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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.440


Exportações brasileiras de leite crescem 59%

Segundo dados divulgados nessa quinta-feira (08/04) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -92 milhões de litros em equivalente leite no mês de março, uma queda de 10% quando comparada a fev/21 (ou seja, a balança ficou “menos negativa”).

Com a alta nos preços internacionais dos últimos eventos do leilão GDT e o dólar se sustentando em patamares elevados, tivemos em março, um leite brasileiro competitivo no mercado internacional, e o produto estrangeiro “caro” para chegar ao Brasil.

Como resultado, houve um aumento de 59% nas exportações brasileiras em relação a fev/21 (em equivalente litros de leite), e se compararmos com o mesmo período do ano passado, vemos um valor 40% maior. O volume importado, por sua vez, foi 6% menor em relação a fev/21. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos (2017 -2021).


 
Fonte: elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT

Apesar da tomada de fôlego para os lácteos no início de março, no fim do mês o novo lockdown na maioria das cidades e a demanda enfraquecida prejudicaram o ritmo de vendas para os derivados, resultando num mercado interno retraído.

Os preços continuam mornos e os estoques em patamares elevados para os queijos.  Esses fatores, em conjunto com a alta nos preços internacionais, foram determinantes para a redução das importações no mês de março.

Entre os produtos importados, os leites em pó e os queijos foram aqueles com maior participação na pauta importadora em março. O leite em pó integral foi aquele que apresentou variação negativa mais relevante, -65% em relação a fevereiro de 2021.

Em relação às exportações, os produtos que sustentaram o aumento no mês de março foram os leites condensados, cremes de leite, queijos e o leite UHT, que juntos representaram o total de 78% de todo o volume exportado.

O leite condensado sozinho teve 31% de participação, com aumento de 188% em relação ao mês anterior. Apesar de volumes não muito significativos, o mês de março possibilitou um salto positivo nas variações de alguns produtos como o soro de leite (+733%), o leite em pó semidesnatado (+308%), o leite evaporado (+338%), as manteigas (+309) e os doces de leite (+209%).

No último leilão GDT, os preços internacionais do leite em pó integral se mantiveram estáveis, fechando em US$ 4.085/ton. No entanto, apesar da ‘estabilidade’ este valor é pouco competitivo com os nossos preços internos, que giram em torno de US$ 3.800/ton no momento. Assim, a janela para a exportação do produto segue aberta.

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março desse ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em março de 2021.


 
Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.


Embrapa e Lactalis estudam parceria no desenvolvimento da pecuária leiteira nacional

Empresa responsável pela captação de 20,1 bilhões de leite no mundo está se tornando um dos maiores conglomerados de produção de lácteos do Brasil

Em encontro online da qual participaram gestores da Lactalis e pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), as empresas anunciaram interesse em parceria para enfrentar os principais gargalos da produção de leite no Brasil: produtividade, qualidade, sanidade e produção responsável.

Segundo Armindo Neto, responsável pela captação de leite da Lactalis, a soma dos esforços das instituições pode fazer com que o país se torne exportador de lácteos. “A Lactalis tem a pretensão de transformar o Brasil em hub de exportação para toda a América Latina”, diz Neto.

Fundada há 85 anos na França e o maior grupo de lácteos do mundo, a Lactalis tem 47% de participação no mercado europeu, 24% nas Américas, 13% na África e 16% na Oceania. No entanto, é definida por Neto como uma empresa “glocal” (global + local).
“Somos um grupo internacional que leva em conta as realidades locais”, afirma.

Paulo do Carmo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, afirma que a Lactalis, responsável pela captação de 20,1 bilhões de leite no mundo, está se tornando, rapidamente, um dos maiores conglomerados de produção de lácteos do Brasil.

“Embora o nome ‘Lactalis” seja pouco conhecido pelo consumidor, a empresa é responsável por marcas tradicionais como Itambé, Parmalat, Cotochês, Batavo, Elegê, Poços de Caldas, Du Bom, Boa Nata e Presidente, possuindo grande capilaridade na pecuária de leite nacional”, diz Paulo do Carmo Martins.

Ainda segundo Martins, a parceria entre as instituições terá como objetivo o treinamento de técnicos e a realização de palestras a produtores, além do desenvolvimento de conhecimento em conjunto.

“Entre outros temas, iremos focar no bem-estar animal e em questões ambientais, sob a ótica do ‘ESG’, garantindo as boas práticas de produção que assegurem cuidados com o meio ambiente e com a sociedade”, diz Martins. “ESG” é a sigla em inglês para Environmental, Social and Corporate Governance.

Traduzida como governança ambiental, social e corporativa, refere-se aos três fatores centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento ou negócio. A análise desses critérios ajuda a determinar melhor o desempenho futuro das empresas. (Embrapa Gado de Leite)

Tempo seco e frio na maior parte do Rio Grande do Sul na próxima semana

Os próximos dias de abril serão de baixos volumes de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 14/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga.

Nesta sexta-feira (09), o tempo firme predominará, com elevação das temperaturas em todo Estado. No sábado (10) e domingo (11), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Campanha e Zona Sul.

Na segunda (12), o tempo seco predominará na maioria das regiões. Somente nas faixas Norte e Nordeste ainda ocorrerá grande variação de nuvens, com chance de chuvas isoladas. Na terça (13) e quarta-feira (14), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme e provocará o declínio das temperaturas, com mínimas abaixo de 10°C na maioria das regiões e valores próximos de 5°C na Campanha e Campos de Cima da Serra.

Os valores de precipitação previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das localidades da Metade Norte. Nas demais regiões os totais oscilarão entre 25 e 60 mm, mas poderão superar 100 mm no Extremo Sul do Estado. O Boletim  Agrometerológico completo pode ser acessado clicando aqui. (SEAPDR)


Jogo Rápido

CADASTRE-SE E CONCORRA
Cadastre-se e receba a NEWSLETTER SINDILAT diariamente, via whatsapp, com as notícias mais importantes do setor lácteo na palma da sua mão. CLIQUE AQUI e inscreva-se no período de 09/04/2021 a 23/04/2021, às 8h30min e concorra a um ingresso para o evento Fórum Milkpoint: Mercado e Rentabilidade – Os grandes desafios do leite brasileiro – 10º edição, on-line, que acontece nos dias 27 e 28 de Abril. Boa sorte! Confira regulamento no site. (Sindilat/RS)

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Porto Alegre, 08 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.439


Sindilat sorteia inscrições para o Fórum Milkpoint Mercado

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) sorteará duas inscrições para o Fórum Milkpoint Mercado, que ocorrerá nos dias 27 e 28 de abril de forma on-line, entre os usuários registrados para receber diariamente a newsletter do Sindilat via WhatsApp. Esta é publicada diariamente desde 2006 sob o número da edição 3439. Para participar, é necessário já ser cadastrado ou realizar a inscrição para receber o informativo até o dia 23 de abril, às 8h30min. Os vencedores serão conhecidos no dia 23 de abril, às 13h, em transmissão ao vivo através do Instagram do Sindilat (@sindilatrs).

O sorteio é dividido em duas categorias: Novos Cadastrados e Já Cadastrados no WhatsApp. A primeira é destinada a usuários registrados para receberem a newsletter pelo WhatsApp até o dia 9 de abril, que concorrem automaticamente ao prêmio. A segunda é voltada aos novos usuários, que têm até o dia 22 de abril para realizarem a inscrição e participarem do sorteio. O vencedor de cada categoria será premiado com um ingresso para o Fórum Milkpoint (www.interleite.com.br/forum/).

O Sindilat entrará em contato com os vencedores logo após o anúncio. Estes terão até três horas para responderem com seus dados para inscrição. Caso algum dos contemplados não retorne ou recuse o prêmio, um novo sorteio será realizado e transmitido ao vivo às 16h do mesmo dia.

A newsletter do Sindilat permite ter informações diárias sobre o setor lácteo do Rio Grande do Sul, do Brasil e dos principais países produtores e consumidores, diariamente através do WhatsApp.

Dúvidas sobre o prêmio ou sobre a newsletter Sindilat podem ser encaminhadas ao e-mail sindilat@sindilat.com.br ou ao WhatsApp (51) 98909-1934.

*Clique aqui para fazer sua inscrição e receber a newsletter do Sindilat

**Confira o regulamento do sorteio clicando aqui


EUA: demanda por lácteos voltou aos padrões pré-covid

A pandemia de coronavírus interferiu no setor de serviços alimentícios, que normalmente movimenta quase metade de todos os laticínios nos EUA, mas as vendas em restaurantes começaram a aumentar e parece que uma recuperação total pode não estar tão distante. Betty Berning, analista do Daily Dairy Report, diz que os padrões de demanda por produtos lácteos já começaram a mudar.

