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23/02/2018

 

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.681

 

  OMC volta a expor o protagonismo agrícola do Brasil

O Brasil continua a ganhar espaço no comércio mundial de produtos do agronegócio. De acordo com dados apresentados ontem no Comitê de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre os anos de 2007 e 2016 o peso do país nas exportações globais aumentou tanto em mercados nos quais a participação já era elevada, como soja em grão, quanto naqueles em que as vendas ao exterior são menos relevantes, como o arroz.

No tabuleiro global de oleaginosas - grupo que inclui a soja em grão, carro-chefe do campo brasileiro -, a fatia das exportações do país no total passou de 27%, em 2007, para 35,3% em 2016. Na mesma comparação, os principais concorrentes do Brasil nessa frente, Estados Unidos e Argentina, perderam terreno. Mesmo com todos os problemas que enfrentou em consequência de uma política que desestimulou durante anos as exportações, a Argentina manteve sua primazia nas exportações de farelo e óleo de soja, conforme as estatísticas apresentadas ontem na OMC.

No comércio de açúcar, o Brasil continua imbatível, ainda que a participação do país nas exportações mundiais tenha diminuído de 52,2%, em 2007, para 49,3% em 2016. No tabaco, a liderança também é brasileira, com fatia estável na casa de 14,5%. Nas exportações de algodão, o país ganhou espaço - representava 2,5% do total em 2007, mas 10,7% em 2016. Mas nesse caso a liderança ainda é dos Estados Unidos, mesmo derrotados pelo Brasil em painel da OMC em razão dos enormes subsídios concedidos a seus cotonicultores.

Entre produtos que ainda não podem ser considerados relevante na pauta de exportações do Brasil, o destaque positivo é o arroz. Nesse mercado, a fatia do país nos embarques globais aumentou de 0,3%, em 2007, para 1,8% em 2016. Mas em frutas e vegetais, por exemplo, a participação registrou queda de 3,8% para 1,9% na mesma comparação.

Nas carnes, o país também se consolida cada vez mais como protagonista. Na carne de frango, o domínio é cada vez maior, e na carne bovina disputa o segundo lugar com a Austrália, uma vez que a Índia assumiu a liderança. A informação chegou a surpreender alguns negociadores ontem na OMC, mas a liderança indiana se dá por causa de seu grande rebanho de búfalos. De qualquer forma, a velocidade da ascensão da Índia no ranking dos exportadores de carne bovina é impressionante. A fatia indiana saltou de 1,9%, em 2007, para 18,4% em 2016. Na carne suína, porém, o Brasil custa a deslanchar. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Créditos junto à Receita Federal contribuem para melhorar a produção de leite

Créditos do PIS/Pasep e Cofins de 300 empresas beneficiaram diretamente quase 40 mil produtores de leite do país com assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético. Recursos da ordem de R$ 130 milhões foram aplicados por meio do Programa Mais Leite Saudável desde a sua criação em setembro de 2015.

O programa é gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com o objetivo de implementar boas práticas agropecuárias, melhorar a competitividade e rentabilidade dos produtores, incentivar a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose.

Charli Ludtke, coordenadora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo, observa que ainda há muito espaço para adesão ao programa. Em estados grandes produtores, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, apenas 18% de estabelecimentos sob inspeção federal participam do Mais Leite Saudável. E há mesmo muito espaço para expansão do programa, pois produtores que já participam do programa podem ter novo projeto aprovado em uma nova modalidade.

De acordo com a coordenadora, o número de pessoas beneficiadas até agora passa de 55 mil, incluindo aqueles produtores que acompanham atividades coletivas como palestras, por exemplo. A assistência direta contemplou em maior escala Minas Gerais (10.375 produtores), seguido do Rio Grande do Sul (9.944), Santa Catarina (8.170) e Paraná (4.082).

O projeto deve ser encaminhado ao Mapa pela empresa de lacticínios com foco na área de interesse do produtor. Isso porque é a empresa que tem o direito a crédito junto à Receita Federal para custear o programa. (As informações são do Mapa)

Preços/Uruguai 

Em janeiro, o preço médio pago pelas indústrias aos seus produtores chegou a 9,49 pesos/litro, um aumento de 0,9% em relação a dezembro. No entanto, o preço ao produtor em dólar fechou em US$ 0,33/litro, subindo 2,1% em relação a dezembro, segundo dados preliminares do Inale.

Em janeiro, o preço médio ao produtor ficou aproximadamente 5% acima do preço de igual mês do ano anterior, tanto em pesos, como em dólares. Por outro lado, o quilo de sólidos (matéria e proteína) pago pelas indústrias em janeiro obteve a média de 136,6 pesos, um aumento de 5,3% em relação aos 129,3 pesos pago no mesmo mês de 2017. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)


Qualidade do Leite
A Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro oficializou, em janeiro deste ano, a acreditação do Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite nos Requisitos Gerais, para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração (ABNT NBR ISO/IEC 17025). (Fonte: Embrapa)

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