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Autoridades e representantes do agronegócio, políticos e imprensa marcaram presença na manhã desta sexta-feira (26/2) na posse da diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) para a gestão 2016-2020. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o diretor-secretário, Renato Kreimeier, prestigiaram a solenidade, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. “A Fetag é uma importante parceira do sindicato, nossas lutas e preocupações sempre estiveram alinhadas”, destacou Guerra. 

Com Carlos Joel da Silva reconduzido à presidência e Nestor Bonfanti como primeiro vice-presidente, a entidade tem como objetivo dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos anos. “Ampliar o acesso à terra, garantir maior renda aos trabalhadores rurais e programas sociais como saúde, previdência e habitação estão entre as principais metas da nossa direção”, salientou Silva. A Fetag congrega 350 sindicatos de trabalhadores rurais, que representam 1,3 milhão de pessoas.

Emocionado, o presidente da Fetag agradeceu o apoio da família e de todas as entidades que sempre estiveram ao seu lado. Durante a posse, também reforçou a preocupação em garantir uma gestão fundamentada no respeito e na coletividade. Entre os presentes, estiveram o governador José Ivo Sartori, a senadora Ana Amélia Lemos, o deputado Elton Weber, o secretário estadual da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, a presidente da Assembleia Legislativa do RS, Silvana Covatti, o secretário de Reordenamento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adhemar Lopes de Almeida, entre outras autoridades. 

Crédito foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini

Publicado em 26/02/2016

 

 

         

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.213

 

     Sindilat abre consulta sobre ajuste tributário

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) abriu consulta a seus associados sobre a elaboração de uma nova proposta tributária para o leite no Rio Grande do Sul. A ideia é unificar uma posição da indústria laticinista a ser apresentada ao governo do Estado. Em reunião na tarde desta sexta-feira (26/2), o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, apresentou o plano de ajuste que está em estudo pela área técnica do sindicato. O objetivo, reforçou o presidente Guerra, é ampliar a competitividade da indústria do Rio Grande do Sul frente aos demais estados produtores que concorrem pelos mesmos mercados com diferenciações fiscais que os favorecem, como São Paulo e Paraná.

Lei do Leite
Durante a reunião, as indústrias ainda avaliaram os diversos artigos do decreto da Lei do Leite e compilaram sugestões a serem encaminhadas à Secretaria da Agricultura nos próximos dias. Uma das medidas que será apresentada é a regulamentação do transvase de leite no Rio Grande do Sul. 

As empresas ainda manifestaram preocupação com a queda de produção verificada no campo. Levantamento realizado entre os presentes indica uma queda de 5% a 8% em fevereiro em relação a janeiro de 2016 na coleta de leite no Estado. O volume também sinaliza captação inferior ao mesmo período de 2015. Guerra explica que o cenário é reflexo dos altos custos de produção, do impacto do clima sobre as pastagens e de um momento de desestímulo geral à atividade. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação
 
  
 
Sindilat prestigia posse de Carlos Joel da Silva na Fetag

Autoridades e representantes do agronegócio, políticos e imprensa marcaram presença na manhã desta sexta-feira (26/2) na posse da diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) para a gestão 2016-2020. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o diretor-secretário, Renato Kreimeier, prestigiaram a solenidade, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. "A Fetag é uma importante parceira do sindicato, nossas lutas e preocupações sempre estiveram alinhadas", destacou Guerra. 

Com Carlos Joel da Silva reconduzido à presidência e Nestor Bonfanti como primeiro vice-presidente, a entidade tem como objetivo dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos anos. "Ampliar o acesso à terra, garantir maior renda aos trabalhadores rurais e programas sociais como saúde, previdência e habitação estão entre as principais metas da nossa direção", salientou Silva. A Fetag congrega 350 sindicatos de trabalhadores rurais, que representam 1,3 milhão de pessoas.

Emocionado, o presidente da Fetag agradeceu o apoio da família e de todas as entidades que sempre estiveram ao seu lado. Durante a posse, também reforçou a preocupação em garantir uma gestão fundamentada no respeito e na coletividade. Entre os presentes, estiveram o governador José Ivo Sartori, a senadora Ana Amélia Lemos, o deputado Elton Weber, o secretário estadual da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, a presidente da Assembleia Legislativa do RS, Silvana Covatti, o secretário de Reordenamento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adhemar Lopes de Almeida, entre outras autoridades. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Crédito foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini
 
 
 
Rebanhos 

Na União Europeia (UE-25), o censo de vacas leiteiras aumentou em 100.000 cabeças passando para 22 milhões, apesar das reduções na Polônia e Lituânia de 127.000 cabeças. 

- Na UE-15, o censo registrou aumento de 242.000 cabeças, chegando a 18,4 milhões. E 90% deste incremento se deveu à Irlanda e Holanda. 

- Nos Estados Unidos, o censo também constatou aumento, mas somente em 9.000 cabeças, chegando a 9,31 milhões. As novilhas que vão parir este ano acrescentarão mais 65.000 (+2,1%).

 - Na Rússia, a tendência é de baixa, chegado a 8 milhões de cabeças. Espera-se que a tendência continue já que as pequenas propriedades estão sacrificando as vacas menos produtivas.". (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

 
 


EUA: 3,4% das fazendas leiteiras são responsáveis por metade do leite produzido no país
Nenhuma estatística pode dizer mais do que o fato de que 3,41% das fazendas leiteiras produzem 50% do leite no Central Federal Milk Marketing Order (CFMMO) - mapeamento das bacias leiteiras dos Estados Unidos. Essa proporção caiu de forma significativa desde o início do sistema de Federal Order, em 2000. Na ocasião, aproximadamente 10% das fazendas comercializavam 50% do leite, escreveram os administradores do Federal Milk Marketing Order em seu boletim de dezembro de 2015.Com base na superfície de área, a Central Order está entre as maiores com operações leiteiras espalhadas no coração da América. As 178 fazendas leiteiras que produziram metade da produção de leite incluem fazendas localizadas nos seguintes estados: Colorado (56 fazendas leiteiras); Iowa (25); Texas (22); Kansas (20); Novo México (19); Nebraska (11); South Dakota (6); Oklahoma (4); Minnesota (4); Wisconsin (4); Illinois (3); Missouri (3); Wyoming (1).Cada uma dessas operações leiteiras produziu mais de 680,35 milhões de quilos de leite em outubro de 2015. Isso equivale a um tanque cheio de leite por dia. Somente partes de fazendas leiteiras em Colorado, Iowa, Kansas, Nebraska, South Dakota, Oklahoma, Illinois e Missouri estão localizados na Central Order. (As informações são da Hoards.com)
 

         

Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.212

 

     Setor lácteo terá até dia 7 para apresentar sugestões para regulamentação da Lei do Leite

A Secretaria da Agricultura apresentou, na tarde desta quarta-feira (24/02), o projeto de regulamentação da Lei do Leite, o mesmo já detalhado aos associados do  Sindilat no dia 11. O protótipo do decreto será repassado às entidades representativas do setor lácteo ainda hoje para que elas compilem suas sugestões e auxiliem o governo a compor uma proposta coletiva. "O interesse de todos é o mesmo que o nosso: fortalecer o setor. Esse regramento é amplo e complexo", salientou o secretário da Agricultura, Ernani Polo, ao lado do staff técnico que trabalhou no projeto. A apresentação ocorreu na sede da Fecoagro, em Porto Alegre.

