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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de agosto de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.968


Encontro Dos Produtores Brasileiros de Leite debate importações

O Encontro dos Produtores Brasileiros de leite ocorreu durante a tarde de ontem (16/08) no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Organizado pela Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL), o evento reuniu produtores de leite de todo o país, além de federações de agricultura e pecuária, sindicatos e outras entidades representativas do setor.

A mesa foi composta pela Deputada Ana Paula Junqueira Leão, Presidente da Frente Parlamentar em apoio ao Produtor de Leite (FPPL); Deputado Tião Medeiros, Presidente da Comissão de Agricultura Pecuária Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Deputado Pedro Lupion, Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária; Elizabeth Nogueira Fernandes, Chefe Geral da EMBRAPA Gado de Leite; Márcio Lopes de Freitas, Presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); Geraldo Borges, Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite; Rodrigo Rollemberg, Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Carlos Ernesto Augustin, Assessor Especial do Ministério da Agricultura e Pecuária; Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Marcela Carvalho do MDIC representando o Vice-presidente Geraldo Alckmin; Rafael Pezenti; Secretário da FPPL; Deputada Marussa Boldrin, Vice-presidente da FPPL e o Deputado Evair de Melo.

Após apresentação da campanha em apoio aos produtores, Ana Paula Leão, Presidente da FPPL, destacou a importância da atividade no país e enfatizou a situação das importações. “Estamos presentes em 99% dos municípios do país, geramos empregos e renda a mais de 4 milhões de famílias brasileiras (...) Não há em nosso país quem possa ganhar com o indigerível cenário das importações predatórias”.

A Presidente da Frente Parlamentar ainda destacou a urgência em valorizar o produto nacional e os prejuízos causados pela importação. “É urgente a valorização, por todas as esferas políticas, do leite nacional, e claro do seu produtor. E hoje, a valorização passa pela defesa comercial, pois existe concorrência desleal que desequilibra, desestrutura e desestimula a produção, a cadeia econômica da atividade leiteira e o nosso mercado nacional. Enfrentamos uma das piores crises da pecuária nacional de leite, a importação predatória do produto, principalmente da Argentina e do Uruguai, superou e muito, a média histórica. O ingresso do volume escandaloso de leite no país provocou, e continua provocando, o súbito recuo dos preços, impactando o produtor nacional. Essa situação exige medidas imediatas”, destacou Ana Paula.

Em linha com a Presidente Ana Paula, todas as entidades e autoridades presentes puderam se mostrar solícitos com a causa e demonstraram estar à disposição para buscar uma solução o mais rápido possível em prol dos produtores e da produção de leite nacional.

Marcela Carvalho, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que representou o Vice-presidente Geraldo Alckmin e o Ministro Paulo Teixeira, encerraram o primeiro painel do evento citando as medidas já tomadas pelo governo em prol dos produtores, como por exemplo a retirada dos 29 itens da resolução 353, que voltam a ter a tarifa normal, elevação da alíquota de 12,8% para 18% e elevação da alíquota de alguns derivados.

No segundo painel, a voz do produtor de leite no congresso nacional: frente parlamentar em apoio ao produtor de leite, os representantes das entidades solicitaram a fiscalização na forma de produção e nas importações para garantir a paridade burocrática entre os produtores nacionais e estrangeiros.

Deputados e entidades defenderam a proteção do produtor de leite brasileiro e argumentaram que a compra de leite em pó pelo governo federal não vai amenizar a crise do setor leiteiro, que são necessárias medidas extremas e urgentes, além de um plano para médio e longo prazo. (As informações são do MilkPoint, captadas durante a Live de transmissão do evento no YouTube)


 

A fraca demanda da China pode fazer os preços globais caírem ainda mais 

Elevados estoques de leite em pó integral (WMP), preços internacionais altos e subsídios governamentais para a autossuficiência doméstica impactaram as importações chinesas de lácteos em 2022. 

A tendência continuou em 2023, com quedas recordes de importações no primeiro semestre do ano em comparação com o ano anterior. A demanda por lácteos declinou em meio a uma onda de calor em todo o país e uma desaceleração no crescimento econômico.

Há uma forte correlação entre o crescimento econômico da China e as importações de lácteos. Na primeira metade do ano (janeiro-junho), às importações totais de produtos lácteos caíram 15,2% em relação ao ano anterior.

Principais tendências
- Importações chinesas de lácteos continuarão em declínio em 2023
- As importações atuais estão no menor nível em cinco anos
- As importações de WMP recuaram 45%
- A tendência é de que a produção doméstica continue alta
- A disponibilidade domésticas, demanda, margens, clima, e inflação devem continuar sendo monitorados para determinar para onde vão as importações

Soro de leite e queijo contrariam a tendência
A maioria das categorias de produtos importados pela China declinaram durante o período, exceção para o queijo e requeijão e produtos de soro de leite, contrariando a tendência. As importações de produtos de soro de leite subiram para alimentar o rebanho de suínos. Com a política de zero-Covid agora suspensa, a demanda por queijo aumentou a partir do setor de hotelaria, e as importações aumentaram 12,8%.

Pós, leite e manteiga declinam
As importações de WMP caíram 44,9% na primeira metade do ano. Compras de Leite e Creme, Manteiga e Butteroil caíram 24,9% e 14,3%, respectivamente.

A falta de demanda por parte do setor de panificação, confeitaria e indústrias de processamento de alimentos pesaram sobre as importações de manteiga. Todos os principais países exportadores viram os embarques de produtos lácteos para a China caírem, exceto os Estados Unidos da América (EUA). A Nova Zelândia continua a ser o maior exportador de lácteos para a China, mas na comparação interanual as remessas despencaram 22,5% no primeiro semestre do ano. As exportações a partir da Austrália declinaram cerca de 20% e a União Europeia (UE) enviou 13,8% menos  produtos. Apenas os EUA mostraram crescimento das remessas, que foi de 19,2% no período.

Aumento da oferta doméstica
Em 2023, a produção de leite da China deverá aumentar 4,6% em relação a 2022 atingindo 41 milhões de toneladas de acordo com as últimas estimativas realizadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em julho. A produção de WMP pela China está prevista para alcançar 1,12 milhões de toneladas, dado o forte crescimento da produção doméstica de leite. Com a oferta de leite ultrapassando a demanda, o governo local alocou recursos para subsidiar a industrialização de WMP nas principais regiões produtoras de leite.

A demanda da China por WMP encontra-se estagnada atualmente. A China é um dos principais importadores de WMP e tem forte influência sobre os preços do mercado global. Essa queda de importação está sendo responsável pela fraqueza observada nos mercados globais.

A contínua queda da demanda da China é importante porque além de ter influência nos mercados globais, impacta também no preço do leite ao produtor no Reino Unido. A queda de 7,4% no último GlobalDairyTrade mostra que pode haver mais fraqueza e os preços caírem ainda mais. (Fonte: Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
           

Uruguai: Conaprole projeta queda no preço do leite

O diretor da cooperativa de lácteos do Uruguai, Conaprole, Daniel Laborde, declarou nesta quarta-feira à rádio Valor Agregado Carve que a queda no preço do leite para as entregas de agosto será de cerca de US$ 0,10 por litro. A cooperativa pagou um preço médio de US$ 0,45 (17,11 pesos) por litro pelo leite captado em julho.

"O preço de referência para agosto ficará entre 35,5 e 36,5 centavos, mas anunciaremos o valor final no início da próxima semana", anunciou. A confirmar-se este valor, a correção do preço do leite da principal indústria de laticínios do país será da ordem dos 20%. Dada a complexidade dos mercados externos, a cooperativa tomou a decisão de definir o preço do leite mês a mês para a próxima primavera.

Laborde disse que o mercado externo ainda está muito deprimido e com o Brasil "complicado" pelo lobby dos produtores brasileiros para conter as importações. O diretor informou que há dificuldades para cruzar a fronteira com negócios já fechados.

Chegou nesta terça-feira (15/08) a notícia de que a Alimentos Fray Bentos planeja fechar agosto com redução de 40% no preço pago aos seus fornecedores em relação ao valor pago em julho.

No caso da indústria de Claldy, um produtor  comentou que está ciente de que haverá uma redução no preço do leite. “Nas reuniões que tivemos com o Conselho de Administração, eles nos disseram que a queda de preço não será tão abrupta. Ainda não temos nada de concreto", afirmou. Ele acrescentou que certamente haverá uma definição mais clara assim que o Conaprole oficializar quanto será a redução que será aplicada aos seus remetentes. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

CILeite: Indicadores do Mercado de Leite e Derivados
Indicadores Leite e Derivados - As importações brasileiras de leite alcançaram o equivalente a 180,0 milhões de litros em julho/23, volume bastante elevado apesar de queda em relação ao mês anterior. As exportações sofreram queda de 15,7% na comparação com julho do ano passado. O volume embarcado no último mês foi de apenas 5,8 milhões de litros-equivalentes. No período jan-jul de 2023, o déficit na balança comercial de lácteos foi de US$ 600 milhões, correspondentes ao volume equivalente de 1.189 milhões de litros de leite. O preço internacional do leite em pó integral foi cotado no início de agosto a US$ 2.864/tonelada, queda de 8,3% em relação a julho de 2023. Na mesma base de comparação, o leite em pó desnatado registrou queda de 2,4%, comercializado a US$ 2.454/ tonelada. (Fonte: CILeite/Embrapa)


 
 

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Porto Alegre, 16 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.967


Governo eleva tarifa para importação de lácteos de fora do Mercosul

Alíquota passará de 12% para 18% para itens como queijos processados e manteiga

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta terça-feira (15/8) o aumento da tarifa de importação de derivados de lácteos de países de fora do Mercosul, informou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.

A alíquota passará de 12% para 18% para queijos processados, como roquefort, camembert, brie e gorgonzola, além de manteiga e óleos manteiga.

O Gecex também alterou a Resolução 353/2022, aprovada no ano passado, que fez um corte geral de 10% nas alíquotas de importação de mais de seis mil produtos. Segundo Perosa, o colegiado abriu uma exceção para 29 itens do setor lácteo cuja tarifa subirá de 10%, passando de 12% para 14,4%. Na lista estão produtos como leite UHT e leite processado, disse o secretário à reportagem.

A Resolução 353/2022 reduziu, em maio do ano passado, em 10% as alíquotas de importação de outros itens lácteos, como creme de leite, queijos ralados, iogurte, manteiga, pasta de espalhar de produtos provenientes de leite, entre outros. O secretário não detalhou se esses são os itens que terão aumento de tarifa.

