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19/11/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.544


Qualidade do leite no Brasil: Mapa disponibiliza dados online

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disponibilizou online dados históricos sobre qualidade do leite no Brasil, coletados pelo Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL).

O PNQL possui como missão promover a melhoria da qualidade do leite no Brasil, garantir a segurança alimentar da população, assim como agregar valor aos produtos lácteos, evitar perdas e aumentar a competitividade em novos mercados.

O programa é constituído pelo Decreto 9.013, de 29 de março de 2017 - Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA, que estabelece que a inspeção de leite e derivados abrange desde a sanidade do rebanho, obtenção da matéria-prima, sua análise e seleção até a expedição do produto final; e pelas Instruções Normativas nº 76 e nº 77, de 26 de novembro de 2018.

A análise e apresentação dos dados, criando o Observatório da Qualidade do Leite (OQL) é fruto da parceria firmada na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) entre o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA/SDA) pela Coordenação Geral de Programas Especiais (CGPE), o Departamento de Suporte e Normas (DSN/SDA), pela Coordenação Geral de Avaliação de Risco e Inteligência Estratégica (CGRI) e o Departamento de Suporte Técnico (DTEC/SDA), pela Coordenação Geral de Laboratórios (CGAL).

Os dados divulgados contam com valores coletados desde 2013 de indicadores de qualidade do leite como Contagem de Células Somáticas (CCS), Contagem Padrão em Placas (CPP) – também conhecida como Contagem Bacteriana Total (CBT), gordura, proteína, lactose, sólidos totais e sólidos não gordurosos do leite. Os dados são apresentados na média geral do país, por regiões e unidades federativas — estes dois últimos contidos em gráfico dinâmico que permite selecionar a área de interesse.
Confira alguns dados do país: 



Confira todos os dados no site do Mapa clicando aqui.

As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
 

Chile - Importância dos lácteos na saúde pública
 
Nutrição/Chile – Uma atividade virtual convocou nutricionistas, profissionais de saúde e o público interessado em conhecer e aprofundar os conhecimentos sobre os lácteos e seu impacto na saúde.
 
Os expositores da reunião foram a Drª Bárbara Ángel, Dr. Rodrigo Valenzuela e o acadêmico da Universidade do Chile, Fernando Pizarro.
 
Trata-se de um encontro no formato Instagram Live, no qual houve participação do público com perguntas, e onde as dúvidas sobre conceitos foram dirimidas.
 
Dentro do que foi destacado durante a exposição, a coordenadora do Programa Gracias a la Leche, Consuelo Fuentes, reafirmou que o leite tem um papel muito importante na história do Chile, especialmente durante o século XX na nutrição das crianças. “O Chile passou do país da América Latina com as piores taxas de desnutrição e mortalidade infantil para a erradicação da subnutrição, quando muitos países de nossa região continuam lutando contra ela. Parte importante desse sucesso foi graças aos esforços públicos e privados que forneceram leite às crianças chilenas. Atualmente continua tendo um papel muito relevante através dos programas de alimentação complementar que fornece leite e produtos lácteos a diferentes grupos da população”, disse Consuelo Fuentes.
 
Ao falar de saúde pública, os especialistas destacaram que o leite é um alimento de alta densidade nutricional, acessível para todos e muito versátil em termos de preparações e oportunidades de consumo.
 
Além disso, é um alimento de consumo de massa, a maioria do país consome lácteos em algum momento do dia ou da semana. Isto o converte em um alimento ideal para fortificação com micronutrientes que sejam deficitários na população. “Atualmente está em vigor a política de fortificação do leite e alguns produtos lácteos com vitamina D, já que a deficiência desta vitamina é um problema que afeta gravemente a população chilena. O leite Purita, por sua parte, vem fortificado com ferro (entre outros microelementos) desde o ano 2000, o que já permitiu erradicar a anemia entre as crianças chilenas”.
 
Para os expositores deste encontro, os lácteos são alimentos que proporcionam uma dieta saudável, já que são alimentos de alta densidade nutricional. Isto quer dizer que fornecem muitos nutrientes ao mesmo tempo que são de baixa caloria. São excelentes alimentos para todas as etapas da vida. A mensagem do encontro é que o leite e os lácteos fazem parte de uma dieta balanceada e saudável, em conjunto com um estilo de vida, que inclua atividade física e uma rotina de sono saudável, entre outros elementos.
 
