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13/07/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de julho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.942


Pressão das importações mobiliza o setor do leite

O avanço nas importações de leite, que cresceram quase 300% na primeira metade do ano, tem ampliado as queixas do setor leiteiro gaúcho.

O tema esteve na pauta de uma série de agendas ontem, em Brasília, para discutir com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, medidas de apoio aos produtores em várias áreas. No que se refere ao leite, a demanda é por ações que tornem o produto gaúcho mais competitivo frente à produção vizinha da Argentina e do Uruguai. Fatores como a valorização do real e a queda nos preços do leite no Mercosul estão elevando as importações, principalmente do RS.

- Ou o governo dá uma segurada nas importações e eleva a taxa (a Tarifa Externa Comum), ou tem que subsidiar os produtores, como Argentina e Uruguai estão fazendo - defende o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, que participa dos pleitos na capital federal, mediados pelo ?deputado Heitor Schuch.

O volume importado de leite e de produtos lácteos como leite em pó somou quase 116 mil toneladas no primeiro semestre, de acordo com dados da plataforma ComexStat. São negócios que se dão por questão de oportunidade, explica o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat).

Joel lembra que o aumento das importações se soma a dificuldades que não são de hoje, como a redução de produtores na atividade, o que agrava a situação da cadeia.

O leite em pó e o queijo parmesão são os itens mais importados. Na avaliação do Sindilat, bloquear os negócios externos não é opção viável.

- Não é tão simples apenas bloquear as importações. Vejo isso com dificuldade porque poderia gerar impacto em outros produtos nossos, um efeito reverso - diz Palharini.

O setor entende que deveria haver uma equivalência dos benefícios concedidos, de modo a compensar os produtores locais. Senão por subsídio direto, por refinanciamento de dívidas, como acontece com os uruguaios, ou por isenção para compra de equipamentos.

Para os próximos meses, a expectativa é de queda nos preços do leite ao produtor, o que reduziria as importações. Mas ainda não seria suficiente para conter as dificuldades:

- Mesmo com possível baixa, é evidente que o prejuízo está sacramentado - diz o dirigente do Sindilat. (Zero Hora)


Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2023-2032

Perspectivas – As Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2023-2032, que foram publicadas no dia 06 de julho, projetam a evolução dos mercados nacionais, regionais e mundiais dos produtos agrícolas, pesqueiros e aquícolas nos próximos dez anos. 

A publicação abrange os diversos setores das commodities negociadas no mercado internacional, e analisa a evolução desses setores. As Perspectivas deste ano foram impactadas por um contexto de incertezas, riscos econômicos persistentes e carestia de energia. A alta dos preços dos insumos agrícolas observada de dois anos para cá aumentaram as preocupações em relação à segurança alimentar mundial. Utilizando o modelo Aglink-Cosimo, a OCDE e FAO conseguiram separar os custos dos principais fertilizantes minerais de outros insumos utilizados na produção agrícola. E através dessa análise foi possível estimar que 1% de aumento no preço dos fertilizantes aumenta 0,2% os preços dos produtos agrícolas. Mas foi possível observar que o impacto é mais acentuado na produção de grãos, cereais e oleaginosas onde os fertilizantes entram como insumos diretos, do que na produção animal, em que os fertilizantes são insumos indiretos. O modelo Aglink-Cosimo forneceu dados sobre as consequências nos diversos setores de um aumento de 25% no preço dos fertilizantes, a partir dos quais foi possível fazer o seguinte gráfico:

Ainda que o gráfico tenha tido o foco nos insumos para a produção agrícola, é preciso lembrar que os custos de energia, sementes, mão de obra e maquinário também afetam os preços dos alimentos.

Em seu resumo as Perspectivas agrícolas da OCDE e FAO 2023-2032 destacam alguns pontos:

- O crescimento econômico anual nos próximos dez anos será entre 2,7% e 2,6% conforme previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI).

- Haverá redução da população da China a partir de 2022.

- O preço da energia cairá em 2023 para depois iniciar um lento crescimento até 2032.

Feitas essas observações, as Perspectivas 2023 destaca, ainda que, em decorrência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as projeções sobre a evolução da oferta, demanda, comércio e preços dos principais produtos agrícolas, pesqueiros e aquícolas diferem bastante das realizadas nas Perspectivas 2022, e não é possível fazer qualquer análise de médio prazo sobre as perspectivas da região em conflito.

Mas as outras análises sobre a evolução da produção mundial de alimentos foram resumidas no seguinte gráfico:

Produção de leite

Nesta divulgação preliminar, foram destacadas as análises das Perspectivas sobre a produção animal, com especial foco na produção de leite, que será o segmento mais dinâmico nos próximos dez anos, com aumento de 17%.

O crescimento da produção de produtos de origem animal será maior nos países de renda média e baixa, principalmente a expansão dos setores de produção leiteira e carne de aves. A crescente demanda de alimentos de maior valor agregado, estimulada pela urbanização em curso nessas regiões, deverá ser feita principalmente pela produção local. A insuficiência de infraestrutura e os elevados custos de transporte e logística são os principais obstáculos ao comércio nessas regiões.

Nos países de renda elevada, o crescimento global será limitado em decorrência da queda da demanda, uma vez que os consumidores vão reduzir o consumo de produtos de origem animal, substituindo por outras fontes proteicas.

A quase totalidade da produção de proteína animal terá crescimento de um dígito nos próximos dez anos, com exceção do setor lácteo da América do Norte, que registrará 20% de aumento, de agora até 2032. A melhor produtividade animal das vacas leiteiras será o principal fator de aumento da produção de leite na região.

