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Porto Alegre, 08 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.650

 

Novos projetos na área de bem-estar animal devem marcar 2018

Em 2018 a Coordenação de Boas Práticas e Bem Estar Animal (BEA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), vai expandir suas atividades com a contratação de profissionais, por intermédio de acordo com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). 

Um dos contratados, pelo período de 12 meses, graduado em Direito, com conhecimentos em agropecuária, deverá elaborar estudos sobre a legislação em boas práticas e BEA no Brasil e em países com tradição agropecuária. Outro dará continuidade ao projeto de bem-estar na suinocultura, desenvolvendo material didático específico, promovendo capacitações e sensibilizações junto a cadeia produtiva e varejistas.

Para este mês, está prevista a publicação de edital de contratação de equipes para projetos na bovinocultura leiteira e de corte, e também na ovinocaprinocultura. As informações são da chefe da Divisão de Bem-estar Animal e Equideocultura da coordenação do BEA, auditora fiscal federal agropecuária, Liziè Pereira Buss.

Também serão editados materiais didáticos para condutores de veículos de transporte de animais vivos: suínos (projeto parceria com Embrapa Suínos e Aves), bovinos e aves (BEA Consultoria - contratação IICA) para outubro/2017.

No segundo semestre está prevista a abertura de dois novos editais para elaboração de material e treinamento em boas práticas no transporte e abate humanitário e boas práticas na aquicultura e abate humanitário de peixes. E terão continuidade atividades de sensibilização e capacitação da mão de obra em parceria com Embrapa, Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e associações estaduais de criadores de suínos para boas práticas e bem-estar na suinocultura. 

Na Embrapa Suínos e Aves e associações estaduais de produtores, o foco será nos avicultores com trabalhos em plantéis de postura, com divulgação das boas práticas para minimizar a dor e o estresse nos animais e a implantação de sistemas alternativos de alojamento dos plantéis.

Em todas as ações de sensibilização e capacitação dos trabalhadores será reforçada a importância da prevenção e combate à resistência aos antimicrobianos e também o vínculo entre saúde humana, animal e ambiental (conceito da saúde única). (As informações são do Mapa)

Importações caem 32% em 2017

O fechamento dos números da balança comercial láctea confirma queda no volume, em equivalente leite, importado pelo Brasil em 2017. Foram cerca de 1,28 bilhão de litros importados, volume 32% menor que em 2016. Somente analisando o mês de dezembro, o Brasil importou 76,8 milhões de litros de equivalente leite, volume estável em relação a novembro, mas 47,5% menor que no mesmo mês de 2016. 

Segundo estimativas da equipe do MilkPoint Mercado, o volume importado em 2017 representou cerca de 5,3% da produção total formal de leite no país. Trata-se de um considerável recuo depois do pico de volume de importações em 2016 (quando foram importados 1,9 bilhão de litros, cerca de 8,2% da produção formal daquele ano - observe, no gráfico 1, a evolução das importações em equivalente leite e sua participação % sobre a produção formal).

Gráfico 1. Importação anual de leite no Brasil e % do volume importado sobre a produção formal. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb e do IBGE (2017 estimativa).
 

Desta forma, o crescimento da produção brasileira em 2017, associado ao enfraquecimento do consumo e à queda nos preços internos, foram determinantes para a queda no volume importado. Entretanto, vale destacar o aumento do preço em US$/litro do produto importado. Em 2017, o preço médio do litro de equivalente leite foi de US$ 0,44, 26% maior do que US$ 0,35 em 2016. Sendo assim, mesmo com queda de 32,3% no volume importado, o Brasil gastou "apenas" 14,7% a menos em 2017 (US$ 561,9 milhões) do que em 2016 (US$ 658,4 milhões) na importação de lácteos. No gráfico 2, mostramos a evolução do valor em US$/litro do produto importado. 

Gráfico 2. Gastos nas importações lácteas em US$/Litro. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb.

 
Quando à origem do leite importado, a Argentina retomou a liderança entre os maiores fornecedores brasileiros, respondendo por 51% do volume comprado pelo Brasil, aumento de 7,2 pontos percentuais em relação a 2016. Enquanto isso, o Uruguai tomou o caminho oposto, e diminuiu sua participação em 8,8 pontos percentuais em 2017, tendo sido responsável, em 2017, por 36,8% do volume de compras lácteas brasileiras (observe o gráfico 3). 

Gráfico 3. Participação nas origens dos lácteos importados pelo Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb.

 

Nas exportações, em 2017 o Brasil retornou a níveis que não ocorriam desde 2011, com 38,6 mil toneladas foram exportadas, o segundo menor volume desde 2001. Na comparação anual, a queda de 31,2% é a mais acentuada desde 2011. Mesmo assim, o saldo da balança comercial de lácteos voltou a retrair-se em 2017, voltando aos níveis de 2010 e 2011, graças às fortes quedas nas importações, como mostra o gráfico 4. 

Gráfico 4. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da AliceWeb. 

 

Na tabela abaixo, é possível acompanhar de forma detalhada a balança comercial dos principais produtos lácteos do Brasil no último mês. (MilkPoint)

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado a partir dos dados da AliceWeb. 

 

Comissão aprova restrição à importação de leite produzido sem proteção ao meio ambiente

Restrição importação de leite - A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 9044/17, dos deputados Evair Vieira de Melo (PV-ES), Sergio Souza (PMDB-PR) e Zé Silva (SD-MG), que obriga a adoção de restrição para importar leite in natura, em pó e soro de leite em pó de país que não observe normas e padrões de proteção ao meio ambiente compatíveis com a legislação brasileira.

As restrições serão adotadas pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligada à Presidência da República. O texto inclui a obrigatoriedade no Código Florestal (Lei 12.651/12), que já permite a adoção desse tipo de medida pela Camex quando houver desrespeito ao meio ambiente na produção no exterior.

