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Porto Alegre, 08 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.301

Balança comercial de lácteos

Segundo dados divulgados nessa sexta-feira (04/09) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos tiveram aumento expressivo no mês de agosto, atingindo o maior patamar desde novembro/2018. No total, foram cerca de 139,8 milhões de litros de leite equivalente internalizados no mês, com crescimento de 47% em relação ao volume do mês anterior e 83% maior que em relação a agosto/2019.

Por outro lado, as exportações brasileiras apresentaram retração; foram 15,7 milhões de litros exportados no mês, 6% menores que julho/2020. Porém, esse valor é superior ao exportado no mesmo mês do ano passado em cerca de 77%. Tendo em vista esse cenário, o saldo da balança comercial de lácteos foi de -124 milhões de litros (em equivalente leite), um aumento de 58% no déficit quando comparado a julho/20 e de 84% em relação a agosto/2019. Esse saldo é o menor (mais negativo) desde final de 2018, como é possível verificar no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2020.


 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT

O cenário de crescimento das importações, que já vinha sendo observado em julho/2020, é resultado da forte demanda por produtos lácteos no mercado brasileiro, assim como dos baixos estoques de derivados lácteos na indústria – que levaram ao aumento das cotações de leite no país.

O leite spot, levantado pelo MilkPoint Mercado, apresentou média de preços nacional de R$ 2,63/litro na primeira quinzena de setembro, por exemplo – este valor acumula elevação de 73% desde a primeira quinzena de janeiro/2020. Dessa forma, essa tendência de aumento de preços no mercado nacional tem tornado o produto importado cada vez mais competitivo. Ao considerarmos o preço médio do leite em pó integral importado em agosto (US$ 2.946/ton) no Brasil e a taxa de câmbio média do mês (R$ 5,46), é possível chegar ao preço médio do leite importado equivalente a R$ 1,91 – competitivo em relação aos valores praticados pelo leite no mercado interno.

Entre os derivados de leite comprados pelo Brasil, o leite em pó integral e queijos são aqueles com maior participação na pauta importadora. Estes produtos apresentaram significativo aumento de volume em comparação com o mês anterior: 195% e 89%, respectivamente. O leite em pó desnatado também apresentou um aumento expressivo: 120%.

Em relação às exportações, houve redução significativa para o leite condensado, que representa cerca de 27% da pauta exportadora. A retração de volume foi de cerca de 23%. Por outro lado, cremes de leite, que também possuem peso significativo nas exportações brasileiras, tiveram aumento expressivo em relação ao mês anterior. Mesmo com a redução das exportações em equivalente leite para agosto, no acumulado do ano foram exportados 106 milhões de litros em equivalente leite, contra 78 milhões em litros equivalentes do mesmo período em 2019 – um aumento de 35%.

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de agosto deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em agosto de 2020

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint, com base em dados COMEXSTAT.

                      

Fiergs não fecha posição sobre reforma tributária gaúcha
A posição de confronto aberto adotada pela Federasul em relação à proposta de reforma tributária do Piratini não é consenso entre entidades empresariais do Estado. A Federação das Indústrias (Fiergs), segundo o coordenador do Conselho de Assuntos Tributários, Legais e Cíveis, Thomaz Nunnenkamp, mantém o diálogo e não fechou posição:

- O impacto nos setores é bem diverso, uns consideram positivo, outros veem perdas.

Os que têm mais dificuldades, observa, estão conversando com a Secretaria da Fazenda em busca de solução. As objeções do setor, conforme Nunnenkamp, são específicas: o aumento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) e do ICMS sobre a cesta básica.

- Vamos negociar para ver se melhoramos o projeto - afirma Nunnenkamp.

O empresário diz admirar "a coragem e a vontade política" do governo do Estado de realmente mudar algumas coisas e não pedir apenas a prorrogação de alíquotas maiores.

- Nesse sentido, o presidente da Fiergs e boa parte da diretoria buscam manter o diálogo.

Ressalva, porém, que o projeto representa "perpetuação de um aumento de carga tributária que deveria ser transitório". Observa que uma reforma tributária feita quando o Estado está com falta de caixa equivale a ir ao supermercado quando se está com fome: compra mais do que precisa. Ou cobra, no caso.

Apesar de considerar "drástica" a mudança na tributação de cesta básica, que sai de zero para 17%, trazendo preocupação com alta de preços, pondera que é uma discussão que será enfrentada também na reforma federal, porque as duas propostas de emenda constitucional (PECs) em análise, a 45 e 110, não preveem regime especial para a cesta básica.

Diz não ver erros matemáticos na proposta de devolução do ICMS às camadas de menor renda, mas adverte:

- Acho que para de pé, mas um dos temas é como blindar o fundo para que, se faltar dinheiro, não deixe de ser pago. O Estado tem histórico muito ruim em devolução de impostos. Essa é uma preocupação que deveríamos ter como sociedade. (Zero Hora)

Embrapa apresenta proposta para Ideas for Milk 2020 ao Mapa
Na tarde de quinta-feira (3), a Embrapa irá apresentar aos membros da Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a proposta de realização do Ideas for Milk 2020. O evento, que entra na sua quinta edição, terá pela primeira vez participantes de instituições internacionais. Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, o hackathon (chamado de “Vacathon”, num trocadilho de “vaca” com “hackathon”), um dos eventos que integra o Ideas for Milk será intercontinental. Além de 27 universidades brasileiras, participarão equipes de Portugal (Universidade de Évora), Angola (Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências – ISPTEC) e Argentina (Bolsa de Commodities de Rosário).

O Vacathon é uma imersão de estudantes voltados para a tecnologia e o agronegócio. As universidades e instituições participantes montam equipes, que orientadas por mentores, propõe soluções para os problemas da cadeia produtiva do leite. O evento ocorria de forma presencial nas edições anteriores, mas neste ano será totalmente virtual, devido à pandemia de Covid-19. “O Vacathon é um exercício prático de inovação aberta, onde as equipes interagem com empresas, e profissionais do setor”, explica Martins. O Vacathon será realizado dos dias 22 a 31 de outubro, com transmissão ao vivo pelo canal da Embrapa no Youtube, Facebook e Repileite (rede social da Embrapa Gado de Leite na internet).

Três outros eventos integram o Ideas for Milk: Caravana 4.0, o Desafio de Startups e o Premio Ideas for Milk de Inovação. A Caravana 4.0 é voltada para universidades, com objetivo é difundir informações relativas ao setor lácteo, da produção ao varejo. Em outros anos, a Caravana ocorria de forma presencial. “Para substituir os encontros presenciais, realizaremos Ideas for Milk Lives, com as universidades e instituições envolvidas. Qualquer pessoa pode participar, mas as informações se destinam basicamente aos estudantes e professores dos cursos de Agronomia, Veterinária, Zootecnia, Administração, Economia, Ciência da Computação e todas as Engenharias”, informa Martins. As lives ocorrerão sempre as terças-feiras, às 17h, no canal da Embrapa no Youtube, com início no dia oito de setembro, encerrando-se no dia 20 de outubro.

O Desafio de Startups reúne soluções criadas por jovens empreendedores para os desafios do setor lácteo. A final do desafio será no dia quatro de dezembro e também será virtual. “Nos últimos dois anos, as finais do Desafio ocorreram em São Paulo, no Cubo, a maior casa de eventos de inovação da América do Sul, mas, devido à pandemia, o evento presencial ficou impraticável; mas já podemos afirmar que toda a final também será transmitida pelo Youtube, Facebook e Repileite”, informa Martins.

Por fim, o Prêmio Ideas for Milk de Inovação é concedido a empresas que apresentam inovações em produtos e processos que impactem o consumidor, sob a ótica do foodtech. As vencedoras de 2020 foram as empresas Betânia, Cotrijal, Danone, Nestlé, Tirolêz e Verde Campo. A premiação também será entregue no dia quatro de dezembro.

Anuário do Leite – Durante a reunião da Câmara do Leite e Derivados, a Embrapa também fará o lançamento do Anuário do Leite – 2020. Essa é a terceira edição da publicação que, segundo Martins, tem cumprido um papel ao apresentar as principais estatísticas do setor, além de ser uma agenda temática sobre as questões debatidas no agronegócio do leite. Nesta edição, o Anuário aborda temas como biosseguridade em tempos de pandemia e no pós-Covid; ações da pesquisa voltadas para a vaca do futuro; lácteos mais valorizados e com inovações constantes, além de trazer os números do mercado, preço, produção e consumo do leite. (As informações são da Embrapa Gado de Leite)
               

 
Produtos exclusivos para exportação passam a ter registro automático
Produtos destinados exclusivamente à exportação passaram a ter registro automático. Com a mudança, sinalizada em circular do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, os fiscais federais deixarão de analisar previamente os registros, ficando sob responsabilidade das empresas o atendimento à legislação do país importador. Para controlar o processo, as equipes do Mapa realizarão auditorias das determinações previstas em lei. A decisão está prevista no decreto 10.468 de 18 de agosto, que alterou o decreto 9.013 de 29 de março de 2017. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 
 

 

 

Of_Circular DIPOA nº 68-2020

  

Porto Alegre, 04 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.300

Setor lácteo sofrerá impacto negativo com a Reforma Tributária gaúcha
 
A reforma tributária proposta pelo governo de Eduardo Leite vai provocar um impacto econômico importante à cadeia láctea gaúcha, considerando sua aprovação nos termos em que foi apresentada. Os dados levados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) à reunião da Câmara Setorial do Leite nesta quinta-feira (3/9) mostram os efeitos negativos do projeto de lei aplicados aos anos de 2021 a 2023 com base na proposta de extinção da isenção do leite pasteurizado e criação do Fundo Devolve ICMS no percentual de 10%. Do montante total impactado, grande parte se refere à comercialização para o mercado interestadual. A medida se torna preocupante, uma vez que no Rio Grande do Sul 60% do leite UHT é comercializado para outros estados, apontou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Além disso, o levantamento mostra que o fim da isenção sobre o leite pasteurizado (a proposta prevê alíquotas de 12%, para o ano de 2021 e 2022 e 17% a partir de 2023), também impactará o setor em um montante considerável e, por consequência, voltará ao produtor de leite. Isso poderá resultar novamente em aumento no número de produtores do Estado que deixam a atividade.

