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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.390


Empresa vai investir € 40 milhões em iogurtes

A principal aposta da Lactalis para dobrar seu faturamento até 2030 está na agregação de valor aos cerca de 2,7 bilhões de litros de leite captados por ano,reduzindo a participação de itens considerados commodities, como o leite UHT e o leite em pó. 

“Dentro do nosso portfólio existe uma parte de commodities muito grande,mas também possuímos produtos de valor agregado como iogurtes e queijos”, afirma o presidente da Lactalis nas Américas,Patrick Sauvageot. 

Segundo o executivo, hoje o consumo per capita de queijo e iogurte está entre cinco e seis quilos por habitante ao ano no Brasil, mas há potencial para dobrar essa demanda. De olho nisso,a empresa investirá €40 milhões para expandir sua produção de iogurtes em Araras (SP),operação adquirida da DPA Brasil. 

O valor está incluído nos R$2,7 bilhões aplicados desde que a empresa chegou ao país. O plano é aumentar em quase 50%a capacidade de produção da fábrica e triplicar a iogurtes naturais, compostos por apenas dois ingredientes: leite e fermento. Com isso,a ideia é atender a um nicho de mercado que também tem ganhado espaço no país: o clean label (ou “rótulo limpo”, na tradução em português, já que o produto não possui conservantes em sua formulação).“É uma categoria que tem crescido bastante, mas que exige um investimento pesado, pois o processo de produção precisa ser muito limpo”, observa o CEO da Lactalis no Brasil, Roosevelt Júnior. 

A Estratégia inclui ainda lançamento de sobremesas lácteas prontas,que se enquadram na categoria de iogurtes,mas com crescimento acima da média,de 14,3%. Por outro lado, a participação total desse segmento no mercado brasileiro é de 3% comparado a 20%na Europa, sinalizando potencial de aumento da demanda nos próximos anos, segundo o CEO da operação brasileira. De acordo com dados da Nielsen apresentados pela Lactalis ao Valor, o mercado brasileiro de iogurtes registrou seu primeiro crescimento em seis anos em 2024, com avanço de 8,6%em volume e de 16,3% em faturamento.

O resultado reflete o desempenho da própria companhia, que tem 40% desse mercado em volume e 46%em faturamento e registrou o dobro de crescimento no mesmo período. Já em relação às vendas de leite UHT e leite em pó,o'Brasil registrou queda de 0,7%e 14%em volume,respectivamente em 2024, mas com aumento do faturamento —o que pode ser lido como um efeito direto da inflação do período, segundo avaliação de Roosevelt Júnior. 

“O iogurte,pela inovação, pela novidade que conseguimos trazer em categorias relevantes, conseguimos fazer a categoria crescer. Mas para produtos básicos,onde está concentrado mais de 50% do consumo do leite,já começamos a ver a inflação portando e pressionando o tamanho da categoria”, conclui. (Valor Econômico) 


Importação de vacas selecionadas foi marco para implantação da queijaria

Outro marco importante na trajetória da RAR Agro & Indústria foi a largada do projeto para produção de queijos e laticínios. Em meados da década de 1990, Raul Randon, falecido em 2018, importou ventres americanos da raça holandesa e montou uma estrutura de ponta para produzir queijo tipo Grana, pela primeira vez fora da Itália.

De lá para cá, o salto foi grande. Nas quatro câmaras de maturação do complexo, repousam 44 mil formas de 40 quilos do queijo Gran Formaggio - uma joia da empresa -, equivalentes a cerca de R$ 100 milhões. São peças produzidas a partir do leite cru obtido das vacas que recebem uma dieta específica, para dar a coloração e o sabor certos ao produto, maturado por 12 e 18 meses.

"Nesse período, acomodadas em prateleiras de madeira para absorver a umidade das peças, as formas são viradas em intervalos rigorosamente controlados, a cada quatro, oito ou 12 dias, dependendo do tempo que já estão no processo. Ao final, pesando 35,5 quilos, em média, estão prontos para serem saboreados no mercado", finaliza o gerente de produção da Rar Gastronomia, Jiovani Foiatto. (Jornal do Comércio)

Bacias leiteiras brasileiras: fatos interessantes

Estudo da Embrapa mapeia as 15 bacias leiteiras do Brasil, responsáveis por 58,9% da produção de leite em 2023, destacando-se pelo crescimento e inovação. 

Estudo da Embrapa mapeou as regiões de maior concentração espacial de produção de leite do Brasil. Considerando municípios que produziram em 2023 mais que 50 litros de leite/ dia por quilômetro quadrado de área territorial e áreas municipais contíguas com produção de pelo menos 200 mil litros/ dia é possível identificar estas regiões que são nomeadas como as 15 bacias leiteiras do país (Figura 1).

Figura 1 - Bacias leiteiras brasileiras.

Fonte: Embrapa e IBGE (2025).

Esta metodologia desenvolvida pela Embrapa permite mapear com precisão as áreas de maior dinamismo da pecuária de leite brasileira. O total destas 15 bacias leiteiras produziu 57,1 milhões de litros/ dia ou 58,9% de produção brasileira em 2023 em uma área que ocupa apenas 5,1% do território nacional.

