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A publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (21/10) da Instrução Normativa 40, que visa proibir a reconstituição do leite em pó importado pelas indústrias localizadas na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), gerou dúvidas por parte do setor lácteo gaúcho. Apesar da movimentação, que sinaliza que o governo federal está sensível aos pleitos do segmento, o Sindilat esperava que a alteração tivesse uma redação mais expressamente restritiva. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a alteração ainda não protege os produtores nacionais de leite e é preciso que fique expresso claramente que a matéria prima mencionada no caput tem de ser originada de leite cru produzido em território nacional, ficando proibida a utilização de leite em pó importado. Caso contrário, alerta o executivo, poderia se ter um interpretação de que empresas com unidade no Brasil que compram leite em pó importado, por exemplo, também podem reidratar para o mercado da Sudene.

Frente aos questionamentos, o Sindilat encaminhou um ofício nesta sexta-feira ao Ministério da Agricultura sugerindo a inclusão de um parágrafo único na Instrução Normativa nº 40, proibindo a reconstituição de leite em pó a partir da matéria prima de origem estrangeira.

Apesar do pedido, a IN 40 é vista como uma vitória do setor lácteo gaúcho uma vez que foi uma demanda feita pelo Sindilat, apoiada pelo Conseleite e Aliança Láctea Sul Brasileira em audiência pública e encaminhada pelo deputado Elton Weber ao secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, em Brasília. A ideia é que apenas o leite em pó nacional possa ser usado para produzir leite UHT e pasteurizado. Até então, valia o artigo 1º da medida, publicada em julho deste ano, que não especificava a origem do leite em pó a ser recomposto, permitindo assim a reconstituição tanto do produto nacional quanto o de outros países. "A medida mostra a preocupação do ministro Blairo Maggi com o produtor rural e com o setor produtivo, para garantir a sua permanência na atividade", ressaltou Geller.

Oficinas técnicas sobre sistemas de produção do leite, boas práticas, políticas públicas, inspeção, legislação e sanidade ocorrerão na próxima segunda-feira, 24 de outubro, durante o 2º Fórum Itinerante do Leite, em Santa Maria (RS). Os grupos de trabalho terão reunião no turno da tarde e serão guiados por profissionais e professores da área, além de contar com líderes de entidades ligadas ao setor lácteo. 
 
Pela manhã, o Fórum debaterá a cadeia produtiva do leite, abordando questões econômicas e as perspectivas para o futuro do mercado. O evento ocorrerá no campus da Universidade Federal de Santa Maria, dando continuidade ao ciclo estadual iniciado em Ijuí (RS) no primeiro semestre deste ano.  O Fórum é uma realização do Sindilat, do Sistema Farsul, da Fetag e do Canal Rural, com apoio institucional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O apoio técnico é da Universidade Federal de Santa Maria. Haverá transmissão ao vivo pelo Canal Rural a partir das 10h, diretamente do Auditório Flavio Miguel Schneider, do Centro de Ciências Rurais, prédio 42 da UFSM. A apresentação ficará a cargo do analista financeiro do Canal Rural, Miguel Daoud.
 
Confira abaixo a programação completa do 2º Fórum Itinerante do Leite
 
8h30min - Credenciamento e café de boas-vindas
9h30min - Abertura
10h - Início da transmissão ao vivo pelo Canal Rural
Apresentador: Miguel Daoud, analista financeiro do Canal Rural
Palestrante: Wagner Beskow, pesquisador e consultor da Transpondo, de Cruz Alta, RS
Palestrante: Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat
Palestrante: Neila Richards, professora de Tecnologia do Leite e Derivados da UFSM
Palestrante: Darcy Bitencourt, pesquisador da Embrapa Clima Temperado
Palestrante: Jorge Rodrigues, coordenador das Comissões de Grãos e de Leite da Farsul
Palestrante:Pedrinho Signori, secretário-geral da Fetag-RS
Palestrante: Alexandre Guerra, presidente do Sindilat
 
Oficina 1: Boas práticas, sucessão, políticas públicas, inspeção, sanidade e sistemas de produção
Ferramentas para boas práticas na propriedade leiteira
Local: Prédio 43 - Sala 4204       
Moderador: Julio Viégas (UFSM)
 
14h – 14h30min: Ordenha higiênica na propriedade
Palestrante: Pedro Urubatan Neto da Costa (Emater-RS)
 
14h30min – 15h: GeoLeite – Sistema de georreferenciamento
Palestrante: Enio Giotto (UFSM)
 
15h – 15h30min: Contaminação por resíduos químicos
Palestrante: Renato Zanella (UFSM)
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 2: Sucessão e desenvolvimento rural
Local: Prédio 43 - Sala 4206                         
Moderador: Vicente Celestino Pires Silveira (UFSM)
 
14h – 14h30min: Projeto Jovem Rural: Gestão da propriedade rural (case de Vista Gaúcha)
Palestrante: João Pedro Velho e Gabriel Nunes de Oliveira (UFSM-Palmeira das Missões)
 
14h30min – 15h - Programa Rede Leite
Palestrante: Rosane Felix (Unicruz)
 
15h – 15h30min: - Sucessão Familiar
Palestrante: Rosane Felix (Unicruz)
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 3: Políticas públicas municipais na cadeia do leite (Fundoleite)
Local: Auditório Flávio Miguel Schneider        
Moderador: Darlan Palharini (Sindilat-RS)
 
14h – 16h: Transparência na produção, transporte e comercialização
 
14h – 14h15min: Adriano Deitos (Famurs)
 
14h15min –14h30min: Ismael Felipe Horbach (Famurs)
 
14h30min – 14h45min: Fernando Groff (Seapi)
 
14h45min – 15h: Karla Oliz (Seapi)
 
15h – 16h: Prefeitos municipais
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
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Oficina 4: Inspeção e legislação
Local: Prédio 42 - Sala Cláudio Mussoi
Moderador: Danilo Cavalcanti Gomes (Seapi)
 
14h – 14h15min: Desafios da equivalência na inspeção – Sisbi e Susaf
Palestrante: Rita de Cássia Vilarinho (Seapi)
 
14h15min – 14h30min: Case Santana do Livramento
Palestrante: Ariel Duarte
 
14h30min – 14h45min: Etapas do processo para enquadramento no Sisbi
Palestrante: Letícia Vieira Cappiello (Paradigma Veterinários Associados)
 