As duas medidas são aplicadas para importações de fora do Mercosul. O setor produtivo brasileiro reclama das compras de leite em pó dos vizinhos Uruguai e Argentina. "É um alento, às vezes vem leite da Nova Zelândia", afirmou Perosa. "São medidas que dão alento para o setor de leite do Brasil", disse Perosa.

Em reunião com a Fetag-RS, o ministro do MDA anunciou a abertura de investigação sobre eventual dumping nas importações do Mercosul e disse que foi criado um grupo de trabalho para apresentar em 30 dias um programa de aumento de produtividade na cadeia leiteira.

As medidas devem ser anunciadas oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã, durante o evento Marcha das Margaridas, em Brasília, realizado pela Contag. (Valor Economico em parceria com Globo Rural)


Fonterra aumentará a oferta nos leilões do Global Dairy Trade (GDT)

A Fonterra anunciou na sexta-feira, 11/08, em nota à imprensa que, a partir de agora, o Grupo Cooperativo Fonterra ampliou sua oferta de leite em pó integral e leite em pó desnatado no Global Dairy Trade (GDT) para os próximos doze meses.A oferta de leite em pó integral aumentará em 20.000 toneladas nos próximos 12 meses, enquanto a oferta de leite em pó desnatado aumentará em 5.000 toneladas durante o mesmo período. As quantidades totais de gordura láctea (manteiga e gordura anidra do leite) oferecidas para os próximos 12 meses permanecem inalteradas até o momento.Com o hemisfério sul entrando na temporada de alta produção de leite, fontes do mercado esperam que isso seja uma reação à baixa demanda do mercado chinês nos últimos seis meses e às expectativas de demanda mais fraca para leite em pó integral durante os próximos seis meses.A China, o maior parceiro comercial da Nova Zelândia para leite em pó integral, reduziu as importações do produto notavelmente até agora em 2023 devido ao aumento da produção doméstica; esta tendência deverá continuar durante o próximo mês. Com as oportunidades de exportação na China diminuindo, as exportações da Nova Zelândia estão buscando destinos alternativos.Uma fonte do mercado declarou: “ouvimos dizer que ainda há um estoque mais antigo de leite em pó integral na Nova Zelândia que precisa ser movido antes do início da nova temporada; esperamos que a Nova Zelândia forneça muitos destinos importantes de exportação durante os próximos meses devido aos seus baixos níveis de preços e ampla situação de oferta”.

Uma segunda fonte do mercado comentou: “o aumento dos volumes no GDT [Global Dairy Trade] não está realmente ligado a nenhum estoque em nossa opinião, mas sim, foi causado por expectativas de demanda fraca; ouvimos dizer que as vendas existentes estão abaixo das expectativas e, para garantir um fluxo contínuo de produtos, este é um passo cauteloso para evitar o acúmulo de estoque.”

Fontes do mercado em todo o mundo esperam que o aumento nos volumes de oferta pesem fortemente no mercado internacional de lácteos, limitando notavelmente as oportunidades de exportação para fornecedores da UE e dos EUA. Com o aumento da concorrência nos mercados de leite em pó e as margens já baixas para os produtores da UE e dos EUA, várias fontes do mercado indicaram que parece provável que a produção de queijo aumente, já que os processadores provavelmente canalizarão mais leite para as instalações de queijo para garantir um pagamento mais alto.
 
As informações são do Mintec, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

PNAD Contínua Trimestral: desocupação recua em oito das 27 UFs no segundo trimestre de 2023

Desocupação - A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, caindo 0,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação diminuiu em quatro das cinco grandes regiões, mantendo-se estável no Sul. Também houve redução em oito das 27 Unidades da Federação, enquanto as outras 19 ficaram estáveis. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (11,3%), e o Sul, com a menor (4,7%). As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%), e as menores, de Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%). A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 9,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,0%) para os brancos (6,3%) e acima para os pretos (10,0%) e pardos (9,3%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,6%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados.  Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,8%). No segundo trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%). O número de desalentados no segundo trimestre de 2023 foi de 3,7 milhões de pessoas. O maior número estava no Nordeste (2,3 milhões de desalentados). O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2023 foi de 3,3%.

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,7%. O Nordeste (59,1%) e o Norte (58,4%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões. O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%). A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%). 

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Já em relação ao segundo trimestre de 2012 (primeiro ano da série histórica), o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%. O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.921, ficando estável frente ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 2.923) e crescendo frente ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o Norte (R$ 2.316) teve crescimento no rendimento, enquanto as demais regiões ficaram estáveis. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, houve expansão em todas as regiões.   

Frente ao primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação caiu em oito Unidades da Federação e ficou estável nas demais UFs. Destacam-se o Distrito Federal, que saiu de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, que passou de 12,1% para 10,2%. Piauí tem a maior taxa de subutilização (39,7%) e Rondônia, a menor (6,3%). No 2° trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no país foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). Já as menores taxas ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%). Rondônia tem a maior proporção de conta própria (37,8%) e DF a menor (19,9%). O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%). Menor percentual de trabalhadores com carteira é do MA (49,3%) e o maior, de SC (88,1%).

No 2º trimestre de 2023, 73,3 % dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (59,1%) e Norte (58,4%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25,5% tinham carteira de trabalho assinada no país. No mesmo trimestre do ano passado, essa proporção havia sido de 25,1%. Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,1%), Rio Grande do Sul (82,3%) e Paraná (81,3%) e os menores, no Maranhão (49,3%), Pará (51,5%) e Tocantins (53,5%).

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.921, ficando estável frente ao 1º tri de 2023 (R$ 2.923) e crescendo na comparação com o mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com trimestre anterior, o Norte (R$ 2.316) foi a única região a apresentar expansão estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 2º trimestre de 2022, houve crescimento do rendimento médio em todas as regiões.

A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, foi estimada em R$ 284,1 bilhões, registrando estabilidade estatística em relação ao trimestre anterior (R$ 281,3 bilhões). Frente ao 2º trimestre de 2022 (R$ 265,2 bilhões), houve expansão da massa de rendimento. Pará tem a maior taxa de informalidade (58,7%) e SC, a menor (26,6%). A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar. No segundo trimestre de 2023, os contingentes da maioria das faixas de tempo de procura por trabalho continuaram a mostrar reduções percentuais, como mostra a tabela abaixo.

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas desocupadas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Foi uma redução de 945 mil pessoas nesta faixa de tempo. No entanto, em relação ao primeiro ano da série histórica, no segundo trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%. (IBGE)


Jogo Rápido

Concurso do Mapa poderá ofertar até 520 vagas
OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) definiu a comissão especial que vai definir os requisitos e etapas do concurso público para novos servidores da pasta. A expectativa é de que sejam abertas 520 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, conforme Portarias MGI nº 2.847 e 2.761, de 16 junho de 2023, do Ministério de Estado da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que autorizam o Mapa a realizar o concurso. Em relação ao edital, o objetivo é que seja publicado até dezembro, conforme as exigências legais. Após a sua publicação, serão definidas as datas para a realização das provas, atendendo à necessidade de tempo para a preparação adequada dos candidatos e à disponibilidade de locais para a aplicação dos exames. A possibilidade de formação de cadastro reserva também será definida no edital do concurso, juntamente com demais informações. Deverão ser ofertadas vagas para os cargos de Agente de Atividades Agropecuárias; Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal e Técnico de Laboratório no Nível Médio Técnico e, para Nível Superior, Auditor-Fiscal Federal Agropecuário; Analista em Ciência e Tecnologia e Tecnologista. Os cargos são para atuação no Mapa e no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A escolha da banca organizadora será feita de forma criteriosa, considerando a experiência, capacidade técnica e idoneidade da empresa selecionada. A remuneração pode chegar a mais de R$ 22 mil para nível superior e a distribuição das vagas será feita de acordo com as necessidades do ministério, levando em consideração as áreas de atuação e as demandas existentes. O último concurso realizado pelo Mapa ocorreu em 2017, onde foram ofertadas 300 vagas para Auditor-Fiscal Agropecuário, com mais de 19 mil inscritos. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de agosto de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.966


Global Dairy Trade

Fonte: GDT Global Dairy Trade


LEITE: Anúncio do governo é insuficiente, diz Palharini

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo tomou a decisão de taxar a importação de derivados de leite de países de fora do Mercosul. Fávaro disse ainda que o governo vai aplicar R$ 100 milhões nas compras públicas de leite, a princípio, mas que vê espaço para dobrar ou triplicar esse valor para medidas emergenciais.

Em entrevista ao JM, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan 
Palharini, diz que a ação é importante, mas não resolve a situação do setor. "O preço da matéria-prima pago aos produtores do Estado é acima do valor de mercado do Mercosul e que Argentina e Uruguai têm políticas públicas de apoio ao segmento. 

Segundo o dirigente, o governo argentino  aprovou subsídios aos produtores no final do ano passado e o Uruguai concedeu linhas de crédito com prazo de até 13 anos para produtores e indústria."Por enquanto é apenas um anúncio, mas há dúvidas sobre os critérios referente a esta aquisição. Geralmente no mercado ocorre licitação pela menor oferta. Agora, o governo diz que será pelo valor do varejo. Neste caso, ajuda um pouco mais o setor. É preciso deixar claro, porém, que os R$ 100 milhões anunciados viabilizam a aquisição de 4 mil toneladas do produto. Esse montante a CCGL produz em uma semana.Então isso é muito pouco pelo momento que vive o setor, comparado a R$ 1 bilhão destinado ao programa de aquisição de carro popular e aos créditos liberados aos bancos na renegociação de dívidas na cifra de R$ 50 bilhões."

Para Palharini seria importante que o governo adotasse uma política aumentando créditos tributários para a indústria no que se refere ao PIS e Cofins, que resultaria em um acréscimo de R$ 0,11 por litro ao produtor, o que compensaria em relação aos subsídios pagos pelo Uruguai e Argentina. "Outra medida necessária, um subsídio do governo em relação ao frete para o escoamento da produção até o porto. Além disso, há negociação das dívidas num prazo de 13 anos nos moldes do que foi feito na Argentina e no Uruguai. Essas medidas sim seriam mais efetivas diante deste cenário."

Conforme dados produzidos pela Emater, entre 2015 e 2022, houve uma queda de 52% no número de produtores de leite no Rio Grande do Sul. Segundo o deputado Zé Nunes, 44 mil famílias deixaram a atividade e que o setor deixou de ser a maior cadeia produtiva gaúcha, perdendo o posto para o setor do tabaco, com 76 mil famílias. 

