a R$ 2,50/100 g. Essa disparidade é ainda mais relevante ao considerar que a variação dos itens proteicos é grande e, ainda assim, o item mais barato supera o valor mais elevado de iogurte regular.

Essa versão de iogurte com alto teor proteico possui uma relação com a tendência de bem-estar e saudabilidade ainda mais evidenciada atualmente, reforçando a dinâmica no mercado que acompanha a lógica de elitização proposta pela moda. Isso mostra que mesmo que esses produtos estejam todos categorizados como iogurte, a inserção de versões mais caras e com maior apelo à saudabilidade promove a segmentação do público consumidor e elitização do consumo. Portanto, os dados mostram que o iogurte proteico está na moda.

Essa estratégia de segmentação do público consumidor é bastante comum no mundo da moda, elitizando o consumo de itens que a priori são populares. Um exemplo interessante, é o da Balenciaga, que em 2017, lançou uma bolsa de luxo extremamente semelhante às tradicionais sacolas de feira, que possuem um valor muito acessível a todas as classes. Porém, essa bolsa ganhou o mesmo status das bolsas de luxo comercializadas pela marca, o que elevou significativamente o seu valor de mercado comparado com as tradicionais sacolas de feiras. Isso mostra como um item popular pode ser transformado em item de luxo e objeto de desejo e exemplifica a inversão simbólica operada pela moda e o poder que ela possui na dinâmica do mercado.

As características do mercado consumidor de iogurte, e a disparidade nos valores das versões encontradas no mercado, mostram que, até mesmo os alimentos, seguem tendências e operações similares àquelas percebidas no mundo da moda. Assim, as escolhas de roupas e de alimentação revelam, juntas, a busca por distinção, especialmente em tempos em que o bem-estar se consolidou como símbolo de prestígio. Dessa forma, o consumo de alimentos como o iogurte ultrapassa sua função nutricional, tornando-se um marcador simbólico, que reforça dinâmicas de distinção social típicas do universo da moda.

Diante dessas evidências, cabe ao setor lácteo pensar: como reposicionar o iogurte para além de um produto associado às elites? Ou será que esse status simbólico é, justamente, uma oportunidade de mercado que deve ser explorada? A dinâmica do “é fashion ser saudável” pode representar uma tendência duradoura, com impactos significativos sobre a cadeia produtiva de lácteos no Brasil.

Karolline Mendes e Kennya Siqueira para Milkpoint


Jogo Rápido
Clima adverso no tambo
Médica veterinária e uma das autoras do estudo, Adriana Tarouco diz que "essa combinação de calor e umidade acionou mecanismos fisiológicos de termorregulação nas vacas, desviando energia da produção de leite para a manutenção da temperatura corporal". O estudo utilizou o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) para avaliar o conforto térmico dos bovinos leiteiros e estimar as perdas na produtividade. Com a chegada de massas de ar frio, em abril e maio, o cenário melhorou. Os bovinos permaneceram, em média, 89,5% do tempo em conforto térmico em abril e 92% em maio, segundo o ITU. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.424


CEPEA: preço do leite recua pelo 2º mês seguido

Leite fecha maio a R$ 2,64/litro na "Média Brasil", com queda de 3,9%. Alta oferta, baixa demanda e pressão nos derivados explicam o recuo, aponta o Cepea.

Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em maio fechou a R$ 2,6431/litro na “Média Brasil”, com quedas de 3,9% frente ao de abril/25 e de 7,4% em relação ao de maio/24, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de maio). Apesar de atípica para o período, a baixa nos valores pagos ao produtor era esperada pelos agentes do setor e ocorre em função do aumento da oferta e do enfraquecimento na demanda por lácteos na ponta final da cadeia.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de maio/2025)

O volume de leite captado no campo subiu 1,13% de abril para maio, segundo o ICAP-L do Cepea. Esse crescimento foi acima do normal para o período e se deve aos maiores investimentos feitos pelos produtores, impulsionados pelas boas margens dos últimos meses.

Ao mesmo tempo, o Custo Operacional Efetivo (COE) caiu 0,72% em maio, após quatro meses de alta. A queda foi puxada, principalmente, pela baixa nos preços de insumos para a alimentação do rebanho. Isso ajudou a manter a produção firme.

Por outro lado, a demanda mais enfraquecida continua limitando as vendas dos derivados. Segundo pesquisas do MilkPoint, o Leite UHT tem registrado certa estabilidade nas vendas da indústria, favorecido pelos estoques mais enxutos. Já a muçarela, por sua vez, enfrenta elevados volumes estocados nas indústrias, o que mantém a pressão de baixa sobre os preços.

Além disso, os leites em pó voltaram a sofrer pressão baixista no último mês, acompanhando a tendência do mercado internacional. A queda nos preços externos tem mantido os produtos importados mais competitivos em relação aos nacionais, dificultando a sustentação das cotações das marcas nacionais. (Milkpoint)


Pesquisa transforma desafio ambiental em solução

Soro do queijo, antes descartado como resíduo, passa a ser usado como base para proteínas funcionais.

Desde 2009, a doutora em Biologia Celular e Molecular, Claucia de Souza, lidera pesquisas que buscam soluções sustentáveis para um dos principais resíduos da indústria de laticínios: o soro do queijo. O trabalho, desenvolvido no Tecnovates e em laboratórios de graduação e pós-graduação da Univates, tem como foco o aproveitamento dos nutrientes presentes nesse subproduto, que ainda hoje representa um desafio ambiental significativo.

“Para cada quilo de queijo produzido, são necessários dez litros de leite, e cerca de nove litros de soro são gerados”, explica Claucia. “É realmente um problema ambiental. Imagine a quantidade de soro que precisa ser tratada na região?”, questiona. A substância, apesar de rica em matéria orgânica e nutrientes, pode causar desequilíbrios em corpos d’água se descartada de forma inadequada, afetando a oxigenação e a vida aquática por meio do desenvolvimento de microrganismos indesejados.

A proposta da pesquisadora é inverter essa lógica. Em vez de tratar o soro como resíduo, a equipe busca formas de extrair valor dele. “Hoje, a proteína isolada do soro já é utilizada em suplementos alimentares, por exemplo, e vem justamente desse material. No laboratório, os alunos estudam diferentes processos de concentração dessas proteínas, com foco em benefícios para o organismo humano.”

Além da produção de proteína isolada, a equipe trabalha com enzimas que quebram essas proteínas em cadeias menores de aminoácidos — compostos bioativos com grande potencial para a saúde humana. Esses processos resultam em produtos em pó com até 90% de concentração proteica, que podem ser comercializados por diferentes segmentos da indústria.

As informações são do Grupo A Hora.

