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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.953


Sindilat/RS vai integrar grupo de discussões do Centro de Inteligência do Agro

Com o objetivo de fortalecer as iniciativas que buscam ampliar a presença da tecnologia no campo, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) passará a integrar o grupo que está participando das discussões e cocriação do Centro de Inteligência do Agro. O projeto é liderado pela Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) em parceria com a Secretaria da Agricultura do Governo gaúcho e conta, ainda, com a colaboração da iniciativa privada, academia, atores ligados à cadeia do agro e sociedade civil.

A intenção é que o centro seja sediado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e lançado oficialmente durante a Expointer, no RS Innovation Agro, espaço da Febrac com apoio estratégico da Sict.. “É muito importante que o sindicato que representa as indústrias de lácteos no Rio Grande do Sul esteja conosco nestas iniciativas, inclusive como painelista tratando as inovações no setor”, destacou a titular da pasta de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp 

A articulação aconteceu nesta segunda-feira (24/07), durante encontro no Centro Administrativo do Estado em Porto Alegre (RS). Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, lembra que a assimilação de tecnologias nos tambos é fundamental para o desenvolvimento do setor, principalmente quanto à garantia de produtividade e competitividade do leite gaúcho. “Para o Sindilat, a tecnologia é essencial no impulsionamento de toda a cadeia leiteira. Isso passa pela facilitação para aquisição de robôs de ordenha, de sistemas de monitoramento e automação nas propriedades rurais, de seleção de genética A2A2 e até pela produção de baixo carbono. Com o suporte da tecnologia, os produtores podem otimizar os processos, identificar desafios, tomar decisões embasadas e elevar a competitividade”, assinala. 

No encontro, que contou com a participação de Everaldo Daronco, diretor de Ambientes de Inovação da Sict, Palharini reforçou que as pautas já estão inseridas no cotidiano do Sindilat/RS que irá premiar, também durante a Expointer, as iniciativas que se destacam durante a segunda edição do Prêmio Referência Leiteira. A premiação irá reconhecer os melhores cases nas categorias de Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal, além da Propriedade Referência em Produção de Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Foto: Gisele Ortolan)


Não faltam recursos para quem quer inovar

Trezentos e trinta e três milhões de reais estarão à disposição das empresas gaúchas interessadas em utilizar créditos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para investir em projetos de inovação no Rio Grande do Sul, repassados pelo BRDE. Esse valor corresponde a parcela de 33,3% do montante de R$ 1 bilhão que a FINEP vai repassar para o Banco Regional do Extremo Sul. O limite máximo por empresa é de R$ 15 milhões que podem ser financiados em até oito anos, como dois de carência e juros de aproximadamente 7% ao ano (metade da Selic).

As informações foram apresentadas durante o Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (26) pelo gerente de Operações do BRDE, Paulo André Raffin. Ele foi um dos palestrantes do evento em que também participaram o CEO do Instituto Caldeira, Pedro Valério e o sócio-líder de incentivos fiscais no Brasil da KPMG, Wiliam Calegari de Sousa. Os três foram os convidados da entidade para abordar o tema “Inovação: cenário atual, oportunidades e fontes de financiamento.

Paulo André Raffin informou ainda que o Banco auxilia as empresas interessadas na elaboração e organização de projeto para que seja factível a inovação. ” A empresa que investe em inovação tem produtos mais competitivos e não perde mercado”, explicou.  

“Inovação é assunto estratégico e cativante para empreendedores não somente do Estado, mas de todo Brasil” disse o presidente em exercício da FEDERASUL, Rafael Goelzer. Ele destacou a importância do acesso às informações que muitas vezes asseguram a sustentabilidade econômica dos negócios. “Inovar é ganho de competividade e de qualidade, acrescentou Goelzer. O coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária da FEDERASUL ,Altair Toledo, também participou do debate sobre o tema.
   
“Há mais dinheiro disponível do que é utilizado pelos empreendedores” disse o sócio-líder de incentivos fiscais no Brasil da KPMG. Wiliam Calegari de Sousa afirmou que inovação está atrelada à competitividade e qualidade dos produtos.  Explicou ainda que a simples troca de matéria-prima de um produto pode ser considerada inovação. Lamentou que a insegurança do mercado e o receio de mudanças na legislação por parte do Governo, impedem muitos empreendedores de usar os incentivos fiscais como recurso para investimentos. Disse que de um universo de mais de 150 mil empresas, apenas 3.700 utilizam incentivos fiscais.

Criado para promover a conexão entre empresas, startups, universidades e poder público, gerando um movimento transformador de fomento do ecossistema de tecnologia e inovação, o Instituto Caldeira realizou somente no ano passado, 290 atividades para alavancar empreendimentos. “Promovemos ciclos de capacitação e mentoria, disponibilizando ainda informações que possam conectar empreendedores”, explicou Pedro Valério em sua manifestação. O Instituto Caldeira, segundo o dirigente incentiva processos de inovação e recebe que existe muita desinformação que dificultam a identificação de oportunidades. (Federasul)

Conseleite/MG: projeção do valor de referência para o leite entregue em julho

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Julho de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2023 a ser pago em Junho/2023

b) os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2023 a ser pago em Julho/2023

c) os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor de referência para o produto entregue em Junho/2023 a ser pago em Julho/2023 e valores de referência projetados do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2023 a ser pago em Agosto/2023.


 
Períodos de apuração:
Mês de Maio/2023: De 01/05/2023 a 31/05/2023
Mês de Junho/2023: De 01/06/2023 a 30/06/2023
Parcial de Julho/2023: De 01/07/2023 a 20/07/2023

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

Calcule o seu valor de referência
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (As informações são do Conseleite/MG)


Jogo Rápido

IVA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, ontem, que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), a ser criado pela reforma tributária do consumo, deve ficar em torno de 25% ao fim do processo de transição. Ele reiterou que o governo só avançará com as propostas de alteração dos rendimentos de capital e trabalho após a conclusão da análise desta proposta de emenda à Constituição (PEC). (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 26 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.952


Uruguai: captação de leite voltou a crescer em junho, mas em ritmo menor

O Uruguai registra o segundo mês consecutivo de alta na entrega de leite às plantas industriais. Os últimos dados do INALE confirmam o crescimento ocorrido em junho, embora desta vez em menor escala.

O volume enviado às plantas industriais somou 167,4 milhões de litros, um aumento marginal de 0,24% em relação ao mesmo mês do ano passado.

No primeiro semestre, a captação de leite pelas indústrias acumula queda de 1,6%, com 896 milhões de litros. Apenas em maio e junho foram registradas altas. A queda mais acentuada ocorreu em fevereiro (-9% na comparação anual).

Captação de leite pelas indústrias no Uruguai

Fonte: Blasina y Asociados, com dados do INALE.

Preço ao produtor caiu em pesos e se manteve estável em dólares
O preço recebido pelos produtores uruguaios em junho apresentou leve queda em pesos e manteve-se estável em dólares.

Em pesos, a média foi de 17,31 o litro, 1% abaixo dos 17,48 pesos registrados em maio. Esse preço é 3% menor que o valor registrado em junho do ano passado, de 17,76 pesos o litro.