De acordo com a revista Fortune, 110.000 restaurantes fecharam nos Estados Unidos no ano passado e 2,5 milhões de trabalhadores do setor de alimentação perderam seus empregos.“Há um ano, o mundo fechou”, relembra Berning.

“Restaurantes, salões e até igrejas foram fechados em muitos estados, tudo devido à Covid-19. A rápida propagação do vírus e o longo fluxo de mortes que se seguiram alarmaram os líderes mundiais, que responderam da melhor forma que puderam, pedindo às pessoas que ficassem em quarentena o máximo possível.”

Uma pesquisa em andamento com 1.000 consumidores, conduzida pela National Restaurant Association desde fevereiro de 2020 mostra que antes da pandemia, 59% dos entrevistados saíam para jantar pelo menos uma vez por semana. No auge dos bloqueios, esse número caiu para 16%. Em fevereiro e março de 2021, no entanto, 37% dos entrevistados voltaram a comer fora todas as semanas.

“Esse é o número mais alto desde o início da pandemia”, observa Berning. “Parece que, à medida que as vacinas se tornam mais prevalentes, os consumidores ficam mais dispostos a comer fora.” Além disso, Berning observa que as reservas de jantar feitas por meio do Open Table caíram quase 100% no início do bloqueio, em comparação com 2019.

“Embora as reservas na semana passada ainda fossem menores que em 2019, elas melhoraram significativamente para apenas 30%, e as reservas têm aumentado constantemente desde janeiro”, observa ela.

À medida que mais pessoas são vacinadas e voltam aos velhos hábitos de comer fora e a economia dos EUA aumenta, a mudança na demanda por laticínios se tornará ainda mais evidente, disse Berning. Em março, os fabricantes de queijo e manteiga viram as vendas de serviços alimentícios se fortalecerem, com alguns produtores de manteiga dizendo que os níveis de pedidos estavam se aproximando dos níveis anteriores à Covid, de acordo com o Dairy Market News do USDA.

Ao mesmo tempo, as vendas no varejo de queijo têm se mantido estáveis e a demanda por manteiga no varejo tem sido forte devido às vendas de Páscoa e promoções nos supermercados, acrescentou ela.

“É possível que a forte demanda de lácteos no varejo, experimentada durante a pandemia possa diminuir à medida que o serviço de alimentação se recupera e os consumidores trocam comer em casa por jantar fora”, observa Berning.

“Isso pode significar um aumento nas vendas de queijos de estilo italiano, normalmente consumidos com mais frequência fora de casa, enquanto a demanda por blocos, fatias e pacotes de Cheddar no varejo pode diminuir.”

Outro sinal de que os padrões de demanda por laticínios começaram a voltar ao normal é que os fabricantes de concentrado de proteína de soro de leite (WPC) têm produzido menos WPC 34 e mais WPC 80 e isolados de proteína de soro de leite.
Tanto o WPC 80 quanto os isolados de proteína de soro são usados na nutrição esportiva e, agora que as academias foram reabertas, a demanda por esses produtos também está crescendo. “À medida que mais escolas e faculdades retomam o aprendizado presencial, a demanda por leite em caixinha também aumentará”, finalizou. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

Câmara do Agro 4.0 aprova planejamento para expansão do acesso à internet no campo

Plano de Ação prevê aquisição de tecnologias e serviços inovadores no ambiente rural

A Câmara do Agro 4.0 aprovou na última quarta-feira (7) o Plano de Ação para o período 2021-2024, focado na expansão do acesso à internet no campo e na aquisição de tecnologias e serviços inovadores no ambiente rural.

Dentre as ações listadas no Plano, estão a identificação e o desenvolvimento de soluções para o Agro 4.0, o fortalecimento de instrumentos adequados de oferta e acesso a inovações pelos proprietários rurais e a garantia do volume de recursos necessários, a um custo viável, para a implementação dessas soluções.

Nesse sentido, espera-se o aumento da oferta de soluções inovadoras no mercado, por parte de empresas de base tecnológica, startups e integradoras, bem como a utilização, cada vez mais rotineiras dessas soluções no dia a dia das propriedades rurais do Brasil, em especial nas de pequeno e médio portes. Além disso, a coordenação apontada no Plano de Ação evitará a sobreposição de de esforços individuais de instituições públicas e privadas para solucionar necessidades e demandas do Agro 4.0 no País.

“Existe uma expectativa muito positiva em relação à transformação digital da nossa agropecuária. A agenda Agro 4.0 levará ao campo conectividade, informação qualificada, tecnologia e inovação, elementos essenciais para manter o Brasil como protagonista no Agro global”, diz o coordenador-geral de Inovação Aberta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Daniel Trento.

O objetivo da Câmara do Agro 4.0 é implementar ações destinadas à expansão da internet no meio rural, ao aumento da produtividade no campo, e à difusão de novas tecnologias e serviços inovadores nas propriedades rurais. Participam da Câmara representantes de entidades dos setores produtivo e de pesquisa agropecuária e de tecnologia do país, além de representantes do Mapa, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (MAPA)


Jogo Rápido

Mapa convoca veterinários gaúchos habilitados no PNCEBT para recadastramento
Médicos veterinários habilitados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) para atuar no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), com portaria publicada até 20/02, deverão realizar recadastramento até o dia 30 de junho de 2021. O recadastramento está sendo solicitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e será feito exclusivamente por via eletrônica neste link. O recadastramento foi definido através da portaria do Mapa nº 68 de março de 2021 . “O recadastramento tem como objetivo atualizar a base de dados dos MVH (Médicos Veterinários Habilitados) do PNCEBT. Na oportunidade do recadastramento, alguns destes habilitados passarão por vistoria para verificar a regularidade das atividades e conformidade da estrutura para realização de testes”, destaca Rodrigo Etges, médico veterinário do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal da Secretaria. Mais informações sobre o PNCEBT clique aqui.

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Porto Alegre, 07 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.438


Campo espera impactos do auxílio emergencial

Agropecuária acredita que, como no ano passado, benefício aumentará a demanda por produtos rurais porque será gasto com alimentação

A retomada do auxílio emergencial, que começou a ser pago nesta terça-feira, deve provocar repercussões no campo. Embora o valor esteja abaixo do praticado no ano passado, ficando na média de R$ 250,00 por família, o benefício é considerado uma ferramenta importante para estimular o consumo durante a pandemia da Covid-19 e, por ser utilizado principalmente para atender necessidades alimentares, deve aquecer a demanda por produtos agropecuários.

“O auxílio emergencial foi a grande mola do consumo interno no ano passado e teve um papel muito importante no consumo de alimentos”, resume o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz. Ele observa que, para a agropecuária, o auxílio emergencial favoreceu principalmente o consumo de itens produzidos quase em sua totalidade para o mercado interno, como é o caso dos lácteos e do feijão. No arroz e nas carnes, o impacto foi considerado “médio”. Apesar disso, conforme o economista, o efeito da suspensão do auxílio, no último trimestre de 2020, não foi maior porque os estoques destes produtos estavam baixos. Quanto ao valor concedido nesta nova etapa, da Luz observa que, quanto maior o recurso, maior será a demanda, mas ressalva que a medida também provoca efeitos na inflação.

A agricultura familiar espera aumento da demanda por seus produtos. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva, afirma que a suspensão do auxílio, em dezembro, afetou a produção de suínos, frangos, leite e hortifrutigranjeiros, já que as famílias tiveram de reduzir despesas com alimentação. “Quem comprava cinco litros de leite passou a comprar dois ou três e isso impactou diretamente na produção”, observa o dirigente. Por isso, Silva vê com otimismo a retomada dos pagamentos, embora avalie que o valor poderia ter continuado em R$ 600,00. O dirigente sustenta que os recursos injetados na economia favorecem não apenas os agricultores e a indústria, mas à sociedade em geral.

No setor de lácteos, a expectativa é de que o auxílio emergencial possa beneficiar o segmento, que enfrentou dificuldades no primeiro trimestre, justamente em razão da queda no consumo. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Guilherme Portella, o desempenho foi influenciado por questões sazonais, mas também pela interrupção no pagamento do auxílio emergencial. “Com a retomada, as pessoas vão ter maior poder de compra”, aposta o dirigente. Portella considera o auxílio emergencial “imprescindível” neste momento e acredita que ele vai se refletir na aquisição de produtos básicos, nos quais está incluído o leite. (Correio do Povo)


Dia Mundial da Saúde: Leite é saúde!