Além disso, são nestas áreas que a produção de leite cresceu no país nos últimos cinco anos (2018 a 2023), em um volume equivalente a 5,1 milhões de litros/ dia. Nas demais regiões, que representam 94,9% do território nacional, houve um declínio de 1,1 milhão de litros/ dia no mesmo período. Ainda que a produção de leite esteja de uma certa maneira presente em todo o território nacional, ela só cresce em uma fração diminuta do território, que são as 15 bacias leiteiras aqui identificadas.

Estas 15 bacias também são campeãs em produtividade no país: 3.574 litros/ vaca no ano de 2023 contra 2.259 litros/ vaca/ ano na média do Brasil como um todo.

A Bacia do Sul se destaca pela maior produção de leite no país em 2023. Foram 22,2 milhões de litros, seguida pela Bacia do Sudeste, 16,7 milhões de litros e pela Bacia do Nordeste, com 5,6 milhões de litros/ dia. A produção também é expressiva na Bacia de Goiás, 3,9 milhões de litros/ dia.

Figura 2 - Bacia Leiteira do Sul

Fonte: Embrapa e IBGE (2025).

No entanto, o maior acréscimo de produção observado entre 2018 e 2023 aconteceu na Bacia do Nordeste, com um aumento de 1,9 milhões de litros/ dia em apenas 5 anos.

Na segunda posição vem a Bacia do Sudeste, com aumento de 0,9 milhão de litros/ dia.

Figura 3 - Bacia do Nordeste

Fonte: Embrapa e IBGE (2025).

A maior produtividade por animal é observada na Bacia do Leste Paranaense. Nesta área, cada vaca produziu, em média, 6.285 litros/ ano em 2023. Na Bacia do Sudeste Paranaense esta produtividade alcançou 5.511 litros/ ano e na Bacia do Sul, 4.289 litros.

Figura 4 - Bacia do Leste Paranaense

Fonte: Embrapa e IBGE (2025).

Também na Bacia do Leste Paranaense foi observada a maior variação de produtividade em 5 anos: de 4.909 litros para 6.285. litros/ vaca/ ano entre 2018 e 2013, um incremento de 1.376 litros/vaca. A Bacia do Triângulo Mineiro também registrou expressivo aumento da produtividade neste período: 1.113 litros/ vaca/ ano, impulsionada por migração de inúmeras fazendas para sistemas confinados.

Esta análise espacial, que auxilia na compreensão da evolução recente e da realidade da produção leiteira do país, fornece um recorte interessante e original sobre a dinâmica do setor no Brasil. São explicitadas diferenças entre regiões que a abordagem tradicional, entre unidades da federação ou mesmo mesorregiões, não contempla
.
Além disso, esse estudo mostra um retrato desafiador da realidade leiteira nacional, cuja compreensão é crucial para se traçarem estratégias para o desenvolvimento setorial, investimentos produtivos e da indústria de laticínios. É possível também identificar as áreas mais dinâmicas e com maior adoção de tecnologia, que apresentam crescimento destacado se comparado com a média nacional.

Fonte: Milkpoint Publicado por: Samuel Jose de Magalhaes Oliveira e Glauco Rodrigues Carvalho


Jogo Rápido
MILHO/CEPEA: Com cenário favorável no campo, comprador se mantém afastado
A colheita de milho da safra de verão avança, enquanto o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras da segunda temporada. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário tem pressionado as cotações do cereal, à medida que afasta compradores das aquisições de novos lotes – esses agentes têm expectativa de que o atual movimento de desvalorização do cereal persista. Pesquisadores do Cepea lembram que, até meados de março, às dificuldades logísticas, a retração de vendedores e as preocupações com estoques curtos vinham mantendo os valores em patamares mais elevados e também fizeram com que partes dos compradores – com receio de desabastecimento – aceitasse adquirir o milho a preços maiores. No entanto, desde abril, o cenário mais favorável no campo tem mantido compradores afastados do spot e os preços, em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, neste começo de maio, as desvalorizações externa e do câmbio, que reduzem a paridade de exportação, reforçaram a pressão sobre os valores domésticos.  (Terra Viva)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.389


Atualização do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite apresenta dados regionalizados

A mais recente edição do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborada pela Emater/RS-Ascar, traz uma importante inovação: a apresentação dos dados de forma regionalizada, permitindo um olhar mais preciso sobre a realidade da produção de leite no Rio Grande do Sul. 

“Embora os números estaduais já fossem conhecidos, com destaque para os mais de 4,1 bilhões de litros de leite produzidos anualmente pelos gaúchos, a nova abordagem regional facilita o entendimento das dinâmicas locais e revela as vocações de cada território, permitindo que se trabalhe estrategicamente no desenvolvimento de todo o setor”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).

Entre as informações, os dados do Quadro 16 sobre produção conforme o destino, destacam a região de Ijuí, que se sobressai no fornecimento de leite cru para industrialização, com 741,9 milhões de litros/ano; seguida por Santa Rosa, com 611,2 milhões de litros/ano e Passo Fundo como com 577,5 milhões de litros/ano. 