Consuelo Fuentes adiantou que o programa Gracias a la Leche continuará organizando palestras neste formato, que serão divulgadas posteriormente. (Fonte: Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 

Dairy Vision 2021: ainda é possível inovar no leite?
 
Ontem (18/11), foi realizado o segundo encontro do Dairy Vision 2021. Esta manhã de palestras foi dividida em dois blocos: um sobre inovações e outro sobre novos negócios. Com o oferecimento da Chr. Hansen, o segundo painel sobre inovações foi a primeira temática abordada no dia.
 
O evento tem a presença de quase 400 pessoas (sendo 57% do público indústria de laticínios e 21% empresas de insumos) de 12 países, ocorrendo online nas manhãs dos dias 17, 18, 23 e 24 de novembro.
 
O Dairy Vision 2021 é uma iniciativa do MilkPoint, com o patrocínio da Arla Foods Ingredients, Chr. Hansen, Engineering, Tetra Pak, Hexis Científica, Rousselot Peptan, Cap-Lab, Doremus e Separatori, apoiadores e palestrantes.
 
Iniciando a manhã de palestras, Carolina Sevciuc, Digital Transformation & Innovation & Sustainability na Nestlé, trouxe o case da transformação digital e da inovação aberta na Nestlé Brasil.
 
“Nós entendemos que nosso trabalho aqui dentro da Nestlé Brasil é diário, porque nós precisamos cada vez mais conseguir estarmos atentos a nos conectarmos verdadeiramente com o consumidor brasileiro,” disse Carolina.
 
De acordo com Sevciuc, a exigência por qualidade, saúde e bem-estar é crescente entre os consumidores. “Isso exige cada vez mais produtividade com sustentabilidade. Tecnologia e inovação de portfólio de produto são cada vez mais essenciais.”
 
Em relação à inovação aberta, Carolina destacou a importância das parcerias de aprendizados e crescimento mútuos com as startups, por exemplo, ressaltando que é uma construção. “Você entende qual é o problema e qual é a oportunidade dentro da jornada de impactar positivamente o consumidor, mas você não faz um briefing para a startup; você constrói junto a solução.” Segundo ela, a Nestlé já realizou mais de 30 parcerias com startups.
 
Como um dos impactos da inovação aberta, Carolina citou o envolvimento dos colaboradores, que podem submeter seus projetos de inovação. “Com isso, nós vamos fomentando esse intraempreendedorismo tão importante para fazermos com que a espiral positiva da inovação seja um tsunami dentro da empresa.”
 
Ainda com um olhar atento aos comportamentos de consumo, Sebastiano Porretta, Pesquisador da Estação Experimental da Indústria de Conservas de Alimentos, SSICA, em Parma, na Itália, abordou a mudança de paradigmas no desenvolvimento de novos produtos com base no consumidor.
 
Porreta frisou que “nenhuma estratégia de mercado faria sentindo se não considerarmos a mudança dramática que o setor alimentício passou, em um mundo de novos hábitos alimentares. Por exemplo, basta olhar as palavras-chave do mercado alimentício atual: ‘saudável’ e ‘funcional’ são as palavras mais usadas.”
 
“Além disso, a mudança do mercado está relacionada ao fato que as pessoas comem em todos os lugares. Isso implica que elas vão atrás de um alto nível de serviço, embalagem, talheres e estabilidade.” Dessa maneira, Sebastiano ressaltou que “nós precisamos de um toque de criatividade.”
 
Para Porreta, é necessária uma mudança de paradigmas — que ainda está progredindo — no desenvolvimento de novos produtos. “Pesquisas de mercado investigam as atividades e comportamentos das compras feitas pelos consumidores. Elas podem incluir uma variedade de metodologias tradicionais.”
 
Como exemplo de tais métodos, Porretta citou o grupo focal. “O grupo focal é uma boa ferramenta para uma investigação preliminar, que, deve ser, necessariamente, seguida por uma robusta técnica quantitativa.”
 
Neste sentido, o palestrante destacou a Mind Genomics. “Em um nível simples, é o estudo de misturas, dos estímulos do dia a dia, para entender o que determina a escolha, o que é importante para uma pessoa e o que não é,” explicou.
 
