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21/11/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.785


Leite pago ao produtor no RS

As condições do tempo favoreceram o desenvolvimento das pastagens, aumentando a oferta de pasto para os rebanhos. 
 

Porém, em regiões com menor registro de chuvas, o desenvolvimento das espécies nativas e cultivadas segue lento, acentuando o efeito do vazio forrageiro. As temperaturas seguem baixas para esta época do ano, e há pouca luminosidade, afetando diretamente a germinação e a brotação das culturas, como também diminuindo a taxa de crescimento das pastagens. Porém, para os rebanhos, as temperaturas mais amenas garantiram o conforto térmico. Apesar do registro de chuva, não houve impactos consideráveis na qualidade do leite, nem a formação de barro e poças. Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, há registro de aumento na produção de leite devido ao aumento de animais em ordenha após parição.

Na regional de Caxias do Sul, o estado corporal e sanitário dos rebanhos foi mantido. A qualidade do leite se manteve dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação vigente. Na regional de Ijuí, a produção segue estável, com registro de pequena redução nas propriedades com sistema a pasto e de aumento nos sistemas estabulados. Na regional de Pelotas, em Pedras Altas, a associação de produtores de leite local segue aguardando as próximas chuvas para reiniciar a semeadura das pastagens e de milho para silagem. 

Durante esta semana, encerrou a produção de feno, e foram produzidos aproximadamente 6 mil fardos. Na regional de Santa Rosa, a produção de leite diária está acima de 1,82 milhões de litros, com a tendência de se elevar à medida que aumentar a oferta de forragem das pastagens de verão. Comercialização De acordo com o levantamento mensal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio do litro do leite no Estado teve uma redução de 7,41% se comparado com o mês anterior, ficando em R$ 2,36/L.

A variação nos preços recebidos pelos produtores deve-se a diferentes variáveis. Entre elas estão o volume comercializado e as bonificações por quantidade e qualidade do leite, conforme os parâmetros normatizados para o produto. (Fonte: Emater-RS)


Relatório do Rabobank diz que o pico de produção ficou a baixo do esperado na Nova Zelândia

Muita atenção tem sido dada à oferta de leite na Nova Zelândia à medida que o pico sazonal se aproxima.

O clima sempre se manteve como um risco, e parte dele foi materializado. A produção de leite em agosto de 2022, na Nova Zelândia, foi 4,9% menor, na comparação interanual: o menor volume para um mês de agosto nos últimos cinco anos. Isto significa que a produção de leite da Nova Zelândia está 4,4% abaixo da registrada no ano passado (4,2% em termos de sólidos totais). A produção de leite projetada para toda a temporada agora pode ser entre 2% e 0% menor do que a temporada passada. Um volume abaixo das expectativas, pelo segundo ano consecutivo.

Ao contrário da Nova Zelândia, a produção de leite nos Estados Unidos da América (EUA) registrou o maior percentual de aumento em 15 meses, no mês de agosto, e a oferta de leite na União Europeia (UE) mostra alguns sinais positivos.

A ausência chinesa do mercado internacional de lácteos é evidente. Os dados de agosto mostraram o sexto mês consecutivo em que os volumes de compra declinaram na comparação interanual. O Rabobank prevê que as baixas importações de 2022, deverão chegar até 2023. Melhora considerável da oferta local, estoques satisfatórios e o enfraquecimento do consumo doméstico farão com que as importações continuem reduzidas. O mercado continuará atento ao mercado lácteo da China, pois eles apontam para onde irão os preços futuros.

Observa-se, no entanto, outros mercados importadores, que estão aproveitando os preços baixos, e as menores compras da China. Isso conseguiu estabilizar as cotações das commodities em setembro, amortecendo as quedas que vinham desde março. O Rabobank não descarta novas desvalorizações futuras,  mas, os exportadores receberam bem o amortecimento das quedas.

É preciso observar a oferta de leite da Austrália. A oferta de leite da temporada 2022/23 começou muito fraca. Na temporada passada a produção de leite caiu 4%. E esta nova temporada começou perdendo mais 8% na comparação interanual, mesmo tendo uma base fraca. O Rabobank acredita que a oferta poderá se estabilizar à medida que a temporada progride devido a um amplo suprimento de ração, água disponível para irrigação e margens compensadoras para os produtores. (Fonte: Rabobank – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 

UE registra estabilidade na produção de leite
 
Em agosto passado, a produção de leite na União Europeia permaneceu estável em relação ao ano anterior (-0,3%). Esta tendência de estabilidade também se manteve na Alemanha. Pelo contrário, em outros países as entregas diminuíram, como no caso de Espanha (-3,6%), ou aumentaram como na Holanda e na Polônia, segundo dados do Observatório de Lácteos da UE.
 
Nos primeiros oito meses do ano, as entregas acumuladas na UE foram 0,6% menores do que no mesmo período do ano anterior. Apenas 7 países da UE tiveram mais entregas acumuladas entre janeiro e agosto de 2022 do que no ano anterior: Áustria, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Bélgica, Estônia e Letônia. A Dinamarca manteve as entregas estáveis e o restante as reduziu.

No caso da França, os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Agricultura francês correspondem ao mês de setembro, em que as entregas se estabilizaram (+0,4%), em relação a setembro de 2021 e apesar da persistência da seca.

Nos primeiros nove meses de 2022, as entregas acumuladas na França caíram 1,2%. O país atingiu 17,66 milhões de litros em setembro de 2022. A participação do leite orgânico se estabiliza e é de 5,1% da produção total, e a do leite produzido com DOP/IGP em 16,1%, 0,2 ponto a menos que há um ano. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

OMC - Brasil e Reino Unido selam acordo
 O Brasil e o Reino Unido definiram as novas cotas cotas tarifárias de importação (TRQs) de produtos agrícolas e não agrícolas. O memorando de entendimento foi assinado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) na última quinta-feira e redefiniu o volume das exportações brasileiras ao país após sua saída da União Europeia (UE). Segundo nota conjunta dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, o acordo garante a regularidade do fluxo comercial para o Reino Unido e para a UE. Os detalhes têm caráter reservado, mas os dois ministérios confirmaram ajustes na repartição das cotas usada desde 2021. “O Brasil confia que as novas condições serão implementadas com a maior brevidade possível, para que os exportadores possam delas se beneficiar já no início do segundo semestre de 2023, quando se iniciam os “anos-quota” regulares para a maioria das TRQs”, finaliza a nota. (Correio do Povo)

 
 
 

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