Em dólares, a média foi de US$ 0,45 (equivalente a R$ 2,14) pelo terceiro mês consecutivo, mesmo valor registrado em junho do ano passado. Mas com uma diferença na taxa de câmbio de -4% ($ 39,78 por dólar em junho de 2022 contra $ 38,20 em junho de 2023). (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint/adaptado pelo Sindilat)


Comitiva gaúcha vai visitar a ExpoRural, na Argentina

Liderada pelo governador do Estado, Eduardo Leite, uma comitiva gaúcha formada por secretários, deputados estaduais e empresários embarca para a Argentina nesta quarta-feira. Durante a agenda, Leite irá se encontrar com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, e também estará presente na maior feira do agronegócio argentino, a ExpoRural 2023, também conhecida como Feira de Palermo, que ocorre até domingo. O objetivo da visita é estreitar ainda mais as relações comerciais, tanto no segmento rural como em outras áreas estratégicas. Atualmente, o Rio Grande do Sul é o principal parceiro comercial da Argentina em território nacional. Em 2022, o Estado importou US$ 2,75 bilhões do país vizinho e exportou US$ 1,25 bilhões - alta de 29% em comparação à 2021, ano em que o RS superou o Estado de São Paulo como maior destino de entrada e saída de mercadorias argentinas. “A Argentina é uma parceira comercial fundamental para o Rio Grande do Sul. É muito importante que possamos estreitar essa relação, principalmente no que diz respeito ao agronegócio, a projetos na nossa faixa de fronteira, como o gasoduto de Vaca Muerta, e ao turismo. Em breve, teremos a Expointer e queremos contar com uma presença ainda maior dos nossos vizinhos aqui no Rio Grande para que possamos fazer negócios”, destaca Leite. 

De acordo com secretário adjunto da pasta estadual de Agricultura, Márcio Madalena, que integra a comitiva, Expointer eExpoRural não são concorrentes e têm alguns pontos de complementaridade que podem ser melhor trabalhados. “O gesto do governador, de convidar os argentinos à feira de Esteio, tem um componente importante de inserção mais forte do Rio Grande do Sul no mercado sul- -americano e internacional”, acredita Madalena. O convite oficial acontecerá no encontro entre Leite e Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural da Argentina, responsável pela organização da ExpoRural. Atualmente, Pino também preside a Federação de Associações Rurais do Mercosul (Farm). “Esperamos que, a partir do encontro, ocorra uma parceria entre as duas exposições. Nosso objetivo é seguir incentivando o estreitamento dessa relação institucional e de negócios”, enfatiza Jorge Perren, cônsul da Argentina em Porto Alegre. 

La Rural, como é conhecida a Exposición Rural Argentina, é a mostra agropecuária mais antiga, e uma das mais tradicionais, da América do Sul - chega à 135ª edição neste ano. A primeira ocorreu em 1875. A exposição contempla toda cadeia de produção agropecuária: animais, tratamento genético, maquinário agrícola, insumos e, principalmente, tecnologias de ponta. Assim como acontece em Esteio, a ExpoRural também é aberta ao público, a partir da venda de ingressos. Segundo Gedeão Pereira, presidente da Farsul, federação agropecuária que integra a Farm, o destaque da ExpoRural vai para as raças bovinas de Angus e Hereford. “Considerando essas duas genéticas animais, e todas inovações tecnológicas apresentadas durante a feira, acredito ser uma das exposições mais importantes para o segmento rural da região”, ressalta Pereira, que viaja para Argentina amanhã. Foi ele, inclusive, que intermediou o encontro que acontecerá entre Leite e Pino. 

A próxima feira agro do circuito Mercosul, que contempla exposições no Paraguai, Argentina, Brasil e Uruguai, será a Expointer 2023, que acontece no Parque Assis Brasil, em Esteio, entre 26 de agosto e 3 de setembro. (Jornal do Comércio)

EUA: descarte de leite deve parar com o aumento dos preços

A baixa demanda por leite e outras forças econômicas conspiraram para forçar os produtores  dos EUA descartar o leite nas últimas semanas, mas os analistas acreditam que o pior já passou.

Os produtores de leite de Wisconsin se beneficiaram de um mercado de exportação em rápida expansão, principalmente para os países asiáticos, nos últimos anos. Mas quando esses mesmos mercados recuaram em seus pedidos, os fazendeiros tinham mais leite do que sabiam o que fazer.

Os EUA exportaram mais de 7 milhões de quilos a menos de queijo em maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA.

Vender em escala global também envolve competição global. As vacas de Wisconsin agora são vendidas ao lado das da Europa e de outros lugares. Mais concorrência reduz os preços.

Os desafios de pessoal continuam atormentando muitas indústrias, à medida que os baby boomers (geração dos nascidos entre 1945 e 1964) se aposentam em massa e as gerações mais jovens são simplesmente pequenas demais para preencher as lacunas. Isso também é verdade para a indústria de laticínios, onde a falta de pessoal adequado significa que as operações não podem processar tanto leite quanto antes.

Combine todas essas forças junto com a produção naturalmente maior de leite das vacas nos meses de primavera, e o mercado está inundado. A vida útil curta do leite significa que os produtores não podem armazenar o excesso de produto e esperar que os preços se recuperem. Todo o extra é despejado.

Phil Plourd, presidente da Ever Ag Insights, braço de análise de mercado de uma empresa de logística agrícola, reconhece que o descarte de leite prejudica a imagem de marca da indústria de laticínios.

"Não é uma boa aparência, certo? E parece um desperdício, e é como 'Oh, isso é um bom leite, o que diabos estamos fazendo?'", disse ele.

Apesar de todos esses fatores pressionarem o preço do leite, Plourd acredita que os preços provavelmente se recuperarão no futuro próximo e acabarão com a maior parte do descarte de leite no ano. O clima mais quente em julho e agosto reduz a produção de leite nas vacas.

"Os produtores provavelmente também responderão reduzindo seus rebanhos", disse Plourd. Os altos preços da carne bovina oferecerão algum incentivo adicional.

Os preços já se moveram em uma direção promissora para os produtores na semana passada. O custo da manteiga e um bloco de cheddar subiram dois e dez por cento, respectivamente.