O secretário-executivo do Sindilat afirma ser importante uma reforma tributária, mas como está em andamento também a reforma federal, ele defende que o ideal é que houvesse mais tempo para discutir o projeto. E, além disso, que o governo do Estado pudesse avaliar uma prorrogação das alíquotas desse ano e no próximo ano, com mais tempo e em conjunto com os outros elos da economia, trabalhasse na construção de uma alternativa viável para ambos, já que esse é um ano atípico “O Rio Grande do Sul viveu uma das piores estiagens dos últimos anos e com advento da pandemia estão todos se reinventando”, ressalta. O coordenador da Câmara Setorial, Jeferson Smaniotto, reforçou que a proposta do governo reduzirá os recursos de toda a cadeia produtiva e comprometerá a competitividade do setor, que já concorre em desigualdade sob o ponto de vista da logística com vizinhos como Santa Catarina e Paraná. 

“A contribuição ao fundo reduzirá muito a competitividade do produto gaúcho. Queremos evitar o que houve em outras situações, quando houve uma grande saída de produtores da atividade. Não podemos retroceder neste aspecto”, pontuou Palharini. Em função da urgência de se fazer frente ao PL da Reforma Tributária do RS, a Câmara Setorial já agendou uma reunião híbrida para a próxima quinta-feira (10/9) com a participação presencial de representantes de 10 entidades e demais integrantes de forma remota. 

Outro tema levado à reunião foram os números atualizados do Mais Leite Saudável, programa que permite às empresas participantes utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, da compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos. As ações propostas devem corresponder, no mínimo, a 5% do valor de créditos a que tem direito. De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Lucena, até agora, a iniciativa soma R$ 362 milhões investidos em projetos, sendo 24,1% do Rio Grande do Sul, além de R$ 7,2 bilhões em crédito presumidos às empresas. “O Estado já tem mais de R$ 85 milhões em projetos, boa parte desse recurso já utilizado e outros em utilização”, afirmou Lucena, lembrando que os projetos têm duração de até 3 anos e muitas empresas já estão partindo para o seu segundo ou terceiro projeto. Dos 2.246 municípios brasileiros que aderiram ao programa, 17,3% são gaúchos. Implantado no primeiro semestre deste ano, o novo sistema que habilita laticínios, agroindústrias e cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável vem imprimindo agilidade nos processos de avaliação de projetos apresentados pelas empresas. A operação agora é feita exclusivamente de forma online através do Portal de Serviços do governo federal (https://www.gov.br/pt-br).

A auditora fiscal federal agropecuária do MAPA, Milene Cé, levou para o encontro as principais modificações no Riispoa, que sofreu adequações recentes com base nas mais recentes legislações do Código de Defesa do Consumidor, Lei da Liberdade Econômica e o Estatuto Nacional da Microempresa. “O objetivo das mudanças do regulamento é a simplificação de processos”, disse Milene. Segundo ela, o novo Riispoa traz a racionalização dos procedimentos de fiscalização e gera uma maior eficiência na prestação de serviços à sociedade. Entre as mudanças está que os produtos poderão constar somente a data de validade e não mais a data de fabricação e validade. As mudanças no Riispoa podem ser conferidas no site do MAPA clicando aqui. 
                      

CNA discute reforma tributária na Câmara Setorial do Leite do Mapa

“Todas as propostas merecem atenção em relação ao setor agropecuário"

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou à Câmara Setorial de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, na quinta (3), os impactos que as propostas de Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional vão trazer para o setor agropecuário caso sejam aprovadas. 

“Todas as propostas merecem atenção em relação ao setor agropecuário. O leite, por exemplo, é uma cadeia formada por pequenos produtores que sofrerão impactos significativos caso o produtor se torne contribuinte e passe a fazer contabilidade mensal. E as agroindústrias também, em se tratando do crédito presumido do PIS e da Cofins,” afirmou o coordenador do Núcleo Econômico da Confederação, Renato Conchon.

Conchon citou as diferenças entre as propostas que estão no Legislativo. Uma delas é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/19, da Câmara, que prevê a unificação de cinco tributos em apenas um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Outra é a PEC 110/19 do Senado, que cria o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), com o fim de nove tributos. Há, ainda, o Projeto de Lei 3887/20, do Governo Federal, que substitui o PIS e a Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). 

“O setor produtivo se posicionou de forma técnica sobre as propostas e enviou um documento ao Parlamento para nortear as discussões, com os objetivos de todo o agro, e mostrando quais as mudanças são necessárias nas propostas para o setor não ser onerado,” ressaltou. “Porque além do aumento nos custos de produção, uma carga tributária maior vai comprometer a competitividade dos produtos agropecuários brasileiros.”

Para o presidente da Câmara, Ronei Volpi, a Reforma Tributária fará os custos de produção recaírem sobre a cesta básica, encarecendo os alimentos que chegam à mesa da população, principalmente os mais pobres. “Não podemos deixar que isso aconteça”, disse. Volpi explicou que a cadeia de lácteos segue em uma situação “satisfatória” mesmo com a pandemia da Covid-19.  (Agrolink)

Piracanjuba pretende gerar até 300 empregos em Carazinho 

Carazinho passou a contar oficialmente com as operações do Laticínios Bela Vista, da marca Piracanjuba.  Em entrevista à Rádio Diário AM, o diretor comercial, Luiz Claudio Lorenzo, confirmou que a empresa que tem sede administrativa em Goiânia-GO já está operando na planta de Carazinho adquirida da Nestlé e que pretende começar a produzir a partir de outubro os primeiros produtos com as marcas Piracanjuba e Leite Bom. 

“Nós começamos a operação. A gente fechou uma parceria com a Nestlé no início do ano, e adquirimos algumas fábricas para produzir e comercializar alguns produtos para a Nestlé. A fábrica de Carazinho fizemos a aquisição, e por alguns trâmites que acabaram se delongando um pouco começamos agora produção do soro que a Nestlé já vinha fazendo e damos continuidade. Começaremos no próximo mês a produção dos produtos com as marcas Piracanjuba e Leite Bom e também a produzir os leites Ninho e Molico”, confirmou Lorenzo.

De acordo com o diretor, na unidade carazinhense serão produzidos leite longa vida, creme de leite, achocolatado Pirakids e Chocobom da marca Leite Bom e leite condensado das marcas Piracanjuba e Leite Bom. “Estas são as linhas de maior giro na empresa e começa a fabricação a partir de outubro e até dezembro estaremos implantando as produções e aumentando gradualmente. São essas quatro linhas de produtos que faremos em Carazinho”, citou Lorenzo
A planta fabril instalada no Distrito Industrial Carlos Augusto Fritz, que até julho era operada pela Nestlé, passa a ser totalmente operacionalizada pela Piracanjuba que agora está instalando mais equipamentos para aumentar a capacidade de processamento. 

“Estamos fazendo investimentos, máquinas estão sendo instaladas, a capacidade era menor que isto quando a gente adquiriu então estamos colocando equipamentos para aumentar este volume processado que tinha por parte da Nestlé”, disse o diretor, que revelou também que a intenção é de que a unidade comece produzindo leite longa vida, em seguida leite condensado e depois, em outra etapa, creme de leite e os achocolatados. 

“Nossa projeção é de processar 400 mil litros de leite por dia na unidade, claro que isto demanda um pouco de tempo, mas a ideia é processar em torno deste volume, que é um bom volume”, observou o gestor.

Por uma questão estratégica, a empresa não revela o volume de investimento que está fazendo, mas de acordo com o diretor, para alcançar a capacidade de produção pretendida a unidade de carazinhense deve operar com 200 a 300 colaboradores com as contrações sendo feitas de modo gradual e em curto espaço de tempo. No país, a empresa que tem oito fábricas conta mais de 3 mil colaboradores diretos.

Captação de Leite: Lorenzo destacou que a Piracanjuba tem dois postos de captação de leite no Rio Grande do Sul e o produto é levado para a fábrica em Maravilha (SC). Com a entrada da fábrica de Carazinho em operação será mais uma frente de compra. “A escolha de adquirir a unidade em Carazinho é pelo leite abundante e de qualidade que tem na região e isto casa muito bem com os nossos produtos, já que a gente almeja muito a qualidade. Vamos entrar captando um pouco mais de leite seguindo uma rampa de produção pretendida. Teremos uma produção maior do que a Nestlé vinha fabricando no passado”, frisa o diretor.

A produção em Carazinho deverá abastecer o mercado consumidor gaúcho. “Prioritariamente nós vamos atender ao mercado do Rio Grande do Sul que é um mercado que temos alguma dificuldade de competitividade pelo fato dos produtos virem de fora para vender aqui, esperamos que com esta fábrica a gente ganhe maior competitividade para vender no Estado. A prioridade é atender o Rio Grande do Sul e qualquer produção excedente a gente provavelmente venderá para São Paulo. Mas a prioridade é abastecer o Estado que é um mercado que a gente tem muito espaço para crescer e vai partir de uma posição que hoje a gente não vende muito e vai passar a vender certamente bastante”, argumentou o diretor.

