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O valor de referência do leite projetado para o mês de novembro teve leve alta no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (19/11) durante reunião do Conseleite, realizada na sede da Fetag-RS, em Porto Alegre (RS), o valor estimado para o mês é de R$ 1,1038, 0,85% acima do consolidado do mês de outubro, que fechou em R$ 1,0945. Segundo o professor da UPF – instituição responsável pelo estudo – Eduardo Finamore, a maioria dos produtos que compõem o mix apresentou elevação de preços, registrando alta de 1,63% no UHT e 2,04% no pó, por exemplo. A tendência para o fim do ano, segundo Finamore, é de estabilidade do preço do leite no Estado.

Durante a reunião, os representantes do setor lácteo ainda debateram os avanços na qualidade do leite gaúcho e os ajustes realizados pelo Ministério da Agricultura nos critérios de exclusão de produtores em função das novas exigências impostas pelas INs 76 e 77 no campo. Agora, o resultado obtido na última amostra pode se sobrepor à média dos três últimos meses se ela indicar melhora nas condições do produto coletado. O vice-presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, disse que a conquista reconhece o esforço dos produtores que estão melhorando seu escore de CBT, uma mudança que ganhou força nos últimos meses no campo. “Foi um pedido encaminhado pelo Conseleite na reunião de outubro e que representa a sensibilidade do Mapa em relação ao produtor que está melhorando suas práticas de manejo e produção”, frisou.

Representando as indústrias, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, comemorou a medida uma vez que o sindicato vem trabalhando ao longo de todo o ano de 2019 na orientação do produtor pelo interior do Rio Grande do Sul. “Com essa mudança, os índices de conformidade dos produtores que entregam leite a nossas indústrias aumentou muito”, citou. “Não queremos ver ninguém de fora e estamos trabalhando para isso”, completou João Seibel, executivo da Cooperativa Santa Clara.

 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Outubro de 2019.

Matéria-prima Valores Projetados Outubro /19 Valores Finais

Outubro /19

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,2201 1,2586 0,0386
II – Valor de referência IN 76/771 1,0609 1,0945 0,0335
III – Menor valor de referência 0,9548 0,9850 0,0302

(1)   Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 76/77 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

 

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência IN 76/77, em R$ – Novembro de 2019.

Matéria-prima Novembro*/19
I – Maior valor de referência 1,2693
II – Valor de referência IN 76/77 1,1038
III – Menor valor de referência 0,9934

* Previsão

 

 

 

Crédito: Carolina Jardine

Na foto: Darlan Palharini (E) e Pedrinho Signori (D)

Discutir alternativas para o aumento da rentabilidade do produtor local foi o foco da 13º edição do Fórum Tecnológico do Leite realizado na cidade Encantado (RS), nesta quarta-feira (13/11). O evento, que teve o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), da prefeitura da cidade de Encantado (RS), do colégio Teutônia e da Emater/RS, teve a participação de aproximadamente 500 produtores de leite, além de variadas atividades tal como cases, palestras e debates voltados à cadeia leiteira.

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, encontros como esse visam compartilhar conhecimento e serve para mostrar e pedir o apoio aos produtores para que o Governo Federal normatize o PEP (Programa de Escoamento da Produção) com a finalidade de facilitar o escoamento dos derivados de leite, no momento de safra, e o preço do leite ao produtor não sofra queda da sua rentabilidade e o Brasil exporte, no mínimo, 5% da sua produção. “Trouxemos a possibilidade do produtor e da indústria de investir em outro nicho de mercado mais lucrativo, claro que esbarramos no investimento inicial, já que as linhas de crédito quase não existem. Por exemplo, iniciar a produção do leite orgânico, leite A2/A2 e o leite pasteurizado com maior shelf-life. O preço destes produtos ao consumidor costuma ser quase o dobro, agregando valor à produção e essa é uma linha de produtos que está em crescimento”, disse.

Para Palharini, o objetivo do Fórum é trazer alternativas que não demandem grandes investimentos. "Queremos que os pequenos produtores da nossa região saiam daqui sabendo que assim como outros produtores, eles também têm condições de fazer esse movimento de crescimento e reverter o quadro”, acrescentou, ressaltando que esse é o 13º evento realizado em parceria com a Emater RS.

Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, o plano para o ano que vem é continuar promovendo esses encontros. “Acredito que o evento tenha sido bem relevante para os produtores, com assuntos bem diversificados. Além disso, encerrou com chave de ouro, com o relato de quatro famílias produtoras tocadas por jovens que conseguiram se erguer dentro do meio, servindo de exemplo de como o mercado leiteiro ainda é rentável quando a atividade é bem executada”, afirmou Ries. 

Foto: Tiago Bald - Assessoria de imprensa da Emater/RS-Ascar

Em Assembleia Geral Ordinária de Prestação de Contas do 3º trimestre, realizada em outubro, o Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (FUNDESA), divulgou o valor aprovado para pagamento dos pedidos de indenização de produtores de leite. As indenizações se referem aos meses de julho, agosto e setembro. Ao todo, são 212 pedidos de indenização, totalizando 1.113 animais, com testes positivos para tuberculose ou brucelose, destinados ao abate sanitário, no valor de R$ 1.780.031,76 (um milhão, setecentos e oitenta mil, trinta e um reais e setenta e seis centavos). O acumulado no ano de 2019, até setembro, totaliza R$ 4.652.761,89.

No ano de 2018, o montante das indenizações pagas aos produtores foi de R$ 4.252.814,15, o que significa que os produtores rurais do Estado estão trabalhando no controle das zoonoses. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, isso mostra que os produtores e indústrias do Rio Grande do Sul estão se preparando para os novos mercados, porém, a principal preocupação ainda é o mercado brasileiro. "O nosso mercado é responsável por 99% do destino da produção brasileira", aponta.

Segundo Palharini, o que dá segurança ao produtor de leite é que as indenizações não são somente para vacas em lactação, mas, também, para terneiras a partir do seu nascimento e para o vazio sanitário da propriedade. "É preciso lembrar que, no caso de indenização por tuberculose, o produtor ainda recebe uma complementação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)".

Crédito: pelvidge/iStock

O 10º Encontro Baiano de Laticinistas reuniu diversas entidades, entre elas o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a fim de debater o cenário lácteo brasileiro e a abertura de novos mercados. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou da cerimônia de abertura, ao lado do vice-governador, João Leão, e do secretário da Agricultura da Bahia, Lucas Costa, e do presidente do Sindileite, Paulo Cintra. Na ocasião, Guerra se manifestou sobre a importância dos sindicatos de todo o país estarem trabalhando de forma integrada, visto que todos buscam o mesmo objetivo.

"As Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estão aí para melhorar a qualidade do leite, primar pela saúde dos rebanhos e assistência técnica, além de visar a exportação de lácteos", afirmou o presidente do Sindilat. Para Guerra, é primordial que tais temas sejas discutidos para que eles contribuam nos resultados positivos de todas as entidades. "Foram dois dias de muito trabalho, dedicação e troca de conhecimento, que contou com a participação de sindicatos e empresas associadas", disse, ressaltando que a reforma tributária também foi pauta do encontro.

Crédito: baibaz/iStock

O Sindilat vem estudando a possibilidade de integrar o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) oferecido pela Apex-Brasil, responsável por auxiliar empresas no processo de exportação de forma planejada e segura. O programa oferece um consultor especializado que acompanha, durante seis meses, os processos internos das empresas na adequação necessária para integrar esse mercado. O projeto foi apresentado nesta terça-feira (05/11) pelo assessor da Gerência de Gabinete da Presidência da Apex-Brasil, Márcio Rodrigues, e pelo coordenador de operações, Márcio Guerra, em reunião com a diretoria do Sindilat.

De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a competitividade do setor é um dos fatores que influencia a baixa demanda de exportação de laticínios. “Possuímos diversos desafios que devem ser trabalhados para melhorar a produtividade da cadeia do leite no mercado, que começa na propriedade. Temos condições de crescer e imprimir qualidade ao nosso produto, mas ainda não somos competitivos o suficiente para nos colocarmos à frente no mercado”, destacou.

A Apex-Brasil atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior, movimentando cerca de US$ 100 milhões ao ano. Segundo Rodrigues, a agência vem trabalhando com o intuito de incluir de forma mais ativa o mercado lácteo nesse contexto. “Nós entendemos essa demanda e queremos trabalhar junto com as entidades representativas e indústrias do setor”, afirmou.

