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03/07/2020

Porto Alegre, 03 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.255

RS: forrageiras são beneficiadas pelo clima no Estado, diz Emater/RS

O clima na primeira metade da semana foi excelente para as forrageiras cultivadas e nativas, com ótimos níveis de umidade no solo, radiação solar e temperaturas amenas. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (02), em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a sucessão de três geadas na sexta e no final da semana (26 a 28) na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé marcou o início efetivo do inverno e a fase de paralisia na produção de forragem nas áreas de campo natural. 

Contudo, produtores que sobrepuseram azevém às áreas observaram bons resultados, com a emergência e o início de desenvolvimento dessa espécie forrageira.

As pastagens de aveia continuam apresentando muito boa taxa de crescimento, permitindo aumentar a lotação de animais para pastejo. Os trevos e o cornichão estão em pleno desenvolvimento vegetativo, e pequenas áreas de pastejo já começaram a ser utilizadas, principalmente onde foi realizada a colheita de sementes ou a fenação, com germinação do banco de sementes nos solos. Animais consomem boa alimentação e apresentam excelente ganho de peso. Nos municípios onde há cultivo de grãos, as áreas de integração lavoura-pecuária aumentaram significativamente a oferta de forragem.

Com clima favorável na regional de Ijuí, o desenvolvimento das pastagens anuais de inverno é considerado excelente. Diferentes estádios de utilização das forrageiras foram favorecidos pelo plantio realizado em diversas épocas. As primeiras áreas semeadas já disponibilizam o segundo pastejo aos animais. Em algumas propriedades, há sobra de forragem nesta época. Após as chuvas, os produtores retomaram a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura.

Já na regional de Bagé, as condições nutricionais do rebanho de corte melhoraram com a utilização de pastagens anuais cultivadas, com boa oferta de forragem e água de boa qualidade nos reservatórios. Tal combinação tem proporcionando ganho de peso para os animais de todas as categorias. Com a chegada do inverno e a ocorrência de geadas em dias consecutivos, a restrição na oferta de volumoso deve se ampliar e afetar o desempenho da atividade, prejudicando o estado dos animais. (Página Rural)
                   
Leite/América do Sul

Na Argentina e Uruguai, a produção de leite nas fazendas estão melhorando progressivamente com o tempo mais favoráveis e temperaturas mais baixas nas principais bacias leiteiras. 

Em geral, os volumes de leite e creme atendem as necessidades de processamento das indústrias. As vendas de leite engarrafado a nível do varejo, particularmente do leite UHT, permanecem fortes, motivadas pela crise do Covid-19. 

As vendas de queijo para os serviços de alimentação estão fracas, mas, melhorando paulatinamente, à medida que alguns restaurantes e algumas pizzarias reabrem depois da quarentena. Muitas instituições de ensino deverão continuar fechadas durante as férias de inverno. Portanto, as indústrias estão prevendo maiores volumes de leite para processamento nas próximas semanas.
No Brasil, a produção de leite está com tendência de baixa diante da seca persistente que atinge os maiores estados produtores do país. As vendas de leite UHT enfraqueceram um pouco, e os gerentes dos supermercados tentam reduzir os estoques. 

Com baixa importação da Argentina e do Uruguai, os mercados brasileiros de queijo e produtos lácteos continuam variando entre estáveis para firmes, principalmente devido à menor concorrência. As indústrias começam ter grande preocupação com o aumento dos casos de Covid-19 no interior do Brasil. Em algumas fábricas o Covid-19 vem causando interrupções ou atraso de determinadas linhas de produção. 

Foram estabelecidos protocolos para mitigar a disseminação do coronavírus nas fábricas de laticínios buscando minimizar os efeitos da pandemia. (USDA)

Leite/Europa

O declínio sazonal da produção de leite ocorre dentro do normal. As indústrias alemãs relatam que no final de junho a produção parece estar maior do que a registrada no ano passado nesse mesmo período. Esse resultado também vem sendo registrado na França.

Nesta semana estão em andamento discussões para tentar entender se a China estará mesmo exigindo dos exportadores de lácteos da Europa Ocidental uma certificação adicional para provar que os produtos não contêm Covid-19.


 
A incerteza parece ser vinculada à recente imposição de tais exigências para a exportação de carne, peixe, frutas e vegetais. Não ficou claro se houve expansão para os produtos lácteos.

A utilização da Ajuda ao Armazenamento Privado (PSA) para queijo no último relatório semanal do programa atual, 15 a 21 de junho, totalizou 687 toneladas de acordo com a Eucolait. No acumulado desde o início de maio, a ajuda acolheu 43.772 toneladas, 44% do limite total liberado. Utilizaram toda a cota: Irlanda, Estônia, Itália, Suécia, Lituânia e Reino Unido. A Bélgica utilizou 5% de sua cota. Entre os grandes produtores de leite, a Alemanha utilizou apenas 3% de sua cota e a França 34%.  

A Polônia, onde observadores relatam que a produção de leite no final de junho está maior do que a registrada no mesmo período do ano passado, não usou nada de sua cota no PSA para queijos. Os operadores das indústrias polonesas estão especialmente interessados em fabricar mais queijos, que é um importante produto de exportação. Existe capacidade de aumento da produção.    
 

                  

 
Desempenho avançou em maio
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) subiu 10,1% em maio após registrar duas quedas recordes, de 14,2% em abril e de 10,6%, em março, revelou a pesquisa divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O crescimento, entretanto, ainda seria insuficiente para recuperar todas as perdas, que chegaram a 15,5% no acumulado dos três meses. “Os resultados refletem a flexibilização das medidas de isolamento social e o retorno parcial das atividades no período. Porém, com as novas restrições no final de junho a situação tende a se agravar novamente, e pode retardar ou diminuir ainda mais o ritmo da retomada”, disse o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. O índice de maio foi o segundo mais baixo da série iniciada em janeiro de 2003. A alta do IDI-RS foi puxada por faturamento real (16,5%), utilização da capacidade instalada-UCI (9,1 pontos percentuais), compras industriais (8,2%) e horas trabalhadas na produção (7%). (Correio do Povo)
 
 

 

 

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