"Normalmente encontramos uma saída antes de muito tempo", disse Plourd. "E pode ser um processo doloroso, mas as pessoas na indústria geralmente são resilientes." (As informações são do Wkow.com, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Contribuinte tem até 31 de julho para parcelar dívidas de ICMS
As condições especiais de parcelamento do ICMS devido, disponibilizadas pelo governo do Estado, por meio da Receita Estadual e da Procuradoria-Geral do Estado, podem ser usufruídas pelos contribuintes até a próxima segunda-feira. Conforme nota da Secretaria da Fazenda do Estado, esse é o prazo limite para adesão e pagamento da parcela inicial no âmbito do programa, que iniciou no primeiro dia do mês. A medida vale para os débitos declarados vencidos no período de 1º de janeiro de 2020 a 30 de junho de 2023, abrangendo a íntegra do período de calamidade pública no Rio Grande do Sul em função da pandemia de Covid-19. O objetivo é estimular a retomada da atividade econômica e incentivar a regularização de dívidas tributárias contraídas no período. O programa atende à demanda oriunda do diálogo permanente com entidades representativas e empresariais, sendo aplicável a 8,7 mil empresas com mais de 100 mil débitos em cobrança administrativa ou judicial, sem exigibilidade suspensa, no valor de R$ 1,6 bilhão. Até o momento cerca de 1,3 mil empresas já regularizaram sua situação com a Receita Estadual, totalizando cerca de 13 mil débitos e R$ 277 milhões. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.951


Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 25 de Julho de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2023 é de R$ 4,6112/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)


Nota Oficial Lactalis

A Lactalis do Brasil informa que foi disponibilizado nesta segunda-feira (24/07), cinco meses após o protocolo do pedido inicial de análise de concentração, parecer da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em atenção à proposta de incorporação da DPA Brasil (Dairy Partners of America), joint venture criada entre a Fonterra e a Nestlé.

A referida decisão não apresentou objeção ao negócio jurídico no que tange às categorias de iogurte e requeijão, que representam a maior parte da operação, e foi igualmente positiva quanto à concentração de leite in natura.

No que tange às categorias de leite fermentado, sobremesas lácteas e petit suisse, o parecer da Superintendência-Geral recomendou a implementação de remédios parciais à concentração em análise, que serão submetidos ao Tribunal do CADE, de ofício, como recomenda a legislação concorrencial vigente. A Lactalis reforça sua confiança na total aprovação da operação após a análise técnica do Tribunal do CADE e renova seu compromisso em ajudar no desenvolvimento do setor lácteo brasileiro. (Lactalis)

ANTT atualiza valores mínimos do frete rodoviário de cargas

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (21/7) a atualização semestral dos valores mínimos do frete rodoviário de cargas, conforme determinado pela Lei nº 13.703/2018. A nova tabela, que já está em vigor, apresenta uma variação negativa geral de -2,33%.

O reajuste considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre dezembro de 2022 e maio de 2023, que totalizou 3,59%. Além disso, o preço do óleo diesel S10 também foi levado em conta na atualização dos valores, sendo fixado em 5,04 reais por litro, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), referente à semana de 25 de junho a 01 de julho de 2023.

A revisão dos pisos mínimos de frete segue a metodologia vigente desde a Resolução ANTT nº 5.867/2020, com o objetivo de garantir a remuneração justa dos serviços de transporte rodoviário de cargas, assegurando a qualidade e a segurança do serviço prestado.

Os reajustes médios na tabela de fretes foram os seguintes, de acordo com o tipo de operação:
Tabela A – transporte rodoviário de carga de lotação: -1,17%
Tabela B – veículo automotor de cargas: -0,82%
Tabela C – transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho: -0,61%
Tabela D – veículo de cargas de alto desempenho: -0,24%

A ANTT reforça a importância de as empresas de transporte respeitarem os valores mínimos do frete, garantindo melhores condições de trabalho para os motoristas e um serviço de qualidade para toda a população.

Histórico - Pela legislação, a Agência tem de reajustar a tabela do frete a cada seis meses ou quando a variação do preço do diesel for igual ou superior a 5%, quando é acionado o mecanismo de gatilho. O último reajuste da tabela pelo mecanismo do gatilho tinha ocorrido em junho deste ano.

A Lei nº 13.703/2018, que institui a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), determina que compete à ANTT publicar norma com os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, consideradas as distâncias e as especificidades das cargas. (ANTT)


Jogo Rápido

Argentina: Produção de leite aumentou em junho
A produção de leite na Argentina em junho foi de 906 milhões de litros, registrando um aumento de 6,1% sobre os litros produzidos em maio. Da mesma forma, em termos interanuais, verifica-se uma queda de 0,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No processamento de leite, a variação da produção industrial teve crescimento de 2,9%, enquanto a utilização da capacidade de recebimento das usinas em maio atingiu 44,7%. Já o estoque de leite em pó integral teve aumento de 13,4% no referido mês em relação ao mesmo período do ano anterior. Com relação ao comércio exterior, entre janeiro e maio deste ano, foram exportadas 145.218 toneladas de lácteos, o que implica uma queda de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, também houve queda em dólares, já que US$ 575,5 milhões entraram no país, 10,5% abaixo do que ocorreu no mesmo período de 2022. (As informações são do Cadena de Valor, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.950


Sindilat promove seminário sobre adequação às regras de rotulagem de alimentos
 

Para auxiliar as empresas do setor lácteo gaúcho na correta adequação às novas exigências das regras para a rotulagem de alimentos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) iniciou uma série de três encontros voltados a sanar dúvidas com relação às exigências contidas na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) número 429/2020 e na Instrução Normativa número 75/2020, da Anvisa.

Realizado em formato híbrido, o primeiro encontro aconteceu nesta segunda-feira, dia 24/07, e contou com a palestra de Giuliana de Moura Pereira, Engenheira de Alimentos, Engenheira de Segurança do Trabalho e Mestre em Engenharia de Produção. “As medidas implicam na padronização da tabela de informações nutricionais e na inclusão da rotulagem frontal de alto teor, apresentada em forma de lupa”, explica.

Na prática, as embalagens precisarão trazer o indicativo de altas concentrações em relação ao açúcar adicionado, a gordura saturada e ao sódio. Na tabela de informação nutricional, além da inclusão de novos elementos, agora é necessário informar os valores para a porção de 100 gramas. “A intenção dessas atualizações é auxiliar o consumidor a comparar e escolher os alimentos de acordo com as suas necessidades", destaca Giuliana. Ela salienta ainda que, para a tabela nutricional, serão permitidas apenas letras na cor preta e fundo branco, de forma a evitar contrastes que possam atrapalhar a legibilidade das informações, garantindo assim a padronização das informações.

As próximas etapas do seminário acontecem nas cidades de Frederico Westphalen e Passo Fundo. Nestes encontros as inscrições estarão abertas para todos os interessados e o formato será apenas presencial. “A intenção do Sindilat é promover a disseminação de informações sobre as regulamentações a fim de garantir que as empresas estejam adequadamente preparadas para atender às exigências legais, oferecendo aos consumidores as informações precisas sobre os alimentos comercializados”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Demanda fraca, carga tributária e juros altos: os principais problemas da indústria no 2º trimestre

Os empresários industriais consideraram que a demanda interna insuficiente, a elevada carga tributária e as taxas de juros elevados foram os principais problemas enfrentados no 2º trimestre deste ano. De acordo com a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a demanda interna insuficiente e as taxas de juros elevados aumentaram mais assinalações do que no 1º trimestre. Foram ouvidos 1.599 empresários entre 1º e 11 de julho.

De acordo com a economista Paula Verlangeiro, esses problemas explicam o fato de a indústria ter tido um desempenho pior em junho de 2023, na comparação com o mês anterior. Em junho, o emprego industrial caiu pelo nono mês consecutivo e a produção recuou 5,3 pontos. Ao sair de 51,6 pontos em maio para 46,3 pontos em junho, a produção cruzou a linha, que separa a queda da alta na produção. O índice varia de 0 a 100 pontos, com uma linha de corte em 50 pontos. Valores abaixo deste ponto representam queda.

