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24/08/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  24 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.486


Leite chega a R$ 1,7159 em ano de safra contida pela expansão da soja e alta de custos

O valor de referência do leite projetado para agosto no Rio Grande do Sul atingiu R$ 1,7159 com base em dados apurados nos primeiros dez dias do mês pelo Conseleite. O indicador, divulgado na manhã desta terça-feira (24/08), representa uma elevação de 0,45% em relação ao consolidado de julho, que foi de R$ 1,7082. O professor da UPF e responsável pelo levantamento do Conseleite, Marco Antonio Montoya, constata que o cenário é de estabilidade mesmo em plena safra, uma vez que a tradicional expansão de produção foi arrefecida pelo aumento dos custos de produção e pela perda de áreas de pastagem para a agricultura. “O valor do leite no mercado consumidor não está acompanhando o custo da atividade, e ainda estamos perdendo produtores para o cultivo de soja”, ponderou o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, lembrando que o consumo de grãos está em alta, com valorização motivada pela demanda internacional e pela expansão do setor de proteína animal.
 
No campo, a previsão também é de que a produção de leite em 2021 não aumentará como ocorria no período de safra de anos anteriores. Isso porque, com menos recursos e potencial de compra abalado pela inflação, os produtores estão segurando despesas e a expansão de rebanhos. “Isso era verificado em pequenos rebanhos e hoje já se vê médios produtores migrando de atividade”, completou o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo. Com a chegada de setembro, espera-se o início do plantio de soja e outras culturas de verão, o que deve reduzir ainda mais as áreas de pastoreio.
 
Mobilizados, representantes dos produtores e indústrias trataram da urgência em buscar alternativas que mantenham a produção ativa e viável. No Conseleite, é unanimidade a necessidade de políticas públicas que permitam o fomento de um setor tão estratégico para a economia e para a nutrição do povo brasileiro. “Precisamos pensar no futuro, mas também em ações rápidas que nos tragam resultados nesse cenário atual”, sugeriu Guerra. Uma das preocupações apontadas na reunião foi com o aumento da importação de leite em pó, que deve ter impacto
severo no mercado gaúcho nos próximos meses.
 
Com a produção contida no campo, o professor Marco Antonio Montoya apresentou dados que indicam estabilidade de valores do leite entre junho, julho e agosto. Considerando os indicadores a contar de outubro de 2020, o valor de referência apresentou uma leve recuperação, o que cobriu parte dos custos de produção, mas não o suficiente para acompanhar as despesas crescentes na indústria e no campo. Montoya ainda indica que, se comparando com o preço do leite registrado em outros estados, a produção gaúcha ainda está com valores abaixo das demais regiões. “Há questões logísticas envolvidas muito em função do distanciamento dos principais mercados consumidores”, salientou o professor.
 
Se a inflação atinge a realidade da produção, na ponta também traz impacto no consumo. Guerra lembrou que as famílias também perderam poder de compra nos últimos meses. E o leite, alega ele, é altamente suscetível a essas variações. “É um cenário que exige nossa atenção, assim como os avanços da balança comercial”. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Remissão: continua aumentando, no acumulado dos primeiros 7 meses está 6% acima do leite de 2020
 

Fonte: Inale

 

 

Com mudanças no mix, mercado de lácteos fica estável em agosto

Mercado de lácteos - Após apresentar um leve recuo de 2,1% em julho, o mercado de lácteos do Paraná permaneceu em estabilidade na parcial de agosto – até o dia 18.

Os preços dos produtos com maior peso no mix de comercialização – como o muçarela e o leite UHT – praticamente andaram de lado. Os dados foram apresentados na reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR), nesta terça-feira (24). O colegiado aprovou o valor de referência projetado de R$ 1,9198 para o litro de leite padrão entregue em agosto a ser pago em setembro. O valor é usado como base nas negociações entre produtores e os laticínios.

“Não tivemos surpresa. Foi um período sem muita movimentação de preço, com relativa estabilidade”, observou a professora Vânia Guimarães, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma das responsáveis pelo levantamento.

Produto que responde por 47% do mix de comercialização, o muçarela teve ligeira queda de preço em julho, mas se recompôs em agosto, chegando perto da estabilidade. Outro produto importante na composição do valor de referência, o UHT se manteve no mesmo patamar no período, praticamente sem oscilações. Essa manutenção dos preços do UHT está relacionada a um menor volume do derivado comercializado no período.

A mudança mais significativa no mix de comercialização ficou por conta do leite em pó, que ampliou sua participação de 1,7% em junho para 9,6% em agosto. Em razão disso, os preços do produto recuaram 6,5%. A queda também está relacionada ao fato de ter havido uma ampliação nas vendas do leite em pó desnatado, que tem preços inferiores ao integral. Outro produto de peso, o leite spot também teve desvalorização: de 5,4%.

Os outros derivados se mantiveram mais ou menos estável. Queijo prato, requeijão, doce de leite e bebida láctea, por exemplo, tiveram leve alta. Parmesão, provolone e manteiga, por sua vez, sofreram uma pequena desvalorização. O ponto fora da curva foi o creme de leite, cujos preços subiram 7,7%, chegando ao recorde em termos nominais.

Paralelamente ao momento de estabilidade, o setor lácteo permanece em alerta, em um contexto em que os produtores enfrentam pesados custos de produção, enquanto há incertezas no ponto de vista econômico. “Somos um setor muito sensível à renda da população. Mas temos que trabalhar para vencer a crise. Toda crise gera oportunidade e são essas oportunidades que temos que conquistar”, disse o presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi, que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado. (Faep)


Jogo Rápido

Secretária da Agricultura transfere gabinete para o Parque Assis Brasil
A partir desta terça-feira (24), a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, transfere seu gabinete para o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para acompanhar de perto os preparativos para a 44ª Expointer, que ocorre de 4 a 12 de setembro. No prédio da Administração, Silvana fará o atendimento de agendas e resolverá demandas relacionadas à feira, junto ao subsecretário do parque, Gabriel Fogaça. No dia 4 de agosto, foi dado início à montagem de estandes e, aos poucos, o Parque Assis Brasil começa a vivenciar o clima de Expointer. “Toda a equipe do gabinete se deslocará para o local para poder participar ativamente deste momento de preparação desta feira tão querida para os gaúchos e gaúchas”, destacou a secretária Silvana. (SEAPDR)


 

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