Para o relator na comissão, deputado Covatti Filho (PP-RS), a proteção à natureza estabelecida na legislação não poderá ser usada como vantagem por concorrentes do leite brasileiro. "Há ainda outras razões para se aprovar a medida proposta. Como incentivar a ampliação das normas que garantem a efetiva proteção ao meio ambiente", disse.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-9044/2017 (Agência Câmara)

STATUS BRASILEIRO
Enquanto alguns Estados trabalham para avançar no seu status sanitário, o Brasil espera receber neste ano o reconhecimento de zona livre da febre aftosa com vacinação. A certificação é esperada para maio, quando é realizada a reunião da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). No ano passado, o Ministério da Agricultura criou comitê para preparar ações para alcançar esse objetivo. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 05 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.649

 

Rebanhos mostram boas condições

De acordo com a Emater, as condições de produção da pecuária de corte estão satisfatórias para a época, com boa condição corporal e ótimo desenvolvimento dos terneiros desta temporada. O clima tem ajudado a produção de forragem das pastagens naturais. Na região de Bagé, o período de reprodução continua; os touros estão trabalhando e protocolos de inseminação estão sendo desenvolvidos. 

Atualmente, o rebanho leiteiro é manejado em pastoreio de espécies perenes (tífton 85, jiggs, capim elefante e braquiárias melhoradas), as quais apresentam menor custo de produção ao agricultor, além de serem forrageiras de excelente qualidade nutricional. Em complemento à grande necessidade de alimentação, os produtores fazem uso também de pastagens anuais, como capim sudão, sorgo e milheto. Neste período intensificam-se os trabalhos de realização de silagem, insumo que garante complementação na dieta do rebanho. (Jornal do Comércio)

Leite: preço pago ao produtor recua 5,9% em dezembro, diz Scot

De acordo com consultoria, produtor recebeu em média R$ 1,038 por litro, sem o frete; na comparação com novembro de 2017, o recuo foi de 0,3% O preço do leite pago ao produtor recuou 5,9% em dezembro de 2017 ante igual mês do ano anterior, na média nacional, afirma a Scot Consultoria. O produtor recebeu, em média, R$ 1,038 por litro, sem o frete. Na comparação com novembro de 2017, o recuo foi de 0,3%. "É importante destacar, porém, que o mercado teve comportamento distinto no Brasil Central e região Sudeste, em relação ao Sul do país", afirma, em nota, o analista Rafael Ribeiro. Em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, a produção atingiu o pico em dezembro, pressionando para baixo as cotações por mais um mês. 

Já no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a produção de leite diminuiu neste período e o preço pago ao produtor teve alta.  Ribeiro afirma que espera-se uma retomada da recomposição dos estoques do varejo a partir de meados de janeiro, "o que deverá ajudar na sustentação dos preços aos produtores em toda a cadeia, levando em conta também a produção caindo em boa parte do país". (Canal Rural)

Custo alto deve ser recompensado pelo preço 

O custo com a alimentação das vacas deve aumentar em 2018. A projeção é de alta do preço dos grãos. A expectativa para este ano para o produtor de leite é de custo alto, mas de preços mais remuneradores por conta da oferta menor do produto. O comentarista Benedito Rosa explica essa relação. Clique aqui e assista a reportagem na íntegra. (Canal Rural)

UPF-RS

A Unidade de Padrão Fiscal (UPF), que serve como indexador para corrigir taxas e tributos cobrados pelo Estado, teve seu valor atualizado anualmente pela Receita Estadual. (SEFAZ)

 

O AGRONEGÓCIO GEROU 4.152 VAGAS DE EMPREGO EM NOVEMBRO. SEGUNDO A FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA, O MELHOR RESULTADO FOI DENTRO DA PORTEIRA, COM ACRÉSCIMO DE 2.243 POSTOS, PUXADOS PELA PRODUÇÃO DE LAVOURAS TEMPORÁRIAS E PERMANENTES. (Zero Hora)

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e seus associados lamentam o falecimento de Vitor Afonso Grings, que foi presidente da Cooperativa Piá durante 15 anos (1996-2010), nesta quinta-feira (4/1). Sempre muito espontâneo e alegre, demonstrava receptividade ao chamar cada um dos funcionários pelo nome. O velório ocorre a partir das 17 horas desta quinta-feira, na capela da localidade Linha Imperial, em Nova Petrópolis. O sepultamento será no mesmo local, às 9h30min desta sexta-feira (5/1).

Imagem: iStock/istockoatawa

 

Porto Alegre, 04 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.648

 

FrieslandCampina

O preço garantido do leite cru pela FrieslandCampina para o mês de janeiro de 2018 é de € 37,50 por 100 quilos de leite, [R$ 1,/litro]. A queda no preço garantido foi de € 4,00 em 100 kg de leite quando comparado com dezembro de 2017 (€ 41,50). 

A queda foi o resultado da expectativa de que os preços do leite a ser pago pelas principais indústrias de referência em janeiro, serão menores. A tendência de queda nos preços das vendas de produtos lácteos, especialmente queijo, manteiga e leite em pó, continua, decorrente, principalmente, de aumento da oferta. 
    
 

O preço garantido para o leite em orgânico para janeiro de 2018 é de € 49,00 por 100 quilos, [R$ 2.05/litro], havendo queda de 2,75 € em relação a dezembro (51,75 €). A expectativa é de que os preços do leite orgânico cairão, especialmente, na Alemanha.         
 

O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entreguem acima de 800.000 quilos de leite por ano, (nos anos anteriores o volume era de 600.000 quilos). O volume base do prêmio e o esquema da sazonalidade foi descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

Uruguai - Produtores receberam menos pela produção de novembro

Preços/Uruguai - O preço médio que receberam os produtores pelo leite entregue nas fábricas em novembro de 2017, caíram. Segundo publicou o Instituto Nacional do Leite (INALE), com base no levantamento das indústrias, os produtores receberam 9,55 pesos por litro de leite entregue no mês de novembro, caindo 0,7% em relação a outubro. 

