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29/01/2018

 

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.665

 

Entidades consideram compras insuficientes

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal fechou 2017 com a aplicação de R$ 18,2 milhões no Rio Grande do Sul. Ao todo, beneficiou 2,3 mil assentados da reforma agrária e agricultores familiares que forneceram seus produtos para o programa. Grande parte do orçamento executado no ano passado é resultado da compra direta de leite em pó, no valor de R$ 13,7 milhões, pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Mesmo que tenham superado os R$ 11,9 milhões que beneficiaram 1,6 mil produtores em 2016, os recursos foram considerados insatisfatórios por entidades dos pequenos produtores. 

O coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado (Fetraf/ RS), Rui Valença, observa que, apesar de o MDS ter lançado os valores da compra de leite em pó no orçamento de 2017, essas aquisições devem se concretizar somente em 2018, o que significa que o desembolso efetivo do PAA no Rio Grande do Sul foi de apenas R$ 4,5 milhões no ano passado. "Se em 2017 os valores foram pequenos, as perspectivas para 2018 são ainda piores por conta do enxugamento do orçamento do governo federal", calcula Valença. 

"O PAA é importantíssimo porque, além de contribuir com a renda, ajuda o agricultor a ir se qualificando e se preparando para disputar mercados maiores", complementa.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva, os valores destinados ao PAA nos últimos anos demonstram que o poder público está querendo abandonar este tipo de operação. "O governo está deixando que o controle de estoques fique na mão do produtor e do mercado, só que o produto sempre perde esta guerra", comenta. Silva considera que, quando o governo deixa de interferir no controle de estoques, os preços acabam baixando para o produtor e se elevando para o consumidor. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), informou que as compras de leite em pó de cooperativas da agricultura familiar, autorizadas no final do ano passado, estão em andamento. (Correio do Povo)   

 

UE: As montanhas de manteiga dos anos 80 se transformaram em montanhas de leite em pó em 2018

A União Europeia (então CEE) introduziu em 1984 as cotas de produção de leite para eliminar as montanhas de manteiga armazenadas pela intervenção estatal. Agora, as montanhas de manteiga desapareceram, mas foram substituídas por montanhas de leite em pó. Estas montanhas vão pesar nos preços que os produtores receberão em 2018. Na intervenção, estão armazenadas 378.538 t de leite em pó desnatado (LDP) de acordo com os dados da Comissão Europeia. Na última licitação de leite em pó desnatado realizada em 16 de janeiro, 1.864 t foram vendidas ao preço mínimo de € 1.190  (US$ 1.479,17) por tonelada. Este é o maior volume vendido nas 16 licitações realizadas até à data e a primeira que é vendida a um preço abaixo do leite em pó desnatado para alimentação animal. Há um estoque de 99.156 t (quantidade armazenada até abril de 2016) de leite em pó desnatado em poder da intervenção para a próxima licitação de 20 de fevereiro.

O Comissário da Agricultura, Phil Hogan, mencionou em várias ocasiões que a Comissão deveria tomar medidas para administrar esses estoques, mas semanas e meses vão passando sem que haja qualquer proposta sobre a mesa, como por exemplo, destinar o leite  a pessoas menos favorecidas ou à alimentação animal. Os produtores franceses estão muito nervosos com a pressão negativa que este leite em pó armazenado pode exercer e por causa da inatividade da Comissão. Por esta razão, pediram à sua ministra da Agricultura, Stéphane Travert, que na reunião de segunda-feira do Conselho de Agricultura da UE, levante este problema e obtenha um compromisso da Comissão de administrar estes excedentes.

A organização European Milk Board está pressionando por uma redução geral no atual volume de intervenção de 109.000 toneladas por ano, além de um aumento simultâneo do preço de intervenção. Eles consideram que o leite em pó de intervenção deve ser vendido a um preço estável e não a preços de dumping. Eles não desejam demonizar o conceito de intervenção em si, pois é útil para captar excedentes sazonais e redistribuí-los, mas não é apropriado como instrumento de crise permanente. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Em forte crise, campo uruguaio protesta contra o governo

Protesto/Uruguai - Queda acontece na produção de grãos, leite, carne e frutas, carros-chefe da economia uruguaia. O campo uruguaio protestou durante a semana passada contra a administração do presidente Tabaré Vázquez em uma grande mobilização com tratores e bandeiras uruguaias no município de Durazno, onde se costumam realizar feiras agrícolas. O protesto reuniu não somente produtores, mas também técnicos, consultores, contratistas de maquinário, transportadores, industriais e outros envolvidos na cadeia agropecuária. O Frente Amplio, coalizão governista de esquerda no Uruguai, governo o país há 13 anos.

A crise no campo uruguaio é tão aguda que a temporada atual teve uma redução de área plantada de cultivos como soja, milho, trigo, arroz e cevada superior a 20%. O setor reivindica reduções de impostos, principalmente os de propriedade, e menores tarifas de combustível e energia elétrica. As entidades agropecuárias uruguaias também querem uma forte redução do déficit fiscal e um peso uruguaio mais fraco. A grande preocupação é a falta de competitividade em comparação a Brasil e Argentina, mas principalmente com relação ao Paraguai. Após a manifestação, que teve 17 dias de promoção nos grandes meios de comunicação e no WhatsApp, o presidente uruguaio Tabaré Vázquez não recebeu as principais entidades agropecuárias que organizaram o protesto.

