Pular para o conteúdo

06/05/2020

 

Porto Alegre, 06 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.216

  MG: pequenos pecuaristas enfrentam desafios para escoar produção de leite

O isolamento social que proibiu a abertura de diversas atividades econômicas, incluindo bares e restaurantes, e suspendeu as aulas tem impactado de forma negativa a demanda por alguns alimentos.
 

O reflexo já está chegando ao campo e atingindo os produtores de leite e de hortaliças da agricultura familiar. De acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foi verificada dificuldade de pequenos pecuaristas de leite em escoar a produção para os laticínios.
 
Da mesma forma, agricultores familiares enfrentam desafios em comercializar hortaliças. Com o acompanhamento semanal que vem sendo feito pela Seapa e pelas vinculadas, várias ações têm sido discutidas para ajudar os produtores a solucionar os problemas e garantir o abastecimento.
 
Segundo o levantamento, o funcionamento das indústrias de lácteos e derivados em Minas Gerais apontou situação de alerta na semana de 13 a 19 de abril, com uma piora em comparação à semana anterior. Do total de estabelecimentos pesquisados, 56% apresentaram algum tipo de comprometimento no funcionamento.
 
O principal fator responsável pelo comprometimento foi o fechamento do comércio varejista, citado por 50% dos pequenos estabelecimentos. No cenário analisado, não há risco de desabastecimento de leite e derivados, porém a pesquisa aponta impacto significativo para pequenos produtores de leite devido à redução da captação pelos estabelecimentos.
 
O superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Oliveira Bovo, explica que parte dos pecuaristas tem encontrado problema na hora de comercializar.
 
“Identificamos que pequenos laticínios, com captação abaixo de 10 mil litros dia, estão com dificuldade em vender os produtos industrializados e isso acaba reduzindo a aquisição do leite no campo. Parte desse problema estava sendo resolvido com escoamento para laticínios maiores, mas ainda tem produtores com dificuldade. Os produtos lácteos têm maior valor agregado e, devido à crise, o consumo está menor no mercado final. Vamos acompanhar o setor e tentar achar soluções”, disse.
 
A Seapa, junto com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e o setor lácteo, está em busca de medidas para reduzir os prejuízos. Dentre as ações estão o direcionamento do leite antes comprado pelos pequenos laticínios para empresas de maior porte e o estímulo ao processamento do leite para produção de queijo, que pode ser vendido no mercado local e regional.
 
Agricultura familiar: Já a comercialização de produtos da agricultura familiar, segundo o relatório da Seapa, apresentou normalidade em 42,9% dos municípios do Estado, em 34% houve comprometimento parcial e em 23,1% o comprometimento foi efetivo.
 
Dentre os fatores que contribuíram para a redução da comercialização estão a queda das vendas para mercados institucionais como Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), tendo comprometimento de 88,4%. Também houve redução da comercialização em bares e restaurantes e em feiras livres, que foram afetados pelas medidas de isolamento para o controle do novo coronavírus.
 
“A Emater tem orientado os produtores a realizarem televendas, vendas e entrega de cestas e a organização de feiras livres, tomando todos os cuidados devidos para evitar a contaminação pelo coronavírus”, disse Bovo.
 
O relatório da Seapa mostrou também que, em mais de 40% dos municípios pesquisados, os produtos com maior dificuldade de comercialização foram as hortaliças, queijos e outros derivados do leite.
 
Em relação aos preços pagos aos agricultores, 65,9% dos municípios mantiveram, em 9,9% houve alta e em 24,4% foram identificadas quedas nos preços. Comparado com o cenário do período anterior, houve um aumento de 2% no percentual de municípios que identificaram recuo nos preços pagos aos agricultores.
 
Alta dos insumos:
Outra situação desfavorável encontrada no campo é o aumento do preço dos insumos. “Foi percebida uma valorização nos preços de fertilizantes e adubos, que tiveram, provavelmente, a cotação elevada devido à desvalorização do real frente ao dólar”, destacou Bovo.
 
Apesar de mais caro, o abastecimento do mercado de insumos continua normal. O estudo da Seapa mostrou que, em 77,6% dos municípios, o status de abastecimento e comercialização de insumos agropecuários apresentou situação de normalidade, 15% dos municípios tiveram impacto parcial e apenas 7,4% deles tiveram comprometimento efetivo. (Diário do Comércio)
                  

Governo libera R$ 500 milhões para compra de produtos da agricultura familiar

Os alimentos serão destinados a entidades e a famílias em vulnerabilidade 

O governo federal vai destinar R$ 500 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A suplementação orçamentária foi articulada entre os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério da Economia e o Ministério da Cidadania, que executa o PAA.

A Medida Provisória 957/2020, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (27) e abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Cidadania para ações de segurança alimentar e nutricional, no âmbito do enfrentamento ao novo Coronavírus. 

Por meio do PAA, agricultores, cooperativas e associações vendem seus produtos para órgãos públicos e os alimentos são destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, à rede socioassistencial, aos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e à rede pública e filantrópica de ensino.

Para a ministra Tereza Cristina, a medida é importante para auxiliar as cooperativas de agricultura familiar e os pequenos produtores de leite. “Esses recursos chegarão lá na ponta, esperamos que de maneira muito rápida, para atender esses que passam por problemas muito grandes de sobrevivência”, avalia a ministra.

De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), com os recursos, cerca de 85 mil famílias de agricultores familiares deverão ser beneficiadas, além de 12,5 mil entidades e 11 milhões de famílias em vulnerabilidade social, que receberão os alimentos.