Demanda por frete também deve aumentar: Todo o transporte da indústria é terceirizado e com aumento de demanda pretendida, a tendência é que a empresa movimente bastante o setor de transporte da região. “Certamente vamos ter que usar bastante as transportadoras para escoar e a gente acaba usando também a fábrica de Carazinho como um centro de distribuição de outros produtos, já que temos uma linha de produção bastante extensa que são fabricados em outras unidades e vamos transportar todos os produtos para fazer um centro de distribuição, dentro da fábrica de Carazinho então esta demanda por transporte se intensifica muito”, finalizou o diretor. (A Folha do Sul )
               

 
PIB da agropecuária registra alta de 0,4% no segundo trimestre do ano
O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária apresentou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2020, em relação ao primeiro trimestre do ano. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agropecuária foi o único setor entre os principais setores da economia que apresentou crescimento no segundo trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a agropecuária cresceu 1,2%. Segundo o IBGE, o índice pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade. As contribuições positivas vieram das culturas de soja (5,9%), arroz (7,3%) e café (18,2%). Já as culturas de feijão (-4%), milho (-0,8%) e mandioca (-0,3%) tiveram contribuições negativas. No primeiro semestre de 2020, a agropecuária teve desempenho positivo de 1,6% em relação a igual período de 2019. Segundo o IBGE, o PIB do Brasil caiu 9,7% no segundo trimestre de 2020 (comparado ao primeiro trimestre de 2020), na série com ajuste sazonal. Em relação a igual período de 2019, o PIB caiu 11,4%.  Entre os segmentos, a maior queda no segundo trimestre foi na Indústria (-12,3%), seguida por Serviços (-9,7%). Em valores correntes, o PIB totalizou no segundo trimestre R$ 1,653 trilhão, sendo que a agropecuária somou R$ 125,417 bilhões, a indústria R$ 287,544 bilhões e os serviços R$ 1,064 trilhão. (As informações são do Mapa)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 03 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.299

Programa levará tecnologias 4.0 para o agronegócio

Tecnologia - Em parceria com MAPA, MCTI e ME, a ABDI vai investir R$ 4,8 milhões em 14 projetos ligados à cadeia produtiva do agronegócio.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e os Ministérios da Agricultura (MAPA), da Economia (ME) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) lançam, nesta quinta-feira (dia 3/09), o Edital do programa Agro 4.0, que recebe inscrições até o dia 26 de setembro. Serão investidos R$ 4,8 milhões em 14 projetos pilotos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0.

O objetivo do programa é promover, por meio destas tecnologias, o aumento de eficiência e de produtividade, e  redução de custos no agronegócio brasileiro.  O Edital, na modalidade concurso, é voltado a empresas usuárias de tecnologias 4.0 do setor produtivo, especialmente, produtores rurais e agroindústrias, que irão realizar a adoção de tecnologias 4.0 em suas unidades/fazendas/plantas. Estas empresas poderão submeter propostas de projetos em parceria com demais Instituições.

“O Programa Agro 4.0 irá possibilitar e gerar uma maior disseminação de tecnologias digitais no agronegócio, com foco em aumento de eficiência, produtividade e redução de custos junto a produtores e indústrias” explicou Igor Calvet, presidente da ABDI. Ao todo, o edital contempla quatro categorias, relacionadas à cadeia produtiva do agronegócio, incluindo empresas dos setores primário, secundário e terciário.

"Essa iniciativa visa estimular o ambiente de inovação digital no agronegócio por meio de soluções práticas e aplicadas às cadeias de valor nos segmentos dentro e fora da porteira, como também em ecossistema de cadeias produtivas. Estamos alavancando o futuro do agronegócio com soluções digitais", avalia o diretor do Departamento de Apoio à Inovação para a Agropecuária do MAPA, Cleber Soares.

Para cada categoria, foram identificadas temáticas de aplicação, às quais os projetos deverão estar alinhados: (i) segmento de insumos (fertilizantes, defensivos, rações, máquinas e equipamentos); (ii) segmento primário (agricultura, pecuária, pesca, aquicultura); (iii) segmento secundário (fabricação de produtos alimentícios); e (iv) integração de segmentos, incluindo segmento terciário (integração de elos da cadeia - abrangendo serviços de tecnologia da informação e comunicação, logística, entre outros).
A premiação varia de R$ 300 mil para até quatro projetos nas categorias 1, 2 e 3; a R$ 600 mil para até dois projetos na categoria 4. Os projetos selecionados serão conhecidos ainda em 2020 e terão, a partir da divulgação, um prazo de sete meses para a execução e outros 12 meses para o monitoramento dos resultados.

Plano Nacional de IoT: Regulamentado em 2019, o Plano Nacional de Internet das Coisas – IoT tem o objetivo de implantar a Internet das Coisas como ferramenta de desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira. Para a definição das estratégias do Plano, o BNDES sugeriu quatro verticais de aplicação de IoT: indústria, saúde, rural e cidades. Para cada vertical, foi criada uma Câmara. A Câmara Agro 4.0, liderada pelo MAPA e pelo MCTI, tem como objetivo promover ações de expansão da internet no campo e a aquisição de tecnologias e serviços inovadores no ambiente rural. O Programa Agro 4.0 da ABDI foi listado, na última reunião, como uma das iniciativas acompanhadas pela Câmara.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destaca a importante missão de levar conectividade ao campo, aliada às novas tecnologias. “O Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT.Br) é estratégico para a inovação e competitividade do Brasil em setores como o agronegócio, saúde, indústria, turismo e cidades inteligentes, que foram as áreas definidas como prioridades pelo MCTI no âmbito do Plano. Dentro do agronegócio, as aplicações da Internet das Coisas e outras tecnologias 4.0 vão desde a coleta de dados para a melhoria do solo até a aplicação precisa de defensivos, por exemplo”.

Consulta Pública: Previamente ao lançamento do Edital, foi realizada uma consulta pública com ampla participação dos setores relacionados ao agronegócio e mais de 80% dos contribuintes manifestaram interesse em participar do edital.

A ABDI possui contrato de gestão com o Ministério da Economia e realiza projetos de inovação com foco na transformação digital e na adoção e difusão de tecnologias para o setor produtivo. A ABDI participa da Câmara Agro 4.0. (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)        

 

Laboratório de Qualidade do Leite investe em melhoria na prestação de serviços

Qualidade do leite - Certificado pelo Inmetro com a ISO 17025, o Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite adotou uma série de medidas que visam aprimorar o relacionamento com seus clientes ao implementar melhorias significativas na prestação de serviços. 

Entre as medidas adotadas estão a coleta das amostras nos laticínios, em veículo refrigerado e com monitoramento pleno e em tempo real; ampliação do escopo de análises de resultados com a inclusão de Caseína e Nitrogênio Uréico e realização de palestras para seus clientes com apresentação de temas específicos. Para informar as novidades e orientar quanto aos novos procedimentos, está sendo feito um atendimento direto e personalizado, canal que será mantido para estreitar o relacionamento com a clientela. Ainda este ano, o LQL irá adotar um novo software, que fornecerá relatórios mais completos aos clientes e informações importantes para cadeia produtiva do leite.

Com mais de 170 clientes ativos de toda a Região Sudeste e da Bahia e uma média mensal de 28 mil análises, o LQL da Embrapa Gado de Leite é um dos oitos integrantes da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade do Leite (RBQL) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, cujos objetivos são: monitorar a qualidade do leite cru no país, proporcionar o pleno exercício da ação fiscal com referência à qualidade do leite produzido no país, definir os protocolos operacionais para harmonização dos procedimentos laboratoriais e estruturar, alimentar e gerenciar o banco de dados de qualidade do leite no Brasil.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, a coleta direto nas indústrias, com datas previamente agendadas, está sendo possível por meio de parceria firmada com a Coopmetro. O Trabalho contribui para que amostras não sejam descartadas por problemas de conservação devido à temperatura fora do padrão, além de permitir a rastreabilidade de todo o processo logístico, desde o laticínio até o laboratório.  O analista do LQL, Anderson Christ, informa que, ao todo, são quatro rotas pré definidas, que são percorridas duas vezes por mês. Em julho, por exemplo, foram atendidos 72 clientes na primeira quinzena de coleta e 45 na segunda quinzena, totalizando cerca de 18 mil amostras coletadas, tendo sido percorridos 12.288 quilômetros.

Martins destaca que a disponibilização de resultados de análises de Nitrogênio Uréico a todos os clientes que realizem análises de Contagem de Células Somáticas e Componentes, permite ao produtor utilizar a informação no ajuste de dietas, possibilitando aumento na produção de leite. Já os resultados de análises de Caseína, fornecem dados substancialmente relevantes para o rendimento de produtos lácteos, em especial os queijos.

Outro serviço importante prestado pelo LQL é a realização de palestras e debates on line, que contribuem para a disseminação e uniformização de conhecimentos específicos. O pesquisador Alessandro de Sá, responsável pela organização e mediação dessas webinars, frisa que os temas são demandados pelos próprios clientes.  Ele ressalta que os eventos virtuais reúnem especialistas em diversos assuntos e têm obtido excelente participação do público, inclusive com encaminhamento de muitos questionamentos, que são esclarecidos pelos apresentadores. Já foram realizadas webinars para discutir as instruções normativas 76 e 77, boas práticas de manejo para controle bacteriano total (CBT), boas práticas para controle da qualidade da água na propriedade e, mais recentemente, os desafios para a manutenção do Plano de Qualidade de Fornecedores de Leite (PQFL) durante a pandemia. Para Alessandro, as medidas adotadas aprimoram o profissionalismo do laboratório e trazem impactos positivos para um maior controle da qualidade do leite no país.