As principais entidades agropecuárias que organizaram a manifestação não descartam organizar uma greve geral do setor rural pedindo a destituição do presidente Vázquez. O protesto uruguaio lembra episódios de 2008 e 2011 na Argentina, quando o setor rural se uniu para protestar contra a ex-presidente Cristina Fernandez de Kirchner, que conseguiu terminar o seu mandato. (Agrolink)

Benefícios do leite e seus derivados

Leite e derivados - O leite e seus derivados são alimentos muito completos já que possuem os três princípios básicos que são: proteínas, lipídios e glicídios. Além de serem ricos em vitaminas do grupo B, vitaminas A e D e minerais como o cálcio. O leite, por sua composição nutricional é considerado como um dos alimentos mais completos que existem. Os mamíferos, ao nascer, se alimentam exclusivamente do leite de sua espécie, já que durante esta época o leite atende todas as suas necessidades nutricionais. Trata-se do alimento completo. Precisa ser destacado seu alto teor de cálcio. No leite que consumimos, de vaca, existem 300 mg de cálcio, aproximadamente, em um copo de leite. E não é somente uma fonte de cálcio, pois, pela própria composição do leite, o seu cálcio é o de melhor absorção, do que através de qualquer outro alimento. Ao contrário do que muita gente pensa, o cálcio não se perde ao desnatar o leite. No processo, são retiradas as gorduras, e as vitaminas lipossolúveis, como a A, D, e E. Por isso, ao consumir produtos desnatados, é recomendável dar preferência aos enriquecidos com essas vitaminas. Felizmente, hoje em dia, existem leites enriquecidos com cálcio que fornecem cálcio extra, para manter nosso tecido ósseo, importante para aquelas pessoas que não tomam a quantidade diária recomendada.  

 O iogurte
O iogurte é produzido pela fermentação do leite. Este processo, devido à ação de certas bactérias, parte da lactose se transforma em ácido lático, de forma que o leite se acidifica e suas proteínas se coagulam. Estas bactérias permanecem vivas e são muito benéficas para o sistema digestivo já que contribuem para a manutenção da flora bacteriana intestinal, que é fundamental para a formação da lactase (enzima que nos ajudam a digerir a lactose).

O queijo
O queijo é o resultado da coagulação do leite mediante a adição de coalho, ou outro produto coagulante, a adição de sal e a extração da maior parte do soro. Seu valor nutritivo é elevado, já que ao perder água seus nutrientes estão muito concentrados, o que também contribuiu para que sua quantidade de gordura seja maior do que do leite.

Bebidas lácteas
O leite é um alimento mais completo e equilibrado que existe. É fundamental para o crescimento e para a atividade física. Sem dúvida, algumas crianças e adolescentes não tomam leite suficiente. A causa mais frequente é a rejeição do sabor. Nestes caso, as bebidas lácteas, sempre que elaboradas com qualidade nutricional, é um recurso utilizado para que haja o consumo da quantidade diária recomendada. Fornecem proteínas de grande valor nutricional, vitaminas e minerais, entre eles o cálcio. Além disso existem as bebidas lácteas acrescidas de cereais, melhorando ainda mais o valor nutricional do leite. Bebidas lácteas tomadas quentes são excelentes reconstituintes e gelados são alternativas saudáveis aos refrigerantes.

Outros derivados
- Coalhada. Outro derivado do leite é a coalhada, que se obtém adicionando coalho ao leite, que coagula suas proteínas e lhe dá uma consistência mais firme.

- Sobremesas e cremes - Também existe uma enorme quantidade de produtos à base de leite e que, de certo modo, são considerados derivados de leite, como flans, e cremes. Em muitos casos se abusa deles na alimentação das crianças, e é preciso ter cuidado, já que são elaborados fundamentalmente com leite, mas podem ter elevadas quantidades de açúcar, elevando o teor calórico.

Recomendações nutricionais
A fonte mais acessível de cálcio na dieta é o leite e derivados. É recomenda uma quantidade média de 1.200 mg de cálcio por dia para crianças dos 10 aos 18 anos, de 800 a 1.000 mg nos adultos, e de 1.500 mg para mulheres após a menopausa e idosos. Um copo de leite normal fornece 300 mg de cálcio, um copo de leite enriquecido com cálcio uns 400 mg e o iogurte, cerca de 150 mg de cálcio. Os queijos frescos têm menos quantidades por unidade de peso do que os curados, por terem maior proporção de água. (ExporLacChile - Tradução livre: Terra Viva)

NO RADAR 
Boletim meteorológico da Secretaria da Agricultura indica que Campanha e Zona Sul do Estado continuam com pouca chuva nesta semana, com acumulados em torno de 20 milímetros. O norte gaúcho segue mais beneficiado, com volumes que podem chegar a 60 milímetros. (Zero Hora)

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