Foi combinado que as entidades terão até o dia 7 de março para enviar as sugestões à Secretaria da Agricultura. Os técnicos, então, trabalharão no texto até o dia 11 para compilar os ajustes. Uma reunião coletiva com o setor produtivo para alinhar o texto final ficou agendada para o dia 14 de março, às 9h.  O secretário da Agricultura ainda pontuou a possibilidade de se realizarem algumas rodadas de negociação posteriores para novos ajustes. A ideia, frisou Polo, é ter margem para que a regulamentação fique o mais próximo possível dos anseios do setor. O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, sugeriu que o decreto não engesse muito a legislação de forma a que restem temas a serem regidos por instruções normativas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação
 
  
 
Riispoa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou mais uma medida no seu processo de desburocratização da gestão. Decreto da Presidência da República, publicado ontem no Diário Oficial da União, permite a concessão automática do registro dos produtos de origem animal (carnes, mel, ovos, pescados e derivados) com regulamentos técnicos específicos.

Isso engloba o registro do rótulo, a composição e o processo de fabricação do alimento. Hoje, o procedimento demora, em alguns casos, até oito meses. Com a mudança, a obtenção do registro será instantânea, e o Mapa terá mais tempo para se dedicar à fiscalização. "Esse ajuste representa um avanço necessário para beneficiar a agroindústria", disse o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, ao falar sobre a edição do Decreto nº 8.681, que modifica o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 1952. Essa medida se destina às empresas do setor agropecuário vinculadas ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização de Produtos de Origem Animal (Dipoa), José Luis Vargas, o ministério desenvolverá, em até 90 dias, um sistema para fazer a concessão instantânea do registro. A alteração, acrescentou ele, deve simplificar a concessão do registro de cerca de 90% dos produtos de origem animal. O Mapa aprova, por ano, entre 30 e 35 mil produtos. Leia AQUI o decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff e pela ministra Kátia Abreu. (MAPA)

 
 
Concurso leiteiro da Fenasul/Expoleite 2016 terá novidades
 
 
Reunião com entidades para tratar de novidades na feira 
Foto: Fernando Dias

Foi realizada nesta quinta-feira (25/02) na sede da Secretaria de Agricultura, Pecúaria e Irrigação - SEAPI, reunião para tratar de uma novidade no concurso leiteiro da FENASUL/EXPOLEITE deste ano. O encontro contou com a presença da Gadolando, Farsul, Sindilat, UFRGS e a Câmara Setorial do Leite/SEAPI. 

A proposta é resgatar o torneio leiteiro por qualidade, premiando os animais participantes que apresentarem maior teor de sólidos, como gordura e proteína. Atualmente, esse concurso contempla apenas o quesito volume, porém é bastante receptiva a ideia entre o setor para avaliar também a qualidade do leite. Alguns pontos ficaram pré-definidos para o torneio, como a divisão por categoria, jovem e adulto, o número de ordenhas que serão avaliadas e a premiação para cada vencedor. O regulamento com as especificações ficará pronto na próxima semana, bem como a definição da data da próxima reunião, que contará com outras associações de criadores. (Fonte: CST/Leite/SEAPI)

 
 
Bancos sentem crise no setor leiteiro da Nova Zelândia
 
Os problemas vividos pelos produtores de leite da Nova Zelândia devido ao excesso de oferta global de leite estão causando dor de cabeça para vários bancos na forma de empréstimos. Após cair 3,7% na plataforma comercial internacional na última quarta-feira, os preços do leite em pó integral caíram quase um terço desde outubro. Os menores preços dos lácteos estão reduzindo os lucros das fazendas do Reino Unido e da Austrália, mas estão gerando muita preocupação na Nova Zelândia, onde os produtores acumularam dívidas na última década para converter operações de ovinos e bovinos de corte na produção leiteira.

Responsável por quase um terço do comércio global de lácteos, a Nova Zelândia é conhecida como a "Arábia Saudita do leite". O banco central do país estima que os empréstimos do setor leiteiro representem cerca de 10% dos empréstimos totais do banco no país. Em dezembro, o banco alertou que 80% dos produtores deverão ter um fluxo de caixa negativo na estação de 2015-16 devido aos baixos preços dos lácteos. Somado a isso, há a preocupação de que esses produtores são os mais endividados.

Os bancos australianos estão mais expostos ao setor de lácteos da Nova Zelândia do que os rivais globais, devido a uma série de aquisições de credores locais na década de 1990. Embora as somas que vão a empréstimos ao setor leiteiro sejam uma parte do que o banco disponibiliza para outros negócios ou para compradores locais, elas são grandes o suficiente para os executivos destacarem a dívida como um problema.

O Commonwealth Bank of Australia Ltd. nesse mês disse que as despesas de depreciação de empréstimos em seus negócios na Nova Zelândia aumentaram 11% nos seis meses até dezembro, principalmente devido às maiores provisões dentro da indústria de lácteos. O National Australia Bank Ltd. disse que os empréstimos em atraso por mais de 90 dias como uma proporção dos empréstimos totais aumentaram durante os últimos três meses até dezembro, principalmente devido a sua exposição aos lácteos. O banco estimou prejuízos por empréstimos ao setor leiteiro de US$ 276 milhões, apesar de atualmente não esperar perdas.

A companhia do Commonwealth Ban, maior companhia da Austrália em valor de mercado - recentemente disse que os prejuízos em seu portfólio de empréstimos de US$ 13,4 bilhões às indústrias de mineração e petróleo mais que dobraram, para 1,9% entre junho e dezembro. Nos Estados Unidos, um dos maiores credores de energia, Wells Fargo, citou a "contínua deterioração do setor" por um aumento nas perdas devido aos não pagamentos por companhias de petróleo e gás, para US$ 118 milhões no quarto trimestre, de US$ 28 milhões no terceiro.

A Nova Zelândia, com sua água e pastos abundantes, transformou-se na última década em um país focado na produção de lã e ovinos e no maior exportador mundial de lácteos. As vacas leiteiras agora ultrapassam seu número de 4,5 milhões de pessoas. Essa mudança foi em grande parte financiada pelos empréstimos bancários. A dívida do setor de lácteos chegou a NZ$ 37,9 bilhões (US$ 25,11 bilhões) até o final de junho, de NZ$ 11,3 bilhões (US$ 7,48 bilhões) em 2003. Muitos produtores endividados agora enfrentam uma escolha difícil: perderem  vacas sem garantias de que os preços se recuperaram logo ou se tornarem inadimplentes e perderem suas terra.

No mês passado, a Fonterra Cooperative Group Ltd. reduziu sua previsão de pagamento pelo leite para NZ$ 4,50 a NZ$ 4,55 (US$ 2,98 a US$ 3,01) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,37 a NZ$ 0,38 (US$ 0,24 a US$ 0,25) por quilo de leite -, com relação à estimativa anterior, de NZ$ 5 (US$ 3,31) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,42 (US$ 0,27) por quilo de leite)]. Isso é bem abaixo dos pagamentos médios de NZ$ 6 (US$ 3,97) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,50 (US$ 0,33) por quilo de leite)] - dado em que os bancos basearam suas decisões de empréstimos, disse a firma Fitch Ratings. Com os baixos preços do leite pela segunda estação, a Fitch disse que espera que aumente a inadimplência.

O banco central da Nova Zelândia, que estimou uma queda no fluxo de caixa para o produtor de leite médio de NZ$ 1 (US$ 0,66) por quilo de sólidos do leite [8,4 centavos ( 5,56 centavos de dólar) por quilo de leite], ordenou que os cinco maiores credores da indústria testem seus portfólios de lácteos. Oficiais também conversaram com os bancos para garantir que estão deixando de lado provisões realistas para empréstimos problemáticos.

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse no mês passado que embora uma recuperação nos preços dos lácteos deva ocorrer mais tarde do que se pensou originalmente, provavelmente acontecerá nesse ano. 