A expectativa agora é pela implementação de um novo software que está em desenvolvimento e deverá ser utilizado ainda este ano. Anderson Christ assegura que além de gerar relatórios mais completos e organizados para os clientes e atores da cadeia produtiva do leite, a nova ferramenta proporcionará maior autonomia para a clientela por meio de uma interação direta com o sistema do laboratório. Também vai permitir a criação de senhas de acesso para o cliente e para os produtores a eles vinculados, possibilitando o cadastramento direto de amostras, acompanhamento de status e histórico das análises, impressão de resultados, boletos e notas fiscais, além de acesso aos dados cadastrais que facilitam atualizações, entre outros benefícios. (Embrapa)

Soro de leite/China 

As importações de soro de leite pode ser uma boa indicação.

Quando o rebanho de suínos foi reduzido, houve um impacto muito evidente na demanda de produtos de soro de leite. As importações caíram de 51 mil toneladas por mês no verão de 2018, para apenas 33 mil toneladas por mês no ano seguinte. Nos últimos 3 meses (maio a julho), essas importações foram em média de 57,6 mil toneladas.

Em julho de 2020, a China bateu o recorde chegando ao maior nível de importação de produtos de soro de leite dos últimos dez anos, 63,9 mil toneladas. Isso representa crescimento de 63% desde abril, e 64% a mais que as importações de soro em julho de 2019.  (AHDB – Tradução livre: Terra Viva)


               

 
Eu separo, você separa, nós reciclamos. 
Você já pensou se seus hábitos (antigos ou novos) contribuem para o cuidado com o planeta? Um simples gesto, que começa em cada um de nós, e que deve ser recorrente, pode contribuir para cuidar da casa de todos. Separe os seus materiais recicláveis e destine-os para a coleta seletiva. Ajude-nos a transformar o futuro.  Assista o vídeo clicando aqui. (TetraPak)
 
 

 

 

Porto Alegre, 02 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.298

Números preliminares da média diária das exportações e importações de leite e derivados
 
Média diária (Exp/Imp) – Os números preliminares da média diária das importações de leite e derivados, em dólar, na quinta semana de agosto de 2020 foram 72,5% superiores aos de agosto de 2019 e os gastos com as exportações, na média diária, cresceram 55,9%. 
Os dados foram divulgados pelo MDIC e estão resumidos na tabela abaixo.

               

Expointer digital/RS 

Um evento inédito na história dos 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil. A pandemia exigiu um esforço conjunto do governo e de entidades do agronegócio para não deixar a Expointer 2020 passar em branco. 

“Partimos para o que a tecnologia proporciona, que é nos aproximarmos e nos conectarmos virtualmente para que a gente possa divulgar nossas potencialidades e celebrar negócios, movimentar nossa economia a partir do agronegócio”, disse o governador do Estado, Eduardo Leite, no lançamento oficial da feira na tarde desta segunda (31).

Entre os dias 26 de setembro a 4 de outubro, os visitantes vão poder acompanhar transmissões por uma plataforma digital inovadora. "A gente vai aproximar aquelas mais de 420 mil pessoas que estiveram na Expointer do ano passado participando diretamente de suas casas através deste formato”, comemorou o secretário da Agricultura, Covatti Filho, no início da cerimônia.
Canais de TV Web: A plataforma exclusiva disponibilizará quatro canais com programação diária voltada para todos os públicos.

O Canal Expointer Digital transmitirá informações gerais da feira, exibindo notícias, debates, entrevistas e eventos oficiais. Os outros três canais serão segmentados. O Canal do Agro atenderá ao público do plantio com temas como tecnologia, avanços científicos, máquinas e implementos agrícolas. Tudo o que envolve criação de raças, leilões, competições, provas técnicas e morfológicas estará disponível no Canal da Pecuária. O entretenimento não ficou de fora, com o Canal de Shows exibindo apresentações de grupos musicais.

Aqueles que não puderem acompanhar as programações ao vivo poderão assistir aos acontecimentos do Parque de Exposições Assis Brasil pelo Portal Expointer Digital 2020, com acesso fácil pelo desktop ou mobile.

Agricultura Familiar: Além de um espaço físico especial no parque, os pequenos produtores da agricultura familiar terão um ambiente virtual de negócios na plataforma. Os produtos poderão ser vendidos online. As compras serão viabilizadas via WhatsApp, com entrega à domicílio ou drive-trhu - que recebeu uma estrutura especial para respeitar as regras de isolamento social. Os consumidores retiram os produtos sem sair do carro e sem contato físico com os entregadores.

Negócios: Espaços virtuais exclusivos estarão disponíveis para realização de negócios. As opções vão desde botões para direcionamento ao WhatsApp até salas de negociação com atendimento de clientes via call. Também será possível transmitir lives com conteúdos restritos e/ou exclusivos. "É a Expointer da resistência e da inovação”, salientou o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça, Leonardo Lamachi. A Febrac é uma das nove entidades coprodutoras da Expointer Digital 2020.

O setor de máquinas agrícolas, que sempre realiza grande volume de negócio na feira, não terá espaço físico este ano e, por isso, terá destaque na plataforma digital garantindo o sucesso da comercialização. “É uma novidade. Toda a novidade no início assusta, mas nós temos certeza que a Expointer Digital veio pra ficar. Ano que vem, vamos estar no Parque Assis Brasil comemorando as duas feiras juntas”, falou Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Estado, também coprodutora da feira.

Homenagem: No encerramento, o secretário Covatti Filho e governador Eduardo Leite fizeram uma homenagem aos 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil. Entregaram uma placa que será instalada no local. O prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, agradeceu o esforço de Covatti Filho: "Jamais vai substituir o que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, mas temos certeza que será um sucesso”.

São coprodutoras da Expointer Digital 2020: Febrac, Simers, Fetag, Farsul, Sistema Ocergs e Prefeitura de Esteio. Mais informações pelo email contato@expointer2020digital.com.br (SEAPDR)

Rabobank – Global Dairy Top 20, 2020 

O Rabobank publica anualmente as 20 maiores empresas do setor lácteo em volume de negócios, e destaca os movimentos estratégicos em um dos setores de alimentos mais valiosos do mundo.

As flutuações cambiais, modesto crescimento dos preços das commodities, pressões com o aumento da produção de leite nos países exportadores e limitado crescimento orgânico nas principais categorias de lácteos contribuíram para ganhos relativamente modestos no faturamento das empresas do Global Dairy Top 20 de 2020. Em termos de dólares, aumentou 1,3% em 2019, contra 2,5% de aumento registrado em 2018. Em euros, a combinação do faturamento cresceu 6,5% em 2019, depois de um desempenho negativo de 2%, em 2018.  

 
Os dados sobre o faturamento correspondem às vendas somente com produtos lácteos no ano financeiro de 2019. Foram consideradas Fusões e Aquisições (M&A)  somente de transações completadas entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2020. M&A pendentes não foram incorporadas, inclusive a aquisição da Nutricima pela FrieslandCampina e a compra dos negócios de sorvetes da Unilever no Chile.

OBS: A Terra Viva incluiu as 5 últimas publicações do Rabobank das Dairy Top 20, mostrando que nos últimos 5 anos, apenas a Dean Foods saiu do ranking das 20 maiores, em decorrência do seu pedido de falência em novembro do ano passado, cedendo lugar para a entrada da Gujarat, a grande cooperativa de laticínios da Índia. As outras 19 empresas só trocam de posição, mas, continuam entre as 20 primeiras.  

Atividades de Fusão e Aquisição (M&A) no cenário global de lácteos em 2019 totalizaram 115, ligeiramente mais que as 112 do ano anterior. (Rabobank)
               

 
AGROURBANO - Leite: "um alimento próximo da perfeição"
Confira no AgroUrbano da terça-feira (01/09) porque o leite é considerado um dos alimentos mais nobres para o ser humano. Veja também porque a raça Jersey tem o leite mais cobiçado pela indústria e entenda o motivo que fez o preço desse produto subir mais de 20% desde o início do ano. Para falar sobre esses assuntos, o jornalista Emerson Alves e o professor de gastronomia Sandro Marques recebem a médica veterinária e criadora da raça Jersey, Ângela Maraschin, e o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS, Darlan Palharini. E como de costume tem a receita preparada pelo professor Sandro Masques, que desta vez é uma deliciosa "Leche frita". O AGROURBANO TV, vai ao ar também pelo @canalbahtv , (canais 20 / 520 da Net), todas as terças-feiras a partir das 21h. Assista o programa na íntegra clicando aqui. (AgroUrbano)
 

 

  

Porto Alegre, 01 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.297

Prorrogado prazo para recursos à lista com nomes de Indicação Geográfica no Acordo Mercosul-EU

As empresas e produtores podem enviar documentação até o dia 8 de setembro

Empresas e produtores interessados em integrar a lista dos que poderão usar nomes considerados Indicação Geográfica no âmbito do Acordo Mercosul-União Europeia podem apresentar recursos até o dia 8 de setembro. O prazo, que terminava nesta terça-feira (1º), foi prorrogado conforme Portaria 3, publicada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A documentação comprobatória deve ser enviada para o endereço eletrônico tnt.sri@agricultura.gov.br e será avaliada pelo Ministério. 

No último dia 25, foi publicada a lista das empresas e dos produtores que poderão usar nomes de bebidas e queijos como Indicação Geográfica dentro do Acordo Mercosul-União Europeia.

Conforme o acordo, alguns nomes de produtos passarão a ser protegidos como Indicação Geográfica na União Europeia, com uso permitido somente se tiverem sido produzidos na região de origem. É o caso das bebidas genebra e steinhaeger e dos queijos grana, fontina, gorgonzola, parmesão e gruyère.