Saúde – Estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o dia 7 de abril é celebrado como o Dia Mundial da Saúde. Todos os anos, a OMS escolhe um tema para esta data sendo o tema deste ano “Construindo um mundo mais justo e saudável”, propondo reflexão além da saúde, para os fatores que influenciam na qualidade de vida, principalmente, nesse último ano com a pandemia.

Com o Covid-19 ficou claro que o nosso mundo é desigual. Algumas pessoas são capazes de viver vidas mais saudáveis, com melhor acesso aos serviços de saúde, isto devido a sua posição social e condições com que nascem, vivem, trabalham e envelhecem.

Em todo mundo, várias pessoas não apenas possuem acesso limitado a serviços de saúde, mas também lutam para sobreviver com pouca renda, possuem condições precárias de moradia e educação, menos oportunidades de emprego, experimentam maior desigualdade de gênero e possuem pouco ou nenhum acesso a locais seguros, água e ar limpos, segurança alimentar e serviços de saúde. Essas condições levam a sofrimento desnecessário, doenças que podem ser evitadas e mortes prematuras, além de prejudicar tanto a sociedade quanto a economia.

A pandemia atingiu duramente todos os países, mas seu impacto foi mais severo nas comunidades mais vulneráveis, que estão mais expostas a doenças, com menor acesso aos serviços de saúde de qualidade e mais frágeis às consequências advindas das medidas implementadas para conter a pandemia.

É por isso que, este ano, a OMS escolheu como tema “Construindo um mundo mais justo e saudável”, pedindo aos líderes de todo o mundo que garantam a equidade na saúde como peça central para a luta contra o Covid-19.

Leite & Nutrição: O leite e seus derivados são uma fonte vital de nutrição e saúde para diversas pessoas, é por isso, que este alimento tão rico e nutritivo tem que ser lembrado e reforçado neste Dia Mundial da Saúde.

Além de saúde, apresentam uma fonte de renda para agricultores e suas famílias, indústrias e outras partes que estão inseridas nesta cadeia de valor.

O leite e seus derivados merecem destaque por constituírem um grupo de alimentos de grande valor nutricional, uma vez que são fontes consideráveis de proteínas de alto valor biológico, além de conterem vitaminas e minerais. O consumo habitual desses alimentos é recomendado, principalmente, para que se atinja a adequação diária de ingestão de cálcio, um nutriente que, dentre outras funções, é fundamental para a formação e a manutenção da estrutura óssea do organismo (Muniz et al., 2013).

De acordo com a FAO, o leite é considerado o principal alimento fonte de cálcio para a nutrição humana e sua ingestão está ligada à melhora da densidade óssea.

Leite, sociedade e política: Mas o leite também possui seu papel social e político. Foi o que ocorreu no Chile, onde um trabalho conjunto entre pesquisadores e governo resultou na diminuição da desnutrição infantil graças ao leite, elevando a desnutrição infantil do Chile a níveis de países desenvolvidos.

Um trabalho conjunto do Dr. Fernando Monckeberg Barros - criador do Instituto de Nutrição e Tecnologia dos Alimentos (INTA) da Universidade do Chile, com a Corporação para a Nutrição Infantil (CONIN) impulsionou e melhorou a saúde pública incentivando o consumo de leite que era entregue nos consultórios dentro do programa de controle de crianças sadias, ao qual se juntou a entrega de leite nas escolas.

Este dia Mundial da Saúde tem o papel de reforçar o que precisamos neste momento tão cauteloso que nos encontramos com a pandemia do Covid-19: um trabalho conjunto entre sociedade, pesquisadores e políticas públicas para tornar acessível e igualitário às condições de saúde de todos os países, principalmente, daqueles mais vulneráveis.

O leite é um alimento rico em nutrientes, cálcio, fósforo, magnésio, zinco, vitaminas e tem como vantagem o seu baixo custo frente aos nutrientes que oferece, além de auxiliar no aumento da imunidade sendo um forte aliado no enfrentamento ao novo coronavírus. (Fonte: Terra Viva | Dados: FAO; OMS; SBAN)

 

Uruguai – INALE divulgou novos indicadores

A captação de leite pelas indústrias aumentou 6% em fevereiro de 2021 (totalizando 138 milhões de litros) em relação ao registro deste mesmo mês de 2020 e também aumentou 6% no acumulado do ano (302 milhões) em comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse foi um dos dados apresentados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale) no boletim de análise “Indicadores Mensuales Lechería UY marzo 2021”, elaborado pela Área de informação e Estudos Econômicos do dito instituto.

Também foi mostrado que o preço pago ao produtor de leite em fevereiro de 2021 foi de UY$ 13,7 por litro [R$ 1,78], 11% mais que no mesmo mês de 2020, e que o valor médio de 2021 está em UY$ 13,5 por litro [R$ 1,75], 11% a mais em relação ao primeiro bimestre de 2020.

Em dólares, há queda de 1% em fevereiro de 2021 (US$ 0,32/litro equivalente a R$1,76) em relação a fevereiro de 2020 e queda de 2% no acumulado do ano (US$ 0,32/litro equivalente a R$1,76) em relação ao acumulado no ano passado neste período.

O poder de compra do produtor de leite em fevereiro de 2021 ficou no nível 75 (5% menor em relação a fevereiro de 2020) e no acumulado do ano o índice é o mesmo, mas caiu 1% em relação ao acumulado nos primeiros dois meses do ano passado.

Leite Equivalente: Em fevereiro de 2021 o indicador leite equivalente para o mercado externo alcançou 93 milhões de litros (26% a mais que em fevereiro de 2020) e no acumulado anual chegou a 225 milhões (8% a mais em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado). Para o mercado interno, o registro foi de 46 milhões de litros em janeiro (-9% em relação a janeiro de 2020).

Preço do leite para a indústria - Exportação: US$ 0,50 [R$2,76] em fevereiro de 2021 (2% mais em relação ao mesmo mês de 2020) e US$ 0,47 [R$2,59] no acumulado de 2021 (1% mais que no acumulado do ano anterior nos dois primeiros meses). Mercado interno: US$ 0,72 [R$3,98] em janeiro de 2021 (2% menor que no mesmo mês de 2020).

Faturamento: O faturamento envolvido no mercado de exportação em fevereiro de 2021 alcançou US$ 46 milhões [R$254 milhões), 29% mais, em relação a igual mês de 2020; no acumulado anual em 2021 o valor é de US$ 105 milhões [R$580 milhões], 10% superior ao verificado em janeiro e fevereiro de 2020. No caso do mercado interno, em janeiro de 2021 o faturamento foi US$ 33 milhões [R$182 milhões], 11% menos do que no mesmo mês de 2020. Finalmente foi apurado que em janeiro de 2021 a participação do preço ao produtor foi de 59% com uma queda de 2% em relação a janeiro de 2020. (Fonte: El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Últimos dias do primeiro lote - Fórum MilkPoint Mercado
Quais os possíveis caminhos que o mercado lácteo seguirá em 2021? O que esperar entre os elos da cadeia desde a produção, indústria até o consumidor final? Os questionamentos são inúmeros, dentro do cenário nacional e internacional. Se preparar é fundamental na hora da tomada de decisão em um ambiente tão incerto. Para isso, conhecimento e informação fazem a diferença. Por isso, realizaremos nos dias 27 e 28 de abril o Fórum MilkPoint Mercado 2021, o principal evento sobre o cenário lácteo e suas tendências. Em sua décima edição e segunda online, o Fórum MilkPoint Mercado traz um time de palestrantes incrível e conta com uma plataforma alternativa e dinâmica, levando ao participante uma experiência única de conhecimento e informação. Mas fique ligado! Estamos nos últimos dias do primeiro lote. Entre no nosso site, se inscreva e participe dessa experiência única! (Milkpoint)

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Porto Alegre, 06 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.437


GDT – Evento 281 de 06 de abril de 2021

gDT – O Global Dairy Trade nº 281 deste 06 de abril de 2021, apresentou o Índice geral de US$ 4.081/tonelada, com variação de +0,3% em relação ao evento anterior. O único produto a ter queda na cotação foi a Lactose, (-6,5%), contrastando com o grande salto da manteiga em pó (BMP), +17,6%. Entretanto, os dois produtos têm pouco peso no resultado final do leilão, pois os volumes negociados são pouco representativos.

O Índice GDT do evento 281 é o terceiro maior dos últimos 6 anos, 37% maior que o registrado um ano atrás, e está 19% acima do seu valor do início do ano. É um nível acima das médias históricas desde 2014. O Cheddar fechou o leilão de hoje, praticamente com o mesmo valor de um ano atrás, mas, está 8% acima de sua cotação no primeiro leilão do ano. É o sexto maior valor dos últimos seis anos.