Em dólares, o produtor recebeu US$ 0,33/litro, queda de 0,3% em relação a outubro. Ainda assim, o valor médio de novembro foi maior 7,2% em pesos e 5,4% em dólares, quando comparado com os valores do mesmo mês de 2016. Estes valores, que representam a renda dos produtores neste começo de ano, em um momento de crise econômica para o setor, gerou mal-estar na categoria, que reclama dos elevados custos e baixa remuneração. Andrés Camy, produtor de leite de San José, assegurou através de sua conta no twitter que os produtores "devemos viver com menos pesos em um país vive de ajustes, e reajustes". Disse que no início de 2014 os produtores receberam 11 pesos pelo litro de leite, [R$ 1,24/litro]. No começo de 2018 o valor é de 9,55 pesos por litro, [R$ 1,08/litro]. (El País - Tradução livre: Terra Viva)

Setor agrícola critica projeto que define preço mínimo para os fretes rodoviários

Preocupados com o risco de aumento de seus custos, os diversos segmentos do agronegócio prometem lutar em 2018 contra o projeto de lei que estabelece uma política de preço mínimo para o transporte rodoviário de cargas. Os produtores rurais avaliam que o PL 528/2015 - aprovado em setembro pela Câmara e em tramitação no Senado - intervém na lógica do mercado e tem potencial para encarecer significativamente os fretes. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirma, com base em estudo da consultoria Leggio, que, se aprovada, a proposta traria de imediato um impacto de 9% no preço médio do frete rodoviário. Mas os valores cobrados podem subir perto de 30%, como no caso da soja. De autoria do deputado Assis do Couto (PT-PR), o projeto nasceu em 2015, no auge das greves de caminhoneiros ainda no governo de Dilma Rousseff, como uma das condições impostas por eles para cessar as paralisações que traziam sérios prejuízos econômicos. 

A redação final do texto aprovado na Câmara estabelece que "órgão competente" fixará duas vezes por ano (em janeiro e julho) o preço mínimo do frete, por quilômetro rodado. No texto original, a atribuição era do Ministério dos Transportes, que, procurado, recusou-se a comentar o tema. O texto aprovado define que os pisos deverão ser fixados levando em conta os valores do diesel e dos pedágios e deverão contar com a "participação dos sindicatos de empresas de transportes e de transportadores autônomos de cargas, bem como dos representantes das cooperativas". Enquanto o órgão responsável não definir esses preços, o projeto de lei estabelece valor mínimo de R$ 0,70 por quilômetro e por eixo para carga geral e granel, e R$ 0,90 por quilômetro e por eixo para carga frigorífica e perigosa. Em "fretes curtos", realizados em distâncias inferiores a 800 quilômetros, esses valores ainda seriam acrescidos de no mínimo 15%. Para Luiz Antônio Fayet, consultor de logística e infraestrutura da CNA, a medida é "inaceitável" e fere o princípio da oferta e da procura. 

Ele classificou o projeto de "aberração" e criticou o governo anterior por ter estimulado o financiamento de caminhões - que ocorreu por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que tinha juros subsidiados - criando uma "superoferta" de caminhões, acima da demanda de cargas, derrubando os preços do frete. O projeto chega a receber críticas de alguns caminhoneiros. "A ideia era que representantes dos autônomos e sindicatos das empresas transportadoras sentassem a cada seis meses, por exemplo, para definir custos por rota, produto transportado", afirma Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de São Paulo. "Do jeito que está, é uma reserva de mercado", avalia. Contudo, há transportadores favoráveis à proposta, que tem conseguido apoio de parlamentares, até mesmo da bancada ruralista. "O projeto não interfere e sim regulamenta o mercado", diz o deputado Covatti Filho (PP-RS), que preside a Frente Parlamentar dos Caminhoneiros. Ele afirma que sem isso há risco de novas greves. Sérgio Gonçalves Neto, sócio diretor da MS Express avalia que a regra de preço mínimo ajuda os trabalhadores autônomos, cobrindo seus custos nos momentos mais difíceis. "Mas eles são e continuarão sendo os primeiros a serem dispensados quando não há trabalho", afirma. (Valor Econômico)

Nota de pesar pelo falecimento de Vitor Afonso Grings
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e seus associados lamentam o falecimento de Vitor Afonso Grings, que foi presidente da Cooperativa Piá durante 15 anos (1996-2010), nesta quinta-feira (4/1). Sempre muito espontâneo e alegre, demonstrava receptividade ao chamar cada um dos funcionários pelo nome. O velório ocorre a partir das 17 horas desta quinta-feira, na capela da localidade Linha Imperial, em Nova Petrópolis. O sepultamento será no mesmo local, às 9h30min desta sexta-feira (5/1). ( Assessoria de Imprensa Sindilat)

Porto Alegre, 03 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.647

 

  Incerteza quanto a oferta provoca aumento no primeiro GDT do ano

O primeiro leilão GDT (Global Dairy Trade) do ano, realizado nesta terça-feira (02/01), teve a maior alta no índice do preço médio desde junho, de 2,2% ante o último leilão, com o preço médio das negociações ficando em US$3.124/tonelada. 

Neste leilão, o destaque positivo foi para os leites em pó, principais responsáveis pela elevação no preço médio - de 4,2% no integral (que fechou a US$2.886/tonelada) e de 1,6% no desnatado (que teve preço médio de US$1.699/tonelada). 

Entre as quedas, o leitelho em pó caiu 7,3% e fechou a US$1.866/tonelada, além dos queijos, com redução de 2,1%, fechando a US$3.317/tonelada, o menor valor desde outubro de 2016.

De forma geral, essa recuperação nos preços tem muito a ver com as incertezas climáticas na Nova Zelândia. O país continua sofrendo com baixos níveis de chuva, e neste leilão, a Fonterra restringiu ainda mais a oferta de lácteos, disponibilizando 25.710 toneladas, 3.882 toneladas a menos do que a quantia negociada no leilão anterior. Também com receios quanto à falta de produto, a demanda se mostrou interessada, adquirindo 25.400 toneladas, 99% do volume disponibilizado. 

Os volumes ainda estão acima do que eram negociados há um ano - resultado das expectativas de uma safra maior - mas as incertezas quanto às chuvas vêm restringindo a oferta e a diferença vem caindo acentuadamente, especialmente no último mês.

Dessa forma, os preços futuros do leite em pó integral tiveram forte valorização em todos os contratos, atingindo mais de 5% de alta nos contratos mais longínquos, em um momento de forte especulação por conta dos receios climáticos apresentados. (GDT/Milkpoint)

Renovada a confiança no mercado doméstico

Após quase três anos deprimido pela mais grave recessão econômica da história do Brasil, o mercado doméstico voltará a sorrir para o campo em 2018. A retomada do crescimento já começou a ter reflexos positivos sobre o consumo de produtos de maior valor agregado, como carnes, e a expectativa é que essa tendência se consolide e devolva às vendas internas a importância que tiveram para o avanço do agronegócio nacional da segunda metade da década passada até 2014.


