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25/01/2018

 

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.663

 

   Rússia x Argentina 

"Existe vontade política para que a Argentina e a Rússia intensifiquem a relação comercial", afirmou o ministro da Agroindústria, Luis Miguel Etchevehere durante a visita que realizou à Rússia, em missão oficial com o presidente Mauricio Macri.

O comércio com a Rússia é praticamente inexistente: nos primeiros onze meses de 2017 a Argentina exportou US$ 475 milhões de dólares, a maior parte com o envio de carnes, lácteos, peras, maçãs, cítricos, tabaco, mandioca, produtos de pesca, vinhos, farelo de soja e sementes de girassol, entre outros.

"Hoje nos encontramos com um nível de comércio relativamente baixo que não é representativo do potencial da relação. Podemos complementar em muitos aspectos, mas, para isso devemos resolver algumas questões como também sermos mais proativos de ambos os lados", assegurou Etchevehere.

Em agosto de 2014 parecia que a Rússia abria uma oportunidade comercial histórica com o embargo (ainda em vigor) à entrada de carne bovina, suína, aves, pescados, lácteos, frutas e vegetais procedentes dos Estados Unidos (EUA), Canadá, União Europeia (UE), Austrália, e Noruega como resultado da crise na Ucrânia. Passou o tempo e foi apenas ilusão, porque a Rússia, além de facilitar o abastecimento de alimentos para nações vizinhas (muitas integrantes da antiga União Soviética), começou a estabelecer cotas para a entrada de produtos agropecuários para incentivar a produção local. Em 2013 a Rússia importou 465.861 toneladas de queijos, sendo 261.504 toneladas procedentes da UE. Em 2014 caiu para 349.416 toneladas (39% com origem na UE). 

Esse ano, graças ao bloqueio, a Argentina conseguiu enviar 18.562 toneladas para a Rússia, contra as 7.371 toneladas vendidas em 2013. Mas, essa oportunidade não durou muito: as vendas argentinas caíram para 10.254 e 8.889 toneladas em 2015 e 2016, respectivamente. O único país que conseguiu aumentar a venda de queijos para a Rússia foi a Bielorrússia, e a maior parte do déficit de queijos europeus provocado pelo bloqueio foi preenchido com fabricantes russos, segundo boletim do USDA. Com a importação de manteiga e leite em pó desnatado ocorreu algo similar. Os volumes totais baixaram logo depois do bloqueio e a maior parte do negócio ficou nas mãos da Bielorrússia. Somente as vendas argentinas e uruguaias de leite em pó integral cresceram, e a partir de 2016, passaram a ser os segundo fornecedores depois da Bielorrússia. (valorsoja - Tradução livre: Terra Viva)

 

Maior parte do crescimento da produção de leite da UE ocorrerá no primeiro semestre

A maior parte do crescimento da produção de leite da União Europeia (UE) em 2018 acontecerá no primeiro semestre do ano, uma vez que 2017 terminou com altas taxas de produção que podem durar algum tempo. Até meados de maio, o padrão sazonal acompanhará o crescimento cíclico. O crescimento cíclico provavelmente continuará após o pico, mas a taxas reduzidas em relação ao primeiro trimestre. Em média em toda a área da UE, o pico sazonal habitual será alcançado em maio, com França e Itália tendo o pico mais cedo e Estados Membros do Nordeste, mais tarde. O principal motivo para a desaceleração esperada do crescimento é que é mais fácil aumentar a produção de leite na estação de baixa adiantando o parto e com o uso de concentrados, em particular nas fazendas onde o manejo de alimentos é tradicionalmente feito principalmente na primavera e pastagens de verão ou forragens são fornecidas diariamente aos animais. Isto é diferente da situação sob as cotas, quando os esforços para aumentar a produção de leite no final do ano não compensava, com os  países tendo que pagar multas por exceder a cota.