14h45min – 15h: Case Cotrilac
Palestrante: Nádia Bergamaschi (Cotrilac)
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 5: Status da sanidade do leite
Local: Prédio 43 – Sala 4212       
Moderadora: Geder Hermann (UFSM)
 
Ações e programas de controle de brucelose e tuberculose
14h – 14h15min: Situação da tuberculose bovina no RS
Palestrante: Rodrigo Etges (Seapi)
 
14h15min – 14h30min: Programa de Certificação de Propriedades com Identificação Individual
Palestrante: Rodrigo Etges (Seapi)
 
14h30min – 15h: Nutrição e produtividade
Palestrante: Jorge Schaffhäuser Junior (Embrapa Clima Temperado)
 
15h00min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 6: Sistemas de produção de leite
Local: Prédio 43 – Sala 4302
Moderador: Adriano Rudi Maixner (UFSM)
 
14h – 14h30min: Produção de leite à base de pasto.
Palestrante: Ricardo Machado  (Médico Veterinário, Emater-RS)
 
14h30min – 15h:  Compost Barn
Palestrantes: José Carlos Pantoja (Professor da Unesp) e Augusto Hosstaetter (Médico Veterinário e Produtor de Leite, Victor Graeff)
 
15h – 15h15min: Importância da gestão em sistemas de produção
Palestrante: Herton Lima (Senar)
 
15h15min – 15h30min:  Case Júlio de Castilhos
Palestrante: Sarah Waihrich Salles
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 

 

Porto Alegre, 21 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.376

 

 Reconstituição do leite

O Diário Oficial da União desta sexta-feira (21) publicou a Instrução Normativa (IN) nº 40, que proíbe a reconstituição do leite em pó importado pelas indústrias localizadas na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) afetada pela seca.

Segundo o texto, apenas o leite em pó nacional pode ser usado para produzir leite UHT e pasteurizado. A IN do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) altera o artigo 1º da medida publicada em julho deste ano com a finalidade de conter a queda dos preços ao produtor nacional. Ela não especificava a origem do leite em pó, permitindo assim tanto o produto nacional quanto o de outros países. A proibição do produto importado para reconstituição vinha sendo reivindicada pelos representantes do setor e por parlamentares gaúchos que se reuniram esta semana com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de leite com 4,7 bilhões de litros por ano. Minas Gerais aparece em primeiro lugar no ranking, com 9,4 bilhões de litros por ano. "A medida mostra a preocupação do ministro Blairo Maggi com o produtor rural e com o setor produtivo, para garantir a sua permanência na atividade", ressalta Geller.

Produção de leite
A produção brasileira de leite é de aproximadamente 35 bilhões de litros por ano e vinha crescendo 4% ao ano na última década. Na região Sul o crescimento foi de 7% ao ano. Nos dois últimos anos, no entanto, houve queda na produção, principalmente na região Nordeste. Segundo a Secretaria de Política Agrícola, no primeiro semestre deste ano a redução foi de 6% para o país. No Nordeste, a queda foi maior, 12%, o que levou o governo a autorizar a reconstituição de leite e a sua venda na área da Sudene. A Sudene abrange a região semiárida brasileira, ou seja, todos os estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. (Mapa)
 

  
 
Certificação
A experiência para alcançar certificações no setor lácteo foi debatidas nesta quinta-feira (20), durante encontro de representantes do setor leiteiro e da missão governamental que está na Europa. O encontro ocorreu na Casa do Leite, em Paris. Conforme o coordenador técnico da Famurs, Mário Ribas do Nascimento, a ideia é promover a troca de experiências para que o estado avance neste setor. A proposta visa levar técnicos franceses ao estado e aperfeiçoar os processos para a obtenção de certificações como as de denominação de origem e indicação de procedência.

A França é considerada a maior potência agrícola da Europa. O governo tem uma política forte de subsídios aos produtores, evitando o êxodo do campo para as grandes cidades. A união das cadeias produtivas garante os títulos de país com os melhores queijos, melhores vinhos e melhores mostardas. Isso faz com que o produtor ganhe mais credibilidade, poder de negociação e marketing. O selo é concedido pelo Instituto Nacional de Origem e Qualidade (INAO, na sigla em francês).

Na reunião, representantes da Sodiaal - cooperativa de produtores de leite e derivados francesa - manifestaram interesse de expandir negócios e investir no Rio Grande do Sul, informou Nascimento. Recentemente, a marca adquiriu unidades em Minas Gerais para a produção de lácteos. Estiveram presentes ao encontro o presidente da Famurs, Luciano Pinto, e o coordenador da Rede Gaúcha de Incubadoras e Parques Tecnológicos, Artur Gibbon. (Governo do RS)

Lácteos 

Ainda que existam boas perspectivas no médio e longo prazo para os lácteos, a conjuntura continua sendo complicada para o setor. Depois da queda nas cotações registradas no início do mês na plataforma da companhia neozelandesa Fonterra (Global Dairy Trade), nesta terça-feira o valor do leite em pó mostrou uma leve recuperação. O preço da tonelada subiu 2,9%, chegando ao valor de US$ 2,706. 
 
A melhora, no entanto, não foi suficiente para recuperar a perda registrada no começo do mês, quando o produto teve queda de 3,8%. O problema é o estoque. As grandes reservas mundiais de lácteos, que segundo o último relatório do Rabobank calculou em 6,5 milhões de toneladas acima do normal, é um freio que não deixa os preços decolarem. No entanto, uma queda na produção faria com que as cotações sejam recuperadas no futuro. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 

Uruguai 

"Felizmente este ano foi de boas notícias no que diz respeito a habilitações para o mercado internacional", destacou Martin Berrutti. O gerente comercial de Estâncias del Lago disse no "Amanhecendo com o Campo" que está exportando leite em pó integral para o Brasil, e conseguiram ingressar na Rússia e México. Nos próximos dias será obtida a abertura do mercado chinês. Esclareceu que a habilitação para a China está em fase final e seria "o último dos grandes mercados, por seu enorme potencial de compra". Atualmente a empresa não está sendo pressionada a fazer negócios, já que pode colocar, até janeiro, grande parte de sua produção no Brasil, destacou Berrutti. Assegurou ainda, que o espírito comercial de Estancias del Lago "foca sempre na diversificação do mercado e se aparecer algum negócio que fique próximo aos níveis de preços do Brasil, estamos dispostos a conversar". Comentou que hoje o Brasil está pagando em torno de US$ 3.100/tonelada de leite em pó, para entrega em janeiro. 