Conforme Jaime Ries, extensionista rural e assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar, a nova apresentação dos dados traz transparência e precisão à análise setorial, oferecendo subsídios para políticas públicas, estratégias industriais e ações de desenvolvimento regional. “A expectativa é de que, com esse detalhamento, as decisões se tornem ainda mais eficazes e conectadas às realidades locais”, indica.

Os novos gráficos com dados regionalizados tanto para as informações coletadas pelos escritórios da Emater no Estado, quanto para as agrupadas dos Coredes sobre diferentes aspectos da produção leiteira gaúcha estão disponibilizados a partir da página 80 no relatório bianual que pode ser encontrado na biblioteca virtual da Emater/RS, clicando aqui. A sexta edição do estudo, apresentando os indicadores preliminares de 2025, será apresentada na Expointer deste ano.

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


Estudo revela benefícios do leite fermentado na imunidade de atletas

Participar de uma maratona não exige apenas preparo físico e resistência muscular, mas também impõe um grande desafio ao sistema imunológico. 

O exercício físico intenso e prolongado pode influenciar temporariamente a imunidade, deixando o organismo mais vulnerável a infecções, especialmente nas vias respiratórias.Atletas submetidos a esforços de alta intensidade apresentam maior incidência de infecções do trato respiratório superior.

Embora estudos anteriores tenham sugerido que as manifestações nas vias aéreas superiores estejam, em geral, relacionadas a infecções, também foram demonstradas associações com eventos inflamatórios e alérgicos. Corroborando essa ideia, alterações nas concentrações de IL-6 e IL-10 — marcadores inflamatórios — tanto no soro quanto na mucosa nasal, foram encontradas em maratonistas que apresentaram sintomas.
É justamente nesse contexto que os probióticos vêm ganhando destaque como possíveis aliados da saúde de atletas. 
Pensando nisso, um estudo brasileiro publicado na revista Nutrients investigou os efeitos do consumo diário de leite fermentado contendo o probiótico Lactobacillus casei Shirota (Lcs) sobre a imunidade de maratonistas. 
 
O estudo
Durante 30 dias antes da Maratona Internacional de São Paulo, 42 atletas amadores do sexo masculino foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um recebeu diariamente 80 mL de leite fermentado contendo 40 bilhões da cepa Lactobacillus casei Shirota, enquanto o outro recebeu uma bebida placebo sem microrganismos vivos, mas sensorialmente muito semelhante. 
Amostras de sangue e saliva foram coletadas antes do início da suplementação, 30 dias depois (sendo antes da maratona) e logo após a corrida, com o intuito de analisar marcadores inflamatórios e imunológicos. A ideia era observar se esse consumo contínuo do leite fermentado seria capaz de modular as respostas inflamatórias provocadas pelo estresse físico extremo da maratona.
 
Resultados promissores
Os participantes que consumiram o leite fermentado probiótico apresentaram melhor controle da resposta inflamatória sistêmica após a maratona. Em geral, após atividades físicas muito intensas, os níveis de IgA (imunoglobulina A secretora) tendem a cair, facilitando infecções. No grupo que consumiu o leite fermentado probiótico, os níveis de IgA salivar se mantiveram mais estáveis. 
 
Além disso, o grupo consumidor do leite fermentado probiótico apresentou aumento dos níveis nasais de IL-10 (uma citocina anti-inflamatória clássica); redução dos níveis nasais de citocinas pró-inflamatórias; e diminuição da infiltração de neutrófilos na mucosa nasal, demonstrando um efeito anti-inflamatório. 
Dessa forma, enquanto no grupo placebo, as citocinas pró-inflamatórias se elevaram de forma mais descontrolada após a prova, no grupo que ingeriu leite fermentado os indicadores inflamatórios permaneceram mais estáveis, indicando uma resposta de recuperação mais eficiente do organismo.
 
A pesquisa reforça o conceito de que alimentos funcionais, como o leite fermentado com probióticos, podem ir além da nutrição básica e oferecer benefícios aos atletas, especialmente em condições de estresse físico elevado. Contudo, vale ressaltar que outras variáveis também influenciam na resposta inflamatória do organismo, como sono e alimentação. 
 
A cepa Lactobacillus casei Shirota já é bastante estudada e reconhecida por sua ação no equilíbrio da microbiota intestinal. Este estudo acrescenta à literatura científica uma evidência aplicável da cepa, demonstrando o potencial do leite fermentado como produto de valor agregado e aliado da saúde, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos produtos voltados a públicos específicos e/ou recomendações dietéticas associadas com nutrição esportiva.
 
FONTE:
- Vaisberg, M.; Paixão, V.; Almeida, E.B.; Santos, J.M.B.; Foster, R.; Rossi, M.; Pithon-Curi, T.C.; Gorjão, R.; Momesso, C.M.; Andrade, M.S.; et al. Daily Intake of Fermented Milk Containing Lactobacillus casei Shirota (Lcs) Modulates Systemic and Upper Airways Immune/Inflammatory Responses in Marathon Runners. Nutrients 2019, 11, 1678. https://doi.org/10.3390/nu11071678
 
 
 
Quais os benefícios do soro do leite?
 