Conforme ocorre nas flutuações cíclicas dos preços e das ofertas de leite, a resposta dos produtores de leite às perspectivas piores em relação aos preços de pagamento do leite virá mais tarde, se houver alguma resposta significativa de qualquer maneira. Isso pode acontecer no segundo semestre de 2018, dependendo se o mercado vai entrar em uma depressão mais longa dos preços do leite.

Reconhecer isso agora, no início de 2018, parece ser prematuro. A diferença de 2017 para situações de mercado observadas anteriormente com altos níveis de preços é que essa é unilateralmente baseada no componente de gordura do leite. Os retornos da gordura do leite diminuíram dos níveis elevados de meados de 2017, mas são ainda maiores do que em qualquer situação de baixa do mercado de manteiga no passado. Contrastando com a situação da gordura do leite estão os mercados dos componentes não gordurosos do leite. Grandes estoques públicos de leite em pó desnatado são o principal obstáculo para que os preços possam estabilizar em níveis mais altos e, portanto, a volatilidade neste setor será limitada. (As informações são do CLAL.it)

 

Colômbia: importações de leite caíram 35%

No final do décimo mês do ano, a Colômbia tinha importado 38 mil toneladas de leite, contra 52.275 toneladas no mesmo mês do ano anterior. Durante os primeiros dez meses do ano passado, o valor das importações de lácteos da Colômbia foi de US$ 96,5 milhões, informou a Federação Nacional de Criadores de Gado (Fedegan). O valor é menor em relação ao mesmo período de 2016, quando foram importadas 51.789 toneladas para um valor CIF de US$ 124 milhões de dólares; em relação ao valor em dólares, só excede o ano de 2012, já que já foram gastos até o final de outubro de 102 milhões. "Analisando o décimo mês da última década, outubro de 2017 ocupou o terceiro lugar em termos de número de toneladas, quando foram importadas 2.993 toneladas; esse valor é menor se compararmos o décimo mês de 2015 (3.326 t) e 2016 (3.996 t), e superior ao de 2014."

O maior fornecedor de lácteos para a Colômbia foi Estados Unidos (46%), seguido da Bolívia (14%). Com menores porcentagens de compras de leite estiveram México, França e Espanha; o resto da lista é ocupada por países como Equador, Argentina, Holanda, Chile e Uruguai, entre outros. Sobre o assunto, José Félix Lafaurie, presidente da Fedegan, indicou que este primeiro semestre do ano será difícil para os pecuaristas do país.

"À falta de solidariedade da indústria, somam-se dois fatores. Por um lado, teremos um bom clima, representado por chuvas abundantes, o que aumentará os volumes de produção, enquanto as importações crescerão devido às cotas negociadas nos acordos de livre comércio em vigor entre a Colômbia e outros países." Finalmente, Lafaurie pediu ao governo que fique atento sobre a "posição dominante" de algumas indústrias de processamento de leite, para evitar menores preços de compra para os produtores do país, aumentando suas importações. Regularmente, segundo os produtores, a indústria de processamento alega uma situação de "enlechada" (produção abundante), a fim de reduzir os preços de compra, ao mesmo tempo que faz importações. (As informações são do Portafolio, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

Menos milho nos EUA
Analistas consultados pela publicação americana Informa Economics estimam queda nas áreas plantadas de milho e soja nos EUA na próxima safra (2018/19). Para o milho, a média das projeções ficou em 36,09 milhões de hectares, enquanto para a soja resultou em 36,9 milhões de hectares. No ciclo 2017/18, o milho ocupou 36,5 milhões de hectares e a soja se espalhou por 36,46 milhões. No ano passado, a publicação indicou que os produtores planejavam um aumento significativo na área plantada de milho. De acordo com Michael McDougall, da ED&F Man, a alta dos preços de algodão, sorgo e cevada pode levar os agricultores a plantar mais dessas culturas em detrimento do milho e da soja. (As informações são do Valor Econômico)


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