“Esses recursos vão potencializar ainda mais o PAA. É um programa importante, porque ele atende a dois públicos: a agricultura familiar e a rede socioassistencial dos municípios, as pessoas que são as mais vulneráveis nas cidades”, destaca o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke.

Recursos: Segundo a SAF, do total de recursos, R$ 220 milhões serão destinados para a Conab, que fará a compra de alimentos das cooperativas de agricultores familiares, por meio da modalidade do PAA Compra com Doação Simultânea. Depois disso, o Ministério da Cidadania indica a rede socioassistencial para onde os alimentos serão doados. Na mesma modalidade, estados e municípios terão R$ 150 milhões para termos de adesão para a compra de alimentos de agricultores familiares.

E R$ 130 milhões serão alocados para a modalidade PAA Leite, que possibilita a compra de leite in natura de laticínios e agricultores familiares do semi-árido brasileiro. Após processamento, o leite é distribuído às entidades. (MAPA)

Camponesa lança aplicativo de e-commerce para facilitar a vida dos consumidores

Os consumidores das marcas Embaré e Camponesa agora podem fazer compras dos produtos por meio do novo aplicativo “Sou Camponesa”. 

O lançamento da ferramenta vem, exatamente, no momento em que o brasileiro mais precisa de iniciativas que facilitem sua vida devido ao período de isolamento contra o Covid-19.

“O mercado está em constante evolução e apresentando novas demandas e oportunidades. Estamos sempre escutando as necessidades dos nossos clientes e o momento atual destaca a necessidade de um consumo mais seguro e prático. O investimento em uma plataforma de e-commerce é, portanto, o caminho natural para responder a esses anseios”, explica o diretor de Marketing da Embaré, Martim Ibrahim Bernadara, destacando que a criação de uma plataforma deste tipo, no atual momento de crise, é uma tendência que se destaca no mercado. 

Com uma comunicação customizada e pensada no usuário, o aplicativo é gratuito e pode ser encontrado para download para usuários de android e iOS nas lojas de aplicativos. A novidade tem como objetivos: tornar o dia-a-dia dos usuários mais prático, sem a necessidade de sair de casa; oferecer uma opção de compras on-line sem filas e sem a necessidade de carregar sacolas e caixas de leite; e trazer mais comodidade e segurança, com entrega na porta de casa.

“Além disso, o App Sou Camponesa premia o cliente com pontos para que ele acumule e troque por prêmios, transformando a compra em uma experiência de ganha-ganha, mais rentável para o consumidor”, completa Martim.

Os produtos que podem ser encontrados na loja virtual hoje são: a linha de lácteos da Camponesa – leite UHT tradicional e zero lactose nas versões desnatado, semidesnatado e integral; creme de leite; doce de leite; leite condensado; leite em pó; manteiga; requeijão; bebida láctea Embaré Kids; o queijo fresco (1º queijo de caixinha do Brasil) e linha Camponesa Profissional. Além dos tradicionais caramelos da Embaré, nas opções leite, leite/chocolate, chocolate, chocolate com laranja, toffees e muito mais.

A companhia está com um projeto de distribuição direta para suas áreas de atuação. O piloto acontecerá em Belo Horizonte (MG), onde está alocada uma de suas sedes. A ideia é que essa frente se estenda para outras regiões do Brasil. Enquanto isso, os usuários de outras cidades poderão adquirir os produtos e recebê-los pelos Correios.

Vantagens ao consumidor: O aplicativo vai além de uma simples plataforma de vendas. Ela oferece mais vantagens ao consumidor que adquirir produtos da marca Camponesa ou Embaré diretamente no app, como promoções exclusivas e um sistema de acúmulo de pontos e troca por prêmios, sem qualquer custo adicional.

Como promoção de lançamento do aplicativo Sou Camponesa, a empresa está dando um cupom de R$10 de desconto na primeira compra dentro do app. 

A Embaré afirma, ainda, que novas funcionalidades estão sendo desenvolvidas para a ferramenta, ainda para este ano. O objetivo é aprimorar cada vez mais o aplicativo a partir da experiência do usuário. “Não queremos criar somente uma plataforma de e-commerce. O objetivo é nos aproximar de nossos consumidores, garantindo a eles uma experiência única, inovadora e sempre em evolução. A transformação digital, por si só, de nada serve se não for para servir às pessoas. Temos certeza de que vamos sair dessa muito melhores, com estruturas mais eficientes e com uma consciência bem maior, de que já era hora de mudar”, conclui o diretor de Marketing. (Embaré/Camponesa)
                   

Avisulat é adiado
De acordo com Asgav, Sips e Sindilat foi analisada a atual situação da pandemia, da segurança das pessoas e perspectivas dos desdobramentos e etapas de recuperação pós pandemia. Está em estudo um evento virtual com temas e palestrantes relevantes para o setor para novembro deste ano. “Até a metade de abril tínhamos a esperança de que poderíamos manter o evento, mas o senso de responsabilidade e prudência nos levaram a rever este posicionamento”, disse Eduardo Santos, coordenador do Avisulat. A previsão de público era de 5 mil pessoas e o evento aconteceria ob novo conceito com espaço para mostra de projetos e trabalhos científicos de Universidades e Instituições de Pesquisa; Central de Startups com tecnologias e soluções para o agronegócio; participações de Instituições, Bancos, empresas, investidores. (Agrolink)
 
 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *