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Audiência pública conjunta das Comissões de Segurança e Agricultura da Assembleia Legislativa reuniu grande número de lideranças e entidades representativas da cadeia láctea gaúcha para debater sobre as Instruções Normativas 76 e 77 e as política de preço do leite no Rio Grande do Sul.  A reunião foi presidida pelo deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS) e parlamentares de diferentes bancadas.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, e o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanharam a audiência pública que contou com representantes e produtores de 56 municípios gaúchos.  Segundo Guerra, uma das pautas mais combativas para a cadeia láctea é a guerra fiscal entre os estados, que retira competitividade do setor no Rio Grande do Sul. “Vemos o leite UHT produzido aqui no RS  chegar a outros estados e ter uma sobretaxa de 8% a 9% só por não ser produzido na região compradora”, afirmou o dirigente.

Guerra ainda defendeu a união de todos os elos da cadeia produtiva para fazer frente ao cenário que está posto e avançar em temas que considera cruciais, como o maior investimento em infraestrutura de logística e maior disponibilidade de crédito para os produtores. “Não existe indústria sem produtor e produtor sem indústria”, disse. Guerra lembrou que as Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura não vieram com o objetivo de excluir ninguém da atividade, pelo contrário. “Estamos focados em um trabalho de melhoria contínua da qualidade do nosso leite e incentivando a permanência de muitos na atividade”, afirmou. Prova disso foi o trabalho realizado, no primeiro semestre deste ano, pelo Sindilat, juntamente com o Mapa, SEAPDR, Fetag, Farsul, Emater, Apil e Famurs, com apoio de universidades e prefeituras. Foram nove encontros entre os meses de maio e julho com participação total de mais de 36 mil pessoas via comparecimento ou acompanhando  pelas redes sociais.

O chefe da divisão de Defesa Agropecuária do Mapa/RS, Leonardo Isolan, reforçou que as INs 76/77 não trouxeram novidades em termos de limites para adequação, mas que, apenas agora, vão enquadrar os produtores que não conseguirem produzir dentro do que já estava previsto desde 2014. “As INs vinham sendo estudadas há muito tempo, foram colocadas em consulta pública por 60 dias e receberam muitas sugestões”, reforçou. Segundo ele, desde a vigência das normas, em 30 de maio deste ano, o Mapa permanece a campo prestando orientações e ajudando produtores no que for necessário. “Ao contrário do que muitos pensam, as INS não tratam de exclusão e sim, de inclusão do produtor na atividade, pois, por meio de médias geométricas, ele consegue se adequar aos padrões exigidos pelas INs”, destacou Isolan.

Foto: Letícia Breda

Mais de mil pessoas, de diferentes municípios, entre produtores de leite, técnicos e entidades estiveram reunidos nas comunidades de Santa Líbera e Campestre, em Nova Prata (RS), afim de debater sobre novas alternativas e tecnologias para tornar a bovinocultura de leite mais rentável e sustentável. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), nesta quarta-feira (09/10) das 8h30 às 17h, e contou diversas palestras.

Sobre a qualidade do leite, a Cooperativa Santa Clara, empresa associada ao Sindilat, citou a implementação das Normativas do Leite (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estão em vigor desde 30 de maio. As INs visam a melhora do produto, alterando a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, iniciativas como essa aproximam o produtor da indústria. "É importante que a cadeia produtiva permaneça unida em busca da qualidade do leite, só assim conseguiremos estar aptos à exportação de lácteos", disse.

Para Tiago Frizzon, produtor de leite no município de Cotiporã, é preciso buscar tecnologias para incrementar a produção e conseguir manter-se na atividade. “A irrigação é algo cada vez mais importante. As estiagens estão tirando nosso potencial produtivo. Então é bom termos uma noção melhor disso, porque o custo benefício da irrigação é bom".

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Nova Prata, João Carlos Reginato, salientou que os produtores não têm controle sobre o preço, mas, da porteira para dentro da propriedade, podem trabalhar para que os animais produzam e rendam mais. "Os produtores precisam se adequar às INs 76 e 77, que tratam da qualidade do leite e que não são excludentes, mas um exercício de proteção do consumidor", afirmou Reginato.

Foto: Rejane Paludo/Emater/RS-Ascar

A Unibom é a mais nova associada do Sindilat. Com sede em Água Santa (RS), a empresa tem operações concentradas na captação de leite em 44 municípios gaúchos. A apresentação da política leiteira da empresa foi feita pelo gerente do setor Ideno Pietrobelli, durante a última reunião de associados do Sindilat, realizada no dia 24 de setembro. O empreendimento trabalha basicamente com pequenos e médios produtores, que entregam, em média, 220 litros de leite por dia, e possui uma captação média diária de 160 mil litros.