Porém, alguns desses nomes já eram utilizados ou tinham denominações genéricas em produtos fabricados e comercializados nos países do Mercosul. Nesses casos, empresas do Mercosul que usavam os nomes até 25 de outubro de 2017 ou 2012 (dependendo do produto), a chamada data de corte estabelecida depois da negociação entre os blocos, poderão continuar utilizando-os quando o acordo entrar em vigor. As empresas que não estiverem na lista ficarão proibidas de usar esses nomes, nem mesmo acompanhados da expressão “tipo”. (MAPA)

               

GDT - Global Dairy Trade

Piracanjuba é a maior fornecedora de creme de leite e leite desnatado UHT do Brasil

Produzir alimentos é muito mais que processar matéria-prima. Desde 1955, a Piracanjuba se propôs à missão de alimentar com amor e com qualidade, sempre prezando pela inovação, pelo sabor, e por se antecipar às necessidades dos consumidores. Por isso, a marca comemora mais um importante reconhecimento, vindo diretamente dos supermercadistas: é a campeã em fornecimento nacional de creme de leite e leite desnatado.

A divulgação é da Revista SuperVarejo e foi feita com base no 16º ranking da Nielsen, especialista em pesquisas de mercado. O estudo revelou os fornecedores que mais se destacam em 136 categorias, contemplando quase meio milhão de estabelecimentos. Para chegar aos cinco principais fornecedores, o ranking classificou as vendas em volume, durante o ano de 2019.

A pesquisa também apontou que Piracanjuba é a terceira maior fornecedora de leite integral UHT e leite condensado do país, colocando a marca em destaque com quatro produtos.

“Ser destaque entre as cinco maiores marcas fornecedoras de lácteos tem um significado especial para a Piracanjuba, afinal, comprova que os brasileiros aprovam nossos produtos e assim, os supermercadistas fazem questão de ofertar a variedade do portfólio da marca”, destaca a Gerente de Marketing, Lisiane Campos. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Piracanjuba)
               

 
Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite tem encontro virtual, diz Seapdr
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realizará um encontro virtual nesta quinta-feira (3), às 10h. Entre os assuntos debatidos estão: atualização do andamento da evolução do status sanitário do RS; alterações no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa); projetos do Programa Mais Leite Saudável; e reformas tributárias, federal e estadual. (Pagina Rural com informações da SEAPDR)

 

 

 

Porto Alegre, 31 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.296

Leite/América do Sul

No Cone Sul da América do Sul, Argentina, Uruguai e Chile, a produção de leite nas fazendas continua aumentando, principalmente, onde as condições do tempo proporcionam melhoria das pastagens. A expectativa é de que os volumes continuem crescendo na primavera.

De acordo com observadores, a oferta de leite cru é suficiente para atender as necessidades dos processadores.
A região está se acostumando com os protocolos de distanciamento social e ameaça do coronavírus, incorporando os procedimentos às normas operacionais das fábricas. As indústrias de laticínios procuram se adaptar às mudanças dos padrões de consumo, o que significa produzir mais leite fluido, particularmente, leite UHT. A produção de queijo destinada a pizzarias e restaurantes vem melhorando assim que o setor de serviços de alimentação retorna lentamente.

No Brasil o clima seco persiste, comprometendo o crescimento e a qualidade das pastagens. E mesmo que a produção de leite esteja crescendo lentamente, os volumes estão abaixo dos níveis registrados um ano antes. Os operadores das indústrias esperam por melhores condições climáticas na primavera, já que o fenômeno La Niña pode trazer mais chuvas em algumas das maiores bacias leiteiras. No momento a oferta de leite cru está aquém das necessidades de processamento. As indústrias continuam priorizando a produção de leite UHT em relação a outros produtos lácteos, já que é o item lácteo favorito dos consumidores durante a Covid-19.  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Leite/Oceania
A Austrália foi beneficiada com as recentes chuvas sobre as grandes regiões produtoras de leite, deixando o inverno ameno. O resultado são estoques confortáveis de ração e feno no início dessa nova temporada.
Os produtores estão com menor necessidade de transportar alimentos e manter estoques elevados. Os preços do feno caíram, contribuindo para melhorar a lucratividade dos produtores de leite.

Produção de leite na Europa cresceu 1,9% no primeiro semestre

Os dados do European Milk Market Observatory mostram um crescimento da produção, até junho de 2020, de 1,9% em relação ao mesmo período em 2019. Todos os principais produtores da União Europeia (UE) apresentam evolução positiva, com a França registrando aumento de 0,7% enquanto a Alemanha, de 1%. Os Países Baixos e a Polônia apresentam aumentos significativos de 2,4% e 2,8% na produção de leite no primeiro semestre de 2020, enquanto a Espanha e a Irlanda são os que apresentam os melhores valores com aumentos de 3,1% e 3,5%. 

Em relação ao mês de junho, destaca-se que houve um aumento geral de 1,4% com 173 mil toneladas de leite produzidas a mais que no mesmo mês em 2019. A Polônia é o país com maior percentagem e crescimento numérico, com um acréscimo de 4,5%, o que se traduz em mais 47.000 toneladas; seguido pela Irlanda, cuja produção aumentou em 2,9% com 30.000 toneladas de leite coletadas pelas indústrias a mais do que na temporada anterior. Holanda e Espanha se movimentam em cifras semelhantes, com aumentos percentuais de 0,9% e 0,7% com 11.000 e 5.000 toneladas a mais, respectivamente. 

O principal produtor, a Alemanha, teve aumento de 0,2% com mais 6.000 toneladas, enquanto na França houve uma diminuição da produção de 0,5%, que se traduz em uma redução de 9.000 toneladas. (As informações são do Agronews Castilla y León, traduzidas pela equipe do MilkPoint)

Nova torre de secagem da Lactalis tem data para ser inaugurada
A Lactalis Ingredients, a líder mundial na produção de soro de leite, está instalando uma nova torre em Verdun na França que será inaugurada ainda no verão de 2020. A companhia disse que isso significa o aumento da oferta da sua linha Flowhey de soro em pó em seus dois locais de produção em Mayenne e Verdun. O mercado global de soro de leite é extremamente dinâmico. A quantidade de soro líquido disponível para a indústria internacional está crescendo mais e mais a cada ano. Esse crescimento é impulsionado pelo produção de produtos lácteos: 2% ao ano de queijos. Embora os EUA continue sendo o maior exportador de soro e derivados de soro, com 400.000 toneladas por ano, a Lactalis Ingredients diz que a Europa é o líder na exportação mundial com mais de 600.000 toneladas por ano. A Lactalis Ingredients disse que agora está se posicionando como a maior produtora mundial de soro de leite desmineralizado. A Lactalis Ingredients desenvolve produtos como soro de leite em pó e outros ingredientes lácteos para atender às necessidades específicas da indústria de alimentos. (Dairy Reporter – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

 

Porto Alegre, 28 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.295

Consumo de alimentos ganha fôlego com auxílio 

Benefício de R$ 600 e limitação de oferta elevam preços dos produtos

A quarentena mudou a rotina de muitos brasileiros. Em casa, as famílias tiveram de cozinhar mais, o que afetou a dinâmica de preços dos alimentos e estimulou a venda de produtos como margarina e linguiça. Mas, ainda que seja tentador atribuir aos novos hábitos o movimento nas gôndolas e a disparada de básicos como arroz e leite, é a limitação da oferta no campo e a sustentação proporcionada pelo auxílio emergencial que dão as cartas.

O Valor entrevistou executivos da indústria de alimentos, analistas e produtores rurais para compreender as razões das oscilações expressivas nos preços de alimentos. Ao consumidor, leite longa vida e arroz subiram mais de 15% ao longo do ano, um reflexo da situação no campo - não à toa, as cotações aos orizicultores gaúchos seguem no maior nível da história, e próximas disso aos pecuaristas.

Outros produtos agropecuários, como feijão, trigo e carne de porco, também enfrentam um cenário de limitação de oferta. O ritmo aquecido da exportações, particularmente de carne suína e bovina, e o encarecimento da importação por causa da apreciação do dólar, o que afeta leite em pó e trigo, também ajudam a explicar o movimento dos preços.

“É o auxílio emergencial que está mantendo o consumo. Não há dúvida. Mesmo com o aumento de preço, o consumo está acontecendo”, ressaltou o diretor de uma das maiores indústrias de carnes do país, que pediu anonimato. No segundo trimestre, Seara e BRF aumentaram em mais de 10% as vendas de alimentos processados. Na comparação com o período pré-pandemia, o volume vendido de itens como kibe que almôndegas cresceu 17%. No caso de hambúrguer, o alta bateu 10%.

Nas regiões Norte e Nordeste, a venda de produtos cárneos surpreendeu positivamente, acrescentou um executivo da indústria frigorífica. Citando dados da consultoria Nielsen, ele disse que, de maio a junho, as vendas de alimentos industrializados à base de carnes aumentaram mais de 5%.

Entre os produtos cárneos, avaliou a fonte, a demanda está mais aquecida por produtos de “baixo valor agregado”, como salsicha e linguiça. Nesse sentido, é perceptível diferença de oscilação de preços entre tipos de carne. Conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço da linguiça subiu 6,4% no ano, ao passo que o filé mignon consumido nos domicílios registrou queda de 19,3% - nesse caso, o fechamento de restaurantes e churrascarias também pesou.

Quando se considera commodities como arroz, feijão e trigo - além de derivados -, a demanda também aumentou, mas a persistente valorização dos preços reflete, sobretudo, a menor oferta disponível. “No primeiro semestre, vendemos 10% mais arroz. Mas desde junho os pedidos vêm voltando aos patamares normais”, contou Renato Franzner, diretor de vendas da Urbano Alimentos.

No caso do arroz, os estoques estavam baixos, após a quebra da safra gaúcha da temporada passada. Somado à maior demanda internacional, que fez o Brasil elevar as exportações de arroz em casca, e à manutenção da procura nacional, os preços seguiram elevados.