O tema voltará a ser debatido na próxima reunião de associados do Sindilat. O objetivo é iniciar um processo de inclusão no PEIEX através da região de Passo Fundo e São Leopoldo, cidades onde a agência já possui uma equipe de consultores. Além de Guerra, estiveram presentes no encontro o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini e o diretor-secretário do sindicato, Angelo Paulo Sartor.

 

Foto: Letícia Breda 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) marcou presença durante o painel "O papel da indústria na produção de lácteos", promovido pelo Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), na tarde da última sexta-feira (01/11), em Porto Alegre (RS). Na oportunidade, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou dados sobre qualidade, consumo, exportação e cenário lácteo mundial. "O trabalho realizado pela cadeia busca um resultado futuro. É importante investir na qualidade para que possamos nos tornar mais competitivos em outros mercados", disse.

O produtor rural enfrenta muitos desafios no dia a dia da atividade leiteira, principalmente no que se refere à eletrificação e qualidade das estradas. Para Palharini, as Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77 servem para dividir a responsabilidade entre a cadeia e o poder público. "Precisamos achar uma válvula de escape para escoar a produção de leite excedente, do contrário, não adianta abrir novos mercados". Na mesma linha, o supervisor técnico da Cooperativa Santa Clara e presidente da Associação Gaúcha de Laticínios, Amado Mendes, ressaltou que a indústria faz questão da melhoria do leite, pois para concorrer no mercado internacional é preciso ter matéria prima de boa qualidade.

A sanidade dos rebanhos também foi alvo de discussão no encontro, visto que o estado do RS, tem intensificado o controle e a certificação de propriedades livres de  tuberculose e brucelose, e o valor investido em indenizações tem aumentado e totalizado, até 30/09/2019, o montante de R$ 4.652.761,89. De acordo com Mendes, a assistência técnica é fundamental. "A indústria precisa oferecer o suporte necessário para que os produtores consigam produzir mais e melhor", refletiu. Segundo Palharini, as INs 76 e 77 garantem o que nenhuma outra instrução normativa assegurava, que as empresas tenham um plano de qualificação ao fornecedor.

Para a aluna do PPG em Zootecnia da Ufrgs, Tatiana de Souza, as palestras serviram para mostrar o outro lado da moeda. "Não temos a visão da indústria no nosso cotidiano. Temos apenas o feedback que vem dos produtores, através da assistência técnica, e é importante ver que existe uma parceria entre ambos para alcançar o mesmo objetivo, a qualidade do leite". A professora Vivian Fischer, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Pecuária Leiteira e Comportamento Animal (NUPLAC) da Ufrgs, acredita que o principal objetivo do evento é compartilhar conhecimento. "Esses temas normalmente não são debatidos em sala de aula e, por isso, criamos o painel para que os nossos alunos tenham um conhecimento geral, pois eles serão formadores de opinião e precisam explorar todas as vertentes". 

Crédito: Stéphany Franco

A 13ª edição do Fórum Tecnológico do Leite, evento com caráter itinerante, será realizado na cidade de Encantado (RS) no dia 13 de novembro. O encontro, que tem o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) como um dos apoiadores, ocorrerá no Auditório Itália, na sede da prefeitura de Encantado. Entre as atividades estão a apresentação de cases, palestras e debates voltados à cadeia leiteira.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o encontro busca promover discussões e trocas de experiência entre os participantes. “Neste evento o público poderá entender um pouco mais sobre o atual mercado lácteo, as oportunidades com abertura dos novos mercados, como exportar e voltar a crescer a produção no campo", conta.

De acordo com o diretor do Colégio Teutônia, Jonas Rückert, um dos responsáveis pela organização do evento, a instituição forma técnicos em agropecuária e, desta forma, o ensino sempre foi pensado para além dos muros. "Nossa região é uma grande produtora de alimentos e a atividade leiteira é bastante intensa, por isso a extensão rural é tão importante", afirma Rückert, ressaltando que o objetivo do Fórum é gerar conhecimento e estreitar laços com a comunidade.

Na oportunidade, o assistente técnico rural da área de Bovinocultura de Leite da Emater de Lajeado Martin Schmachtenberg,  apresentará uma pesquisa com o panorama do leite no RS. "Esse levantamento é atualizado todos os anos e o resultado será divulgado durante o evento". Segundo Schmachtenberg, a ideia é que o Fórum siga de maneira itinerante, sendo realizado nos anos pares em Teutônia (RS) e nos anos ímpares nas demais cidades do Estado.