Ordenha robotizada e gestão digital mudam o rumo do leite

Sucessores do agro adotam tecnologias como softwares zootécnicos e ordenha robotizada e transformam propriedades familiares em empresas modernas.

Dezembro de 2021 foi o último mês em que o produtor João Vitor Secco e dois primos, responsáveis pela Cabanha DS, propriedade rural em Vila Lângaro (RS), ordenharam manualmente as vacas holandesas que criam. Desde então, a tarefa passou a ser feita por dois robôs. 

A família Secco está na agropecuária há três gerações. Começou com os avós de João Vitor. Em 1989, a propriedade passou a investir na pecuária leiteira, atividade que avançou por 25 anos, até que um problema sanitário comprometeu o projeto. O rebanho, que contava com 400 animais, foi reduzido para 50. “A gente não aguentava mais financeira e emocionalmente. Decidimos encerrar as atividades”, conta Secco.

Em 2019, motivados pela vontade de retomar a tradição, João Vitor e os primos assumiram a gestão dos negócios, compraram 40 novilhas e, em seguida, um rebanho fechado com 162 cabeças. “Como a gente fazia três ordenhas por dia, teve um período em que ficava mais de 24 horas acordado para dar conta de todo trabalho. Superamos os limites do corpo”, relata.

Foi quando perceberam que precisavam profissionalizar a gestão e transformar a fazenda em empresa. Para isso, decidiram investir em tecnologia. Os equipamentos de ordenha robotizada, comprados da multinacional holandesa Lely, foram instalados em estruturas de confinamento coberto, no modelo compost barn. Ao entrar no robô de forma espontânea, para aliviar a pressão do úbere ou se alimentar, a vaca recebe tratamento personalizado. A tecnologia define a quantidade adequada de alimento e o número de ordenhas conforme a fase de lactação.

“Com o sistema, cada vaca pode ser ordenhada até seis vezes por dia. Mas, se uma estiver em final de ciclo e o robô definir que serão duas, na terceira ele não ordenha”, explica Secco. Isso é possível graças ao armazenamento de dados coletados durante as ordenhas. Com a robotização, a produtividade das 89 vacas em lactação aumentou em até cinco litros por animal por dia, o que representa um ganho diário de cerca de 445 litros. Hoje, elas produzem 3.700 litros/dia, e o sistema também liberou tempo para os produtores cuidarem de outras atividades, como o cultivo de soja, milho e trigo.

Gestão 
Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mostram que o Brasil produz leite em 98% dos municípios, que, juntos, somam mais de 34 bilhões de litros por ano — o terceiro maior volume do mundo. São mais de 1 milhão de propriedades dedicadas à atividade. Para 2030, a Secretaria de Política Agrícola do Mapa projeta que apenas os produtores mais eficientes permanecerão na atividade, não apenas pelo uso de tecnologia, mas também por avanços na gestão.

Com esse cenário em mente, Silvana Kluger, de Carambeí (PR), que obtém oito mil litros diários de 200 vacas holandesas em lactação, adotou um software que integra dados zootécnicos com o controle financeiro. “Sei quantos partos teremos por mês, quantas vacas vão secar, quais teremos que inseminar. Não dá para ser como antigamente. A leiteria é uma empresa, não mais um negócio familiar. Digo que não tiramos, mas produzimos leite.”

As mudanças na propriedade a motivaram a deixar o cargo público de professora para ajudar o marido e a mãe — que assumiram a atividade após o falecimento do pai, em 2010. Operar o software é sua responsabilidade. “O desafio, agora, é continuar acompanhando o desenvolvimento tecnológico”, afirma.

Giandro Masson, fundador e CEO da Leigado, empresa que forneceu a solução, acredita que, como a tecnologia ajuda a tornar a atividade mais competitiva, é mais fácil segurar a sucessão no campo. “A falta de gestão e de sucessão estão entre as principais dores dos produtores. Muitos sucessores veem a pecuária leiteira como algo amador e vão para a cidade aceitando até ganhar menos”.

De acordo com o empresário, são muitas, porém, as propriedades atrasadas. Seja porque resistem ou não têm condições de investir, principalmente entre as pequenas.  
Alternativas

Olhando para esse nicho, a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), oferece um aplicativo gratuito e está testando a ordenha robotizada em um sistema alternativo ao confinamento. O pesquisador André Novo, coordenador do programa Balde Cheio, que atende 3.200 pecuaristas leiteiros, explica que o Roda da Reprodução — aplicativo mais baixado da Embrapa, com cerca de 15 mil usuários e que será atualizado ainda este ano — permite a criadores com até 150 animais visualizar um mapa completo do ciclo reprodutivo do rebanho ao longo de um ano.

Segundo Novo, a adoção de tecnologias nas propriedades permite uma aproximação com os jovens. “Sei de muitos que usam seus smartphones para ajudar os pais que não conhecem tanto as possibilidades tecnológicas. Um dos produtos que vamos lançar em breve é pensando, justamente, na sucessão no campo”. 

No caso específico da ordenha, o robô da Embrapa foi instalado entre três áreas de pastagem. Inicialmente, as vacas permanecem em uma área irrigada, com adubação nitrogenada. Após passarem pelo equipamento, acessam outras duas, em meio a eucaliptos. “Nesse sistema, é possível colocar uma grande quantidade de árvores para sequestrar carbono”, observa.

Novo destaca que a experiência a pasto tem custo de produção menor do que o confinamento, embora a produtividade seja mais baixa. Por outro lado, como as vacas se movimentam mais e passam com menor frequência pelo robô, é possível ordenhar um número maior de animais. Enquanto no confinamento a média é de 60 vacas por dia, com mais ordenhas por animal, no sistema a pasto o número sobe para 90.

“Quando planejamos o sistema, foi pensando em como será a pecuária leiteira no futuro. Ainda é difícil definir o perfil do produtor no Brasil, pois temos desde grandes produtores até aqueles que mantêm a atividade por subsistência. Mas sabemos que o caminho é a tecnificação. Até porque existe carência de mão de obra no setor”, analisa o pesquisador.

As informações são do Estadão.


Jogo Rápido
Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto. O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download. Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável. Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou. Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS por meio de link no site do Sindilat/RS, clicando aqui. 


 
 
 

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Porto Alegre, 27 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.423


Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 27 de Junho de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


Informativo Conjuntural 1873 de 26 de junho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O excesso de chuvas e o frio intenso, nas últimas semanas, reduziram a produção de leite. Essas condições climáticas têm demandado maior atenção a problemas de casco, mastite e doenças respiratórias, além de reforço no manejo sanitário e nutricional, especialmente em sistemas menos estruturados ou com déficit de forragem.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite enfrentam grandes dificuldades com o manejo, a logística e a alimentação dos rebanhos em função das chuvas intensas, da erosão das pastagens, do isolamento de propriedades e do comprometimento do acesso para a coleta do leite. 