A queda do emprego foi mais branda e menos disseminada para o mês do que nos anos anteriores. No caso da produção, foi diferente. O recuo foi mais intenso do que o esperado para o mês de junho. A queda desses indicadores vem em linha com a perda do ritmo de crescimento devido à política monetária”, explica Paula Verlangeiro.

Além disso, o percentual de empresários que reclamam da falta ou do alto custo da mão-de-obra qualificada e da competição desleal aumentou. No primeiro caso passou de 13,9% para 15,6% e no segundo de 14,8% para 15,5% entre o 1º e o 2º trimestre deste ano.

Preço das matérias-primas em queda
O indicador de evolução do preço de matérias-primas sofreu uma queda expressiva de 6,4 pontos, passando para 49,5 pontos. Essa é a primeira vez que esse indicador ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos na série histórica, o que indica preços de matérias-primas em queda.

Esse resultado ocorre após sucessivos recuos do indicador, que vinham ocorrendo gradualmente desde o primeiro trimestre de 2022. O índice mostra, portanto, que a questão das matérias-primas deixou de ser crítica.

Utilização da capacidade instalada ficou estável em junho
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou estável na passagem de maio para junho, mantendo-se em 69%. Avaliando a UCI nos últimos anos para o mês de junho, em 2021, o percentual foi de 71% e, em 2022, foi de 70%.  É o menor percentual para o mês nos últimos três anos.

Estoques encontram-se acima do planejado em junho
O índice de evolução do nível de estoques manteve-se em 51,3 pontos na passagem de maio para junho. O resultado acima da linha divisória de 50 pontos indica crescimento dos estoques frente ao mês anterior. Desde fevereiro, o índice encontra-se acima dos 50 pontos, mostrando acúmulo de estoques.

O índice do nível de estoque efetivo em relação ao planejado aumentou 1,3 ponto, registrando 52,6 pontos em junho. Com a alta, o índice se afastou da linha divisória de 50 pontos, o significa que o excesso de estoques se ampliou na passagem de maio para junho

Expectativas encontram-se elevadas em julho
Em julho de 2023, todos os índices de expectativas subiram e ficaram acima dos 50 pontos, o que sinaliza maior otimismo dos empresários para os próximos seis meses. O índice de expectativa de demanda registrou 55,6 pontos, o que representa aumento de 1 ponto frente a junho. O índice de expectativa de quantidade exportada apresentou aumento de 1,4 ponto, registrando 52,2 pontos.

O índice de expectativa de compras de matérias-primas foi de 53,5 pontos, resultado 0,8 ponto maior do que o do mês anterior. Já o índice de expectativa de número de empregados foi de 51,1 pontos, 0,4 ponto acima do mapeado em junho.

Estabilidade da intenção de investimento do empresário industrial
O índice de intenção de investimento apresentou estabilidade na passagem de junho para julho, com aumento de 0,1 ponto, para 54,1 pontos. O índice segue relativamente estável desde o fim de 2022, acima da média histórica de 51,5 pontos. (Fonte: Agência CNI)

Últimos dias: Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO). O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea. 

O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite. 

A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br.  (As informações são do Milkpoint e da assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Importação de leite do Mercosul prejudica produção nacional
O Sindilat (Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul) defende desde o início do ano, a necessidade de implementação de políticas públicas que protejam a indústria leiteira frente aos incentivos que vêm sendo concedidos ao setor, principalmente no Mercosul. Recentemente, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou que o governo federal deverá tomar medidas para proteger a produção nacional. Acompanhe a reportagem de Graciela Caino. CLIQUE AQUI para acessar o vídeo. (Canal do Boi)


 
 
 

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Porto Alegre, 21 de julho de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.949


Burocracia afeta parâmetro do leite

O caminho para que a cadeia produtiva do leite volte a ter um serviço de cálculo do preço mensal de referência tem sido percorrido há nove meses na burocracia do governo do Rio Grande do Sul. Nesse período, o processo licitatório teve idas e vindas na estrutura estatal e, conforme informou o governo nesta quinta-feira, a questão deverá ser resolvida em agosto. Além de trabalhar sem ter parâmetro de valor para o leite desde janeiro, produtores e indústrias vivem um cenário agravado pela perda de competitividade, causada pela importação massiva de lácteos do Mercosul, e de prejuízos decorrentes de três estiagens seguidas. “A nossa indignação é com a demora”, afirma o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Eugênio Zanetti, referindo-se ao travamento de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite). “São três anos já que o setor está sem poder acessar esses recursos, pela morosidade e burocracia”, destaca. Zanetti lembra que o uso de recursos do Fundoleite para pagar o serviço de referência de preço mensal foi um projeto apresentado e aprovado. “Esperamos que isso seja desenrolado nos próximos dias, porque os desafios da cadeia leiteira são gigantes. Temos um setor pedindo socorro e não podemos ficar parados por causa da burocracia”, destacou. 

A última divulgação do preço de referência pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) ocorreu em janeiro. O uso de recursos do Fundoleite para financiar os serviços técnicos de cálculo do preço de referência aos produtores (que até o ano passado era feito pela Universidade de Passo Fundo-UPF) motivou abertura de processo, em 26 de outubro de 2022, pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Conforme a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, depois de aberto na Seapi, o processo para a licitação teve movimentação somente em 10 de maio de 2023, quando foi enviado à Subsecretaria da Administração Central de Licitações (Celic). 

O processo retornou, em 18 de maio, para ajustes na Seapi, que o reenviou à Celic em 30 de maio. No dia 23 de junho, o processo foi devolvido novamente para mais ajustes da Seapi, que o reencaminhou à Celic em 17 de julho. O assessor da presidência da Farsul, Rodrigo Rizzo, lembra que era uma reivindicação da Farsul ter o Fundoleite custeando as despesas para o cálculo do valor de referência. À época, a UPF realizava o trabalho e a previsão era de que o processo licitatório poderia ser feito em cerca de três meses. “Sabemos que tem empenho muito forte do secretário da Agricultura para que isso aconteça, mas estamos no aguardo”, diz Rizzo. “Para a Farsul é muito importante ter o valor de referência porque, assim como para vender soja tem a bolsa de Chicago e no boi tem um referencial, é prejudicial não termos um com relação à cadeia do leite”, acrescenta. 

A Celic e a Seapi se manifestaram ontem sobre a tramitação. Segundo assessoria dos órgãos, a publicação do edital da licitação para contratação de empresa para calcular o preço mensal de referência do leite está prevista para a primeira quinzena de agosto. Ainda conforme a assessoria, a estimativa para realização do certame, na modalidade pregão eletrônico, é a segunda quinzena de agosto. Sobre a morosidade do processo, a informação é que, “para atendimento de questões técnicas apontadas pela Celic e pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), o processo passou por ajustes, trâmite habitual de diálogo entre o órgão demandante e o órgão que realiza as licitações”. (Correio do Povo)


Uruguai: exportação de leite em pó integral cresce no primeiro semestre

As exportações de leite em pó integral (LPE) do Uruguai somaram US$ 294,2 milhões no período janeiro-junho e cresceram 25% em dólares correntes na comparação interanual. Assim, o principal produto de exportação da indústria láctea uruguaia representou 2/3 (66%) do total exportado no semestre em toda a gama de produtos, que totalizou US$ 445 milhões (+7%). De acordo com o relatório mensal elaborado pelo Inale, com base em dados da alfândega, a receita cambial no semestre aumentou 14%, para US$ 59,8 milhões, devido à colocação de queijos.