De qualquer forma, o gerente comercial da empresa disse que estão dispostos a fechar negócios de US$ 2.950 a US$ 3.000/tonelada, para não perder contato com os mercados do Norte da África e Oriente Médio. Mas, lembrou que "não estão em apuros, nem com pressões comerciais". Finalizou dizendo que o mercado internacional para o leite em pó integral está firme, mas, com uma demanda que não é elevada. A demanda "é discreta, mas os negócios continuam e isto ocorre pela baixa produção de vários países do Mercosul e outras partes do mundo". (El País - Tradução livre: Terra Viva)

 
 
 

FIL/IDF x FAO
Durante a Cúpula Mundial do Setor Lácteo, realizada em Roterdã, A Federação Internacional de Laticínios (FIL/IDF), assinou com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), um compromisso para enfrentar o desfio da sustentabilidade. Em nome da cadeia láctea mundial, as duas entidades firmaram um Declaração conjunta, assumindo a Agenda de Desenvolvimento Sustentável de 2030 das Nações Unidas. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 20 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.375

 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 20 de outubro de 2016 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Setembro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Outubro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

 
  
 
Lactalis investe em fábricas e em novos produtos no Brasil

Quando receber o governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB) hoje em Paris para a assinatura de um protocolo de intenções, o presidente global da Lactalis, Daniel Jaouen, não vai apenas assumir o compromisso de investir pouco mais de R$ 100 milhões no Estado nos próximos oito anos. A cerimônia também jogará luz sobre a acelerada expansão da multinacional francesa de lácteos no Brasil. Conhecida por ser "low profile", a dona da marca Président está fazendo barulho. Presente no país desde 2013, a Lactalis primeiro se concentrou em fincar os alicerces na nova fronteira. Gastou cerca de R$ 2 bilhões em aquisições, conforme cálculos que circulam no mercado, montou uma rede formada por 15 fábricas espalhadas por sete Estados só não há unidade na região Norte, passou a contar com mais de 13 mil fornecedores de leite e está na fase final do processo de integração dos diferentes ativos e culturas absorvidos. Mas, ainda que o ajuste de processos e padrões continue, é hora de estreitar os laços com o consumidor. Nesse sentido, a empresa está lançando uma linha de produtos Président fabricados no Brasil e voltada ao mercado doméstico e se prepara para ampliar os aportes em marketing. Com um portfólio que também inclui duas marcas internacionais (Parmalat e Glabani) e nove nacionais (Balkis, Batavo, BoaNata, Cotochés, DaMatta, DoBon, Elegê, Poços de Caldas e Santa Rosa), a Lactalis sabe que um dos desafios que enfrenta é não perder a identidade em nenhum dos elos da cadeia produtiva. "A empresa ainda é uma criança no Brasil. Começamos a caminhar, mas ainda não estamos correndo", afirma Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis para a América Latina. 

Ele observa que os investimentos feitos na "fundação" das operações no país, por exemplo, já saltaram aos olhos. Como informou o Valor em maio, a companhia já ficou em segundo lugar no ranking de captação da Leite Brasil (entidade que reúne produtores) em 2015, com volume de quase 1,6 bilhão de litros de leite, 12% superior ao do ano anterior. Mais que isso: com os esforços empreendidos até agora, o Brasil passou a representar cerca de 70% da receita da múlti na América Latina a região responde por quase 10% das vendas globais, que giram em torno de € 17 bilhões por ano. A Lactalis mantém unidades de produção em 43 países. São 229 no total, com um número de funcionários que se aproxima de 75 mil. "Mas nossa ambição para o Brasil é muito maior", diz Sauvageot, que tem 56 anos e está radicado no país há dois. No futuro próximo, caberá também a equipe formada por ele liderar a estratégia de expansão do grupo em outros mercados da América do Sul. "Vamos construir uma empresa muito grande na América Latina, com investimentos expressivos", afirmou o executivo ao Valor. Mas antes disso a "criança" tem aprender a correr. E é sobre esse crescimento o encontro desta quinta entre presidente global Jaouen e o governador Sartori. Com os mais de R$ 100 milhões que serão anunciados, a Lactalis vai ampliar as quatro unidades que tem em operação no Rio Grande do Sul e erguer uma nova, focada em proteína de soro. 

E, segundo Sauvageot, certamente o montante será gasto em bem menos tempo que os oito anos previstos no protocolo de intenções que será assinado. Paralelamente, afirmou o presidente da Lactalis para a América Latina, os aportes para a melhora da qualidade do leite cru recebido de seus fornecedores no país continuam. Até porque alguns padrões globais do grupo têm de ser respeitados. Na França, por exemplo, a matéria-prima utilizada pela companhia tem, no máximo, 30 mil germes por mililitro, enquanto no Brasil a média supera 500 mil. "Estamos desenvolvendo um trabalho com 1,5 mil produtores da nossa rede de fornecedores para baixar esse nível para menos de 200 mil. Está dando resultados e vamos ampliá-lo", disse. Ele esclareceu que no processo de industrialização do produto os germes são eliminados, na França ou no Brasil. Mas o que não representa risco para a saúde pode afetar, ainda que minimamente, o sabor dos produtos finais o que, para uma marca com o status da Président, pode ser bastante prejudicial. E que, muitas vezes, a solução é simples. Como o nível de contaminação no Brasil é alto por causa da água, a instalação de um sistema de purificação com cloro nas fazendas dos fornecedores já resolve boa parte do problema. E um sistema de aquecimento da água é considerado indispensável. Nada do outro mundo, a bem da verdade. Esse cuidado com o leite, aliado ao apoio técnico para a ampliação da produtividade dos pecuaristas, já tornou viável o lançamento de queijos mussarela, prato, minas frescal e reino com a marca Président no mercado doméstico. Sem contar o requeijão, um produto tipicamente brasileiro que a empresa pretende começar a exportar. A manteiga da marca ainda é importada, mas se tudo der certo os investimentos na tecnologia necessária para iniciar a produção por aqui também serão feitos, disse Sauvageot. "Seguindo esses passos ¬ investimentos na qualidade da matéria-prima, nos padrões das fábricas, na cadeia de fornecedores e na parte comercial e de marketing, construiremos a número um em lácteos no Brasil". Palavra de presidente. (Valor Econômico)

A competitividade dos custos de produção do leite desloca-se substancialmente

Os resultados recentes do Relatório de Lácteos IFCN 2016 publicado no dia 12 de outubro indica uma substancial queda nos custos em fazendas de leite em 2015. Os custos de produção caíram de US$ 46 para US$ 40,5/100 kg em média, em todas as fazendas analisadas.