Na de Caxias do Sul, o manejo dos bovinos leiteiros foi prejudicado pelo solo encharcado e pelo barro nas áreas de pasto, exigindo suplementação com silagem e ração proteica para manutenção da produção. A sanidade e a qualidade do leite foram preservadas em virtude dos cuidados com a higiene durante a ordenha. 

Na de Erechim, os rebanhos leiteiros apresentam estado sanitário e nutricional adequados. A produção está estável como resultado da entrada de animais nas pastagens de inverno. Na de Frederico Westphalen, as áreas perenes de verão que receberam sobressemeadura demonstram desenvolvimento satisfatório, mas enfrentam dificuldades de pastejo devido ao excesso de umidade. 

Na de Ijuí, a produção de leite continua estável, apesar de leve queda nos sistemas a pasto em razão das chuvas, que dificultam o manejo. A sanidade animal permanece sob controle, e houve redução da incidência de ectoparasitas em decorrência do frio. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos leiteiros mantêm estado nutricional e escore corporal apropriados. Diminuiu a incidência de ectoparasitas, embora haja maior risco de mastites ambientais. Os produtores seguem oferecendo alimentos conservados e concentrados, o que demanda atenção aos custos com alimentação. 

Na de Pelotas, o período foi marcado por chuvas e frio, comprometendo o manejo e o desenvolvimento das pastagens. 

Na de Porto Alegre, observa-se restrição no uso das pastagens de inverno devido ao excesso de umidade. 

Na de Santa Maria, as chuvas intensas causaram erosão e baixa oferta de forragem, sendo necessária a suplementação para manter a produtividade. Contudo, o clima ameno favoreceu o conforto térmico dos animais. Em algumas áreas, a entrada dos animais nas pastagens de inverno traz expectativa de recuperação produtiva. 

Na de Santa Rosa, a produção leiteira segue em alta em razão da melhoria na ambiência e na qualidade das forrageiras. Porém, em função das chuvas, os produtos ampliaram os cuidados com a higiene e com as instalações para evitar mastites e manter a qualidade do leite. 
Na de Soledade, o excesso de chuvas tem prejudicado o manejo dos rebanhos e o pastejo, reduzindo o tempo nas áreas de forragem, o que demanda suplementação com volumosos conservados. Já as pastagens foram impactadas por atraso no crescimento, alagamentos e perdas de nutrientes.(Emater/RS)

Chuvas moderadas e tempestades isoladas previstas para os próximos dias no RS

Nos últimos oito dias, o Rio Grande do Sul registrou chuvas de alto volume em praticamente todo o seu território. Na quarta-feira (18/06), o sistema frontal que havia atuado no dia 17/06 continuou influenciando o tempo em todo o estado, provocando precipitações superiores a 50 milímetros nas regiões da Fronteira Oeste, Missões, Norte, Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Serra, Campos de Cima da Serra, Metropolitana e Litoral Norte. Nas demais áreas, os acumulados não ultrapassaram 50 milímetros. Em algumas localidades, foram registrados volumes superiores a 150 milímetros, como em Rio Pardo, que chegou a 171 milímetros.

Nas áreas destinadas às pastagens, o frio favoreceu o crescimento das espécies de inverno implantadas, mas as chuvas frequentes, o solo encharcado e a baixa luminosidade dificultaram o pastejo e impediram as operações de adubação, prejudicando o desenvolvimento das plantas.

Na bovinocultura de leite, o manejo dos animais foi dificultado, devido ao excesso de chuvas, ao solo encharcado e às restrições de pastejo. Em algumas regiões, houve queda de produtividade. No entanto, mesmo com maior ocorrência de mastites, problemas de casco e doenças respiratórias, os animais apresentam boas condições corporais e sanitárias, de maneira geral.

A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos que poderão resultar em chuvas de intensidade moderada, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 26/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Sexta-feira (27/6): o tempo volta a permanecer estável em todas as regiões do Rio Grande do Sul, sem previsão de precipitações significativas.

Sábado (28/6): efeitos de circulação atmosférica deverão favorecer o transporte de umidade, contribuindo para a manutenção do tempo instável em todas as áreas do estado. Por conseguinte, são esperadas chuvas fracas a moderadas, com ocorrência de precipitações pontualmente fortes nas porções central e norte. Já na porção sul do estado, não são esperadas chuvas significativas.

Domingo (29/6): a formação de um sistema de baixa pressão no Atlântico Sul deverá intensificar as instabilidades, especialmente nas porções central e norte do Rio Grande do Sul, com previsão de chuvas de alto volume, podendo alcançar cerca de 100 mm. Na porção sul, não são esperadas precipitações significativas. As temperaturas deverão apresentar leve elevação.

Segunda (30/6) e terça-feira (1º/7): com o afastamento do sistema de baixa pressão, o tempo volta a ficar estável no estado, sem previsão de chuvas significativas e com ligeiro declínio nas temperaturas.

Quarta-feira (2/7): a formação de um cavado (área alongada de baixa pressão), associado a um sistema frontal no litoral, causará instabilidades, especialmente no Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul, com destaque para volumes mais elevados próximos à faixa litorânea. Nas demais regiões, não são esperadas precipitações significativas.

O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas significativas para grande parte do Rio Grande do Sul. Os maiores acumulados estarão associados à atuação de sistemas meteorológicos que afetarão o estado ao longo do período. Nas porções central e norte, os volumes poderão ultrapassar os 100 mm, com destaque para pontos isolados do litoral, onde poderão superar 200 mm. Já na porção sul do estado, não são previstos acumulados superiores a 50 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe os alertas agroclimáticos pelo Simagro, em www.simagro.rs.gov.br. (Seapi)


Jogo Rápido
33º Festiqueijo é aberto oficialmente em Carlos Barbosa
Ocorreu na noite desta quinta-feira, dia 26, no Centro Cultural Mãe de Deus, em Carlos Barbosa, a solenidade que marcou a abertura oficial do 33º Festiqueijo. O evento abre ao público nesta sexta-feira, dia 27 e será realizado até 27 de julho, sempre às sextas, sábados e domingos. O Festiqueijo 2025, que tem como presidente Francisco Guazzelli, deve receber mais de 30 mil pessoas. Com vasta enogastronomia, são 20 expositores com mais de 50 tipos de queijos e mais de 70 shows musicais. A programação completa com horários e vendas de ingressos pode ser acessada em www.festiqueijo.com.br. Realização: ACI Carlos Barbosa (Associação Comercial Industrial), diretoria voluntária e Prefeitura de Carlos Barbosa.