Por outro lado, as exportações de leite em pó desnatado (LPD) caíram 57%, para US$ 22,1 milhões, enquanto as de manteiga caíram 41%, para US$ 27 milhões. Até agora em 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior, as colocações de LPE em volume físico aumentaram 31% (77.837 toneladas), enquanto as de LPD, manteiga e queijo caíram (-57%, -42% e -3%, respectivamente). Se compararmos o preço recebido em junho de 2023 com o de dezembro de 2022, houve melhora no preço do LPE (5%, para US$ 3.904/ton), queijos (5%, para US$ 5.578/ton) e LPD (3%, US$/tonelada 3.894). No caso da manteiga, foi registrada queda (-4%, para US$ 5.117/ton).

Na média dos últimos 12 meses, o Brasil foi responsável por 52% das compras de leite em pó integral, 73% no caso do desnatado e 21% nos queijos. Na pauta total exportada, o sócio Mercosul foi responsável por 44% do total das compras, bem acima dos 15% da Argélia e 6% da China. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Produção de leite deverá crescer nos próximos 10 anos

A produção de leite deverá crescer nos próximos 10 anos a uma taxa entre 1,7 e 2,7%. Essas taxas correspondem a passar de uma produção de 34,1 bilhões de litros em 2023 para 40,5 bilhões no final do período das projeções. O crescimento de oferta será principalmente baseado em melhorias na gestão das fazendas e na produtividade dos animais e menos no número de vacas em lactação.

Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/23 a 2032/33, feito pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).



Segundo técnicos da Embrapa os números de longo prazo estão coerentes.

O leite está passando por grandes mudanças e um processo acelerado de tecnificação e consolidação. As fazendas maiores seguem crescendo, enquanto as médias e pequenas estão com maior dificuldade de expansão e muitos têm deixado a atividade. O forte aumento de custos após o início da pandemia da Covid-19 acabou agravando a situação e vem exigindo melhores práticas de gestão, investimentos em automação e muita eficiência produtiva. Neste sentido, acredita-se que o crescimento médio fique abaixo dos 2% ao ano.

Movimento de longo prazo: concentração setorial e ganhos de eficiência serão os principais drivers. Isso não implica que todos os produtores menores irão sair. Os excluídos serão aqueles que não se adaptarem a nova realidade de adoção tecnológica, melhorias na gestão e maior eficiência técnica e econômica. Irão permanecer os produtores eficientes. Mas como existe uma diferenciação de preço por volume, haverá sim, uma pressão por aumento de escala. (As informações são do relatório Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/23 a 2032/33, que você consegue acessar através do link https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/producao-de-graos-brasileira-devera-chegar-a-390-milhoes-de-toneladas-nos-proximos-dez-anos/ProjeesdoAgronegcio20232033.pdf /Fonte: Milkpoint)


Jogo Rápido

A próxima semana terá pouca chuva e temperaturas amenas no RS
Na quinta-feira (20), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá a formação de mais nebulosidade e provocará a elevação das temperaturas, com possibilidade de chuvas isoladas em todo Estado. Entre a sexta-feira (21) e domingo (23), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e grande amplitude térmica, com máximas acima de 25°C na maioria das regiões e próximas de 30°C na Fronteira Oeste, Missões e Alto Uruguai. Na segunda (24), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na terça (25) e quarta-feira (26), o tempo frio e úmido vai predominar, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva e temperaturas baixas, com máximas em torno de 15°C na maioria das regiões. Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maioria das regiões. Na Zona Sul e Serra do Sudeste os volumes previstos deverão variar entre 60 e 80 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 20 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.948


Informativo Conjuntural - nº 1772 – 20 jul. 2023

BOVINOCULTURA DE LEITE

As fortes chuvas causaram acúmulo de barro, dificultando o manejo dos animais e 
aumentando os problemas de qualidade do leite entregue. Muitos produtores adotaram como estratégia o uso de reservas de silagem e de feno.

Na região administrativa de Emater/RS-Ascar de Bagé, as fortes chuvas contribuíram para o restabelecimento dos níveis dos açudes, embora o acúmulo de barro tenha se tornado  um problema para os animais acessarem as pastagens. Em razão dessa situação, muitos  produtores estão utilizando as reservas de silagem e feno na alimentação das matrizes.

Em  Bagé e Candiota, foi relatada ocorrência de bovinos doentes e, até mesmo, mortes; há  suspeita de intoxicação por nitratos. A falta de energia elétrica, após o temporal, dificultou a  ordenha e o resfriamento do leite.

Na de Caxias do Sul, o plantio de cereais de inverno para silagem aumentou  significativamente. Apesar dos problemas provocados pela formação de barro após as chuvas,  as propriedades mantiveram esforços para garantir a qualidade do leite dentro dos padrões legais. 

Na de Erechim, muitos produtores estão fornecendo alimentos conservados em maior volume como forma de compensar a diminuição da produção de pastagens. 

Na de Frederico Westphalen, a retração nos preços dos alimentos concentrados, medicamentos e produtos de limpeza tem contribuído para a redução do custo de produção. 

Na de Pelotas, a região foi bastante afetada pela passagem do ciclone extratropical, que deixou muitas propriedades sem energia elétrica por diversos dias, impedindo a ordenha e a manutenção do leite refrigerado. Problemas semelhantes ocorreram na região de Porto Alegre, onde houve registros de falta de luz e grandes acumulados de chuvas depois da passagem do ciclone. 

Na de Santa Rosa, muitos produtores estão construindo galpões para o confinamento das vacas em produção e suplementando a alimentação com ração e volumoso. Em Salvador das Missões, os produtores estão gradativamente migrando para sistemas intensivos devido ao aumento de produtividade e, principalmente, à redução da penosidade ao trabalhador, haja vista a menor disponibilidade de mão-de-obra.

Na de Soledade, o excesso de chuvas ocasionou atraso no crescimento das pastagens, dificultando o manejo e o pastoreio em razão do encharcamento do solo. As espécies forrageiras destinadas a alimentos conservados também foram danificadas. (Emater)


RS: GT do Leite discute preço, produção e logística da importação de leite

A produção de leite passa por um período difícil, pois há fatores que têm impactado o setor. Segundo o deputado estadual Zé Nunes (PT), que coordena o GT do Leite na Assembleia, entre os principais, estão as variações dos custos de produção, a importação de leite, a dependência de milho e outros insumos de outros estados, as estiagens, a crise das cooperativas e a questão fiscal. Esse conjunto de variáveis impactam e levam à perda de competitividade do setor, fragilizando-o, e causando preocupação às famílias dos produtores, às cooperativas e às agroindústrias.  

