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Por meio de decreto publicado nesta sexta-feira (16/7), o governo gaúcho prorrogou a isenção do pagamento do imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS) até 31 de dezembro de 2021. A medida passa a valer com a publicação do decreto nº 55.998, produzindo efeitos a partir de 1º de agosto. Na prática, os contribuintes gaúchos que realizarem operação de transporte intermunicipal de cargas, que tenha início e término no território do estado, serão isentos do ICMS sobre o valor do frete.

A prorrogação do benefício, segundo Matheus Zomer, advogado e consultor tributário do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), contribui para o fomento da cadeia produtiva e econômica. "A medida é positiva, pois assegura a desoneração da operação de transporte. Caso fosse exigido esse ICMS, seria um custo a mais para as empresas gaúchas. O ideal, contudo, seria que o Estado prorrogasse a isenção por um prazo maior, garantindo assim mais previsibilidade e segurança aos contribuintes", avalia.

Confira o decreto em https://www.sindilat.com.br/site/2021/07/16/decreto-no-55-998-de-15-de-julho-de-2021/ 

Foto em destaque: Carolina Jardine 

Deputados da Subcomissão do Leite da Câmara Federal, membros da Comissão de Agricultura, deputado estadual e entidades estiveram no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (02/7), buscando conhecer mais de perto o modelo de produção gaúcho a fim de levantar alternativas para os entraves do setor lácteo brasileiro. Na passagem pelo estado, os parlamentares visitaram a sede da CCGL, em Cruz Alta (RS), onde estiveram na unidade fabril. Segundo o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), que participou da visita, “leite não suporta o coitadismo, a piedade”. Para ele, a produção de leite depende de pesquisa, sanidade, alimentação de boa qualidade, entre outras ações.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) entregou aos parlamentares na ocasião relatório com dados compilados do setor lácteo gaúcho e de sua atuação. O documento contém informações sobre a produção do estado, ações de fomento, atuação do Conseleite, além de material sobre a retomada do Fundoleite. “Os deputados se mostraram interessados com o andamento do Fundoleite, pois é uma proposta que se assemelha ao projeto Mais Leite Saudável. A expectativa deles é para saber como o Fundoleite irá funcionar para levar ele a outros estados”, destacou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ressaltando que espera que o Fundoleite seja um modelo para o país.

Durante a visita pela CCGL, os deputados também tiveram a oportunidade de conversar com produtores e conhecer mais sobre a assistência técnica disponibilizada pela cooperativa. “O testemunho dos produtores impactou de maneira positiva os deputados”, afirmou Palharini. Os parlamentares ainda estiveram na indústria e no tambo da cooperativa, onde puderam ver a tecnologia do uso do robô na ordenha através de vacas em sistema sem confinamento a base de pasto utilizadas pela CCGL na produção.

Além do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), participaram da visita técnica a presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural deputada Aline Sleutjes (PSL-PR), os deputados federais Benes Leocádio (Republicanos – RN) e Domingos Sávio (PSDB-MG), o deputado estadual Clair Kuhn (MDB), e produtores e técnicos da Embrapa.

Foto em destaque: Lisiane Lisboa

Para marcar seus 52 anos comemorados nesta quinta-feira (1°/7), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) preparou um relatório com dados estatísticos do setor e de sua atuação. O documento será entregue nesta sexta-feira (2/7) a parlamentares que estarão no Estado durante agenda da Subcomissão do Leite da Câmara Federal na sede da CCGL, em Cruz Alta (RS). De acordo com Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, os dados evidenciam o peso da atividade leiteira para a economia gaúcha e sua importância na geração de emprego, renda, tributos e, consequentemente, riquezas ao Rio Grande do Sul. “Nossa proposta é fazer com que essas informações circulem em todas as esferas e sirvam de subsídio para tomadas de decisões estratégicas”, afirmou Palharini. A partir desta primeira edição, a ideia é que o material seja atualizado mensalmente e sirva de fonte de informação para diferentes agentes do setor produtivo.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com um volume que alcança 4,27 bilhões de litros/ano (12,26% da produção nacional). São 242 indústrias submetidas às inspeções de SIF, SISBI, CISPOA e SIM. A atividade é desenvolvida por 152.489 produtores em 457 dos 497 municípios gaúchos. Entre os produtores gaúchos, 50.664 realizam entrega de leite regularmente às indústrias estabelecidas no Estado. O plantel atual é de 1,18 milhão de vacas em ordenha.

