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04/05/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.893


No lançamento da Expoleite e da Fenasul, indústria cobra acesso a fundo do setor

Representante do Sindilat-RS falou sobre a necessidade de liberação de recursos do Fundoleite para ações de desenvolvimento da produção 

Foi um café da manhã diferente, com o leite (e seus derivados) ganhando o protagonismo à mesa e nos discursos do lançamento da 44ª Expoleite e 17ª Fenasul, realizado no parque Assis Brasil, em Esteio, nesta quarta-feira (3).  Os eventos simultâneos ocorrem de 17 a 21 de maio e têm entrada gratuita. Durante a apresentação oficial, os desafios inerentes à produção também entraram no cardápio. E o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat-RS), Darlan Palharini, falou sobre a necessidade de que os cerca de R$ 30 milhões do Fundo Estadual do Leite (Fundoleite) possam ser acessados, para ações de fomento da cadeia. 

— Precisamos resolver esse problema. A Argentina liberou R$ 300 milhões para o setor de lácteos — pontuou, sobre o país vizinho, de onde o Brasil traz parte das importações do produto.

Ao se manifestar, logo depois, o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, falou sobre o assunto. Ele explicou que os projetos aprovados precisam passar por trâmites burocráticos, mas que já está sendo feita a análise jurídica. A questão foi levada à Casa Civil, e, conforme Feltes, agora é preciso aguardar.

Criado em 2013, o Fundoleite é formado por arrecadação compulsória, de partes iguais, entre Estado e indústrias. Inicialmente, os repasses eram feitos com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), mediante a celebração de convênio com a Secretaria da Agricultura. Em 2016, o acordo não foi mais renovado. E em 2021, o acesso ganhou um novo modelo de distribuição: 70% do arrecadado passou a ser destinado para projetos na área de assistência técnica de produtores de leite,  outros 20% para apoio e desenvolvimento do setor e 10% para custeio de atividade administrativa. 

A crise enfrentada pelo setor de lácteos apareceu em outras falas na cerimônia de lançamento. Presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang lembrou que são três anos de condições climáticas adversas:

— O grande desafio do produtor (de leite) é produzir alimento (para o gado). Temos de otimizar o uso das pastagens, porque os silos estão quase vazios.

Representando a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), o engenheiro agrônomo Kaliton Prestes disse que é preciso avançar para a colheita de três safras em um ano também na pecuária de leite. Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), destacou que o Brasil é hoje o terceiro maior produtor de lácteos, com a atividade presente em 98% dos municípios brasileiros, acrescentando que é preciso, no entanto, ganhar competitividade. E que é preciso olhar com atenção, entre outras coisas, para os acordos comerciais para além do bloco do Mercosul. 

— A Expoleite e a Fenasul trazem o que há de melhor na genética, que é um dos pilares da competitividade  — acrescentou.

Vice-presidente técnico da Gadolando, José Ernesto Ferreira lembrou que a exposição traz, além de uma disputa saudável, onde se vê a qualidade dos animais perante outros produtores, a possibilidade de que o produtor fique atualizado, faça melhoramento genético e, assim, tenha eficiência melhor na atividade.

— E tem a aproximação do público urbano com o do campo. 

Saiba mais
A 44ª Expoleite e 17ª Fenasul ocorrem de 17 a 21 de maio, no parque Assis Brasil, em Esteio
A entrada no local é gratuita
Além das duas exposições, há ainda a Multifeira de Esteio, que terá mais de 200 expositores, a primeira feira de cutelaria, espaço de inovação e programação cultural, com shows em todas as noites
Há ainda o rodeio artístico de Esteio
A agricultura familiar também marca presença, com 32 empreendimentos
Neste ano, será retomada a Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, marcada para o dia 17 de maio 

As informações são da Zero Hora


Secretaria da Agricultura e setor produtivo alinham apoio à pesquisa de emissões de carbono

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação estuda a formatação de um acordo de estímulo à redução das emissões na pecuária gaúcha. A iniciativa, que já conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente, está sendo costurada junto à Embrapa Pecuária Sul e tem o apoio de Sindilat e Associação Brasileira de Angus. Os encaminhamentos foram tratados em reunião conduzida pelo secretário adjunto, Márcio Madalena, na manhã desta quinta-feira (4/5), e que contou com chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, com a presidente da Associação Brasileira de Angus, Mariana Tellechea, e o gerente de Fomento, Mateus Pivato.


Foto: Carolina Jardine

Segundo Madalena, o governo tem total interesse em ações focadas em redução das emissões ou que permitam um balanço favorável de gases do efeito estuda. “Precisamos mostrar o que já estamos fazendo em relação à mitigação das emissões do agronegócio. O próprio incremento genético dos rebanhos tem que entrar nessa narrativa porque faz com que o animal fique pronto para produção antes e isso reduz as emissões”, pontuou o secretário adjunto.