Em 22/02/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,66266 
1,50684 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do The Wall Street Journal, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 


Fiscais buscam revogação
Nomeado há duas semanas, o novo superintendente do Mapa/ RS, Luciano Maronezi, ainda não assumiu o cargo, alegando problemas pessoais. A expectativa dele é assumir até o começo de março. Enquanto isso, a delegada regional da Anffa, Consuelo Paixão Cortes, afirma esperar que o MPF acolha denúncia da categoria e revogue a decisão. O deputado Luis Carlos Heinze disse que conversou com a ministra Kátia Abreu sobre o tema, mas ela teria dito que a nomeação não seria alterada. (Correio do Povo)

 

    

 

 
 
As dificuldades climáticas e o início da entressafra resultaram em recuperação dos preços dos produtos lácteos no Rio Grande do Sul neste mês de fevereiro. Segundo levantamento do Conseleite divulgado nesta quarta-feira (24/02),  o valor de referência do leite para fevereiro é de R$ 0,8590, aumento de 0,98% em relação ao consolidado de janeiro, que ficou em R$ 0,8506 e já representou alta de 0,99% em relação ao previsto de R$ R$ 0,8422. As cotações estão bem acima dos valores de mercado de fevereiro de 2015, contudo, não acompanham o desempenho do setor em Santa Catarina e Paraná, onde os preços estão em um patamar superior. O descolamento entre a realidade gaúcha e a dos demais estados da Região Sul preocupa o Conseleite/RS. “A realidade em Santa Catarina está descolada, bem acima dos preços do Rio Grande do Sul. Precisamos entender o que está acontecendo”, frisou o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues.
 
A tendência de aumento foi acompanhada por outros produtos lácteos como o queijo e o creme, por exemplo.   Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a previsão  é de novas elevações nos próximos meses com o período de volta às aulas, quando aumenta a demanda das famílias. “A lei da oferta e da procura é soberana. Temos menos leite no mercado e uma demanda ampliada típica desta época do ano”, justificou Guerra. Segundo ele, o reajuste é essencial para assegurar a competitividade da indústria gaúcha, que enfrenta concorrência acirrada pelo mercado interno. Também garante valorização adequada ao produtor que vem enfrentado aumento de custos e achatamento de rentabilidade. Muitos criadores de gado leiteiro têm abandonado a atividade ou substituído-a por outras mais lucrativas como o milho e a soja. Com aumento do milho, pontua ele, também se reduziu a oferta de ração aos animais, o que diminuiu a produção de leite a patamares abaixo dos níveis tradicionais da entressafra.   
 
Custo de Produção
 
Durante a reunião, as entidades representativas dos produtores de leite também deliberaram por realizar reunião no próximo dia 17 de março, às 9h, na Fetag. A ideia é debater os modelos de produção e os custos do processo. Devem estar presentes representantes da Farsul, Fetag e Fecoagro, e a ideia é avaliar parâmetros de cálculo que permitam a avaliação se os parâmetros de custo de produção do Conseleite estão de acordo com a realidade do mercado.  Os apontamentos serão apresentados na  próxima reunião do Conseleite, em 22 de março. 
 

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Janeiro de 2016.

Matéria-prima Valores Projetados Janeiro / 16

Valores Finais

Janeiro / 16

Diferença

(final – projetado)

I – Acima do Leite Padrão 0,9686 0,9781 0,0096
II – Leite Padrão 0,8422 0,8506 0,0083
III – Abaixo do Leite Padrão 0,7580 0,7655 0,0075

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

A Tabela 2 mostra os valores projetados para o preço de referência no mês de fevereiro de 2016, tanto do preço de referência do leite padrão quanto dos preços de referência acima e abaixo do leite padrão.

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Fevereiro de 2016.

Matéria-prima

Fevereiro /16 *
I – Acima do Leite Padrão (Maior valor de referência) 0,9878
II – Leite Padrão (Preço de referência) 0,8590
III – Abaixo do Leite Padrão (Menor valor de referência) 0,7731

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

         

Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.211

 

     Preço do leite se recupera no Rio Grande do Sul

As dificuldades climáticas e o início da entressafra resultaram em recuperação dos preços dos produtos lácteos no Rio Grande do Sul neste mês de fevereiro. Segundo levantamento do Conseleite divulgado nesta quarta-feira (24/02), o valor de referência do leite para fevereiro é de R$ 0,8590, aumento de 0,98% em relação ao consolidado de janeiro, que ficou em R$ 0,8506 e já representou alta de 0,99% em relação ao previsto de R$ R$ 0,8422. As cotações estão bem acima dos valores de mercado de fevereiro de 2015, contudo, não acompanham o desempenho do setor em Santa Catarina e Paraná, onde os preços estão em um patamar superior. O descolamento entre a realidade gaúcha e a dos demais estados da Região Sul preocupa o Conseleite/RS. "A realidade em Santa Catarina está descolada, bem acima dos preços do Rio Grande do Sul. Precisamos entender o que está acontecendo", frisou o presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues.

 

Foto: Carolina Jardine

A tendência de aumento foi acompanhada por outros produtos lácteos como o queijo e o creme, por exemplo.   Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a previsão é de novas elevações nos próximos meses com o período de volta às aulas, quando aumenta a demanda das famílias. "A lei da oferta e da procura é soberana. Temos menos leite no mercado e uma demanda ampliada típica desta época do ano", justificou Guerra. Segundo ele, o reajuste é essencial para assegurar a competitividade da indústria gaúcha, que enfrenta concorrência acirrada pelo mercado interno. Também garante valorização adequada ao produtor que vem enfrentado aumento de custos e achatamento de rentabilidade. Muitos criadores de gado leiteiro têm abandonado a atividade ou substituindo-a por outras mais lucrativas como o milho e a soja. Com aumento do milho, pontua ele, também se reduziu a oferta de ração aos animais, o que diminuiu a produção de leite a patamares abaixo dos níveis tradicionais da entressafra.   

Custo de Produção
Durante a reunião, as entidades representativas dos produtores de leite também deliberaram por realizar reunião no próximo dia 17 de março, às 9h, na Fetag. A ideia é debater os modelos de produção e os custos do processo. Devem estar presentes representantes da Farsul, Fetag e Fecoagro, e a ideia é avaliar parâmetros de cálculo que permitam a avaliação se os parâmetros de custo de produção do Conseleite estão de acordo com a realidade do mercado.  Os apontamentos serão apresentados na próxima reunião do Conseleite, em 22 de março. 


 
A Tabela 2 mostra os valores projetados para o preço de referência no mês de fevereiro de 2016, tanto do preço de referência do leite padrão quanto dos preços de referência acima e abaixo do leite padrão. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
  
 
Aliança Láctea recorrerá ao Codesul por harmonização tributária
O impasse criado pela adoção de substituição tributária para o leite UHT pelo estado do Paraná gerou debate acalorado nesta terça-feira (23/02) em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada em Porto Alegre (RS).  A medida dificulta o acesso do leite produzido em SC e no RS àquele mercado, com custo majorado em cerca de R$ 0,15 o litro ao consumidor. Integrantes do fórum de estados questionaram o porquê da decisão, que coloca o Paraná ao lado de São Paulo em ações restritivas ao leite e dificulta a almejada harmonização tributária na Região Sul.  Lideranças pontuaram a importância de decisões políticas de governo que ajudem nesse objetivo. Foi definido que um pedido oficial da Aliança Láctea será levado ao Codesul para que os governadores do RS, SC e PR tentem um entendimento acerca da questão fiscal do leite UHT. Há informação que as secretarias estaduais de Fazenda já estão trabalhando em uma proposta conjunta. Presente no encontro, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, ficou de encaminhar a questão.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sugeriu que, frente ao fato concreto de majoração tributária no Paraná, os demais estados adotem medidas que permitam proteger seus mercados. "Os estados vão ter que tomar ações para que suas indústrias se mantenham viáveis", frisou Guerra. Segundo o dirigente, o Rio Grande do Sul enfrenta um custo de logística maior e, para se manter competitivo, tem sua margem de lucro achatada.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do PR (Sindileite/PR), Wilson Thiesen, explicou que, depois de quatro anos de debates, a decisão foi uma imposição das próprias indústrias paranaenses que tinham apenas 24% do mercado local de UHT e viam seus excedentes sendo escoados a São Paulo como leite spot. Apesar disso, pediu apoio dos demais estados para lutar contra as restrições do mercado paulista, o que classifica como inconstitucional.
A Aliança Láctea ainda avaliou o Projeto de Lei da senadora Ana Amélia Lemos, que prevê equiparação tributária de todos os produtos da cesta básica entre as 27 unidades da federação. A medida, que beneficiaria o leite, coloca fim à guerra fiscal mas ainda precisa de encaminhamentos, principalmente em relação à reposição das perdas de alguns estados com a medida. A Farsul declarou-se favorável ao projeto, mas informou que ainda não há uma proposta fechada nem um percentual definido. Uma das hipóteses, pontou o economista da Farsul, Antônio da Luz, é que tais produtos tenham tributação zerada. "Esse é o nirvana dos setores, mas é complexo frente à situação financeira dos estados", destacou Luz.