No documento, o Sindilat compilou dados de produção, ações de fomento e projetos relevantes para a cadeia produtiva. Destaque também para a atuação do Conseleite, para o retorno do Fundoleite e para os encontros técnicos realizados pelo Rio Grande do Sul em 2019 por conta da entrada em vigor das Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura. Também mostra a presença permanente do Sindilat e de suas 25 indústrias associadas em fóruns que tratam do mercado exportador, ações tributárias, mercadológicas e de incentivo ao consumo de leite e seus derivados.

O documento na íntegra está disponível em:
https://www.sindilat.com.br/site/2021/07/01/o-setor-lacteo-gaucho-junho-2021/

Os dados compilados no documento têm como fonte Ministério da Agricultura (Mapa), Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado (SEAPDR), Emater-RS, G100, FIL/IDF, FEE, IBGE, Fundesa e Sefaz.

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat) e associados lamenta profundamente o falecimento do pesquisador Joao Cesar de Resende, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Gado de Leite, ocorrido na segunda-feira (28/6). Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal de Viçosa (1982) e Doutor em Produção Animal pela Universidade Federal de Lavras (2010), Resende deu uma importante contribuição ao segmento lácteo com sua vasta experiência em sistemas de produção, economia, produção de leite e custos de produção na cadeia láctea, tendo em vista sua atuação nas áreas de socioeconomia e gestão na produção de leite.

Em 2017, participou de oficina coordenada pelo Sindilat durante o 5° Fórum Itinerante do Leite, em Frederico Westphalen (RS), ocasião em que palestrou sobre os ‘Caminhos para Exportação’. Mais recentemente, foi responsável por diversas análises econômicas sobre o impacto do fim do auxílio emergencial no mercado consumidor de leite e produtos derivados.

Resende ingressou na Embrapa por meio de concurso público em 1983 e, até 1986, atuou na representação da instituição em Porto Velho (RO). Em 1987 transferiu-se para a Embrapa de Juiz de Fora, onde desde então trabalhava como pesquisador da área de socioeconomia e gestão da produção de leite.

O Sindilat se solidariza com familiares, colegas, profissionais que acompanharam a trajetória de Resende, que muito contribuiu para o desenvolvimento do setor lácteo brasileiro.

Foto em destaque: oatawa/Istock

O Governo encaminhou, nesta sexta-feira (25/6), ao Congresso Nacional o projeto de lei ordinária que visa reformar a tributação da renda de pessoas físicas e jurídicas. Conforme comunicado divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a proposta prevê que a faixa de isenção na tributação de pessoas físicas passe de R$ 1.903,98 para R$ 2.500,00. Além disso, alterações também estão previstas para a tributação de pessoas jurídicas. Neste caso, as mudanças principais são "tributação da distribuição de lucros e dividendos em 20% com faixa de isenção para distribuições de até R$ 20 mil mensais feitas por MPEs e redução da tributação do IRPJ de 25% para 20% da seguinte forma: 22,5% em 2022 e 20% em 2023".

Segundo o Novidades Legislativas CNI nº 46, "a proposta deve tramitar em paralelo ao projeto que cria a CBS a partir da unificação de PIS e Cofins, já enviado no ano passado, e aos projetos que criam um Refis, no Senado".

Saiba mais sobre as alterações previstas no Novidades Legislativas CNI nº 46, de 25 de junho de 2021, em: https://app.isend.com.br/iSend/gallery/3C24780F2D687B60D32E7076280A9C435F7019390D7AE238?refresh=1624637985261

Com informações da CNI
Foto em destaque: Carolina Jardine 

O valor de referência previsto para o leite no Rio Grande do Sul em junho é de R$ 1,7150, alta de 5,28% em relação ao mês anterior (R$ 1,6289). A projeção foi apresentada na reunião virtual do Conseleite desta terça-feira (22/06) e leva em conta os primeiros dez dias do mês. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, a elevação foi puxada por vários produtos do mix, incluindo leite UHT e queijos. A tendência fica mais evidente na comparação dos últimos 12 meses, quando vários produtos acumularam alta de mais de dois dígitos (junho 2020/junho 2021). “De abril a junho, tivemos uma recuperação significativa dos preços”, frisou, alertando que o movimento reflete o aumento de consumo.