O soro do leite é rico em proteínas e minerais que fortalecem a imunidade e desempenho físico. leia e entenda os benefícios.
 
Com crescimento significativo de aceitação no mercado consumidor, o soro de leite vêm sendo objeto de pesquisas e desenvolvimento de produtos nas indústrias.
 
O soro de leite sempre foi o maior subproduto da indústria de laticínios e há algum tempo representava um grande problema. Mas o “jogo virou” e agora ele é desejado por grande parte da população, principalmente no uso de suplementos esportivos e nutricionais, como o Whey Protein ou as bebidas proteicas, por exemplo.
 
NUTRIÇÃO E COMPOSIÇÃO: QUAIS OS BENEFÍCIOS DO SORO DO LEITE?
O soro contém: proteínas, lactose, minerais (cálcio, fósforo, magnésio, zinco), vitaminas, e traços de gordura. Lembrando que as proteínas do leite são compostas basicamente por 80% caseínas e 20% de proteínas do soro - sendo as frações:  beta-lactoglobulina (BLG), alfa-lactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig's) e glico-macropeptídeos (GMP). 
 
Destacando que as proteínas solúveis do soro do leite apresentam um excelente perfil de aminoácidos, caracterizando-as como proteínas de alto valor biológico. As principais proteínas do soro do leite são: Alfa-Lactoalbumina (ALA), Beta-Lactoglobulina (BLG) e Albumina do Soro Bovino (BSA). Estas representam cerca de 20% no total de proteínas do leite.
 
A beta-lactoglobulina merece destaque, pois além de representar 50% do volume, ela é o polipeptídeo com maior teor de aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles que não conseguimos sintetizar e precisamos obtê-los via alimentação. 

 

A alfa-lactoalbumina é a segunda proteína em maior volume no soro e caracteriza-se por ser de fácil e rápida digestão. É rica em aminoácidos como: triptofano, lisina, leucina, cistina e treonina. Além disso, devido a sua estrutura, a ALA consegue se ligar a minerais fundamentais ao organismo, como cálcio e Zinco.

Já a Albumina do Soro Bovino (10%) é rica em cistina, precursor da cisteína. E devido a sua afinidade é responsável por auxiliar no transporte, via corrente sanguínea, de ácidos graxos/lípidos. 

Considerando a alta qualidade das proteínas presentes no soro do leite, as pesquisas relatam bioatividade benéfica para os humanos, em especial associadas as proteínas, como:  

● Atividades antimicrobiana e antiviral
● Atividade de imunomodulação
● Atividade anticâncer
● Saúde cardiovascular

● Performance física

FONTES:
- U.S. Dairy Export Council. Reference Manual for U.S. Whey And Lactose Products. Arlington, VA: U.S. Dairy Export Council, 2003. 
- Zimecki, M., A. Wlaszczyk, R. Wojiechowski, et al. Arch. Immunol. Ther. Exp. 49: 325, 2001.
- Low, P.P., K.J. Rutherfurd, H.S. Gill, et al. Int. Immunopharmacol. 3: 393, 2003.
- Bounous, G., and J.H. Molson. Anticancer Res. 23(2B): 1411, 2003.
-  Walzem, R.L., C.J. Dillard, and J.B. German. Crit. Rev. Food Sci. & Nutr. 42: 353, 2002.
- Harper, W.J. Biological Properties of Whey Components. A Review. Chicago, IL: The American Dairy Products Institute, 2000 with updates 2001, 2003. 
- Whey protein: composition, nutritional properties, applications in sports and benefits for human health. Rev. Nutr. 19 (4). Ago 2006. https://doi.org/10.1590/S1415-52732006000400007
 

Jogo Rápido
Brasil vai exportar manteiga aos EUA
A Lactalis Brasil se prepara para exportar aos Estados Unidos a manteiga com a marca Président. Atualmente,o mercado americano é abastecido com manteiga Président produzida na operação da Lactalis na França, mas com a menor oferta de gordura e a limitação de capacidade de produção no país europeu, a multinacional decidiu atender os EUA a partir de sua unidade em Teutônia (RS). Segundo a empresa, a menor oferta na França está relacionada à dinâmica do mercado de leite em pó desnatado, já que a manteiga é um sub produto do processo de fabricação.“Quando o mercado de leite em pó desnatado não está tão forte, você não tem disponibilidade de manteiga”,diz Roosevelt Júnior, CEO da Lactalis Brasil. (Valor Econômico)


 
 
 

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Porto Alegre, 09 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.388


Líder, Lactalis se move para dobrar de tamanho em cinco anos no Brasil

Numa entrevista há 10 anos ao Valor, Patrick Sauvageot, então o principal executivo no país de uma ainda pouco conhecida Lactalis, disse que tinha o desafio de construir a operação brasileira a partir de várias aquisições, tal qual um lego. E a ambição do grupo controlador francês, dono da marca Président, não era pequena: a meta era criar a maior empresa de lácteos do Brasil. O lego ainda não está totalmente montado, afirma agora Sauvageot, que hoje é presidente da Lactalis Américas, mas o objetivo de ser a líder do segmento já foi alcançado.