O deputado também citou a redução de 36% do rebanho de vacas leiteiras. “O RS deixou de ser a segunda maior bacia leiteira do Brasil, posição ocupada historicamente pelo nosso Estado e fomos ultrapassados pelo Paraná. ”

O deputado também atribuiu a crise à desmobilização do setor do leite no Estado, depois de um enorme esforço dos produtores e instituições para criar o Instituto Gaúcho do Leite, de um programa estadual de estímulo à produção (Prodeleite) e de um fundo específico para a cadeia produtiva leiteira (Fundoleite). “É algo muito antagônico. Como é que nós conseguimos reunir todo mundo do setor e criar uma política de Estado, e como é que se deixou isso se liquidar? Nós não temos uma política para o leite no Estado do Rio Grande do Sul.”

Outro motivo apresentado por Nunes com graves consequências para o setor, foram os decretos assinados pelo governo Sartori em 2016 e 2017, que incentivaram a importação de leite através da fronteira do Rio Grande do Sul. A medida se mostrou equivocada e foi preciso uma forte ação parlamentar para assegurar a revogação dessas medidas à época. (Jornal da Manhã)

EUA: grandes fazendas dominam a indústria de lácteos

Nas últimas três décadas, a indústria de lácteos se tornou uma das indústrias agrícolas mais consolidadas, de acordo com um relatório do Departamento de Agricultura dos EUA.

Desde 2013, o número total de rebanhos leiteiros licenciados diminuiu mais de 40%. As maiores fazendas ficaram maiores. Em 2017, metade de todos os rebanhos contava com mais de 1.300 vacas, número que deve aumentar com o crescimento de grandes fazendas industriais.

Tornou-se mais caro criar vacas leiteiras e os preços de venda não aumentaram proporcionalmente. Entre 2000 e 2021, a fazenda leiteira média dos EUA conseguiu obter lucro apenas duas vezes, de acordo com uma análise do Food and Water Watch dos dados do USDA.

Grandes operações industriais estão mais bem equipadas para sobreviver a longos períodos de margens apertadas do que fazendas familiares, de acordo com o relatório do USDA.

As empresas que compram e processam leite também vêm se consolidando. Mais de 80% de todo o leite é agora comercializado por três cooperativas de lácteos: Dairy Farmers of America, Land O'Lakes e California Dairies.

Grandes rebanhos dominam cada vez mais a indústria de vacas leiteiras dos EUA
Dados do USDA disponíveis em intervalos de 5 anos mostram rebanhos pequenos e médios desaparecendo.

Source: "Consolidation in U.S. Dairy Farming," USDA Economic Research Service, July 2020 • Percentages here represent the share of the U.S. milk cow inventory each herd size holds. Data on herd sizes is collected every 5 years in the Census of Agriculture. (Graphic by Ava Mandoli).

As informações são do Investigate Midwest, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 


Jogo Rápido

Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2023 é atualizado em R$ 1,135 trilhão
As lavouras lideram o crescimento com aumento de 4%, impulsionadas pelo recorde da safra de grãos e ganhos de produtividade. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano, com base nas informações de julho, é de R$ 1,135 trilhão, alta de 1,9% em relação ao ano de 2022. As lavouras cresceram 4% e a pecuária reduziu seu crescimento em 2,9%. O faturamento das lavouras é de R$ 801,9 bilhões e o da pecuária foi de R$ 333,6 bilhões. Os produtos que apresentam melhor desempenho neste ano são mandioca (42,9%), laranja (27,2%), banana (16,8%), tomate (15,9%), cacau (13,8%), cana-de-açúcar (11,6%), amendoim (10,6%), feijão (10,4%), arroz (9,3%), uva (7,5%), soja (2,5%) e milho (1,4%). Esse grupo de produtos beneficia-se de preços favoráveis e, em vários casos, quantidades produzidas mais elevadas. No levantamento da Conab, a projeção é de safra recorde de 320 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/2023 que sustenta essa posição. O resultado se deve ao aumento da produtividade de 11,8% e à expansão de área da ordem de 5% em relação ao ano passado. Esse crescimento de área de grãos passou de 74,6 milhões de hectares de área plantada, em 2022, para 78,2 milhões de hectares, em 2023. Na pecuária, os aumentos do VBP ocorrem na carne suína, leite e ovos. O efeito de preços mais baixos tem repercutido no decréscimo do VBP de alguns produtos, como algodão, café, mamona e trigo. Os cinco produtos classificados com o maior VBP são soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, que respondem por 81,6% do VBP das lavouras. Ao longo destes últimos 18 meses, observou-se que o VBP tem crescido a taxas relativamente menores. Pode-se atribuir esse decréscimo do crescimento real do VBP aos preços de milho e soja que têm apresentado tendência de redução. (Conab (valores deflacionados pelo IGP-DI 07/2023). Elaboração CGPOP/DAEP/SPA/Mapa)


 
 

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Porto Alegre, 10 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.963


Prévia IBGE: captação de leite passa por recuperação no 2º trimestre de 2023

Os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados hoje (10/08), apontaram para uma recuperação da captação formal de leite no 2º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, como mostra o gráfico 1.

Ao todo, foram captados 5,72 bilhões de litros, 3,9% acima do resultado obtido no 2º trimestre de 2022. Quando comparado com o 1º trimestre do ano, o 2º trimestre encerrou em queda, influenciado principalmente pelo início do período sazonal de entressafra do leite, com um total captado 2,8% abaixo do resultado do trimestre anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

É importante destacar que os dados para o 2º trimestre, que são prévios, poderão ser reajustados para a publicação dos dados oficiais (que devem ser publicados no dia 06/09).

Após o 1º trimestre de 2023 ter sido marcado por uma importante queda na captação de leite, fruto principalmente da saída de produtores e vacas da produção desde 2021, o 2º trimestre do ano mostra que a melhora na rentabilidade ao produtor observada ao longo de 2023, como mostra o gráfico 2, trouxe resultados positivos para a produção de leite nacional.

Gráfico 2. Receita Menos Custo da Alimentação.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do CEPEA e SEAB - PR. 

Com um menor custo relacionado a alimentação dos animais, a rentabilidade ao produtor encerrou o 1º semestre de 2023 em níveis acima da média histórica, estimulando assim a produção de leite dentre os produtores que se mantiveram na atividade.

Dentro de 2º trimestre do ano, é possível observar o mês de maio tendo o maior volume de produção, com cerca de 1,94 bilhões de litros produzidos no mês, 4,3% acima do observado em maio de 2022, entretanto, a maior variação anual foi observada em junho, que encerrou com um resultado 5,4% superior ao obtido em 2022, com 1,91 bilhões de litros de leite captados.

O mês de abril também apresentou um resultado positivo, com o volume de 1,87 bilhões de litros captados gerando uma variação anual de 2,2%. Os resultados detalhados de cada mês podem ser observados na tabela e no gráfico a seguir:

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

Gráfico 3. Captação formal: volume mensal em mil litros

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

Com esta importante recuperação na captação formal de leite no 2º trimestre do ano, espera-se que os resultados para o 2º semestre de 2023 continuem apontando para variações positivas em relação aos resultados de 2022.

Entretanto, um ponto de atenção é em relação ao custo com a alimentação dos animais, mais especificamente o concentrado, devido a maior volatilidade que os preços do milho e da soja vem apresentando recentemente, por conta de importantes fatores externos como as condições da safra estado-unidense e o conflito no leste europeu.

Caso esses fatores intensifiquem o viés de alta para os preços praticados no mercado físico brasileiro de grãos, os produtores de leite podem enfrentar dificuldades em manter esta recuperação na produção de leite.

Observação: os dados acima mencionados são em relação à prévia divulgada pelo IBGE. A publicação definitiva, que será divulgada no próximo mês, poderá sofrer alterações. (Milkpoint)


Cooperativa Santa Clara promove 15ª TecnoClara, em Paraí

Paraí recebe mais uma edição da Exposição Santa Clara de Gado Leiteiro, Máquinas Agrícolas e Produtos, a TecnoClara. A 15ª edição ocorre de 21 a 24 de setembro, no Parque Municipal Tranquilo Zadinello. Realizada paralelamente à 8ª ExpoParaí, a feira contará com a participação de cerca de 40 criadores associados à Santa Clara e aproximadamente 120 animais.    

O julgamento do gado leiteiro será feito pelo jurado de pista oficial Enedir Zanchet na sexta-feira e no sábado. No total, participarão da disputa 80 animais da raça Holandesa e 40 da raça Jersey, entre terneiras, novilhas e vacas. 

Um dos atrativos da programação é o Desfile Jovem Puxador, que ocorre no sábado, a partir das 13h30min. Serão 30 crianças e adolescentes participantes, com idade de três a doze anos. O objetivo da atividade é avaliar o desempenho do puxador na condução dos animais, incentivar a prática às novas gerações, despertar o interesse pela atividade leiteira, criar laços de amizade através da convivência e troca de experiências. Os inscritos, que obrigatoriamente têm vínculo familiar com os associados e/ou funcionários, serão agraciados com uma medalha e brindes. Também, no sábado, ocorre o tradicional banho de leite dos vencedores do concurso leiteiro das raças Jersey e Holandesa.
 
Além do julgamento e do concurso leiteiro, a TecnoClara também contará com a participação de mais de 60 empresas parceiras do Mercado Agropecuário da Cooperativa Santa Clara, voltadas à nutrição, saúde animal, máquinas e equipamentos agrícolas, insumos, sementes, limpeza, higienização e eletrodomésticos. A entrada para a feira é gratuita. 
 
8ª ExpoParaí 
A 8ª ExpoParaí ocorre nos mesmos dias, no Parque Municipal de Eventos Tranquilo Zadinello, em Paraí, e é realizada pela CIC/CDL do município, com apoio da Prefeitura. A feira contará com outras atividades relativas ao mês de aniversário do município, além de atrações nacionais, regionais e locais. A sede da Associação dos Motoristas abrigará os estandes internos do comércio, indústrias, prestadores de serviços, artesanato e agroindústrias, enquanto que o estacionamento receberá os estandes externos. No local, a Santa Clara contará com estande da Loja de Confecções. (Cooperativa Santa Clara)

Abertas as inscrições para a Jornada da Alimentação 2023

Confirmada para os dias 16,17,18 e 19 de outubro, a 5ª Jornada Técnica do Setor Alimentício (Jornada da Alimentação) está com inscrições abertas. Os interessados em acompanhar as palestras, debates e relatos de cases que abordarão boas práticas, ingredientes, inovação, logística, saúde e sustentabilidade, entre outros, podem garantir participação no site (clique aqui). Composta pelo XX Workshop em Alimentos (17 e 18), II Seminário de Segurança de Alimentos (17), V Meeting Empresarial (18), II Seminário de Lácteos (19) e I Seminário de Inovação (19), a programação conta com mais de 40 atividades desenvolvidas em dois auditórios, e o valor do investimento é de R$ 110,00 para um dia, R$ 210,00 para dois e R$ 300,00 para os três. A solenidade de abertura (16) será gratuita.  

