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30/06/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  30 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.446


ICMS cresce 25% no 1º semestre
A arrecadação de ICMS no semestre que está terminando reflete a reação da economia gaúcha em 2021: a receita subiu 25% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a pandemia afetou todos os setores. No segundo trimestre, o crescimento chegou a 40%, mas é preciso considerar que em 2020 o período de abril a junho foi o mais afetado pela pandemia. Naqueles três meses, o Estado perdeu R$ 2 bilhões em receita, valor compensado pelos repasses federais no segundo semestre, que evitaram o colapso das contas públicas. A melhor notícia, segundo o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, é de que em junho todos os setores da economia apresentaram resultado positivo em relação a maio, com destaque para a indústria e, dentro dela, o setor metal-mecânico. Em maio, o ICMS do setor metal-mecânico teve crescimento nominal de 200% comparado a maio de 2020, um mês em que a indústria praticamente parou. Em junho, subiu 116%. Até o setor calçadista, outro profundamente afetado pela pandemia, cresceu 47% no trimestre que está terminando. A arrecadação mensal de junho deve fechar em R$ 3,4 bilhões, valor superior às previsões mais otimistas dos técnicos da Secretaria da Fazenda, e que se repete mês a mês desde janeiro. - No ano passado, estávamos arrecadando entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,5 bilhões - compara o secretário. Nem todo crescimento é fruto do desempenho da economia. Parte do aumento da receita deve ser creditado ao trabalho da fiscalização e às mudanças no sistema de administração tributária, que apostou na autorregularização, para evitar a aplicação de multas que nunca eram pagas. Desde o início desse programa, em 2020, foram arrecadados mais de R$ 500 milhões. A receita do segundo trimestre teve um acréscimo de R$ 58 milhões proveniente de ações de fiscalização e cobrança realizadas pela Fazenda e pela Procuradoria-Geral do Estado. O aumento da arrecadação, combinado com a redução de mais de R$ 650 milhões nos gastos, fruto das reformas administrativa e previdenciária, permitiu ao Estado manter a folha de pagamento em dia, ampliar os recursos para a saúde em R$ 300 milhões neste ano e retomar os investimentos. Cardoso ainda não sabe se será possível pagar em dia o 13º salário, depois de tantos anos de parcelamento, mas não descarta a possibilidade. Tudo vai depender do sucesso dos próximos leilões de privatização. (Zero Hora)

Fazendas de leite mais eficientes aumentaram produtividade mais rápido que nos últimos anos
Produção por animal já é 26% maior nas fazendas mais produtivas, segundo o IILB Nos últimos três anos, os produtores brasileiros de leite que estão no topo da eficiência produtiva aumentaram sua produtividade 2,3 vezes mais rápido que a média das fazendas profissionais em termos de leite por vaca por dia. É o que aponta a 10ª edição do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), divulgada em 24/06) Com base nos dados de 1.144 propriedades que utilizam sistema de gestão, o IILB indica que enquanto a produção diária por animal das fazendas posicionadas entre as 10% mais produtivas aumentou 11,1% desde 2018, nas demais fazendas analisadas cresceu em média 4,9% no mesmo período. Nos 12 meses entre abril de 2020 e março de 2021, a produção dos 10% melhores do IILB-10 alcançou a média de 29,81 kg de leite por animal por dia, contra 26,84 kg de leite por animal por dia dos 10% melhores de 2018. Por sua vez, a média de produção de todas as fazendas avaliadas no IILB-10 foi de 23,73 kg de leite por animal por dia, contra a média 22,62 kg de leite por vaca por dia do total das propriedades avaliadas em 2018. Em uma comparação direta, as fazendas mais eficientes do IILB-10 registraram nos últimos 12 meses (entre abril de 2020 e março de 2021) produtividade 26% maior por animal frente à média de produção registrada no mesmo período pelas demais propriedades que compõem os dados desta edição do IILB. Segundo Heloise Duarte, diretora de operações da Ideagri e editora do IILB, vários fatores influenciam essa diferença. “O melhoramento genético do rebanho, a gestão cada vez mais profissional, o investimento em tecnologia e o cuidado no manejo, tudo contribuiu para esse crescimento”, diz Heloise Duarte. “Os dados do IILB nos levam a um pensamento otimista: há um caminho de grande melhoria para a produção leiteira ‘dentro da porteira’, que são fatores que podem ser administrados pelo produtor”, comenta a diretora da Ideagri. Por causa do aumento geral de produtividade entre as fazendas avaliadas, a base de cálculo do IILB foi modificada. “Subimos a barra para reconhecer e premiar o avanço das mais fazendas produtivas”, explica Heloise Duarte. “Conquistar notas mais altas ficou um pouco mais difícil, mas isso reflete a melhoria do universo leiteiro nacional, que está cada vez mais competitivo”, diz Heloise Duarte. “Revisões de critérios como essa são comuns, como no caso do índice PTA de habilidade de transmissão preditiva aplicado na genética bovina”, exemplifica ela. “A cada edição do IILB, aumentam o volume de fazendas avaliadas, o aprimoramento gerencial e a evolução dos rebanhos e, por isso, a cada três anos reavaliaremos os índices de qualificação”, afirma a diretora da Ideagri. Publicado desde março de 2019, o IILB é um documento único no Brasil em termos de indicadores da indústria do leite. Ele oferece, por exemplo, um “índice” que é uma nota única, resultado da avaliação combinada dos 12 indicadores essenciais da atividade leiteira que compõem as tabelas analíticas do IILB. No IILB-10, por exemplo, a nota média Brasil foi de 4,45 (em uma escala de 0 a 10). “Como vemos, o espaço para a melhoria é gigante”, afirma Heloise Duarte. “Há muitas fazendas com notas acima de 8, entre elas pequenas e médias propriedades, o que mostra que a boa gestão está ao alcance de muita gente”, diz ela. Além do índice geral “Brasil”, o IILB oferece índices específicos para cada uma das regiões do país, o que permite aos produtores saberem se estão abaixo ou acima da média entre fazendas similares a sua em sua própria região geográfica. O IILB ainda apresenta os 12 indicadores divididos em três perfis de raça, o que aproxima os resultados das análises ainda mais da realidade dos produtores. “Eles podem verificar se estão próximos ou distantes do universo das fazendas similares às deles, o que é um benchmarking e um estímulo poderoso para o aprimoramento”, comenta Heloise Duarte. O IILB pode ser acessado gratuitamente CLICANDO AQUI. (Agrolink)
 