 
 
 

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Porto Alegre, 26 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.422


​Leite no Rio Grande do Sul é projetado em R$ 2,4228

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul projetado pelo Conseleite para o mês de junho é de R$ 2,4228. O indicador, divulgado pelo colegiado na manhã desta quinta-feira (26/06), representa redução de 0,88% em relação ao projetado para maio (R$ 2,4443).

O resultado consolidado de maio fechou em R$ 2,4332, -3,36% em relação ao consolidado de abril (R$ 2,5178). O levantamento leva em conta os dados coletados nos primeiros 20 dias do mês. O coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, salientou que há estabilidade no mercado doméstico, mas a curva de preços de 2025 está diferente da média histórica para o período. (Conseleite/RS)


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Junho de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2025 a ser pago em Junho/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2025 a ser pago em Julho/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

 

Secretaria da Agricultura completa 90 anos: conquistas e desafios marcam a sua história

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) já teve muitos nomes desde a sua criação, em 26 de junho de 1935. Quarenta e cinco secretários já responderam pela pasta, entre eles uma mulher. As funções foram evoluindo ao longo do tempo, acompanhando as modificações e os desafios que o Rio Grande do Sul passou nestas nove décadas.  

Os últimos anos foram desafiadores para a Seapi e as respostas que coordenação e servidores tiveram que dar também. Enchentes, secas, pandemia, doenças como a gripe aviária, newcastle, mudaram a rotina e exigiram decisões rápidas. No destaque, alguns destes desafios e as respostas da Secretaria que há 90 anos caminha junto com a história dos gaúchos.

“São nove décadas de história onde a Secretaria, e todo o seu corpo de servidores, souberam inovar e ajudar no desenvolvimento do agro gaúcho. Hoje, o Rio Grande do Sul é referência em muitas áreas da agropecuária gaúcha, fruto do legado e trabalho de cada um nesses 90 anos. Atualmente os desafios são muitos, mas a construção é permanente. O que nos move é a resiliência do nosso povo gaúcho e dos nossos produtores rurais. A criação de políticas públicas é feita a muitas mãos e com a participação de muitos atores, algo que precisa ter continuidade para construirmos um futuro melhor para todos. E o plano é um só: tornar o Rio Grande mais forte”, enfatizou o secretário da Agricultura, Edivilson Brum.

O Serviço Veterinário Oficial
A atuação do Serviço Veterinário Oficial no combate à gripe aviária (H5N1) neste ano de 2025 em uma granja comercial no município de Montenegro correu o mundo. Todas as ações realizadas pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria eram acompanhadas pela imprensa, população, produtores e autoridades.

“As atividades de vigilância aqui na Secretaria nós trabalhamos de forma muito intensa desde o final de 2022, quando a influenza aviária chegou na América do Sul. Já no início de 2023, nós criamos um conceito de “tolerância zero para investigação”, ou seja, todos os casos suspeitos eram coletados e enviados para o laboratório de referência em Campinas”, afirma a diretora do DDA, Rosane Collares.

Ela conta que foi assim que a Secretaria trabalhou em 2023, no Taim, com aplicação do Plano de Contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), educação sanitária e vigilância em propriedades. O mesmo aconteceu em fevereiro de 2024, quando teve o registro de influenza em aves silvestres em Rio Pardo, onde o conceito de vigilância no raio de 3km e 10km foi aplicado. “E agora então, quando teve o caso confirmado na avicultura comercial, os servidores já estavam familiarizados com a metodologia de trabalho, trabalhando em raios de atuação, com a ferramenta desenvolvida pela PDSA e isso no deu um grande ganho e garantiu a nossa atuação de forma ágil no foco”, constata Rosane.

A conquista de zona livre de febre aftosa sem vacinação com certificação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), há quatro anos, também é fruto deste trabalho de vigilância e de parceria com produtores, entidades e órgãos governamentais.
“De todos os episódios sanitários que tivemos, uma questão que fica é que nós nunca tivemos retrabalho, as nossas atividades sempre foram executadas e concluídas, finalizadas, e não precisamos retornar. Isto é um grande exemplo de como se trata a defesa sanitária animal no Rio Grande do Sul pelo corpo técnico do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal”, declara Rosane.

A Expointer
Outro exemplo de resposta rápida e eficiente aos eventos que se colocaram foi a gestão da Expointer, realizada todos os anos no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Primeiro foi a pandemia, que fez com que a edição de 2020 se tornasse totalmente digital, já que de forma presencial não seria possível. A edição de 2021 também foi realizada com restrições. Como disse o governador Eduardo Leite na época. “Uma característica comum nas duas edições (2020 e 2021): a Expointer não perdeu a sua alma empreendedora. Mais do que isso: a Expointer traduz dois traços do povo gaúcho: superação e reinvenção diante das dificuldades”.

E no ano de 2024, com as enchentes registradas em maio e que deixaram o Parque de Exposições alagado, a Expointer novamente correu o risco de ser cancelada. Mas foi mantida e bateu recordes nos negócios.

“Foi o único evento que aconteceu no Brasil durante a pandemia e foi importante para a preservação da economia, do julgamento dos animais que se preparam desde um ano antes e do resgate do ânimo das pessoas. Se construiu um modelo de controle sanitário para que fosse possível a realização da Expointer, pela primeira vez, 100% digital. Além disso, um sistema de Drive-thru foi montado para a venda de produtos das agroindústrias familiares, importante para o sustento de muitas famílias que têm na Expointer uma importante fonte de renda”, enfatizou a subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima.

Após as enchentes, ela destaca que “a realização da feira só foi possível devido a uma integração de todos os copromotores. Vivemos outra situação de perdas e medos, mas tínhamos a necessidade de uma recuperação econômica e social”.

Doutoras do Agro
Mas não é só de respostas rápidas, resiliência e superação que a Secretaria é feita. É também destaque em publicações pelo mundo. Os pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) sabem bem disso.

Em 2023, a pesquisadora Andreia Mara Rotta de Oliveira foi uma das 100 citadas na lista da Revista Forbes como Doutoras do Agro. Andréia é formada em ciências biológicas e doutora em fitotecnia (estudo das plantas) e tem pós-doutorado em microbiologia agrícola. “A citação do meu nome reflete a importância do trabalho realizado pelos pesquisadores do Departamento de Pesquisa Agropecuária da Seapi, em prol da agropecuária gaúcha e brasileira”. O Departamento conta hoje com 47 servidores com pós-doutorado, 23 doutores e 11 mestres.