 

As principais razões para isso foram: taxas de câmbio e a capacidade dos produtores de cortarem despesas que afetam a competitividade dos custos diante de um segundo ano de crise. Assim como 2014 foi um ano top para muitos do mundo do leite, 2015, até o momento, pode ser considerado o pior das últimas décadas para a maioria. Na verdade, a média dos preços do leite no mundo caíram 33% dos elevados níveis de 2014, para chegar a US$ 29,4/100 kg de Energia Corrigida do Leite (4% de matéria gorda e 3,3% de proteína), em 2015. "Nós estamos enfrentando a terceira crise nos preços do leite desde 2007. Essas crises e também outros fatores provocaram as maiores mudanças na competitividade que eu já vi em toda a minha carreira de economista do setor lácteo", disse Dr. Torsten Hemme, diretor do IFCN. Em média, os agricultores reduziram seus custos em US$ 5,5/100 kg ECM. Fortes reduções de custos atingiram locais como a Europa Ocidental, Central e também países do Leste Europeu, devido às taxas de câmbio e os efeitos do pós cotas, enquanto os custos ficaram estáveis ou subiram, na China, Índia, Estados Unidos relacionados às taxas de inflação, trabalho e alimentação. 

 
No entanto, a redução nos preços do leite foi bem mais forte do que o declínio dos custos. Como resultado a renda das fazendas enfrentou queda grave, que continuou em 2016. De acordo com o Dr. Amit Saha, "Os produtores de leite que enfrentaram os piores resultados em termos de rentabilidade em 2015 foram os da Europa Ocidental, América do Norte, e Oceania, que não recebiam o suficiente para cobrir os custos. Em outras regiões a situação foi menos terrível, com cerca de 30% das fazendas não cobrindo seus custos". Enquanto no Brasil e na Nova Zelândia a situação financeira das fazendas de leite estão melhorando, com o ligeiro aumento dos preços atuais, as coisas estão ficando mais desafiadoras nos Estados Unidos, União Europeia, China e Índia. A introdução do Relatório original destaca que mesmo com a crise, houve aumento de 1,8% na produção de leite, e 80% deste crescimento ocorreu na União Europeia e Índia. Na China e Estados Unidos a produção ficou estabilizada, enquanto no Brasil, Turquia e Nova Zelândia houve redução. (IFCN - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Roberto Muniz propõe regras para distribuição de recursos à defesa agropecuária

O senador Roberto Muniz (PP-BA) fez uma apresentação, nesta quinta-feira (20), em reunião da Comissão de Agricultura (CRA), sobre projeto de sua autoria que disciplina a distribuição de recursos do Orçamento da União para a defesa agropecuária. A proposta (PLS 379/2016) começou sua tramitação legislativa na quarta-feira (19).

De acordo com o projeto, haverá percentuais fixos, a exemplo do Fundo de Participação dos Estados (FPE), para os repasses dos entes federados às ações de inspeção e controle da saúde dos animais e vegetais. Roberto Muniz afirma que o objetivo é garantir o desenvolvimento de uma agropecuária competitiva, com a possibilidade de planejamento e gestão financeira do setor, cujas atividades estão diretamente ligadas à qualidade dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros.

Segundo o senador, com os novos percentuais de repasse, haverá melhorias na execução dos recursos do Ministério da Agricultura que já são destinados atualmente para os estados, e a possibilidade de maior controle da pasta sobre as ações de defesa sanitária agropecuária em todos os entes da federação.

A proposta (PLS 379/2016) prevê a partilha de 80% dos recursos destinados aos repasses federais, ficando os outros 20% destinados, a critério do Ministério, para possível compensação a entes federados ou para emergências sanitárias. Atualmente, os recursos financeiros para as ações de defesa são deliberados por meio de convênios entre a União e os entes da Federação.

O projeto altera esse processo, ao instituir a transferência mensal, direta e obrigatória dos recursos para contas correntes dos entes federativos, na proporção de um doze avos (1/12) do valor previsto para o exercício. O projeto veda a utilização dos recursos para o pagamento de despesas de caráter continuado.

- Há ainda a definição da contrapartida dos entes favorecidos, levando-se em conta sua capacidade financeira ou se sua localização está na abrangência das superintendências de desenvolvimento regionais ou na faixa de fronteira. O projeto prevê a prestação de contas como medida de controle e transparência, através de demonstrativos disponibilizados em site para este fim na Internet - explicou o senador.

Roberto Muniz ressaltou ainda que a organização é necessária, já que a natureza continuada das ações de defesa não pode sofrer com a suspensão ou contingenciamento dos recursos. Ele lembrou que as atividades relacionadas à defesa agropecuária são, em geral, de natureza contínua e carecem de uma segurança financeira.

- A suspensão ou contingenciamento dos recursos orçamentários, mesmo que por breves períodos, podem colocar em risco os seus objetivos - afirmou.

O senador entende que um sistema robusto de defesa, com aperfeiçoamento no planejamento e na gestão financeira, vai ao encontro do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Ele argumentou ainda que sua proposta apresenta ao sistema alternativas viáveis de financiamento aos órgãos executores, cujas atuações estão atreladas às questões de saúde, segurança alimentar, meio ambiente, economia sustentável e emprego e renda.

Critérios
A distribuição dos recursos, explica o senador na justificação da proposta, será balizada pelos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária, já previstos no regulamento do Suasa, que deverão conter as metas, as responsabilidades de cada instância do sistema, os recursos necessários, inclusive contrapartidas financeiras e fontes de financiamento.

Ele propõe ainda que a distribuição leve em consideração metas e parâmetros relativos à realidade de cada estado e município, incluindo nos aspectos físico e territorial: área plantada (ha), extensão de fronteiras internacionais (Km²), imóveis rurais cadastrados; no aspecto técnico e demográfico: rebanhos registrados (cabeças) e população rural; e no aspecto econômico: valor bruto da produção de lavouras (R$), exportações agropecuárias (U$) e participação de pessoal ocupado na agricultura familiar.