Desde que chegou ao Brasil, comacomprada empresa familiar de queijos Balkis em 2013, a companhia francesa investiu R$ 7,7 bilhões no país, número que inclui aquisições de laticínios (R$ 5 bilhões) e aportes em ampliações de fábricas (R$2,68 bilhões).

Em sua estratégia agressiva de crescimento, a Lactalis adquiriu em 2014 uma empresa quebra da, a LBR,e uma em formação, a Elebat (da BRF). Em 2019, foi a vez da mineira Itambé, que pertencia à Cooperativa Central dos Produtores Rurais do Estado de Minas Gerais (CCPR). Foram movimentos complexos e que em alguns casos, como no da Itambé, ocorreram diante de disputa judicial (com a concorrente mexicana Lala). A aquisição mais recente — e relevante — foi a operação de iogurtes da DPA em 2023.  

Com esses movimentos — contados em um livro sobre a história da Lactalis no Brasil — , a empresa lidera hoje a captação de leite no país e atua em todas as categorias de lácteos. São 2,7 bilhões de litros recebidos por ano, destinados à produção de queijos, iogurtes, leite UHT, leite em pó, manteiga, requeijão, leite condensado e creme de leite, em 23 unidades pelo país. 

Embora já seja a maior do segmento, a companhia busca mais, pois avalia que há potencial para o avanço da demanda por lácteos no país. “Temos a ambição de duplicar a dimensão de Lactalis do Brasil, e estamos caminhando para isso. Uma parte vai vir de aquisições, uma parte de crescimento interno e de crescimento também do consumo”, estima Sauvageot em entrevista exclusiva ao Valor.

No ano passado, a empresa faturou R$ 17 bilhões no Brasil, 10% acima de 2023, e a meta é alcançar R$ 35 bilhões até 2030, diz o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior. Para alcançar esse montante, será necessário ampliar a captação de leite, as operações de processamento e investir em agregação de valor nos próximos anos. 

Os executivos admitem que crescer via aquisições depende das oportunidades. E no caso da Lactalis há outro fator a se considerar: a concorrência dentro do próprio grupo controlador, que mantém há anos uma estratégia de crescimento via aquisições que fez dele o maior do mundo em lácteos.“O problema é que estamos em concorrência dentro do grupo com outras oportunidades”, observa Sauvageot.

Recentemente, a empresa, que tem capital fechado e é controla da pela família Besnier, anunciou interesse em comprar a operação da Fonterra na Ásia e fez duas aquisições nos Estados Unidos: o negócio de queijo fresco da Kraft eaoperação de iogurtes da Yoplait. “São países com moedas fortes, com mercado super-rentáveis. Então, de certo modo, estamos em competição”, diz.

A captação de matéria-prima com produtores também terá de crescer “muito”, mas os executivos não arriscam um número.

O certo é que será preciso atrair mais fornecedores. Hoje, cerca de 60% do leite recebido pela Lactalis vêm de cooperativas com as quais a empresa fez acordos para fornecimento. A mineira CCPR é a principal entre elas. A Lactalis também recebe leite de mais cinco cooperativas, no Paraná e no Rio Grandedo Sul. No total, são cerca de 10 mil produtores ligados às entidades.

“Por isso que os acordos com as cooperativas são muito importantes. Se queremos duplicar a nossa posição, teremos de arrumar outros”, afirma o presidente da Lactalis Américas. 

Também será preciso aumentar o número de produtores que fornecem de forma independente à Lactalis, que hoje são 6 mil. E ainda a adesão a um programa considerado a menina dos olhos da empresa: o Lactaleite, quedá assistência técnica aos pecuaristas, visando melhoria de produtividade e qualidade e redução de custos. Segundo RooseveltJunior, no último ano, a produção do grupo de 1 mil produtores que partipa do programa cresceu 16%.

A empresa quer ampliar essas parcerias, que miram a fidelização no fornecimento, e tem o desenvolvimento da cadeia de lácteos no Brasil como uma de suas prioridades. “O fato de sermos o número 1 nos cria obrigações”, afirma Sauvageot. Para ele, o país não consegue atender toda a demanda e importa lácteos porque a cadeia leiteira não está bem estruturada e suficientemente competitiva. E isso faz com que o custo de produção seja alto e o leite seja caro.

Os varejistas também “não estão felizes com o leite”, diz ele, pois alegam margens pequenas em relação a outros produtos e falta de previsibilidade sobre os preços. “Há insatisfação em toda a cadeia, e achamos que o papel do líder é ajudar a construir uma cadeia mais rentável. (...) Ajudar o produtor a ganhar dinheiro, porque se ele ganhar dinheiro, vai investir para melhorar a produtividade e a qualidade do leite”, avalia.