Interessados devem se inscrever até o dia 08 de novembro, no site www.colegioteutonia.com.br/forumdoleite ou diretamente nos escritórios municipais da Emater.

Confira a programação completa:

08h às 09h – Recepção com degustação de lácteos;

09h – Palestra “Produtor de leite: um estilo de vida!”, palestrante Vilnei Varzim;

10h20min – Debate com foco na sanidade animal – “Programa Nacional de Combate e Erradicação da Febre Aftosa”, com Fernando Groff, e “Panorama da Brucelose e da Tuberculose Bovina no RS”, com Ana Cláudia Groff;

11h30min – Apresentação do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite dos Vale do Taquari e do Caí, com Martin Schmachtenberg;

11h45 -  Cenário  lácteo atual e como exportar, com Darlan Palharini

12h – Almoço e Concurso do Leite em Metro (valor do almoço com direito a buffet livre para inscritos no Fórum: R$ 10,00);

13h30min – Abertura Oficial do Fórum Tecnológico do Leite – 13ª Edição;

14h – Cases de modelos e realidades de produção leiteira apresentados por produtores, com painéis sobre Compost Bar, Free Stahl e Produção à Base de Pasto, tendo a mediação de Jaime Eduardo Ries;

15h –  Debate sobre os sistemas de produção apresentados;

15h30min – Encerramento.

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara realizou audiência pública ordinária na manhã desta terça-feira (29) sobre o tema ‘O mercado chinês e o acordo comercial com a UE para o mercado lácteo’.  Diversos integrantes de entidades ligadas à cadeia produtiva láctea participaram do debate com mais de duas horas de duração sobre os impactos da abertura do mercado lácteo no Brasil.

A abertura do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros e o acordo comercial com a União Europeia estabeleceu cotas para entrada de produtos lácteos do bloco europeu no Brasil com isenção de tarifas de importação. O debate atendeu a pedido dos deputados Celso Maldaner (MDB-SC) e Jerônimo Goergen (PP-RS).

Maldaner explica que informações dão conta que os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. "Essa abertura pode gerar impacto positivo para a cadeia produtiva do leite, que atualmente passa por um momento de enormes dificuldades, e envolve, aproximadamente, 1,2 milhão de pequenos produtores", avalia. No entanto, o parlamentar acrescenta que o acordo com a União Europeia vai facilitar a entrada de produtos lácteos europeus no País e "exigir da cadeia de produção brasileira um salto de qualidade e competitividade jamais visto, e poderá demandar um grande investimento em tecnologia e desenvolvimento de novas técnicas de produtivas", afirma.

Em sua apresentação, Alexandre Peña Ghisleni, diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, lembrou que o acordo foi anunciado em junho deste ano e haverá, no mínimo, o prazo de um ano para a revisão jurídica desse texto. A partir do momento em que a revisão estiver concluída, vamos passar para a assinatura, o que deve ocorrer no segundo semestre de 2020. A ratificação do acordo, no entanto, deve levar em torno de dois anos. “Precisará ser ratificado por todos os 4 parlamentos dos países do Mercosul, pelo Parlamento Europeu e por todos membros da UE no que diz respeito à parte política”, afirmou.  De acordo com o diretor, depois de ratificado vamos passar pelo processo de 10 anos de desgravação, com redução de tarifas e ampliação das cotas. “Na hipótese de nada dar errado, não haverá uma transformação radical no comércio entre os blocos no prazo de até 15 anos”, informou.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, destacou que o Brasil apresenta características positivas em relação ao leite, especialmente no que toca ao consumo, e que ainda possui grande potencial de crescimento no mercado interno, enquanto na outra ponta, estão volatilidade de preços e custo de produção como entraves. Segundo ele, o tempo perdido no passado com ausência de políticas para proteger e dar competitividade ao setor precisa agora ser recuperado com essa perspectiva de abertura do mercado ao produto do Brasil, o terceiro maior produtor de leite do mundo.

Fernando pinheiro, analista técnico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), reforçou que a China constitui uma grande oportunidade ao leite brasileiro, por ser um mercado em constante expansão e demandando cada vez mais fontes de proteína. “Precisamos estudar esse mercado e neste processo, ganhar confiança do chinês é fundamental. Para isso, também será necessária uma adequação àquele mercado. Sem isso, não entraremos lá”, disse.