A série histórica de preços do Conseleite, acrescentou Montoya, coloca 2021 com o maior patamar já registrado pelo colegiado no Rio Grande do Sul. Considerando valores corrigidos pelo IPCA, o leite em 2021 atingiu o pico de R$ 1,5230. A marca anterior era de 2020, com R$ 1,4862.

O coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, explicou que o movimento de recuperação é somatório de diferentes fatores: o aumento do consumo, a injeção de recursos do auxílio emergencial, a volta às aulas presenciais e a queda na produção no campo. Contudo, alertou que o consumidor brasileiro está menos capitalizado neste ano. “Com a inflação, o brasileiro tem menos recursos do que tinha em 2020”. Para os próximos meses, indicou Guerra, a expectativa é de manutenção do mercado nesse patamar. “O leite é um produto muito volátil. Precisamos que esses parâmetros se mantenham para recuperar a margem do setor, que vem operando com custos muito elevados”. Entretanto, a reversão da questão cambial e o aumento do custo do leite nacional podem voltar a estimular as importações e, consequentemente, atingir os preços logo adiante.

Guerra lembrou que o valor divulgado pelo Conseleite é apenas um parâmetro e serve como uma tendência para as tabelas das empresas, que geralmente operam acima desse patamar. “É preciso entender que os custos das indústrias subiram muito. Os primeiros cinco meses do ano foram muito difíceis no setor industrial”, ponderou.

Foto em destaque: Carolina Jardine 

Uma das grandes pautas do setor lácteo brasileiro, as exportações vão ganhar novo estímulo com o desenvolvimento do Peiex (Programa de Qualificação para Exportação) oferecido pela Apex-Brasil para que as empresas do setor iniciem a sua preparação para ingressar no mercado internacional com seus produtos. Em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira na manhã desta terça-feira (8/06), o analista de qualificação e competitividade da Apex Brasil, Laudemir Müller, explicou que a iniciativa que busca despertar a ideia da exportação, qualificar e preparar as empresas para que elas possam olhar para o mercado internacional existe há mais de 10 anos e, no ano passado, foi criado um núcleo voltado exclusivamente ao setor lácteo. O encontro virtual contou com a participação de Alexandre Guerra, 1° vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e de Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

De acordo com o dirigente, já foi lançado um edital para a Região Sul e, em Porto Alegre, a Unisinos ficará responsável pelo programa Peiex voltado ao setor. “A próxima fase será buscar equipe especializada em laticínios e, após, vem a parte do treinamento, o repasse de conteúdos e de análises de mercado para que possamos prestar esse atendimento que é totalmente gratuito”, destacou. Müller informou que a expectativa é atender individualmente a 25 laticínios que queiram ingressar no mercado internacional, pontuando que o tempo de atendimento prestado às empresas pode variar de 4 a 6 meses, dependendo do perfil do estabelecimento. Antes de lançar o edital para o Sul, a Apex consultou os três sindicatos que representam as indústrias lácteas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a fim de saber se havia público interessado na iniciativa. “Prontamente tivemos 20 empresas interessadas, o que nos encorajou a lançar o projeto”, afirmou.

Na mesma linha de incentivo à cultura exportadora na cadeia produtiva, a Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mantém o programa Agro BR, que prioriza a internacionalização de pequenos e médios produtores. “Neste programa, o leite é um dos setores prioritários ao mesmo tempo em que se mostra desafiador do ponto de vista da mobilização para que os negócios aconteçam, apesar das inúmeras oportunidades existentes”, pontuou Camila Sande, coordenadora de Promoção Comercial da CNA. Segundo ela, são várias as iniciativas que rodam atualmente visando à exportação, no entanto, ela alerta que é preciso sistematizar os interessados em participar, visando foco no objetivo no mercado externo. Para municiar as entidades sobre o que o programa oferece, Camila pontuou ser importante que as entidades do setor se envolvam ainda mais nesta questão como forma de contribuir com o engajamento das empresas no programa. “Podemos oferecer a elas consultoria, seminários virtuais, treinamento, assistência técnica, capacitação voltada aos mercadores exportadores, rodadas virtuais de negócios, além de informar sobre as especificidades de cada mercado, modelos de entrega, escopo territorial, custos e outras informações que fazem parte de todo esse processo", elencou.