Situação semelhante ocorre com o feijão. Com o estoques apertados após a quebra da primeira safra no início do ano, os preços não arrefeceram. “Passaremos um período de escassez”, disse o diretor de política agrícola e informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sérgio De Zen. Ao consumidores, o preço do feijão aumentou entre 19% e 34% no ano, a depender da variedade, conforme o IPCA.

A Conab prevê que a terceira safra da leguminosa, ainda sendo colhida, crescerá 13,4%. Mas mesmo se confirmadas as previsões, ainda faltará feijão porque a terceira safra representa 23% do total produzido no país, e a próxima colheita será só no começo do ano que vem. “Ainda tem pouco produto disponível para comprar”, disse Franzner, da Urbano.

No mercado de trigo e derivados, a demanda também está aquecida. ”Só não se vende mais porque nossas capacidades produtivas estão limitadas. Há muita demanda para massas secas e massas frescas”, disse o representante da cooperativa gaúcha Cotriel, Cesar Pierezan.

Como no caso das outras commodities, a forte demanda e a menor oferta de trigo nos últimos meses fizeram os preços aos agricultores baterem recorde no Paraná e Rio Grande do Sul. Ao consumidor, os preços da farinha de trigo subiram quase 12% no ano, e o macarrão, 3%, acima do índice geral da inflação, que acumulou alta de só 0,46% no período.

Entre os laticínios, foi a combinação de menor oferta, fruto do atraso da safra no Sul, cautela dos produtores e aumento das vendas que fez os preços dispararem. Em meio às incertezas provocadas pela pandemia, muitos laticínios haviam indicado, ainda em abril, que a demanda seria menor e que os pecuaristas deveriam reduzir a produção. No entanto, o auxílio emergencial ampliou a demanda, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) e sócio do Laticínios Jussara, Laércio Barbosa.

Cientes do papel do auxílio para amparar as vendas, os empresários já se preparam um cenário negativo com o fim ou redução do benefício. “Vamos passar este ano tranquilos. Mas em 2021 vamos pagar a conta”, reconheceu um executivo. (Valor Economico)

 
               

Leite/Europa
O calor extremo no meado de agosto na Alemanha e França resultaram em menor produção de leite. Observações preliminares concluíram que a produção não apenas foi menor do que na semana anterior, mas, também ficou abaixo de um ano atrás.
A produção de leite em junho de 2020 foi 1,5% acima em relação a junho de 2019, de acordo com a Eurostat. De janeiro a junho de 2020 a produção de leite ficou 1,4% acima da verificada entre janeiro e junho de 2019.

A variação da produção de leite, em alguns países, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2019 foram: Alemanha (+1%); França (+0,7%); Irlanda (+3,5%); Holanda (+2,4%); e Itália (+3%), segundo o site CLAL.   
 
A produção de queijo no mês de junho de 2020 foi 4,3% maior do que a registrada em junho de 2019, de acordo com a Eurostat. No acumulado do ano até junho, subiu 2%.

As variações por países produtores, no primeiro semestre de 2020 e os seis primeiros meses de 2019 foram: Alemanha (=3,4%); França (-0,5%); Holanda (+2%); Itália (-0,3%). E Irlanda (+7,1%).

As exportações de queijo pela União Europeia (UE) de janeiro a junho atingiram 650.738 toneladas, volume igual ao registrado no mesmo período de 2019, de acordo com a Eurostat. Os maiores importadores em quantidades e variação percentual em relação a 2019 são: Reino Unido, 203.776 toneladas (-21%); Japão, 63.812 toneladas (+12%); e Estados Unidos, 52.344 toneladas (-12%).

No Leste europeu a produção de leite na Polônia em junho foi 4,6% superior à verificada em junho de 2019. No primeiro semestre a produção foi 2,8% superior ao volume de janeiro a junho de 2019. A variação da produção de algumas commodities lácteas na Polônia no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2019 foram: queijo (+4,7%); manteiga (+10,7%); leite em pó desnatado (+3,6%) e leite em pó integral (-4,2%). (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Qualidade/Chile

O aumento na concentração de matéria gorda e proteína é um dos aspectos de destaque do Boletim do Consórcio Lechero, revelando os avanços conseguidos pelo setor. O documento “Setor Lácteo: Produção e qualidade do leite processado no Chile” faz parte dos Indicadores Setoriais 2019, publicação do Consorcio Lehcero que desde 2014 analisa a informação sobre a produção nacional, sob a coordenação de René Anrique. 

Estes indicadores setoriais analisam os dados da produção por região e comunidade, número de fornecedores das indústrias, indicadores de qualidade como sólidos (matéria gorda e proteína). Contagem de Células Somáticas (CCS), e Unidades Formadoras de Colônias (CBT, sigla em português) e o avanço nos programas de erradicação de brucelose, tuberculose, leucose e PABCO, de forma a avançar nas metas propostas pelo setor, através do monitoramento da informação de 14 empresas processadores de lácteos, que representam quase 95% da captação nacional de leite, segundo o cadastro relatado pelo Departamento de Estatísticas (ODEPA). 

Um dos dados mais reveladores deste monitoramento é o nível dos componentes dos sólidos do leite, a parte comercial mais valorizada pela indústria de laticínios, um indicador que mostra o teor de matéria gorda e proteína, e que vem registrando aumento sustentado na produção nacional. A meta proposta pelo Consorcio Lechero era conseguir 7,6% de sólidos em 2019, e de acordo com o boletim, o percentual foi de 7,66% a nível de país, o que significa um notável aumento. Em 2012 o percentual era de 7,36%. Na região sul (La Araucanía a Los Lagos) este percentual foi de 7,7% em 2019, enquanto que na zona central (Bío Bío) foi de 7,2%. Este é um indicador dinâmico, que continuará adequando-se no futuro, à medida que as indústrias valorizam cada vez mais os sólidos. O consumidor está atento à proteína láctea como nutriente e a matéria gorda vem sendo reconhecida pela sua importância do ponto de vista da saúde e da nutrição. “Ambos componentes são reconhecidos economicamente, e impacto no preço pago ao produtor”. 

Enquanto as indústrias concentram-se nos sólidos para agregar maior valor aos produtos lácteos e ao leite que é distribuído ao consumidor. Para Octavio Oltra, o melhoramento nos parâmetros é resultado do esforço dos produtores e do apoio tecnológico que recebem tanto em genética como em alimentação, e que agora começam dar frutos.   O documento também apresenta indicadores nacionais sobre o avanço na qualidade higiênica do leite. O manejo sanitário, fruto do trabalho conjunto entre indústria e produtores, apresentando melhoramento nos indicadores CCS e CBT de forma consistente melhorando 20% e 28%, respectivamente de 2014 a 2019. Também há o avanço com o aumento da quantidade de leite procedente de fazendas oficialmente livres de brucelose (quase 97%) e tuberculose (90%). Por outro lado, hoje 83% do leite do Chile é procedente de propriedades que estão no programa PABCO o que implica em aumento de 38% em relação a 2014. (Diario Lechero - Tradução livre: Terra Viva)
                

 
Incertezas sobre tendência para os próximos meses
Líderes de entidades do setor de laticínios avaliam que não há clareza sobre o comportamento dos preços nos próximos meses. O cenário dependerá dos desdobramentos da pandemia de coronavírus e de seus impactos no consumo. Além disso, empresários e produtores seguem de olho na variação cambial, já que o dólar mais alto tende a dificultar importações. - Há uma sinalização de que os preços podem permanecer em patamar de recuperação. Mas existem muitas incertezas em razão da pandemia. Enquanto não houver vacina contra o vírus, vai ser difícil fazer qualquer tipo de previsão - pondera o presidente do Conseleite-RS, Rodrigo Rizzo. Apesar da elevação recente, a tendência de preços pode mudar rapidamente, porque o setor é influenciado por fatores diversos, reforça o presidente do Sindilat- RS, Alexandre Guerra: - A necessidade de produtores e indústria é de que os valores se mantenham no patamar atual. Os custos subiram muito. Nos últimos anos, o aumento de despesas e a redução nos ganhos foram motivos apontados para o encolhimento do setor no Rio Grande do Sul. Balanço da Emater-RS, de dezembro passado, dá dimensão desse movimento. De 2015 para 2019, o número de produtores gaúchos caiu cerca de 40%. Passou de 84,2 mil para 50,7 mil. Ou seja, 33,5 mil deixaram a atividade no Estado. (Zero Hora)
 
 

 

 

Porto Alegre, 27 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.294

Tetra Pak soma 50 bilhões de embalagens recicladas globalmente em 2019

22° Relatório de Sustentabilidade compila visão completa da longa jornada de sustentabilidade da companhia, ações desenvolvidas no último ano e as expectativas para a próxima década.

Sustentabilidade está no centro da estratégia dos negócios e operações da Tetra Pak. Presente em mais de 160 países, a companhia mantém uma atuação sustentável e holística, com ações que permeiam três grandes frentes atreladas à promessa de marca de Proteger o que é Bom, o que engloba a proteção dos alimentos, das pessoas e dos futuros.

Referência na fabricação de embalagens e soluções de processamento de alimentos e bebidas, a Tetra Pak anuncia que, em 2019, somou 50 bilhões de embalagens cartonadas direcionadas para reciclagem em todo o mundo. Na última década, a companhia também deixou de emitir o equivalente a 10 milhões de toneladas de carbono, fruto de uma série de adequações em suas operações. As informações constam na 22° edição do Relatório de Sustentabilidade da companhia, divulgado em agosto.

No Brasil, mais de 81 mil toneladas de embalagens pós-consumo foram recicladas somente em 2019. Em partes, o número é resultado da condução de ações socioambientais realizadas pela companhia, que impactaram mais de 135 mil pessoas no último ano. Os projetos envolveram desde a capacitação de trabalhadores de cooperativas de materiais recicláveis e melhorias na estrutura desses espaços até ações de conscientização sobre a importância do descarte adequado de resíduos e sólidas parcerias com recicladores de modo a contribuir e tornar viável que os materiais direcionados para reciclagem sejam reincorporados a um novo ciclo.