Com funcionamento simultâneo às demais atrações, o Salão do Expositor contará com mais de 45 empresas e estará aberto para visitação do público geral. Nele estarão representantes de marcas de ingredientes, aromas e soluções, máquinas e equipamentos, entre outros produtos e serviços, proporcionando um ambiente para networking e contato com novidades e tendências da indústria. A visitação à exposição também é gratuita, porém é necessário o credenciamento prévio no site.

De acordo com Tânia Gräff, uma das coordenadoras do evento, essa é uma chance para os profissionais do setor alimentício se aproximarem de clientes e fornecedores, criando novos relacionamentos e reforçando os já consolidados. “A Jornada traz novas oportunidades em mercados e negócios, possibilitando o acesso a ingredientes que agreguem valor às marcas, prospectando novas possibilidades em produtos e serviços e proporcionando acesso a tendências mundiais em alimentação e saúde”, resume. 

A Jornada da Alimentação 2023 ocorre no Clube Tiro e Caça, em Lajeado, e é uma realização da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). O evento tem como patrocinadores ouro Solutaste, Saporiti, Prova Brasil, Reinegend, Vidara, Hyg Flavors, Bring/Caldic e Rousslot; e apoio do Grupo Técnico em Alimentos (GTA), Grupo Técnico em Proteína Animal (GTPA) e Prefeitura de Lajeado. (Jornada da Alimentação)


Jogo Rápido

O que está deixando o seu café com leite bem mais barato
A deliciosa dupla café com leite tem trazido algumas das quedas mais intensas de preço da cesta básica de Porto Alegre. Só perde para o óleo de soja. Pelo monitoramento do Dieese, o leite ficou 28,73% mais barato em 12 meses, enquanto o café teve redução de 10,26% e deve cair mais. Aliás, a coluna comprou o litro do leite em promoção a R$ 2,99 na semana passada em um supermercado da Região Metropolitana e, nesta segunda-feira (7), encontrou uma promoção na Capital a R$ 2,63 na compra por um aplicativo que reúne mercados e restaurantes.  Em ambos os casos, o motivo é o excesso de oferta. Houve aumento de produção mesmo com a bienalidade que reduziria a safra do café e a entressafra tradicional do leite com a redução das pastagens. Além disso, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, apontou retração na demanda do consumidor. No caso do leite, cita ainda o aumento da importação, o que é uma reclamação de produtores brasileiros. Por outro lado, também há uma evidente - e bastante positiva - redução de custos, principalmente do diesel, que influencia da produção ao transporte dos alimentos. (Zero Hora) 


 
 
 
 

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Porto Alegre, 09 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.962


Ministro Carlos Fávaro anuncia aquisição de leite pelo governo federal

Medida emergencial visa socorrer os produtores brasileiros frente à concorrência

Na Capital do Leite, Castro (PR), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a aquisição de leite em pó pelo governo federal a preços de varejo. A medida emergencial é uma das ações para socorrer os produtores de leite brasileiros que enfrentam a forte concorrência de países do Mercosul. O anúncio foi feito durante a abertura da Agroleite 2023 na tarde desta terça-feira (08).

“Fazer um enfrentamento à importação desenfreada é um compromisso que assumo aqui em nome do presidente Lula”, destacou o ministro.

Junto com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, Fávaro afirmou que ainda nesta semana serão adotadas medidas emergenciais para o setor. A aquisição, a preço de varejo, de leite em pó, é uma das ações que visa enxugar o mercado e garantir rentabilidade às cooperativas e, consequentemente, aos produtores.

Em relação à importação de leite de países como Argentina e Uruguai, o ministro ponderou que o acordo com o Mercosul é sensível e o tema está sendo tratado com total atenção pelo governo federal.

“O Mercosul é um bloco comercial muito importante para o Brasil. Nós vendemos a esses países produtos manufaturados que nos dão muita competitividade, ganhos e oportunidades, mas isso não pode ocorrer em detrimento de uma cadeia tão importante, que gera empregos, como a cadeia do leite”, comentou.

Além das medidas emergenciais, Fávaro ressaltou que serão necessárias ações estruturantes para o setor. “Estar aqui vendo a altíssima qualidade das tecnologias para a produção de leite é espetacular. É a certeza de que esse abismo que existe entre os produtores de leite brasileiros precisa ser removido com trabalho, dedicação, com ciência, com investimento para que nós possamos corrigir essa distorção tão grande. E o Brasil que já é campeão na produção de soja, na exportação de soja, algodão, carne bovina, carne suína, vai ser, sim, um grande player mundial na produção de leite e temos que ter dedicação para fazer isso acontecer”. (MAPA)


RECEITA ESTADUAL DISPONIBILIZA ASSISTENTE VIRTUAL QUE ESCLARECE DÚVIDAS DE CONTRIBUINTES

A Receita Estadual do Rio Grande do Sul criou uma assistente virtual (chatbot) para esclarecer dúvidas e prestar orientações aos cidadãos e contribuintes. O chatbot está disponível no Portal de Atendimento. O ícone dessa nova ferramenta está localizado no canto inferior direito da tela e está identificado como Fale Conosco. A assistente virtual, chamada de Rê, pode responder a diversos questionamentos sobre a administração tributária gaúcha.

Entre os assuntos sobre os quais Rê pode fornecer informações estão os três impostos estaduais: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD). Há ainda uma seção destinada a dois dos principais programas estratégicos coordenados pela Receita Estadual: o Nota Fiscal Gaúcha (NFG), que incentiva os cidadãos a pedirem nota fiscal, e o Devolve ICMS, que devolve parte do imposto pago pelas famílias de baixa renda. O NFG conta com mais de 3 milhões de participantes, e o Devolve ICMS beneficia mais de 600 mil famílias.

Além disso, o chatbot permite, de maneira ágil e prática, verificar o status dos protocolos de atendimento abertos pelo usuário nos canais Fale Conosco e Plantão Fiscal Virtual, bastando informar o código do protocolo (no formato PFV-000000-A0A0A). Esses protocolos podem ser gerados por meio do formulário eletrônico desses canais ou pela própria assistente virtual, nas situações em que o usuário considera que sua dúvida não foi respondida, optando por levá-la a um atendente. O retorno, nesses casos, ocorre por e-mail, em até três dias úteis, e é disponibilizado um código de protocolo para consulta do status em tempo real.

O sistema robotizado é resultado de um projeto desenvolvido pela Divisão de Relacionamento e Serviços da Receita Estadual ao longo dos últimos meses. A novidade está inserida no contexto da agenda Receita 2030+, composta por 30 medidas para modernização da administração tributária gaúcha. “Faz parte do processo de modernização e digitalização do atendimento, visando simplificar a experiência que os usuários têm dos serviços. É mais um avanço na construção do que chamamos de Receita Digital, sempre com foco em gerar valor público para a sociedade gaúcha”, destaca o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Pereira. As informações da ferramenta são baseadas em um banco de dados construído pelo fisco gaúcho, que será permanentemente qualificado e atualizado. O objetivo é incrementar a utilização de práticas de aprendizado de máquina (machine learning) e inteligência artificial para tornar as interações cada vez mais reais e efetivas para os usuários.

PORTAL DE ATENDIMENTO 
O Portal de Atendimento da Receita Estadual, lançado em junho de 2022, é um ambiente no qual os serviços e informações da instituição estão disponíveis de forma estruturada, com visual intuitivo e busca eficiente. O objetivo é que o usuário acesse a página e encontre tudo o que precisa, de maneira rápida e intuitiva, independentemente do perfil ou da necessidade. É possível, por exemplo, solicitar serviços, buscar orientações ou encaminhar dúvidas.

CHATBOTS
Chatbots são programas de computador que tentam simular a conversação de um ser humano. O objetivo é responder a diversas perguntas, de tal forma que os usuários tenham a impressão de estar conversando com uma pessoa. (FONTE: Receita Estadual)
 

Fábrica de rações vai triplicar produção com nova unidade

Uma das pioneiras no Rio Grande do Sul quando o assunto é nutrição animal, a cooperativa Cotribá, do norte do Estado, prepara para o próximo ano a entrega da sua nova fábrica de ração. A unidade deve estar pronta no primeiro trimestre de 2024, em Ibirubá, com capacidade para triplicar a produção atual. O aporte é de R$150 milhões.

Além do salto em produção, o crescimento virá em tecnologia. A planta que está sendo construída será totalmente automatizada e contará com sistemas robotizados para as etapas de ensaque e de expedição. Um marco emblemático para a cooperativa centenária, que é também a mais antiga do ramo em operação no país.

Enio Nascimento, vice-presidente da Cotribá, diz que o plano era finalizar a obra ainda neste semestre, mas que a pandemia empurrou a conclusão para mais à frente. Assim que começar a operar, a nova unidade substituirá a atual, ampliando de 100 mil para 300 mil toneladas a produção anual de rações.

Na primeira fase, o foco serão os produtos destinados à atividade leiteira, que já são o principal negócio da cooperativa no segmento de rações. Também entram na esteira os alimentos para os animais de corte. Mas outros planos estão no horizonte.

- Acreditamos que a atividade do leite, para nós, é o carro-chefe, e é em cima disso que estamos apostando. Depois, em 2025, a ideia é terminar a segunda fase, que prevê uma diversificação da linha de produtos que vamos trabalhar, como a linha para pets - adianta Nascimento.

A expectativa é de que a unidade gere mais de 300 empregos, entre postos diretos e indiretos. Atualmente, a Cotribá possui duas fábricas de rações, a de Ibirubá e outra em Tapera. Além dos empregos gerados, o vice-presidente destaca que a operação vai valorizar a produção de milho no Estado, demandando de 1,2 milhão a 1,5 milhão de sacas do grão por ano.