Além disso, a empresa também trabalha com entrega constante para os parceiros Tangará Foods, Shefa e Dielat e ainda destina 10% da produção para o mercado spot. “Trabalhamos com assistência técnica e visitas para, atualmente, 700 pequenos produtores, com o objetivo de aumentar cada vez mais a qualidade na captação. Nosso trabalho é com o produtor”, afirmou Pietrobelli.

Uma das novidades da Unibom é o investimento em novilhas da raça Jersey para elevar a quantidade de sólidos e com isso aumentar a rentabilidade de algumas pequenas propriedades. “O programa de fomento é um dos nossos carros-chefes. Contamos com uma equipe de médicos veterinários que avalia a condição dos produtores, do rebanho e se a raça é uma boa opção para a região onde está localizada a propriedade rural", explicou Pietrobelli. As ações de acompanhamento técnico da empresa complementam o que está preconizado no Plano de Qualificação de Fornecedores, instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Conforme a Instrução Normativa 77 de 26/11/2018, as indústrias devem oferecer assistência, melhorias e boas práticas junto aos seus produtores. Atualmente, das 700 propriedades com as quais a empresa compra o leite, cerca de 80% do rebanho é da raça Holandesa.

Para o gerente de política da companhia, a associação ao Sindilat faz parte de um plano estratégico de informação, comunicação e participação ativa no setor lácteo. “A nossa entrada como associado vem para reforçar esse trabalho. Contamos com uma bacia leiteira bem consolidada e precisamos saber das mudanças que acontecem no setor. Temos que andar juntos”, ressaltou.

Em 2019, a Unibom trabalha com a expectativa de conquistar um crescimento de 5% na captação de leite. Já para o próximo ano, a meta é aumentar mais 8%.

 

Crédito: Carolina Jardine

Como objetivo de valorizar o trabalho da imprensa que cobre o setor lácteo gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) promove o 5º Prêmio de Jornalismo. As inscrições vão até 25/10 e podem ser realizadas através do e-mail imprensasindilat@gmail.com (confira o regulamento).

Os trabalhos inscritos devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. Serão recebidos trabalhos publicados em língua portuguesa em veículos com sede no Brasil, entre 28/10/2018 a 25/10/2019. Podem participar jornalistas devidamente registrados ou grupo de profissionais, sendo ao menos um jornalista. Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidato. 

O 5º Prêmio Sindilat de Jornalismo divide-se em quatro categorias: 

1) Impresso: reúne trabalhos de veículos impressos a serem enviados em formato PDF;

2) Eletrônico: reúne trabalhos divulgados em veículos eletrônicos (rádio e televisão) a serem enviados mediante link;

3) Online: Reportagens ou série de reportagens veiculadas no período recomendado desde que apresentem indicação expressa da data de veiculação e fornecimento do link ativo;

4) Fotografia: Imagens alusivas à atividade leiteira veiculadas na imprensa, independentemente da plataforma dentro do período definido por este regimento e com comprovação de publicação expressa. Enviar a imagem original (em JPG) e PDF da publicação;

Os vencedores serão conhecidos na festa de fim de ano do Sindilat, no dia 05 de dezembro. Neste ano, a cerimônia ainda marcará os 50 anos de atividade do sindicato.

Para se inscrever, leia atentamente o regulamento aqui.

Ficha de inscrição

Termo de autorização de uso de imagem 

A Granja Michelon, localizada em Vespasiano Corrêa (RS), realizou um Dia de Campo a fim de compartilhar os resultados obtidos após um ano de aquisição de uma ordenha robotizada. O encontro ocorreu nesta terça-feira (24/9) e reuniu cerca de 100 pessoas, entre  pequenos produtores, técnicos e entidades de dentro e fora do Estado.

O evento contou com palestras sobre qualidade, produtividade, rentabilidade e nutrição de vacas, além de uma visita à Granja Michelon para acompanhar a ordenha robotizada em tempo real. A propriedade, que pertence a Valter e Tiago Michelon, possui 24 hectares e 125 vacas em seu rebanho. Dessas, 67 estão em lactação e produzem 3 mil litros/dia de leite. O robô da Granja é o 21º do mundo em produtividade e está entre os primeiros do ranking no Brasil.

De acordo com o gerente Comercial e de Projetos da DeLaval, Márcio Denes Gato, com o uso da ordenha robotizada a Granja Michelon aumentou 17% da produção de leite e reduziu 40% dos casos de mastite no rebanho. "O evento serviu para mostrar a realidade de uma propriedade de pequeno porte para a atividade leiteira", ressaltou Gato.