“A Seapi, por meio do trabalho dedicado de seus servidores, tem a missão de incentivar a inovação tecnológica e executar a política pública de pesquisa agropecuária. E é justamente essa pesquisa que tem sido — e continua sendo — o motor da prosperidade no campo. Foi ela que nos trouxe até os níveis de produtividade que temos hoje e é ela que vai nos conduzir rumo a uma sustentabilidade plena”, afirma o diretor do DDPA, Caio Efrom.

Irrigação
O problema das enchentes por um lado e da seca por outro. A Seapi criou neste ano de 2025 uma nova Subsecretaria de Irrigação para atender os produtores interessados em garantir uma maior produtividade no campo. O programa Irriga+ prevê apoio financeiro direto ao produtor de 20% do valor do projeto, limitado a R$ 100 mil por beneficiário. “Este é um projeto estratégico do governo do Estado e que todos os esforços estão sendo destinados para a busca de melhores resultados. A irrigação é hoje essencial para a garantia de produtividade do agro”, destaca o subscretário Paulo Salerno.

Em quatro anos, espera-se aumentar a área irrigada em 100 mil hectares, um incremento de 33% das principais culturas de sequeiro, como milho e soja. A meta é mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, aumentar a reservação de água e a irrigação.

Os herbicidas hormonais
A regulamentação dos herbicidas hormonais foi outra inovação da Secretaria que começou no ano de 2018. O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado brasileiro a criar regras para aplicação dos herbicidas hormonais.

“A Seapi, através do Departamento de Defesa Vegetal, desempenhou papel fundamental na regulação e normalização do uso de agrotóxicos. Através da orientação e fiscalização, foi possível a aplicação a campo das diretrizes do manejo de pragas, as boas práticas no uso em conformidade e a aplicação segura no que tange à segurança aos consumidores”, destaca o diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Felicetti. (SEAPI)


Jogo Rápido
Seminário regional busca fortalecer cadeia produtiva do leite no Noroeste do Estado, diz Emater/RS
Com o objetivo de desenvolver e implementar um programa regional integrado de fortalecimento da cadeia produtiva do leite, foi realizado na quinta-feira (26) o Seminário Regional de Produção de Leite. O evento aconteceu no auditório da Unijuí, em Santa Rosa, das 9h30 às 15h, reunindo prefeitos, secretários, lideranças, entidades e técnicos do setor. Promovido pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Associação dos Municípios da Fronteira Noroeste (Amufron), com apoio da Associação Regional dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da Grande Santa Rosa (Arstrgsr), APL-Fronteira Noroeste e dos sindicatos dos Trabalhadores Rurais, o encontro terá uma programação voltada a discutir desafios e oportunidades do setor leiteiro na região. O seminário surgiu como resposta às diversas dificuldades enfrentadas pelos produtores, tanto dentro quanto fora da porteira, como a baixa rentabilidade, dificuldade de acesso à tecnologia, falta de sucessão familiar, problemas de infraestrutura, custo elevado de produção e desafios no acesso a mercados. A proposta foi construir, de forma conjunta, estratégias que permitam melhorar a produtividade, a qualidade do leite, a rentabilidade e garantir a permanência das famílias no meio rural, além de estimular a sucessão familiar e fortalecer a organização dos produtores. O evento também foi espaço para apresentação de ações que já vêm sendo desenvolvidas na região, como programas de assistência técnica, melhoria genética, acesso a crédito, planejamento forrageiro, gestão das propriedades e capacitações. Além disso, foram debatidas ações estratégicas prioritárias, como implantação de unidades demonstrativas, fortalecimento da infraestrutura das propriedades e políticas públicas de apoio. A mobilização do setor busca garantir não apenas a sustentabilidade econômica, mas também social e ambiental da atividade leiteira no Noroeste gaúcho, promovendo desenvolvimento, inclusão produtiva e geração de renda no campo. O evento integra as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) promovidas pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Fonte: Emater/RS-Ascar


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.420


Inverno será típico no Rio Grande do Sul, com frentes frias

Quando marcar 23h42 desta sexta-feira (20/6), começará oficialmente o inverno no Hemisfério Sul do planeta. Até as 15h19 do dia 22 de setembro, a estação promete ser típica no Rio Grande do Sul, com passagem regular de frentes frias, com massa de ar frio avançando e provocando queda nas temperaturas. É o que afirma o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS).

Conforme Varone, a previsão para julho, agosto e setembro é que não ocorram fenômenos globais, como o El Niño e a La Niña.  “Então, a tendência é de um segundo semestre dentro da normalidade, um inverno típico do Rio Grande do Sul”, acredita. “A condição de frentes frias passando traz chuva regular durante dois, três dias, na maioria dos eventos. E o ingresso de ar frio traz a queda da temperatura, mas também provoca fenômenos bem típicos da estação, como geada, nevoeiros e, eventualmente, a ocorrência de queda de neve em alguns pontos do Estado”, alerta.

E como fica a previsão mensal? “O modelo do Simagro, que é regional, está indicando que nós deveremos ter, durante o mês de julho, chuva próxima da normalidade em todo o Estado. Isso favorece um pouco mais as culturas de inverno, como trigo, canola, aveia e cevada”, destaca Varone.

Para agosto, conforme o meteorologista, a tendência é de chuva um pouco acima da média em grande parte do Rio Grande do Sul. “Condição que vai favorecer os reservatórios, principalmente da Fronteira Oeste e da Campanha, que ficaram mais baixos devido à estiagem de verão. No inverno, eles devem recuperar seus níveis mais aceitáveis”, prevê Varone. “E, na faixa Norte, tem previsão de chuva um pouco abaixo da média, mas nada muito expressivo”, complementa.

Para setembro, o Simagro indica que a chuva deve diminuir em todo o Rio Grande do Sul. “A gente espera volumes abaixo da normalidade”, pontua Varone.

Temperaturas
A temperatura média para julho e agosto deve ficar mais baixa que o normal, especialmente na Fronteira Oeste e nas Missões. “Em parte da Campanha deve fazer mais frio. No Litoral gaúcho, tanto em julho quanto em agosto, a previsão aqui do nosso modelo indica valores mais próximos da normal, mas também algumas áreas acima da normalidade. Então, vai ser um pouquinho mais quente no Litoral gaúcho nesses dois meses”, esclarece Varone.

Para setembro, de acordo com o meteorologista, essa condição de valor inferior à média deve cobrir todo o Rio Grande Sul, principalmente metade Oeste e Campanha. “Deve trazer temperaturas com valores realmente um pouco abaixo da média, bem mais frios. Essa faixa mais leste (mais quente ao longo do ano), no decorrer do mês tende a ter valores ligeiramente abaixo da média, ou dentro da normalidade”, especificou Varone.