A Cotribá fechou 2022 com faturamento recorde de R$ 4 bilhões. O valor foi 15,8% maior do que no ano anterior. As rações responderam por 5,68% do total faturado. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Governo lança Expointer e anuncia medidas de apoio aos produtores na quinta-feira (10)
A cerimônia de lançamento da 46ª Expointer será realizada na quinta-feira (10/8). O evento começará às 8h30, no Nau Live Spaces, em Porto Alegre, e será aberto para convidados, autoridades e imprensa. Na ocasião, serão apresentados os detalhes da maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, que ocorrerá de 26 de agosto a 3 de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Durante o evento, também serão anunciadas duas novas medidas de apoio aos produtores rurais, no âmbito do programa Supera Estiagem. Participarão da cerimônia o governador Eduardo Leite, o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, e os copromotores da Expointer – Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), prefeitura de Esteio, Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Organização Cooperativa e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sistema Ocergs-Sescoop/RS). Também estarão presentes autoridades e lideranças do agro. (SEAPI)


 
 
 
 

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Porto Alegre, 08 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.961


Balança comercial de lácteos: queda nas importações
 
Apesar de ainda negativo, durante o mês de julho o saldo da balança comercial de lácteos passou por recuperação. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo obtido no último mês chegou a -174,4 milhões de litros em equivalente-leite, um avanço de 24,1 milhões em relação a junho de 2023, como pode ser observado no gráfico 1.
 
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As exportações continuaram enfrentando queda no último mês. Com um volume exportado de 5,78 milhões de litros em equivalente-leite, o mês de julho encerrou com o terceiro pior resultado para as exportações de 2023, com um recuo mensal de mais de 1 milhão de litros, como pode ser observado no gráfico 2. Em relação ao resultado de 2023, até o momento é registrada uma queda de 54% no volume exportado em relação ao mesmo período de 2022, mostrando um ritmo bastante lento para as exportações nos primeiros sete meses do ano.
 
Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.
 
 

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Após atingir o recorde mensal de 2023 no mês de junho, as importações também apresentaram queda em julho, gerando uma variação mensal de -25 milhões de litros, com 180,2 milhões de litros em equivalente-leite importados, como mostra o gráfico 3. Apesar da queda, o patamar para as importações ainda é considerado alto, em relação a julho de 2022 o resultado do último mês encerrou com uma alta de 71%, e quando comparados os primeiros sete meses de 2023 em relação aà 2022, também é registrado um importante avanço, de 168%.
 
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.
 
 

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
Apesar dos preços das principais categorias de derivados lácteos importados ainda serem mais competitivos em relação ao preço praticado internamente, a desvalorização que vem sendo observada no atacado brasileiro somado a um mercado já abastecido para as categorias importadas de maior relevância, como os leites em pó, foram os principais fatores relacionados com essa queda observada nas importações do último mês.
 
Com isso, para o leite em pó integral, o produto de maior relevância dentro das importações, foi observada uma queda de 21% no total importado em relação ao mês anterior. Entretanto, essa não foi a categoria que apresentou maior queda percentual, e sim os iogurtes e o soro, que passaram por um recuo de 57% e 31%, respectivamente, em seu volume mensal importado. Para as manteigas também foi observada uma queda, de cerca de 6%.
 
Entretanto, outras categorias também relevantes seguiram avançando nas importações no último mês, como o leite em pó desnatado e os queijos, com um avanço mensal de 15% e 7%, respectivamente. Outras categorias que também registraram aumento em seu volume importado foram “outros produtos lácteos” (+71%) e os leites modificados (+69%).
 
Sobre as principais categorias exportadas, a maior relevância continuou sendo para o leite condensado, que passou por uma variação mensal de -5%. Enquanto o creme de leite também enfrentou recuo no volume exportado, em -38%, os queijos e o leite UHT passaram por aumento, de 23% e 6%, respectivamente, com o leite UHT atingindo o maior volume mensal exportado de 2023.
 
Outras categorias de menor relevância enfrentaram fortes avanços percentuais em seus volumes exportados no mês de julho, como a categoria “outros produtos lácteos” (+455%), leite em pó semidesnatado (+384%) e leite evaporado (+184%).
 
As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de julho e junho deste ano.
 
Tabela 1. Balança comercial láctea em julho de 2023
 

 
Tabela 2. Balança comercial láctea em junho de 2023.
 

 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Para o mês de agosto é esperada uma continuidade nesta diminuição do volume importado, isso porque, apesar dos produtos do Mercosul (principal fornecedor do Brasil) seguirem mais competitivos quanto ao preço, os compradores brasileiros se mostram já abastecidos para algumas categorias, o que vem diminuindo sua intenção de compra. Além disso, com o início da safra do leite na região Sul, a oferta de leite interna vem aumentando, o que também desestimula as compras internacionais de lácteos.
 
Para as exportações o cenário se mantém, onde ainda não é observado uma abertura na janela exportadora para os próximos meses. Com a demanda global de lácteos se mantendo em um ritmo fraco nos últimos meses, as exportações devem ainda ser voltadas para produtos brasileiros com nichos fora do país. (Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT)


USDA – Perspectivas do Mercado Mundial dos Lácteos

Mercado Mundial – As exportações de lácteos para o Sudeste Asiático (Filipinas, Indonésia, Vietnã, Malásia, Cingapura, Tailândia, Camboja, Birmânia e Brunei) estão sendo fracas neste início de 2023. 

A produção global de leite é resiliente e nos últimos doze meses, houve uma sequência de dez meses que registraram aumento interanual de produção, o que refletiu sobre as cotações das commodities lácteas industrializadas. Até maio, as exportações de produtos lácteos, em dólares, totalizaram US$ 561 milhões, o que representa queda de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior. Houve declínio em uma ampla gama de commodities, incluindo leite em pó desnatado (SMP), soro de leite (whey) e queijo. Isso ocorre quando os preços do SMP e Whey estão 37% e 52% menores, respectivamente, em relação ao pico de fevereiro de 2022.

À medida que o mundo entra em um período de suspensão dos bloqueios decorrentes da Covid, os governos agora estão sendo pressionados a fazer ajustes fiscais para combater a alta inflação dos alimentos, que atingiram recordes em muitos países da região, o que normalmente é feito com o aumento das taxas de juros. Nas Filipinas, por exemplo, a inflação chegou a 11% , impulsionada pelo custo da alimentação. Esse crescimento da inflação faz com que os consumidores reduzam as despesas discricionárias (categoria na qual estão incluídos os produtos lácteos que não fazem parte das dietas tradicionais). E o baixo gasto com compras discricionárias impactam tanto nas compras dos serviços de alimentação (restaurantes e food service) como no varejo. O crescimento das vendas para o Sudeste Asiático foi um fator importante para que as exportações dos Estados Unidos da América (EUA) saltassem de US$ 1 bilhão em 2003 para US$ 9,5 bilhões em 2022, e a região passou a ser o terceiro maior mercado regional para os lácteos estadunidenses em 2022, com compras que totalizaram US$ 1,7 bilhão.

Mas a Oceania e Europa, que se beneficiam de uma infraestrutura logística comercial considerável e acordos de livre comércio, representam uma forte e contínua concorrência, limitando a participação dos EUA no mercado mundial. O recente Acordo Econômico Indo-Pacífico para a Prosperidade (IPEF) tem o potencial de propiciar ganhos similares para o setor agrícola dos EUA na Ásia e Pacífico.

Produção de leite

Argentina – A produção de leite na Argentina deverá cair 3% em relação ao ano anterior, uma vez que a severa seca resultou em forragens pobres, caras e feno de baixa qualidade. Além disso, a desvalorização do peso continua impactando na produção de leite. Historicamente, a forte depreciação do peso corresponde ao declínio da produção de leite porque a maioria dos insumos, principalmente concentrados, têm os preços dolarizados e definidos pelo mercado mundial. Do outro lado, o preço do leite, que tem 80% de sua produção destinada ao mercado doméstico, demora meses para atingir o mesmo nível das cotações internacionais, o que comprime as margens dos produtores no curto prazo.     

Austrália – A produção de leite na Austrália está sendo prevista em 8,2 milhões de toneladas em 2023. Chuvas extremas de primavera resultaram em escassez de suprimento de feno e aumento do preço da carne bovina, o que constitui um incentivo ao abate de animais leiteiros. A expectativa é de que o rebanho leiteiro caia 0,7% em relação ao ano anterior. Além disso, o setor enfrenta escassez de mão de obra em decorrência das restrições sanitárias relacionadas à pandemia de Covid para a entrada de estrangeiros no país, uma histórica fonte de trabalhadores para o setor rural. Com menos funcionários, os produtores fazem adaptações que naturalmente reduzem a produção de leite, incluindo menos ordenhas, de 3 para 2 vezes ao dia, ou até mesmo dez ordenhas por semana. Resultando na queda da produtividade animal que pode chegar a -2,3%. Em compensação, a renda pode ser sustentada em decorrência de outros efeitos, incluindo o aumento do preço do leite ao produtor, maior disponibilidade de água de qualidade e alimentação para os animais.

União Europeia – A produção está sendo prevista para ficar praticamente inalterada, ou seja, 144 milhões de toneladas. A produção de leite cresceu nos primeiros 5 meses do ano na comparação interanual, graças ao aumento da produtividade animal, apesar do declínio no número de cabeças de vacas. No entretanto, a introdução de novas políticas ambientais e bem-estar animal em muitos países membros da União Europeia (UE) contribuíram para a redução do tamanho dos rebanhos e foram esgotados os recursos para aumento da produtividade animal que ajudou na manutenção do volume de leite produzido até agora.

Em particular, o número de cabeças de vaca deverá ter um declínio acentuado na Holanda, país que limitou o uso de nitrogênio nas pastagens e proibiu os agricultores de utilizarem o adubo do gado como fertilizante. A nova regulamentação deixou os produtores em um dilema: ou investem muito para adotar novos processos de produção ou mudam para a pecuária de corte. O declínio do preço do leite ao produtor e o aumento do custo de produção – alimentação, energia e trabalho – vem acelerando o abandono da atividade leiteira. As margens estreitas levaram ao fechamento de fazendas de leite de pequeno e médio porte na Espanha, França, Alemanha e Polônia, e a expectativa é de que isso continuará pesando na produção de leite de longo prazo.

Nova Zelândia – A produção de leite na Nova Zelândia está prevista para ser de 21,5 milhões de toneladas, 2% a mais em relação a 2022. A grande umidade de dezembro e janeiro favoreceram o crescimento das pastagens no verão em bacias leiteiras importantes da Ilha Norte. Como resultado, a produção de leite nos cinco primeiros meses do ano foi 3% superior em comparação com 2022. A perspectiva para setembro é promissora, pois existe a previsão de chuvas na média ou ligeiramente acima da média nas regiões leiteiras das Ilhas Norte e Sul.