Para Tiago Michelon, mostrar aos participantes do encontro o funcionamento do robô e os números conquistados nesse último ano é de suma importância para que outros produtores se inspirem. "Os ganhos para a propriedade são inúmeros, tanto no que se refere à saúde do rebanho quanto à produtividade, pois o robô funciona 24h por dia", contou.

O Dia de Campo foi promovido em parceira com as empresas MSD - Saúde Animal, Cotribá  - Produção Animal, DeLaval e Machado Agropecuária.

Foto: Márcio Gato

O valor de referência projetado para o leite no mês de setembro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,0884, 1,57% abaixo do consolidado de agosto, que fechou em R$ 1,1058. Os dados do cenário lácteo no Estado foram debatidos na reunião mensal do Conseleite realizada nesta terça-feira (24/09) na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS). Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, apesar da leve queda em relação ao valor consolidado do mês anterior, a projeção para setembro é praticamente a mesma que foi estimada para agosto (R$ 1,0870), o que indica estabilidade do mercado. “Vivemos um momento delicado em que quem não for eficiente acabará saindo do processo, tanto no campo quanto na indústria. O mercado é soberano e estamos sempre suscetíveis aos movimentos do varejo”, pontuou. E lembrou que as peculiaridades e sazonalidades da produção láctea geram picos de produção - quando o setor industrial opera com capacidade plena -, mas, por outro lado, impõem meses de ociosidade que elevam muito os custos. “Precisamos tirar essa diferença. Só vamos conquistar o mercado externo se conseguirmos manter uma produção estável”.

No mês, apesar da alta de 2,19% do leite UHT, a tendência de redução de preços foi puxada pelo leite em pó (-2,72%) e pelo queijo mussarela (-2,99%).  Ao apresentar os dados do levantamento realizado pela UPF, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, indicou que vários produtos do mix iniciaram o ano com valores mais elevados, mas não mantiveram a cotação ao longo do ano, entre eles alguns queijos.

Durante a reunião, também foi alinhado que a Emater passará a realizar estudo de custos de produção para acrescentar esse indexador aos dados avaliados pelo setor produtivo na reunião do Conseleite. Para isso, a entidade de assistência técnica será incluída no colegiado como convidada especial. O vice-presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, reforçou a importância de agregar esse levantamento às análises mensais uma vez que os custos impactam diretamente na rentabilidade da atividade. “É um dado essencial a ser apreciado para que possamos avaliar todas as nuances da atividade láctea”, disse.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Agosto de 2019.

Matéria-prima Valores Projetados Agosto /19 Valores Finais

Agosto /19

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,2500 1,2716 0,0216
II – Valor de referência IN 76/771 1,0870 1,1058 0,0188
III – Menor valor de referência 0,9783 0,9952 0,0169

(1)    Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 76/77 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 IN 76/77, em R$ – Setembro de 2019.

Matéria-prima Setembro*/19
I – Maior valor de referência 1,2516
II – Valor de referência IN 76/77 1,0884
III – Menor valor de referência 0,9795

* Previsão

 

Crédito: Carolina Jardine

A reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) realizada nesta quarta-feira (19/9), em Florianópolis (SC), debateu sobre os resultados positivos e as principais dificuldades do setor leiteiro depois da implementação das Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que desde 30 de maio, alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru em todo o território nacional. Na oportunidade, o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, salientou que será encaminhado um documento ao Mapa com o relato dos esforços que a cadeia produtiva do leite tem feito. "É importante que eles saibam que, apesar das mudanças realizadas no campo e na indústria, o setor ainda encontra dificuldades para atender às normativas", afirmou.

O encontro também discutiu sobre a abertura de novos mercados para a exportação de lácteos e a urgência de realizar algumas ações para que os três Estados possam ter condições de exportar e escoar o excesso de produção. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS, Darlan Palharini, a maior preocupação dos Estados é em relação a competitividade do setor, inclusive com o acordo entre o Mercosul e União Europeia. "Precisamos entender os impactos que esse acordo trará para os laticinistas, visto que não haverá diminuição gradativa do imposto de importação   para os laticínios europeus".

Ao final da reunião foi agendado o próximo encontro da ALSB, que será no dia 16 de dezembro, na cidade de Curitiba (PR).