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 25/2025 – SEAPI

Nos últimos seis dias, o Rio Grande do Sul registrou chuvas de alto volume em praticamente todo o território. Na quinta-feira (12/06) e na sexta-feira (13/06), o anticiclone migratório localizado sobre o Oceano Atlântico, próximo ao estado, manteve o tempo estável. Por conseguinte, não houve registro de precipitação significativa, e as temperaturas apresentaram elevação gradual.

Na bovinocultura de leite, a condição corporal dos rebanhos segue satisfatória mesmo com os efeitos do vazio forrageiro outonal. As baixas temperaturas contribuíram para o bem-estar animal e o controle sanitário. Apesar de, em algumas regiões, o excesso de umidade dificultar o manejo e o acesso às pastagens, a entrada das forrageiras de inverno e os ajustes nas dietas possibilitaram o equilíbrio entre produtividade e custos. A qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pelas indústrias. 

A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Na terça-feira (18/06), um sistema frontal irá se formar no sul do Atlântico, dando origem a uma frente fria. Por conseguinte, há previsão de chuva fraca a moderada, ocasionalmente forte, no centro-sul do estado. Na quarta-feira (19/06), a continuidade da atuação desse sistema causará chuvas moderadas a fortes na região central e norte, e chuvas fracas a moderadas na porção sul. As temperaturas entrarão em declínio após a passagem desse sistema frontal. Na quinta-feira (20/06), uma perturbação causada por um sistema frontal no Pacífico Sul, ao passar pelos Andes, dará origem a um cavado em níveis médios que, somado ao suporte de umidade advectada da região norte, contribuirá para a formação de sistemas convectivos sobre o Rio Grande do Sul. Esperam-se pancadas de chuva isoladas na porção sudoeste e chuva fraca a moderada nas porções central e nordeste. Na sexta-feira (21/06), ainda sob influência do vórtice em níveis médios, ocorrerão chuvas isoladas na região litorânea do estado.  No sábado (22/06), haverá condição de estabilidade, sem previsão de chuvas e com temperaturas em declínio. No domingo (23/06), a formação de um sistema frontal no sul da Patagônia influenciará o tempo, causando acumulados de chuva de moderada a forte intensidade no centro-norte do Rio Grande do Sul e chuvas fracas na porção sul. Além disso, o sistema de alta pressão da retaguarda, localizado na Argentina, contribuirá, juntamente com esse sistema frontal, para a entrada de uma intensa massa de ar polar, com risco de geada nas porções sul e norte do estado. Na segunda-feira (24/06), a estabilidade se manterá, e as temperaturas continuarão baixas em todo o estado. Não há previsão de chuva significativa para este dia. Na terça-feira (25/06), a formação de um sistema frontal sobre o continente ocasionará chuvas fracas a moderadas na porção centro-norte do Rio Grande do Sul.

O prognóstico para os próximos oito dias indica a ocorrência de chuvas significativas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Os acumulados previstos para essas regiões estarão principalmente associados à atuação de sistemas que irão afetar o território gaúcho nos próximos dias. Nas porções norte, nordeste, central e em parte da região Sul, os volumes esperados podem ultrapassar os 100 mm, com alguns pontos isolados chegando a 200 mm acumulados. Já as demais regiões, apresentam acumulados que irão variar entre 5 e 100 milímetros.  (SEAPI)


Quais são as principais prioridades dos líderes do setor lácteo?

Pesquisa com executivos mostra que o setor de laticínios busca crescer com inovação em produtos e processos, mas com foco máximo em custo e eficiência.

A pesquisa anual da McKinsey & Company revela o que está no topo das preocupações dos executivos da indústria de laticínios em 2025.

Pelo sétimo ano consecutivo, a McKinsey & Company, em parceria com a International Dairy Foods Association (IDFA), entrevistou mais de 100 executivos do setor de laticínios para descobrir quais são suas principais prioridades de negócios. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre de 2024, com participantes de empresas sediadas na América do Norte, Europa e Oceania.

Em 2024, propósito corporativo, talento e custo eram as três maiores prioridades dos executivos do setor. Neste ano, o propósito caiu para a quarta posição, enquanto o custo disparou para o topo da lista. O talento permaneceu em segundo lugar, seguido pelo crescimento de volume em terceiro.

No outro extremo, a sustentabilidade caiu da quinta para a sétima posição, sendo ultrapassada por dados digitais e análises, que ocupam agora a sexta colocação.

Margens pressionadas

Não é surpresa que, para 69% dos executivos, o custo seja a principal preocupação, em comparação com 48% e 50% nos dois anos anteriores.

Isso reflete preocupações contínuas com logística, inflação e volatilidade dos custos de insumos, que continuam pressionando as margens, segundo análise da McKinsey.

O talento, prioridade para 67% dos entrevistados, também está em alta na agenda, evidenciando os desafios persistentes para preencher a lacuna de habilidades na agricultura, processamento e manufatura.

Inovação em produtos e processamento

Mais executivos do setor esperam crescimento nos próximos três anos, com 80% (contra 76% em 2024) acreditando que o volume crescerá mais de 3% no curto prazo.

A demanda por laticínios também deve impulsionar as linhas de inovação, com 65% dos entrevistados afirmando que planejam aumentar os investimentos em inovação de produtos nos próximos 3 a 5 anos; enquanto 79% pretendem intensificar a inovação na área de manufatura nesse mesmo período.

Adoção da IA

Em uma mudança em relação ao ano passado, há um foco maior em digitalização e análise de dados, com mais de 5 em cada 10 executivos (54%) afirmando que utilizam inteligência artificial (IA) em precificação, otimização da manufatura, gestão da cadeia de suprimentos e outras áreas.

É importante destacar que quase todos os 29 executivos entrevistados em profundidade como parte da pesquisa afirmaram que planejam usar IA no futuro – embora alguns tenham demonstrado preocupações quanto à eficácia da tecnologia atual.

Relevância da sustentabilidade enfraquece

Embora a sustentabilidade continue sendo uma prioridade central para os executivos do setor de laticínios, ela não está entre as principais preocupações dos líderes. Apenas 12% dos respondentes a classificaram entre suas três prioridades principais, uma queda significativa em relação aos 44% do ano anterior.

Mas, segundo a McKinsey, os consumidores provavelmente manterão a sustentabilidade relevante para as empresas de laticínios no longo prazo – produtos comercializados como “sustentáveis” apresentaram crescimento de vendas de 3,5% em comparação com produtos convencionais, segundo pesquisa citada pela empresa.