Algumas fazendas leiteiras estão tendo um grande impacto em decorrência da proibição de exportar animais vivos a partir de 30 de abril. O comércio de gado vivo era uma importante fonte de renda para muitas fazendas. Os dados indicam que foram enviados para a China, de abril de 2021 a abril de 2023, 280.000 bovinos vivos. Estudos estimam que o mercado ficará com 150.000 bezerros a mais no ano, como resultado da proibição. (Fonte: USDA – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Leite/Europa

Permanece o declínio semanal da produção de leite na Europa, dentro dos padrões sazonais. Analistas avaliam que o tempo teve um grande impacto na produção de leite do bloco. 

Em partes do norte da Europa, temperaturas amenas e chuvas promoveram o crescimento das pastagens, e algumas bacias leiteiras registraram crescimento da produção na comparação interanual. No entanto, as condições secas e o calor exercem o efeito contrário no sul do continente. As temperaturas recordes de julho diminuíram o conforto das vacas e prejudicaram a produção de leite. Algumas previsões do tempo indicam que as mesmas condições serão mantidas no mês de agosto. 

Fontes da indústria sugerem que está havendo uma deterioração das condições econômicas nos mercados lácteos ao longo de 2023. O preço do leite ao produtor cai, e as quedas dos custos de alimentação e energia não ocorrem na mesma proporção. Embora haja crescimento das taxas de abate de vacas leite, observadores dizem que o número de novilhas de reposição está recompondo rapidamente a produção. Para os processadores, o mercado não está muito promissor. Apesar do preço ao produtor ter caindo consistentemente desde o pico de dezembro de 2022, muitas indústrias precisaram vender commodities lácteas elaboradas com matéria prima cara, a preços menores. De outro lado, enquanto a captação de leite cresce na primeira metade do ano, a pressão inflacionária enfraquece a economia, a demanda por lácteos e o interesse por commodities lácteas.

Sem aumento da demanda, a expectativa dos processadores é de que o mercado de lácteos permaneça sob pressão em todo o segundo semestre do ano, em decorrência da inflação, elevadas taxas de juros, e menor poder de compra dos consumidores.

Na Europa Oriental a produção de leite continua forte em comparação com o ano anterior. Países como Polônia, República Tcheca e Romênia tiveram crescimento nos primeiros cinco meses do ano. Mesmo com a guerra, a produção de leite da Ucrânia de 2023 está equivalente à de 2022. A suspensão do acordo para transporte de grãos através do Mar Negro é um complicador a mais no abastecimento de insumos para alimentação animal. A Ucrânia pediu aos líderes da União Europeia (UE) que suspendam as restrições impostas pela Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Eslováquia de não venderem grãos e outros produtos agrícolas ucranianos nos mercados domésticos. A proibição termina em 15 de setembro, mas vários países já sinalizaram que irão prorrogar as medidas, mesmo que a UE não concorde. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 


Jogo Rápido

Consulta Pública: aditivos alimentares
Publicada ontem (07/08), a Consulta Pública 1.189/2023, para envio de comentários e sugestões ao texto da proposta de Instrução Normativa que altera a IN 211/2023, que estabelece as funções tecnológicas, os limites máximos e as condições de uso para os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em alimentos. O prazo para as contribuições é de 14/08/2023 a 13/10/2023. A proposta de ato normativo estará disponível na íntegra no portal da Anvisa na internet e as sugestões deverão ser enviadas eletronicamente por meio do preenchimento de formulário eletrônico específico. Acesse a CP na íntegra clicando aqui. (Fonte: FoodDesignGroup)


 
 

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Porto Alegre, 07 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.960


Uso de aplicativo auxilia no manejo do plantio

A plataforma Smart Coop, que conecta 65 estações meteorológicas, a maior rede de monitoramento do Rio Grande do Sul, permite a Vagner Rannow, agricultor de Ibirubá, tomar decisões antecipadas aos caprichos do clima

As cooperativas agropecuárias gaúchas contam com a maior rede privada de estações meteorológicas do Rio Grande do Sul. São mais 65 estações conectadas e plugadas no Smart Coop, com boletins disponíveis na palma da mão de pessoas como Vagner Gabriel Rannow, 29 anos, associado da Cotribá e produtor rural em Ibirubá. É na plataforma Smart Coop que o jovem acessa recomendações da Rede Técnica Cooperativa (RTC). “Tem ajudado bastante, principalmente porque dá para olhar a previsão do tempo e tomar os cuidados para as aplicações. É difícil dar zebra”, diz Vagner, que cultiva 40 hectares na localidade de Linha 3, com foco na produção de leite, junto aos pais, Lauri e Leni, a esposa, Gabriela, 24 anos, grávida de sete meses, e o filho, Victor, de quatro anos.

São 38 vacas em lactação, que produzem de 25 mil a 30 mil litros mensalmente. Vagner seguiu os passos do pai e está associado à Cotribá desde os 18 anos de idade. Recebendo assistência técnica da cooperativa, o produtor utiliza o Smart Coop também para gerir atividades de manejo dos plantios de trigo grão e silagem e pastagem de azevém. E conta com apoio do agrônomo Adriano Scholze Tramontini, consultor técnico da Cotribá há dois anos. No seu dia a dia, Tramontini busca ajudar o associado menos afeito a tecnologias a se familiarizar com o aplicativo.

“É fantástica, uma baita plataforma, mas alguns produtores ainda não o utilizam em sua totalidade, não por problema de conectividade, mas por uma questão cultural”, analisa. O agrônomo diz que uma alternativa em alguns casos é envolver um filho ou neto do produtor que tenha mais prática com tecnologia para auxiliar. “O aplicativo não é tão simples, porque não deve ser simples, mas tende a engrenar”, acredita. Se a dificuldade atrapalha, por outro lado os associados acreditam nas informações técnicas. “Esse é um dos diferenciais das cooperativas”, afirma Tramontini.

Na coordenação da área técnica da Cotribá, uma organização com 9,3 mil associados e R$ 4 bilhões de faturamento, o agrônomo Fernando Müller percebe que existe chance para a melhoria na gestão das propriedades rurais. “A plataforma Smart Coop traz essa oportunidade de o produtor ter mais controle dos investimentos que faz, seja na pecuária de corte e leite e na parte agrícola que envolve grãos”, analisa.

À frente de 85 consultores técnicos da Cotribá distribuídos pelo Estado, Müller fala da preocupação de levar informação atualizada ao meio rural. “As tecnologias mudam muito rápido, e a RTC vem a ser uma grande parceira da Cotribá, junto também com a Embrapa”, destaca.

A atuação da cooperativa levou a RTC a trabalhar fora da região de Cruz Alta, realizando estudos em Arroio Grande e Jaguarão, por exemplo, onde a incidência do caruru (planta daninha) gerou preocupações a associados da Cotribá. “Temos situações diferentes em matéria de clima, solo, doenças, pragas, plantas daninhas, sistema de controle de pragas, que requerem atenção de pesquisa para sermos mais assertivos com a recomendação”, avalia. Müller sabe que a disponibilidade e aplicação de informações técnicas é primordial para a produtividade. “Se formos falar em média, tranquilamente posso falar que o programa em si nos ajuda tranquilamente em 10% de ganhos”, estima.

Para replicar as pesquisas da RTC e avançar nos próprios experimentos, a Cotribá está planejando a implantação de uma área experimental, que deve estar pronta para entrar em operação na próxima safra de verão, mas que contemplará todo o ano agrícola, com culturas de inverno. Será nesta área de sete hectares que a cooperativa pretende construir estações de conhecimento com as mais modernas tecnologias do mercado. “Queremos construir isso junto com a RTC e a Embrapa para trazer muita informação para o produtor”, destaca Müller. (Correio do Povo)


Leite/América do Sul

As temperaturas de inverno nas principais regiões produtoras de leite da América do Sul estão acima das médias sazonais, mas amenas de um modo geral. 

Contatos no Uruguai mudaram as expectativas em relação à produção. Eles dizem que temperaturas mais altas durante o dia e noites mais frias são benéficas para o conforto animal. Relatórios indicam que a produção de leite da Argentina se mantém abaixo das expectativas, já que os produtores sofrem ainda com os efeitos da seca, que reduziram a disponibilidade de volumosos e grãos. 

Os preços do leite na região ficaram estáveis e a expectativa de produção de leite no Brasil permanece inalterada, ou seja, ligeiramente otimista, apesar das variações regionais. A produção chilena de leite e colombiana continua oscilando de acordo com o clima frio e/ou outros eventos logísticos adversos, conforme relatórios setoriais.

Embora tenha havido aumento da produção de leite no Brasil, os importadores continuam importando commodities lácteas dos vizinhos. O mercado internacional pressiona os preços das commodities lácteas na região. Os interesses da Argélia continuam intactos. A demanda do Sudeste Asiático está fraca, de acordo com contatos da região. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Recuperação do Índice FAO dos alimentos em julho de 2023

Índices FAO – A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou hoje os preços mundiais dos alimentos. 

Eles registraram alta em julho, em decorrência da extinção do acordo de transporte de grãos pelo Mar Negro e de novas restrições comerciais sobre o arroz.

O recuo dos preços internacionais do milho e do açúcar contrabalançaram, em parte, a importante alta registrada nas cotações do trigo e de óleos vegetais. 

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos cedeu 0,4% em julho e ficou estável em um valor inferior a 20,6% em relação ao índice de julho de 2022. Depois de uma queda brutal, os preços internacionais do queijo sofreram ligeira alta diante dos impactos do tempo quente e consequente declínio sazonal da oferta de leite na Europa.

O índice FAO dos Preços dos lácteos obteve a média de 116,3 pontos em julho, 0,5 pontos menos em relação a junho, registrando o sétimo mês consecutivo de queda. Ficou 30,2 pontos abaixo do valor registrado no mesmo mês do ano passado. O declínio em julho foi puxado pelas baixas cotações do leite em pó desnatado (SMP) e da manteiga, mantidas pelos subsídios da Europa durante as férias de verão. Também as incertezas em relação aos preços futuros estão mantendo um baixo interesse da demanda importadora nos próximos meses. Do outro lado, os preços do leite em pó integral (WMP) tiveram ligeira recuperação, impactados pelas taxas de câmbio, apesar do aumento da produção sazonal na Nova Zelândia. Após cinco meses de quedas acentuadas, as cotações mundiais de queijo tiveram ligeira recuperação, como reflexo do fortalecimento das vendas para o segmento de serviços de alimentos, além do declínio sazonal da oferta de leite na Europa.  


Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Secretaria da Agricultura segue ampliando o número de estações meteorológicas
O projeto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) de ampliação da rede de estações automáticas para o monitoramento agroclimático e desenvolvimento de produtos específicos para o setor agropecuário do Rio Grande do Sul segue ativo. Na semana passada, foram instaladas mais três estações meteorológicas: em Uruguaiana, Alegrete e São Francisco de Assis, totalizando 58. As últimas 28 foram com recursos do Programa Avançar. “A ideia é aumentar cada vez mais o número de estações até o fim do ano, entre 25 e 30. E, no início de 2024, concluir esse trabalho, totalizando 100, com as já existentes”, explica o meteorologista e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Seapi, Flavio Varone. Ele conta que, a partir de setembro, com a parceria do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS,serão instaladas mais duas em áreas com plantios. Conforme Varone, para o Simagro, que gera índices agroclimáticos, isso é “extremamente importante, porque vamos conseguir fazer os índices com os dados efetivos do local”. O projeto Simagro-RS visa estabelecer uma relação de proximidade com o setor agropecuário do Rio Grande do Sul, onde a Seapi fornece a estação, e o produtor entra com uma estrutura para fixação do equipamento e internet para envio dos dados coletados. O produtor/parceiro acessa os dados da sua propriedade num aplicativo gratuito, e as informações de todas as estações são disponibilizadas no site simagro.rs.gov.br. Saiba mais sobre o Simagro-RS: https://www.agricultura.rs.gov.br/simagro-rs (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 04 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.959


2º dia de Interleite Brasil 2023. Confira o que aconteceu 

O terceiro painel do evento com o tema “Agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar”, teve a primeira apresentação com Eduardo Martins, diretor no Grupo Associado de Agricultura Sustentável/GAAS, que iniciou os trabalhos falando sobre o status atual, resultados e perspectivas para a agricultura regenerativa. 

“É interessante o quanto a interação agricultura e agricultor, devidamente orientada e fundamentada tanto na parte empírica, quanto científica, é capaz de acelerar e fazer com que novas práticas sejam adotadas”, disse Eduardo,  “entendemos que o conhecimento é uma fonte de abundância, onde compartilhar é melhor que competir”. Ao final, Eduardo reforça a oportunidade para o setor leiteiro. “A agricultura regenerativa vai crescer exponencialmente ( …) eu acredito que para o leite essa é uma oportunidade extraordinária.”

Na mesma pegada ambiental, o produtor de leite na Fazenda Santa Luzia em Passos/MG, Maurício Silveira Coelho, trouxe um pouco do que é aplicado e realizado em sua fazenda como estratégias ambientais. Ele conta que instalou uma estação de tratamento de água e que toda água consumida pelos animais e usada nas limpezas passam por essa estação.  Além disso, destacou que todos os dejetos são coletados e tratados. Em uma de suas falas, o produtor menciona “O nosso grande desafio é como nós vamos responder à crescente demanda mundial por mais alimentos, atento aos anseios do consumidor moderno e observando  as regras valorizadas pelo mercado.”  

Continuando a maratona de conhecimento, Verônica Lopes - Gerente de Sustentabilidade e soluções de negócios da DSM e Marcelo Machado - Gerente Técnico de Leite da DSM trouxeram a temática “A fazenda do futuro começa agora”. Marcelo relata os pilares da fazenda do futuro. “A fazenda do futuro vai possuir três grandes pilares. Ela vai precisar ser eficiente, rentável e tem que ser integrada”. O gerente ainda afirmou a necessidade de gestão. “As fazendas precisam de uma gestão melhor, precisa e mais rápida, além da produtividade”. Em continuação ao tema, Verônica aborda sobre sustentabilidade e dentro deste conceito ela traz a questão da redução dos gases de efeito estufa (GEE). A gerente aponta que a preocupação com os GEE é “um movimento global” e que a produção leiteira como as demais atividades econômicas tem a sua parcela. 

A próxima palestra pôde complementar de forma muito apropriada o terceiro painel do Interleite Brasil 2023. Bruna Jardim, Analista de Biometano na empresa Abiogás palestrou sobre “Geração e uso do biogás e do biometano na propriedade leiteira para pequenos e grandes produtores" e destacou o potencial “O biogás tem um potencial gigantesco e esse setor em desenvolvimento está crescendo como uma fonte renovável e aliada com a pegada negativa de carbono”, relatou Bruna.  Dando continuidade ao painel, Marcello Brito, Coordenador da Academia do Agro na FDC-Fundação Dom Cabra, falou sobre a estratégia ambiental na produção de alimentos: oportunidade e necessidade. 

Marcello inicia com o questionamento “quando foi que perdemos a urgência do presente e a prudência do futuro?” e responde no decorrer de sua palestra que o Brasil ainda vive no passado e que está ficando para trás no mercado de carbono. O coordenador falou também do cenário exportação do Brasil, um grande país exportador e tem acesso a vários países, mas com pouca diversificação de produtos exportados, como o carbono. Marcello esclarece que “aportar o potencial econômico que nós temos na nossa produção de alimentos é o que nos dará acesso privilegiado a mercados que hoje ainda não temos.”

E para finalizar a manhã do segundo dia de evento, Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager da Nestlé, trouxe o tema “Agricultura Regenerativa: transformando o sistema solo, planta e animal em rentabilidade” Barbara inicia argumentando a importância da produção sustentável. “Não dá para falar da produção de leite sustentável sem pensar em rentabilidade” e que produtores são agentes de transformação e precisam estar no centro do planejamento. “Quando falamos de agricultura regenerativa, falamos de constância e que os benefícios são colhidos ao longo dos anos, sendo notado logo no primeiro ano”, finalizou.

O SINDILAT/RS foi parceiro do evento e ofereceu descontos aos seus associados na inscrição. 

As informações são do Milkpoint, adaptadas pelo SINDILAT/RS


A próxima semana vai apresentar variações de chuva e temperatura no RS

É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico Nº 31/2023 – Seapi. 

Entre a sexta (04) e domingo (06), o tempo firme, com temperaturas elevadas vai predominar na maior parte do Estado, somente na Zona Sul poderão ocorrer chuviscos e garoas isoladas. 

Na segunda (07), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na terça (08) e quarta-feira (09), a nebulosidade seguirá predominando e deverão ocorrer pancadas de chuva na maioria das regiões, e o ingresso de ar frio provocará o declínio das temperaturas em todo Estado. 

Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das áreas do RS. Na Zona  Sul, Litoral Norte, Região Metropolitana e Serra do Nordeste os totais deverão variar entre 35 e 50 mm. 

O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, aveia branca, canola, cevada, apicultura, além das pastagens para bovinos de corte, rebanho leiteiro e rebanho ovino. Veja o boletim completo em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapi)

 

Informativo Conjuntural Emater/RS-Ascar - nº 1774 – 3 ago. 2023 - BOVINOCULTURA DE LEITE

As regiões apresentam boa oferta de forragens cultivadas, embora o acesso a estas possa estar limitado em áreas onde há excesso de umidade. A maioria dos produtores segue suplementando as matrizes em lactação. A produção de leite se mantém estável.

Na região administrativa de Emater/RS-Ascar de Bagé, as forragens cultivadas  apresentam excelente qualidade e volume suficiente, porém ainda há limitação de acesso nos  locais onde o solo está encharcado. Por isso, muitos produtores estão intensificando a alimentação no cocho com silagem, feno e ração. 

Em Bagé, os produtores redobraram os  cuidados de higiene da ordenha devido ao risco de contaminação do leite e de mastites. 

Na de Caxias do Sul, grande parte das propriedades dedicadas à produção de leite optou por utilizar a silagem de milho. Os dias de chuva demandaram cuidados adicionais em razão da formação de barro em corredores, piquetes e salas de ordenha. 

Na de Erechim, os rebanhos apresentam boas condições sanitárias e elevado nível de bem-estar. A redução das chuvas e a sequência de dias ensolarados facilitaram o manejo das matrizes e das pastagens. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está aumentando em função da boa oferta de alimentos e das condições de bem-estar dos animais. 
Na de Ijuí, a produção se manteve estável. Os produtores estão reduzindo o fornecimento de concentrados para diminuir custos, aproveitando a boa oferta de forragem verde. 

Na de Passo Fundo, as condições sanitárias dos rebanhos são boas em relação ao ganho de peso e à recuperação do escore corporal, porém a alimentação das matrizes leiteiras ainda está sendo suplementada para manter os níveis de produção.

Na de Pelotas, houve aumento do número de vacas em lactação, resultando em maior produção de leite.
 
Na de Santa Rosa, as temperaturas amenas garantiram o conforto térmico dos animais. O aumento da qualidade das pastagens de inverno está impulsionando a produtividade de leite, além de aumentar os teores de gordura e proteína do produto. 

Na de Soledade, as condições do tempo estão favoráveis, o que tem impulsionado a média de produtividade leiteira. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Programa Rio Grande Record - entrevista Darlan Palharini
Produtores de leite gaúchos protestam contra a importação do produto de países que fazem parte do Mercosul. Liderados pela federação dos trabalhadores da agricultura eles bloquearam o acesso à aduana, por onde passam as cargas que vêm de outros países. Confira clicando aqui. (Record TV RS)


 
 

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Porto Alegre, 03 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.958


Governo comprará leite em pó para equilibrar oferta nacional

Setor enfrenta uma crise com a concorrência de produtos lácteos importados do Uruguai e da Argentina

O governo federal deverá anunciar, na próxima semana, a compra de leite em pó pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como forma de ajudar o setor da pecuária leiteira nacional, que enfrenta uma crise com a concorrência de produtos lácteos importados do Uruguai e da Argentina, disseram duas fontes.

Apesar da queda nos preços pagos aos produtores brasileiros, o índice não está abaixo do preço mínimo estipulado pela Conab e por isso o governo deverá aplicar a modalidade de Compra com Doação Simultânea.As áreas do governo federal envolvidas no tema ainda discutem os detalhes da medida em Brasília, mas há demanda para aplicação de R$ 100 milhões para a aquisição do leite, de acordo com uma fonte. O valor, no entanto, ainda não está definido. O anúncio deverá ocorrer na próxima terça-feira (08/08).

O leite deverá ser doado em cestas básicas e também destinado ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). "O presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] determinou que o leite e seus derivados sejam incluídos no PNAE. Vai criar uma demanda enorme por produtos de leite e isso deve equilibrar os preços ao produtor brasileiro", disse uma das fontes.

O preço mínimo do leite no Sudeste e no Sul do país está em R$ 1,88 por litro. No Centro-Oeste, com exceção de Mato Grosso, o preço é de R$ 1,87 por litro. No Norte e em Mato Grosso, o valor é de R$ 1,38 por litro. Já no Nordeste, o índice é de R$ 2,17 por litro.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) , o preço médio no Rio Grande do Sul, Estado em que os produtores têm protestado contra as importações, ficou em R$ 2,35 por litro em junho deste ano. No Brasil, a média de preços pagos aos pecuaristas foi de R$ 2,55 por litro naquele mês.

