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17/11/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.783


UE – Estabilidade na captação de leite

No mês de agosto, a captação de leite na União Europeia (UE) foi mantida estável em relação a um ano atrás (-0,3%). 
Esta tendência à estabilidade também foi observada na Alemanha. Não foi o caso de outros países, como a Espanha (-3,6%), ainda que tenha registrado aumentos na Holanda e Polônia, de acordo com dados do Observatório do Leite da UE.
 
Nos oito primeiros meses do ano, a captação acumulada na UE foi 0,6% menor do que no mesmo período de 2021. Somente 7 países da UE tiveram aumento da produção entre janeiro e agosto de 2022 na comparação com 2021: Áustria, Lituânia, Polônia, República Checa, Bélgica, Estônia e Letônia. A Dinamarca teve a captação estável, enquanto os outros registraram queda.
 
No caso da França, os dados mais recentes coletados pelo Ministério da Agricultura correspondentes ao mês de setembro, mostram estabilidade (+0,4%) em comparação com setembro de 2021, apesar da persistente seca.
 
Nos nove primeiros meses de 2022, a captação de leite na França foi 1,2% menor, em relação ao ano anterior. O volume foi de 17,66 milhões de litros em setembro de 2022. A cota do leite orgânico ficou estável e corresponde a 5,1% da captação total, e do leite produzido sob Denominação Protegida/Indicação Geográfica Protegida (DOP/IGP) o percentual foi de 16,1%, 0,2 pontos menos do que um ano atrás. (Fonte: Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


O VBP para 2022 é estimado em R$ 1,179 trilhão

Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2022 deve chegar a R$ 1,179 trilhão, conforme estimativas de outubro. De acordo com os últimos dados, a projeção para o faturamento das lavouras é de R$ 812,8 bilhões (alta de 0,4%) e da pecuária, R$ R$ 366,4 bilhões (queda de 3,4%). O valor estimado para o ano é um pouco inferior ao de 2021 (R$ 1,188 trilhão), porém o segundo maior em uma série histórica de 30 anos.
 
Os fatores que impactaram a estimativa atual foram a retração na produção de soja no Sul do país por causa de problemas climáticos e a redução dos preços internos da pecuária.
 
“Este ano de 2022 mostra-se um ano quase excepcional onde tantos produtos melhoraram seu VBP. Numa relação dos que mais contribuíram para os resultados, destacam-se algodão com aumento real do VBP de 23,6%; amendoim 11,7%; banana 17,2%; batata-inglesa 13,1%; café 29,5%; cana-de-açúcar 4,5%; feijão 8,2%; mandioca 13,9%; milho 13,35%; tomate 22,0% e trigo 36,4%”, informa nota da Coordenação-Geral de Políticas Públicas do Mapa.
 
Na pecuária, a retração foi registrada nos setores de carnes bovina, suína e de frango. “A pecuária está passando por queda de preços internos, o que impactou alguns itens, como carne bovina, de frango e suína. Por outro lado, leite e ovos tem tido bom desempenho”, explica o coordenador-geral de Políticas Públicas, José Gasques.
 
As maiores retrações de valor foram na soja, -11,7%, e no arroz, -20,8%. Apesar dessas quedas de preços nas carnes, pode-se considerar 2022 como um ano de bons preços agrícolas. 

Estados

Entre os estados, Mato Grosso lidera com o maior VBP, seguido por Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Em razão das perdas com a plantação de soja no Sul, o Sudeste passou para segunda posição do ranking regional, antes ocupada pela Região Sul.
 
VBP 2023
Com a previsão de chuvas para 2023, o VBP para o próximo ano é estimado em R$ 1,237 trilhão, 4,9% acima do projetado para este ano, conforme informações preliminares.“Os órgãos federais, como IBGE e Conab, apontam que o clima será melhor em 2023, o que é bom para a agropecuária”, ressalta Gasques. Conforme previsão da Conab, as lavouras de soja devem se expandir sobre áreas de pastagens degradadas, apresentando boa recuperação da produção do grão no ano que vem.
 
O que é VBP
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil. O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal. (MAPA)
 
SOS Estiagem paga segundo grupo
 
A partir de hoje, por um prazo de 80 dias, os 67.456 agricultores familiares gaúchos contemplados na segunda etapa do Programa SOS Estiagem, do governo do Rio Grande do Sul, poderão sacar, em parcela única, o benefício de R$ 1 mil. Para resgatar o valor, o agricultor deve procurar qualquer agência do Banrisul, obedecendo o escalonamento de datas por ordem alfabética, conforme estabelecido no site www.sosestiagem.rs.gov.br. 
 
Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), coordenadora da política emergencial, o apoio financeiro é destinado às famílias que apresentaram Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa em 1º de fevereiro de 2022, com renda bruta anual até R$ 100 mil e residentes em municípios que tiveram o reconhecimento de decretos de situação de emergência ou calamidade pública entre dezembro de 2021 e 31 de março de 2022. De acordo com o vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, o auxílio não é suficiente para reparar os danos da estiagem, mas é bem-vindo. “Esse é mais um alento, um socorro, para as famílias poderem fazer seu rancho, para dar uma ajuda”, comenta. 
 
Ele menciona ainda a preocupação dos agricultores com uma nova estiagem. “A previsão para novembro é de chuva abaixo da média, mas torcemos que não seja como a última estiagem, porque muitos ainda nem se recuperaram”, preocupa-se. Já o coordenador geral da Fetraf, Douglas Cenci, é mais otimista. “A expectativa é de que tenhamos uma boa safra. Os agricultores estão fazendo sua parte, estão investindo e trabalhando para termos uma grande colheita. Esperamos que dê tudo certo”, afirma. (Correio do Povo) 
 

Jogo Rápido 

GOVERNO DE TRANSIÇÃO - Anunciados nomes para Agricultura
 O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin anunciou ontem os nomes que irão compor o grupo de trabalho da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o governo de transição. A lista conta com o ex-ministro e deputado federal Neri Geller (PP-MT), o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), a ex-ministra e senadora Kátia Abreu (PPTO), o ex-ministro Luiz Carlos Guedes e o ex-deputado federal Joe Valle (DF). Pela Embrapa, participam o ex-diretor presidente da estatal, Silvio Crestana, e a ex-diretora-executiva, Tatiana Deane de Abreu Sá. O GT conta ainda com a participação do presidente e CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi. Para o Desenvolvimento Agrário, Alckmin divulgou a participação do ex-ministro da área, Miguel Rosseto, do deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), de acadêmicos e representantes dos trabalhadores rurais. Entre outros nomes, o grupo também contará com nomes ligados à Contraf, à Unicafes, à UnB e ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). (Correio do Povo)

 
 
 
 
 

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