Na reunião desta terça-feira, a Aliança Láctea também abordou o cenário atual das importações de produtos lácteos, com informações trazidas por Fernando Pinheiro, analista econômico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). De acordo com dados do Ministério da Economia atualizados até maio, ingressaram no Brasil no mês passado 8.400 toneladas de produtos, um aumento de 15% em volume sobre abril último, mas bem abaixo dos patamares verificados no primeiro trimestre do ano.“Apesar disso, os volumes verificados até agora estão 60% abaixo da média histórica para os meses de maio”, informou Pinheiro. A Argentina responde por 51,5% da origem dos produtos importados, enquanto o Uruguai, em segundo lugar, por 37,6%. Segundo ele, os valores pela cesta de lácteos começam a subir, estando em uma média de US$ 3.240 por tonelada. Por outro lado, destacou, que as exportações acumuladas em 2021 estão 38% acima das registradas em 2020.

Outro tema abordado na reunião setorial foi o fatiamento da Reforma Tributária em curso, o que pode atingir em cheio o setor lácteo, segundo alertou o deputado federal gaúcho Alceu Moreira, presidente da Subcomissão do Leite da Câmara Federal. O tema foi explanado pelo consultor da Câmara Setorial do Leite, Marcelo Martins. De acordo com ele, a unificação de impostos em uma única contribuição – a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS) fará com que retorne a tributação sobre insumos utilizados na pecuária de leite que atualmente têm alíquota zero, tais como adubos, corretivos, defensivos, sementes, vacinas, sêmens e embriões e farelo de soja. “Acreditamos que a Reforma Tributária é importante sob o ponto de vista da simplificação, da transparência e da justiça tributária, mas, pelo o que está sendo proposto, e analisando o setor agro, a medida em que avançar o fatiamento da reforma, esse pilares não atingirão êxito junto ao setor primário”, afirmou. Segundo o consultor, a criação da CBS, que traz junto o estorno do crédito presumido, implicará em perda de competitividade ao setor e incentivará as importações, sobretudo dentro do Mercosul, onde se mantém a alíquota zero para itens da cesta básica. “Teremos aumento da carga tributária no país que se reverterá em elevação de custos da ordem de 12,5%. Esse impacto não atingirá o produtor de fora e dará maior competitividade a eles se tivermos que estornar créditos”, destacou Martins.

O dirigente enfatizou que o momento é oportuno para que os sindicatos e entidades que representam o setor se articulem e agendem reuniões com formadores de opinião em Brasília para que pontos importantes para o setor lácteo sejam analisados e incluídos na pauta da reforma, sob pena de colocar em risco a competitividade da cadeia. A luta passa por manter o produtor rural como não contribuinte do IBS/CBS, manutenção dos itens da cesta básica sujeitos à alíquota zero e não isentos, não incidência de imposto seletivo sobre alimentos, crédito presumido com alíquota que garanta a não cumulatividade na cadeia produtiva, garantia de uso de todos os créditos na aquisição de insumos e serviços e rápida restituição dos créditos (exportação, ordinários, investimento e na transição).

Foto em destaque: Carolina Jardine 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou, nesta segunda-feira (7/6), de live promovida pela deputada federal Aline Sleutjes. Na transmissão, foram debatidos 18 tópicos para implantação do Programa Nacional de Apoio a Cadeia Leiteira, que visa desenvolver e incentivar a cadeia produtiva do leite. Os pontos debatidos foram levantados durante a realização do Fórum Nacional de Incentivo à Cadeia Leiteira, em 2020. Entre eles, estão a sanidade animal, reforma tributária, previsibilidade para o preço do leite, estímulos de consumo de lácteos, criação e importância de Conselhos Paritários do Leite (Conseleites), contratos entre produtores e empresas, importações e exportações de lácteos entre outros. "Temos um caminho longo pela frente, mas acho que com todas as medidas que estão sendo estudadas, algumas já implementadas, outras sendo tomadas, a gente vai achando o equilíbrio para essa cadeia", afirmou Tereza Cristina.

A transmissão completa está disponível no Youtube. Clique aqui. 

Melhorar a efetividade das ações de Defesa Agropecuária por meio da qualificação contínua de seus agentes. Esse é um dos objetivos do curso ‘Suasa: organização, estrutura e competências’, promovido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) em parceria com a Escola Nacional Agropecuária do Ministério da Agricultura (Enagro). Realizado de forma virtual, o curso ocorre entre 21 de junho e 30 de julho, com carga horária de 40 horas. As inscrições para a quarta turma podem ser feitas até o dia 15 de junho no site da Enagro. O curso é gratuito.