A despeito das dificuldades na cadeia, a Lactalis cresceu muito nos últimos anos no Brasil. Mas a montagem do lego não terminou, segundo o executivo. As peças que faltam dizem respeito ao serviço ao cliente. “Temos que melhorar”, diz. E também ao número de produtores que participam do programa Lactaleite.“Por que não são 4.000?”, indaga. “Seria muito bom paraaempresa.Porquehojetemos potencial de venda bem acima de nossa capacidade de produção”, reconhece Sauvageot. (Valor Economico)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1866 de 08 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Em função do fim do ciclo das forrageiras de verão, os produtores estão suplementando a alimentação com silagem, feno e concentrados proteicos para manter a produção leiteira. A qualidade do leite continua estável, com teor de matéria seca e indicadores sanitários (células somáticas e contagem bacteriana) dentro dos parâmetros em grande parte das propriedades. Algumas áreas de cereais de inverno permitem o pastejo, embora o desenvolvimento geral ainda esteja irregular.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, permanece o quadro de declínio na produção de leite, reflexo da entressafra das forrageiras, especialmente nas propriedades mais dependentes de pastagens, devido ao volume limitado de chuvas em abril. 

Na de Caxias do Sul, a qualidade do leite manteve-se dentro dos limites exigidos pela legislação.

Na de Erechim, os rebanhos apresentam condições satisfatórias. As chuvas recentes contribuíram para a normalização dos recursos hídricos, e a redução das temperaturas favoreceu o conforto térmico dos animais. 

Na de Frederico Westphalen, houve leve queda na produção de leite em função da antecipação do vazio forrageiro e da influência das altas temperaturas. 

Na de Ijuí, observa-se escore corporal abaixo do ideal nos rebanhos manejados a pasto como resultado da baixa disponibilidade de alimentos nas propriedades.

Na de Passo Fundo, o manejo reprodutivo e sanitário segue conforme a rotina, sem anormalidades. Houve redução na incidência de moscas, contribuindo para o bem-estar dos animais. 

Na de Pelotas, além dos desafios climáticos, os produtores enfrentam quedas de energia elétrica, exigindo investimentos em infraestrutura. 

Na de Santa Maria, os produtores seguem monitorando a incidência de moscas e carrapatos, utilizando estratégias de controle. (Emater adaptado pelo Sindilat)

Lácteos ganham o mundo com sabores criativos e apelo saudável

Empresas inovam com sabores nostálgicos, proteínas funcionais e experiências multissensoriais que cativam o consumidor.

Os produtos lácteos estão apresentando crescimento em receita e vendas em todo o mundo, segundo a empresa de pesquisa de mercado Innova Market Insights. Um dos principais impulsionadores desse crescimento são os lançamentos de novos produtos, que aumentaram 2,6% nos últimos cinco anos. A Europa Ocidental responde pela maior parte desses lançamentos, com 36%, seguida pela Ásia e pela América Latina. 

Saúde como tendência global
Iogurte e queijo, em todas as suas variedades, estão entre as categorias mais populares. Uma das principais razões para o sucesso dessa categoria é, sem dúvida, o fato de ela atender a megatendências contínuas como saúde, prazer e conveniência, ao mesmo tempo em que se apresenta repetidamente de maneiras novas e atrativas — como mostra a fornecedora de ingredientes Hydrosol, com base no exemplo das últimas Top Ten Trends da Innova.

Segundo a Innova, “Ingredientes e além” é uma das tendências centrais para 2025. A qualidade dos ingredientes é um dos principais critérios de compra. Os consumidores querem ingredientes com valor agregado, como benefícios para a saúde, vantagens nutricionais, frescor, vida útil ou naturalidade. 

Um exemplo dessa tendência é o enriquecimento com proteínas. A prioridade principal já não é apenas o teor de proteína, mas sim a qualidade da proteína, sua biodisponibilidade e sua absorção no corpo, segundo a empresa de pesquisa. Por sua vez, a Hydrosol desenvolveu um sistema estabilizante para a produção de bebidas substitutas de refeições à base de leite. Além do alto teor de proteína, o sistema também contém fibras para proporcionar efeito de saciedade. Para complementar esse sistema, a empresa irmã SternVitamin desenvolveu um premix de micronutrientes que fornece vitaminas e minerais essenciais, cobrindo 30% da ingestão diária de referência, segundo as empresas.

Sabores nostálgicos 
Reviver ou reinterpretar memórias culinárias da infância: De acordo com a Innova, a tendência “Tradição Reinventada” pode representar diferenciação cultural por país, região ou microrregião, ou ainda uma mistura de diferentes influências. Produtos, ingredientes, receitas, temperos e formatos de embalagem podem expressar tradições de forma clássica ou inovadora. Por exemplo, estão sendo formuladas novas ideias para preparações de queijo processado para passar no pão. 

Inovações no sabor
Empresas estão apostando alto na ousadia para conquistar o paladar dos consumidores: doces recheados com sorvete, massas de biscoito de torta de limão ou shakes de proteína com croutons crocantes. A palavra de ordem é inovação extrema. Na tendência chamada “selvagemente inventiva” (wildly inventive), o foco está em oferecer experiências de sabor totalmente inesperadas — misturas de doce e picante, como os produtos “swicy” (sweet + spicy), fusões entre lanches e pratos principais, ou formatos inéditos como sorvete mochi com sabor de torta. Bebidas lácteas também entram nessa onda, com sabores ousados como chocolate com pimenta, pipoca caramelada, cheesecake com limão ou café com mel picante. 