 
No estudo "Perspectivas para o agronegócio brasileiro - 2018", assinado pelos analistas Adolfo Fontes, Andres Padilla, Andy Duff, Fernando Gomes, Guilheme Morya, Matheus Almeida, Maurício Oreng, Renato Rasmussen (hoje na FCStone) e Victo Ikeda, o banco holandês Rabobank apresenta dados e projeções que, entre outros aspectos, confirmam esse cenário. E mostram que esse maior otimismo em relação à demanda interna não se restringe às carnes e, consequentemente aos grãos, básicos para a fabricação de rações. Produtores de etanol, café, algodão e leite, além de companhias de insumos, também têm motivos para renovar suas apostas no Brasil.

"É claro que há muita incerteza, mas a atividade econômica está reagindo de forma positiva no país", diz Mauricio Oreng, que é o economista-chefe do Rabobank no país. No estudo, a instituição destaca que "um cenário político e eleitoral que indique a continuidade de uma política econômica sólida, com foco na responsabilidade fiscal e em reformas estruturais, poderá contribuir para uma recuperação mais rápida". E ressalva que a postergação da reforma da Previdência para depois das eleições poderá adiar a retomada dos investimentos e, claro, prejudicar a conjuntura como um todo.

Poucas cadeias produtivas esperam tanto por uma maré mais favorável quanto a de proteínas animais. Além da retração do consumo doméstico, marcante entre 2015 e o começo do terceiro trimestre de 2017, o segmento sofreu no ano passado com a Operação Carne Fraca e a delação dos irmãos Batista, controladores da gigante JBS, mas o horizonte agora é promissor. "A cadeia de proteína animal reage muito rapidamente à economia, e são positivas as projeções para o consumo interno em 2018", afirma Adolfo Fontes.

Nos cálculos do analista, se nada atrapalhar demais a retomada da economia o potencial de recuperação do consumo de carne bovina no país é de 4 quilos per capita nos próximos dois anos. Como para as exportações Fontes projeta volatilidade elevada em um ambiente de riscos de restrições no mercado internacional, a confirmação dessa tendência será ainda mais importante para os frigoríficos. Para as carnes de frango e suína, as previsões também apontam um mercado doméstico mais pujante.

Essa pujança, realça Victor Ikeda, será fundamental para enxugar um pouco os fartos estoques de milho depois da colheita recorde do ano passado - o grão é o principal componente das rações de aves e suínos - e terá reflexos positivos também no mercado de soja. Mas, ainda assim, a oferta desses que são os principais grãos cultivados no país seguirá ampla, uma vez que a safra 2017/18 tende a ser também robusta, e, para absorvê-la, será preciso que as perspectivas de aquecimento da demanda no exterior em consequência da aceleração do crescimento econômico mundial se confirmem.

Levando em consideração que esse horizonte de fato prevaleça, Matheus Almeida prevê que a área plantada de soja, sobretudo - e com a ajuda do aumento da mistura de biodiesel no diesel -, continuará a aumentar na temporada que começará a ser semeada no terceiro trimestre e puxará a demanda por insumos como fertilizantes e defensivos. Para os defensivos, a tendência poderá acelerar a redução de estoques, que permaneceram em patamares particularmente altos em 2017 e prejudicaram os resultados das companhias do ramo.

Mas não é apenas a cadeia formada por grãos e carnes que deverá encontrar no mercado doméstico uma fonte de melhores negócios neste ano. No segmento sucroalcooleiro, pontua análise de Andy Duff, também estão depositadas no país as
melhores expectativas. Em tempos de pouca esperança de recuperação dos preços internacionais do açúcar, são os incentivos do ano passado às vendas de etanol que animam os usineiros, que ganharam na aprovação do programa RenovaBio, já no fim de dezembro, um novo fator de estímulo.

Guilherme Morya concorda que o crescimento da economia brasileira é igualmente bem-vindo no mercado de café, cujo consumo resistiu no país mesmo durante a recessão, e Andrés Padilla observa que a retomada é muito aguardada no segmento de lácteos, onde o consumo de itens de maior valor agregado não teve a mesma sorte e registrou quedas. Agora, os sinais sugerem que haverá recuperação. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Leite/AR 

Com nova retração dos preços internacionais, cerca de US$ 2.700/tonelada (depois do recorde de quase US$ 6.000/tonelada na década), o setor lácteo argentino enfrenta outro fim de ano com seus indicadores em franco retrocesso. Desde a produção, passado pela quantidade de fazendas leiteiras, ou o número de vacas, todos os dados mostram que é uma das atividades mais emblemáticas do país, que não reage, e completa uma década de estagnação, mesmo possuindo a Argentina uma das condições agroecológicas mais perfeitas para realizar um crescimento notável. De fato, existe uma diferença entre o que vem ocorrendo com os principais concorrentes, incluindo os vizinhos Uruguai e Brasil, todos crescendo. Mesmo contando com a debilidade nas cotações dos grãos (principais insumos da produção de leite), as fazendas continuam perdendo produtividade e eficiência, afetada pelas condições climáticas adversas nas últimas três temporadas, com inundações nas principais bacias leiteiras. Isto, somado às condições gerais da economia para qualquer empresa, quer dizer, taxas de juros elevados para créditos, custos crescentes, pressão tributária, e encargos trabalhistas, fizeram com que o volume de 2017 atinja 9 bilhões de litros de leite, depois de ter produzido 10 e 11 bilhões, 10 anos atrás, ou seja, quase 2 bilhões menos.