Nesta quarta-feira (19), Zé Nunes participou de reunião virtual com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, para tratar do preço, produção e logística da importação de leite. “Tratamos da produtividade e do fortalecimento da cadeia produtiva com uma política de compra no PAA e PNAE, da criação de um comitê interministerial para tratar o tema, e de uma política diferenciada para agricultura familiar, incluindo renegociação de dívidas”, contou.

Nos últimos anos o número de produtores tem reduzido, e a produção tem ficado concentrada. Mais de 45 mil famílias já deixaram a produção leiteira. O parlamentar defende que o setor seja visto como prioridade, com proteção e estímulo à produção familiar e atuando para o fortalecimento das instituições criadas para a gestão da cadeia.

Ele adiantou que vai realizar audiência pública pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia, para debater os impactos da importação de leite à produção gaúcha, já na primeira semana de agosto. (Assembleia Legislativa do RS)

 

Secretários de Agricultura do Cosud se reúnem com presidente da República em exercício

A influenza aviária, a importação do leite e o calendário de semeadura da soja pautaram a reunião dos sete secretários de Agricultura que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (19/7), em Brasília.

O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, esteve presente ao lado dos secretários dos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

Feltes destacou a importância do país na produção de alimentos, sendo o Estado um dos principais produtores. "Precisamos de ações e recursos permanentes de combate a influenza aviária. Os Estados fronteiriços, como é o caso do Rio Grande do Sul, são os que mais sofrem, pois precisamos de altos investimentos para a defesa agropecuária", afirmou.

Os secretários de Agricultura também destacaram o alto volume de importação de leite no Brasil, que tem aumentado nos últimos tempos, e cobraram que o governo Federal encontre mecanismos para minimizar os efeitos que isso gera nos produtores rurais brasileiros.

O calendário de semeadura da soja também foi pauta da reunião. O Rio Grande do Sul solicita uma reavaliação do período já estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), pois o setor produtivo alega a redução da possibilidade de semeadura e inviabilidade da safrinha da soja. "Gostaríamos que o governo Federal avaliasse a possibilidade do calendário de semeadura ser de 1° de outubro a 18 de fevereiro", ressalta o secretário Feltes.

Participaram da audiência a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, e os secretários de São Paulo, Antonio Junqueira, do Espírito Santo, Enio Bergoli da Costa, do Rio de Janeiro, Flávio Campos Ferreira, de Santa Catarina, Valdir Colatto, do Paraná, Norberto Anacleto Ortigara, e de Minas Gerais, Thales Almeida Pereira Fernandes. (SEAPI)

 

Jogo Rápido

LEITE: Cálculo de preço aguarda licitação 
O processo para contratação de empresa que faça o cálculo do preço mensal de referência do leite no Rio Grande do Sul teve novo passo nesta semana. Dia 17, segunda-feira, a Secretaria de Agricultura mandou outra vez o pedido à Celic. O preço de referência, que baliza o pagamento ao produtor, não é divulgado pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite) desde janeiro deste ano. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 19 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.947


Ensino Técnico gera maior renda e empregabilidade

Pesquisa do Itaú Educação e Trabalho revela benefícios da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para o desenvolvimento do Brasil

Profissionais com Ensino Técnico ganham, em média, 32% mais, em relação aos que possuem apenas Ensino Médio; e têm menor taxa de desemprego. O dado é da pesquisa “Potenciais efeitos macroeconômicos com expansão da oferta pública de Ensino Médio Técnico no Brasil”, do Itaú Educação e Trabalho. O estudo – de Marcelo Santos, Sergio Firpo, Vitor Fancio e Clarice Martins – revela que a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) gera maior empregabilidade e rentabilidade a trabalhadores, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico do país.

O levantamento indica que, se triplicado o acesso ao Ensino Médio Técnico no país, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderia aumentar até 2,32%. Esse crescimento seria decorrente da maior empregabilidade e rentabilidade dos trabalhadores. E sobre a taxa de desemprego, profissionais com Ensino Técnico ficam na média de 7,2%; e entre os que têm somente Ensino Médio, os desempregados são 10,2%.

A pesquisa mostra, ainda, que a expansão qualificada do Técnico pode reduzir, em 5,4%, a proporção de trabalhadores com Ensino Fundamental ou Ensino Médio tradicional que, geralmente, estão em postos de trabalho operacionais. E que a proporção de trabalhadores com Ensino Técnico ou Superior aumentaria 10,4%.

Mesmo com impactos positivos, a pesquisa expõe um cenário de pouco investimento em EPT. Nos países da OCDE, essa oferta alcança, em média, 32% dos concluintes do Ensino Médio. No Brasil, a EPT só atende 8% dos concluintes da Educação Básica. Por isso, a superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, considera que “é urgente colocar a EPT no centro da estratégia de desenvolvimento socioeconômico brasileiro”.

Algumas das ações propostas pelo estudo
Implementar políticas públicas intersetoriais de fomento ao Ensino Técnico no país.
Garantir a formação profissional das juventudes, alinhada às tendências do futuro do mundo do trabalho.

Utilizar informações sobre profissões e habilidades em alta; e alinhar currículos/práticas pedagógicas para promover o desenvolvimento de competências e habilidades. (Correio do Povo)


Uruguai: Conaprole aumenta em 7% a captação de leite em julho
 
A captação de leite no Uruguai responde e atravessa o inverno superando os volumes de julho do ano passado. Os envios de leite para a Conaprole foram em média de 4,4 milhões de litros por dia nos primeiros 10 dias de julho. Isso representa um aumento de 7% em relação ao ano anterior.
 
No acumulado anual chega a 1,494 milhão contra 1,524 no mesmo período de 2022, uma queda de 2%. Isso coincide com a queda percentual registrada nos últimos 12 meses móveis em relação ao mesmo período anterior.
 
Os últimos dados de captação publicados pelo INALE, que correspondem a maio, marcaram o corte de sete meses consecutivos da queda na produção. Na verdade, a produção subiu 3%, um recorde para esses meses. Os envios de leite às plantas totalizaram 169,6 milhões de litros, ante 164,6 milhões no mesmo mês do ano passado, segundo dados provisórios do INALE.
 
“A produção foi mantida, mas graças ao produtor, ele apostou, investiu, se endividou e hoje está refletindo na produção”, disse Eduardo Viera, diretor da Prolesa, à rádio Rural Tiempo de Cambio.
 
As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Leite Futuro [EP03]: os desafios da comunicação com o consumidor
 
O terceiro episódio do Leite Futuro, entrou no ar hoje 18/07. A nova edição traz os desafios da comunicação e da imagem do agro e do leite para o consumidor final e possíveis soluções. Além da participação de Marcelo P. Carvalho, Paulo do Carmo Martins e Ricardo Cotta Ferreira, o episódio contou com a presença da Fernanda Bacelar, produtora de leite com um longo histórico profissional no marketing e que traz para a discussão o ponto de vista dos dois mundos.
 
Clique aqui e assista o episódio no Youtube, ouça no Spotify ou confira no vídeo no link abaixo:
 
 
O programa leite futuro tem objetivo de pensar o leite de uma forma diferente, abrindo espaço para o contraditório e aprofundando as análises.
 