A próxima reunião da Aliança Láctea ocorrerá dia 18 maio em Florianópolis. Ainda há agendas previstas para julho e setembro, quando a ideia é que o RS assuma a coordenação do grupo.

A Aliança Láctea Sul Brasileira 
É um fórum criado pelos três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) com o objetivo de reunir pessoas e descobrir sinergias que ajudem ao desenvolvimento do setor. Sua atuação é baseada por cinco grandes eixos de trabalho: qualidade do leite, sanidade, assistência técnica e profissionalização dos produtores, estrutura industrial e tributação.

 
Reunião nesta terça-feira na Farsul

Foto: Carolina Jardine

Lácteos têm alta na primeira quinzena do mês

Os preços dos lácteos subiram 0,9% no mercado atacadista na primeira quinzena de fevereiro, em relação à segunda metade de janeiro, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria. O grupo dos queijos e o leite em pó lideraram as altas, com valorização de 1,7% e 1,1% no período, respectivamente. O leite longa vida também subiu, o litro ficou cotado em R$ 2,16, alta de 4,1% desde o começo do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a valorização foi de 17,0%. Mesmo em momento de consumo fraco na ponta final da cadeia, a captação tem sido menor, o que diminui a disponibilidade do produto no mercado. De acordo com a Scot, com os aumentos nos custos, os produtores estão investindo menos, o que colabora com a queda da produção. Os laticínios estão reajustando não só os preços do leite longa vida, mas também de outros lácteos, na tentativa de manter as margens de comercialização, já que o preço ao produtor também subiu, diz a consultoria. (Canal Rural/Scot Consultoria)

 


Seapi apresenta decreto
A Secretaria da Agricultura (Seapi) apresenta hoje à tarde, às entidades do setor lácteo, minuta do decreto que vai regulamentar a Lei do Leite -- 14.835, sancionada em 6 de janeiro. A reunião ocorre na sede da Fecoagro. A proposta foi elaborada por técnicos da Pasta e está aberta a sugestões. O prazo de 90 dias para a regulamentação da lei encerra no início de abril. Os transportadores que forem flagrados comercializando leite -- pela lei, a prática fica proibida -- poderão ser penalizados com a perda do cadastro, que pela nova legislação será obrigatório. Entre os pontos que ainda necessitam ser debatidos, explica o veterinário Danilo Cavalcanti, coordenador da Câmara Setorial do Leite, está a normatização do transporte interestadual de leite em função do documento de trânsito que passará a ser exigido no Estado. (Correio do Povo)
 

 

    

 

 

O impasse criado pela adoção de substituição tributária para o leite UHT pelo estado do Paraná gerou debate acalorado nesta terça-feira (23/02) em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizada em Porto Alegre (RS). A medida dificulta o acesso do leite produzido em SC e no RS àquele mercado, com custo majorado em cerca de R$ 0,15 o litro ao consumidor. Integrantes do fórum de estados questionaram o porquê da decisão, que coloca o Paraná ao lado de São Paulo em ações restritivas ao leite e dificulta a almejada harmonização tributária na Região Sul. Lideranças pontuaram a importância de decisões políticas de governo que ajudem nesse objetivo. Foi definido que um pedido oficial da Aliança Láctea será levado ao Codesul para que os governadores do RS, SC e PR tentem um entendimento acerca da questão fiscal do leite UHT. Há informação que as secretarias estaduais de Fazenda já estão trabalhando em uma proposta conjunta. Presente no encontro, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, ficou de encaminhar a questão.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sugeriu que, frente ao fato concreto de majoração tributária no Paraná, os demais estados adotem medidas que permitam proteger seus mercados. “Os estados vão ter que tomar ações para que suas indústrias se mantenham viáveis”, frisou Guerra. Segundo o dirigente, o Rio Grande do Sul enfrenta um custo de logística maior e, para se manter competititvo, tem sua margem de lucro achatada.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do PR (Sindileite/PR), Wilson Thiesen, explicou que, depois de quatro anos de debates, a decisão foi uma imposição das próprias indústrias paranaenses que tinham apenas 24% do mercado local de UHT e viam seus excedentes sendo escoados a São Paulo como leite spot. Apesar disso, pediu apoio dos demais estados para lutar contra as restrições do mercado paulista, o que classifica como inconstitucional.

A Aliança Láctea ainda avaliou o Projeto de Lei da senadora Ana Amélia Lemos, que prevê equiparação tributária de todos os produtos da cesta básica entre as 27 unidades da federação. A medida, que beneficiaria o leite, coloca fim à guerra fiscal mas ainda precisa de encaminhamentos, principalmente em relação à reposição das perdas de alguns estados com a medida. A Farsul declarou-se favorável ao projeto, mas informou que ainda não há uma proposta fechada nem um percentual definido. Uma das hipóteses, pontou o economista da Farsul, Antônio da Luz, é que tais produtos tenham tributação zerada. “Esse é o nirvana dos setores, mas é complexo frente à situação financeira dos estados”, destacou Luz.

A próxima reunião da Aliança Láctea ocorrerá em maio em Santa Catarina. Ainda há agendas previstas para julho e setembro, quando a ideia é que o RS assuma a coordenação do grupo.

A Aliança Láctea Sul Brasileira -
É um fórum criado pelos três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) com o objetivo de reunir pessoas e descobrir sinergias que ajudem ao desenvolvimento do setor. Sua atuação é baseada por cinco grandes eixos de trabalho: qualidade do leite, sanidade, assistência técnica e profissionalização dos produtores, estrutura industrial e tributação.

Foto: Carolina Jardine
Legenda: Reunião nesta terça-feira na Farsul

         

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.210

 

     Seapi padroniza nomenclatura de queijo colonial

Através de portaria assinada essa semana pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação Ernani Polo, o queijo colonial passa a responder apenas por essa nomenclatura. Até então alguns produtos eram registrados e embalados como "tipo colonial", embora o queijo fosse o mesmo apenas com nome diferente. A necessidade da padronização foi apontada em auditoria do Ministério da Agricultura em novembro do ano passado. (Seapi/RS)
 
 
  
RAR/Rasip lança loja virtual

Para atender cada vez melhor aos seus consumidores, a RAR/Rasip lançou seu e-commerce. Através do espaço virtual, os produtos da marca, como queijos, vinhos, azeites, acetos balsâmicos e kits especiais serão comercializados para todo o Brasil. "Queremos levar nossos produtos de forma ágil, através de uma online segura", destaca o diretor-superintendente da empresa, Sergio Martins Barbosa. 