O dado mais significativo, no entanto, é a quantidade de vacas de leite (holandesas) que, caiu 18%, de 2,1 milhões em 2006, quando começava a crise no setor, para 1,72 milhões. De fato, esse encolhimento foi responsável pelo aumento das exportações de carne para a China. Segundo o portal valorsoja "os principais frigoríficos exportadores relatam que no último ano houve substancial crescimento no abate de vacas holandesas procedentes de fazendas que saíam da atividade, e descarte de rebanhos leiteiros". Informações oficiais apontam que entre maio de 2016 e maio de 2017, houve o fechamento de 340 fazendas de leite. A interrupção dos dados estatísticos impede fazer um bom diagnóstico com dados exatos e completos. São menos de 11.000 unidades leiteiras, das 11.320 existentes no fianl de 2015, e das mais de 30.000 que existiam no final da década de oitenta. Para Manuel Ocampo, da APL (Associação dos Produtores de Leite), entre as causas da crise figuram: "não ter aproveitado o pico das cotações internacionais ocorrido 10 anos atrás (diante das sucessivas intervenções estatais); o aumento do salário médio industrial que passou de US$ 400 para cerca de US$ 3.000-4.000 (com encargos incluídos), o que enfraqueceu as fábricas, e também a volatilidade do mercado internacional, sem contar com as ferramentas que possuem em outros países para atender situações extremas, como os mercados de futuros, distintas organizações de produtores, ou subvenções estratégicas, entre outras", explica.

A decisão ficar entre a Argentina, querer, ou não, exportar leite. Se a resposta for sim, é preciso contar com um tipo de câmbio competitivo e não "extremamente" baixo como os utilizados agora por alguns operadores do setor. Também é necessário um preço do leite ao produtor que cubra os investimentos e os custos, o que atualmente, estaria em torno de 7 pesos por litro, pelo 30% maior do que o que recebem os produtores. E, para isto, também a indústria precisa ser muito mais eficiente, alinhada com parâmetros de produtividade industrial. Atualmente existem 1.100 empresas (para 9 bilhões de litros), e 38 delas absorvem 85% do leite total produzido (Serenísima capta 14%, e e a primeira. A segunda, a Saputo, capta 12%, e a Williner que capta 6% fica em terceiro lugar). E, naturalmente, além dos impostos, o custo das tarifas ganha destaque, especialmente combustível e gás, utilizados nas fazendas e fábricas, que ultrapassa os custos dos Estados Unidos. Daí a pergunta: Tem chances o setor lácteo argentino? A resposta imediata é: SIM. Mas, é preciso definir o objetivo. E, neste caso, diz Ocampo, é preciso dizer "não aos sistemas perversos, e não aos impostos cobrados", e que implicam em concorrência desleal que desequilibra a cadeia. (La Opinion - Tradução livre: Terra Viva)
  

Italac estreia nova campanha
Protagonizado pelo casal de atores Taís Araújo e Lázaro Ramos, o novo filme gravado na fábrica matriz, em Corumbaíba-GO, apresenta a dimensão e modernidade de uma das unidades fabris da Italac. A campanha tem o mote "Lá em casa tem" e destaca a Italac como a marca de lácteos mais consumida do Brasil. A atuação dos atores sublima de forma transparente o controle de qualidade e a alta tecnologia de todo o processo produtivo mostrando como o leite e os derivados são produzidos. O leite UHT Integral foi o produto escolhido para representar o tipo de produto mais conhecido da marca Italac. (Revista Balde Branco)

Os laticínios gaúchos encerram o ano com saldo positivo de conquistas e boas perspectivas de exportação em 2018. Entre as ações capitaneadas pelo Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) ao longo de 2017, está a abertura de novos mercados para os produtos lácteos, objetivo este que será uma das prioridades do próximo ano. "Fizemos um trabalho representativo a partir das demandas solicitadas pelos associados. Em 2018, nosso foco será a exportação, entendimento este que é consenso entre os associados", afirma o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacando que o Brasil tem a possibilidade de exportar lácteos para 45 países.

Entretanto, avalia Palharini, uma das dificuldades para acessar estes mercados está ligada ao custo de produção, que ainda está acima em termos de competitividade se comparado a outros países. Uma das bandeiras para o próximo ano será buscar junto ao governo federal algum programa de incentivo à exportação. "Entendemos que existe espaço para que sejamos mais criativos para superar este momento de crise vivido nos últimos dois anos e fugir deste cenário que pode se repetir", afirma Palharini. Um dos caminhos é a busca de parceria com países com interesses em comum, como Uruguai e Argentina.

Outra iniciativa importante que o Sindilat esteve à frente foi articulação política, juntamente com entidades de produtores e sindicatos das indústrias de SC, PR, GO e MG, para abertura de compra governamental de leite em pó e leite UHT. Para tanto, representantes dos laticínios gaúchos foram diversas vezes à Brasília negociar e pressionar o governo federal. Na ocasião, a entidade conseguiu uma linha do Banco do Brasil para formação de estoque de leite e industrialização com juros de no máximo 12% ao ano, além de prorrogação das dívidas de investimento dos produtores de leite por um ano.

Foto: iStock/ClaudioVentrella

Entre as ações desenvolvidas neste ano, destaque para a criação do Criação do Pub do Queijo, que teve sua primeira edição na Fenasul, na casa da Farsul. A consolidação do projeto ocorreu na Expointer 2017, onde milhares de pessoas puderam degustar os produtos lácteos da indústria gaúcha em espaço próprio do Sindilat. Ao longo de 2017, a entidade também consolidou o Fórum Itinerante do Leite, que começou em 2016 e neste ano expandiu para outras regiões do Estado, chegando à 5ª edição. Os próximos eventos estão programados para os dias 10 de abril de 2018, em Três de Maio, e 7 de agosto, em Passo Fundo.

Outra concretização é a aplicação de recursos advindos de crédito do PIS/COFINS em projetos de assistência técnica por meio do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura. Além de capacitação em melhoria da qualidade do leite, melhoramento genético, educação sanitária e controle sanitário, por meio de testes de tuberculose e brucelose em animais de três mil propriedades. Com esta iniciativa, que tem como objetivo a melhoria da saúde pública, também será possível buscar a habilitação do RS para exportação de lácteos a mercados que exigem o controle dessas enfermidades.

É com tristeza que o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) recebeu, neste sábado (23/12), a notícia de falecimento do presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Carlos Rivaci Sperotto. Homem de fibra que sempre esteve ao lado da produção primária gaúcha, foi um exemplo de força e determinação. Lutou pelo agronegócio dentro do Rio Grande do Sul e fora dele, sempre representando os interesses do homem do campo e do setor laticinista.

No exterior, trabalhou pela abertura de mercados e pelos direitos comerciais da produção brasileira.