Confira alguns destaques deste episódio do Leite Futuro:
 
● O que pode ser feito para melhorar a imagem do agro brasileiro?
 
● Devemos ir pelo caminho do valor nutricional ou de como o leite é produzido?
 
● Como as marcas têm se comunicado com o consumidor?
 
● Até que ponto a distorção da imagem do agro é um problema de percepção do consumidor?
 
● Como contar nosso ponto de vista?
 
● Como criar conexão com o consumidor?
 
● Como ter credibilidade para passar a mensagem?
 
A imagem do Agro
 
"Não basta ser, tem que parecer ser". Esse ditado é mais válido do que nunca para o agro, incluída nele a produção de leite.
 
É quase unânime que vivemos um problema de imagem perante o consumidor. Atualmente 85% da população vive em áreas urbanas e principalmente nos grandes centros formadores de opinião. O consumidor está, ao mesmo tempo, mais distante do campo e interessado em saber como os alimentos estão sendo produzidos.
 
Marcelo pontua que “agora o desafio que o agro tem é outro. É o desafio de mostrar que a gente está no mesmo barco. Que a gente precisa produzir preservando os recursos, ser mais eficiente, usar menos químicos, quer preservar água, tratar bem os animais. Eu acho que essa é a grande diferença.” Fernanda entra na discussão e opina que estamos diante de um grande problema de imagem e reputação, e que o agro é um setor muito heterogêneo – pecuaristas, cooperativas, e não há conversa para alinhar qual é o grande discurso a ser feito.
 
O que tem de novo no Leite?
 
O Censo do IBGE foi divulgado, e mostrou que população está crescendo menos na média, mas com lugares específicos crescendo mais, como os ligados a agro.
 
“Além da surpresa  de uma redução das taxas  de crescimento populacional  maiores, redução essas  maiores do que se esperava,  o outro ponto foi  a redução  da população em várias  capitais  e o crescimento do interior,  das pequenas e médias  cidades do interior,  principalmente aquelas ligadas ao agro.”, pontua Ricardo.
 
Paulo ainda destaca pontos para estar atento “vem uma pressão nova  que é o seguinte,  ou eu consigo atrair  o jovem, seduzir o jovem,  ou então eu vou ter  mais problemas de mão de obra  que a gente já está vendo.  Então, isso deve se intensificar, porque a população está envelhecendo.”
 
Os feras que fizeram parte dessa conversa:
 
Marcelo P. Carvalho é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP em 1992, com Mestrado em Ciência Animal e Pastagens também pela ESALQ/USP, em 1998. Fundador e CEO da MikPoint Ventures e Co-fundador da AgTech Garage (hoje, pertencente à PwC).
 
Paulo do Carmo Martins é economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mestre em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Doutor em Economia Aplicada pela USP/Esalq. Atualmente professor da FACC/UFJF.
 
Ricardo Cotta Ferreira é economista Mestre em Economia Aplicada pela ESALQ/USP e MBA pela Fundação Dom Cabral (FDC) com mais de 20 anos de experiência em Agronegócios e Indústria de Alimentos.
 
Fernanda Bacelar é gestora de negócios na Bacelar Agroleite, publicitária, com MBA em Administração de Empresas na Espanha e 15 anos de experiência em empresas multinacionais na área de Marketing e Comunicação. Hoje produz mais de 15.000 litros de leite por dia no Paraná. (Milkpoint)
 

Jogo Rápido

A Revista RS360 ed. nr. 09 está no ar.  
Trazendo os Indicadores econômicos de diversos setores da agroindústria e uma análise sintética do desempenho da atividade industrial no RS. Leia clicando aqui. (SEFAZ)


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.946


GT de proteína animal pede agilidade em medidas emergenciais

Indústrias de carnes e lácteos aguardam anúncio de linhas de crédito do BNDES, “pacote” de competitividade e revisão do Fator de Ajuste de Fruição

Anunciado em abril pelo governador Eduardo Leite, o grupo de trabalho (GT) formado por representantes dos segmentos de aves, suínos, carne bovina e produtos lácteos, secretarias de estado e parlamentares reuniu-se ontem pela terceira vez em Porto Alegre. No encontro, as lideranças da cadeia produtiva pediram agilidade em medidas para revigorar o setor de proteína animal. Em resposta a um dos pleitos encaminhados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia a oferta de linhas de crédito emergenciais com condições diferenciadas e a repactuação de dívidas de indústrias e cooperativas com bancos parceiros.

“O que nos foi reportado é que o BNDES está estudando a adaptação de algumas linhas do Plano Safra e também a negociação de dívidas, com alongamento de prazos”, disse o presidente executivo da Organização Avícola do RS, que engloba a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), José Eduardo dos Santos. Uma reunião técnica com agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES – Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), Badesul e Banrisul – deverá ocorrer nesta terça-feira (18), para definir as regras dessas operações. “Acredito que daqui a uma ou duas semanas eles possam anunciar essas medidas”, afirmou.

No caso específico da avicultura, o segmento cobra também uma resposta rápida do governo gaúcho sobre “equilíbrio de competitividade”. O argumento é que as indústrias locais vêm perdendo espaço para produtos processados em outros estados, como Paraná e Goiás. “Pedimos que a Secretaria da Fazenda venha para a próxima reunião com algum anúncio de medida emergencial. Não adianta linha de crédito e renegociação de dívidas se nós vamos continuar sendo esmagados dentro do próprio mercado interno”, disse Santos. Na semana passada, a secretaria informou que os estudos técnicos relacionados ao pacote de competitividade estavam sendo realizados pela Receita Estadual e seriam depois validados com outras áreas do governo.

As indústrias de carnes e o segmento de laticínios também pedem ao governo a revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), percentual de desconto aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de matéria-primas e insumos realizadas fora do Rio Grande do Sul. Na prática, o FAF incide sobre itens básicos para as indústrias de proteína animal, como embalagens. De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a penalização do setor no cálculo de descontos crescentes do FAF será de 10% em 2023 e chegará a 15% em 2024. (Correio do Povo)


GDT - Global Dairy Trade

 
Fonte: Gdt adaptado pelo SINDILAT/RS
 

 

Agroindústrias familiares voltam a ter comercialização limitada

Fim de decreto encerrou estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e derrubou portarias que permitiam trânsito de produtos de origem animal certificados apenas pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM)

A revogação do Decreto 57.087, no início deste mês, que declarou estado de calamidade pública por mais de três anos no Rio Grande do Sul em razão da pandemia, reacendeu uma discussão sobre os serviços de inspeção de produtos de origem animal, especialmente os oriundos de agroindústrias familiares. No dia 10, as secretarias da Agricultura e da Saúde do Estado lançaram nota conjunta informando que os produtos registrados no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e que transitaram durante o período da pandemia amparados em portarias poderão ser vendidos até a data de sua validade. Depois disso, esses produtos só poderão ser comercializados fora de seus municípios de origem se o SIM tiver equivalência ao serviços de inspeção estadual ou federal.

