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19/10/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.765


Lácteos caem no exterior, e importação pode crescer

O preço médio da tonelada de produtos lácteos nas negociações da plataforma Global Dairy Trade (GDT), referência para os preços internacionais do segmento, recuou ontem pela segunda vez seguida neste mês. A cotação fechou o dia a US$ 3,723 mil, com queda de 4,6% em comparação com o evento anterior, realizado em 4 de outubro. Os movimentos da GDT costumam impactar contratos de importadores brasileiros com cerca de dois ou três meses de “delay”. É que o Brasil importa diretamente da Argentina e do Uruguai, já que não há cobrança de tarifa externa comum (TEC), mas os vizinhos acabam seguindo as tendências do mercado global. “Nossas importações estão correlacionadas à GDT. Se os preços de importação caem, podem ficar mais competitivos em relação aos do mercado local”, afirma Valter Galan, sócio da consultoria Milkpoint Mercado. 

O custo do leite em pó importado dos vizinhos, por exemplo, está mais baixo que o do mercado interno desde meados de abril, segundo levantamento da consultoria divulgado na primeira quinzena de outubro. Isso ocorreu ao longo deste ano devido à redução da oferta de leite no mercado interno, o que levou os importadores a olharem com atenção para oportunidades de compras no exterior. A partir de julho, porém, com o início a safra na região Sul do país, a disponibilidade começou a melhorar. Mesmo que setembro tenha sido um mês de recuperação de preços na plataforma GDT, as duas quedas consecutivas em outubro mantêm a cotação média internacional distante do pico do ano, registrado em março, quando a tonelada valia US$ 1 mil a mais do que hoje - à época, era cotada a US$ 4,7 mil. Leite em pó Fundada pela cooperativa neozelandesa Fonterra, maior exportadora global do segmento, a GDT realiza negociações a cada 15 ou 20 dias.

A baixa de ontem foi puxada pelos leites em pó integral e desnatado. O integral teve queda de 4,4%, a US$ 3,421 mil por tonelada, e o desnatado encerrou o dia cotado a US$ 3,25 mil, recuo de 6,9%. Uma razão para a queda dos preços internacionais, principalmente no segundo semestre, é a redução da demanda da China, dizem analistas. A participação do país nas compras mundiais tem diminuído e vem caindo porque a economia local tem crescido pouco, comentou Paulo Martins, economista da Embrapa. Ademais, acrescenta Galan, da Milkpoint, a notícia de possível liberação de barris de petróleo dos estoques nos Estados Unidos - medida que pode ser tomada para conter a inflação local - afeta os preços do petróleo e o consumo de lácteos. “Os grandes importadores de lácteos no mundo, com exceção da China, também são grandes produtores e exportadores de petróleo. Quando o petróleo vai bem, há tendência de aumento da demanda de leite e vice versa”, explica ele. Do lado da oferta, que ainda cresce pouco em relação ao ano passado, o momento é de pico de safra na Nova Zelândia, grande produtor mundial. (Valor Econômico)


Agro define prioridades à COP27

O setor agropecuário entregou, ontem, ao governo federal, um documento com as cinco linhas de trabalho prioritárias para ampliar a sustentabilidade na produção de alimentos no Brasil. Os pontos são considerados imprescindíveis para que os produtores possam cumprir a parte que lhes cabe nos acordos internacionais assumidos pelo Brasil para mitigar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e evitar o aumento de 1,5ºC na temperatura da Terra até 2100. 

O material, consolidado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), será apresentado na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), realizada entre 6 e 18 de novembro, na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. E foi repassado pelo presidente da entidade, João Martins, aos ministros da Agricultura, Marcos Montes; do Meio Ambiente, Joaquim Leite; e das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, em Brasilia. O primeiro eixo trata da “nova meta quantificada de financiamento climático”, e detalha a utilização de fundos para financiar projetos que auxiliem no cumprimento de metas globais de mitigação de Carbono e de Metano à atmosfera. 

O segundo diz respeito a “mecanismos focados em adaptação”, reforçando a importância de incentivar a adoção de práticas como restauração de vegetação nativa e produção agropecuária em sistemas integrados. O terceiro ponto tem como tema o “trabalho Conjunto de Koronívia sobre agricultura”, e contém o pedido de criação do “Comitê de Koronívia” para debater a união entre agropecuária, inovação e sustentabilidade. Já o quarto ponto foca em “operacionalizar os mecanismos de mercado de Carbono”, solicita transferência internacional de resultados e pede inclusão de créditos de Carbono privados. O quinto ponto, por fim, dá “Recomendações de ordem geral aos negociadores brasileiros”. 

CNA buscará oportunidades
Os cinco eixos prioritários de trabalho apresentados ontem aos ministros devem não só criar obrigações, mas oportunidades ao setor primário brasileiro. Essa é a avaliação do coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, citando a necessidade, por exemplo, de financiamentos para que o agro se adapte e trabalhe num mercado de carbono efetivo. “Somos reconhecidos como provedores de tecnologias e produção de alimentos menos emissores de Gases de Efeito Estufa (GEE). Também temos um dos códigos florestais mais rigorosos do mundo, o qual está implantado. O agro brasileiro tem um papel muito grande, e a CNA vai à COP atrás das oportunidades”, declara.

De acordo com ele, todos os cinco temas elencados pela entidade, em nome do setor primário, são importantes para evitar que a temperatura média da Terra aumente 1,5ºC até o ano de 2100. (Correio do Povo)
 

Como tomar as melhores decisões para o seu negócio?

O mundo muda o tempo todo. Fazer as coisas como antes não é mais garantia de sucesso. O setor lácteo, assim como a economia mundial, passa por grandes transformações desde as mudanças no perfil de consumo até a origem da matéria-prima. As tecnologias existentes hoje, a oferta de leite, os produtos concorrentes, as regulamentações e os canais de vendas não são os mesmo de ontem.
 
Em busca de construir cenários e nortear decisões assertivas, o Dairy Vision traz à tona as principais pautas e tendências do leite mundial. Dias 22 e 23 de novembro, em Campinas, São Paulo, os principais agentes do setor lácteo do Brasil e do mundo reunidos em um só lugar.
 
Com palestrantes nacionais e internacionais, em dois dias intensos, no Dairy Vision 2022 entenderemos os cenários de mudanças em busca de oportunidades. Abordaremos desde a oferta de leite, marketing, produtos concorrentes, novos canais de distribuição, inovação, tecnologia até a comunicação com os consumidores.
 
Quem é protagonista, agente de transformação e impulsionador do futuro do leite mundial estará no Dairy Vision 2022, esteja você também!
 
Associados do Sindilat tem 15% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

Base de cálculo 
Se uma empresa recebeu incentivos e benefícios fiscais de ICMS, e esse valor foi registrado como reserva de lucros, ele deve ser automaticamente considerado subvenção para investimento. Assim, fica de fora da base de cálculo para o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido. Em julgamento, ontem, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) adotou esta interpretação mais benéfica ao contribuinte. O caso é oriundo do Paraná e passará a balizar a jurisprudência nacional. (REsp nº 1.968.755). (Jornal do Comércio)

 
 
 

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