O Sindilat e seus associados agradecem por toda a dedicação desse líder nato.

Descanse e paz!

É com tristeza que o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) recebeu, neste sábado (23/12), a notícia de falecimento do presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Carlos Rivaci Sperotto. Homem de fibra que sempre esteve ao lado da produção primária gaúcha, foi um exemplo de força e determinação. Lutou pelo agronegócio dentro do Rio Grande do Sul e fora dele, sempre representando os interesses do homem do campo e do setor laticinista.

No exterior, trabalhou pela abertura de mercados e pelos direitos comerciais da produção brasileira.

O Sindilat e seus associados agradecem por toda a dedicação desse líder nato.

Descanse e paz!

Foto: Tiago Francisco / Farsul

O Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) está aguardando resposta do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a respeito de pedido formalizado, esta semana, para que os supermercados possam adquirir leite UHT ainda neste mês de dezembro e garantir que, os estoques remanescentes na virada no ano, tenham direito a crédito tributário. A reivindicação deve-se ao fato de que, a partir de 1 de janeiro de 2018, o produto passará a ser tributado em 18% de ICMS. Até lá, o leite UHT segue isento do imposto. Sem o ajuste do Confaz, cargas adquiridas antes e estocadas ficariam sem o direito de reverso tributário, onerando o varejo que não poderá fazer a compensação fiscal.

O assunto foi debatido na manhã desta sexta-feira (22/12) em áudio-conferência que contou com a participação de representantes dos setores fiscais e tributário das empresas associadas ao Sindilat. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a Secretaria da Fazenda já se mostrou favorável à medida, que prevê a tomada de crédito pelos supermercados por meio de alteração da lei 14.988.

Imagem: iStock/tavan amonratanasareegul

Porto Alegre, 22 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.646

 

 Sindilat pede ajuste tributário ao Confaz para viabilizar estoques no varejo 

O Sindicato da Indústria dos Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) está aguardando resposta do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a respeito de pedido formalizado, esta semana, para que os supermercados possam adquirir leite UHT ainda neste mês de dezembro e garantir que, os estoques remanescentes na virada no ano, tenham direito a crédito tributário. A reivindicação deve-se ao fato de que, a partir de 1 de janeiro de 2018, o produto passará a ser tributado em 18% de ICMS. Até lá, o leite UHT segue isento do imposto. Sem o ajuste do Confaz, cargas adquiridas antes e estocadas ficariam sem o direito de reverso tributário, onerando o varejo que não poderá fazer a compensação fiscal.

O assunto foi debatido na manhã desta sexta-feira (22/12) em áudio-conferência que contou com a participação de representantes dos setores fiscais e tributário das empresas associadas ao Sindilat. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a Secretaria da Fazenda já se mostrou favorável à medida, que prevê a tomada de crédito pelos supermercados por meio de alteração da lei 14.988. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Maggi defende integração de sistemas de avaliação de risco no Mercosul

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu, durante reunião da 51ª Cúpula do Mercosul e Estados Associados, nesta quinta-feira (21), a integração dos sistemas de avaliação de riscos sanitários, fitossanitários e ambientais entre os países do Mercosul. Para ele, esse é um ponto que deve ser colocado prioritariamente na agenda do bloco comercial.

"Com sistema regional de avaliação de risco, vamos avançar na harmonização de medidas sanitárias e fitossanitárias, otimizar custos e capacidades técnicas, facilitar o comércio regional, ter posições mais harmônicas em fóruns internacionais e condições melhores para negociar acordos de livre comércio", afirmou o ministro em seu discurso.

O ministro Blairo Maggi falou também sobre negociações entre o Mercosul e a União Europeia e se mostrou otimista quanto ao fechamento de acordo entre os dois blocos econômicos. Ele acredita que a partir daí, o Mercosul poderá atingir a meta de incrementar o acesso a mercados e impulsionar a diversificação das suas exportações.

A União Europeia é o maior exportador mundial de produtos do setor agrícola, respondendo por 13% do total mundial e por 15% das importações - US$163 bilhões, de acordo com dados de 2016. Maggi destacou negociações realizadas com a Coreia do Sul, responsável por aproximadamente de US$ 30 bilhões (2016) em importações de produtos agropecuários no mundo. O país é importante mercado para o agronegócio, com destaque para carnes, frutas e grãos.

Em relação aos acordos comercias, o presidente Michel Temer afirmou que houve avanços na superação de entraves ao comércio e que as reduções de barreiras comerciais já estão sendo verificadas no comércio entre os países fora do Mercosul. "Estamos assistindo a uma verdadeira mudança de prioridades. Passamos da fase em que se criava empecilhos ao comércio para outra fase, que queremos aprofundar, em que atuamos para derrubar barreiras, reduzir burocracias, assegurar previsibilidade", declarou Temer. Para o presidente, a integração é uma obra em permanente construção. Por isso, ele acredita que os países devem estar sempre atentos a novos desafios.

A 51ª edição da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados foi realizada nesta quinta-feira (21) e foi precedida pela Reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão decisório de nível ministerial. A reunião encerra a Presidência Pro Tempore Brasileira (PPTB) do Mercosul, exercida durante o segundo semestre de 2017. Participaram da reunião, os presidentes: Mauricio Macri (Argentina), Horacio Cartes (Paraguai) e Tabaré Vázquez (Uruguai) - países integrantes do Mercosul - Evo Morales (Bolívia) e David Granger (Guiana). Também estiveram presentes representantes de Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname - estes na condição de associados. (MAPA)

Argentina tem previsão de recuperação na produção de leite em 2018

De acordo com um relatório da Subsecretaria de Lácteos do Ministério da Agroindústria da Argentina, com dados de novembro passado, o preço do litro de leite pago ao produtor permaneceu em uma média de 5,69 pesos (US$ 0,32) por litro - 5,73 pesos (US$ 0,32) para o produtor de Buenos Aires, 5,52 pesos (US$ 0,31) para o produtor de La Pampa e 5,71 pesos (US$ 0,32) para o produtor de Santa Fé.