Com a edição do decreto, em 2020, uma portaria da Secretaria da Agricultura permitiu o trânsito de produtos certificados pelo SIM. A medida atendia a um pedido da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) na defesa das agroindústrias familiares, que ficaram impedidas de vender em feiras e exposições, canceladas na pandemia. “O fim do decreto, de certa forma, vai prejudicar a comercialização das agroindústrias familiares”, disse o assessor de Política Agrícola e Agroindústrias da Fetag-RS, Jocimar Rabaioli. A preocupação é com municípios onde ainda não existe o SIM ou que não fizeram o processo de equivalência para o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), que permite aos estabelecimentos registrados no SIM comercializar seus produtos em todo território gaúcho. 

O chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Endrigo Pradel, reconhece que existem questionamentos sobre a separação das instâncias de inspeção (municipal, estadual e federal), mas destaca que a União, por meio do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), e o Estado, através do Susaf, já têm formas para certificar a equivalência de inspeção. Conforme Pradel, no Rio Grande do Sul mais de 200 municípios já aderiram e estão ativos no Susaf e outros 18 aderiram ao Sisbi. 

Sobre a legislação ser antiga, Pradel ressalta que existem formas de certificação para os serviços de inspeção que permitem vender em nível estadual e federal. “Os mecanismos existem e estão disponíveis, o que precisa é comprometimento das prefeituras em implementar as políticas de inspeção”, destacou. Pradel informou que a secretaria editou a Instrução Normativa nº 9, que estabelece requisitos para avaliação de equivalência e normas de registro, inspeção e fiscalização sanitária de produtos de origem animal. (Correio do Povo)

 

Jogo Rápido

LEITE: Protesto contra importações
No próximo dia 1º de agosto, em Porto Xavier, município que faz fronteira com a Argentina, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) vai mobilizar associados para protestar contra as importações de produtos lácteos de países do Mercosul. A prática, ressalta a entidade, tem causado
sérios problemas para os produtores brasileiros, a cada dia com a produção mais desvalorizada. Em nota, a Fetag disse que o protesto foi definido junto com suas regionais sindicais, pois é “inaceitável que o Brasil permaneça de braços cruzados assistindo inúmeras famílias abandonando a atividade”. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.945


US$ 10 bi ao Exterior

O Rio Grande do Sul fechou o primeiro semestre com US$ 10,2 bilhões em exportações. Houve uma pequena queda de 0,5% sobre o mesmo período do ano passado. Com isso, o Estado caiu de sexto para sétimo lugar entre os maiores exportadores do país. Os dados consultados pela coluna são do governo federal.

A China segue sendo o principal destino e recuperou participação. Aumentou em 15,3% as compras de produtos gaúchos e passou a responder por 16,9% dos embarques, mas ainda não é nem metade do que importava daqui antes da pandemia, quando fechou portos e desacelerou sua economia. A melhora da safra de soja, com uma estiagem menos intensa, também ajuda.

Já Estados Unidos compraram 5% menos e Argentina reduziu em 9%. Ainda assim, os dois países seguem como o segundo e o terceiro principais destinos das exportações gaúchas. Os norte-americanos tinham, ao longo do ano passado, substituído as compras chinesas pelas brasileiras por dificuldades de logística. Já a Argentina enfrenta mais uma crise econômica. (Zero Hora)

                      


Renegociação de dívidas da faixa 2 do Desenrola Brasil começa hoje
 
Trinta milhões de pessoas serão beneficiadas nesta etapa
 
Instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central a realizar operações de crédito começam a oferecer, nesta segunda-feira (17), a renegociação de dívidas para a Faixa 2 do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes (Desenrola Brasil). Segundo o Ministério da Fazenda, cerca de 30 milhões de brasileiros podem se beneficiar nesta etapa.
 
A Faixa 2 do programa abrange a população com renda de dois salários mínimos – R$ 2.640 até R$ 20 mil por mês. As dívidas podem ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas, em, no mínimo, 12 prestações. Também é necessário ter sido incluído no cadastro de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.
 
Nesta fase do programa, também serão perdoadas dívidas bancárias de até R$ 100. Nesse caso, o nome da pessoa será retirado dos cadastros de devedores pelas instituições financeiras. Segundo o Ministério da Fazenda, com essa medida cerca de 1,5 milhão de pessoas deixarão de ter restrições e voltarão a poder ter acesso ao crédito.
 
Faixa 1
A habilitação de agentes financeiros para a Faixa 1 do Desenrola Brasil também já está disponível. Nesse caso, os agentes financeiros terão de fazer a solicitação na plataforma do Fundo Garantidor de Operações (FGO) Desenrola Brasil e devem cumprir os critérios negociais e tecnológicos previstos no Manual de Procedimentos Operacionais do FGO Desenrola Brasil.
 
É necessário informar os registros ativos dos inadimplentes no perfil da Faixa 1, e fornecer dados como o número de contrato, a data da negativação e da inserção no cadastro de inadimplência, além dos três dígitos iniciais do número do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do devedor.
 
As pessoas com dívidas até R$5 mil e que tenham renda de até dois salários mínimos, ou sejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), poderão participar do Desenrola Brasil na etapa que terá início em setembro. (Canal Rural)
 
 
 
Informativo Conjuntural nº 1771 – 13 jul. 2023 - BOVINOCULTURA DE LEITE
 
Os produtores de leite enfrentam desafios devido ao acúmulo de barro causado pelas chuvas, afetando o crescimento das pastagens e a higiene na ordenha
 
● Na região administrativa de Emater/RS-Ascar de Bagé, a formação de barro, ocasionado pelas chuvas, gera transtornos aos produtores de leite. As pastagens apresentam  crescimento lento, mas ainda atendem às necessidades dos rebanhos;
 
● Já em Santana do Livramento, a boa oferta de pasto tem proporcionado o aumento da produção de leite;
 
● Na de Caxias do Sul, alguns produtores aproveitam a disponibilidade de forragem, reduzindo a suplementação volumosa e aumentando o consumo de pasto. O excesso de barro  prejudicou a higiene na ordenha, mas a qualidade do leite se manteve dentro dos padrões;
 
● Na de Erechim, o estado corporal dos rebanhos e as condições sanitárias são consideradas boas. Os custos de produção sofreram uma leve queda;
 
● Na de Ijuí, a produção de leite está aumentando;
 
● Nas de Frederico Westphalen e Pelotas, as pastagens de inverno estão se  desenvolvendo bem. Os custos de produção foram reduzidos;
 
● Na de Passo Fundo, os animais apresentam boas condições sanitárias e nutricionais, 
apesar da menor oferta de pastagens;
 
● Nas de Santa Maria e Porto Alegre, o rebanho leiteiro apresenta condições nutricionais adequadas, e as pastagens cultivadas de inverno estão com bom desempenho;
 
● Na de Santa Rosa, a produção diária de leite está aumentando devido ao bom  desenvolvimento das pastagens de inverno. No entanto, as chuvas têm provocado a formação de barro nos potreiros, o que eleva a incidência de mastite nas vacas. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)
 

Jogo Rápido

Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO). O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea. O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite. A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br.  (As informações são do Milkpoint e da assessoria de imprensa SINDILAT/RS)