Dividido em quatro módulos, o curso pode ser realizado por representantes das cadeias produtivas do setor agropecuário brasileiro em qualquer horário dentro do período de duração definido (21 de junho a 30 de julho) através da plataforma AVA da Enagro. A iniciativa, que já está em sua quarta turma, visa ainda desenvolver habilidades e competências relacionadas à organização e ao funcionamento do Suasa.

Para Ana Lúcia Stepan, auditora fiscal federal agropecuária que atua junto à coordenação do Suasa, no Departamento de Suporte e Normas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, é importante conhecer como são distribuídas as competências do Suasa e como a implementação de suas ações impacta a vida de produtores rurais, empresários e consumidores. “Sabemos que as pessoas são um elemento de destaque nos processos da Defesa Agropecuária, pois, sem elas, os resultados não acontecem. Por isso, é fundamental que, não somente os agentes públicos, mas também os operadores do agronegócio brasileiro compreendam o que é e como funciona o Suasa”, destacou.

>> Inscreva-se em https://sistemasweb.agricultura.gov.br/avaenagro/mod/page/view.php?id=1666

O setor lácteo gaúcho está atento às mudanças propostas pela Medida Provisória 1051/21, parte do pacote Gigantes do Asfalto criado pelo governo federal para contemplar a categoria dos caminhoneiros autônomos ou não. Dentro do pacote de bondades para o setor, a MP propõe a unificação e digitalização de documentos hoje exigidos para o transporte de cargas. O assunto vem sendo acompanhado de perto pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). No dia 1º de junho, o sindicato e representantes do setor lácteo se reuniram com o relator da MP 1051/21, deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), onde solicitaram o acolhimento das emendas 72 e 73. As emendas foram acolhidas no mesmo dia.

A MP cria o Documento de Transporte Eletrônico (DT-e), que trará informações cadastrais, contratuais, de registro, logísticas, sanitárias, de segurança, ambientais, comerciais e de pagamento, inclusive o valor do frete e dos seguros contratados, além de outros dados previstos em regulamentação futura. De acordo com o consultor tributário do Sindilat, Matheus Zomer, a MP é positiva para o setor uma vez que pretende desburocratizar processos a partir do preenchimento dos dados de transporte em apenas uma plataforma, diferentemente do que ocorre atualmente, quando cada etapa do processo de transporte de carga exige do transportador o preenchimento de diversos formulários em diferentes plataformas, muitas com informações repetidas.

No entanto, Zomer chama a atenção para a importância da manutenção do regramento especial hoje existente para o setor lácteo, no chamado 1° percurso (envio do leite da fazenda ao laticínio), onde o transportador é dispensado do preenchimento dos dados a cada percurso realizado – as informações são compiladas e repassadas aos órgãos competentes apenas uma única vez, ao final de cada mês.

Duas emendas que tratam da manutenção desse regramento e que atingem diretamente o setor lácteo foram incluídas na MP, ambas de autoria do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP). As emendas 72 e 73 tratam basicamente da não obrigatoriedade do DT-e no 1° percurso, conforme justificativa apresentada no texto da emenda 73: “Necessário explicar que no primeiro percurso os caminhões saem da fábrica ou do posto de refrigeração vazios e realizam as coletas nas propriedades rurais. Após o recolhimento do leite nas fazendas, retornam aos locais de origem com o produto. Ocorre que não é possível, nessa operação, saber exatamente qual o volume de leite que o caminhão levará aos estabelecimentos, já que há variação diária na quantidade de leite coletado das propriedades rurais. Verifica-se, então, ser, nesse primeiro percurso, isto é, no recolhimento do leite nas propriedades rurais, essencial que se dispense o DT-e, sob pena de impor graves prejuízos ao setor tão importante como é o de lácteos”.

O Sindilat, junto com suas empresas associadas, está em contato permanente com o deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), que acolheu tais emendas (72 e 73) no dia 1º de junho. O sindicato ainda solicitou a manutenção dos regimes especiais com as Secretarias da Fazenda dos Estados para os chamados contratos vinculados à repetida operação. Esse é permitido somente para as operações internas de cada Estado.

Saiba mais sobre a MP 1051/21,
https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/148500

Foto em destaque: Carolina Jardine