O estudo revela que não houve variação entre novembro e outubro deste ano, enquanto a variação interanual entre este mês e o mesmo período do ano passado foi um aumento de preço de 27%. Com relação à produção, houve uma pequena diminuição de 0,4% na variação interanual, novembro de 2017 em relação a novembro de 2016 e uma variação mensal negativa de 1% em relação à produção de outubro de 2017.

"Isso considerando a sazonalidade do leite argentino, onde o pico da produção é em outubro", disse o subsecretário de lácteos, Alejandro Sammartino. "A produção de 2017 vai fechar, estimamos, com um nível similar ou levemente superior à produção do ano passado. Sem dúvida, o clima desfavorável em Buenos Aires, no sul de Santa Fé e no norte da La Pampa contribuíram para que o aumento da produção não tivesse sido maior".

Com relação às perspectivas do setor para 2018, Sammartino disse: "Temos uma expectativa importante de recuperação para 2018. Isso se deve ao relacionamento muito bom do preço do leite com seus principais insumos e serviços e ao crescimento dos investimentos que estamos percebendo tanto no nível dos produtos lácteos quanto no nível da indústria".

Entre janeiro e outubro deste ano, as exportações de produtos lácteos foram de 176.058 toneladas, um declínio de 29% em relação ao mesmo período de 2016. Em valor, as vendas no exterior representaram US$ 563 milhões. 

Em 21/12/17 - 1 Peso Argentino = US$ 0,05656
17,6716 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do La Nación, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Missões internacionais realizadas para ampliar exportações e atrair investimentos

Em missões para ampliar as relações de comércio internacional, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) chefiou ao longo do ano delegações ao exterior, realizando negociações bilaterais e promocionais do agronegócio brasileiro. Além de Blairo Maggi, o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, liderou viagens a países com o mesmo objetivo. Foram realizadas viagens à União Europeia (Alemanha, Bélgica, Países Baixos, França, Polônia, Suíça, Itália, Espanha) países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Irã), Ásia Oriental (China), América do Sul (Peru, Bolívia),além dos Estados Unidos e Rússia.

China
A China comprometeu-se a aumentar o número de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar carnes para aquele mercado, em setembro, quando o ministro Blairo Maggi acompanhou o presidente Michel temer ao país. O presidente chinês Xi Jinping anunciou a disposição de ampliar a compra de carnes do Brasil durante reunião com Temer. A missão chinesa para visitar novas plantas frigoríficas foi realizada, agora, em dezembro. "O presidente Xi Jinping disse que gosta e é garoto propaganda da carne brasileira", destacou o ministro, ao comemorar a intenção do governo do país asiático. A China é o principal parceiro do agronegócio brasileiro no comércio mundial. No ano passado, as exportações de produtos agropecuários do Brasil para aquele mercado somaram US$ 17,8 bilhões. A soja em grão é o principal produto da pauta de exportações do agro brasileiro para o mercado chinês. No ano passado, os embarques para a China alcançaram US$ 14,4 bilhões

Alemanha
Em janeiro, delegação brasileira liderada pelo ministro Maggi esteve na 9ª Conferência de Ministros da Agricultura do Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura (GFFA) e abertura da Semana Verde Internacional, em Berlim. Na conferência, o tema deste ano era "Agricultura e Água - Chave para Alimentar o Mundo", que permitiu ao ministro discorrer sobre a legislação ambiental do Brasil, expor dados de preservação como os 66,3% de mata nativa do território brasileiro. O assunto também foi tratado em reunião com membro do Partido Verde alemão.

Bélgica
Em Bruxelas, durante reunião com representantes dos países membros da Comunidade Europeia, o ministro Blairo Maggi defendeu o livre comércio e o reconhecimento dos avanços da legislação e das práticas ambientais dos agricultores brasileiros. O ministro deixou claro que os esforços de preservação no Brasil beneficiam o planeta como um todo, em função do manancial de água doce e de sua vegetação nativa, e que, por isso, devem ser reconhecidos.

Espanha
Em missão oficial à Espanha, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, viajou com o objetivo de aumentar o comércio bilateral e atrair investimentos para setores-chaves do agronegócio brasileiro. O setor de fruticultura é um dos prioritários, tendo em vista o potencial exportador, já que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial nesse segmento, depois da China e da Índia, mas exporta apenas 2,5% do que produz. "Precisamos melhorar nossa posição no mercado de frutas. O mercado internacional é imenso e estamos aqui para dizer ao mundo que as frutas brasileiras são de altíssima qualidade e precisam ser mais conhecidas", afirmou Novacki em Madri. Aumentar a participação do segmento na balança do agronegócio, segundo ele, ajudará a atingir a meta do ministério de elevar a participação brasileira no agro mundial de 7% para 10%, em cinco anos.

Estados Unidos 
Em encontro com o secretário da agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, em julho, foi discutida a retomada de exportações de carne para os EUA, numa tentativa de reverter decisão do governo norte-americano, que no fim de junho bloqueou a entrada da carne brasileira no país. Maior produtor de carne bovina do mundo, o Brasil passou 17 anos tentando entrar no mercado norte-americano, maior consumidor do mundo, cujo controle de qualidade é muito rigoroso. Em setembro do ano passado, a carne bovina brasileira conseguiu o selo de aprovação do Departamento de Agricultura, mas depois de menos de dez meses, no final de junho, as exportações foram suspensas porque técnicos norte-americanos apontaram abscessos na carne. A solução do Ministério da Agricultura do Brasil foi determinar que a parte dianteira do boi seja cortada em cubos, tiras ou iscas, o que facilita as inspeções. E ainda mudar a composição da vacina para impedir a reação, o que está em fase de testes. 

Rússia
Em viagem a Moscou, Blairo Maggi, negociou a ampliação do comércio bilateral agrícola entre Brasil e Rússia. O setor do agronegócio brasileiro quer aumentar as exportações de carnes bovina e suína e de soja para aquele mercado, além de ter um maior número de frigoríficos habilitados para embarques. A Rússia, por sua vez, quer vender trigo (agora, em dezembro, a Secretaria de Defesa Sanitária liberou as importações do produto), pescados (bacalhau in natura) e cortes de picanha de gado para o Brasil.