Tramitação
O projeto será analisado pelas Comissões de Agricultura (CRA) e de Assuntos Econômicos (CAE), recebendo decisão terminativa na última. A presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), designou como relator o senador Wellington Fagundes (PR-MT), que é médico veterinário. (Agência Senado)

 

Censo Agro
A Comissão de Agricultura do Senado aprovou ontem emenda de R$ 1,156 bilhão ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017, para realização do Censo Agropecuário no ano que vem. O último censo da área data de 2006 e vem sendo adiado em função do ajuste fiscal. Agora, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso ainda precisa acatar a emenda na proposta de orçamento federal para o próximo ano e o plenário do Congresso ainda aprovar esses recursos. Mesmo assim, em tese, esse montante corre risco de contingenciamentos futuros. (Valor Econômico)

O Ministério da Agricultura irá editar até a sexta-feira uma portaria proibindo a em pó importado do Uruguai. O produto vinha sendo comprado há meses, basicamente para abastecer o Nordeste, que a partir da publicação da portaria terá de utilizar somente matéria-prima nacional. A edição da portaria foi anunciada hoje à tarde pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, durante reunião coordenada por Contag e Fetag-RS, em Brasília. O governo também estuda a compra de leite em pó através da Conab.
Segundo o deputado Elton Weber, as medidas trazem alento aos agricultores que sofrem com a queda de preço do leite no Estado. Ontem, Weber entregou um oficio do Sindilat ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, demonstrando os danos das importações de lácteos do Uruguai. “Com estas medidas a situação tende a melhorar, mas vamos continuar acompanhando a situação, e ver o que será necessário à frente”, ponderou o deputado.
Além do presidente da Contag, Alberto Broch, e do Secretário-Geral da Fetag-RS, Pedrinho Signori, participaram da audiência o deputado federal Heitor Schuch e o deputado estadual, Edson Brum.

Fonte: Gabinete Elton Weber/ Patricia Meira

A Aliança Láctea Sul Brasileira encaminhará, nos próximos dias, documento a deputados, senadores, governo e lideranças do agronegócio nacional com três pedidos emergenciais. O setor lácteo dos três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) quer um teto nacional de importação de leite, definições de cotas para aquisições do Uruguai e a proibição da reidratação de leite importado. O encaminhamento veio de reunião nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. “Alinhamos temas que são urgentes no setor para os três estados”, pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou as indústrias gaúchas.

Em Brasília, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, informou que, até sexta-feira (21/10), deve ser publicada portaria proibindo a reidratação de leite em pó vindo do Uruguai. A informação foi repassada ao deputado Elton Weber durante reunião que também contou com representantes da Contag e Fetag.

Foto: Darlan Palharini/ Sindilat

 

Porto Alegre, 19 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.374

 

Aliança Láctea define pedido em bloco


Foto: Darlan Palharini/ Sindilat

A Aliança Láctea Sul Brasileira encaminhará, nos próximos dias, documento a deputados, senadores, governo e lideranças do agronegócio nacional com três pedidos emergenciais. O setor lácteo dos  três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) quer um teto nacional de importação de leite, definições de cotas para aquisições do Uruguai e a proibição da reidratação de leite importado. O encaminhamento veio de reunião nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. "Alinhamos temas que são urgentes no setor para os três estados", pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou as indústrias gaúchas.

Em Brasília, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, informou que, até sexta-feira (21/10), deve ser publicada portaria proibindo a reidratação de leite em pó vindo do Uruguai. A informação foi repassada ao deputado Elton Weber durante reunião que também contou com representantes da Contag e Fetag. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Reidratação de leite em pó deve ter solução esta semana
 

O Ministério da Agricultura irá editar até a sexta-feira uma portaria proibindo a reidratação de leite em pó importado do Uruguai. O produto vinha sendo comprado há meses, basicamente para abastecer o Nordeste, que a partir da publicação da portaria terá de utilizar somente matéria-prima nacional. A edição da portaria foi anunciada hoje à tarde pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, durante reunião coordenada por Contag e Fetag-RS, em Brasília. O governo também estuda a compra de leite em pó através da Conab. 

Segundo o deputado Elton Weber, as medidas trazem alento aos agricultores que sofrem com a queda de preço do leite no Estado. Ontem, Weber entregou um oficio do Sindilat ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, demonstrando os danos das importações de lácteos do Uruguai. "Com estas medidas a situação tende a melhorar, mas vamos continuar acompanhando a situação, e ver o que será necessário à frente", ponderou o deputado. Além do presidente da Contag, Alberto Broch, e do Secretário-Geral da Fetag-RS, Pedrinho Signori, participaram da audiência o deputado federal Heitor Schuch e o deputado estadual, Edson Brum. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)

 
Discussão sobre os valores de referência do leite

Em reunião realizada na manhã de terça-feira (18), os métodos de cálculo que compõem o valor do preço de referência do leite e seus derivados, fornecidos pelo Conseleite, foram apresentados pelos professores da Universidade de Passo Fundo (UPF) Marco Antônio Montoya e Eduardo Belisário Finamore. Na ocasião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, e representantes das indústrias e cooperativas Cotrilac, Deale, RAR, Languiru, Cosulati e Santa Clara debateram e tiraram suas dúvidas sobre os critérios determinantes que geram vários questionamentos, tanto aos produtores quanto às empresas. Guerra abriu a discussão pontuando que "o Conseleite é justamente o fórum para debater o preço do leite, não se podendo fazer várias reuniões paralelas e independentes para não gerar mais dúvidas".

Os trabalhos começaram com um explicação sobre como atua o Conseleite, que reúne oito representantes dos produtores rurais e oito representantes das indústrias dos laticínios, com estatuto e regulamentos próprios.  Montoya pontuou que a metodologia do Conseleite é a que mais se sobressaiu ao longo dos anos. O objetivo de estabelecer a referência é representar um valor justo para a remuneração, tanto para os produtores rurais, quanto para as indústrias. Finamore ressaltou que os preços de referência são apenas indicativos, não representam um preço mínimo nem máximo, e são de livre adesão pelas indústrias. Guerra ainda alertou sobre a necessidade de trazer mais indústrias para fazer parte do Conseleite, agregando e dando mais realidade e transparência ao processo do cálculo dos preços de referência. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Associações 

 
 
 
Lácteos/Reino Unido 

As exportações de lácteos têm papel essencial para impulsionar a indústria e estimular crescimento, diz a Dairy UK à secretária de estado do Defra, Andrea Leadsom, em uma reunião especial semana passada. A Secretária de Estado juntou-se ao Grupo de Exportações da Dairy UK, como convidada especial, na reunião organizada pelo AHDB Dairy, para discutir o plano de exportação do governo para comida e bebida. A reunião foi uma oportunidade para discutir desafios atuais e futuros junto às negociações da Brexit e para reiterar as prioridades da Dairy UK em termos de comércio e exportações de lácteos.

Dra Judith Bryans, CEO da Dairy UK, diz: "A indústria tem trabalhado arduamente para desenvolver as exportações de lácteos e abrir novas oportunidades com países no mundo todo.  A estratégia que publicamos no início desse ano definiu os próximos passos necessários para ajudar a indústria de lácteos do Reino Unido a tomar seu devido lugar no mercado global e já fizemos progresso significativo trabalhando com o Defra. "No entanto, com 80% das nossas exportações de lácteos destinados a países da União Europeia, é absolutamente vital que mantenhamos nosso acesso ao mercado da União Europeia sem quaisquer barreiras tarifárias ou não-tarifárias.  O governo precisa manter a continuidade e evitar qualquer rompimento nas parcerias comerciais já existentes."

"Se quisermos nos manter competitivos, precisamos de um nível de igualdade com nossos parceiros europeus e globais." Peter Dawnson, presidente do Grupo de Exportações da Dairy UK, diz: "A reunião foi muito positiva com debate construtivo com a Secretária de Estado. Estamos confiantes que ela reconheça plenamente os nossos principais pontos de interesse e que ela compartilhe do nosso entusiasmo e compromisso para expandir as exportações de lácteos." (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

Lançado pela Embrapa, aplicativo Roda da Reprodução facilita o processo de gestão do rebanho leiteiro

Facilitar o processo de gestão do rebanho leiteiro pelos produtores e agentes de extensão rural. Esse é o objetivo do aplicativo Roda da Reprodução, lançado no último dia 28 de agosto pela Embrapa. A ferramenta exibe, em meio digital, o quadro físico usado no campo para acompanhar o ciclo de reprodução do rebanho - desde o momento da cobertura ou inseminação artificial da novilha até o parto.


  
Segundo André Luiz Monteiro Novo, Chefe-adjunto de Transferência de Tecnologias da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos/SP, a ideia surgiu por meio da equipe do Balde Cheio inspirada pelas necessidades dos produtores de leite. 

"Há dois anos, começamos a usar diversos aplicativos disponíveis e vimos um grande potencial para essa nova plataforma no meio rural. Pensamos imediatamente em adaptar algumas ferramentas que usamos já há bastante tempo (a roda da reprodução física por exemplo) para este novo formato. A ideia era ampliar o acesso a essas ferramentas assim como provocar o interesse de jovens e adolescentes na gestão da atividade leiteira. A partir daí envolvemos os colegas da Embrapa Informática em Campinas que aceitaram o desafio e nos deram um grande apoio. Queríamos replicar o visual e as funcionalidades da roda 'física' no meio virtual e juntos, fizemos isso em tempo recorde".

O aplicativo funciona da mesma forma que a Roda da Reprodução convencional, porém com algumas facilidades inerentes do meio digital como acessibilidade, facilidade e rapidez de acesso à informação. Na roda física, o animal é representado por um ímã colorido, posicionado e movido de acordo com a fase reprodutiva em que se encontra. Seguindo o mesmo padrão, a versão digital representa cada animal por um círculo da mesma cor do ímã, que se movimenta automaticamente pela roda. 
 
Dessa forma, o produtor consegue visualizar a qualquer momento a situação reprodutiva do rebanho e, por meio do registro dos animais em fase de reprodução (vacas e novilhas cobertas), a roda gera várias informações, como: proximidade do parto, vacas em aberto para serem cobertas, vacas já cobertas a espera de confirmação de prenhez, vacas próximas à secagem, distribuição de partos, entre outros, em uma só imagem. 

O app também disponibiliza outras funcionalidades, como a exibição das categorias isoladamente e a possibilidade de o produtor enviar a imagem do quadro por e-mail ou whatsapp para o técnico analisar. Na fazenda a praticidade de ter todas as informações no bolso ajuda o produtor e os funcionários a identificar imediatamente o estado produtivo ou reprodutivo de cada animal. "Até o momento, as avaliações têm sido muito positivas. Há destaque para a rapidez no registro da informação, a mobilidade e o envolvimento de jovens no processo de gestão da atividade com a ferramenta", destacou André em entrevista ao MilkPoint. 

Ele ressalta que a presença de plataformas digitais no campo tem aumentado a cada dia. "A ideia tem sido muito bem recebida pois o conceito de exposição visual de todo o rebanho na roda é intuitivo, com grande impacto visual dos problemas e informações necessárias no dia a dia de quem maneja um rebanho leiteiro. Apesar disso, noto que os produtores ainda não perceberam todo o potencial que as novas ferramentas podem ter para o auxílio das atividades cotidianas". 

Para André, os principais desafios do manejo reprodutivo na pecuária leiteira brasileira ainda são reflexos da falta de alimentos volumosos de qualidade, manejo inadequado e falta de conforto. "Além disso, muitas fazendas leiteiras não têm o mínimo de informações para gerenciar o rebanho. Pode parecer inacreditável, mas dados essenciais como data do parto, data de cobertura, diagnóstico de prenhez e data de secagem ainda são desconhecidos para muita gente". Criado com base nos padrões de usabilidade do Google, a Roda da Reprodução é simples de ser usada e funciona no sistema Android, além de ser compatível com outros aplicativos e permitir integração com outros sistemas. A equipe de desenvolvimento da Embrapa Informática Agropecuária planeja criar, até o início do próximo ano, uma versão para a plataforma iOS da Apple. (Embrapa)

 

Sartori antecipa ida a Paris para negociar com empresa de laticínios
No quarto dia da missão do governo do Estado na Europa, o governador José Ivo Sartori não participará da última agenda na Alemanha. Ele foi chamado às pressas para uma reunião em Paris, na França, nesta quarta-feira. O encontro será com a direção da empresa Lactalis, um dos maiores grupos de laticínios do mundo, dono das marcas Elegê, Parmalat e Batavo no Brasil. Na reunião emergencial, será discutida a ampliação da produção no Rio Grande do Sul, através da captação de maior quantidade de leite oriunda de produtores gaúchos. Já havia a expectativa de um anúncio de mudança da sede da empresa no Brasil, de São Paulo para Porto Alegre. Dessa maneira, se tudo ocorrer bem na reunião de negociação, o aumento da produção no Estado também deve ser sinalizado. Atualmente, 60% da captação nacional de leite da empresa vem do Rio Grande do Sul. São quatro fábricas no Estado, que mobilizam 8 mil produtores de leite. As sedes no RS, situadas em Três de Maio, Ijuí, Santa Rosa e Teutônia, são responsáveis por dois mil empregos diretos, com o envio de mais de 900 milhões de litros de leite por ano à multinacional. Conforme a Lactalis, a produção atual gera R$ 1,5 bilhão, por ano, para a economia do Rio Grande do Sul. (ClicRBS)
 