Foto: Vinícius Loures / Agência Câmara 

Os interessados em concorrer ao 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat RS têm mais uma chance para inscrever seus trabalhos. Os mesmos deverão ser enviados para o e-mail imprensasindilat@gmail.com até o dia 01/11 (confira o regulamento). Os trabalhos inscritos devem abordar os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios.

Serão recebidos trabalhos publicados em língua portuguesa em veículos com sede no Brasil, entre 28/10/2018 a 25/10/2019. Podem participar jornalistas devidamente registrados ou grupo de profissionais, sendo ao menos um jornalista. Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidato.

Confira as categorias:
1) Impresso: reúne trabalhos de veículos impressos a serem enviados em formato PDF;
2) Eletrônico: reúne trabalhos divulgados em veículos eletrônicos (rádio e televisão) a serem enviados mediante link;
3) Online: Reportagens ou série de reportagens veiculadas no período recomendado desde que apresentem indicação expressa da data de veiculação e fornecimento do link ativo;
4) Fotografia: Imagens alusivas à atividade leiteira veiculadas na imprensa, independentemente da plataforma dentro do período definido por este regimento e com comprovação de publicação expressa. Enviar a imagem original (em JPG) e PDF da publicação;

Os vencedores serão conhecidos na festa de fim de ano do Sindilat, no dia 05 de dezembro. Neste ano, a cerimônia ainda marcará os 50 anos de atividade do sindicato.

Para se inscrever, leia atentamente o regulamento.
Ficha de inscrição.
Termo de autorização de uso de imagem.

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul estimado para o mês de outubro é de R$ 1,0609, 3,47% abaixo do consolidado de setembro (R$ 1,0991). Segundo dados divulgados nesta terça-feira (22/10) pelo Conseleite, a tendência reflete o período de safra, mas está mais amena em 2019 em relação a anos anteriores. A redução pontual da pesquisa de outubro foi puxada pela diminuição do leite UHT, carro chefe do mix do Estado, mas teve compensação parcial com a alta do leite em pó.

A tendência de mercado é de estabilidade, uma vez que o volume de captação começa a reduzir com a diminuição da produção no campo nas próximas semanas. “Em 2019, o UHT apresentou estabilidade. Diferentemente de outros anos quando se registrou variações bruscas no preço, a curva do ano indica quedas e elevações suaves no preço do UHT”, disse o professor da UPF e responsável pelo estudo Eduardo Finamore. A reunião do Conseleite foi realizada na sede da Farsul, em Porto Alegre.  

Segundo o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, os números refletem uma mudança nos hábitos de consumo do brasileiro em um ano de crise e falta de recursos na economia. “As famílias estão buscando preço porque a crise impactou em cheio o poder de consumo”. Além disso, justificou ele, o que se viu em 2019 foi um aumento das vendas no atacado em detrimento do varejo, principalmente entre as classes A e B, que também estão buscando adquirir leite e outros alimentos básicos a preços mais competitivos. “Isso impacta o comércio e traz reflexo direto no setor industrial e no produtor porque estamos em um mesmo mercado. Os movimentos do consumidor interferem em todos os elos”.

IN 76 e 77

Durante a reunião, as entidades que integram o Conseleite ainda debateram o impacto das Instruções Normativas 76 e 77 no campo, principalmente com os resultados de médias geométricas de CBT, que já limitam a captação do leite de alguns produtores gaúchos. O colegiado entende que é preciso realizar alguns ajustes de metodologia que estimulem os produtores a seguir melhorando. “Em alguns casos, não valoriza o esforço que vem sendo feito no campo”, pontuou o gerente técnico adjunto da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries, que apresentou casos concretos de distorções que vêm ocorrendo.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Setembro de 2019.

Matéria-prima Valores Projetados Setembro /19 Valores Finais

Setembro /19

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência 1,2516 1,2640 0,0124
II – Preço de referência IN 76/771 1,0884 1,0991 0,0108
III – Menor valor de referência 0,9795 0,9892 0,0097

(1)    Valor para o leite “posto na propriedade” o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência IN 76/77 está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1 IN 76/77, em R$ – Outubro de 2019.

Matéria-prima Outubro*/19
I – Maior valor de referência 1,2201
II – Preço de referência IN 76/77 1,0609
III – Menor valor de referência 0,9548

* Previsão

 

Foto: Carolina Jardine