Uma das primeiras entidades a levar o tema ao governo ainda na gestão anterior do governador Eduardo Leite, o Sindilat integra o grupo que busca uma parceria com o governo do Estado e Ministério da Agricultura para viabilizar a compra de quatro cochos capazes de aferir as emissões de metano de bovinos a campo. A tecnologia, explica Cardoso, precisa ser importada, mas aumentaria consideravelmente a escala e eficiência dos testes em rebanhos de corte e leite. “Os cochos de medição devem ajudar o Rio Grande do Sul a posicionar-se na linha de frente dos estudos de emissões no Brasil. É um projeto de grande interesse do setor lácteos porque representa um ganho e um diferencial produtivo”, completou Palharini, convicto que o assunto deve ser tratado como política de estado.  

Uma das opções aventadas é que o investimento para aquisição dos cochos possa contar com apoio de recursos do Fundoleite. O fundo, cujas verbas estão paradas no Tesouro do Estado, foi criado exatamente para financiar projetos de pesquisa e fomento ao setor lácteo. “Já somos referência no controle de brucelose e tuberculose. Agora, precisamos avançar para o controle de emissões alinhados com os compromissos ambientais assumidos”, completou Palharini. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Reinstalada a Frente Parlamentar do Cooperativismo

A Frente Parlamentar do Cooperativismo foi reinstalada na manhã desta quarta-feira (3), no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa. A Frente será presidida pelo deputado Elton Weber (PSB).

Em sua fala, Weber destacou que o cooperativismo está presente no Rio Grande do Sul há 121 anos e é um dos principais pilares do desenvolvimento, geração de renda, emprego e qualidade de vida do estado. Segundo o deputado, as cooperativas de crédito, trabalho, agropecuário, transporte, produção de bens e serviços, saúde, consumo e infraestrutura desenvolvem os municípios onde estão presentes, pois o dinheiro permanece na comunidade.

A Frente tem como objetivo desenvolver o processo de difusão e fortalecimento do cooperativismo no solo gaúcho visando o desenvolvimento do estado. “Quero dizer a todos do sistema cooperativo que esta Casa estará à disposição na Frencoop para atender, receber e trabalhar pelo cooperativismo gaúcho. Viva as cooperativas! Viva o cooperativismo gaúcho!”. concluiu Weber.

Manifestações
Ao final do ato, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin (MDB), deu posse aos integrantes da Frente Parlamentar. Ele reforçou a importância da Frente na medida que é a única que tem a assinatura de todos os 55 deputados e destacou o pioneirismo do Rio Grande do Sul no sistema de cooperativismo na América Latina.

Também se manifestaram na cerimônia Darci Pedro Hartmann, presidente da Ocergs, e Ronaldo Santini, secretário de Estado de Desenvolvimento Rural.

Presenças
Estiveram presentes no ato Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil, e Beto Fantinel, secretário de Estado da Assistência Social; além das deputadas Silvana Covatti (PP),  Eliana Bayer (Republicanos) e Delegada Nadine (PSDB) e dos deputados Delegado Zucco (Republicanos), Zé Nunes (PT), Professor Bonatto (PSDB), Paparico Bacchi (PL), Gerson Burmann (PDT), Luciano Silveira (MDB), Airton Lima (Podemos), Guilherme Pasin (PP), Edivilson Brum (MDB), Miguel Rossetto (PT), Felipe Camozzato (Novo), Valdeci Oliveira (PT), Carlos Búrigo (MDB), Capitão Martim (Republicanos), Rafael Braga (MDB), Airton Artus (PDT) e Professor Claudio Branchieri (Podemos). (ALRS)


Jogo Rápido

Uruguai– As exportações de produtos lácteos chegaram ao maior nível desde 2014
Exportações/UR – As exportações de produtos lácteos pelo Uruguai totalizaram US$ 70 milhões em abril de 2023, aumentando 29% na comparação interanual. Ficaram em destaque as exportações de leite para o mercado brasileiro, que passaram de quase US$ 2 milhões em abril de 2022, para US$ 38 milhões em abril de 2023, destacou o boletim mensal do Instituto Uruguai XXI. O Brasil é o destino de 35% das exportações totais de lácteos no acumulado de 2023. O montante total exportado entre janeiro e abril supera os US$ 280 milhões e é o mais alto para os primeiros quatro meses do ano, desde 2014, com incremento de 10% em relação ao mesmo período de 2022. As exportações do setor lácteo, que representaram em abril de 2022 cerca de 6% das exportações para o mercado brasileiro, passaram a representar 27% em igual mês de 2023, multiplicando por seis o montante de abril de 2022. O Uruguai está vendendo leite para o Brasil a preços muito bons, em um cenário de preços internos elevados e anúncios de Lula que podem aumentar o consumo, como o aumento do salário mínimo, destacou Justino Zavala Muniz, diretor da Agremiação de Produtores de Canelones (ATC) e conselheiro do Instituto Nacional do Leite (Inale). O setor lácteo está otimista e espera que o Brasil mantenha o bom ritmo de compras até a entrada da primavera, quando a produção local se recupera. Por outro lado, as exportações de abril para a Argélia diminuíram 64% em relação ao mesmo mês do ano passado. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 
 
 

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