A forte importação de leite que prejudica agricultores familiares gaúchos será tratada pelo deputado Elton Weber (PSB), nesta quarta-feira (19), com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em Brasília. A reunião, às 15h30min, contará com a presença de representantes da Fetag-RS e da Contag. A intenção é articular um encontro com o Ministério da Fazenda e o Itamaraty.
A orientação foi do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que recebeu de Weber um levantamento do Sindilat sobre o impacto negativo da entrada de produtos lácteos causa no mercado do Estado. De janeiro a setembro deste ano, ingressaram 182,23 milhões de quilos de produtos lácteos no país contra 96,62 milhões no mesmo período de 2015, um aumento de 88,6%. Já as exportações caíram de 54,62 milhões de quilos no mesmo período para 39,28 milhões de quilos, recuo de 39,05%.
Para o setor, uma das alternativas seria o governo encaminhar um acordo comercial com o Uruguai, baseado nas importações entre 2013 e 2015, garantindo ao Brasil uma programação de produção na entressafra, o que permitiria reduzir a variação de preço ao produtor e garantiria maior renda. Outra medida, segundo Weber, seria a compra governamental para enxugar mercado. “A situação está crítica, um produtor que há dois meses recebia R$ 1,70 hoje está recebendo R$ 1,20, o preço despencou no campo.”
Durante a audiência com Padilha, o deputado também pediu agilidade na liberação de Proagro e do seguro agrícola para agricultores de 12 municípios atingidos pelo granizo no começo do mês nas regiões Noroeste e Celeiro, especialmente em lavouras de canola, milho e trigo. Padilha se comprometeu a acionar o Banco do Brasil (BB) para dar celeridade aos processos. “Saímos confiantes, pretendemos marcar uma reunião com BB e Fetag no Estado já na próxima semana.”
A audiência, marcada pelo deputado federal Heitor Schuch, também tratou da participação brasileira na 7ª Conferência das Partes (COP7).  Padilha informou a lideranças que irá solicitar o credenciamento de pelo menos um representante do setor produtivo como observador. A COP7 reunirá os países que aderiram à Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, de 7 a 12 de novembro, na Índia. Padilha garantiu que a maioria dos integrantes do governo reconhece a importância econômica e social da cultura e apoia o setor produtivo. Segundo ele, essa deverá ser a posição adotada pela delegação brasileira no evento em Nova Délhi, cuja pauta principal é o debate de medidas restritivas ao tabaco.
 
Crédito: Limirio Bizinotto

Aliança Láctea debate limite a importações nesta quarta-feira em Curitiba

O preço de referência do leite divulgado nesta terça-feira (18/10) pelo Conseleite indica nova queda no mercado gaúcho. O valor projetado para o mês de outubro é de R$ 0,9539, redução de 4,58% em relação ao consolidado de setembro, que fechou em R$ 0,9997. A redução foi puxada pela queda do valor do leite pasteurizado (-11,70%) e do leite UHT (-6.68%). Apesar da diminuição de preço de referência nos últimos meses, o leite ainda está acima da valorização de anos anteriores. O leite UHT, por exemplo, nos últimos 12 meses, acumula alta de 26%, o que se justifica pelos picos históricos do produto apurados na entressafra. “Também é preciso considerar que, na ponta, as indústrias pagam mais do que isso por litro uma vez que há remuneração adicional por qualidade e quantidade”, explicou o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra.

O professor da UPF Eduardo Belisário Finamore pondera que os dados do Rio Grande do Sul estão inseridos em um contexto nacional, regidos pelo livre mercado e acompanham a realidade de outros estados. A redução do UHT em outubro, pontua ele, foi menor do que vinha sendo verificada nos meses anteriores. “Nossa expectativa é que o leite UHT agora tenda a se estabilizar”, sugere.

O presidente do Conseleite pontuou a interferência do mercado internacional no contexto nacional e salientou que o leite em pó importado foi o “grande vilão”. “Tivemos uma alta expressiva no primeiro semestre e, agora, estamos enfrentando uma queda considerável. A indústria não quer baixar o preço e não baixamos o preço porque queremos. É porque o mercado se autorregula pela lei da oferta e da procura”, argumentou Guerra. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, lembrou que o aumento substancial do produto foi decorrência da falta de leite no mercado brasileiro, com picos em junho e julho, e, agora, a queda é inevitável. “O mercado de leite é São Paulo e Rio de Janeiro. Quando começa a safra em Minas Gerais e Goiás, o volume impacta todo o mercado, o que se agrava com a importação de leite do Uruguai”, pondera.

REUNIÃO ALIANÇA LÁCTEA - Durante a reunião do Conseleite, lideranças ainda alinharam uma posição a ser apresentada durante encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. Jorge Rodrigues disse que criar cotas específicas ao Uruguai é difícil neste momento. A sugestão é delimitar um teto para as importações nacionais, independente da origem do leite adquirido. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, “é preciso trabalhar com o governo reforçando a questão social”. “Trabalhamos com livre mercado, mas precisamos de um acordo privado que limite as aquisições”.

 

Crédito: Carolina Jardine

 

 

Porto Alegre, 18 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.373

 

  Leite tem nova queda no mercado gaúcho
 
O preço de referência do leite divulgado nesta terça-feira (18/10) pelo Conseleite indica nova queda no mercado gaúcho. O valor projetado para o mês de outubro é de R$ 0,9539, redução de 4,58% em relação ao consolidado de setembro, que fechou em R$ 0,9997. A redução foi puxada pela queda do valor do leite pasteurizado (-11,70%) e do leite UHT (-6.68%). Apesar da diminuição de preço de referência nos últimos meses, o leite ainda está acima da valorização de anos anteriores. O leite UHT, por exemplo, nos últimos 12 meses, acumula alta de 26%, o que se justifica pelos picos históricos do produto apurados na entressafra. "Também é preciso considerar que, na ponta, as indústrias pagam mais do que isso por litro uma vez que há remuneração adicional por qualidade e quantidade", explicou o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra.
 