Entre outros produtos, a empresa sediada em Vacaria/RS, responde pela primeira fábrica de queijo tipo grana no Brasil e na América Latina, e de seus derivados como creme de leite, manteiga sob a marca Campos Gourmet e queijo ralado nas marcas Gran Formaggio e Campos de Vacaria. A marca RAR também comercializa queijos italianos importados Grana Padano, Parmigiano Reggiano e Pecorino Romano. (Revista Balde Branco)

Tetra Pak divulga perfil de consumo 
 
Há uma nova geração de consumidores: os denominados Millennials.  São jovens que têm entre 20 e 35 anos, são exigentes e gastam cerca de US$ 600 bilhões por ano, segundo um estudo global realizado pela Goldman Sachs e divulgado pela Tetra Pak.  O levantamento aponta que, em relação ao hábitos de consumo, o grupo está sempre procurando novos produtos e serviços.
 
Uma tendência do grupo é a busca por refeições (comidas e bebidas) rápidas e simples. Cerca de 41% deles disseram que estão dispostos a pagar mais por produtos que facilitem suas vidas. Eles têm como foco a preocupação com a saúde, sendo que mais da metade (51%) evita fast-foood e 63% afirma escolher alimentos e bebidas que conferem mais qualidade de vida.

Os consumidores Millennials buscam cinco atributos-chave nos produtos quando vão às compras: o aspecto da embalagem, se o manuseio e o transporte são fáceis, se é prático para comer e beber diretamente, se a embalagem pode ser fechada novamente e se o produto é sustentável. (Revista Balde Branco)

Laticínio vai exportar soro em pó

Relat, laticínio gaúcho localizado no município de Estação, deverá iniciar as exportações de soro de leite em pó ainda no primeiro semestre deste ano. A decisão veio após conseguir, no final do ano passado, a homologação do Ministério da Agricultura e a certificação de qualidade ISSO 22000. Segundo o diretor da empresa, Claudio Hausen de Souza, os contatos iniciais estão sendo feitos com o Peru, Colômbia, Argélia e Marrocos.

A empresa é líder na fabricação de soro de leite em pó na região sul. Atualmente, tem produzido na sua capacidade máxima, de 65t/dia. "Apesar de o câmbio estar favorável à exportação, o preço do soro internacionalmente segue baixo. Mesmo assim, a expectativa é de que os valores reajam nos próximos meses, valorizando a exportação do produto", observa o dirigente. (Revista Balde Branco)

Goiás quer implantar Conseleite

O presidente do Sindileite-Sindicato das Indústrias de Laticínios no estado de Goiás, Joaquim Guilherme Barbosa de Souza, iniciou articulação para implantar o Conseleite - conselho Paritário do Leite no Estado. "Trata-se de uma antiga aspiração de produtores e industriais do setor, mas só agora deverá ganhar mais fôlego em se tratando de sua implantação", ele afirma.

A instituição cuidará dos interesses dos produtores de leite e das indústrias de laticínios, buscando consenso no que se refere à qualidade dos produtos, tanto in natura quanto industrializados, e dos custos de produção. Esses dados serão repassados para a Universidade Federal de Goiás, que elaborará uma planilha e, a partir dela, todos passarão a conhecer as políticas de preços dos diferentes elos de forma transparente. (Revista Balde Branco)

Projeto para avaliar qualidade do leite

Está sendo realizado na Embrapa Gado de Leite um treinamento que visa capacitar técnicos com atuação na área de Tecnologia da Informação para acompanhar o desenvolvimento de um sistema de inteligência para análise dos dados da qualidade do leite no Brasil. O treinamento reúne analistas de quatro unidades: Gado de Leite, Informação Tecnológica, Informática Agropecuária e Monitoramento por Satélite, além do Departamento de Tecnologia da Informação e do Departamento de Transferência de Tecnologia da empresa.

O sistema a ser desenvolvido reunirá informações geradas pelos laboratórios da Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite e pelo SIF - Serviço de Inspeção Federal a partir dos últimos 10 anos. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, trata-se de um projeto estratégico que vai consolidar dados gerados pelos laboratórios e transformá-los em conhecimento para subsidiar o Mapa e o Governo Federal no acompanhamento da qualidade do leite do País. "O objetivo é criar condições que favoreçam o desenvolvimento das estratégias, o estabelecimento de políticas públicas, a proposição de normas e legislações. Enfim, criar um painel para aumentar a competitividade do leite brasileiro", afirmou. O treinamento, ministrado pela empresa First Decision, é composto de dois cursos que compreendem o preparo e a organização dos dados para geração de conhecimento para apoiar processos decisórios. (Revista Balde Branco)
 

Ordenhadeiras e a redução de impostos
No final de 2015 recebeu parecer favorável pela aprovação do projeto 8119/14, do deputado federal Alceu Moreira, que isenta do IPI (Imposto de Produto Industrializado) as peças de borracha usadas em máquinas de ordenha e em aparelhos da indústria de laticínios. Atualmente, esses equipamentos são taxados em 5%. Já algumas peças de borracha, como teteiras, anéis de vedação e mangueiras usadas nas máquinas de ordenhar, têm alíquotas de 18%. "O custo das teteiras, que entram em contato direto com o animal e podem alterar a cor, o sabor e a integridade do leite, tem adiado a substituição dessas peças, impactando a remuneração do produtor e a qualidade da matéria-prima", argumenta. (Revista Balde Branco)

         

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.209

 

     PIB per capita deve cair até 2017, mas menos que nos anos 80

Entre 2014 e 2017, o Brasil poderá ter, pela primeira vez na sua história, quatro anos seguidos de queda no Produto Interno Bruto (PIB) per capita, mas a retração no período será proporcionalmente menor que nas recessões dos anos 80 e 90. Com a queda da taxa de fecundidade, a proporção é mais favorável às famílias. Além disso, mudanças sociais (como o maior emprego das mulheres casadas) e o aumento da rede de proteção do Estado tendem a atenuar o impacto negativo dessa queda na renda média da população. Por outro lado, o expressivo ganho de renda dos últimos anos, amplia a sensação de perda da população. Considerando as previsões atuais do boletim Focus, do Banco Central, a retração acumulada do PIB per capita pode alcançar 11% no período 2014¬2017, enquanto a contração do PIB ficará em 7%. Essa situação é diferente daquela vivida na recessão do início dos anos 80, quando o PIB per capita caiu por três anos seguidos, mas somou retração de 13%, o dobro da queda do PIB, que foi de 6,4%, embora não tenha sido consecutiva. O menor ritmo de crescimento da população explica por que o recuo do PIB per capita, agora, não é tão intenso como foi nos anos 80. Naquela época, a população crescia 2,3 % ao ano. Atualmente, cresce 0,9%. Entre os anos 80 e hoje, o número de filhos por mulher caiu de 4,4 para 1,9. Além de encolher em decorrência dessa mudança na taxa de fecundidade, as famílias estão menos dependentes da renda de um só membro. Há 30 anos, a taxa de participação das mulheres casadas no mercado de trabalho era de 20%. Em 2010, já havia chegado a 54%. Embora no conjunto a renda familiar média possa ficar mais preservada na atual crise, os economistas ponderam que as famílias tendem a sentir mais a atual crise também em função das mudanças dos últimos anos. Mais cientes dos seus direitos, vindas de um período de inflação mais controlada e com o poder de consumo ampliado pelo crédito, que agora secou, a sensação de perda pode ser maior. Luiz Guilherme Schymura, diretor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre¬FGV), diz que a rede de proteção hoje é maior, o que decorre de programas como Bolsa Família (criado em 2004), seguro¬desemprego (introduzido em 1986, ampliado e reformulado em 1994) e o salário mínimo para idosos (introduzido pela Lei Orgânica das Assistência Social, a Loas, de 1993). "As famílias estão mais protegidas", afirma o economista, ressaltando que, apesar dessa "defesa", a expectativa é outra.