 
 
 
A demanda láctea pode surpreender mais adiante
Uma retomada mais forte da atividade econômica em 2021 deverá ajudar a melhorar o cenário de consumo no segundo semestre do ano. De acordo com o relatório do Rabobank AgroInfo, durante o mês de junho no Brasil, a melhoria da economia poderia trazer uma demanda mais forte no segundo semestre. Enquanto isso, a produção está avançando gradualmente, com os preços ao produtor compensando os custos mais altos e os impactos do tempo seco. A produção de leite no Brasil cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do IBGE. O preço pago ao produtor permaneceu em níveis elevados nos primeiros meses do ano, atingindo uma média de R$ 2/litro nos primeiros cinco meses de 2021, um aumento de 44% em comparação com o valor do mesmo período em 2020. Apesar do aumento dos preços, os altos custos limitaram a rentabilidade do produtor de leite brasileiro. O cenário de clima seco nas principais bacias leiteiras levou a uma maior necessidade de comprar rações concentradas complementares. Segundo o CEPEA, o índice de custos de produção acumulou um máximo de 9,1% nos primeiros cinco meses de 2021. A recente queda do dólar em relação ao real pode trazer alívio nos custos dos alimentos, o que pode ajudar o produtor a manter a produção a uma leve taxa de crescimento, apesar do clima seco. Quanto à demanda de laticínios e alimentos em geral, uma retomada mais forte da atividade econômica em 2021 deverá ajudar a melhorar o cenário de consumo no segundo semestre do ano. Após a segunda onda da pandemia muito grave no primeiro trimestre de 2021, as projeções econômicas apontavam para um crescimento do PIB de apenas 3,5%, mas a atividade econômica e os dados de vendas no varejo surpreenderam positivamente a partir de abril. Como resultado, as previsões de mercado foram revisadas para 5% ou mais do PIB nas últimas semanas e o dólar está mais fraco. Embora haja um efeito estatístico do baixo nível de comparação em 2020, a aceleração da atividade econômica aumenta a expectativa de um consumo mais robusto de alimentos. A ajuda de emergência provavelmente será prolongada por mais três meses, até novembro, o que também deve ajudar a apoiar o consumo, especialmente se a curva de inflação começar a dar sinais de normalização no segundo semestre, como esperado. A queda do dólar e o resfriamento dos preços internacionais dos laticínios deveriam limitar mais exportações do Brasil, mas poderiam abrir oportunidades para importações adicionais do Mercosul no segundo semestre do ano. Entretanto, o cenário de preços elevados ao produtor deve continuar com uma demanda mais robusta pela frente. – O avanço da vacinação no Brasil deve ajudar na recuperação econômica no segundo semestre do ano, com o aumento da atividade nos canais de food service. – O tempo seco deve continuar afetando as margens do produtor na segunda metade. (Edairy)

Jogo Rápido  

Arrecadação de R$ 142 bilhões

Aarrecadação total das Receitas Federais atingiu, em maio de 2021, o valor de R$142,106 bilhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 69,88% em relação a maio de 2020. No período acumulado de janeiro a maio de 2021, a arrecadação alcançou o valor de R$ 744,828 bilhões, representando um acréscimo pelo IPCA de 21,17%. Foi o melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de maio quanto para o período acumulado, o mesmo acontecendo para os meses de fevereiro, março, abril e maio de 2021. No Rio Grande do Sul, a arrecadação totalizou em maio um montante de R$ 6,534 bilhões entre impostos e contribuições, representando aumento de 102,2%, em termos nominais, comparado ao recolhido no mesmo mês do ano passado. Corrigido pelo IPCA, este percentual corresponde a um aumento de 87,1%. (Correio do Povo)


 

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