As principais prioridades dos líderes do setor leiteiro em 2025, segundo a última pesquisa McKinsey & Company / IDFA:
● Custo
● Talento
● Crescimento de volume
● Propósito corporativo
● Resiliência da cadeia de suprimentos
● Digital e análises de dados

● Sustentabilidade

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 
Leite em pó integral: maior preço de exportação do Uruguai, em 32 meses

O preço da tonelada de leite em pó exportada no mês de maio, pelo Uruguai, foi o mais alto em 32 meses: US$ 4.126. 

Desde o pico em meados de 2022 não se registravam valores superiores a US$ 4.000 por tonelada. A média de maio foi a mais alta desde setembro de 2022, US$ 4.180. 

No último ano a recuperação do preço foi de 15%. Em maio de 2025 as exportações de leite em pó integral somaram US$ 49,5 milhões e no acumulado de janeiro a maio totalizaram US$ 238,4 milhões do principal produto lácteo de exportação, equivalente a dois terços das divisas do setor. 

O volume exportado aumentou somente 2%, para 60.401 nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que o crescimento do faturamento foi de 17%. 

Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Jogo Rápido
Banrisul anuncia suspensão da negativação de produtores rurais por 90 dias
Em reunião extraordinária de diretoria realizada nesta quinta-feira (19/6), o Banrisul decidiu suspender a negativação de todos os produtores com crédito rural no banco. O prazo para essa interrupção é de 90 dias, válidos a partir da próxima terça-feira (24/6) em razão do tempo necessário para retirar os negativados dos registros de inadimplência. A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite. "A decisão do banco do Estado é uma ótima notícia para os homens e mulheres do campo e reforça nosso compromisso de estar ao lado de quem produz. Esperamos que, neste prazo, novas medidas venham a ser anunciadas pela União em favor dos produtores rurais gaúchos, que tiveram perdas recorrentes nas sucessivas estiagens e enchentes dos últimos anos", afirmou Leite. "Nosso objetivo é auxiliar e preservar esse importante setor econômico do Rio Grande do Sul", destacou o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. (SEAPI)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.419


Inverno será típico no Rio Grande do Sul, com frentes frias

Quando marcar 23h42 desta sexta-feira (20/6), começará oficialmente o inverno no Hemisfério Sul do planeta. Até as 15h19 do dia 22 de setembro, a estação promete ser típica no Rio Grande do Sul, com passagem regular de frentes frias, com massa de ar frio avançando e provocando queda nas temperaturas. É o que afirma o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS).

Conforme Varone, a previsão para julho, agosto e setembro é que não ocorram fenômenos globais, como o El Niño e a La Niña.  “Então, a tendência é de um segundo semestre dentro da normalidade, um inverno típico do Rio Grande do Sul”, acredita. “A condição de frentes frias passando traz chuva regular durante dois, três dias, na maioria dos eventos. E o ingresso de ar frio traz a queda da temperatura, mas também provoca fenômenos bem típicos da estação, como geada, nevoeiros e, eventualmente, a ocorrência de queda de neve em alguns pontos do Estado”, alerta.

E como fica a previsão mensal? “O modelo do Simagro, que é regional, está indicando que nós deveremos ter, durante o mês de julho, chuva próxima da normalidade em todo o Estado. Isso favorece um pouco mais as culturas de inverno, como trigo, canola, aveia e cevada”, destaca Varone.

Para agosto, conforme o meteorologista, a tendência é de chuva um pouco acima da média em grande parte do Rio Grande do Sul. “Condição que vai favorecer os reservatórios, principalmente da Fronteira Oeste e da Campanha, que ficaram mais baixos devido à estiagem de verão. No inverno, eles devem recuperar seus níveis mais aceitáveis”, prevê Varone. “E, na faixa Norte, tem previsão de chuva um pouco abaixo da média, mas nada muito expressivo”, complementa.

Para setembro, o Simagro indica que a chuva deve diminuir em todo o Rio Grande do Sul. “A gente espera volumes abaixo da normalidade”, pontua Varone.

Temperaturas
A temperatura média para julho e agosto deve ficar mais baixa que o normal, especialmente na Fronteira Oeste e nas Missões. “Em parte da Campanha deve fazer mais frio. No Litoral gaúcho, tanto em julho quanto em agosto, a previsão aqui do nosso modelo indica valores mais próximos da normal, mas também algumas áreas acima da normalidade. Então, vai ser um pouquinho mais quente no Litoral gaúcho nesses dois meses”, esclarece Varone.

Para setembro, de acordo com o meteorologista, essa condição de valor inferior à média deve cobrir todo o Rio Grande Sul, principalmente metade Oeste e Campanha. “Deve trazer temperaturas com valores realmente um pouco abaixo da média, bem mais frios. Essa faixa mais leste (mais quente ao longo do ano), no decorrer do mês tende a ter valores ligeiramente abaixo da média, ou dentro da normalidade”, especificou Varone.

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 25/2025 – SEAPI

Nos últimos seis dias, o Rio Grande do Sul registrou chuvas de alto volume em praticamente todo o território. Na quinta-feira (12/06) e na sexta-feira (13/06), o anticiclone migratório localizado sobre o Oceano Atlântico, próximo ao estado, manteve o tempo estável. Por conseguinte, não houve registro de precipitação significativa, e as temperaturas apresentaram elevação gradual.

Na bovinocultura de leite, a condição corporal dos rebanhos segue satisfatória mesmo com os efeitos do vazio forrageiro outonal. As baixas temperaturas contribuíram para o bem-estar animal e o controle sanitário. Apesar de, em algumas regiões, o excesso de umidade dificultar o manejo e o acesso às pastagens, a entrada das forrageiras de inverno e os ajustes nas dietas possibilitaram o equilíbrio entre produtividade e custos. A qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pelas indústrias. 

A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Na terça-feira (18/06), um sistema frontal irá se formar no sul do Atlântico, dando origem a uma frente fria. Por conseguinte, há previsão de chuva fraca a moderada, ocasionalmente forte, no centro-sul do estado. Na quarta-feira (19/06), a continuidade da atuação desse sistema causará chuvas moderadas a fortes na região central e norte, e chuvas fracas a moderadas na porção sul. As temperaturas entrarão em declínio após a passagem desse sistema frontal. Na quinta-feira (20/06), uma perturbação causada por um sistema frontal no Pacífico Sul, ao passar pelos Andes, dará origem a um cavado em níveis médios que, somado ao suporte de umidade advectada da região norte, contribuirá para a formação de sistemas convectivos sobre o Rio Grande do Sul. Esperam-se pancadas de chuva isoladas na porção sudoeste e chuva fraca a moderada nas porções central e nordeste. Na sexta-feira (21/06), ainda sob influência do vórtice em níveis médios, ocorrerão chuvas isoladas na região litorânea do estado.  No sábado (22/06), haverá condição de estabilidade, sem previsão de chuvas e com temperaturas em declínio. No domingo (23/06), a formação de um sistema frontal no sul da Patagônia influenciará o tempo, causando acumulados de chuva de moderada a forte intensidade no centro-norte do Rio Grande do Sul e chuvas fracas na porção sul. Além disso, o sistema de alta pressão da retaguarda, localizado na Argentina, contribuirá, juntamente com esse sistema frontal, para a entrada de uma intensa massa de ar polar, com risco de geada nas porções sul e norte do estado. Na segunda-feira (24/06), a estabilidade se manterá, e as temperaturas continuarão baixas em todo o estado. Não há previsão de chuva significativa para este dia. Na terça-feira (25/06), a formação de um sistema frontal sobre o continente ocasionará chuvas fracas a moderadas na porção centro-norte do Rio Grande do Sul.