Nos anos 80 e 90, diz Schymura, o salário mínimo funcionava como uma política de controle da inflação, e de certa forma a população de baixa renda era mais resignada. Hoje, a população está mais ciente dos seus direitos e vem de uma década de conquistas sociais e econômicas, o que torna a sensação de perda de bem¬estar muito grande. "A percepção é muito negativa, e o que move é a expectativa", avalia. Para o pesquisador associado do Ibre, Claudio Considera, a queda do PIB per capita representa uma retração da renda média das famílias, mas nessa "média" quem sente mais a perda de bem¬estar são as famílias pobres. Embora a rede de proteção social seja maior que nas recessões anteriores, as pessoas mais pobres sofrem mais porque não possuem patrimônio ou poupança que possam ser gastos nesse momento. Além disso, a sua rede social também é uma rede de pessoas pobres e também menos qualificadas para encontrar novas oportunidades no mercado de trabalho. "O Brasil é um país muito desigual, e a recessão torna essa situação mais aguda", diz Considera. O economista Fábio Silveira, da GO Associados, pondera que a queda da renda média familiar pode ser menor, mas vai incidir sobre uma renda maior, o que amplia a sensação de perda. Entre 2003 e 2014, diz ele, a renda familiar cresceu mais de 60% em termos reais. Esse aumento da renda associado ao crédito ampliou o poder de consumo das famílias. É como se, na década de 80, a perda de renda de uma família de classe média a impedisse de comer fora em restaurantes durante dois anos. Agora, a crise vai impedi¬la de comprar carro e viajar nas férias. No limite, diz, serviços que foram incorporados ao dia a dia das famílias nos últimos anos podem ser revistos. "Todo o colchão é maior e mais largo, mas isso não significa que ele não vai encolher", pondera Silveira. Considera concorda. "A inflação vai corroer o poder de compra dos benefícios do Bolsa Família", diz ele, acrescentando que, além da perda da renda, o ajuste fiscal em curso reduz o espaço para o Estado fazer qualquer tipo de compensação. (Valor Econômico)
 
 
  
 
Corte no orçamento afetará seguro rural

O tamanho da tesourada a ser aplicada sobre os R$ 741 milhões destinados à subvenção do seguro rural em 2016, diante de novo corte no orçamento determinado ao Ministério da Agricultura, será conhecido nesta semana. Secretário de Política Agrícola da pasta, André Nassar é direto ao afirmar que haverá impacto.

- O corte geral no ministério foi de 30%. Só nesta semana saberemos o quanto vai impactar (o seguro) - afirmou, quando visitou o Estado durante a 26ª Abertura da Colheita do Arroz.

Diante dessa nova realidade, fica cada vez mais complicado atender à demanda de fruticultores, em especial os produtores de uva, que tiveram perdas de até 65%, para realocar recursos deste ano para cobrir o rombo que ficou da subvenção do seguro rural do ano passado.

- Se formos utilizar de novo o orçamento para cobrir o ano anterior, continuaremos em uma bola de neve e nunca conseguiremos fazer o seguro chegar onde se quer - diz Nassar.

Em 2015, o governo usou parte do orçamento para pagar o montante que havia faltado em 2014. O valor considerado ideal para o seguro seria de R$ 1 bilhão, segundo o secretário de Política Agrícola. Essa quantia permitiria cobrir 90% do custeio agrícola.

O único alento, às vésperas de mais uma Expodireto-Cotrijal, é de que a redução no orçamento não irá afetar o Moderfrota, linha de financiamentos para compra de máquinas. Pelo contrário. Nassar afirma que o governo trabalha para ampliar o R$ 1,5 bilhão disponível até junho. O pedido, sustentando pelo presidente da Expodireto-Cotrijal, Nei César Mânica, era para mais R$ 2,5 bilhões para a safra 2016/2017.

A ideia, no entanto, afirma o secretário, é ter recursos adicionais ainda para o primeiro semestre. A prerrogativa de anunciar a cifra caberá à ministra Kátia Abreu, que confirmou presença na feira em Não-Me-Toque. Quem sabe virão de lá, enfim, boas notícias. (Zero Hora)

Desemprego sobe para 9% no trimestre até novembro, o maior desde 2012

A taxa de desemprego aumentou para 9% no trimestre encerrado em novembro de 2015, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa desde o início da pesquisa, iniciada em 2012. No mesmo período em 2014, o desemprego atingia 6,5% da população economicamente ativa do país. No trimestre encerrado em agosto, a taxa era de 8,7%. A população desocupada, de 9,1 milhões de pessoas, cresceu 41,5% (mais 2,7 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2014, e aumentou 3,7% (323 mil pessoas) em relação ao trimestre de agosto. É o maior número de desempregados de toda a série da Pnad Contínua.

Já a população ocupada, de 92,2 milhões de pessoas, é 0,6% menor que a do mesmo período em 2014, de 92,7 milhões de pessoas. No trimestre encerrado em agosto, 92,3 milhões estavam empregados. A chamada população fora da força de trabalho diminuiu em 200 mil pessoas, para 63,5 milhões na comparação com 2014, e ficou estável ante o trimestre anterior. A Pnad Contínua verifica o desemprego em todas as regiões do país. 

Menos estabilidade
Ao todo, 1,114 milhão de pessoas perderam o emprego com carteira assinada no trimestre encerrado em novembro do ano passado, ante igual período de 2014. O número representa uma queda de 3,1% nesse contingente. Ainda segundo a Pnad Contínua, houve queda também no emprego sem carteira no setor privado. Em um ano, o recuo foi de 3,5%, o que representou uma perda de 364 mil vagas nessa posição na ocupação. Por outro lado, tipos de trabalho com menor estabilidade ganharam força. Mais de 969 mil pessoas começaram a trabalhar por conta própria - alta de 4,5% na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2014. Já o número de empregadores, aquele que oferece pelo menos uma vaga em seu negócio, subiu 3,3%, ou 127 mil pessoas nesse grupo em um ano. 

O trabalho doméstico também cresceu e reforça o cenário de deterioração do mercado de trabalho. Ao todo, 228 mil pessoas entraram para essa atividade, o que representa uma alta de 3,8% ante novembro de 2014. Indústria demite mais O setor industrial foi o que mais demitiu no trimestre encerrado em novembro. O emprego no setor caiu 6,1%, ante igual período de 2014, o que representa o fechamento de 821 mil postos de trabalho. Outro destaque negativo foi o grupo que inclui, entre outros, atividades financeiras e imobiliárias: 668 mil vagas foram fechadas nesses 12 meses, queda de 6,3%. O setor da agropecuária fechou 179 mil vagas, baixa de 1,9%. Ainda no lado negativo, 140 mil pessoas perderam emprego no segmento "outros serviços", o que representa uma queda de 3,3%, na comparação com o trimestre encerrado em novembro do ano passado. Já a construção se manteve praticamente estável. Ao todo, foram criados 12 mil empregos no setor, o que significa uma alta de 0,2% na mesma base de comparação. Na comparação com o trimestre anterior, encerrado em agosto, houve aumento de 6,1% no número de ocupados no setor, ou 446 mil empregos a mais, o melhor resultado entre os setores nesse tipo de confronto. Entre os destaques positivos está a criação de 219 mil ocupações no comércio. Ante o trimestre encerrado em novembro de 2014, houve crescimento de 1,3%. 

Outros setores que também contrataram nesse mesmo período de comparação: alojamento e alimentação, com 209 mil novas vagas (+4,9%); transporte, armazenagem e correio, com mais 193 mil ocupações (+4,6%); o grupo que inclui administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais ¬ que contratou 332 mil trabalhadores (+2,2%). 