O professor da UPF Eduardo Belisário Finamore pondera que os dados do Rio Grande do Sul estão inseridos em um contexto nacional, regidos pelo livre mercado e acompanham a realidade de outros estados. A redução do UHT em outubro, pontua ele, foi menor do que vinha sendo verificada nos meses anteriores. "Nossa expectativa é que o leite UHT agora tenda a se estabilizar", sugere.
 
O presidente do Conseleite pontuou a interferência do mercado internacional no contexto nacional e salientou que o leite em pó importado foi o "grande vilão". "Tivemos uma alta expressiva no primeiro semestre e, agora, estamos enfrentando uma queda considerável. A indústria não quer baixar o preço e não baixamos o preço porque queremos. É porque o mercado se autorregula pela lei da oferta e da procura", argumentou Guerra. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, lembrou que o aumento substancial do produto foi decorrência da falta de leite no mercado brasileiro, com picos em junho e julho, e, agora, a queda é inevitável. "O mercado de leite é São Paulo e Rio de Janeiro. Quando começa a safra em Minas Gerais e Goiás, o volume impacta todo o mercado, o que se agrava com a importação de leite do Uruguai", pondera.
 
REUNIÃO ALIANÇA LÁCTEA - Durante a reunião do Conseleite, lideranças ainda alinharam uma posição a ser apresentada durante encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. Jorge Rodrigues disse que criar cotas específicas ao Uruguai é difícil neste momento. A sugestão é delimitar um teto para as importações nacionais, independente da origem do leite adquirido. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, "é preciso trabalhar com o governo reforçando a questão social". "Trabalhamos com livre mercado, mas precisamos de um acordo privado que limite as aquisições". (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine
 
  
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Outubro de 2016 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2016 é de R$ 2,4714/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite/PR)
 
 
 
Leilão GDT apresenta leve alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (18/10), apresentou leve alta em relação ao evento anterior, com o preço médio dos produtos lácteos comercializados 1,4% maior, fechando em US$2.965/ton. O leite em pó integral apresentou leve alta de 2,9%, fechando a um preço médio de US$2.760/ton. Já o leite em pó desnatado teve queda de 0,3%, chegando a US$2.204/ton. O queijo cheddar teve queda de 3,7%, com o preço de US$3.290/ton.

O volume de vendas de produtos lácteos foi 7% inferior ao leilão anterior e 8,6% inferior que o mesmo período do ano passado, com um total de 31.525 toneladas comercializadas. Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram reação positiva para novembro, com alta de 2,3% a um preço de US$2.791/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses não demonstram nenhuma expectativa de grandes movimentos de preços, oscilando no patamar entre US$2.687 a US$2.834/ton. (Milkpoint/gDT)

 

Weber defende medidas contra queda do preço do leite em Brasília

A forte importação de leite que prejudica agricultores familiares gaúchos será tratada pelo deputado Elton Weber (PSB), nesta quarta-feira (19), com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em Brasília. A reunião, às 15h30min, contará com a presença de representantes da Fetag-RS e da Contag. A intenção é articular um encontro com o Ministério da Fazenda e o Itamaraty.

A orientação foi do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que recebeu de Weber um levantamento do Sindilat sobre o impacto negativo da entrada de produtos lácteos causa no mercado do Estado. De janeiro a setembro deste ano, ingressaram 182,23 milhões de quilos de produtos lácteos no país contra 96,62 milhões no mesmo período de 2015, um aumento de 88,6%. Já as exportações caíram de 54,62 milhões de quilos no mesmo período para 39,28 milhões de quilos, recuo de 39,05%.
Para o setor, uma das alternativas seria o governo encaminhar um acordo comercial com o Uruguai, baseado nas importações entre 2013 e 2015, garantindo ao Brasil uma programação de produção na entressafra, o que permitiria reduzir a variação de preço ao produtor e garantiria maior renda. Outra medida, segundo Weber, seria a compra governamental para enxugar mercado. "A situação está crítica, um produtor que há dois meses recebia R$ 1,70 hoje está recebendo R$ 1,20, o preço despencou no campo."
Durante a audiência com Padilha, o deputado também pediu agilidade na liberação de Proagro e do seguro agrícola para agricultores de 12 municípios atingidos pelo granizo no começo do mês nas regiões Noroeste e Celeiro, especialmente em lavouras de canola, milho e trigo. Padilha se comprometeu a acionar o Banco do Brasil (BB) para dar celeridade aos processos. "Saímos confiantes, pretendemos marcar uma reunião com BB e Fetag no Estado já na próxima semana."
A audiência, marcada pelo deputado federal Heitor Schuch, também tratou da participação brasileira na 7ª Conferência das Partes (COP7).  Padilha informou a lideranças que irá solicitar o credenciamento de pelo menos um representante do setor produtivo como observador. A COP7 reunirá os países que aderiram à Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, de 7 a 12 de novembro, na Índia. Padilha garantiu que a maioria dos integrantes do governo reconhece a importância econômica e social da cultura e apoia o setor produtivo. Segundo ele, essa deverá ser a posição adotada pela delegação brasileira no evento em Nova Délhi, cuja pauta principal é o debate de medidas restritivas ao tabaco. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)
 

População brasileira
Mais de 90% da população brasileira viverá em cidades no ano de 2030, segundo previsão divulgada nesta segunda-feira (17) pela encarregada nacional do Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil, Rayne Ferretti. Ela lembrou que o Brasil está localizado no continente mais urbanizado do mundo, a América Latina, e se configura atualmente como o país mais urbanizado da região. Dados do último censo, realizado em 2010, indicam que 84,4% da população brasileira é urbana. A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 91,1% e que, em 2050, toda a América Latina seja 86% urbana. A encarregada da ONU disse que a urbanização, muitas vezes, é vista como uma oportunidade e uma espécie de motor para o desenvolvimento, mas que os desafios relacionados ao tema persistem. Na América Latina, especificamente, ela citou problemas de ordem econômica e ambiental, expansão desordenada, segregação socioeconômica e questões relacionadas à saúde, segurança e efeitos da mudança climática. "A gente identifica algumas necessidades muito especiais para as cidades latino-americanas e caribenhas. A gente fala muito dos três 'R' do redesenvolvimento urbano, que seriam a Regeneração, a Renovação e Reabilitação das nossas cidades. A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso", explicou Rayne. (Agência Brasil)