Os dois produtos mais vendidos na plataforma mantiveram suas cotações praticamente estáveis. O leite em pó integral (WMP) não variou em termos percentuais, e subiu US$ 2 em relação à sua cotação anterior. Seu valor é 45% superior ao registrado um ano atrás, 24% acima da cotação média de 05 de janeiro de 2021, e o segundo maior valor do produto dos últimos seis anos. O leite em pó desnatado (SMP) que teve variação de 0,6% em relação ao evento anterior, atingiu o maior valor desde agosto de 2014, para ficar com a cotação 34% acima da obtida um ano atrás, e superar em 11% seu valor do início do ano.

O leite em pó desnatado (SMP) que teve variação de 0,6% em relação ao evento anterior, atingiu seu maior valor desde agosto de 2014, e uma cotação 34% acima da obtida um ano atrás. Superou em 11% seu valor do início do ano.

A manteiga anidra (AMF) vem recuperando paulatinamente seu valor, e fechou este evento 11% abaixo do recorde obtido em novembro de 2017. Está 43% acima da cotação de um ano atrás, e já é 35% maior do que o seu valor no início do ano. Ao subir 2%, a manteiga também fica na sétima posição entre os maiores valores desde 2016, e sua cotação atual é US$ 1.250 superior à registrada em 05 de janeiro de 2021, ou 28% maior.

Os contratos futuros permanecem com níveis superiores aos resultados verificados no ano passado, indicando que os preços das commodities lácteas em 2021 deverão continuar sendo mais elevados do que em 2020.

Fonte: globaldairytrade/Terra Viva/Adaptado por Sindilat/RS


Produtor cria ‘escola’ focada na carreira de jovens rurais

Curso online, com parte presencial, já formou mais de 2 mil alunos

Depois da morte dos pais, há mais de quatro anos, o advogado Raphael Houayek, hoje com 39 anos, decidiu deixar Porto Alegre, abandonar a carreira no Ministério Público e se mudar para Alegrete para administrar a fazenda da família. Ficou evidente, logo na chegada, tanto a carência de controles internos para gerenciar a propriedade como sua própria necessidade de se reinventar. E de olhar o campo com outros olhos, mais profissionais.

Foi assim que nasceu também o projeto de qualificar os jovens do campo de uma forma mais estratégica, e não apenas técnica, unindo uma visão mais ampla, de criar sua própria carreira voltada ao agronegócio, com aulas online e parte prática, para pequenos grupos em um alojamento dentro da Fazenda Esperança (que em breve deve abrigar uma sede física). O pecuarista resume que sua metodologia de qualificação é baseada em “posicionamento, diferenciação e desenvolvimento”.

O resultado? Uma escola de qualificação pessoal, batizada como “Universidade Esperança”, que já recebeu mais de 2 mil alunos desde então. Hoje, conta Houayek, são quatro cursos, um deles na sétima turma, o Segredos do Sucesso no Agronegócio. “Ensino os jovens a se posicionarem como uma marca, com foco onde querem chegar. Isso inclui comportamento, planejamento estratégia de futuro profissional, por exemplo, que não estão nas grades de ensino dos cursos de Veterinária ou Agronomia, que focam na técnica”, explica o produtor.

O diferencial é falar a linguagem dos jovens rurais, mas o foco são profissionais do campo, e não formar produtores rurais, detalha o pecuarista. Houayek enfatiza muito, por exemplo, a necessidade de os profissionais saberem lidar com pessoas. Seja nas atividades campeiras, na gestão de empregados ou na mesa de negociações com clientes e fornecedores. “As empresas contratam um veterinário, e outros profissionais, por exemplo, pela técnica, mas demitem pelo comportamento. A técnica se aprende nas faculdades específicas, mas esse olhar direto sobre a carreira não há”, opina Houayek.

Na Fazenda Esperança, que na gestão do advogado migrou da simples criação de animais destinados nados ao abate para agregar também alta genética, são criadas hoje 1,5 mil cabeças. Foi lá que se “formou” o próprio gerente da fazenda que, sem deixar o trabalho na Esperança, também gerencia outras três propriedades rurais. Isso com apenas 26 anos.

Paulinho, como é chamado por Houayek, passou por diferentes treinamentos e hoje é um exemplo constantemente citado pelo produtor em palestras, o que incluiu desenhar seu próprio plano de carreira, aprender a operar com processos, pessoas, finanças e, claro, com uma boa dose de marketing. Dez estudantes por semestre participam de atividades especiais e palestras presenciais com consultores do setor sobre pecuária pelo período de 30 dias. Eles são selecionados entre os jovens inscritos, que pagam cerca de R$ 900 pelo curso, mas a imersão na propriedade é para um grupo de jovens convidados e sem custos. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Rússia importou 10% menos lácteos em janeiro
Em janeiro de 2021, as importações russas de produtos lácteos foram 10% menores em relação ao seu nível em 2020 para o mesmo período e praticamente corresponderam ao volume das importações em 2019. Foram importadas 577 mil toneladas de produtos lácteos no valor de US $ 202,6 milhões (-25%). Esses dados são fornecidos no relatório da União Nacional de Produtores de Laticínios da Rússia (Soyuzmoloko). Foi observada queda na oferta para todas as categorias de produtos, exceto queijo. Pelos resultados de janeiro de 2021, os principais fornecedores externos de laticínios para a Rússia são a República da Bielo-Rússia (75%), Nova Zelândia (8%), Argentina (5%), Uruguai (4%) e Quirguistão (2%). Enquanto o volume da República da Bielorrússia aumentou 14%, todos os outros países diminuíram seus suprimentos de produtos lácteos para a Rússia em 44%. A Bielo-Rússia ocupa uma posição de liderança no fornecimento externo da maioria dos tipos de produtos lácteos, apesar do volume constante de importações de lácteos de países não pertencentes à CEI. A República da Bielo-Rússia fornece 86% de leite fluido e gordura, 88% de leite em pó desnatado (SMP), 94% de leite em pó integral (WMP), 95% de produtos lácteos fermentados, 89% de soro de leite em pó, 52% de manteiga, 91% de queijo, quase 100% de requeijão, 60% de sorvete. Produtos de queijo são uma exceção aqui, com a Bielo-Rússia fornecendo apenas 14% das importações russas da categoria. Os principais lácteos importados pela Rússia em janeiro de 2021, permaneceram queijos (≈46% das importações em valor), manteiga (22%), leite e creme, em pó e condensado (10%), incluindo leite em pó desnatado (5%) e leite em pó integral ( 2%), leite e natas fluidos (8%), produtos lácteos fermentados (8%) e produtos de queijo (5%). Ao mesmo tempo, em comparação com 2020, a participação do queijo na estrutura de importação cresceu. (As informações são do Edairynews, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

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Porto Alegre, 05 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.436


Fórum Milkpoint Mercado: Sindilat garante 30% de desconto nas inscrições a seus associados

Associados do Sindicato da indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat) terão a oportunidade de participar de uma imersão sobre o tema mercado e rentabilidade do setor na visão de especialistas renomados da área. Como parceiro institucional do evento Mercado e Rentabilidade – Os Grandes Desafios do Leite, uma promoção do Fórum Milkpoint Mercado 2021, o Sindilat está oportunizando aos seus associados um desconto de 30% na inscrição para o evento, que acontece nos dias 27 e 28 de abril, no formato online.

Dezesseis painéis fazem parte da programação que contará com a participação de nomes como Roberto Victor Hegg, diretor de Operações na Tirolez, Andres Padilla, do Rabobank, Mikael Quialheiro, da Nielsen, e muitos outras referências que debaterão sobre os desafios de indústrias de laticínios e produtores de leite em 2021, diante de um cenário com margens pressionadas, alta dos custos de produção, arrefecimento do poder de compra da população e forte pressão também sobre os varejistas, que no ano passado perderam participação no preço final de venda da maioria dos lácteos.

O primeiro dia do evento será dedicado às principais variáveis que formam o mercado nacional, desde o cenário econômico e suas incertezas, passando pelo mercado internacional, pelo mercado dos grãos, mercado consumidor e os possíveis cenários, “amarrando” as pontes destes diferentes ingredientes. No segundo dia, dois painéis discutirão o futuro da cadeia láctea brasileira: No primeiro, sistemas de produção de leite, seus resultados econômicos, limitantes, vantagens e desvantagens, pela visão de quem os acompanha e que os vive no dia a dia. No segundo painel, estarão em foco as melhorias das margens da indústria de laticínios – exemplos de indústrias que vêm buscando alternativas, o que vem fazendo, dificuldades e resultados obtidos.