Outros dados que se destacam nas três frentes são: Globalmente,  69% da energia nas operações provenientes de fontes renováveis e no Brasil esse índice chega a 100%; crescimento local de 10% de mulheres em posições de liderança; colaboradores mais produtivos após programa de trabalho flexível; participação em programa de nutrição escolar em mais de 50 países e apoio a pequenos agricultores de laticínios para a coleta de mais de 380 mil litros de leite. 

O material também apresenta reconhecimentos importantes para a Tetra Pak, como estar presente, pelo quarto ano consecutivo, na lista A do CPD (Carbon Disclosure Program), programa sem fins lucrativos que reconhece iniciativas para reduzir emissões e atenuar as mudanças climáticas. Além disso, a Tetra Pak foi classificada na categoria de líderes em 2019, méritos alcançados pelos esforços contra as alterações climáticas e proteção às florestas, bem como por impulsionar o fornecimento sustentável na cadeia de suprimentos de alimentos e bebidas.

Entre os objetivos para 2030, a Tetra Pak foca em contribuir para uma sociedade de baixo carbono, buscando minimizar o impacto em toda a cadeia de valor, alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) nas operações próprias,  aumentar a sustentabilidade da caixinha com uma embalagem totalmente renovável e que tenha em sua composição materiais reciclados, sem que isso comprometa a segurança do alimento.

“O relatório reflete nossos esforços contínuos e as iniciativas implementadas globalmente ao longo da nossa jornada em sustentabilidade, o que envolve nossa forma de enxergar um futuro sustentável que equacione desafios ambientais, sociais e econômicos”, afirma Valéria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak do Brasil e Cone Sul. Segundo a executiva, entre esses esforços estão: ajudar a garantir a segurança do alimento, garantir uma cadeia de valor responsável, promover a diversidade e a inclusão, e contribuir para uma economia circular de baixo carbono. 

Decisões guiadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Com atuação fortemente pautada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, a Tetra Pak mantém um trabalho bastante próximo a clientes e parceiros para tornar os alimentos seguros e disponíveis, utilizando soluções inovadoras de processamento de alimentos e embalagens. 

Já na frente que foca na proteção às pessoas, a Tetra Pak promove o desenvolvimento de seus colaboradores, além de assegurar um ambiente de trabalho e uma cultura inclusivos. A companhia também atua para proteger e apoiar comunidades onde seus fornecedores operam, olhando para uma cadeia de valor que proteja os direitos humanos e trabalhistas.

E, olhando para um futuro mais sustentável, a companhia tem entre seus objetivos estratégicos liderar soluções de baixa emissão de carbono para uma economia circular e aprimorar a sustentabilidade de toda a cadeia de valor, do fornecimento e produção até o pós-consumo. Isso inclui minimizar as emissões e o desperdício, proteger a biodiversidade e os ecossistemas, manter a disponibilidade de água potável e promover a reciclagem e a circularidade dos materiais. 

“Acreditamos que, para atuar nesses três pilares com solidez e resultados, é preciso trabalhar em conjunto com nossos clientes, fornecedores, parceiros e demais stakeholders. Apenas dessa forma colaborativa poderemos liderar a transformação sustentável e gerar uma mudança positiva”, ressalta Valéria. Acesse aqui para consultar o relatório completo. (Tetra Pak) 

 
               

Reforma deve elevar os custos e preocupa produtores de leite
As três propostas de reforma tributária em debate atualmente no Congresso Nacional têm potencial de aumentar a carga de impostos no agronegócio e elevar os custos de produção no campo. Na avaliação de lideranças do setor, tanto as grandes cadeias exportadoras, como soja e carnes, quanto atividades desenvolvidas pela agricultura familiar - e com influência no preço da cesta básica -, a exemplo de frutas e leite, serão impactadas e poderão perder competitividade caso qualquer um dos textos seja aprovado como está.

Em Mato Grosso, que lidera a produção nacional de soja, milho e carne bovina, a alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de 25% prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, por exemplo, poderá gerar aumento de custos de R$ 6,3 bilhões por ano nessas três culturas, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). “Isso representa um quarto do total investido no agronegócio do Estado em 2019. A proposta reduz a capacidade de investimentos do setor e inviabiliza algumas culturas”, disse Daniel Latorraca, superintendente do órgão.

Nos cálculos do Imea, o aumento nos custos de produção seriam de 11% no caso da soja, de 10% no milho e de 15% na pecuária. Dependendo das condições de mercado, observou Latorraca, a rentabilidade no milho poderia quase desaparecer, e a da soja cairia mais de 50%.

A PEC 45, discutida no momento pela Câmara dos Deputados, também é considerada a mais prejudicial ao agronegócio pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por acabar com benefícios tributários como as isenções sobre insumos - fertilizantes, defensivos e sementes. O aumento do custo de produção com o fim das desonerações ronda os 20% em diversas culturas, e poderá haver impacto até na oferta de crédito, de acordo com a CNA.

“Esse aumento de custo vai exigir mais fluxo de caixa do produtor e vai pressionar o Plano Safra”, disse ao Valor Renato Conchon, coordenador do núcleo econômico da entidade. Outra preocupação é com a burocracia, já que a proposta torna o produtor rural um contribuinte direto do tributo. “Obriga os produtores a terem uma contabilidade mínima, mas 98% deles são pessoas físicas. Eles não vão ter condições de fazer, principalmente os pequenos”.

Esse item preocupa o segmento leiteiro, formado basicamente por pequenos produtores. A exigência pode expulsar muita gente do ramo, argumenta a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

A CNA também teme pela competitividade brasileira no cenário internacional. “Os nossos concorrentes tratam diferentemente o setor, não tributam insumos, não adotam alíquota ou usam alíquota diferenciada para alimentos. O setor agropecuário tem que ser pensado diferente na reforma”, disse Conchon.

A PEC 110/2019, em análise no Senado, até garante um tratamento diferenciado ao agronegócio, com isenção de insumos, e prevê alíquota máxima de 4% sobre alimentos. Mas extingue créditos com uso da energia elétrica, que podem gerar custo adicional.

Já quanto ao projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso para criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), a preocupação do setor é com a elevação da alíquota para 12% (hoje em 9,25% com PIS/Cofins) e a diminuição do percentual do crédito presumido, de até 60% para 15%.

A medida, segundo Conchon, pode prejudicar a agroindústria no aproveitamento dos créditos e afetar indiretamente os produtores nos preços pagos a eles. “O fato é que todas as propostas de reforma, em maior ou menor grau, impactam o setor”, acrescentou ele.

A apreensão do setor também é com o que está por vir, como as reformas dos tributos sobre a renda e sobre a propriedade, já que os três textos de agora tratam de tributação apenas sobre o consumo.

O advogado tributarista Eduardo Lourenço, sócio do escritório Maneira Advogados, defende que a premissa da reforma deve ser simplificar a arrecadação e manter o custo tributário no setor, não elevá-lo. Para ele, a discussão também é uma oportunidade de deixar mais clara na lei a aplicação do ato cooperativo, para que não haja tributação na relação entre o cooperado e a cooperativa, e evitar interpretações fiscais que possam onerar o segmento.

Na semana passada, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que as propostas “preocupam muito”. “O setor acordou um pouco tarde, mas está correndo. O agro tem que estar de olho ou pode ter perdas significativas”, afirmou ela durante uma transmissão ao vivo. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também está se articulando para evitar oneração do setor na votação do tema, que deve ser discutido em breve com o relator na Câmara, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB). (As informações são do Valor Econômico)

Novos insights sobre compra e consumo de lácteos nos EUA
A geração Millenials e famílias com crianças são os principais públicos que impulsionam o crescimento do setor de laticínios no varejo desde o início da pandemia, de acordo com Megan Sheets, gerente de informações do consumidor da Midwest Dairy.

Sheets apresentou uma nova pesquisa sobre os gastos do consumidor com lácteos, junto com Chris Costagli, consultor de insights do cliente, da Information Resources Inc. (IRI), durante o webinar “Navigating Dairy Growth Post-Covid-19”, realizado em 19 de agosto.

“O lar é o novo centro de tudo”, disse Sheets. “Como resultado da pandemia, houve um grande aumento nas refeições em casa. Antes da Covid-19, cerca de 20% da população dos EUA comia 90% das refeições em casa. Agora, cerca da metade das famílias relatam comer em casa em pelo menos 90% do tempo.”

“O aumento das refeições no lar é um fator que contribui muito para o aumento nas vendas de lácteos no varejo”, disse Sheets. As vendas totais em dólares no setor de laticínios ultrapassaram o crescimento das lojas desde o início da pandemia e até o momento. Em 2 de agosto, as vendas do setor de lácteos em 2020 aumentaram 15% em relação ao ano passado.

Para saber mais sobre o público que está impulsionando esse crescimento, a Midwest Dairy fez parceria com a IRI para conduzir uma pesquisa online com consumidores dos EUA que aumentaram seus gastos com leite, queijo, iogurte e manteiga em pelo menos 25% em lojas de varejo nos últimos três meses. A pesquisa foi realizada de 25 de junho a 2 de julho.

“O sabor, a natureza básica dessas categorias, a nutrição que oferecem e sua salubridade foram os principais fatores para o aumento do consumo durante a Covid-19”, diz Costagli. “Aqueles que aumentaram o consumo relataram que isso o consumo de lácteos os deixava satisfeitos, nutridos, confortados e saudáveis.”

“Desde o começo da pandemia de Covid-19, as categorias de queijo, manteiga, iogurte e leite experimentaram um crescimento”, disse Costagli, observando que o consumo de laticínios aumentou em todas as partes do dia, com os maiores aumentos no café da manhã e como lanche.