Renda
Quanto à renda, o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.899) caiu 1,3% ante o mesmo período em 2014, quando era de R$ 1.923, e recuou 0,7% ante o trimestre anterior, quando era de R$ 1,923. A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em novembro (R$ 169,9 bilhões) caiu 1,7% ante os R$ 172,8 bilhões do mesmo período em 2014, e recuou 0,6% ante os R$ 171 bilhões do trimestre anterior. (Valor Econômico)

 

Argentina 
A balança comercial da Argentina fechou 2015 com déficit de US$ 3,035 bilhões e reverteu a tendência positiva dos anos anteriores - informou nesta quinta-feira o instituto oficial de estatísticas Indec. O total exportado bateu US$ 56,752 bilhões, enquanto as importações registraram US$ 59,787 bilhões, de acordo com o Indec. Em 2014, o saldo favorável no comércio chegou a US$ 3,1 bilhões. O melhor ciclo dos últimos cinco anos foi em 2012, com superávit de US$ 12 bilhões. (Agência IN)
 

 

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.208

 

     Exportações de lácteos dos EUA quebram ciclo de cinco anos de crescimento

Enfrentando o mercado global mais fraco em mais de uma década, as exportações de lácteos dos Estados Unidos declinaram em 2015, quebrando um ciclo de cinco anos consecutivos de expansão. As exportações totalizaram US$ 5,24 bilhões no ano passado, 26% a menos que o nível recorde de 2014. O volume total exportado caiu 8%, para 1,65 bilhão de quilos de sólidos do leite (base de sólidos totais). O volume exportado representou 14% da produção de leite dos Estados Unidos em 2015, menos que os 15,3% em 2013-14.

 

Uma combinação de fatores se uniram para alterar o balanço entre oferta e demanda no ano passado, criando um ambiente altamente competitivo: a demanda por leite em póda China caiu; a Rússia proibiu produtos lácteos da Europa; e a oferta de leite na Europa cresceu dramaticamente quando as cotas de produção chegaram ao fim. Ao mesmo tempo, os problemas no porto da Costa Oeste prejudicaram as vendas dos Estados Unidos no começo do ano e a forte demanda doméstica manteve os preços por queijos e gordura do leite nos EUA acima dos valores do mercado mundial.

Como resultado, os exportadores perderam participação nos principais mercados da Ásia e da região do Oriente Médio/África do Norte, em quase todos os segmentos de produtos. Dessa maneira, os fornecedores focaram em vendas de leite em pó desnatado e queijos ao México, América do Sul e Caribe. As exportações totais de leite em pó desnatado, de fato, alcançaram um novo recorde, de 559.735 toneladas no ano passado. A maioria das outras categorias, entretanto, registrou quedas.

"Durante a última década, o mercado mundial de lácteos foi primariamente um mercado de compradores, favorável aos exportadores dos Estados Unidos. O ano de 2015 foi mais um mercado de vendedores e 2016 deverá se manter assim", disse o presidente do Conselho de Exportadores de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), Tom Suber. "Os fornecedores dos Estados Unidos precisam entender que agora isso pode ser normal por enquanto e que precisarão ser particularmente agressivos para competir com os exportadores da Europa e da Oceania".

Em longo prazo, entretanto, o USDEC está confiante de que a demanda global por lácteos novamente pressionará as ofertas de leite disponíveis. "Isso deverá trazer maiores preços e uma retomada no aumento das exportações aos fornecedores dos Estados Unidos", disse Suber. (As informações são do blog do USDEC, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
  
 
Retração do leite no exterior deve limitar alta doméstica

A forte queda nos preços do leite em pó no mercado internacional, que se acentuou recentemente, tende a limitar a valorização das cotações ao produtor no Brasil, embora o cenário seja de menor oferta interna de matéria-prima. O motivo é que, com as atuais cotações internacionais, até mesmo o leite em pó de países de fora do Mercosul ficou mais competitivo para entrar no mercado brasileiro, segundo especialistas e indústrias.

No último leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para os preços de lácteos no mercado internacional, na terça-feira, a cotação do leite em pó ficou em US$ 1.890 por tonelada, quase 42,3% inferior aos US$ 3.272 de igual período de 2015. O recuo reflete um ambiente de aumento da produção na União Europeia e nos EUA e de retração da demanda de China e Rússia.

Nesse patamar registrado no leilão, o leite em pó importado dos EUA - por US$ 2.400 a tonelada, acrescendo a Tarifa Externa Comum (TEC) para produto de fora do Mercosul de 28% e considerando um dólar a R$ 4,00 - teria um preço equivalente, em leite fresco a R$ 1,19 o litro, colocado na indústria no Brasil, segundo os cálculos de Valter Galan, analista do MilkPoint, consultoria especializada em lácteos. O valor, observa, é muito próximo do que se vê no mercado brasileiro hoje. Para chegar ao valor equivalente do leite fresco no mercado interno, Galan considera o custo do leite em pó importado colocado no Brasil, menos o custo de industrialização e o uso de 8,2 litros de produto fluido para cada quilo de leite em pó produzido.

No caso da matéria-prima nacional colocada na indústria, o valor está entre R$ 1,10 e R$ 1,12, conforme a consultoria. Em outro exemplo de importação, o leite do Mercosul chegaria com valor equivalente a R$ 1,15 por litro colocado na indústria. "Apesar do dólar, os preços internacionais baixos deixam o leite importado competitivo", afirma Galan. "Se o dólar se mantiver no patamar de R$ 4,00, ao preço que está o mercado internacional, se estabelece um limite até onde pode ir o valor [do leite] no mercado doméstico", concorda Laércio Barbosa, do Laticínios Jussara.

Redução de investimentos na produção por causa do alto custo dos grãos eproblemas climáticos em bacias leiteiras estão limitando a oferta brasileira de leite. A estimativa do MilkPoint é de que tenha havido queda de 3% a 3,5% em 2015, em relação à produção de 24,747 bilhões de litros do ano anterior. Diante dessa redução que persiste, laticínios nacionais já está pagando mais pela matéria-prima, assim como o consumidor pelo produto final. Nas negociações do chamado spot (entre laticínios), o preço médio no Brasil, ficou em R$ 1,29 por litro nesta segunda quinzena de fevereiro. Era de R$ 1,22 na primeira quinzena do mês, segundo acompanhamento do MilkPoint. Um mês antes, estava em R$ 1,08.

Embora a produção esteja em queda no Brasil e o leite importado possa ser uma opção para empresas de alimentos ou mesmo laticínios, no atual cenário, analistas e indústrias lembram que a demanda doméstica também está fraca.

Até por isso, Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), não vê "possibilidade de crescimento significativo de importações pois não há aumento da demanda interna". Ele considera que as empresas devem importar para suprir suas necessidades. Mas como a oferta interna de leite é menor, o preço não deve cair no curto prazo.

Já as exportações de lácteos do Brasil estão menos competitivas. E os volumes caem. Em janeiro, foram embarcadas 3 mil toneladas, por US$ 10 milhões. Haviam sido 5 mil em dezembro de 2015, com receita de US$ 17 milhões. Já as importações somaram 8 mil toneladas (por US$ 21 milhões) em janeiro ante 12 mil toneladas (US$ 29 milhões) em dezembro do ano passado. (As informações são do Valor Econômico)

FAO X Embrapa 

Uma das mais importantes agendas para o ano de 2016 se concretizou na terça-feira (16/02) na Embrapa. A unidade em Pelotas/RS, Embrapa Clima Temperado, apresentou sua carteira de projetos de pesquisa agropecuária em suas três bases físicas - Sede, Estação Experimental Terras Baixas (ETB) e Estação Experimental de Cascata(EEC), que compõem a infraestrutura de apoio a pesquisa, desenvolvimento e inovação da Unidade - além de realizar visitas às áreas experimentais e laboratórios, que contemplam as cadeias produtivas e os diversos temas estratégicos de atuação ao representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO no Brasil, Alan Bojanic.

