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25/02/2016

         

Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2016                                                Ano 10- N° 2.212

 

     Setor lácteo terá até dia 7 para apresentar sugestões para regulamentação da Lei do Leite

A Secretaria da Agricultura apresentou, na tarde desta quarta-feira (24/02), o projeto de regulamentação da Lei do Leite, o mesmo já detalhado aos associados do  Sindilat no dia 11. O protótipo do decreto será repassado às entidades representativas do setor lácteo ainda hoje para que elas compilem suas sugestões e auxiliem o governo a compor uma proposta coletiva. "O interesse de todos é o mesmo que o nosso: fortalecer o setor. Esse regramento é amplo e complexo", salientou o secretário da Agricultura, Ernani Polo, ao lado do staff técnico que trabalhou no projeto. A apresentação ocorreu na sede da Fecoagro, em Porto Alegre.

Foi combinado que as entidades terão até o dia 7 de março para enviar as sugestões à Secretaria da Agricultura. Os técnicos, então, trabalharão no texto até o dia 11 para compilar os ajustes. Uma reunião coletiva com o setor produtivo para alinhar o texto final ficou agendada para o dia 14 de março, às 9h.  O secretário da Agricultura ainda pontuou a possibilidade de se realizarem algumas rodadas de negociação posteriores para novos ajustes. A ideia, frisou Polo, é ter margem para que a regulamentação fique o mais próximo possível dos anseios do setor. O presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, sugeriu que o decreto não engesse muito a legislação de forma a que restem temas a serem regidos por instruções normativas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Carolina Jardine/ Divulgação
 
  
 
Riispoa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou mais uma medida no seu processo de desburocratização da gestão. Decreto da Presidência da República, publicado ontem no Diário Oficial da União, permite a concessão automática do registro dos produtos de origem animal (carnes, mel, ovos, pescados e derivados) com regulamentos técnicos específicos.

Isso engloba o registro do rótulo, a composição e o processo de fabricação do alimento. Hoje, o procedimento demora, em alguns casos, até oito meses. Com a mudança, a obtenção do registro será instantânea, e o Mapa terá mais tempo para se dedicar à fiscalização. "Esse ajuste representa um avanço necessário para beneficiar a agroindústria", disse o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, ao falar sobre a edição do Decreto nº 8.681, que modifica o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, aprovado pelo Decreto nº 30.691, de 1952. Essa medida se destina às empresas do setor agropecuário vinculadas ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização de Produtos de Origem Animal (Dipoa), José Luis Vargas, o ministério desenvolverá, em até 90 dias, um sistema para fazer a concessão instantânea do registro. A alteração, acrescentou ele, deve simplificar a concessão do registro de cerca de 90% dos produtos de origem animal. O Mapa aprova, por ano, entre 30 e 35 mil produtos. Leia AQUI o decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff e pela ministra Kátia Abreu. (MAPA)

 
 
Concurso leiteiro da Fenasul/Expoleite 2016 terá novidades
 
 
Reunião com entidades para tratar de novidades na feira 
Foto: Fernando Dias

Foi realizada nesta quinta-feira (25/02) na sede da Secretaria de Agricultura, Pecúaria e Irrigação - SEAPI, reunião para tratar de uma novidade no concurso leiteiro da FENASUL/EXPOLEITE deste ano. O encontro contou com a presença da Gadolando, Farsul, Sindilat, UFRGS e a Câmara Setorial do Leite/SEAPI. 

A proposta é resgatar o torneio leiteiro por qualidade, premiando os animais participantes que apresentarem maior teor de sólidos, como gordura e proteína. Atualmente, esse concurso contempla apenas o quesito volume, porém é bastante receptiva a ideia entre o setor para avaliar também a qualidade do leite. Alguns pontos ficaram pré-definidos para o torneio, como a divisão por categoria, jovem e adulto, o número de ordenhas que serão avaliadas e a premiação para cada vencedor. O regulamento com as especificações ficará pronto na próxima semana, bem como a definição da data da próxima reunião, que contará com outras associações de criadores. (Fonte: CST/Leite/SEAPI)

 
 
Bancos sentem crise no setor leiteiro da Nova Zelândia
 
Os problemas vividos pelos produtores de leite da Nova Zelândia devido ao excesso de oferta global de leite estão causando dor de cabeça para vários bancos na forma de empréstimos. Após cair 3,7% na plataforma comercial internacional na última quarta-feira, os preços do leite em pó integral caíram quase um terço desde outubro. Os menores preços dos lácteos estão reduzindo os lucros das fazendas do Reino Unido e da Austrália, mas estão gerando muita preocupação na Nova Zelândia, onde os produtores acumularam dívidas na última década para converter operações de ovinos e bovinos de corte na produção leiteira.