*Associados do Sindilat podem fazer sua inscrição pelo site do evento, clicando aqui

 **Mais informações acesse a página oficial do evento

As informações são da Assessoria de imprensa do Sindilat/RS


Santa Clara investe mais de R$ 60,4 milhões em benefícios e retorno para associados em 2020

A Cooperativa Santa Clara, a mais antiga de laticínios em atividade no país, realizou na tarde de 29 de março, a Assembleia Ordinária (AGO), sendo pela primeira vez na modalidade digital. Na pauta estiveram a prestação de contas e destinação das sobras do exercício de 2020; a destinação das sobras do exercício de 2020; eleição e posse dos componentes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal; além de outros assuntos de interesse social estabelecidos no edital. Referente o exercício de 2020, o valor do retorno foi R$ 37,6 milhões e R$ 22.847.579,88 em benefícios, totalizando um montante de mais de R$ 60,4 milhões.  Do saldo de sobras distribuídas para os associados, de acordo com o aprovado em assembleia, 60%, o que equivale R$ 22,5 milhões, serão capitalizados nas cotas dos associados. Já o restante, 40%, ou seja R$ 15 milhões, podem ser retirados em mercadorias nas lojas da Cooperativa, disponível a partir do dia 19 de abril. O cálculo do valor por associado é baseado em R$ 0,117 por litro de leite entregue e 2% em operações no varejo.De acordo com o balanço apresentado na AGO, foram investidos durante o ano R$ 22.847.579,88 em prol dos associados. O diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra, explica que estes recursos foram destinados R$ 18.826.833,55 para benefícios e R$ 4.020.746,33 para devolução de cota capital. “Estes valores foram investidos em benefícios como o Plano de Saúde, Plano de Pastagem, Plano de Assistência Funeral, Assistência Técnica eventos técnicos e Projeto Leite Saudável”, detalhou.Eleição do Conselho de Administração e Fiscal
Na AGO Digital foi realizada a eleição e posse dos componentes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Para a gestão 2021/2023, Gelsi Belmiro Thums segue como presidente da Cooperativa, tendo como vice-presidente Rogerio Bruno Sauthier e secretário Itamar Tang. 

Em seu pronunciamento, o presidente Gelsi Belmiro Thums agradeceu o trabalho dos membros que deixaram o Conselho e deu as boas-vindas aos novos conselheiros. “Seguiremos pensando no crescimento da Santa Clara, seguindo as metas e pensando no melhor para a família Santa Clara”, ressaltou. 

Confira a nominata dos Conselhos: 
Conselho de Administração eleito: Gelsi Belmiro Thums – presidente; Rogerio Bruno Sauthier – vice-presidente; Itamar Tang - secretário; Adelio Adelino Lammers, Anselio Molon, Inocência Dalsin, Ireno Woithe, Justino Paludo, Neri Finatto, Pedro Canísio Bourscheid e Volmar Luiz Carbonera.
Conselho Fiscal: Titulares - Vanderlei Cignachi, Sadi Schafer e Ivair Antonio Farina; Suplentes - Abilio Denicol, Julian Luchese e Mauro Cesar Dal Mas.

Detalhamento de benefícios 
Fertilizantes R$ 3,051 milhões
Contribuição SaúdeClara R$ 645.600,00
Departamento Técnico R$ 5.552.186,49 (funcionários e terceirizados)
Plano Assistência Funeral R$ 252.326,00
Devolução Cotas + 25 anos de sócios R$ 1.342.989,00
Tardes de campos; Pré-assembleias; Feira Nova Roma; Encontro de jovens online R$ 192.882,87
Projeto Leite Saudável Santa Clara R$ 2.552.701,81 (Inseminação, testes de Tuberculose, Mapeamento genético, Revisão Ordenhadeira/resfriadores; Análises Laboratoriais e Impressão manual qualidade)
Retorno a sobra: R$ 5.236.804,00

 

As informações são da Cooperativa Santa Clara

 

Chile – Produtores pedem autoridades para adotar medidas para enfrentar a crise hídrica

A Associação dos Produtores de Leite de Osorno (Aproleche Osorno) dão o alarme e pedem às autoridades para tomar medidas necessárias para apoiar os produtores e adotar iniciativas oportunas para que os efeitos sejam eficazes, advertindo que a recuperação da produção não será tarefa fácil, já que atualmente estão sendo utilizadas as reservas de alimentos que seriam para o inverno.

Esta foi a manifestação durante reunião do Comitê de Gestão de Riscos, integrado pelo INIA, SAG, INDAP e CONAF, e presidido pelo Ministro da Agricultura, Eduardo Winkler, que descartou que a região de Los Lagos se encontre em meio a uma emergência agrícola devido à escassez de água.

Marcos Winkler, presidente da Aproleche Osorno disse que "estamos entrando no outono sem precipitações, fazendo com que os pecuaristas forneçam a forragem de inverno agora, trazendo um problema maior no final desta estação, já que não terão alimento para os animais”.

O setor leiteiro, embora tenha começado 2021 com um leve crescimento, os últimos dados do Departamento de Estatísticas ODEPA, no mês de fevereiro houve queda de 4% na produção em relação ao ano anterior.

“Na região de Los Lagos, principal bacia leiteira do país, a crise hídrica continua causando efeitos negativos no setor. Nesta data, no ano passado, houve registro de 104 mm de chuvas, e hoje, existe somente 41,6 mm, muito longe de um ano normal que é de 154,7 mm. Isto no início do outono traz graves consequências para a pequena produção familiar”. (Fonte: Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Expoleite Fenasul é cancelada
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), comunicou aos sócios, parceiros, empresas parceiras e colaboradores que a edição deste ano da Expoleite Fenasul novamente não será realizada, assim como em 2020. O evento estava previsto para o terceiro final de semana de maio. No comunicado, a entidade alega que o país ainda vive o momento de pandemia da Covid-19 e a campanha de vacinação. Ao final, a Gadolando convida para a participação no evento de 2022, também já marcado para a terceira semana de maio. (Gadolando)

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Porto Alegre, 01 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.435


Chocolate também é leite!

O próximo domingo (04/01) é o dia mais doce do ano, o Domingo de Páscoa! Tradicionalmente, o coelho é o símbolo da data, sendo o responsável por trazer os ovos. Mas, na realidade, podemos dizer que as vacas são as protagonistas dessa data, pois é por meio do leite produzido por elas que é possível a fabricação de chocolates!

Então, você já se perguntou quantos litros de leite precisamos para produzir 100 quilos de chocolate ao leite? A gente te responde!

Para a produção de 100 quilos de chocolate ao leite são necessários 21,85 quilos de leite em pó, o qual é obtido nas indústrias de laticínios por meio da secagem do leite fluido.

Considerando que para obter 1 quilo de leite em pó é necessário secar aproximadamente 7,6 litros de leite fluido, então para a fabricação dos 100 quilos de chocolate ao leite são necessários 166,6 litros de leite fluido!

É bom lembrar que existem outros tipos de chocolate, como amargo, meio amargo e ruby, mas o chocolate ao leite é o mais consumido.

Dessa forma, podemos observar que a Páscoa movimenta tanto a produção de leite quanto o processamento de leite em pó nas indústrias, afinal, chocolate também é leite! (Milkpoint)


Tempo seco e temperaturas amenas marcam os próximos dias no RS

A primeira semana de abril terá tempo seco e temperaturas amenas na maior parte do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 13/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga.

Na quinta (1º) e sexta-feira (2), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas na maior parte do Estado, apenas nas áreas mais próximas ao Litoral, a circulação de umidade do mar para o continente provocará maior variação de nuvens, com possibilidade de chuvas fracas e isoladas. No sábado (3) e domingo (4), o ar seco seguirá predominando e ligeira elevação das temperaturas durante o dia.

Na segunda (5), o deslocamento de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis deverá provocar pancadas de chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados nas Missões e Alto Uruguai. Na terça-feira (6), o tempo seco predominará na maior parte das regiões, somente nas faixas Norte e Nordeste ainda ocorrerá grande variação de nuvens, com chance de chuvas isoladas. Na quarta-feira (7), o ingresso de ar tempo seco manterá o tempo firme em todo RS.

Os totais de chuva esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maioria das áreas. Somente nas Missões, Alto Uruguai e no Litoral Sul, os volumes poderão alcançar 20 mm e superarão 40 mm em alguns municípios do Noroeste.