Oriente Médio 
Missões organizadas pelo Departamento de Promoção Internacional, da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio foram estratégicas no Oriente Médio, uma vez que apesar do poderio econômico da região, rica em petróleo e gás, há grande preocupação em garantir a segurança alimentar para as suas populações. A missão ministerial, acompanhada de cerca de 20 representantes de associações setoriais, empresariais e de câmara de comércio, incluiu visita a quatro países, em maio, quando houve encontros com autoridades locais, empresas importadoras e dirigentes de centros de pesquisa. Com a equipe do Mapa e representantes de entidades empresariais, o ministro teve agenda na Arábia Saudita, Emirados Árabes e Kuwait com o objetivo de promover o agronegócio, atrair investimentos e também defender a qualidade da carne brasileira.

Arábia Saudita
Em visita a Riad, Arábia Saudita, o ministro encontrou-se com o principal executivo da Saudi Agricultural and Livestock Investment Company, Abdullah Aldubaikhi, em maio, para falar de oportunidades de negócios no Brasil e, conforme afirmou, "para agradecer ao governo a posição favorável adotada após a Operação Carne Fraca no Brasil". O país é grande importador de frango e produtos de aviários brasileiros, além de açúcar, soja e carne bovina. Blairo Maggi falou sobre as reformas em andamento no país, "que o tornarão ainda mais atrativo a investimentos", sobre os avanços na economia nos últimos meses, como consequência de medidas estabilizadoras do Governo Michel Temer e do interesse de empresários do agronegócio em firmar parceria com investidores estrangeiros. "Estamos fazendo mudanças muito importantes para o futuro. Está surgindo uma nova lei de concessões e de participações, deixando muito claro como as empresas podem entrar em negócios no país", afirmou. Disse ainda que cada agricultor precisa manter de 20% a 80% de sua área privada intacta, dependendo da região onde se encontra. O percentual mais elevado se refere à região amazônica. "Tudo isso cria um ambiente harmônico com o meio ambiente", observou.

Kuwait
Para tratar de exportação de carnes, Maggi se reuniu no Kuwait, em 14 de maio, com a diretoria da Autoridade Pública da Agricultura e Recursos de Pesca do país e autoridades do Ministério da Sanidade Animal e Vegetal. Ainda para esclarecer sobre a operação da PF, ocorrida em março em frigoríficos, Maggi explicou que o Brasil segue todos os protocolos internacionais de sanidade e que o Brasil exporta carne para mais de 159 países seguindo padrões de conformidade internacional. O ministro ouviu das autoridades locais que "o governo do Kuwait sabe da qualidade dos produtos brasileiros". Acompanhado do secretário de Relações Internacionais do Mapa, Odilson Silva, e do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, o ministro Blairo Maggi fez questão de falar da importância dos avanços na agricultura proporcionados pela empresa de pesquisa, Embrapa, vinculada ao ministério, que são responsáveis, afirmou, por transformar o Brasil de importador de alimentos em um dos maiores players do agronegócio no mundo.

Emirados Árabes Unidos
O ministro Blairo Maggi, junto com a delegação brasileira organizada pelo Mapa, se reuniu com representantes de empesas dos Emirados Árabes Unidos, em Dubai, em 21 de maio. Em sua apresentação, o ministro disse que a previsão de crescimento da produção agropecuária no Brasil até a safra 2025/26 é de 32%.

Irã
Em viagem ao Irã, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, esteve reunido com autoridades das áreas de agricultura e de comércio e indústria do governo daquele país. Nesses encontros, reforçou a intenção do Brasil de ampliar as exportações de produtos agropecuários como açúcar, carne bovina in natura, milho e soja, para o mercado iraniano. "No Brasil, temos um sistema de controle e supervisão rigoroso para produzir carne saudável e de qualidade", ressaltou Novacki, lembrando que os dois países têm intensa troca comercial. O Irã é o quarto no ranking das exportações do comércio agropecuário brasileiro. No ano passado, os embarques do Brasil para aquele mercado somaram US$ 2,2 bilhões. Os iranianos manifestaram, por vez, o desejo de fortalecer ainda mais as relações comerciais com o Brasil. O Irã quer vender mais pistache, açafrão, tâmaras e passas de uvas para o Brasil. O país é o maior produtor mundial de açafrão.

Peru 
Da visita realizada em setembro ao Peru, Maggi retornou com a expectativa de ampliação das exportações de carne brasileira para o país que deseja vender mais frutas a importadores brasileiros, depois de se reunir com o ministro da Agricultura peruano, Jose Manuel Calderón. A abertura do mercado de carnes deverá favorecer estados brasileiros mais próximos do Peru, como o Acre e Rondônia. O ministro viajou ao Peru acompanhado dos secretários de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e de Relações Internacionais, Odilson Silva, com o objetivo de retirar barreiras que dificultam o comércio bilateral. "Os governos se acertam e os mercados decidem se querem ou não querem comprar. Os mercados são soberanos nesse processo", disse.

Bolívia
Também em setembro, Maggi encontrou-se, em La Paz, com o ministro da Agricultura da Bolívia, César Cocarico, para promover as relações comerciais no setor de agronegócios entre os dois países. De acordo com o ministro, ficou acertado que técnicos brasileiros e bolivianos trocarão informações sobre prioridades a serem trabalhadas para aumentar o fluxo de comércio. Entre os produtos da pauta de negociações comerciais, do lado brasileiro há intenção de aumentar a exportação de carne, enquanto a Bolívia quer ampliar as vendas de quinoa, banana e chia. A maior área de fronteira do Brasil é com a Bolívia, somando 3.400 km quadrados.

Fóruns
Na esfera mais política, o Ministério da Agricultura representou o Brasil em fóruns internacionais como o do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizado na China, no mês de junho; da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, em julho; e do Codex Alimentarius, em Genebra, Suíça, cujo presidente eleito na ocasião foi o servidor do Mapa, Guilherme Antônio da Costa Júnior. (MAPA) 

Lojas físicas 

Para oito em cada 10 consumidores brasileiros o fato de uma loja oferecer dispositivos móveis onde eles possam consultar preços e informações deixa toda a experiência de consumo melhor. As lojas físicas ainda dominam a preferência dos brasileiros, principalmente se forem compras de supermercado (mais de 80% dos entrevistados), roupas (79%), e medicamentos/produtos de higiene pessoal (63%). (Fonte: Supermercado Moderno)