Produtos para a melhor idade
Os conceitos para a geração 55+, , são voltados para pessoas que priorizam boa forma, um estilo de vida ativo e, acima de tudo, boa nutrição. Um exemplo é a são modificações de produtos clássicos, como um molho tipo maionese que contém 20% de iogurte com redução de gordura. Seu enriquecimento com cálcio contribui para uma digestão normal e bom funcionamento intestinal. Também possui teor reduzido de gordura (18%) e é rica em fibras.

As informações são do Dairy Industries International, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 19/2025 – SEAPI 
Nos últimos oito dias, o Rio Grande do Sul foi caracterizado por baixos volumes de precipitação, com diversas áreas enfrentando mais uma semana de tempo seco e ausência total de chuvas. Na bovinocultura de leite, os produtores estão suplementando a alimentação com silagem, feno e concentrados proteicos para manter a produção leiteira. A qualidade do leite permanece estável, com teor de matéria seca e indicadores sanitários (células somáticas e contagem bacteriana) dentro dos parâmetros em grande parte das propriedades. Algumas áreas de cereais de inverno permitem o pastejo, embora o desenvolvimento geral ainda esteja irregular. Para os próximos dias são esperadas tempestades generalizadas com acumulados em alto volume para todo o Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (09/05) as instabilidades deverão se amplificar sobre o estado, com acumulados podendo atingir volumes expressivos em todas as regiões. No sábado (10/05) às instabilidades poderão estar deslocadas para o nordeste do estado, restringindo as chuvas apenas em áreas do Litoral Norte, Serra e Região Metropolitana, em volumes inferiores aos dias anteriores. Para as demais áreas espera-se tempo estável de sol entre nuvens e temperaturas amenas em relação aos dias anteriores à passagem do sistema de instabilidade. No domingo (11/05), o tempo firme e seco deve predominar em todas as regiões. A tendência para o período entre os dias 12 e 14 de maio indica predomínio de tempo seco em praticamente todo o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (12/05), a atuação de um anticiclone migratório sobre o oceano Atlântico, nas proximidades do estado, manterá as condições estáveis, com céu aberto e temperaturas amenas. Entre terça-feira (13/05) e quarta-feira (14/05), o avanço da alta pressão poderá favorecer a formação de nuvens sobre o litoral gaúcho, não se descartando a ocorrência de chuvas isoladas e de baixo volume nesses setores. Nas demais regiões, o tempo seco deverá prevalecer, com elevação gradual das temperaturas ao longo dos dias. O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas volumosas, especialmente concentradas na metade sul do Rio Grande do Sul. Os acumulados podem ultrapassar os 150 mm em áreas das regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. Nas demais localidades da metade sul, os volumes devem variar entre 50 mm e 150 mm ao longo do período. Já na metade norte do estado, a previsão aponta para precipitações menos expressivas, com acumulados entre 10 mm e 50 mm. (Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária - SEAPI)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.386


Balança comercial de lácteos: importações seguem em queda

Abril registra avanço na balança láctea, com recuo nas importações de leite e derivados.

O saldo da balança comercial de lácteos apresentou um avanço novamente no mês de abril. Com um total de -154 milhões de litros em equivalente-leite, abril apresentou um avanço de 17,3 milhões de litros em relação ao mês anterior, saldo menor do que em março, já que as importações repetiram a tendência de queda de março. Por outro lado, as exportações também recuaram, o que freou um pouco o avanço.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.


Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em abril, as exportações de lácteos somaram 4,55 milhões de litros em equivalente-leite, sendo esse um recuo significativo -40,3% em relação a março, no comparativo com abril do ano anterior o saldo ainda está cerca de -13,1% menor. Esse resultado contribui para ampliar a diferença acumulada de 47,7 milhões de litros (em equivalente-leite) nas exportações de 2025 em relação a 2024, conforme mostra o gráfico abaixo.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações totalizaram 158,5 milhões de litros em equivalente-leite em abril, mantendo a tendência de queda observada desde março de 2025, com recuo mensal de 11,4%. Em relação a abril de 2024, a redução foi de 16,8%, enquanto o acumulado do ano apresenta uma queda de 1,86% na comparação com o mesmo período do ano anterior, como ilustra o Gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em abril, as exportações de lácteos apresentaram um cenário diversificado entre os principais produtos. O leite condensado registrou queda de 27%, enquanto o doce de leite sofreu uma expressiva redução de 55% no volume exportado. Em contraste, o soro de leite se destacou com crescimento de 11% ante o mês anterior. A maioria dos demais produtos também apresentou resultados negativos: iogurtes recuaram 24%, queijos caíram 17%, com exceção do creme de leite, que se manteve estável. 

Em relação às principais categorias de lácteos importados apresentaram movimentações predominantemente negativas. O leite em pó integral registrou a queda mais expressiva, com redução de 20% nas importações em relação ao mês anterior, tornando-se o principal responsável pela diminuição do volume total de equivalente-leite importado. Por outro lado, algumas exceções pontuais foram observadas: os queijos tiveram um discreto aumento de 3% nas importações, enquanto a manteiga apresentou crescimento mais significativo de 12%. No entanto, esses incrementos isolados não foram suficientes para reverter a tendência geral de queda, resultando num saldo final inferior ao registrado no mês passado em relação às importações. 