O boletim também avalia as condições atuais das culturas de soja, milho, bovinos de corte, peixe e arroz. O documento completo pode ser consultado em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)

 

Cooperativismo: Languiru faturou R$ 1,84 bilhão

A Cooperativa Languiru fechou 2020 com faturamento bruto de R$ 1,84 bilhão, o maior de sua história, iniciada em 1955, e 27,9% superior ao de 2019. Aprovada em assembleia virtual na terça-feira, a prestação de contas do ano passado também apresentou resultado líquido de R$ 68,8 milhões; patrimônio líquido de R$ 304,8 milhões; e geração de impostos de R$ 149,2 milhões.

As sobras (equivalentes ao lucro líquido das empresas) totalizaram R$ 10,9 milhões.

Os associados decidiram destinar R$ 7,876 milhões à reserva legal e distribuir R$ 3,028 milhões para suas contas movimento, na qual são lançados os créditos com a venda da matéria-prima e os débitos efetuadas por compras em alguma das unidades de varejo da cooperativa.

“A diversidade dos nossos negócios trouxe segurança para passarmos por momentos adversos (como a pandemia)”, constatou o presidente da cooperativa, Dirceu Bayer.

Atualmente, a Languiru atua nos ramos de avicultura, suinocultura, bovinocultura de leite, nutrição animal, varejo, postos de combustíveis e farmácias. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Agropecuária abre 23 mil vagas

Os empregos da agropecuária brasileira fecharam fevereiro com um saldo positivo de 23.055 postos de trabalho formais, resultante da diferença entre admissões e demissões. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária, que emitiu comunicado técnico após analisar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, foi o melhor resultado para o mês desde 2011. (Correio do Povo)

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Porto Alegre, 31 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.434


Um só guarda-chuva para abrigar projetos de irrigação

No dia em que começa a despachar como nova secretária de Agricultura, Silvana Covatti terá a sua mesa um assunto que vem sendo tocado em meio ao processo de transição. É a construção de uma espécie de guarda-chuva para abrigar todos os temas e programas relacionados à irrigação no Estado. O primeiro desenho já foi apresentado ao chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e ao Secretário de Meio Ambiente e Infraestrutra, Luiz Henrique Viana. E hoje será esmiuçado para a nova titular da pasta.

Sem dar muitos detalhes, o ex-secretário Covatti Filho diz que a proposta engloba todos os aspectos relacionados ao tema. E que vem sendo elaborada a muitas mãos, por incluir "questões orçamentárias e alterações de lei". Também foram recebidas sugestões da subcomissão de irrigação da Assembleia Legislativa.

As culturas de sequeiro (trigo, milho, soja e feijão) somam mais de 8 milhões de hectares, mas a área irrigada é inferior a 3%. Adormecido durante a longa temporada de safras cheias, o assunto voltou ao debate por conta da estiagem do ano passado, que aprofundou o resultado negativo do PIB gaúcho. E que trouxe problemas no início do atual ciclo.

O Rio Grande do Sul já conta com iniciativas de incentivo, como Mais Água, Mais Renda, que pode ser incluído no novo pacote. Uma das novidades a ser proposta é criação de selo de proteção de água, que resultaria no aumento de subsídio ao produtor em programas existentes, como o troca-troca de sementes. (GZH)


Cooperativa Cativa & Lactalis do Brasil firmam Parceria Estratégica* 

Em 31 de março de 2021, a Lactalis do Brasil firmou um acordo de parceria com a Cooperativa Cativa, com sede em Londrina, no Estado do Paraná. O acordo prevê uma parceria de longo prazo, tendo como base um contrato de fornecimento exclusivo de leite por parte da Cativa à Lactalis por 10 anos e renovável por mais 10 anos.

O projeto tem o objetivo de desenvolver ainda mais, em conjunto, a bacia leiteira da cooperativa e da região. Neste escopo, a Lactalis adquire as unidades operacionais da Cativa localizadas em Cerqueira César (SP) e Londrina (PR) e o centro de coleta de Pato Branco (PR), bem como toda a estrutura comercial da Cativa.

A Cooperativa Cativa foi fundada em 1964 e é uma das líderes de captação e processamento de leite no Estado do Paraná. Em 2020, seu faturamento foi de R$ 1,1 bilhão e a captação anual de leite de 360 milhões de litros. Para Paulo Cesar Maciel, presidente da Cativa, “a cooperativa vai se concentrar na relação com os produtores, na melhoria da qualidade do leite e no desenvolvimento da coleta se beneficiando do know how da Lactalis na área de lácteos, uma empresa sólida e confiável com quem nós construímos uma relação de confiança que queremos manter ao longo do tempo".

A Lactalis do Brasil, líder do segmento de lácteos no Brasil, teve um faturamento de R$ 9,8 bilhões em 2020 e um volume de captação de 2,7 bilhões de litros de leite. Para Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis América Latina, “com essa parceria “ganha-ganha”, a Lactalis se beneficia da experiência e da confiança da cooperativa junto aos seus 4.000 produtores, aos quais nós trazemos nosso conhecimento industrial e a perspectiva de desenvolvimento de sua produção. Após o acordo assinado com a CCPR em 2019 em Minas Gerais, número 1 em produção de leite no Brasil, essa parceria com a Cativa reforça nossa presença no Paraná, segundo estado produtor, consolidando assim nossa ação em favor do desenvolvimento do setor de laticínios do Brasil”. (Lactalis)
 
*as empresas assinaram um acordo exclusivo que passará pela avaliação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)

 

O que os produtores eficientes estão fazendo?

A produção de leite no Brasil é bastante heterogênea em relação aos sistemas de produção predominantes nas diferentes bacias leiteiras e aos indicadores que determinam a eficiência na atividade. Mas, no final, esta heterogeneidade é positiva ou negativa?

Quando planta soja, um agricultor sabe que sua produtividade final tem de estar entre 3,6 a 4,0 ton./hectare, para que a lavoura resulte numa atividade lucrativa — se estiver abaixo deste patamar, provavelmente amargará prejuízo.

Temos indicadores semelhantes para a atividade leiteira? Quais são eles? E, principalmente, em relação a cada um destes indicadores que determinam o ótimo técnico e o ótimo econômico da produção de leite, quais as melhores práticas no mercado brasileiro?

O Matheus Moreira, do Ideagri/Rehagro, trará para o Fórum MilkPoint Mercado On Line, nos próximos dias 27 e 29 de abril, a visão dos principais KPIs da atividade leiteira e, principalmente, sobre os resultados conseguidos pelos mais eficientes produtores do mercado brasileiro nestes indicadores. A discussão busca estabelecer “a régua” para produtores e técnicos que atendem produtores em todo o mercado e trará luz sobre o real potencial produtivo em nosso país.

Quer participar do Fórum e ter acesso a esta discussão e a outros temas que ajudarão a definir as estratégias futuras de sua empresa em 2021? Faça já aqui a sua inscrição e prepare-se melhor para o incerto futuro do mercado lácteo brasileiro! (Milkpoint)


Jogo Rápido

Prazo para entrega da declaração anual do rebanho termina em maio
A declaração anual do rebanho deste ano, documento obrigatório a ser preenchido pelo produtor e encaminhado para a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), deve ser entregue até 31/5. O prazo iniciou no dia 02/01/2021.O formulário está disponível neste link. Por causa da pandemia, a orientação é que as declarações sejam encaminhadas preferencialmente por e-mail ou por WhatsApp para as inspetorias respectivas. Os e-mails das IDAs podem ser consultados aqui. O número de WhatsApp de cada inspetoria é o mesmo de seu telefone fixo. Cerca de 400 mil propriedades em todo o estado devem fazer esta declaração, exigida desde 1998. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 30 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.433


Silvana Covatti assume secretaria da Agricultura

Deputada Estadual será a primeira mulher a ocupar o cargo

A deputada estadual Silvana Covatti toma posse no início da tarde desta terça-feira como a nova titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). A parlamentar substitui o filho, o deputado federal Covatti Filho, que retomará o mandato na Câmara dos Deputados, em Brasília. A troca de comando na Seapdr integra o conjunto de ajustes que o governador Eduardo Leite vem fazendo em seu secretariado.

Silvana Covatti será a primeira mulher a ocupar o cargo desde que a pasta foi criada, em 1935. Segunda ela, há grandes desafios a serem encarados na Seapdr, como a consolidação das ações que se apresentarão com o novo status sanitário do Rio Grande do Sul, o qual será reconhecido em maio pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Além disso, a deputada pretende olhar com atenção para questões como a ampliação da irrigação nas lavouras gaúchas e a internet no campo. 

