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18/10/2016

 

Porto Alegre, 18 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.373

 

  Leite tem nova queda no mercado gaúcho
 
O preço de referência do leite divulgado nesta terça-feira (18/10) pelo Conseleite indica nova queda no mercado gaúcho. O valor projetado para o mês de outubro é de R$ 0,9539, redução de 4,58% em relação ao consolidado de setembro, que fechou em R$ 0,9997. A redução foi puxada pela queda do valor do leite pasteurizado (-11,70%) e do leite UHT (-6.68%). Apesar da diminuição de preço de referência nos últimos meses, o leite ainda está acima da valorização de anos anteriores. O leite UHT, por exemplo, nos últimos 12 meses, acumula alta de 26%, o que se justifica pelos picos históricos do produto apurados na entressafra. "Também é preciso considerar que, na ponta, as indústrias pagam mais do que isso por litro uma vez que há remuneração adicional por qualidade e quantidade", explicou o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra.
 
O professor da UPF Eduardo Belisário Finamore pondera que os dados do Rio Grande do Sul estão inseridos em um contexto nacional, regidos pelo livre mercado e acompanham a realidade de outros estados. A redução do UHT em outubro, pontua ele, foi menor do que vinha sendo verificada nos meses anteriores. "Nossa expectativa é que o leite UHT agora tenda a se estabilizar", sugere.
 
O presidente do Conseleite pontuou a interferência do mercado internacional no contexto nacional e salientou que o leite em pó importado foi o "grande vilão". "Tivemos uma alta expressiva no primeiro semestre e, agora, estamos enfrentando uma queda considerável. A indústria não quer baixar o preço e não baixamos o preço porque queremos. É porque o mercado se autorregula pela lei da oferta e da procura", argumentou Guerra. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, lembrou que o aumento substancial do produto foi decorrência da falta de leite no mercado brasileiro, com picos em junho e julho, e, agora, a queda é inevitável. "O mercado de leite é São Paulo e Rio de Janeiro. Quando começa a safra em Minas Gerais e Goiás, o volume impacta todo o mercado, o que se agrava com a importação de leite do Uruguai", pondera.
 
REUNIÃO ALIANÇA LÁCTEA - Durante a reunião do Conseleite, lideranças ainda alinharam uma posição a ser apresentada durante encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. Jorge Rodrigues disse que criar cotas específicas ao Uruguai é difícil neste momento. A sugestão é delimitar um teto para as importações nacionais, independente da origem do leite adquirido. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, "é preciso trabalhar com o governo reforçando a questão social". "Trabalhamos com livre mercado, mas precisamos de um acordo privado que limite as aquisições". (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine
 
  
 
Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Outubro de 2016 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2016 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro 2016, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas /ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2016 é de R$ 2,4714/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Fonte: Conseleite/PR)
 
 
 
Leilão GDT apresenta leve alta

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (18/10), apresentou leve alta em relação ao evento anterior, com o preço médio dos produtos lácteos comercializados 1,4% maior, fechando em US$2.965/ton. O leite em pó integral apresentou leve alta de 2,9%, fechando a um preço médio de US$2.760/ton. Já o leite em pó desnatado teve queda de 0,3%, chegando a US$2.204/ton. O queijo cheddar teve queda de 3,7%, com o preço de US$3.290/ton.

O volume de vendas de produtos lácteos foi 7% inferior ao leilão anterior e 8,6% inferior que o mesmo período do ano passado, com um total de 31.525 toneladas comercializadas. Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram reação positiva para novembro, com alta de 2,3% a um preço de US$2.791/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses não demonstram nenhuma expectativa de grandes movimentos de preços, oscilando no patamar entre US$2.687 a US$2.834/ton. (Milkpoint/gDT)

 

Weber defende medidas contra queda do preço do leite em Brasília

A forte importação de leite que prejudica agricultores familiares gaúchos será tratada pelo deputado Elton Weber (PSB), nesta quarta-feira (19), com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em Brasília. A reunião, às 15h30min, contará com a presença de representantes da Fetag-RS e da Contag. A intenção é articular um encontro com o Ministério da Fazenda e o Itamaraty.

A orientação foi do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que recebeu de Weber um levantamento do Sindilat sobre o impacto negativo da entrada de produtos lácteos causa no mercado do Estado. De janeiro a setembro deste ano, ingressaram 182,23 milhões de quilos de produtos lácteos no país contra 96,62 milhões no mesmo período de 2015, um aumento de 88,6%. Já as exportações caíram de 54,62 milhões de quilos no mesmo período para 39,28 milhões de quilos, recuo de 39,05%.
Para o setor, uma das alternativas seria o governo encaminhar um acordo comercial com o Uruguai, baseado nas importações entre 2013 e 2015, garantindo ao Brasil uma programação de produção na entressafra, o que permitiria reduzir a variação de preço ao produtor e garantiria maior renda. Outra medida, segundo Weber, seria a compra governamental para enxugar mercado. "A situação está crítica, um produtor que há dois meses recebia R$ 1,70 hoje está recebendo R$ 1,20, o preço despencou no campo."
Durante a audiência com Padilha, o deputado também pediu agilidade na liberação de Proagro e do seguro agrícola para agricultores de 12 municípios atingidos pelo granizo no começo do mês nas regiões Noroeste e Celeiro, especialmente em lavouras de canola, milho e trigo. Padilha se comprometeu a acionar o Banco do Brasil (BB) para dar celeridade aos processos. "Saímos confiantes, pretendemos marcar uma reunião com BB e Fetag no Estado já na próxima semana."
A audiência, marcada pelo deputado federal Heitor Schuch, também tratou da participação brasileira na 7ª Conferência das Partes (COP7).  Padilha informou a lideranças que irá solicitar o credenciamento de pelo menos um representante do setor produtivo como observador. A COP7 reunirá os países que aderiram à Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, de 7 a 12 de novembro, na Índia. Padilha garantiu que a maioria dos integrantes do governo reconhece a importância econômica e social da cultura e apoia o setor produtivo. Segundo ele, essa deverá ser a posição adotada pela delegação brasileira no evento em Nova Délhi, cuja pauta principal é o debate de medidas restritivas ao tabaco. (Assessoria de Imprensa do Deputado Elton Weber)
 

População brasileira
Mais de 90% da população brasileira viverá em cidades no ano de 2030, segundo previsão divulgada nesta segunda-feira (17) pela encarregada nacional do Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil, Rayne Ferretti. Ela lembrou que o Brasil está localizado no continente mais urbanizado do mundo, a América Latina, e se configura atualmente como o país mais urbanizado da região. Dados do último censo, realizado em 2010, indicam que 84,4% da população brasileira é urbana. A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 91,1% e que, em 2050, toda a América Latina seja 86% urbana. A encarregada da ONU disse que a urbanização, muitas vezes, é vista como uma oportunidade e uma espécie de motor para o desenvolvimento, mas que os desafios relacionados ao tema persistem. Na América Latina, especificamente, ela citou problemas de ordem econômica e ambiental, expansão desordenada, segregação socioeconômica e questões relacionadas à saúde, segurança e efeitos da mudança climática. "A gente identifica algumas necessidades muito especiais para as cidades latino-americanas e caribenhas. A gente fala muito dos três 'R' do redesenvolvimento urbano, que seriam a Regeneração, a Renovação e Reabilitação das nossas cidades. A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso", explicou Rayne. (Agência Brasil)
 

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