Nos países de renda baixa ou média, a produção de leite será estimulada pelo aumento dos rebanhos, enquanto que nos países de renda elevada ocorrerá o aumento da produtividade animal com otimização e melhoramento da saúde e genética animal.

O crescimento demográfico nas principais regiões de renda média ou baixa, e aumento dos consumidores de produtos lácteos frescos e transformados por habitante será um estímulo aos investimentos na produção leiteira.

Em números absolutos a produção leiteira deverá ter o primeiro e o segundo lugar de crescimento na Índia e Paquistão, respectivamente, que juntos, serão responsáveis não somente pelo aumento mundial, mas representarão, 30% do leite produzido em 2032. O rebanho leiteiro, nessas regiões, será ampliado, e o crescimento da produção virá desse aumento, mais do que pela produtividade animal.  

Na África subsaariana, o crescimento vigoroso de 33% da produção leiteira também virá do aumento do número de animais leiteiros. A região terá também uma certa melhora de produtividade, embora a comparação seja feita com uma base baixa que corresponde à produtividade leiteira de ovinos que são utilizados para produção de leite na região. A produção na União Europeia (UE), o segundo maior produtor mundial de leite, depois da Índia, deverá apresentar ligeira queda devido à transição em curso para uma produção ambientalmente sustentável, a expansão da produção orgânica e o abandono dos sistemas intensivos em favor dos sistemas de pastagens.

Esse é um apanhado sobre o resumo da publicação da OCDE/FAO, e o capítulo dedicado ao setor lácteo será divulgado posteriormente em tópicos.

Versão original em francês está disponível para consulta CLICANDO AQUI.

Fonte: FAO – Tradução livre: www.terraviva.com.br 

CEEE Equatorial amplia investimentos e melhora indicadores

Para este ciclone extratropical está mobilizando 500 equipes de atendimento

Ao completar dois anos (neste mês) no controle da CEEE D, o Grupo Equatorial Energia fez um balanço da gestão no Tá na Mesa da FEDERASUL.  O presidente Raimundo Barretto Bastos revelou que a empresa recolheu aos cofres públicos R$ 1,2 bilhão em ICMS no ano de 2022, além de outros R$ 777 milhões, referente ao segundo semestre de 2021. O novo controlador herdou da CEEE uma dívida bancária mais passivo de ICMS de R$ 3,5 bilhões .

Em sua palestra, Raimundo Barretto Bastos anunciou que a empresa fechará este ano com investimentos de R$ 670 milhões na rede (especialmente na expansão e melhoria nos sistemas de alta tensão, de distribuição, em novas ligações e na regularização de redes clandestinas). O programa de investimentos da CEEE Equatorial foi elaborado com o objetivo expandir e melhorar a rede de energia visando a qualidade do fornecimento. “Foi necessário aumentar a força de trabalho o que movimentou de forma expressiva a economia do Estado com forte geração de empregos”, afirmou o presidente. A CEEE Equatorial Energia é responsável pelo fornecimento de energia elétrica de 72 municípios gaúchos.

Entre os principais resultados obtidos pela empresa na melhoria da qualidade do fornecimento de energia estão a redução da duração média de falta de energia que caiu de mais de 20 horas para 15,8 horas em maio deste ano. Outro indicador de melhoria consistente no serviço é a frequência média da falta de energia que reduziu nos últimos 12 meses de 10,3 para 8,2 horas. A empresa registrou também avanços na qualidade do atendimento com a redução do tempo presencial de espera inferior a 30 minutos.

A CEEE D ampliou também o cadastro de clientes na Tarifa Social de Energia Elétrica em que são concedidos descontos de até 65% para os consumidores enquadrados na Subclasse Residencial Baixa Renda.

O Tá na Mesa foi coordenado pelo presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, e nos debates contou com a participação do vice-presidente regional do Vale do Rio dos Sinos – Vale do Rio Caí, Valdir Farias de Mattos.

Eventos climáticos

Ao ser questionado sobre os preparativos para enfrentar um novo ciclone extratropical, Raimundo Barretto Bastos informou que desde a noite de terça-feira (11) 500 equipes estão mobilizadas para atender todas as regiões do Estado.

O dirigente informou ainda que 422 mil clientes foram afetados pelo outro ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul em junho. Disse que 89% tiveram a energia restabelecida nas primeiras 24 horas. Na ocasião, Porto Alegre registrou o maior volume de chuvas da série histórica, com rajadas de vento acima de 100 km/h.

O Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, acompanhou o evento. 

As informações são da FEDERASUL, adaptadas pelo SINDILAT/RS

Jogo Rápido

O poder dos  probióticos
Em metanálise publicada recentemente em respeitado periódico internacional, os pesquisadores mostraram que a administração de probióticos é eficaz na redução dos principais sintomas da intolerância à lactose em adultos. Achados como esses são promissores e têm o potencial de melhorar a saúde e qualidade de vida desse grupo de indivíduos, pois abrem caminhos para o benefícios associados ao consumo do leite e seus derivados. Acesse o estudo clicando AQUI, Fonte: Effects of probiotics administration on lactose intolerance in adulthood: A meta-analysis. J. Dairy Science. v.106, n.7, 2003. DOI: Effects of probiotics administration on lactose intolerance in adulthood: A meta-analysis, via BEBA MAIS LEITE.


 
 
 

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