“É um desafio, mas que começa num bom momento, com a mudança de status e a perspectiva de uma safra recorde, que vai amenizar os problemas que a nossa agricultura viveu no último ano”, comentou. (Correio do Povo)


Capacitação entre técnicos e produtores do projeto Balde Cheio Sul da região da Serra tem início

Balde Cheio - As primeiras reuniões on-line entre técnicos, produtores e pesquisadores, do ano, do projeto de capacitação técnica Balde Cheio, no Sul do país, foram iniciadas nesta segunda quinzena do mês de março. O objetivo do encontro foi dar um panorama sobre as condições de produção leiteira das propriedades rurais  que participam do projeto. 

O treinamento envolveu a equipe da região da Serra do RS, onde o projeto prevê o envolvimento de quatro propriedades assistidas e vinculadas à Cooperativa Piá.

Durante todo o dia 19 de março, o instrutor técnico Juliano Alarcon Fabrício, a pesquisadora Renata Suné Martins da Silva (Embrapa Pecuária Sul, de Bagé) e o analista Sergio Bender (Embrapa Clima Temperado, de Pelotas) ouviram os técnicos e os produtores assistidos  para realizar ajustes e planejar ações para melhoria na produção de pastagens e manejo do rebanho leiteiro. Foi recomendado o uso em todas as propriedades e explicado o funcionamento do aplicativo móvel Roda da Reprodução, uma ferramenta disponibilizada pela Embrapa para auxiliar no monitoramento dos estágios produtivos e reprodutivos de um rebanho.

O projeto já possui propriedades assistidas em Barão, Soledade, e recentemente em São Jorge. Os técnicos da Cooperativa responsáveis pelo treinamento são Alice Almeida, Jaqueline Bernardi, Jean Carlo Be, Lucas Piton e Matheus Burg.  

Avaliação das ações do projeto nas propriedades: Conforme o instrutor técnico do projeto todas as propriedades envolvidas cresceram um índice de 100%. “Tanto os técnicos quanto os produtores conseguiram executar o planejado durante os treinamentos e estão aprendendo a trabalhar com adubação, manejo de pastagens e uso de ração. E também os técnicos já estão mais adaptados ao uso  das planilhas de custo-produção”, destacou Fabrício.

Ele explica ainda que duas propriedades foram substituídas no projeto: uma porque alcançou o patamar de produção desejável e não se fazia necessária a sua assistência técnica; a segunda,  pela não receptividade do produtor para receber o treinamento. “Atualmente todos os técnicos e produtores envolvidos no projeto são receptivos a consultoria online, apesar de não realizarmos as visitas físicas nas propriedades assistidas,  tendo a vivência  da pandemia, o distanciamento social, a seca, e a crise do país, todas as propriedades cresceram”, disse. A próxima capacitação do Balde Cheio Sul, região da Serra, acontecerá em 21 de maio. (Embrapa)

Regulação da carne vegetal tem início no Brasil

Desde o final do ano passado o governo brasileiro, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), iniciou discussões com especialistas e autoridades no tema plant-based – conceito vinculado à tendência alimentar que valoriza o consumo de alimentos de origem vegetal – a fim de iniciar o processo de regulação desses produtos.

Quem explica é Glauco Bertoldo, auditor fiscal federal agropecuário e diretor Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov/Mapa). Segundo ele, a ideia é construir uma agenda com as etapas para definir o processo de regulação de alimentos com essas características, que já são consumidos no Brasil desde 2019 e têm demanda de consumo em várias partes do mundo.

Para o diretor do Dipov está claro que o futuro acena com a diversificação das dietas e, portanto, com a necessidade de se ampliar a produção de proteínas. “Nosso objetivo é trazer regras claras e um ambiente saudável para o desenvolvimento do setor”, antecipa Glauco. O movimento nesse sentido encontra-se na fase inicial de estruturação de uma agenda regulatória que além do Dipov, envolverá, por exemplo, a Anvisa e outros órgãos que possam contribuir com o estabelecimento das normas para identificação e definição dos produtos plant-based, sua rotulagem até o consumo final. “A discussão sobre o alimento chamado plant-based existe, sobretudo, pela comparação com outros tipos de fontes protéicas, como a animal”, esclarece.

Nesse contexto, o diretor do DIPOV/MAPA reforça a necessidade de se estabelecer regras para que não haja comparação entre coisas incomparáveis, potencialmente causadoras de distorções, e cita o caso, em evidência atualmente, da denominação hamburguer de carne vegetal,  para aquele produto elaborado à base de vegetais em virtude de sua analogia com o produto obtido da  carne de origem animal, o qual, neste caso, serve como parâmetro de denominação para o produto vegetal com características semelhantes.

Segundo o diretor, os produtos de origem animal têm uma padronização. “Já existe uma definição para o que é denominado hamburguer, queijo e outros alimentos de origem animal”, explica, para justificar a preocupação do Dipov/Mapa em estabelecer regras para os produtos de origem vegetal e assim evitar equívocos ao consumidor ou concorrência desleal no mercado.

Desafios da regulação

Após a fase inicial do processo de regulação desses alimentos, a discussão será direcionada à análise do impacto regulatório. “Nessa etapa chegaremos à conclusão se é realmente necessário haver essa regulação. Pode ser que não seja. Não sabemos ainda”, revela Glauco e adianta que o processo normativo vai envolver a indústria de alimentos e principalmente o consumidor. “Teremos um longo caminho, com várias fases, audiências públicas e outras etapas que fazem parte do rito normativo do Mapa”, destaca.

Segundo o diretor, no alimento plant-based há características de inovação que precisam ser consideradas no processo de regulação. Nesse caso, é preciso que a regulação traga a necessária segurança jurídica para a consolidação desses alimentos na indústria agropecuária brasileira.

Entre os objetivos e desafios da regulação estão a fixação de terminologias e conceitos desses alimentos; inseridos numa regulação com amplitude para incluir a produção, comércio e consumo, considerando aí a rotulagem dos produtos conhecidos até agora como plant-based.

Segurança do alimento

O compartilhamento de competências e responsabilidades entre órgãos envolvidos nesse processo, bem como a elaboração de norma contextualizada com outras regulações internacionais também estão entre os objetivos listados pelo Dipov/Mapa para a fase regulatória que só tem previsão de ser concluída em 2023.

A condução do processo de regulação, coordenada pelo Dipov/Mapa, em parcerias com outras entidades do setor, inclui a atuação efetiva de auditores fiscais federais agropecuários (AFFAS). Além de participar ativamente do estabelecimento de normas de segurança do alimento, cabe aos affas o trabalho de auditar e fiscalizar a qualidade desses produtos. “Atuamos nas duas frentes”, informa Glauco, lembrando que estabelecer regras para assegurar o consumo de alimentos compatíveis com o consumo humano é uma tarefa árdua, mas fundamental para a etapa seguinte do trabalho desses profissionais, que é a fiscalização direta do alimentoe seus estabelecimentos produtores.

Entre outras atribuições, cabe aos affas a missão de garantir a segurança dos alimentos, tarefa executada por médicos veterinários, engenheiros agrônomos, zootecnistas, farmacêuticos e químicos. Nessa linha de atuação também são dos affas o desafio de garantir o direito de todo cidadão de acesso a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente e constante para o consumo. O objetivo é que o consumidor final tenha sempre acesso ao alimento seguro, do ponto de vista sanitário. (Anffa Sindical)


Jogo Rápido

Tetra Pak introduz novos soluções para menos lixo
A empresa global de embalagens Tetra Pak disse que está pronta para implantar em seu portfólio tampas com “fio”. A companhia disse que o novo portfólio irá diminuir o lixo com as tampas unidas à embalagem. A pegada de carbono também pode ser reduzida porque as tampas presas serão confeccionadas com material vegetal aumentando, portanto, o conteúdo renovável da embalagem. A empresa disse que também está acelerando a expansão de sua oferta de canudos de papel para garantir mais materiais renováveis e de baixo carbono em toda a gama de soluções de embalagem. O objetivo é atender a uma ampla gama de necessidades de sustentabilidade do cliente, sem comprometer a segurança alimentar. (DairyReporter - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

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Porto Alegre, 29 de março de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.432


Sindilat apoia prorrogação de salário-maternidade em casos que exijam internação

Passou a valer, após publicação da Portaria Conjunta nº 28/2021 no Diário Oficial da União do dia 22 de março, a prorrogação do salário-maternidade em casos onde, em função de complicações médicas relacionadas ao parto, a mãe ou o recém-nascido precisarem de internação hospitalar. A Portaria do Ministério da Economia e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sinaliza o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 6.327, publicada em março de 2020.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, a decisão deve beneficiar mães que, por algum motivo, necessitarem ficar além do previsto no hospital após dar à luz. “Isso é essencial para garantir os direitos de mulheres que não têm condições de voltarem ao trabalho”, afirma. O Sindilat considera de extrema importância que as mães tenham os subsídios necessários para voltarem a atuar em suas funções na indústria gaúcha.