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em abril de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em março de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?

A competitividade de preços do produto importado segue mais limitada do que vimos no passado recente. Atualmente, a muçarela importada já não tem mostrado atratividade de preços frente ao produto nacional. Enquanto os leites em pó ainda seguem atrativos, mas com um diferencial menor do que o visto anteriormente.

Além disso, os preços dos leite em pó no mercado internacional seguem em patamares elevados, o que tende a limitar nossas importações. Por outro lado, a frequente oscilação na taxa de câmbio deve ser acompanhada de perto, podendo afetar a dinâmica de competitividade do produto importado. (Milkpoint)


CONSELEITE MINAS GERAIS 

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 07 de Maio de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite MG)

Terceira Jornada Técnica da RTC debaterá o futuro do agronegócio

Evento será realizado em Gramado, de 28 a 30 de maio, e vai reunir palestrantes nacionais e internacionais

O futuro do agro já chegou. Vamos juntos? Esse será o tema da 3ª Jornada Técnica da Rede Técnica Cooperativa (RTC), que acontecerá de 28 e 30 de maio, no hotel Wish Serrano, em Gramado (RS). O evento reunirá especialistas do agronegócio nacional e internacional: será uma grande imersão com mais de 15 palestrantes que irão abordar temas de áreas como cenário econômico, inovação, gestão, produtividade, mudanças climáticas, sustentabilidade e cooperativismo. O evento reunirá 800 participantes que, de acordo com a organização, terão uma experiência transformadora com a oportunidade de conhecer tudo aquilo que está na fronteira do conhecimento. 

O ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, embaixador especial da Food and Agriculture Organization (FAO) e ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), é um dos painelistas da jornada técnica. Entre os convidados também estão o médico-veterinário, Luís Gustavo Ribeiro, professor da Universidade de Copenhagen e pesquisador nas áreas de nutrição animal, pecuária de precisão e sistemas regenerativos, o zootecnista Christiano Nascif, diretor na empresa Labor Rural e coordenador de Negócios e Empreendedorismo no Instituto CNA. O Prêmio Nobel da Paz (2007), e prêmio Nobel em Alimentação (2020), Rattan Lal, também está entre os palestrantes. O cientista político Fernando Schüler, professor do Insper (SP), está entre os painelistas e fará a palestra de abertura do evento. A grade completa dos palestrantes pode ser acessada no site do jornada.rtc.coop.br. 

As inscrições podem ser feitas acessando o link jornada.rtc.coop.br/app/jornada-rtc-2024/inscricao

A 3ª Jornada Técnica é uma realização da RTC e CCGL e conta com o patrocínio do terminal portuário Termasa. O evento é apoiado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro/RS), pelo Sistema Ocergs-Sescoop/RS e pela plataforma SmartCoop.

Sobre a RTC

A Rede Técnica Cooperativa (RTC) é uma iniciativa que reúne as áreas técnicas de 30 cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul. O objetivo é difundir a pesquisa e conhecimento de forma integrada, além de promover a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e economicamente viáveis às cooperativas e aos seus produtores. (RTC)


Jogo Rápido

Banco Central eleva taxa Selic para 14,75%, maior patamar desde 2006
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, atingindo 14,75% ao ano, em reunião nesta quarta-feira (7). É o maior patamar desde julho de 2006. A elevação foi unânime entre os membros do comitê. Na ata da reunião, eles indicam que "a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante". O texto indica um ambiente externo "adverso e particularmente incerto" devido à política econômica dos Estados Unidos. No cenário doméstico, há menção para as expectativas de inflação acima da meta.  "Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, estão mais elevados do que o usual". O comitê não sinalizou o que deve ocorrer na próxima reunião, prevista para agosto: "Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação". Esta é a sexta elevação consecutiva da taxa. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto de 2024, começou a ser elevada em setembro, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto em novembro, e três de um ponto percentual, em dezembro, janeiro e março. A nova taxa básica de juro vai ao encontro da expectativa do mercado, de uma alta mais branda do que a dos três últimos encontros, em dezembro, janeiro e março, de um ponto percentual. Na ata da reunião de março, o Copom também já havia sinalizado uma elevação de "menor magnitude". O valor atual da taxa Selic iguala o patamar alcançado em julho de 2006, quando também atingiu 14,75% ao ano. Na ocasião, contudo, a Selic vinha em um contexto de queda, após bater 19,75% um ano antes. No cenário atual, o BC visa conter a inflação, freando a intenção de consumo das famílias e os investimentos das empresas com um juro mais alto.A perspectiva para o índice da Selic até o fim do ano, no entanto, diminuiu. No boletim Focus, divulgado na segunda (5), os economistas consultados pelo BC reduziram a previsão da Selic em 2025 pela primeira vez no ano. Depois de 16 semanas com projeções de 15%, o mercado crê que o juro vai terminar 2025 em 14,75%. (Zero Hora)