O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia (TT) da Empresa, Waldyr Stumpf Júnior, e o chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT), Fernando do Amaral Pereira, estiveram junto à comitiva de trabalho composta por chefes, assessores e equipe da unidade local. A FAO é o principal órgão das instituições internacionais para o combate à fome no mundo. A programação foi densa e considerada pelo visitante como estratégica para conhecimento e melhor articulação e integração entre a Embrapa e a FAO. (Embrapa)

Software
No dia 22 de março, durante o IV Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos, o pesquisador Ronaldo Vibart, da Nova Zelândia, apresenta o software de gestão de qualidade de água e nutrientes, o Overseer®. Este programa é considerado um avanço na área agrícola. A ferramenta auxilia produtores rurais no manejo e gestão estratégica dos recursos naturais, nutrientes e resíduos das produções pecuárias. Além disso, minimiza as perdas de nutrientes para o meio ambiente. O pesquisador neozelandês conta que a escala e a intensificação da pecuária em seu país, particularmente a de bovinos de leite, tem sido um fator de pressão sobre os recursos naturais. Com isso, a quantidade e qualidade das águas que drenam a paisagem da Nova Zelândia têm sido tema de crescente preocupação e debate na sociedade. O programa Overseer® se tornou uma ferramenta importante para os conselhos regionais, pois auxilia na gestão da qualidade de água. O software está disponível gratuitamente on-line para agricultores, consultores e assessores da indústria. (Embrapa)
 

 

    

 

Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.207

 

     Preços/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 18 de Fevereiro de 2016, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Janeiro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Fevereiro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.  (FAESC)
 

  
 
Brasil e Argentina discutem estratégias de abertura de mercados para produtos agropecuários

A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, o secretário de Política Agrícola, André Nassar, e o secretário de Defesa Agropecuária Luis Rangel, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), receberam nesta quarta-feira (17) a comitiva do secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca do Ministério da Agroindústria da Argentina, Ricardo Negri, para estreitar a relação bilateral. O principal objetivo foi construir uma agenda conjunta para impulsionar o comércio internacional de produtos agropecuários.

O governo do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, acredita que o agronegócio será o vetor de desenvolvimento do país. Por isso, a Argentina propõe a construção de uma ambiciosa agenda de negociações comerciais com grandes mercados importadores de produtos agropecuários. Os dois ministérios concordam que as tratativas com a União Europeia, China e Rússia, além de outros mercados, devem ter prioridade na pauta dos governos.

A Argentina propõe, ainda, a retomada do mecanismo de consultas bilaterais em matéria sanitária e fitossanitária, entre os dois ministérios, criado em 2010. Além disso, sugere a coordenação das posições dos dois países em fóruns internacionais. "Como Brasil e Argentina são grandes exportadores de alimentos, com a construção de uma agenda comum, teremos voz mais ativa nos organismos internacionais como o Codex Alimentarius, Comitê da Organização Mundial do Comércio (OMC) e na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)", destacou Tatiana Palermo.

O governo argentino garantiu apoio ao Brasil no grupo de análise de risco sanitário e fitossanitário no âmbito da Junta Interamericana de Agricultura, que engloba todos os países das Américas. O secretário Rangel destacou a importância de ferramentas de alerta rápido e da harmonização de entendimentos e procedimentos na área sanitária e fitossanitária.

O secretário André Nassar apontou o interesse do Mapa em estreitar cooperação com a Argentina na área de infraestrutura e logística para o escoamento de produtos agropecuários, que foi bem recebido pelos argentinos. Os visitantes também ressaltaram a relevância da cooperação técnico-científica entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta).

Para a reunião em Brasília, vieram da Argentina, além do secretário Ricardo Negri, a secretária de Mercados Agroindustriais, Marisa Bircher, o diretor nacional de Relações Agroalimentares Internacionais do Ministério de Agroindústria, Omar Ernesto Odarda, e o diretor nacional de Proteção Vegetal do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar, Diego Quiroga. (As informações são do Mapa)

Fonterra lança leite com maior prazo de validade na Austrália

O leite Anchor Finely Filtered Milk, da cooperativa neozelandesa Fonterra, com a nova tecnologia de microfiltração para estender o prazo de validade em 40%, foi lançado no estado australiano de Victoria.

Embora todo o leite seja pasteurizado, a Anchor, uma das marcas da Fonterra, disse que usa microfiltração para reduzir as bactérias de ocorrência natural no leite pasteurizado que leva a estragos em um adicional de 95%. A marca faz isso colocando o leite em um filtro cerâmico especial, criando um produto que tem um prazo de validade estendido de 21 dias. O leite pasteurizado normal tem um prazo de validade de 15 dias. Nenhum aditivo ou conservante é adicionado ao leite para obter esse prazo de validade maior.
 

"Achamos que esse produto oferece aos consumidores um perfil superior de sabor, combinado com a conveniência de um prazo de validade estendido", disse o diretor de marketing da Fonterra, Kiril Simonovski.

"O leite tem se tornado algo como uma commoditie na Austrália, mas vemos a oportunidade de aumentar esse conceito com a Anchor e acreditamos que a microfiltração será responsável pela virada do jogo, com Victoria sendo nosso primeiro mercado. Sabemos que o consumidor compra de acordo com a data de uso porque querem um produto mais fresco. Achamos que a Anchor terá um apelo às famílias com discernimento que buscam um produto premium com um preço de varejo recomendado ligeiramente maior do que o leite regular".

O líder de processamento de alimentos da Organização de Pesquisa Industrial e Científica da Austrália (CSIRO, da sigla em inglês), Darren Gardiner, disse que a microfiltração tem sido bem recebida em outras partes do mundo. "Embora estejamos todos familiarizados com o conceito de filtração quando se fala de água e café, o passo adicional de filtrar as bactérias indesejadas no leite antes da pasteurização é um desenvolvimento importante no leite fresco. Nós parabenizamos a Anchor por fazer esse investimento e trazer essa inovação ao leite na Austrália e esperamos que essa experiência tenha o mesmo sucesso em companhias do Reino Unido e Canadá".

O leite Anchor é obtido de um pequeno número de fazendas em Western Victoria, localizadas próximas do local onde o leite é processado. (As informações são do Dairy Reporter)

Produção de leite ficou 5,4% mais cara

A alta do preço dos insumos cotados em dólar, como fertilizantes e suplementos minerais, e o avanço da cotação doméstica do milho elevaram os custos de produção do leite em 5,4% em 2015 ante 2014, conforme aponta a Scot Consultoria em seu Índice de Pecuária Leiteira.

De acordo com os analistas Juliana Pila e Rafael Ribeiro, na mesma base de comparação, o preço do leite recuou 2,2%. Com isso, a rentabilidade média para rebanhos de alta tecnologia caiu de 7,9% em 2014 para 1,7% no ano passado.

Já a pecuária leiteira de baixa tecnologia teve prejuízo, fechando o ano novamente no negativo, em -7,6%, o pior resultado na comparação com várias outras atividades agropecuárias analisadas pela consultoria e recuo maior ainda ante o resultado de 2014, que foi de -3,8%.

A perspectiva não é de melhora para o setor em 2016. "Além da economia ruim, que deverá continuar afetando diretamente o consumo, principalmente dos produtos de maior valor agregado, os preços dos insumos deverão permanecer em patamares elevados, com grande influência do dólar", afirmam os analistas da Scot em relatório. (Fonte: Estadão Conteúdo)
 

Importação de lácteos começa o ano em queda
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as importações brasileiras de lácteos reduziram em janeiro. O volume totalizou 8,4 mil toneladas no mês. Na comparação com o embarcado em dezembro último a queda foi de 28,6%. Para os gastos, a redução no período foi de 28,4%, totalizando US$21,05 milhões. O produto mais importado foi o leite em pó. O país importou 4,8 mil toneladas, num total de US$10,7 milhões no mês de janeiro. Os maiores fornecedores de produtos lácteos, em valor, foram a Argentina com 46,8%, o Uruguai com 25,7% e os Estado Unidos com 13,3%. (Scot Consultoria/Autor: Juliana Pila)