Responsável por quase um terço do comércio global de lácteos, a Nova Zelândia é conhecida como a "Arábia Saudita do leite". O banco central do país estima que os empréstimos do setor leiteiro representem cerca de 10% dos empréstimos totais do banco no país. Em dezembro, o banco alertou que 80% dos produtores deverão ter um fluxo de caixa negativo na estação de 2015-16 devido aos baixos preços dos lácteos. Somado a isso, há a preocupação de que esses produtores são os mais endividados.

Os bancos australianos estão mais expostos ao setor de lácteos da Nova Zelândia do que os rivais globais, devido a uma série de aquisições de credores locais na década de 1990. Embora as somas que vão a empréstimos ao setor leiteiro sejam uma parte do que o banco disponibiliza para outros negócios ou para compradores locais, elas são grandes o suficiente para os executivos destacarem a dívida como um problema.

O Commonwealth Bank of Australia Ltd. nesse mês disse que as despesas de depreciação de empréstimos em seus negócios na Nova Zelândia aumentaram 11% nos seis meses até dezembro, principalmente devido às maiores provisões dentro da indústria de lácteos. O National Australia Bank Ltd. disse que os empréstimos em atraso por mais de 90 dias como uma proporção dos empréstimos totais aumentaram durante os últimos três meses até dezembro, principalmente devido a sua exposição aos lácteos. O banco estimou prejuízos por empréstimos ao setor leiteiro de US$ 276 milhões, apesar de atualmente não esperar perdas.

A companhia do Commonwealth Ban, maior companhia da Austrália em valor de mercado - recentemente disse que os prejuízos em seu portfólio de empréstimos de US$ 13,4 bilhões às indústrias de mineração e petróleo mais que dobraram, para 1,9% entre junho e dezembro. Nos Estados Unidos, um dos maiores credores de energia, Wells Fargo, citou a "contínua deterioração do setor" por um aumento nas perdas devido aos não pagamentos por companhias de petróleo e gás, para US$ 118 milhões no quarto trimestre, de US$ 28 milhões no terceiro.

A Nova Zelândia, com sua água e pastos abundantes, transformou-se na última década em um país focado na produção de lã e ovinos e no maior exportador mundial de lácteos. As vacas leiteiras agora ultrapassam seu número de 4,5 milhões de pessoas. Essa mudança foi em grande parte financiada pelos empréstimos bancários. A dívida do setor de lácteos chegou a NZ$ 37,9 bilhões (US$ 25,11 bilhões) até o final de junho, de NZ$ 11,3 bilhões (US$ 7,48 bilhões) em 2003. Muitos produtores endividados agora enfrentam uma escolha difícil: perderem  vacas sem garantias de que os preços se recuperaram logo ou se tornarem inadimplentes e perderem suas terra.

No mês passado, a Fonterra Cooperative Group Ltd. reduziu sua previsão de pagamento pelo leite para NZ$ 4,50 a NZ$ 4,55 (US$ 2,98 a US$ 3,01) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,37 a NZ$ 0,38 (US$ 0,24 a US$ 0,25) por quilo de leite -, com relação à estimativa anterior, de NZ$ 5 (US$ 3,31) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,42 (US$ 0,27) por quilo de leite)]. Isso é bem abaixo dos pagamentos médios de NZ$ 6 (US$ 3,97) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,50 (US$ 0,33) por quilo de leite)] - dado em que os bancos basearam suas decisões de empréstimos, disse a firma Fitch Ratings. Com os baixos preços do leite pela segunda estação, a Fitch disse que espera que aumente a inadimplência.

O banco central da Nova Zelândia, que estimou uma queda no fluxo de caixa para o produtor de leite médio de NZ$ 1 (US$ 0,66) por quilo de sólidos do leite [8,4 centavos ( 5,56 centavos de dólar) por quilo de leite], ordenou que os cinco maiores credores da indústria testem seus portfólios de lácteos. Oficiais também conversaram com os bancos para garantir que estão deixando de lado provisões realistas para empréstimos problemáticos.

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse no mês passado que embora uma recuperação nos preços dos lácteos deva ocorrer mais tarde do que se pensou originalmente, provavelmente acontecerá nesse ano. 

Em 22/02/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,66266 
1,50684 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do The Wall Street Journal, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 


Fiscais buscam revogação
Nomeado há duas semanas, o novo superintendente do Mapa/ RS, Luciano Maronezi, ainda não assumiu o cargo, alegando problemas pessoais. A expectativa dele é assumir até o começo de março. Enquanto isso, a delegada regional da Anffa, Consuelo Paixão Cortes, afirma esperar que o MPF acolha denúncia da categoria e revogue a decisão. O deputado Luis Carlos Heinze disse que conversou com a ministra Kátia Abreu sobre o tema, mas ela teria dito que a nomeação não seria alterada. (Correio do Povo)

 

    

 

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