“O queijo é uma categoria de ingrediente de destaque”, disse ele. No acumulado do ano, o volume de vendas de queijos cresceu para mais de 16%, impulsionado pelo aumento do consumo ao longo do dia, mas principalmente durante o café da manhã, tarde, lanche e lanches noturnos. Costagli disse que o consumo de queijo em sanduíches cresceu 40%, o que faz sentido, uma vez que as crianças não vão à escola e muitas empresas estão mudando para trabalhar em casa.

A manteiga teve um aumento de 32,6% no volume de vendas acumulado no ano, de acordo com dados do IRI. "Mais da metade das pessoas que gastam mais com manteiga dizem que estão preparando mais refeições e assados", diz Costagli.

O iogurte também aumentou o volume de vendas no ano em cerca de 3%. Como a manteiga, o consumo de iogurte aumentou mais durante o café e o lanche da manhã. Seu uso também aumentou como ingrediente e como guloseima. No entanto, Costagli disse que o iogurte não teve o mesmo aumento nas vendas de outras categorias e isso é potencialmente devido à sua natureza de dose única, e ao fato de ter menos pessoas em movimento.

"O volume de vendas de leite cresceu mais de 4% em 2020, com o café e o lanche da manhã liderando, disse Costagli". Embora a utilização em bolos e sobremesas seja o principal motivador para esta categoria, ele observa que este ingrediente também era usado quando os entrevistados estavam procurando por uma guloseima.

As compras em supermercados físicos ainda são o principal método e local para comprar laticínios, mas muitos entrevistados acessaram a internet para fazer suas compras e Costagli espera que o comércio eletrônico aumente.

Os respondentes da pesquisa afirmam que as principais barreiras para a compra on-line são: falta de interação humana nas lojas, sensação de que não estão fazendo o mesmo negócio que fariam na loja, taxas/dicas de entrega, preferências pessoais e necessidades imediatas. Os entrevistados também apontaram essas opções como as principais barreiras para comprar laticínios, além de se sentirem menos à vontade para comprar online.

Quando questionados sobre o que os fabricantes de lácteos poderiam fazer para levar os consumidores a comprar mais, os entrevistados indicaram que gostariam de ver economia de custos, aumento da produção, manterem-se informados sobre as medidas de segurança empregadas e que as empresas deveriam mostras novas maneiras de usar o produto. “Da mesma forma, os entrevistados disseram que procuram os varejistas para obter descontos e disponibilidade de produtos”, disse Sheets.

Para sustentar esse crescimento, Sheets compartilhou as oportunidades de ativação da Midwest Dairy, que incluem a personalização de promoções de marketing para compradores com base na nova pesquisa, para futuras ocasiões de uso, como promoções de "jantar fora em casa" e outras campanhas. Ela diz que outras oportunidades estão disponíveis para responder às barreiras das compras online de laticínios usando vídeos e corredores virtuais de lojas que ajudam os compradores a se conectarem com os laticínios, destacar informações sobre nutrição e bem-estar promovidos pelos lácteos, e personalização de campanhas de marketing para clientes a fim de atender às necessidades das famílias.

“Os consumidores realmente já estão se adaptando ao novo normal e adotando o estilo de vida doméstico, então a categoria de laticínios precisará se ajustar para evoluir para as necessidades do consumidor e permanecer relevante”, diz Sheets. (As informações são do Cheese Market News, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

                

 
Produção/AR
O Departamento Nacional do Leite informou que em julho foram produzidos 965,4 milhões de litros, o que significa crescimento de 5% em relação a junho  e de 8% quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Dessa forma, o acumulado desde o início do ano cresceu 9%, em relação ao mesmo período do ano anterior, e permite avaliar que 2020 deverá fechar com crescimento em torno de 7,5%. A má notícia para os produtores é que no mês passado o preço pago pelo leite cru permaneceu estagnado, o que complica a equação econômica e financeira do setor. De acordo com as estatísticas oficiais, o preço médio pago foi de AR 18,33 por litro de leite, valor que representa apenas 0,4% de aumento em relação a junho, e apenas 20% na comparação anual, valores que não chegam a cobrir nem metade da inflação acumulada. Do mesmo modo, este preço significa aproximadamente US$ 0,24/litro, uma cotação que está longe do ponto de equilíbrio para as fazendas leiteiras: a conta que fazem na cadeia é que são necessários US$ 0,30 para que a atividade, pelo menos, deixe de perder. O problema neste contexto é que a maior oferta de leite vai de encontro com um mercado interno que consome cada vez menos em consequência da pandemia de Covid-19 e da quarentena. O mercado exterior é desanimador devido aos preços internacionais do leite em pó (principal produto de exportação) que voltaram a cair no último leilão da Fonterra e no mercado de futuros da Nova Zelândia. (AgroVoz – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 26 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.293

Mapa realiza live para debater as atualizações no RIISPOA voltadas a empresas do setor lácteo
RIISPOA - Foi realizada uma live pela Secretaria de Defesa Agropecuária-SDA / Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal-DIPOA sobre as atualizações no RIISPOA voltadas para empresas do setor lácteo.
A live teve a duração de duas horas e contou com a participação Ana Lúcia Viana - Diretora do DIPOA/SDA e Alexandre Campos - Coordenador-Geral de Inspeção. 
Foram apresentadas as principais alterações no RIISPOA relacionadas ao setor lácteo de acordo com o Decreto nº 10.468/2020. 
A Live foi gravada e pode ser acessada no canal da Escola Nacional de Gestão Agropecuária clicando aqui.  (Terra Viva)
               

Rebanho leiteiro do Uruguai cresceu 8%
Os números preliminares do Dicose 2020 mostram uma recuperação de 8% do rebanho leiteiro do Uruguai, apesar das dificuldades que o setor atravessa, carregando uma dívida pesada e muita incerteza nas costas. Em 2019, o rebanho leiteiro uruguaio era de 767.342 cabeças e cresceu para 829.588 cabeças em 2020, segundo dados primários divulgados pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca nesta semana, com base em uma projeção. Boa parte desse crescimento foi na categoria de novilhas e houve um menor volume de exportação de bezerros e novilhas para a China em comparação a outros anos. Desta forma, o produtor conseguiu substituir boa parte das vacas que estavam em final de vida produtiva, incorporando novos animais, com um futuro melhor e com maior vida reprodutiva. Não foram divulgados os números da produtividade individual por animal, que certamente devem ser maiores, porque o clima obrigou os produtores a usar mais rações e concentrados. Por outro lado, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale), a remissão de leite para julho subiu 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior e foram retirados 1,168 bilhão de litros no acumulado anual. O preço que o pecuarista recebeu em julho foi de 12,31 pesos por litro – apenas 0,5% maior que no mês anterior – ou US$ 0,29 por litro. O setor pagou 168,2 pesos (US$ 3,92) por quilo de sólidos (gordura e proteína), que são insumos básicos dos produtos que produz. (As informações são do El País, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Secretário da Agricultura apresenta proposta para realização da primeira Expointer Digital
O secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho, apresentou na segunda-feira (24) um planejamento para realização da Expointer Digital. A proposta será avaliada pelas seis entidades copromotoras do evento antes da divulgação oficial. O objetivo é abrir o diálogo para ajustes que viabilizem os ganhos de todos setores ligados à feira: tecnologia, inovação, agricultura familiar e pecuária. Participaram do encontro representantes do Simers, da Febrac, da Fetag, da Farsul e do Sistema Ocergs, além da prefeitura de Esteio. “Não podemos simplesmente cancelar um evento que rendeu R$ 2,7 bilhões em vendas no ano passado. Vamos acompanhar as tendências e unir esforços para que todos os setores envolvidos sejam contemplados na primeira feira virtual”, disse o secretário. O Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, completa 50 anos no próximo sábado, 29 de agosto. (SEAPDR)

Produção/EU
Os dados apresentados pelo Observatório Europeu do Mercado de Leite mostram crescimento de 1,9% da produção, até junho de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. Todos os principais produtores da União Europeia (UE) tiveram números positivos. A França subiu 0,7% e a Alemanha 1%. Holanda e Polônia mostram crescimentos significativos de 2,4% e 2,8%, respectivamente, enquanto que os maiores incrementos ocorreram na Espanha (+3,1%) e Irlanda (+3,5%). Em relação ao mês de junho, houve um crescimento total de 1,4%, o correspondente a 173.000 toneladas de leite de vaca captados a mais em relação ao mesmo mês de 2019. A Polônia foi o país com maior crescimento, tanto em percentual como e volume, 4,5% traduzidos em 47.000 toneladas a mais de leite. Em seguida vem a Irlanda com a produção subindo 2,9%, proporcionando 30.000 toneladas de leite extra para as indústrias, em comparação com a campanha anterior. Holanda e Espanha tiveram cifras similares com aumentos percentuais de 0,9% e 0,7%, e 11.000 e 5.000 toneladas a mais de leite. (Diario Lehcero – Tradução livre: Terra Viva)

                

 
Audiência pública debate propostas do governo para Reforma Tributária nesta quinta-feira
Debater as propostas enviadas pelo governo do Estado referentes à Reforma Tributária. Esse é o objetivo da audiência pública virtual que será realizada nesta quinta-feira (27/8), a partir das 14h. O encontro será transmitido através do canal no YouTube da TV Assembleia (https://www.youtube.com/user/tvalrs), do Facebook da ALRS, do canal aberto 61.2 e do Canal 16 da Net. A audiência foi convocada pelo presidente da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, deputado Luís Augusto Lara (PTB) e pelo Relator da Subcomissão para tratar da Reforma Tributária, deputado Giuseppe Riesgo (NOVO).