Além das preferências de consumo, é fundamental que as empresas tenham um olhar atento para a sustentabilidade. Em sua apalestra, Rune Joergensen, Gerente do Programa de Sustentabilidade da Chr. Hansen, trouxe justamente essa temática, abordando como viabilizar um sistema alimentar sustentável.
 
De acordo com Rune, a Chr. Hansen escolheu “focar em três das metas do desenvolvimento sustentável. Fome zero, boa saúde e bem-estar; consumo; e produção responsável.” Em sua apresentação, o palestrante mostrou que ações sustentáveis podem ser aplicadas ao longo de toda a cadeia do leite, desde os estábulos até a redução dos desperdícios de lácteos nos laticínios e pelo consumidor final.
 
“Se olharmos para as estatísticas, observamos que 17% dos produtos lácteos são desperdiçados atualmente, não são consumidos, são desperdiçados em algum momento. 81% desse desperdício deve-se à validade do produto, tanto ainda nos laticínios ou na geladeira do consumidor,” disse Rune.  
 
Encerrando o painel sobre inovações, Marcelo Pereira de Carvalho, CEO do MilkPoint e Co-Fundador do AgTech Garage (BR), trouxe a seguinte pauta: como ter sucesso em uma estratégia de inovação aberta.
 
Carvalho explicou que a inovação aberta é aquela que acontece fora da empresa. Muitas dessas inovações são feitas por startups, pelas quais têm havido um aumento nas buscas. De acordo com Marcelo, um dos motivos que explicam esse cenário é a velocidade.
 
“O primeiro aspecto é a questão da velocidade. É a rapidez com que as inovações estão sendo colocadas no mercado, é cada vez maior. As empresas perceberam que, se elas foram atrás do que já existe, ou de pessoas e empresas que já fazem alguma coisa relevante, elas vão conseguir fazer com uma velocidade maior e muitas vezes com um custo menor. Muitas vezes isso pode se tornar um serviço novo que a empresa vai colocar no mercado,” destacou.
 
Neste contexto, Carvalho ressaltou a importância do mundo 4.0, explicando que ele é a junção da conectividade com a digitalização, tecnologias de propósito geral, mobilidade e a capacidade processamento e armazenamento em nuvem. “Tudo isso junto gera novas soluções para resolver dores antigas.”
 
Além disso, Marcelo disse que esses cinco pilares do mundo 4.0 citados anteriormente, também mudam as fontes de vantagens competitivas. Com isso, de acordo com ele, surgem novos competidores. “Mudam também os próprios modelos de negócio. Muitas empresas que têm um histórico de vender um produto, já há algum tempo elas estão vendendo um serviço – mas muitas vezes o produto é o que realmente dá dinheiro — e, no futuro, essas empresas vão vender resultado.”
 
Neste cenário de mudanças, Carvalho também levantou o seguinte questionamento: como as corporações tradicionais podem ter sucesso nesse novo mundo? “O primeiro ponto é a chamada conexão com o ecossistema, com universidades, startups, hubs, investidores. A inovação ela não é mais restrita ao P&D interno das empresas,” explicou.
 
Ao final das apresentações, o próprio Marcelo Carvalho conduziu um bate-papo ao vivo com a presença de todos os palestrantes. O segundo painel do Dairy Vision 2021 trouxe pontos e levantou questões relevantes para o leite seguir inovando em um mundo de grandes transformações e mudanças. (Milkpoint)

 Jogo Rápido

Rio Grande do Sul terá volumes expressivos de precipitação em diversas regiões nos próximos dias
Nos próximos dias deverão ocorrer volumes expressivos de precipitação em diversas regiões do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Agrometeorológico nº 46/2021, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (19) e sábado (20), o tempo fica firme, com grande amplitude térmica, com valores mais baixos durante a noite e temperaturas elevadas no período diurno. No domingo (21), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores acima de 30°C em várias regiões. Na segunda-feira (22), o tempo firme e o calor predominarão em todo Estado, com temperaturas máximas acima de 35°C em diversas áreas. Entre a terça (23) e quarta-feira (24), a propagação de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocarão chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Os valores previstos deverão ser oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das localidades da Metade Sul. No restante do Estado, os volumes deverão oscilar entre 25 e 45 mm e poderão superar 50 mm em diversos municípios do Alto Uruguai, Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, soja, olerícolas e frutíferas. Veja o boletim completo clicando aqui. (SEAPDR)


 

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