Foto: Darlan Palharini

Em julho, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a abertura do mercado chinês para a exportação de lácteos brasileiros. O país asiático, maior importador de lácteos do mundo, habilitou 24 estabelecimentos no Brasil (desses, seis estão localizados no Rio Grande do Sul, quatro no Paraná e dois em Santa Catarina) que poderão exportar leite em pó, queijos, manteiga e leite condensado. Devido a importância desse mercado para o setor, a Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) irá debater sobre os principais desafios para aumentar o número de empresas habilitadas à exportação. A reunião ocorre nesta quinta-feira (19/9), a partir das 10h, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária - Santa Catarina (FAESC), em Florianópolis.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, desde a implementação das Instruções Normativas do Leite (INs 76 e 77), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, o setor passa por um momento de profissionalização. "As INs visam a melhora da qualidade sanitária do leite cru, o que é ótimo para toda a cadeia produtiva porque contribui para a abertura de novos mercados, assim como ocorreu com a China", reflete. Na mesma linha, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acredita que as novas regras do Mapa tornam o setor mais competitivo dentro e fora do País.

De acordo com o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, a região Sul do Brasil é responsável por 40% da produção de leite e a abertura do mercado externo para escoar esse volume é imprescindível. "Enquanto a comercialização de lácteos ficar somente no mercado interno, haverá crise no setor. Porém, para exportar, precisamos primar pela qualidade do produto, diminuir os custos de produção e ter uma logística mais eficiente", afirma Spies, ressaltando que o leite brasileiro não é competitivo nas commodities.

Na pauta do encontro também está a recente abertura do mercado egípcio para a exportação de lácteos brasileiros, o acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia, a adaptação do setor e os impactos das normativas do leite, e a relação entre produtor e indústria, que passam a dividir a responsabilidade pela qualidade dos produtos com o poder público.

Foto: Kwangmoozaa/iStock

Atendendo a uma demanda da Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizará reunião nesta quinta-feira (19/9) para debater os desafios da exportação de lácteos brasileiros para a China. O encontro ocorre a partir das 8h30, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária - Santa Catarina (FAESC), em Florianópolis.

A China é o maior importador de lácteos do mundo e abertura desse mercado é de suma importância para a valorização da indústria de laticínios do Brasil. Segundo o coordenador-geral da ALSB, Airton Spies, o encontro tem o objetivo de sanar possíveis dúvidas das empresas aptas à exportação para a China. "Os 24 estabelecimentos habilitados para a exportação foram convidadas a participar da reunião que contará com o diretor da Candor Partner Trading, Bruno Trombelli, que dará dicas de como acessar esse mercado chines".

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a exportação é a melhor forma de escoar o volume excedente de leite no Brasil e recuperar o crescimento da produção  "O mercado chinês é um gigante mas, para dar certo, é necessário que haja o apoio do Governo Federal", ressalta.  Uma das sugestões do Sindilat é que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) agilize a normatização do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para que tanto o produtor quanto a indústria consigam enfrentar os altos custos de produção e infraestrutura que o Brasil possui. "Sem apoio, o setor brasileiro de lácteos não conseguirá ser exportador e corre sério risco de se tornar importador, causando  um grande problema social, pois é um setor que conta com mais de 1.200.000 famílias envolvidas na atividade leiteira", afirma Palharini.
Para o presidente da Câmara Setorial do Leite e Derivados, Ronei Volpi, a cadeia produtiva precisa de adequar às demandas do mercado externo para que a exportação de lácteos brasileiros seja uma constante. "A exportação irá fortalecer o nosso setor".
 
Foto: JulijaDmitrijeva/iStock

Atualmente a tuberculose e a brucelose são os grandes vilões dos rebanhos isso porque, além de provocarem danos ao bem-estar dos animais, afetam a saúde humana. Sabendo da importância de combater tais doenças, o especialista  em Agropecuária, da Lactalis do Brasil, Rodrigo R. Kreutz, irá ministrar uma palestra, nesta quinta-feira (12/9), sobre a importância da sanidade animal na comercialização do leite e seus derivados durante o XIII Congresso Brasileiro de Buiatria. Nesta edição, o evento ocorre no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF), localizado na BR 285 s/n, bairro São José, em Passo Fundo.

Para o especialista, o objetivo do encontro é disseminar conhecimento e conscientizar os participantes sobre as boas práticas no campo. "Com a chegada das Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), todo setor lácteo passa por um momento de profissionalização e dar o tratamento correto a essas enfermidades é um passo importante", reflete Kreutz e lembra que muitos mercados ainda estão fechados para o Brasil porque o país não está certificado como livre das doenças.

Segundo Kreutz, eventos como o Congresso Brasileiro de Buiatria são importantes porque o público é basicamente formado por estudantes e professores. "São eles que irão atuar na cadeia e repassar os conhecimentos adquiridos para quem trabalha com o manejo de animais no campo", disse.