O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou, na reunião de julho, uma resolução que retira a desoneração para a importação de alguns derivados de leite, como whey protein, aprovada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Produtos como lactalbumina, incluindo os concentrados de duas ou mais proteínas de soro de leite, terão a tarifa de importação majorada de 4% para 11,2%. Outros complementos alimentares saem de 0% para 12,8%.

"Mas o impacto é pequeno. O grande impacto, para equilíbrio dos preços os produtores, será com a compra de leite pelo governo", disse uma fonte. (Globo Rural / Valor Econômico)


Interleite Brasil 2023 aborda os principais desafios da cadeia leiteira atual

Em sua 21ª edição, o Interleite Brasil 2023, realizado pelo MilkPoint, da MilkPoint Ventures, com os apoios do Sistema FAEG/Senar, Sebrae Goiás e demais parceiros, teve início ontem (02/08), em Goiânia, no Centro de Convenções de Goiânia.  

Além de Marcelo Carvalho – CEO da MilkPoint Ventures, a mesa de abertura contou com a presença de Antônio Carlos de Souza Lima Neto – Superintendente do Sebrae Goiás, Dirceu Borges - Superintendente do Senar Goiás, Jair José Antônio Borges - Presidente do Sindileite Goiás, Geraldo Borges – Presidente da Abraleite, Luís Alberto Pereira - Presidente do Sistema OCB/GO e com o Governador do Estado de Goiás – Ronaldo Caiado. 

Além das autoridades presentes no evento, mais de 1300 pessoas estiveram presencialmente prestigiando o primeiro dia de Interleite Brasil 2023, além de 100 na modalidade online, entre eles, os principais representantes do setor como técnicos, consultores, produtores, empresas de insumos, entidades e estudantes.

O primeiro painel do Interleite Brasil trouxe à tona a pauta melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira. Como ponto de partida, Valter Galan, diretor técnico e de novos negócios no MilkPoint Ventures, abriu o evento com a palestra "Porque é importante olharmos para o ambiente de negócios no leite?". 

“A gente vê a nossa produção há praticamente dez anos praticamente estagnada. Atualmente, vendemos volumes iguais a 2010, 2009". Valter ressaltou que atualmente há uma grande saída de produtores da atividade e que mesmo com o crescimento dos grandes produtores, eles não conseguem suprir o volume dos que estão caindo em produtividade. Ele ainda pontua que não estamos ganhando competitividade no mercado internacional, e continuamos importadores. 

Para facilitar o percurso da cadeia, algumas iniciativas vão na direção de uma maior transparência quanto ao fluxo de informações, como abordado na palestra “Duas experiências diferentes para maior transparência no mercado: câmara de conciliação do leite em Goiás e Conseleite: aprendizados e evolução”.

Paulo Scalco, Professor e Pesquisador na Universidade Federal de Goiás acredita que  “o grande ganho da cadeia foi o aumento da transparência da relação entre produtor e indústria”. Os boletins mensais disseminam a informação de forma pública e como é baseado numa cesta de produtos lácteos, mostra o resultado da indústria no mercado atacadista. Paulo menciona que a volatilidade dos preços aumentou significativamente nos últimos anos e “o principal desafio - para a cadeia leiteira - é a previsibilidade” dos preços a serem pagos.

Vânia Di Addario Guimarães, Professora da Universidade Federal do Paraná, complementou a palestra falando sobre a criação do Conseleite. “A ideia surgiu da crise do relacionamento do produtor e indústria, mas criou um modelo”. A professora reforça que o principal objetivo é gerar valores de referência para a livre negociação entre produtores e indústria. Além disso, destacou que a criação desses valores é decidido entre os representantes e que há paridade de representação entre produtores e indústria.

Vânia ainda destacou a diferenciação entre preço e valor de referência. “Valor de referência não é preço”, é apenas uma previsão do valor que pode ser pago", relata a professora. 

No mesmo âmbito de preços e rentabilidade, Glauco Carvalho da Embrapa Gado de Leite, teve como tema de sua palestra “Instrumentos de mercado para proteção da renda podem fazer sentido no leite?”. 

Glauco explica que a ideia da gestão de risco é reduzir eventos extremos tanto de alta quanto de baixa e que isso pode ajudar na proteção de renda. No entanto, “ter mecanismos de gestão de risco ajuda muito, mas não resolve todos os problemas, muitas coisas estão relacionadas à produção, ao mercado, a sua estratégia e a sua eficiência”, pontua.

As ferramentas de gestão ajudam a diminuir as questões dos extremos e que “antes de mais nada é preciso buscar a eficiência e entender a situação da sua fazenda”. Quanto mais dados e estatísticas levantadas em toda a cadeia leiteira, mais investimentos é possível atrair para o setor. Uma das ferramentas que podem ser usadas para gestão é o controle de custos da nutrição e para isso, é preciso conhecer a quantidade de ingredientes a serem utilizados na produção da alimentação do rebanho.

O Professor da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG Milton Luiz Moreira Lima, para complementar trouxe a temática “Os novos desafios da nutrição proteica usando o NASEM 2021 para simulação de rações”. 

Milton relata a necessidade de entender os novos conceitos e novos números da nutrição proteica. Ele ainda pontua que o foco do novo NRC é a proteína do leite e que é importante tentar combinar os ingredientes uma vez que, “uma combinação infinita de aminoácidos pode levar a possibilidades infinitas de proteína do leite.”

Em continuidade a sessão de palestras, Timotheo Silveira, Superintendente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa trouxe o tema  “Crescendo no leite em terras altamente valorizadas: fatores para o sucesso dos Campos Gerais do Paraná trouxe a história da raça holandesa no Brasil”. 

Timotheo  destacou a evolução do melhoramento genético. “O melhoramento genético impacta muito mais nos últimos anos do que as melhorias em nutrição, manejo e ambiência dos animais.” O superintendente relata que todo sucesso foi construído ao longo dos anos, foi pensando em melhoramento genético, nutrição, tecnologia e que foi “construído focado na rentabilidade e nas futuras gerações”. Ao final, ele deixa sugestão para que se registre, controle e classifique os animais do rebanho.

Para finalizar o painel, Karolline Fernandes, Gerente do Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas – Goiás apresentou a palestra “Diversificação e qualidade: caminhos para impulsionar o mercado lácteo brasileiro.”

O alto desperdício mundial, incluindo os lácteos, mostrou que um dos caminhos para impulsionar o mercado é inovar, ressaltando que “inovação vem para resolver problemas”. A gerente cita como exemplo, o soro do leite, que há algumas décadas não tinha uma aplicação, com alto índice de descarte e agora tem seu uso difundido na indústria. Para encerrar, Karolline deixa claro que é preciso entender o mercado, o consumidor e o contexto pode ajudar uma empresa a se diversificar. 

No debate final, com a presença de todos os palestrantes do painel e o moderador Marcelo Pereira de Carvalho - CEO da MilkPoint Ventures, a professora Vânia deixa um ponto de reflexão sobre o preço do leite: “Todo mundo fala em preço! Mas não basta só o preço, tem que ver a rentabilidade. O preço pode ser bom para um e péssimo para outro, dependendo do custo de produção. Você tem que saber que preço é bom para o seu sistema.”  (Milkpoint)

Copom define corte na Selic e taxa cai a 13,25%

Redução de ontem foi a primeira desde 2020. Em comunicado, comitê prevê novos recuos para as próximas reuniões

A taxa básica de juros da economia brasileira baixou para R$ 13,25% ao ano. A decisão foi tomada ontem após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O corte de meio ponto percentual foi o primeiro desde agosto de 2020. A definição de ontem deverá representar o início de um ciclo de queda, segundo analistas. Para a reunião de setembro é esperada nova baixa de meio ponto, assim como para os encontros de novembro e dezembro, movimento que levaria a Selic a 12% no início de 2024. 

O encontro de ontem foi o primeiro com a presença de Gabriel Galípolo, novo diretor de Política Monetária do BC indicado pelo presidente Lula. Ele participou da reunião ao lado do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que vinha sendo criticado por causa do nível elevado do juro. Com a desaceleração da inflação, o governo federal e setores da economia têm pressionado o BC por redução.

“O corte sinaliza que estamos na direção certa. Um avanço no sentido do crescimento econômico sustentável para todos”, afirmou logo depois da reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conforme nota do Banco Central, “votaram por redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Roberto Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso. Votaram por uma redução de 0,25 ponto Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes”. A instituição
ainda destacou no comunicado: “Os membros do Comitê, unanimemente, antevêem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

“O corte e as esperadas reduções no futuro devem aquecer o mercado de crédito, embora os impactos não sejam imediatos”, ponderou Irio Piva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre. “Desde a última reunião do Copom o cenário econômico brasileiro avançou. Isso só foi possível devido à continuidade do processo de desinflação e fatores que impulsionaram a queda das expectativas de inflação, como manutenção das suas metas e aprovação da reforma tributária na Câmara”, disse Gilberto Petry, presidente da Fiergs, ao enfatizar que a decisão se justifica. Segundo destacou em nota a Fecomércio-RS, a definição é bem recebida. Ainda que muitos acreditassem em posição mais cautelosa, a queda de meio ponto sinalizou confiança. Iniciada em março de 2021, a escalada da Selic até o maior patamar teve o objetivo de conter o avanço da inflação. Doze altas seguidas resultaram na elevação dos juros básicos de 2% para 13,75% ao ano, nível atingido em agosto de 2022 e mantido até então.

Mesmo com primeira redução na Selic, o Brasil permanece no posto de campeão do mundo de juros reais, descontada a inflação (7,54%), conforme levantamento do site MoneyYou com 40 economias. A taxa real brasileira está acima do México (6,64%) e da Colômbia (6,15%), na sequência na lista. A média das 40 economias é de 0,84%. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

EXPOINTER: Site abre venda de ingressos
Começou ontem a venda de ingressos para a 46ª Expointer. A compra é realizada no site ingressonacional.com.br/46expointer. De acordo com a Secretaria da Agricultura (Seapi), o comprador deve efetuar login na plataforma e informar nome completo e CPF de quem utilizará cada entrada. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito, boleto bancário ou pix. A venda também ocorrerá na bilheteria física durante a exposição. Os ingressos custam R$ 16 para pedestre, com meia-entrada (R$ 8) para idosos, estudantes e pessoas com deficiência. Crianças de até 6 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, não pagam. O estacionamento custa R$ 40 e não inclui a entrada do motorista e dos demais passageiros. (Correio do Povo)