O prognóstico para os próximos oito dias indica a ocorrência de chuvas significativas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Os acumulados previstos para essas regiões estarão principalmente associados à atuação de sistemas que irão afetar o território gaúcho nos próximos dias. Nas porções norte, nordeste, central e em parte da região Sul, os volumes esperados podem ultrapassar os 100 mm, com alguns pontos isolados chegando a 200 mm acumulados. Já as demais regiões, apresentam acumulados que irão variar entre 5 e 100 milímetros.  (SEAPI)


Quais são as principais prioridades dos líderes do setor lácteo?

Pesquisa com executivos mostra que o setor de laticínios busca crescer com inovação em produtos e processos, mas com foco máximo em custo e eficiência.

A pesquisa anual da McKinsey & Company revela o que está no topo das preocupações dos executivos da indústria de laticínios em 2025.

Pelo sétimo ano consecutivo, a McKinsey & Company, em parceria com a International Dairy Foods Association (IDFA), entrevistou mais de 100 executivos do setor de laticínios para descobrir quais são suas principais prioridades de negócios. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre de 2024, com participantes de empresas sediadas na América do Norte, Europa e Oceania.

Em 2024, propósito corporativo, talento e custo eram as três maiores prioridades dos executivos do setor. Neste ano, o propósito caiu para a quarta posição, enquanto o custo disparou para o topo da lista. O talento permaneceu em segundo lugar, seguido pelo crescimento de volume em terceiro.

No outro extremo, a sustentabilidade caiu da quinta para a sétima posição, sendo ultrapassada por dados digitais e análises, que ocupam agora a sexta colocação.

Margens pressionadas

Não é surpresa que, para 69% dos executivos, o custo seja a principal preocupação, em comparação com 48% e 50% nos dois anos anteriores.

Isso reflete preocupações contínuas com logística, inflação e volatilidade dos custos de insumos, que continuam pressionando as margens, segundo análise da McKinsey.

O talento, prioridade para 67% dos entrevistados, também está em alta na agenda, evidenciando os desafios persistentes para preencher a lacuna de habilidades na agricultura, processamento e manufatura.

Inovação em produtos e processamento

Mais executivos do setor esperam crescimento nos próximos três anos, com 80% (contra 76% em 2024) acreditando que o volume crescerá mais de 3% no curto prazo.

A demanda por laticínios também deve impulsionar as linhas de inovação, com 65% dos entrevistados afirmando que planejam aumentar os investimentos em inovação de produtos nos próximos 3 a 5 anos; enquanto 79% pretendem intensificar a inovação na área de manufatura nesse mesmo período.

Adoção da IA

Em uma mudança em relação ao ano passado, há um foco maior em digitalização e análise de dados, com mais de 5 em cada 10 executivos (54%) afirmando que utilizam inteligência artificial (IA) em precificação, otimização da manufatura, gestão da cadeia de suprimentos e outras áreas.

É importante destacar que quase todos os 29 executivos entrevistados em profundidade como parte da pesquisa afirmaram que planejam usar IA no futuro – embora alguns tenham demonstrado preocupações quanto à eficácia da tecnologia atual.

Relevância da sustentabilidade enfraquece

Embora a sustentabilidade continue sendo uma prioridade central para os executivos do setor de laticínios, ela não está entre as principais preocupações dos líderes. Apenas 12% dos respondentes a classificaram entre suas três prioridades principais, uma queda significativa em relação aos 44% do ano anterior.

Mas, segundo a McKinsey, os consumidores provavelmente manterão a sustentabilidade relevante para as empresas de laticínios no longo prazo – produtos comercializados como “sustentáveis” apresentaram crescimento de vendas de 3,5% em comparação com produtos convencionais, segundo pesquisa citada pela empresa.

As principais prioridades dos líderes do setor leiteiro em 2025, segundo a última pesquisa McKinsey & Company / IDFA:
● Custo
● Talento
● Crescimento de volume
● Propósito corporativo
● Resiliência da cadeia de suprimentos
● Digital e análises de dados

● Sustentabilidade

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 
Leite em pó integral: maior preço de exportação do Uruguai, em 32 meses

O preço da tonelada de leite em pó exportada no mês de maio, pelo Uruguai, foi o mais alto em 32 meses: US$ 4.126. 

Desde o pico em meados de 2022 não se registravam valores superiores a US$ 4.000 por tonelada. A média de maio foi a mais alta desde setembro de 2022, US$ 4.180. 

No último ano a recuperação do preço foi de 15%. Em maio de 2025 as exportações de leite em pó integral somaram US$ 49,5 milhões e no acumulado de janeiro a maio totalizaram US$ 238,4 milhões do principal produto lácteo de exportação, equivalente a dois terços das divisas do setor. 

O volume exportado aumentou somente 2%, para 60.401 nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que o crescimento do faturamento foi de 17%. 

Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Jogo Rápido
Banrisul anuncia suspensão da negativação de produtores rurais por 90 dias
Em reunião extraordinária de diretoria realizada nesta quinta-feira (19/6), o Banrisul decidiu suspender a negativação de todos os produtores com crédito rural no banco. O prazo para essa interrupção é de 90 dias, válidos a partir da próxima terça-feira (24/6) em razão do tempo necessário para retirar os negativados dos registros de inadimplência. A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite. "A decisão do banco do Estado é uma ótima notícia para os homens e mulheres do campo e reforça nosso compromisso de estar ao lado de quem produz. Esperamos que, neste prazo, novas medidas venham a ser anunciadas pela União em favor dos produtores rurais gaúchos, que tiveram perdas recorrentes nas sucessivas estiagens e enchentes dos últimos anos", afirmou Leite. "Nosso objetivo é auxiliar e preservar esse importante setor econômico do Rio Grande do Sul", destacou o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. (SEAPI)