Segundo comunicado técnico do Conselho de Relações do Trabalho (CONTRAB), o parecer leva em consideração, como termo inicial da licença e do salário-maternidade, a alta hospitalar da mãe ou do recém-nascido, o que ocorrer por último, quando o período de internação passar de duas semanas. Isso se aplica em casos onde, por complicações, um dos dois precise ficar mais do que o período concedido pela Previdência Social no hospital. A medida tem como objetivo evitar a suspensão do benefício à mãe que não estiver apta a voltar ao trabalho. CLIQUE AQUI para acessar a Portaria Conjunta nº 28/2021. (Fonte: Fiergs e Ministério da Economia/ Instituto Nacional do Seguro Social/ Diretoria de Benefícios adaptado pelo Sindilat/RS)


Secretaria da Agricultura libera R$ 5 milhões para aquisição de sementes forrageiras

Os contratos de crédito que possibilitam a aquisição de sementes para as entidades participantes do Programa de Sementes Forrageiras – Edição 2021, começaram a ser enviados. Os contratos somam R$ 5 milhões e irão beneficiar cerca de 11.500 famílias de agricultores familiares por meio de 90 entidades em todo o Rio Grande do Sul.

O Programa de Sementes Forrageiras – Edição 2021 teve seu início em dezembro de 2020, com a proposta do Governo do Estado de antecipar o calendário de operacionalização do programa. Foram levantadas as demandas dos agricultores familiares e entidades representativas, elaborados os projetos técnicos e encaminhada a documentação. Os processos foram avaliados e resultaram agora na formalização dos contratos para utilização dos recursos.

“Em virtude da última seca, adiantamos o calendário do Programa, para que os recursos pudessem ser liberados mais cedo, trazendo um alívio aos produtores afetados. Um investimento mais que necessário para estimular as produções dos agricultores familiares gaúchos”, destaca o secretário Covatti Filho.

Neste momento, com o recebimento do contrato para a formalização do crédito, os sindicatos, cooperativas e associações participantes do programa podem efetuar a compra das sementes de espécies forrageiras de inverno. Entre elas, azevém, aveia-preta, aveia-branca, trigo duplo propósito, ervilhaca, entre outras e/ou espécies forrageiras de verão como capim sudão, milheto, sorgo, etc, conforme projeto técnico aprovado, para distribuição imediata junto aos agricultores.

O agricultor beneficiado pelo programa fará o pagamento do recurso somente em fevereiro de 2022, sem juros e com um desconto de 30% a título de bônus adimplência no contrato.

“Com essa ação, estão sendo beneficiados diretamente agricultores familiares e pecuaristas familiares que irão ampliar suas áreas de formação de pastagens destinadas à alimentação animal. A atuação do programa também auxilia na minimização dos impactos causados pela estiagem junto ao setor produtivo primário”, destaca o coordenador do Programa, Jonas Wesz. De acordo com ele, o objetivo principal é a melhoria das cadeias produtivas da bovinocultura de leite e corte na agricultura familiar do Rio Grande do Sul. (Fonte: Guaíba)

Argentina – China comprou mais lácteos e a Argentina lhe vendeu menos

As importações globais chinesas de produtos lácteos cresceram 27,8% no primeiro bimestre de 2021, segundo dados da Alfândega analisados pela consultoria Economía Láctea.

O forte ritmo das compras chinesas parece estar de acordo com o que ocorre com outros produtos como a soja e o milho. O país asiático comprou de todo o mundo 100 milhões de toneladas da oleaginosa e 24 milhões de toneladas do cereal, atingindo nível recorde.

Neste contexto, o boom chinês abre oportunidades para os lácteos argentinos, embora as vendas de 2020 para o país asiático tenham totalizado 24.794 toneladas, 7% menos em relação a 2019, de acordo com os dados da Alfândega da China. Inclusive nos dois primeiros meses de 2021 a China comprou 18% menos (4.398 toneladas) em relação a igual período de 2020.

Para entender o ocorrido é preciso olhar o caso da febre suína africana na China, que teve um forte impacto sobre a produção de porcos na China, com milhões de animais mortos. “No caso da Argentina o soro é um importante produto de exportação para o mercado asiático e no ano passado, demandaram menos soro em decorrência da peste suína”, destacou José Quintana, titular da consultoria. Olhando os dados do primeiro bimestre de 2021 se observa que, com 3.941 toneladas, o soro representou 89,6% das compras que a China fez na Argentina. Já do total vendido em 2020, 66,2% foi de soro de leite e derivados, representando 16.417 toneladas.

Vale lembrar que em 2020, segundo dados do departamento de estatísticas (INDEC, a Argentina exportou US$ 1.002 milhões em lácteos para o mundo, o que representou melhora de 25,6% em relação a 2019. O Indec destacou que os principais compradores foram Brasil, Argélia, Rússia, Chile, China e Peru.

“As exportações do complexo lácteo em 2020 foram 1,8% das exportações totais da Argentina. Entre as vendas externas ficaram em destaque o leite em pó integral, mussarela, soro, queijo de massa semi dura e dura e manteiga. Os principais mercados foram Mercosul (US$ 340 milhões, com o Brasil tendo 90% de participação), “Magreb e Egito” (US$ 218 milhões); CEI – Comunidade de Estados Independentes (US$ 136 milhões); “Resto de ALADI” (US$ 76 milhões) e Chile (US$ 74 milhões), disse o Indec em seu mais recente boletim.

A Economia Láctea fez uma análise, por produto, das importações totais da China no primeiro bimestre de 2021. Ali se pode ver que enquanto o leite em pó representou elevação de 9% das compras chinesas, os leites fluidos subiram 63%, e os soros e derivados 50%.

“Deste total de 242.290 toneladas foram de leite em pó integral que representou 33,8% do volume total importado. Neste caso o incremento em relação a 2020 foi de 9%, já que no ano passado foram importadas 222.212 toneladas nos dois primeiros meses do ano”, destacou a consultoria. Cerca de 96,4% das importações de leite em pó integral tiveram como origem a Nova Zelândia.

Por outro lado, os leites fluidos, que subiram 62%, passaram de 96.341 toneladas no primeiro bimestre de 2020, para 156.066 toneladas no primeiro bimestre de 2021.

“Estes produtos ocuparam o segundo lugar no volume total importado, 18,6%, deslocando o soro de leite e seus derivados para a terceira posição”, disse Economía Láctea.

Em relação ao soro de leite e derivados, cujas compras chinesas cresceram 50% em relação ao primeiro bimestre de 2020, alcançaram 126.221 toneladas e representaram 17,6% do volume total importado.

“O fato das maiores taxas de crescimento ocorrerem em leites fluidos e derivados do soro levam a que o incremento expresso em litros equivalente leite seja menor que quando medido em toneladas, uma vez que a conversão do leite fluido é de 1 litro/kg, e no caso de queijos e leite em pó, a faixa de conversão fica entre 7,5 e 14 litros/kg)”, disse a consultoria.

“Embora o valor absoluto possa variar em função dos coeficientes utilizados, o dado rlelevante é o crescimento de 19,6% em relação ao mesmo período do ano passado, o suficiente para mexer com a agulha de um mercado tão pequeno como o internacional de lácteos”, acrescentou a Economía Láctea. (Fonte: La Nacion – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Produção de leite do Uruguai aumenta 5,5% em fevereiro
A produção de leite somou 137,5 milhões de litros no mês passado e cresceu 5,5% em relação ao mesmo período de 2020. Também bateu recorde histórico de produção em fevereiro, superando a marca de 2012 em mais de 3 milhões de litros (134 milhões de litros). No acumulado do primeiro bimestre janeiro-fevereiro, a produção cresceu 5,9%, com 301,7 milhões de litros processados. Por fim, no acumulado do ano encerrado em fevereiro, a produção cresceu a uma taxa de 5,5%, com 2,094 bilhões de litros, segundo dados divulgados pela Inale. A fase primária vem do fechamento de um ano recorde de produção em 2020 e o início do ano, somado à força dos mercados internacionais, que permitem traçar um panorama promissor no curto prazo já que as chuvas anunciadas para esta semana se consolidam ao longo do toda a bacia leiteira. (As informações são do Tardaguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)